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Quando precisar use os seguintes valores cendo em seguida até sua posição inicial. A
para as constantes: 1 ton de TNT = “viagem” completa dura um tempo total t.
= 4,0 × 109 J. Aceleração da gravidade g = Sendo μ o coeficiente de atrito cinético entre o
= 10 m/s2 . 1 atm = 105 Pa. Massa específica carrinho e a rampa, a relação t/ ts é igual a
a) 2
do ferro ρ = 8 000 kg/ m3 . Raio da Terra
b) 1 + (tanθ + μ )/|tanθ − μ|
R = 6 400 km. Permeabilidade magnética do
c) 1 + (cosθ + μ )/|cosθ − μ|
vácuo μ0 = 4 π × 10−7 N/A2 .
d) 1 + (senθ + μ )/|cosθ − μ|
e) 1 − (tanθ + μ )/|tanθ − μ|
Questão 1
alternativa B
Ondas acústicas são ondas de compressão, ou
Na subida a desaceleração do conjunto é dada
seja, propagam-se em meios compressíveis.
pela componente do peso (mg senθ) somada com
Quando uma barra metálica é golpeada em o atrito ( μN = μmg cosθ). Assim, do Princípio
sua extremidade, uma onda longitudinal pro- Fundamental da Dinâmica, temos:
paga-se por ela com velocidade v = Ea/ρ . A R = mγ s ⇒ mg senθ + μmg cosθ = mγ s ⇒
grandeza E é conhecida como módulo de ⇒ γ s = g(senθ + μ cosθ)
Young, enquanto ρ é a massa específica e a Para que o corpo desça, devemos ter que
uma constante adimensional. Qual das alter- mg senθ > μmg cosθ. Assim, analogamente à su-
bida, vem:
nativas é condizente à dimensão de E?
R = mγ D ⇒ mg sen θ − μmg cosθ = mγ D ⇒
a) J/m2 b) N/m2 c) J/s ⋅ m ⇒ γ D = g(senθ − μ cosθ)
2
d) kg ⋅ m/s e) dyn/cm3 Assim, sendo d a distância percorrida na subida
(e na descida), temos:
alternativa B 0 = v 0 − γ s ts
v = v 0 + at v = 0 + γ D (t − ts )
A dimensão de E, usando as dimensões de base
⇒ ⇒
da mecânica (MLT), é dada por: v 2
= v 02 + 2aΔs 0 2 = v 02 − 2 γ s ⋅ d
v 2 = 02 + 2 γD ⋅ d
[v] = L ⋅ T −1
[E] M v0 γ s ⋅ ts
[ ρ] = M ⋅ L−3 ⇒ L2 ⋅ T −2 = ⇒ [E] = =
M ⋅ L−3 L ⋅T 2 v γ D (t − ts ) γ s ⋅ ts γs
[E] ⇒ ⇒ = ⇒
[v] 2 = v 02 2 γs ⋅ d γ D (t − ts ) γD
[ ρ] =
v 2 2 γD ⋅ d
No Sistema Internacional, temos:
kg m N ts γD
[E] = ⋅ ⇒ [E] = ⇒ = ⇒ ts ( γ s + γD ) = t γD ⇒
m ⋅s 2 m m 2 t − ts γs

t γs
⇒ =1 +
ts γD
Questão 2 Substituindo-se γ s e γ D , vem:
t g(senθ + μ cosθ)
Considere uma rampa plana, inclinada de =1 + ⇒
ts g(senθ − μ cosθ)
um ângulo θ em relação à horizontal, no iní-
cio da qual encontra-se um carrinho. Ele en- tg θ + μ
t
tão recebe uma pancada que o faz subir até ⇒ =1 +
ts tg θ − μ
uma certa distância, durante o tempo ts , des-

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 00:39:19
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física 3

De (2) vem:
Questão 3 m (a + g)
x = 2
k2
Um elevador sobe verticalmente com acelera- Assim, temos:
ção constante e igual a a. No seu teto está (m + m2 )(a + g) m (a + g)
y −x = 1 − 2 ⇒
preso um conjunto de dois sistemas mas- k1 k2
sa-mola acoplados em série, conforme a figu-
ra. O primeiro tem massa m1 e constante de [(k 2 − k1 )m2 + k 2 ⋅ m1 ](g + a)
⇒ y −x =
mola k1 , e o segundo, massa m2 e constante k1 ⋅ k 2
de mola k2 . Ambas as molas têm o mesmo
comprimento natural (sem deformação) l. Na Obs.: o enunciado permite considerar que o ele-
vador sobe em movimento retardado. Nessas
condição de equilíbrio estático relativo ao ele- condições, a relação y − x admite outras possibi-
vador, a deformação da mola de constante k1 lidades.
é y, e a da outra, x. Pode-se então afirmar
que ( y − x ) é
Questão 4

Apoiado sobre patins numa superfície hori-


zontal sem atrito, um atirador dispara um
projétil de massa m com velocidade v contra
um alvo a uma distância d. Antes do disparo,
a massa total do atirador e seus equipamen-
tos é M. Sendo vs a velocidade do som no ar e
desprezando a perda de energia em todo o
processo, quanto tempo após o disparo o ati-
a) [( k2 − k1 )m2 + k2 m1 ]( g − a )/ k1 k2 .
rador ouviria o ruído do impacto do projétil
b) [( k2 + k1 )m2 + k2 m1 ]( g − a )/ k1 k2 . no alvo?
c) [( k2 − k1 )m2 + k2 m1 ]( g + a )/ k1 k2 . d(vs + v)( M − m)
a)
d) [( k2 + k1 )m2 + k2 m1 ]( g + a )/ k1 k2 − 2l. v( Mvs − m(vs + v))
e) [( k2 − k1 )m2 + k2 m1 ]( g + a )/ k1 k2 + 2l. d(vs + v)( M + m)
b)
v( Mvs + m(vs + v))
alternativa C d(vs − v)( M + m)
c)
As forças sobre as duas massas relativas a um v( Mvs + m(vs + v))
referencial inercial, em relação ao qual o elevador
possui aceleração a, são dadas por: d(vs + v)( M − m)
d)
v( Mvs − m(vs − v))
d(vs − v)( M − m)
e)
v( Mvs + m(vs + v))

alternativa A
Supondo que a aceleração a seja vertical para
cima, do Princípio Fundamental da Dinâmica, te- Considerando o atirador inicialmente parado e o
mos: tiro horizontal, a velocidade v a do atirador através
do princípio da conservação da quantidade de
k1 y − k 2 x − m1g = m1 ⋅ a (1)
movimento é dado por:
k 2 x − m2 g = m2 ⋅ a (2)
Qi = Qf ⇒ 0 = Qa + Qp ⇒
Somando (1) + (2) vem: mv
⇒ 0 = −(M − m)v a + mv ⇒ v a =
k1 y − (m1 + m2 )g = (m1 + m2 )a ⇒ M −m
Assim, o atirador se afasta da parede com veloci-
(m1 + m2 )(a + g) mv
⇒y = dade de módulo .
k1 M −m

