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Legislação Tributária Estadual

Teoria e Questões comentadas


Prof. Wilson Tavares e Cadu Carrilho

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Exceto CTE (item1) e PAT (item 3)

2. Lei Complementar estadual nº 104, de 09 de outubro de 2013, que institui o


Código de Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte no Estado de Goiás. ......... 5
4. Título V, Capítulos IV e IV-A. Título IV, Capítulo I do Decreto nº 4.852, de 29 de
dezembro de 1997, que regulamenta a Lei Estadual nº 11.651/91, que instituiu o
Código Tributário do Estado de Goiás. ................................................................. 16
5. Títulos I, II, III, IV, V e VI, capítulo I, seção I do Anexo VIII do Decreto nº
4.852/97, que trata da substituição tributária do ICMS. ......................................... 45
6. Capítulo I e V do Anexo IX do Decreto nº 4.852/97, que trata dos benefícios fiscais67
7. Capítulos I, II, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XV, XVI e XVII do Anexo XII do
Decreto nº 4.852/97, que cuida de operações especiais. ....................................... 78
8. Capítulos IV, VI, VIII e X do Anexo XIII do Decreto nº 4.852/97, que trata dos
procedimentos especiais aplicáveis a determinadas atividades econômicas. ........... 121
9. Anexo XV do Decreto nº 4.852/97, que trata das operações e prestações que
destinem mercadoria, bem ou serviço a consumidor final não contribuinte, localizado
no Estado de Goiás. ....................................................................................... 133
10. Ajuste SINIEF nº 07/05, que Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento
Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica, Cláusulas I, II, II-A, III, IV, V, VI e IX. .............. 137
11. Decreto nº 9.104, de 05 de dezembro de 2017, que dispõe sobre o pagamento do
ICMS relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual pelo contribuinte
optante pelo Simples Nacional, nas aquisições de mercadorias destinadas à
comercialização ou produção rural e altera o Anexo IX do RCTE. .......................... 142

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Apresentação dos professores


Olá querido aluno, bem-vindo ao nosso curso de Legislação Tributária Estadual para o
concurso de Auditor Fiscal de Tributos Estaduais de Goiás, ministrada pelo Prof.
Wilson Tavares e Cadu Carrilho.
Meu nome é Wilson Tavares, sou formado em Ciências Contábeis e tenho graduação
no curso de formação de Oficiais Bombeiros do Rio de Janeiro. Faço parte da equipe de
professores do Exponencial Concursos, ministrando a disciplina de Legislação Tributária
Estadual.
Durante o curso vou escrever um texto motivacional que vai te auxiliar nessa jornada
até a sua aprovação. Hoje, quero dividir com vocês minhas recentes aprovações.
Depois de ter conseguido a 1ª colocação no concurso militar para Oficial do Corpo de
Bombeiros RJ e ter atingido um objetivo importante na minha vida, decidi ainda como
cadete que queria ser Auditor Fiscal de Tributos. Em 2015, no terceiro e último ano do
curso de formação de oficiais iniciei minha preparação para esse grande desafio e já
em 2016 consegui algumas aprovações, como: ICMS Maranhão, (4°) ISS-São Gonçalo
e (1°) Fiscal de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro. Em 2018 decidi fazer o
concurso de AFRE-Rondônia e consegui a 12ª colocação.
Olá!!! Eu sou o Professor Cadu Carrilho. Sou formado em Ciências Navais pela
Escola Naval, quase me formando em Direito e com uma especialização em Direito
Tributário. No mundo dos concursos dou aulas nas matérias de Legislação Tributária
Estadual, Direito Tributário e Direito Empresarial. Fui aprovado no concurso de
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil em 2006. Depois aprovado no concurso
de Auditor Fiscal da Prefeitura de São Paulo, famoso ISS-SP, em 2007. Passei também
no concurso de Auditor Fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro realizado em 2010, o
chamado ISS-Rio. E por fim, fui aprovado em 1º lugar no concurso para Auditor
Fiscal do Estado do Rio de Janeiro em 2011 (ICMS-RJ). É uma trajetória que me enche
de orgulho, não o orgulho altivo, mas o de saber que obtive esses resultados em
função de muita dedicação e sacrifício. Foi um investimento bem grande de recursos,
tempo e aprendizado. E tenho ajudado outros a alcançaram esse mesmo sucesso há
alguns anos.
Então, nosso objetivo é usar toda nossa experiência e bagagem no mundo dos
concursos a te ajudar a ter o melhor material. E proporcionar um excelente resultado
nesse concurso tão difícil. Tenha convicção de que o seu esforço será recompensado,
só depende de você e que o nosso também será com a sua aprovação. Aguardo com
expectativa a sua participação nessa jornada sobre a Legislação Tributária do Estado
de Goiás.

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Histórico e análise das provas


Legislação Tributária Estadual

Uma análise das provas da FCC e FGV dos últimos 5 anos.

Legislação Tributária dos Estados e do Distrito Federal


203 Questões
Assunto Questões Porcentagem

ICMS 120 questões 60%


IPVA 19 questões 9%
ITCMD 24 questões 12%
Taxas e Tarifas Estaduais 5 questões 2,5%
Processo Administrativo Tributário 35 questões 16,5%
Estadual (PAT)
Já deu para perceber a importância do imposto ICMS para o seu concurso!
Vamos iniciar nossos estudos por esse importante imposto.
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2. Lei Complementar estadual nº 104, de 09 de outubro de 2013, que


institui o Código de Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte no
Estado de Goiás.

LEI COMPLEMENTAR Nº 104, DE 09 DE OUTUBRO DE 2013.