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física 4

O intervalo de tempo tp necessário para que o pro-


jétil atinja a parede vale:
d d
v = ⇒ tp =
tp v
Nesse intervalo de tempo, o atirador se afasta
Δx a da parede:
mv d md
Δx a = v a ⋅ tp = ⋅ ⇒ Δx a =
M −m v M −m Ao alimentar um circuito de resistência 150 Ω, te-
Adotando a origem da trajetória na parede e orien- remos:
tando-a no sentido de afastamento, o instante t e
em que o atirador ouvirá o impacto vale:
ss = sa ⇒ s0s + v s t e = s0a + v at e ⇒
mv
⇒ 0 + v s t e = d + Δx a + t ⇒
M −m e
⎛ mv ⎞ md
⇒ ⎜v s − ⎟t = d + ⇒
⎝ M − m⎠ e M −m
⎛ (M − m)v s − mv ⎞ Md Assim, o rendimento é dado por:
⇒⎜ ⎟t e = ⇒
⎝ M −m ⎠ M −m 3ε
Md U
⇒ te = η= = 4 ⇒ η = 0,75
(M − m)v s − mv ε ε
O intervalo total de tempo t t que demora para o
atirador ouvir o impacto vale:

t t = tp + t e =
d
+
Md
⇒ Questão 6
v (M − m)v s − mv
((M − m)v s − mv + Mv) Um funil que gira com velocidade angular
⇒ tt = d ⇒
v((M − m)v s − mv) uniforme em torno do seu eixo vertical de si-
metria apresenta uma superfície cônica que
d (v s + v)(M − m) forma um ângulo θ com a horizontal, confor-
⇒ tt =
v (Mv s − m(v s + v)) me a figura. Sobre esta superfície, uma pe-
quena esfera gira com a mesma velocidade
angular mantendo-se a uma distância d do
Questão 5 eixo de rotação. Nestas condições, o período
de rotação do funil é dado por
Um gerador elétrico alimenta um circuito cuja
resistência equivalente varia de 50 a 150 Ω,
dependendo das condições de uso desse cir-
cuito. Lembrando que, com resistência míni-
ma, a potência útil do gerador é máxima, en-
tão, o rendimento do gerador na situação de
resistência máxima, é igual a
a) 0,25. b) 0,50. c) 0,67. a) 2π d/ g sen θ .
d) 0,75. e) 0,90.
b) 2π d/ g cos θ .
alternativa D c) 2π d/ g tan θ .
Na condição de potência máxima, o gerador ali- d) 2π 2d/ g sen 2θ .
menta um circuito com resistência igual à sua re-
sistência interna, como mostrado a seguir: e) 2π d cos θ / g tan θ .

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física 5

alternativa C alternativa E
Marcando as forças na esfera, temos: No instante em que o sistema é abandonado, as
forças horizontais sobre o bloco e o carrinho são
dadas por:

Tomando o solo como refencial inercial, do Princí-


pio Fundamental da Dinâmica, vem:
kx = m ⋅ aB kx −kx
⇒ aB = e aC =
−kx = M ⋅ aC m M
Considerando que a esfera gira em torno do eixo
Assim, a aceleração (aR ) do bloco, relativa ao car-
de simetria do funil com a mesma velocidade an-
rinho na situação inicial, é dada por:
gular deste, temos:
kx ⎛ −kx ⎞
ω 2d aR = aB − aC ⇒ aR = −⎜ ⎟ ⇒
N senθ = mω 2d ⇒ tgθ = ⇒ m ⎝ M ⎠
g
kx(M + m)
N cosθ = mg ⇒ aR =
mM
2
⎛ 2π ⎞ g tgθ d
⇒⎜ ⎟ = ⇒ T = 2π
⎝ T ⎠ d g tgθ

Questão 8

Questão 7 Um corpo movimenta-se numa superfície ho-


rizontal sem atrito, a partir do repouso, devi-
do à ação contínua de um dispositivo que lhe
No interior de um carrinho de massa M man-
fornece uma potência mecânica constante.
tido em repouso, uma mola de constante
Sendo v sua velocidade após certo tempo t,
elástica k encontra-se comprimida de uma
pode-se afirmar que
distância x, tendo uma extremidade presa e a
outra conectada a um bloco de massa m, con- a) a aceleração do corpo é constante.
forme a figura. Sendo o sistema então aban- b) a distância percorrida é proporcional a v2 .
donado e considerando que não há atrito, c) o quadrado da velocidade é proporcional a t.
pode-se afirmar que o valor inicial da acelera- d) a força que atua sobre o corpo é proporcio-
ção do bloco relativa ao carrinho é nal a t .
e) a taxa de variação temporal da energia ci-
nética não é constante.

alternativa C
Sendo a potência constante, temos:
0

P = R
=
τ
ΔEc E f − Eci
⇒P = c ⇒
a) kx/m.
Δt Δt t −0
b) kx/M.
mv 2
c) kx/(m + M). ⇒P ⋅t =
2
d) kx(M − m)/mM. Assim, concluímos que o quadrado da velocidade
e) kx(M + m)/mM. é proporcional a t.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 00:39:21
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física 6

Bombas de
Questão 9 hidrogênio
Energia (J)

Acredita-se que a colisão de um grande aste- 1 4 ⋅ 1016



roide com a Terra tenha causado a extinção n 2,1 ⋅ 10 21
dos dinossauros. Para se ter uma ideia de um
impacto dessa ordem, considere um asteroide
2,1 ⋅ 10 21
esférico de ferro, com 2 km de diâmetro, que ⇒n = ⇒ n = 52 500
se encontra em repouso quase no infinito, es- 4 ⋅ 1016
tando sujeito somente à ação da gravidade Logo o número aproximado de bombas de hidro-
terrestre. Desprezando as forças de atrito at- gênio é 50 000.
mosférico, assinale a opção que expressa a
energia liberada no impacto, medida em nú-
mero aproximado de bombas de hidrogênio de Questão 10
10 megatons de TNT.
a) 1 b) 10 c) 500 Boa parte das estrelas do Universo formam
d) 50.000 e) 1.000.000
sistemas binários nos quais duas estrelas gi-
ram em torno do centro de massa comum,
alternativa D
CM. Considere duas estrelas esféricas de um
A energia liberada no impacto corresponde à sistema binário em que cada qual descreve
energia cinética (EC ) adquirida pelo meteoro.
uma órbita circular em torno desse centro.
Assim, do Princípio da Conservação da Energia
Mecânica, temos: Sobre tal sistema são feitas duas afirmações:
final inicial
I. O período de revolução é o mesmo para as
Emec = Emec ⇒ EC + EG = EC0 + EG0 ⇒ duas estrelas e depende apenas da distância
0 entre elas, da massa total deste binário e da
G ⋅M ⋅m m ⋅ v 02 G ⋅M ⋅m constante gravitacional.
⇒ EC − = − ∞

RT 2 II. Considere que R1 e R2 são os vetores que
r
G ⋅M ⋅m ligam o CM ao respectivo centro de cada es-
⇒ EC = (I) trela. Num certo intervalo de tempo Δt, o raio
RT
vetor R1 varre uma certa área A. Durante
Da expressão que determina a aceleração da gra-
este mesmo intervalo de tempo, o raio vetor
vidade na superfície terrestre, temos:
R2 também varre uma área igual a A.
GM
g = 2 ⇒ GM = g ⋅ RT2 (II) Diante destas duas proposições, assinale a al-
RT
ternativa correta.
Da definição de massa específica, temos: a) As afirmações I e II são falsas.
m 4 b) Apenas a afirmação I é verdadeira.
ρ= ⇒ m = ρ ⋅ πr 3 (III)
V 3 c) Apenas a afirmação II é verdadeira.
Substituindo II e III em I, temos: d) As afirmações I e II são verdadeiras, mas a
4 II não justifica a I.
RT2 ⋅ ρ ⋅ ⋅ π ⋅ r3
EC = g ⋅ 3 ⇒ e) As afirmações I e II são verdadeiras e,
RT além disso, a II justifica a I.
4
⇒ EC =10 ⋅6 400 ⋅10 3 ⋅8 000 ⋅ ⋅ π ⋅ (1 ⋅10 3 ) 3 ⇒
3
alternativa B
⇒ EC = 2,1 ⋅ 10 21 J .
Sendo m1 e m2 as massas das estrelas e d a dis-
Uma bomba de hidrogênio com 10 megatons de
tância entre seus centros, temos:
TNT libera energia dada por:
E = 10 megatons de TNT ⇒
⇒ E = 10 ⋅ 106 ⋅ 4 ⋅ 109 = 4 ⋅ 1016 J
Assim, o número n de bombas de hidrogênio que
corresponde à energia do impacto do meteoro é:

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física 7

A distância da estrela m1 ao centro de massa X cm em hertz para que seja máxima a amplitude
é dada por: das oscilações da esfera?
0
a) 0,40 b) 0,80 c) 1,3
m1 x1 + m2 x 2 m2d
XCM = ⇒ XCM = d) 2,5 e) 5,0
m1 + m2 m1 + m2
Como a força gravitacional é a resultante centrí- alternativa B
peta, para as duas estrelas, temos:
Para que a esfera oscile com máxima amplitude,
Gm1m2
= m1ω12 XCM deve haver ressonância entre os movimentos do
d2 cilindro e da esfera, ou seja, ambos devem ter
F = Rcp ⇒ ⇒
Gm1m2 2 mesma frequência. Assim, para um pêndulo sim-
= m ω
2 2 (d − XCM )
d2 ples, temos:
Gm2 m2d 1 g 1 10
= ω12 f = ⇒f = ⇒
2π l 2 ⋅ 3,14 0,4
1 + m2
2 m
d
⇒ ⇒
Gm1 [d(m1 + m2 ) − m2d] ⇒ f ≅ 0,80 Hz
= ω 22
d2 m1 + m2
2
G(m1 + m2 ) ⎛ 2π ⎞
ω12 = =⎜ ⎟
d3 ⎝ T1 ⎠
⇒ ⇒ Questão 12
2
G(m1 + m2 ) ⎛ 2π ⎞
ω 22 = =⎜ ⎟
d3 ⎝ T2 ⎠ No interior de um elevador encontra-se um
tubo de vidro fino, em forma de U, contendo
T12 T22 4π 2
⇒ = = um líquido sob vácuo na extremidade vedada,
d3
d 3 G(m1 + m2 )
sendo a outra conectada a um recipiente de
Assim, temos: volume V com ar mantido à temperatura
I. Correta. O período das estrelas é o mesmo e
depende apenas da distância entre elas, da mas- constante. Com o elevador em repouso, verifi-
sa total do conjunto e da constante gravitacional. ca-se uma altura h de 10 cm entre os níveis
II. Incorreta. Para a rotação de um quarto de volta, do líquido em ambos os braços do tubo. Com o
por exemplo, ambas gastam o mesmo tempo elevador subindo com aceleração constante a
⎛ T1 T ⎞ (ver figura), os níveis do líquido sofrem um
⎜ = 2 ⎟ , mas as áreas varridas serão diferen-
⎝4 4 ⎠ deslocamento de altura de 1,0 cm.
tes, já que R1 ≠ R 2 .
Obs.: A rigor, o período depende também do valor
2π .