Institui o Código de Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte no Estado de Goiás.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos do art. 10 da Constituição
Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Este Código estabelece normas relacionadas aos direitos, garantias e obrigações do
contribuinte do Estado de Goiás.
§ 1º São contribuintes, para os efeitos desta Lei Complementar, as pessoas físicas e/ou jurídicas
que integrem relação jurídica para com o Estado de Goiás, de natureza tributária, relacionada a
obrigações de natureza principal e/ ou acessória, na condição de contribuinte e/ou responsável.
§ 2º As multas, sejam elas decorrentes do descumprimento de obrigações principais e/ou
acessórias, encontram-se abarcadas por este diploma legal.
§ 3º As disposições constantes desta Lei Complementar se aplicam, de igual forma, às pessoas
físicas e/ou jurídicas, privadas e/ou públicas, que, mesmo não integrando relação jurídico-tributária
para com o Estado de Goiás, relacionada a obrigações de natureza principal e/ou acessória e/ou
decorrentes da aplicação de multas, sejam obrigadas, de qualquer forma, a colaborar com as
atividades de fiscalização, apuração e recolhimento de tributos e/ou aplicação de multas.
§ 4º Todas as pessoas físicas e/ou jurídicas que integrem, na condição de sujeito ativo, relação
jurídico-tributária de débito do Estado de Goiás, também farão jus à aplicação deste Código.
Art. 2º São objetivos deste Código:
I - promover o bom relacionamento entre fisco e contribuinte, baseado na cooperação, no respeito
mútuo e na parceria, visando fornecer ao Estado os recursos necessários ao cumprimento de suas
atribuições;
II - proteger o contribuinte contra o exercício abusivo do poder de fiscalizar, de lançar e de cobrar
tributo e/ou multa, que deverão ser prévia e integralmente instituídos por lei;
III - assegurar aos contribuintes o direito à ampla defesa e ao contraditório em sede de processo
administrativo, contencioso ou não-contencioso, independentemente de sua origem e/ou natureza;
IV - prevenir e reparar os danos decorrentes do abuso de poder por parte do Estado na
fiscalização, no lançamento e na cobrança de tributos e/ou multas;
V - assegurar a adequada, eficaz e gratuita prestação de serviços de orientação aos contribuintes;

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VI - assegurar uma forma lícita de apuração, declaração e recolhimento de tributos, bem como a
manutenção e apresentação de bens, mercadorias, livros, documentos, impressos, papéis,
programas de computador ou arquivos eletrônicos a eles relativos;
VII - assegurar o regular exercício da fiscalização por parte do Estado de Goiás.
Art. 3º Os direitos e garantias previstos nesta Lei Complementar não afastam ou prejudicam
aqueles decorrentes da Constituição Federal de 1988, da Constituição do Estado de Goiás, de Leis
Complementares e demais atos normativos.
Art. 4º O Estado de Goiás deverá esclarecer e informar, aos contribuintes, todos os tributos de
sua competência que incidam sobre mercadorias, serviços, propriedade de veículos automotores,
transmissão causa mortis e doação, dentre outras materialidades.

CAPÍTULO II
Dos Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte
Art. 5º São direitos do contribuinte:
I - o adequado e eficaz atendimento pelos órgãos e servidores do Estado de Goiás, visando
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - a igualdade de tratamento, com respeito e urbanidade, em qualquer repartição pública do
Estado de Goiás;
III - a identificação do servidor, função e atribuições nas repartições públicas e nas ações e/ou
procedimentos fiscais;
IV - ter acesso a dados e informações, pessoais e econômicas, que a seu respeito constem em
qualquer espécie de fichário ou registro, informatizado ou não, dos órgãos da Administração
Tributária do Estado de Goiás;
V - a eliminação completa ou cancelamento de dados falsos e/ou obtidos por meios ilícitos;
VI - a retificação, complementação, esclarecimento ou atualização de dados incorretos,
incompletos, dúbios ou desatualizados;
VII - ter conhecimento e obter certidão sobre atos, contratos, decisões, pareceres ou
procedimentos de seu interesse, que se encontrem em poder da Administração Pública, salvo se a
informação solicitada estiver protegida por sigilo, observada a legislação pertinente à espécie;
VIII - ter acesso à efetiva educação tributária e à orientação sobre procedimentos administrativos;
IX - a prévia apresentação de ordem de fiscalização, notificação ou outro ato administrativo
autorizando a execução de auditorias fiscais, coleta de dados ou quaisquer outros procedimentos
determinados pela Administração Tributária, que deverá conter:
a) as datas de início e fim do procedimento de fiscalização, cujo prazo não poderá ultrapassar 90
(noventa) dias, prorrogáveis por igual período, por despacho fundamentado da autoridade
responsável;
b) a descrição sumária do objeto de fiscalização e dos documentos que deverão ser
disponibilizados para exame;

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c) a identificação dos Agentes Fiscais encarregados de sua execução e a norma legal que lhes
atribua tal competência, sendo vedada a delegação de competência;
d) a autoridade responsável por sua emissão;
e) o contribuinte ou local onde será executada;
f) os trabalhos a serem desenvolvidos e o número do telefone ou endereço eletrônico onde
poderão ser obtidas as informações necessárias à confirmação de sua autenticidade;
X - Revogado;
XI - ver observadas as disposições constantes dos Termos de Acordo e Regime Especial - TAREs
firmados com a Administração Pública, sob pena de nulidade absoluta dos atos que os
transgredirem, sendo que:
a) apenas a Autoridade Administrativa que concedeu os TAREs poderão alterá-los e/ou cassá-los,
o que dependerá da prévia instauração de processo administrativo com esta finalidade;
b) não se considera alteração, para fins de observância à alínea “a”, supra, a aplicação de
cláusula expressamente prevista nos TAREs, no sentido de que a legislação tributária editada
posteriormente à sua assinatura passará a lhe integrar, devendo ser observada pelo contribuinte,
independentemente de qualquer aviso ou notificação pela Autoridade competente;
XII - não prestar informações em razão de solicitações verbais e em prazo inferior a 5 (cinco) dias
úteis contados de sua formal solicitação;
XIII - cumprir as obrigações acessórias e atender as notificações ou solicitações formalmente
engendradas pelas Autoridades Fiscais competentes, mediante envio de arquivos eletrônicos a
endereços virtuais especialmente criados pela Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás para
essa finalidade;
XIV - ter ciência dos prazos para pagamento e das reduções de multa e/ou juros, cumprimento de
obrigações acessórias, e outras exigências que lhe forem eventualmente encetadas, com a
especificação do procedimento a ser adotado em cada caso;
XV - não ser, sob nenhuma hipótese, compelido ao pagamento imediato de tributo e/ou multa,
caso dele(s) discorde, e exercer, neste caso, o direito à ampla defesa e ao contraditório, com os
meios e recursos a ele inerentes;
XVI - comunicar-se com seu advogado ou entidade de classe quando sofrer ação fiscal, sem
prejuízo da continuidade desta;
XVII - ter ciência formal da tramitação e das decisões proferidas em processo administrativo do
qual seja parte, podendo, quando assim desejar, ter "vista" do mesmo na repartição fiscal e obter
cópias dos respectivos autos, mediante ressarcimento dos custos de reprodução
XVIII - VETADO;
XIX - ver garantido, pela Administração Pública, o sigilo de todas as informações relacionadas aos
seus negócios, documentos e operações, cujo acesso Ihes seja constitucionalmente permitido em
razão das atividades de fiscalização e apuração dos tributos de sua competência;
XX - encaminhar, sem qualquer ônus, petição contra ilegalidade ou abuso de poder ou para
defesa de seus direitos;