Questão 11

Um cilindro vazado
pode deslizar sem
atrito num eixo ho-
rizontal no qual se
apoia. Preso ao ci-
lindro, há um cabo Pode-se dizer então que a aceleração do ele-
de 40 cm de compri- vador é igual a
mento tendo uma a) −1,1 m/s2 .
esfera na ponta,
b) −0,91 m/s2 .
conforme figura.
Uma força externa faz com que o cilindro ad- c) 0,91 m/s2 .
quira um movimento na horizontal do tipo d) 1,1 m/s2 .
y = y0 sen (2π ft). Qual deve ser o valor de f e) 2,5 m/s2 .

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física 8

alternativa E alternativa E
Com o elevador em repouso, da Lei de Stevin, Admitindo-se pressão de 1 atm, o calor necessá-
vem: rio para vaporizar 1 kg de água é dado por:
p ar = ρ ⋅ g ⋅ h Q = mcΔθ + m ⋅ Lv = 2 ⋅ 4,18 ⋅ 10 3 ⋅ (100 − 20) +
Na situação na qual o elevador sobe acelerado, a + 1 ⋅ 2 230 ⋅ 10 3 ⇒ Q = 2 898 800 J
gravidade aparente é g ap = g + a. Considerando
Pela simetria do circuito, a tensão sobre o resistor
a pressão do ar constante, haverá uma diminui-
imerso na água é U = 50 V. Assim o tempo pedido
ção do desnível entre os líquidos. Admitindo que
é dado por:
em cada ramo do tubo em U o nível do líquido so-
fre um deslocamento de 1 cm, temos: Q = P ⋅ Δt
U2
p’ ar = ρ(g + a)(h − 0,02) U2 ⇒Q = ⋅ Δt ⇒
P = R
Igualando p ar = p ’ar , vem: R
ρ ⋅ g ⋅ h = ρ(g + a)(h − 0,02) ⇒ 50 2
⇒ 2 898 800 = ⋅ Δt ⇒ Δt = 580 s
0,5
⇒ 10 ⋅ 0,10 = (10 + a)(0,10 − 0,02) ⇒

⇒ a = 2,5 m / s 2
Questão 14
Observação: se admitirmos que a altura h entre
os níveis sofre um deslocamento de 1 cm, utili- Em uma superfície líquida, na origem de um
zando a mesma expressão, chegaremos ao valor sistema de coordenadas encontra-se um emis-
a = 1,1 m / s 2 . sor de ondas circulares transversais. Bem dis-
tante dessa origem, elas têm a forma aproxi-
mada dada por h1 (x, y, t) = h0 sen (2π(r/λ − ft)),
Questão 13 em que λ é o comprimento de onda, f é a fre-
quência e r, a distância de um ponto da onda
Conforme a figura, um circuito elétrico dis- até a origem. Uma onda plana transversal
põe de uma fonte de tensão de 100 V e de dois com a forma h2 (x, y, t) = h0 sen (2π(x/λ − ft))
resistores, cada qual de 0,50 Ω. Um resistor superpõe-se à primeira, conforme a figura.
encontra-se imerso no recipiente contendo Na situação descrita, podemos afirmar, sen-
2,0 kg de água com temperatura inicial de do Z o conjunto dos números inteiros, que
20oC, calor específico 4,18 kJ/kg⋅oC e calor la-
tente de vaporização 2230 kJ/kg. Com a cha-
ve S fechada, a corrente elétrica do circuito
faz com que o resistor imerso dissipe calor,
que é integralmente absorvido pela água. Du-
rante o processo, o sistema é isolado termica-
mente e a temperatura da água permanece
sempre homogênea. Mantido o resistor imer-
so durante todo o processo, o tempo necessá-
rio para vaporizar 1,0 kg de água é

a) nas posições ( y2P / (2nλ ) − nλ /8, yP ) as duas


ondas estão em fase se n ∈ Z.
b) nas posições ( y2P / (2nλ ) − nλ /2, yP ) as duas
ondas estão em oposição de fase se n ∈ Z e
n ≠ 0.
c) nas posições ( y2P / (2nλ ) − ( n + 1/ 2)λ /2, yP )
a) 67,0 s. b) 223 s. c) 256 s. as duas ondas estão em oposição de fase se
d) 446 s. e) 580 s. n ∈ Z e n ≠ 0.

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física 9

d) nas posições ( y2P / ((2n + 1)λ ) − ( n + 1/2)λ/2, a) C = C0 b) C > 4C0


yP ) as duas ondas estão em oposição de fase c) 0 < C < C0 d) C0 < C < 2C0
se n ∈ Z. e) 2C0 < C < 4C0
e) na posição (2 y2P / λ − λ / 8, yP ) a diferença
de fase entre as ondas é de 45o. alternativa E
alternativa D A capacidade eletrostática do capacitor sem as
duas placas metálicas é dada por:
Chamando de ϕ1 a fase inicial da onda circular e
C0 = 0
ε ⋅ A (I)
ϕ 2 a fase inicial da onda plana, das equações
3h
apresentadas, temos:
Como o campo elétrico no interior das placas me-
2π 2π
ϕ1 = r e ϕ2 = x tálicas em equilíbrio eletrostático é nulo, o capaci-
λ λ tor se comporta como se a distância entre as pla-
Logo, os pontos xP em fase são: cas fosse apenas h (espaço vazio), ou seja, tem
valor dado por:
|Δϕ| = 2n π
C = 0
ε ⋅ A (II)
2 πr 2 πxP
|Δϕ| = ϕ1 − ϕ 2 ⇒ − = 2n π ⇒ h
λ λ Assim, de (I) e (II), vem:
r = xP2 + y P2
C
= 0
ε ⋅ A/h


⋅ ( xP2 + y P2 − xP ) = 2n π ⇒ C0 ε 0 ⋅ A/3h ⇒ C = 3C0
λ
y2 nλ
⇒ xP = P − .
2nλ 2
Questão 16
Para a oposição de fase, vale:

|Δϕ| = (2n + 1) ⋅ π A figura mostra uma região espacial de cam-


2 πr 2 π xP po elétrico uniforme de módulo E = 20 N/C.
|Δϕ| = ϕ1 − ϕ 2 ⇒ − = (2n +1) ⋅ π ⇒
λ λ Uma carga Q = 4 C é deslocada com velocida-
2 2
r = xP + y P de constante ao longo do perímetro do qua-
drado de lado L = 1 m, sob ação de uma força