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XXI - o ressarcimento ou indenização pelos danos causados por agente da Administração Pública
no exercício, ilegal e/ou arbitrário, de suas funções;
XXII - obter convalidação, com efeitos retroativos, de ato maculado com defeito sanável ou erro
notoriamente escusável, desde que haja o pagamento integral do tributo, se devido, acrescido de
correção monetária e dos demais acréscimos previstos na legislação e não tenha sido iniciada a
ação fiscal;
XXIII - formular alegações e apresentar documentos anteriormente à prolação de decisões em
processos administrativos de que seja parte, observando, quando necessário, os prazos definidos
na legislação aplicável à espécie;
XXIV - fazer-se representar por advogado em quaisquer procedimentos ou processos
administrativos;
XXV - não ser compelido a exibir documento que já se encontre em poder da Administração
Pública;
XXVI - receber as intimações e comunicações fiscais no endereço informado à Administração
Tributária, quando assim solicitar;
XXVII - Revogado.
§ 1º Revogado.
§ 2º A convalidação mencionada no inciso XXII, supra, também poderá se dar por iniciativa da
própria Administração Pública, que fixará prazo Igualou superior a 30 (trinta) dias para que o
contribuinte atenda a respectiva solicitação
§ 3° Na hipótese da alínea “a” do inciso IX, o prazo será suspenso sempre que o contribuinte
solicitar para apresentar ou retificar informação ou quando o contribuinte, notificado, não apresentar
ou apresentar documentação incompleta no prazo estabelecido.
§ 4° A devolução dos bens, mercadorias, documentos, livros, impressos, papéis, programas de
computador ou arquivo eletrônico entregues à fiscalização fazendária ou por ela apreendidos
deverá ocorrer no prazo estabelecido na alínea “a” do inciso IX do caput deste artigo, desde que
não sejam indispensáveis à comprovação da infração.
§ 5° Será restabelecida a espontaneidade caso não seja concluída a auditoria no prazo máximo
previsto na alínea “a” do inciso IX do caput deste artigo.
Art. 6º São garantias do contribuinte:
I - a exclusão da responsabilidade pelo pagamento de tributo e de multa não previstos em lei;
II - a faculdade de corrigir obrigação tributária, principal e/ou acessória, antes de iniciado o
procedimento fiscal visando apurar a sua prática, o que impedirá a aplicação de sanção pelo ilícito
previamente retificado;
III - a presunção relativa de verdade dos lançamentos contidos em seus livros, documentos e
arquivos contábeis ou fiscais;
IV - ter assegurados, no processo administrativo-fiscal, o contraditório, a ampla defesa e,
preferencialmente, o julgamento em duplo grau, sendo a segunda instância administrativa
organizada com colegiado, no qual terão assento representantes do Fisco e dos contribuintes;

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V - a liquidação antecipada, total ou parcial, do crédito tributário parcelado, com redução
proporcional dos juros e demais acréscimos incidentes sobre os valores pagos e/ou compensados;
VI - a fruição dos benefícios e incentivos fiscais ou financeiros, bem como o acesso a linhas
oficiais de crédito e a participação em licitações, independentemente da existência de processo
administrativo ou judicial relativo a crédito de natureza tributária não inscrito em dívida ativa, sem
prejuízo do disposto no art. 206 do Código Tributário Nacional;
VII - Revogado.
VIII - a inexigibilidade de visto em documento de arrecadação utilizado para pagamento em atraso
de tributo e/ou multa;
IX - VETADO;
X - não ser obrigado a atestar ou testemunhar contra si próprio, considerando-se ilícita, e,
consequentemente, nula, a prova assim obtida;
XI - o exercício do direito de petição e a obtenção de certidões junto aos órgãos públicos,
independentemente da comprovação de sua regularidade quanto ao cumprimento de obrigações
tributárias de natureza principal e/ou acessória;
XII - o pleno acesso ao teor das normas tributárias editadas pelo Estado de Goiás e à
interpretação que as r. Autoridades Fiscais oficialmente lhes atribua;
XIII - VETADO;
XIV - não ver instaurado, pelo Fisco Estadual, regime especial de fiscalização ausente de previsão
legal e que não observe os direitos e garantias do contribuinte contempladas na Constituição
Federal de 1988 e demais atos normativos;
XV - não ser impedido de contratar ou transacionar com a Administração Pública, direta ou
indireta, tais como fundações, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista,
instituições oficiais de crédito, dentre outras, caso o débito que lhe seja imputado decorra, direta ou
indiretamente, do inadimplemento contratual ou extracontratual incorrido por estas entidades;
XVI - obter decisões devidamente fundamentadas, tanto sob o aspecto fático como jurídico, em
relação a todos os requerimentos, impugnações e/ou recursos administrativos, inclusive nos casos
de expedição de Certidão Negativa e/ou Positiva com Efeitos de Negativa, sob pena de nulidade
absoluta destes atos administrativos, sendo que:
a) o prazo máximo para o contribuinte obter resposta quanto à solicitação de emissão de Certidão
Negativa e/ou Positiva com Efeitos de Negativa, será de 3 (três) dias úteis, sob pena de se
presumir o direito a sua expedição;
b) caso as Autoridades Fiscais neguem a expedição de Certidão Negativa e/ou Positiva com
Efeitos de Negativa mediante decisão carente de fundamentação, os contribuintes farão jus á sua
expedição, até que outra decisão sane este vício;
XVII - ver observado pelas Autoridades Fiscais o princípio da não-cumulatividade do ICMS,
notadamente em caso de lavratura de auto de infração que importe, direta ou indiretamente, na
descaracterização, cancelamento ou anulação a regime especial de recolhimento e apuração do
imposto, ou seja, em situação na qual o contribuinte é obrigado a renunciar, total ou parcialmente, a
seus créditos de ICMS.