⇒ ⋅ ( xP2 + y P2 − xP ) = (2n + 1) ⋅ π ⇒ F igual e contrária à força coulombiana que
λ
atua na carga Q. Considere, então, as seguin-
y P2 ⎛ 1⎞ λ
⇒ xP = − ⎜n + ⎟ ⋅ tes afirmações:
(2n + 1) λ ⎝ 2⎠ 2
I. O trabalho da força F para deslocar a carga
Portanto, na situação descrita, nas posições de Q do ponto 1 para 2 é o mesmo do dispendido
⎛ y P2 ⎛ 1⎞ λ ⎞ no seu deslocamento ao longo do caminho fe-
coordenada ⎜⎜ − ⎜ n + ⎟ ⋅ ; y P ⎟⎟ , as
⎝ (2n + 1) ⋅ λ ⎝ 2⎠ 2 ⎠ chado 1-2-3-4-1.
duas ondas estão em oposição de fase se n ∈ Z . II. O trabalho de F para deslocar a carga Q
de 2 para 3 é maior que o para deslocá-la de 1
para 2.
Questão 15 III. É nula a soma do trabalho da força F
para deslocar a carga Q de 2 para 3 com seu
Um capacitor de trabalho para deslocá-la de 4 para 1.
placas paralelas de
área A e distância
3h possui duas pla-
cas metálicas idên-
ticas, de espessura
h e área A cada
uma. Compare a
capacitância C des-
te capacitor com a capacitância C0 que ele te-
ria sem as duas placas metálicas.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 00:39:23
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física 10

Então, pode-se afirmar que: alternativa D


a) todas são corretas.
A figura mostra em vista lateral o cone reto delimi-
b) todas são incorretas. tado pelos raios de luz da fonte f.
c) apenas a II é correta.
d) apenas a I é incorreta.
e) apenas a II e III são corretas.

alternativa A
Os lados 1-2 e 3-4 do quadrado são superfícies
equipotenciais (V1 = V2 e V3 = V4 ) do campo elé-
trico uniforme, havendo diferença de potencial
apenas ao longo dos lados 4-1 (V4 > V1 ) e 3-2
(V3 > V2 ).
A partir disso, temos:
I. Correta. Sendo F = −Fel ., o |F τ12 | = |Fel . τ12 | =
S
Da figura, a = .
cos 30o
= Q ⋅ U12 = 0.
Em qualquer seção do cone, o fluxo energético
E, ainda, o F τ ciclo = −Fel . τ ciclo = deve ser o mesmo, igual ao fluxo total emitido
pela fonte f. Assim, o iluminamento H na seção a
0 0
é dado por:
= −Fel . τ12 − Fel . τ 23 − Fel . τ 43 − Fel . τ14 , mas
φ
H = ⇒φ =a⋅H
Fel . τ14 = −Fel . τ 23 , logo, F τ ciclo = Fel .τ ciclo = 0. a
φ
II. Correta. O τ 23 = −Fel .τ 23 = Q ⋅ (V3 − V2 ) > 0, HA = A ⇒ φA = A ⋅ HA ⇒ a ⋅ H = A ⋅ HA ⇒
F A
φ = φA
enquanto que F τ12 = 0.
III. Correta. F τ 23 + F τ14 = −Fel .τ 23 + (−Fel .τ14 ) = S A ⋅ H A cos 30o
⇒ ⋅ H = A ⋅ HA ⇒ H = ⇒
= Q ⋅ (V3 − V2 ) − Q ⋅ (V4 − V1 ) = 0, pois V3 − V2 = cos 30 o S
= V4 − V1 .
3 AH A
⇒ H =
2S

Questão 17
Questão 18
Uma fonte luminosa uniforme no vértice de
um cone reto tem iluminamento energético
Alguns tipos de sensores piezorresistivos po-
(fluxo energético por unidade de área) H A na
dem ser usados na confecção de sensores de
área A da base desse cone. O iluminamento
pressão baseados em pontes de Wheatstone.
incidente numa seção desse cone que forma
Suponha que o resistor Rx do circuito da figu-
ângulo de 30o com a sua base, e de projeção
ra seja um piezorresistor com variação de re-
vertical S sobre esta, é igual a
sistência dada por Rx = kp + 10 Ω, em que
a) AH A S. k = 2,0 × 10−4 Ω / Pa e p, a pressão. Usando
b) SH A A. este piezorresistor na construção de um sen-
sor para medir pressões na faixa de 0,10 atm
c) AH A 2S. a 1,0 atm, assinale a faixa de valores do re-
d) 3 AH A 2S. sistor R1 para que a ponte de Wheatstone
seja balanceada. São dados: R2 = 20 Ω e
e) 2 AH A 3 S.
R3 = 15 Ω.

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física 11

alternativa D
Um fio retilíneo percorrido por corrente elétrica
gera campo magnético. Se tomarmos distâncias
ao fio muito menores que o comprimento deste,
as linhas de campo formarão circunferências cen-
tradas no fio.

Questão 20

a) De R1min = 25 Ω a R1max = 30 Ω Considere as seguintes afirmações:


b) De R1min = 20 Ω a R1max = 30 Ω I. As energias do átomo de Hidrogênio do mo-
delo de Bohr satisfazem a relação,
c) De R1min = 10 Ω a R1max = 25 Ω
En = −13,6 n2 eV, com n = 1, 2, 3, L; portan-
d) De R1min = 9,0 Ω a R1max = 23 Ω
to, o elétron no estado fundamental do átomo
e) De R1min = 7 ,7 Ω a R1max = 9,0 Ω de Hidrogênio pode absorver energia menor
que 13,6 eV.
alternativa C II. Não existe um limiar de frequência de ra-
diação no efeito fotoelétrico.
Para que a ponte de Wheatstone seja balancea-
da, a seguinte relação deve ser satisfeita: III. O modelo de Bohr, que resulta em energias
quantizadas, viola o princípio de incerteza de
R1 ⋅ R x = R 2 ⋅ R 3 ⇒ R1 ⋅ (k ⋅ p + 10) = 20 ⋅ 15 ⇒
Heisenberg.
300
⇒ R1 = Então, pode-se afirmar que
k ⋅ p + 10 a) apenas a II é incorreta.
Assim, para a pressão de 1,0 atm = 105 Pa, temos b) apenas a I e II são corretas.
R1mín. dado por: c) apenas a I e III são incorretas.
300 d) apenas a I é incorreta.
R1mín. = ⇒ R1mín. = 10 Ω
(2 ⋅ 10 −4 ⋅ 105 ) + 10 e) todas são incorretas.
e para a pressão de 0,1 atm = 104 Pa, temos
R1máx. é dado por:
300 alternativa A
R1máx. = ⇒ R1máx. = 25 Ω
(2 ⋅10 −4 ⋅ 104 ) + 10
I. Correta. O elétron poderá absorver qualquer fó-
ton com energia igual à diferença de energia, en-
tre duas órbitas permitidas do átomo. A máxima
Questão 19 diferença será de 13,6 eV.
II. Incorreta. Só ocorrerá efeito fotoelétrico se o fó-
ton absorvido tiver energia maior ou igual à fun-
Assinale em qual das situações descritas nas ção trabalho do material, ou seja:
opções abaixo as linhas de campo magnético
formam circunferências no espaço. φ
Efóton = h ⋅ flimiar ≥ φ ⇒ flimiar ≥
a) Na região externa de um toroide. h
b) Na região interna de um solenoide.
III. Correta. No átomo de Bohr as grandezas físi-
c) Próximo a um ímã com formato esférico.
cas estão perfeitamente determinadas (veloci-
d) Ao redor de um fio retilíneo percorrido por dade, energia, quantidade de movimento, raio
corrente elétrica. da órbita e período do movimento), não haven-
e) Na região interna de uma espira circular do, portanto, lugar para as incertezas nessas
percorrida por corrente elétrica. grandezas.

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física 12

As questões dissertativas, numeradas 3. A força (F ou peso?) que realiza maior tra-


de 21 a 30, devem ser desenvolvidas, balho, em módulo, durante o tempo T em que
justificadas e respondidas no a massa está sendo erguida com velocidade
caderno de soluções constante.

Resposta
Questão 21 As forças que atuam sobre a massa e as polias
são dadas por:
100 cápsulas com água, cada uma de massa
m = 1,0 g, são disparadas à velocidade de
10,0 m/s perpendicularmente a uma placa
vertical com a qual colidem inelasticamente.
Sendo as cápsulas enfileiradas com espaça-
mento de 1,0 cm, determine a força média
exercida pelas mesmas sobre a placa.

Resposta
O intervalo de tempo Δt entre cada colisão vale:
ΔS 10 −2
v = ⇒ 10 = ⇒ Δt = 10 −3 s
Δt Δt
Do teorema do impulso, o módulo da força média
F entre duas colisões sucessivas é dado por:
1. Para equilibrar o sistema, temos:
F ⋅ Δt = ΔQ ⇒ F ⋅ Δt = mv ⇒
R = 0 ⇒ 4F = 240 ⇒ F = 60 N
⇒ F ⋅ 10 −3 = 10 −3 ⋅ 10 ⇒ F = 10 N
2. Para erguer a massa com velocidade constante
(equilíbrio dinâmico), devemos também ter R = 0.
Questão 22 Assim, F = 60 N .

3. Aplicando o teorema da energia cinética para o


O arranjo de polias da figura é preso ao teto sistema formado pela massa e pelas polias, te-
para erguer uma massa de 24 kg, sendo os mos:
R τ = ΔEc ⇒ F τ + P τ = 0 ⇒ | F τ | = | P τ|
fios inextensíveis, e desprezíveis as massas
das polias e dos fios. Desprezando os atritos,
determine: Como cada comprimento de corda puxado na ex-
tremidade da polia faz com que a massa suba um
quarto desse comprimento e como as forças en-
volvidas obedecem à razão inversa 4F = P, temos
que |F τ| = | P τ |.
Dessa forma, concluímos que os trabalhos reali-
zados são iguais.

Questão 23

A figura mostra uma chapa fina de massa M


com o formato de um triângulo equilátero,
tendo um lado na posição vertical, de compri-
1. O valor do módulo da força F necessário mento a, e um vértice articulado numa barra
para equilibrar o sistema. horizontal contida no plano da figura. Em
2. O valor do módulo da força F necessário cada um dos outros vértices encontra-se fixa-
para erguer a massa com velocidade constante. da uma carga elétrica q e, na barra horizon-

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física 13

tal, a uma distância a 3 2 do ponto de arti- k ⋅Q ⋅q 3 3


culação, encontra-se fixada uma carga Q. + 2
⋅ ⋅ a −M ⋅ g ⋅ a=0⇒
⎛ 7 ⎞ 7 6
Sendo as três cargas de mesmo sinal e mas- ⎜ ⋅ a⎟
sa desprezível, determine a magnitude da ⎝ 2 ⎠
carga Q para que o sistema permaneça em
equilíbrio. 7 7 M ⋅ g ⋅ a2
⇒ Q = ⋅
12(7 7 + 2) k ⋅q

Questão 24

A figura mostra um sistema formado por dois


blocos, A e B, cada um com massa m. O bloco A
Resposta pode deslocar-se sobre a superfície plana e ho-
Considerando apenas as forças externas que rizontal onde se encontra. O bloco B está co-
atuam sobre a placa, podemos montar o seguin- nectado a um fio inextensível fixado à parede,
te esquema: e que passa por uma polia ideal com eixo preso
ao bloco A. Um suporte vertical sem atrito
mantém o bloco B descendo sempre paralelo a
ele, conforme mostra a figura. Sendo μ o coefi-
ciente de atrito cinético entre o bloco A e a su-
perfície, g a aceleração da gravidade, e θ = 30o
mantido constante, determine a tração no fio
após o sistema ser abandonado do repouso.