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§ 1º A legalidade da instituição do tributo e/ou multa pressupõe a estipulação expressa de todos
os elementos indispensáveis à sua incidência, quais sejam a descrição objetiva de seu critério
material, espacial, temporal, a indicação do sujeito passivo, na qualidade de contribuinte e/ou
responsável, bem como dos aspectos temporal e espacial da obrigação tributária.
§ 2º VETADO.
§ 3º A instauração do regime especial de fiscalização mencionado no inciso XIV deste artigo dar-
se-á em situações de extrema gravidade, a serem previamente apuradas em processo
administrativo onde seja assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório, com os meios e
recursos a ele inerentes.
§ 4º O regime especial de fiscalização acima mencionado deverá observar, ainda, todos os
princípios aplicáveis ao respectivo tributo, tal qual o princípio da não-cumulatividade, em se
tratando do ICMS, e não poderá limitar ou impedir, mesmo que indiretamente, o livre exercício, pelo
contribuinte, de sua atividade econômica.
§ 5º O conteúdo dos atos normativos infralegais se restringirão a esclarecer a aplicação das
regras objetivamente estabelecidas por Lei, vedada a restrição a direitos dos contribuintes ou
ampliação do alcance de qualquer exigência fiscal.
Art. 7º O contribuinte será intimado dos atos processuais, e, especialmente, daqueles que lhe
imponham obrigações, ônus, sanções ou restrições ao exercício de seus direitos e/ou atividade
econômica, sob pena de nulidade por cerceamento do direito de defesa.
§ 1º A intimação deverá conter:
I - a identificação do intimado e o nome do órgão e/ou entidade administrativa que a expediu;
II - a finalidade da intimação;
III - a data, hora e local de comparecimento, quando for o caso;
IV - a informação sobre a necessidade de comparecimento pessoal ou possibilidade de se fazer
representar;
V - informação sobre a possibilidade de continuidade do processo independentemente de seu
comparecimento;
VI - revogado.
§ 2º A intimação observará a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis quanto à data fixada
para comparecimento.
§ 3º A intimação poderá se dar mediante ciência no respectivo processo, via postal com Aviso de
Recebimento - AR, telegrama ou outro meio que assegure o efetivo conhecimento por parte do
interessado.
§ 4º Em se tratando de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido,
a intimação poderá ser realizada mediante publicação na imprensa oficial.
§ 5º Sempre que solicitado, o advogado constituído pela parte nos autos do processo
administrativo deverá ser intimado de todas as decisões, sob pena de nulidade
§ 6º As intimações são nulas quando feitas sem observância às prescrições legais, e, em
especial, àquelas supra mencionadas.
§ 7º Revogado.

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Art. 8º As multas pelo descumprimento de obrigações acessórias levarão em consideração os
antecedentes fiscais do contribuinte
§ 1º Considerar-se-á reincidente o contribuinte que tenha sido condenado pela prática da mesma
infração por decisão administrativa irrecorrível e/ou decisão judicial transitada em julgado, em caso
de questionamento desta natureza
§ 2º Serão consideradas idênticas as infrações que possuam a mesma previsão legal
(antecedente/critério material, especial e temporal), o mesmo sujeito passivo e constem de
diferentes Autos de Infração.
Art. 9º VETADO.
Art. 10. As multas pelo descumprimento de obrigações acessórias relacionadas a operações e/ou
prestações amparadas por não-incidência, imunidade e isenção, serão aplicadas com redução de
50% (cinquenta por cento), sem prejuízo do disposto nos artigos 8º e 9º deste Código.
Art. 11. VETADO.
Art. 12. A existência de processo administrativo relativo a crédito tributário não inscrito em dívida
ativa não impedirá que o contribuinte usufrua de benefícios e incentivos fiscais ou financeiros, ou
participe de licitações.
Parágrafo único. A regra posta no caput deste artigo também se aplica às situações em que o
crédito tributário esteja garantido judicialmente ou com sua exigibilidade suspensa
Art. 13. É proibido o encaminhamento, ao Ministério Público, de representação fiscal para fins
penais relativa a crimes contra a ordem tributária, decorrentes do descumprimento de obrigações
principais e/ou acessórias, anteriormente ao julgamento definitivo do respectivo processo
administrativo.
Art. 14. VETADO.
Art. 15. A elaboração, redação, alteração e consolidação da legislação tributária observará o
disposto na Lei Complementar federal nº 95/1998 e na Lei Complementar estadual nº 33/2001.
Art. 16. Revogado.
Parágrafo único. Revogado.
Art. 17. VETADO.
Art. 18. São obrigações do contribuinte:
I - tratar, com respeito e urbanidade, os funcionários da administração fazendária do Estado;
II - identificar-se nas repartições administrativas e nas ações fiscais, mesmo através de seu titular,
sócio, diretor ou representante;
III - disponibilizar local adequado em seu estabelecimento, para a execução dos procedimentos de
fiscalização;
IV - apurar, declarar e recolher o tributo por ele devido, conforme previsto na legislação tributária;
V - apresentar, quando solicitado e no prazo estabelecido pela legislação tributária, bens,
mercadorias, informações, livros, documentos, impressos, papéis, programas de computador ou
arquivos eletrônicos;

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VI - manter em ordem, pelo prazo previsto na legislação tributária, livros, documentos, impressos
e registros eletrônicos relacionados aos tributos por ele devidos;
VII - manter suas informações cadastrais atualizadas.
Parágrafo único. As Autoridades Fiscais deverão retificar de ofício os dados cadastrais, quando
tomarem ciência da existência de equívoco, erro ou incompletude das informações.
Art. 19. Os sócios administradores somente poderão ser responsabilizados mediante a prévia
comprovação, pelo Fisco Estadual, da prática de atos com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos, nos termos do art. 135 do Código Tributário Nacional;
§ 1º O simples inadimplemento da obrigação tributária principal e/ou acessória não configura
infração à lei apta a justificar a responsabilização dos sócios administradores.
§ 2º Não constitui dissolução irregular da sociedade, para fins de responsabilização de seus
sócios administradores, a sua extinção via falência, dissolução judicial ou extrajudicial, ou outra
forma legalmente prevista para a extinção ou liquidação de sociedades
§ 3º A presunção de dissolução irregular da sociedade, em virtude de sua não-localização,
pressupõe a prévia e formal diligência junto aos endereços constantes de seus registros fiscais e
contrato social.
§ 4º Caso a suspensão ou baixa da sociedade tenham sido solicitadas, as intimações ou
exigências fiscais serão encaminhadas ao domicílio de seus sócios administradores.
Art. 20. É proibida a inscrição do nome dos sócios administradores na Dívida Ativa, quando não
lhes for previamente assegurado o direito de discutir administrativamente a exigência fiscal.
Art. 21. Além dos requisitos de prazo, forma e competência, é vedado à legislação ou às
Autoridades Administrativas estabelecerem qualquer outra condição que limite o exercício do direito
de petição e/ou interposição de recursos na esfera administrativa.
Parágrafo único. Os pressupostos de admissibilidade dos pedidos e/ou defesas e/ou recursos
administrativos a cargo do contribuinte não poderão sofrer quaisquer limitações, que não aquelas
impostas, de igual forma, aos pedidos e/ou defesas e/ou recursos administrativos de competência
das Autoridades Fiscais.
Art. 22. As Certidões Negativas ou Positivas com Efeitos de Negativa emitidas pelo Estado de
Goiás não poderão ter prazo de validade inferior a 120 (cento e vinte) dias e deverão ser expedidas
em caráter geral, sem especificação de objeto ou objetivo.

CAPÍTULO III
Dos Deveres da Administração Fazendária
Art. 23. A Administração Pública atuará em obediência aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica,
finalidade, interesse público, eficiência e motivação dos atos administrativos.
Art. 24. Sem prejuízo do disposto no artigo 5°, inciso IX, deste Código, é permitido à
Administração Pública, em casos de extrema urgência, assim entendida a ocorrência de flagrante
infracional ou continuidade de ação fiscal realizada em outro contribuinte, dar início à fiscalização
independentemente da prévia expedição de ordem de fiscalização.

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§ 1º Revogado.
§ 2º A ordem de fiscalização deverá ser expedida no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas
contadas do início da fiscalização mencionada no caput deste artigo, sob pena de nulidade
absoluta do procedimento fiscal.
Art. 25. A notificação acerca do início da fiscalização será feita mediante entrega, ao contribuinte
ou terceiros legalmente habilitados, de uma das vias da ordem de fiscalização.
§ 1º A eventual recusa no recebimento da notificação, ou ausência de pessoa com poderes para
tal mister, serão certificados pelas Autoridades Fiscais, que prosseguirão, validamente, com os
procedimentos de fiscalização.
§ 2º VETADO.
§ 3º Presume-se entregue a notificação remetida para o endereço indicado pelo contribuinte em
seus registros fiscais.
Art. 26. Os bens, mercadorias, livros, documentos, impressos, papéis, arquivos eletrônicos ou
programas de computador apreendidos ou entregues pelo contribuinte, com exceção daqueles que
constituam prova de infração à legislação tributária, serão devolvidos no prazo de 60 (sessenta)
dias contados do início dos procedimentos de fiscalização.
§ 1º O prazo fixado no caput poderá ser prorrogado, por igual período, mediante decisão
fundamentada.
§ 2º Sempre que solicitado, serão fornecidos aos contribuintes cópias de livros, documentos,
impressos, papéis, arquivos eletrônicos ou programas de computador apreendidos ou entregues às
Autoridades Fiscais.
Art. 27. Todas as decisões administrativas serão fundamentadas em seus aspectos de fato e de
direito, sob pena de nulidade absoluta.
Art. 28. Cabe à Secretaria da Fazenda:
I - implantar um serviço gratuito e permanente de orientação e informação ao contribuinte;
II - realizar, anualmente, campanha educativa com o objetivo de orientar o contribuinte sobre seus
direitos e deveres;
III - implantar programa permanente de treinamento para os servidores das áreas de arrecadação
e fiscalização.
Art. 29. É proibida a instauração de qualquer espécie de procedimento fiscal com base em
denúncia anônima, quando ela:
I - não identifique, com absoluta segurança, o contribuinte supostamente infrator; ou,
II - descreva a infração imputada de forma genérica ou vaga; ou,
III - esteja desacompanhada de indícios de autoria e prática da infração; ou,
IV - vise, aparentemente, atingir objetivo diverso da apuração do ilícito denunciado, tais como
vingança pessoal ou tentativa de prejudicar a concorrência.
Art. 30. É vedado à Administração Pública:
I - impedir, em razão da existência de débitos, que o contribuinte imprima ou utilize documentos
fiscais;