No ΔPQR, temos:
2
⎛ 3a⎞
PQ 2 = PR 2 + RQ 2 ⇒ PQ 2 = a2 + ⎜ ⎟ ⇒
⎝ 2 ⎠
7a
⇒ PQ =
2
Como PQ ⋅ RS = RQ ⋅ PR , vem:
7 ⋅a 3a ⋅a 3 Resposta
⋅ RS = ⇒ RS = ⋅a
2 2 7 Marcando as forças, temos:
3a
Sendo G o baricentro da chapa, temos GT = .
6
Assim, considerando os momentos em relação à
articulação (R), do equilíbrio, vem:
M R (R) = 0 ⇒ Fel. ⋅ RQ + F’ el. ⋅ RS − M ⋅ g ⋅ GT = 0 ⇒

k ⋅Q ⋅q 3 k ⋅Q ⋅q 3
⇒ ⋅ ⋅a + ⋅ ⋅a −
(TR ) 2 2 (PQ) 2 7

3 k ⋅Q ⋅q 3
−M ⋅g ⋅ a =0 ⇒ 2
⋅ ⋅a +
6 ⎛a⎞ 2
⎜ ⎟
⎝2 ⎠

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física 14

Do Princípio Fundamental da Dinâmica, na hori- Resposta


zontal, vem:
Lembrando que Q = m ⋅ v , a razão (R) entre as
R A = mA ⋅ a energias cinéticas de B e A após a colisão é dada

RB = mB ⋅ a por:
2
mB ⋅ v B’
2
T ⋅ cos 30o − fat. − NB = m ⋅ a 2 mB ⋅ v B’
⇒ ⇒ R = = ⇒
NB = m ⋅ a 2
mA ⋅ v A’ 2
2mB ⋅ v A’
⇒T ⋅ cos 30o − μ(T + mg − T ⋅ sen 30o ) − m ⋅ a = 2
2
2m(2a + μg) ⎛ qB ⎞
=m⋅a ⇒T = (I) ⎜ ⎟
3 −μ ⎝ mB ⎠ q B2 (2mB ) 2
⇒R = 2
⇒ R = ⋅ ⇒
Do vínculo geométrico entre as acelerações e do ⎛ qA ⎞ mB2 2q A2
movimento de B na vertical, temos: 2 ⋅⎜ ⎟
⎝ mA ⎠
mg − T = m ⋅ ay (mg − T)cos 30o
⇒ a = (II) 2q B2
a = ay cos 30o m
⇒ R =
q A2
Substituindo (II) em (I), temos:
Se quisermos escrever a relação anterior como
2 mg( μ + 3 ) função exclusiva do ângulo θ, devemos utilizar o
T =
3 3 −μ princípio da conservação da quantidade de movi-
mento.
Como a quantidade inicial de movimento p A tem
componentes apenas nos eixos x e z, o átomo B
não poderá adquirir movimento no eixo y, ou seja,
Questão 25 q B terá apenas componentes no eixo x.
Dessa forma, podemos construir as figuras a se-
guir:
Átomos neutros ultrafrios restritos a um pla-
no são uma realidade experimental atual em
armadilhas magneto-ópticas. Imagine que
possa existir uma situação na qual átomos do
tipo A e B estão restritos respectivamente aos
planos α e β, perpendiculares entre si, sendo
suas massas tais que mA = 2mB . Os átomos A
e B colidem elasticamente entre si não saindo
dos respectivos planos, sendo as quantidades
de movimento iniciais pA e pB , e as finais,
qA e qB . pA forma um ângulo θ com o plano
horizontal e pB = 0. Sabendo que houve
transferência de momento entre A e B, qual é
a razão das energias cinéticas de B e A após a
colisão?

Do princípio da conservação da quantidade de


movimento, temos Qantes = Qdepois , ou seja:

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física 15

Questão 26

Dois capacitores em série, de capacitância C1


e C2 , respectivamente, estão sujeitos a uma
Da lei dos cossenos, temos: diferença de potencial V. O capacitor de capa-
q A2 = q B2 + p A2 − 2q B ⋅ p A ⋅ cosθ (I) citância C1 tem carga Q1 e está relacionado
Como o choque é elástico, temos conservação da com C2 através de C2 = xC1 , sendo x um coe-
energia cinética, ou seja: ficiente de proporcionalidade. Os capacitores
mA ⋅ v A 2 m v’ 2 carregados são então desligados da fonte e en-
Ecantes = Ecdepois ⇒ = A A + tre si, sendo a seguir religados com os respec-
2 2
tivos terminais de carga de mesmo sinal. De-
mBv’B2 p2 q2 q2 p2
+ ⇒ A = A + B ⇒ A = termine o valor de x para que a carga Q2 final
2 2mA 2mA 2mB 2 do capacitor de capacitância C2 seja Q1 /4.
q A2
= + q B2 ⇒ p A2 = q A2 + 2q B2 (II) Resposta
2
Substituindo II em I, obtemos: Na situação inicial, os capacitores em série pos-
q A2 = q B2 + q A2 + 2q B2 − 2q B ⋅ p A ⋅ cosθ ⇒ 3q B2 = suem a mesma carga Q1 . Na segunda situação, a
carga total 2Q1 do sistema se conserva. Assim,
2p A cosθ Q
= 2q B ⋅ p A ⋅ cosθ ⇒ q B = (III) sendo Q2 = 1 , a carga no outro capacitor será
3 4
Substituindo q B em II, temos: 7Q1
Q’1 = .
2 4
⎛ 2p cosθ ⎞
p A2 = q A2 + 2 ⋅ ⎜ A ⎟ ⇒ Como a tensão nos dois capacitores é a mesma,
⎝ 3 ⎠
vem:
8p A2 cos 2 θ 7Q1 Q1
⇒ p A2 − = q A2 ⇒ U1 = U 2
9 4 4 1
Q ⇒ = ⇒ x =
p A 2 (9 − 8 cos 2 θ) U = C1 x ⋅ C1 7
⇒ q A2 = (IV) C
9
Assim, a relação entre as energias de B e A após
a colisão vale: Questão 27
mBv’B2 qB 2
ECB mB mA q B 2 O momento angular é uma grandeza impor-
= 2 = = ⋅ (V) tante na Física. O seu módulo é definido
ECA mAv’ A2 qA 2 mB q A 2
como L = rp sen θ, em que r é o módulo do
2 mA vetor posição com relação à origem de um
Sendo mA = 2mB , das equações III, IV e V, obte- dado sistema de referência, p o módulo do ve-
mos: tor quantidade de movimento e θ o ângulo por
4p A 2 cos 2 θ eles formado. Em particular, no caso de um
ECB 9 satélite girando ao redor da Terra, em órbita
=2 ⇒
ECA p A 2 (9 − 8 cos 2 θ) elíptica ou circular, seu momento angular
9 (medido em relação ao centro da Terra) é con-
servado. Consi-
ECB 8 cos 2 θ 8
⇒ = = ⇒ dere, então, três
ECA 9 − 8 cos 2 θ 9
−8 satélites de mes-
2
cos θ ma massa com
E 8 órbitas diferen-
⇒ CB = ⇒
ECA 9 sec 2θ − 8 tes entre si, I, II
e III, sendo I e
ECB 8 III circulares e II
⇒ = 2
ECA 9 tg θ + 1 elíptica e tan-
gencial a I e III,