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II - induzir, por qualquer meio, a auto-denúncia ou a confissão por parte do contribuinte;
III - bloquear, suspender ou cancelar inscrição estadual, nas hipóteses legalmente previstas,
anteriormente ao julgamento definitivo do processo administrativo instaurado com essa específica
finalidade;
IV - fazer-se acompanhar de força policial nas diligências ao estabelecimento do contribuinte,
salvo se justificado por justo receio à atividade fiscalizatória;
V - divulgar, em órgão de comunicação social, o nome de contribuinte em débito;
VI - VETADO;
VII - produzir prova, apenas, com base em declaração de terceiros, seja ela verbal ou formal.
Art. 31. A Administração Pública não poderá se negar a receber ou protocolizar requerimentos ou
petições apresentados pelos contribuintes.
Art. 32. Nos processos administrativos, a Administração Pública deverá observar, dentre outras
regras e princípios:
I - a adequação entre os meios e os fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções
em medida superior àquelas estritamente necessárias a se atingir a finalidade por eles almejada;
II - a jurisprudência firmada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal
de Justiça, neste último caso em sede de recurso repetitivo:
a) por “jurisprudência firmada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal” deve-se entender as
decisões proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade, em recurso
extraordinário submetido à repercussão geral ou mesmo em recursos extraordinários processados
normalmente, quando se tratar de entendimento reiterado;
III - a adoção de formas simples e capazes de propiciar adequado grau de certeza, segurança e
respeito aos direitos dos contribuintes;
IV - a motivação de todos os seus atos de forma objetiva, clara e congruente;
V - VETADO.

CAPÍTULO IV
Das Taxas
Art. 33. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos, nem ser calculadas em
função do capital das sociedades ou levar em consideração aspectos econômicos extrínsecos ao
custo do serviço prestado.
§ 1º Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das
atribuições do Estado de Goiás aquelas que, segundo a Constituição Federal de 1988 e a
legislação com ela compatível, lhe competem.
§ 2º As leis instituidoras das taxas deverão apontar o serviço prestado ou posto à disposição do
contribuinte, bem como o poder de polícia efetivamente exercido pelo Poder Público.
§ 3º As receitas auferidas com a cobrança das taxas não poderão ter destinação diversa do
custeio do poder de polícia regularmente exercido pelo Poder Público, ou do serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

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CAPÍTULO V
Das Consultas em Matéria Tributária
Art. 34. No âmbito da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, os processos administrativos
de consulta serão solucionados em instância única pelo Superintendente da Administração
Tributária ou por terceiro regularmente autorizado.
Art. 35. Os contribuintes, os órgãos da Administração Pública e as entidades representativas de
categoria econômica ou profissional poderão formular Consulta Fiscal à Administração Pública
acerca da vigência, interpretação e aplicação da legislação tributária, observado o seguinte:
I - as consultas deverão ser respondidas por escrito e fundamentadamente, no prazo máximo de
60 (sessenta) dias contados de seu protocolo;
II - as diligências ou os pedidos de informação engendrados pelo órgão fazendário responsável
pela análise da Consulta Fiscal suspenderão, até o respectivo atendimento, o prazo de que trata o
inciso I, supra;
III - na pendência de solução à Consulta Fiscal engendrada pelos sujeitos mencionados
no caput deste artigo, é proibida a instauração de procedimento fiscalizatório e a lavratura de Auto
de Infração em relação à matéria consultada;
IV - VETADO;
V - VETADO;
VI - havendo diferença de entendimento entre Soluções de Consultas relacionadas a uma mesma
matéria, cabe recurso especial, com efeito suspensivo, para o Secretário da Fazenda do Estado de
Goiás;
VII - o recurso de que trata o inciso anterior poderá ser interposto pelo Superintendente de
Administração Tributário ou pelo destinatário da solução divergente, no prazo de 30 (trinta) dias
contados de sua intimação;
VIII - VETADO;
IX - a solução da divergência levará à edição de ato específico uniformizando o entendimento da
Administração Pública sobre o assunto;
X - as Soluções de Consultas produzirão seus regulares efeitos até sua formal revogação pela
Administração Pública, sendo vedada a aplicação retroativa deste novo entendimento, caso o
mesmo seja desfavorável ao contribuinte;
XI - Revogado.
CAPÍTULO VI
Das Disposições Final e Transitória
Art. 36. São nulos ou inválidos os atos e procedimentos de fiscalização praticados com:
I - incompetência do órgão ou agente, que não poderá, sob nenhuma hipótese, ser objeto de
posterior convalidação;
II - omissão de procedimentos essenciais;

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III - desvio de poder.
Art. 37. VETADO.
Art. 38. Esta Lei Complementar entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação,
aplicando-se aos processos administrativos e/ou judiciais em curso.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, 09 de outubro de 2013, 125º da
República.
JOSÉ ELITON DE FIGUERÊDO JÚNIOR
(em exercício)

4. Título V, Capítulos IV e IV-A. Título IV, Capítulo I do Decreto nº


4.852, de 29 de dezembro de 1997, que regulamenta a Lei Estadual nº
11.651/91, que instituiu o Código Tributário do Estado de Goiás.

CAPÍTULO IV
DOS LIVROS FISCAIS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 300. Livro fiscal é a reunião de folhas impressas, revestidas das formalidades legais e
destinadas a:
I - escriturar, de acordo com as prescrições estabelecidas neste regulamento, qualquer evento
relacionado com a ocorrência de operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviço de
transporte e de comunicação;
II - possibilitar o controle do exato cumprimento da obrigação tributária, pelo contribuinte.
Parágrafo único. O livro fiscal deve ter :
I - suas folhas:
a) numeradas graficamente em ordem crescente;
b) costuradas e encadernadas, de forma a impedir a substituição destas;
II - termo de abertura que deve ser lavrado na primeira página, por ocasião do início da sua
utilização;

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III - termo de encerramento que deve ser lavrado na última página, por ocasião do término de sua
utilização, com a anotação da data do último lançamento e os mesmos elementos do termo de
abertura.
Art. 301. O livro fiscal não pode conter emenda, rasura ou linha em branco e sua escrituração :
I - deve ser sempre efetuada com base no documento fiscal correspondente, ressalvada a de
efeito meramente contábil;
II - não pode atrasar por mais de 5 (cinco) dias, contados do término do prazo para tal fim fixado
neste regulamento;
III - deve ser feita a tinta e com clareza, quando realizada por processo manual;
IV - deve ser totalizada no prazo estabelecido na legislação tributária.
Parágrafo único. Quando não houver período expressamente previsto, a escrituração do livro
fiscal deve ser totalizada no último dia de cada mês.
Art. 302. Os livros fiscais devem ser, obrigatoriamente, submetidos à autenticação eletrônica em
qualquer delegacia fiscal ou regional
I - previamente, antes de serem utilizados, se escriturados manualmente; II - posteriormente,
depois de encerrados e encadernados, se escriturados por processamento eletrônico de dados.
§ 1º A autenticação eletrônica é gratuita e formaliza-se com a expedição do Termo de
Autenticação de Livro Fiscal mediante requerimento do contribuinte ou de seu representante legal
ou de seu contabilista
§ 2º Tratando-se de livro fiscal de escrituração manual e não sendo início de atividade ou primeira
exigência de utilização de livro, juntamente com o requerimento de autenticação eletrônica deve ser
apresentado o livro imediatamente anterior
§ 3º A Administração Tributária pode, em substituição ao sistema de autenticação previsto neste
artigo, instituir outros meios de controle para esse fim (
Art. 303. No caso de fusão, incorporação, transformação ou cisão, o novo titular do
estabelecimento deve, por intermédio da delegacia fiscal ou regional em cuja circunscrição estiver
estabelecido, transferir para seu nome, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da ocorrência,
os livros fiscais em uso, assumindo a responsabilidade pela sua guarda, conservação e exibição ao
fisco
§ 1º O delegado fiscal ou regional pode autorizar a adoção de novos livros em substituição aos
anteriormente em uso.
§ 2º A pessoa jurídica resultante fica responsável pela manutenção e exibição ao fisco dos livros
já utilizados e encerrados anteriormente àqueles que estiverem em uso à época da fusão,
incorporação, transformação ou cisão, o mesmo se aplicando aos documentos fiscais relativos às
escriturações neles efetuadas.
Art. 304. O contribuinte fica obrigado a apresentar, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da
cessação de sua atividade, à delegacia fiscal ou regional de sua circunscrição, os livros e
documentos fiscais, juntamente com o pedido de baixa de sua inscrição ou de paralisação
temporária, para fim de homologação dos respectivos registros
Art. 305. Sem prévia autorização do fisco, o livro fiscal não pode ser retirado do estabelecimento,
salvo

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I - em caso expressamente previsto na legislação;
II - para ser levado à repartição fiscal;
III - se permanecer sob a guarda de escritório de profissional contabilista ou empresa prestadora
de serviço contábil que, para esse fim, estiver expressamente indicado no documento de inscrição
cadastral, hipótese em que a exibição, quando exigida, deve ser efetuada em local determinado
pelo fisco.
§ 1º Na salvaguarda do interesse do fisco e mediante despacho fundamentado, o delegado fiscal
ou regional pode limitar, no todo ou em parte, o exercício da faculdade de que trata o inciso III
do caput deste artigo.
§ 2º O agente do fisco deve arrecadar, mediante termo, o livro fiscal encontrado fora do
estabelecimento e o deve devolver ao contribuinte, adotando-se, no ato da devolução, a
providência fiscal cabível.
Art. 306. Os livros fiscais são
I - Registro de Entradas, modelo 1;
II - Registro de Entradas, modelo 1-A;
III - Registro de Saídas, modelo 2;
IV - Registro de Saídas, modelo 2-A;
V - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3;
VI - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5;
VII - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6;
VIII - Registro de Inventário, modelo 7;
IX - Registro de Apuração do ICMS, modelo 9;
X - Registro de Mercadorias em Depósito, modelo 11;
XI - Movimentação de Combustíveis - LMC -;
XII - Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP -.
XIII - Revogado.
Parágrafo único. Os livros fiscais obedecem aos modelos constantes do Anexo VI deste
Regulamento, salvo disposição em contrário, podendo o contribuinte acrescentar outras indicações
de seu interesse, desde que não prejudiquem a clareza dos modelos
Art. 307. Constituem instrumentos auxiliares da escrita fiscal os documentos e os livros da escrita
comercial, inclusive o livro Registro de Duplicatas, o Copiador de Faturas, as notas e outros
documentos fiscais, guias e demais documentos relacionados com a atividade do contribuinte,
ainda que pertencentes ao arquivo de terceiros, inclusive programas e arquivos relativo a usuário
de equipamento eletrônico de processamento de dados.
§ 1º Após o decurso do prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados do encerramento do exercício
social, o contribuinte que possuir escrita contábil regular pode ser notificado pelo fisco a apresentá-
la no prazo de 2 (dois) até 20 (vinte) dias, sob pena de, não o fazendo, ter sua escrita contábil
desconsiderada.

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§ 2º Para os efeitos do parágrafo anterior, é imprescindível a apresentação dos livros Diário e
Razão ou ficha utilizada para resumir e totalizar, por conta ou subconta as escriturações efetuadas
no livro Diário.
§ 3º O contribuinte que utiliza sistema eletrônico de processamento de dados, para registrar
documento de natureza contábil, deve fornecer, quando notificado, o respectivo arquivo digital e
sistema, na forma exigida pela Secretaria da Receita Federal, observado, ainda, normas
estabelecidas na legislação tributária.