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física 16

como mostra a figura. Sendo LI, LII e LIII os m


Sabendo que o período é T = 2 π , temos que
respectivos módulos do momento angular dos k
satélites em suas órbitas, ordene, de forma os meios períodos para x maior e menor que zero
crescente, LI, LII e LIII. Justifique com equa- são:
ções a sua resposta. m⋅L m⋅L
T(F1 ) = π e T(F2 ) = π
F1 F2
Resposta Como o período de movimento (TT ) é a soma dos
Adotando r ⋅ sen θ como raio (R) médio, da defini- meios períodos devidos a F1 e F2 , temos:
ção de momento angular e da definição de mo- TT = T(F1 ) + T(F2 )
mento linear, temos:
⎛ 1 1 ⎞
L = p ⋅R TT = π m ⋅ L ⎜⎜ + ⎟
⇒ L = m ⋅ ω ⋅ R 2 (I) ⎟
p =m⋅ω⋅R ⎝ F1 F2 ⎠

Da Terceira Lei de Kepler e da definição de velo-


2) Pelo Princípio da Conservação da Energia Me-
cidade angular, temos:
cânica, temos:
T2 = k ⋅ R3 L V
2π EMmáx . = EMmáx .
2π ⇒ω= (II)
ω= k ⋅ R3
T k ⋅ x2 m ⋅v2
=
Substituindo II em I, temos: 2 2
1 m
2π 2 πm x =v ⋅ , como F = k ⋅ L, multiplicamos m e k
L=m⋅ ⋅ R2 ⇒ L = ⋅R2 k
k ⋅ R3 k por L.
Como RIII > RII > RI , ordenando de forma cres- m⋅L
x =v ⋅
cente os módulos dos momentos angulares dos F
satélites, temos:
Como | F2 | > | F1 | temos |x 2,máx. | < |x1,máx. |. Assim,
LI < LII < LIII a máxima distância da partícula à origem será:

mL
Questão 28 x1,máx. = v
F1

Uma partícula de massa 3) Não é MHS, pois a constante da mola não é


m está sujeita exclusiva- única. A constante é diferente para x < 0 e para
mente à ação da força x > 0.
F = F ( x )ex , que varia de
acordo com o gráfico da fi-
gura, sendo ex o versor no Questão 29
sentido positivo de x. Se
em t = 0, a partícula se
Considere dois fios paralelos, muito longos e
encontra em x = 0 com velocidade v no senti-
finos, dispostos horizontalmente conforme
do positivo de x, pedem-se:
mostra a figura. O fio de cima pesa 0,080 N/m,
1. O período do movimento da partícula em
é percorrido por uma corrente I1 = 20 A e se
função de F1 , F2 , L e m.
encontra dependurado por dois cabos. O fio
2. A máxima distância da partícula à origem
de baixo encontra-se preso e é percorrido por
em função de F1 , F2 , L, m e v.
uma corrente I2 = 40 A, em sentido oposto.
3. Explicar se o movimento descrito pela par-
Para qual distância r indicada na figura, a
tícula é do tipo harmônico simples.
tensão T nos cabos será nula?

Resposta
1) O módulo da força é dado por F (x ) = −kx , em
F F
que k = 1 , para x > 0, e k = 2 , para x < 0.
L L

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física 17

Resposta 180o em torno do eixo mostrado na figura,


Para que a tensão nos cabos seja nula, temos:
calcule a carga que passa pelo ponto P.
μ ⋅I ⋅I ⋅l
Fm = P ⇒ 0 1 2 =P ⇒
2 ⋅π ⋅r Resposta
μ ⋅I ⋅I P
⇒ 0 1 2 = ⇒ Considerando um giro de 90o , pela Lei de Faraday,
2 ⋅π ⋅r l
temos:
4 π ⋅ 10 −7 ⋅ 20 ⋅ 40
⇒ = 0,080 ⇒ ε = |Δφ| ⇒ ε = |0 − N ⋅ B ⋅ A| ⇒
2 ⋅π ⋅r Δt Δt
N ⋅B ⋅A
⇒ r = 2,0 ⋅ 10 −3 m ⇒ε= (I)
Δt
Pela definição de corrente elétrica e de resistên-
cia elétrica, a quantidade de carga que passará
Questão 30 pelo ponto P num giro de 90o será:
Q = i ⋅ Δt
Considere uma espira ε
com N voltas de área A, i =
ε ⇒ Q = R ⋅ Δt (II)
R
imersa num campo mag-
nético B uniforme e cons- Substituindo I em II, vem:
tante, cujo sentido aponta N ⋅B ⋅A N ⋅B ⋅A
Q = ⋅ Δt ⇒ Q =
para dentro da página. Δt ⋅ R R
A espira está situada ini- Por simetria, num giro de 180o a carga que passa-
cialmente no plano per- rá no ponto P será o dobro. Logo:
pendicular ao campo e N ⋅B ⋅A
possui uma resistência R. Se a espira gira QT = 2 ⋅ Q ⇒ QT = 2 ⋅
R

Física – Exame exigente


Mantendo a tradição, a prova de Física exigiu um bom conhecimento
conceitual e habilidade algébrica. Ocorreu uma grande concentração de
questões envolvendo Mecânica e Eletricidade. Em algumas questões, os
enunciados permitiram mais de uma possibilidade de interpretação.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 00:39:27

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