Seção II
Do Livro Registro de Entradas, modelos 1 ou 1-A
Art. 308. O livro Registro de Entradas destina-se à escrituração da
I - entrada, a qualquer título, de mercadoria no estabelecimento;
II - utilização de serviço pelo estabelecimento.
§ 1º Deve ser também escriturado:
I - o documento fiscal relativo à aquisição de mercadoria:
a) que não transitar pelo estabelecimento adquirente, ainda que por meio de título que a
represente;
b) para o ativo imobilizado, cuja escrituração deve ser feita de forma individualizada;
c) para uso ou consumo;
II - o documento fiscal relativo à destinação da mercadoria produzida pelo próprio
estabelecimento, para o ativo imobilizado ou para uso e consumo;
III - o montante de eventual diferença verificada em relação à operação ou à prestação já
escriturada.
§ 2º A escrituração do crédito relativo ao ativo imobilizado deve ser repetida no livro Registro de
Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP -.
Art. 309. O livro Registro de Entradas:
I - modelo 1, deve ser utilizado pelo contribuinte sujeito, simultaneamente, às legislações do ICMS
e do IPI
II - modelo 1-A, deve ser utilizado
a) pelo contribuinte sujeito apenas à legislação do ICMS;
b) pelo prestador de serviço cuja atividade envolva emprego de mercadoria, sujeita ou não ao
pagamento do ICMS.
Art. 310. A escrituração deve ser feita, por período de apuração
I - operação por operação ou prestação por prestação, em ordem cronológica, até o dia seguinte
ao da:
a) efetiva entrada da mercadoria no estabelecimento ou da utilização do serviço;

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b) aquisição ou desembaraço aduaneiro, quando a mercadoria não transitar pelo estabelecimento
adquirente;
c) destinação da mercadoria para o ativo imobilizado ou para uso e consumo;
d) da utilização do serviço;
II - documento por documento, desdobrados em tantas linhas quantas forem as naturezas das
operações ou das prestações, segundo o Código Fiscal de Operações e Prestações, nas colunas
próprias, da seguinte forma
a) coluna DATA DE ENTRADA - data da efetiva entrada da mercadoria no estabelecimento, de
sua aquisição ou de sua destinação para o ativo imobilizado ou para uso e consumo, ou da
utilização do serviço, pelo estabelecimento;
b) coluna DOCUMENTO FISCAL - espécie, série, número e data do documento fiscal
correspondente à operação ou prestação, bem como o nome do emitente, facultado a escrituração
do número das inscrições estadual e federal;
c) coluna PROCEDÊNCIA - sigla do Estado de origem do estabelecimento emitente;
d) coluna VALOR CONTÁBIL - o valor total constante do documento fiscal;
e) colunas CODIFICAÇÃO:
1. coluna CÓDIGO CONTÁBIL - o mesmo código que o contribuinte eventualmente utilizar no seu
plano de contas contábeis;
2. coluna CÓDIGO FISCAL - o código fiscal da respectiva operação ou prestação;
f) colunas ICMS-VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES COM CRÉDITO DE IMPOSTO:
1. coluna BASE DE CÁLCULO - valor sobre o qual incide o ICMS;
2. coluna ALÍQUOTA - alíquota do ICMS que foi aplicada sobre a base de cálculo indicada na
alínea anterior;
3. coluna IMPOSTO CREDITADO - montante do imposto creditado;
g) colunas ICMS-VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO:
1. coluna ISENTA OU NÃO TRIBUTADA - valor da operação ou da prestação, deduzida a parcela
do IPI, se consignada no documento fiscal, quando se tratar de entrada de mercadoria cuja saída
do estabelecimento remetente tenha sido beneficiada com isenção do ICMS ou esteja amparada
por imunidade ou não-incidência, bem como o valor da parcela correspondente à redução da base
de cálculo, quando for o caso, ou quando se tratar de utilização de serviço amparado pelos
mesmos benefícios;
2. coluna OUTRAS - valor da operação ou da prestação, deduzida a parcela do IPI, se consignada
no documento fiscal, quando se tratar de entrada de mercadoria ou utilização de serviço que não
confira ao estabelecimento destinatário crédito do ICMS, ou quando se tratar de entrada de
mercadoria cuja saída do estabelecimento remetente tenha sido amparada por outro benefício
fiscal do ICMS;
h) colunas IPI - VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO:
1. coluna BASE DE CÁLCULO - valor sobre o qual incide o Imposto sobre Produtos
Industrializados;

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2. coluna IMPOSTO CREDITADO - montante do imposto creditado;
i) colunas IPI - VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO:
1. coluna ISENTA OU NÃO TRIBUTADA - valor da operação, quando se tratar de entrada de
mercadoria cuja saída do estabelecimento remetente tenha sido beneficiada com isenção do
Imposto sobre Produtos Industrializados ou esteja amparada por imunidade ou não-incidência, bem
como valor da parcela correspondente à redução da base de cálculo, quando for o caso;
2. coluna OUTRAS - valor da operação, deduzida a parcela do Imposto sobre Produtos
Industrializados, se consignada no documento fiscal, quando se tratar de entrada de mercadoria
que não confira ao estabelecimento destinatário crédito do IPI, ou quando se tratar de entrada de
mercadoria cuja saída do estabelecimento remetente tenha sido amparada por outro benefício
fiscal do IPI;
j) coluna OBSERVAÇÕES - anotações diversas.
§ 1º Quando o valor constante do documento fiscal for diverso do que serviu de base à tributação,
o primeiro deve ser escriturado na coluna VALOR CONTÁBIL, e o segundo na coluna BASE DE
CÁLCULO, sob o título ICMS-VALORES FISCAIS e subtítulo OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO
IMPOSTO.
§ 2º Revogado.
§ 3º Ao final do período de apuração, para elaboração da Guia de Informação e Apuração das
Operações e Prestações Interestaduais ou de outro documento que a substitua, devem ser
totalizadas e acumuladas as operações e prestações escrituradas nas colunas VALOR CONTÁBIL,
BASE DE CÁLCULO, OUTRAS e na coluna OBSERVAÇÕES, o valor do imposto pago por
substituição tributária, por unidade federada de origem das mercadorias ou de início da prestação
de serviço
Art. 311. A escrituração do livro Registro de Entradas deve ser totalizada até o dia seguinte ao do
término de cada período de apuração.
Art. 312. Os documentos fiscais relativos às escriturações efetuados no livro Registro de Entradas
são arquivados, ordenadamente, pelo contribuinte.

Seção III
Do Livro Registro de Saídas, modelos 2 ou 2-A
Art. 313. O livro Registro de Saídas destina-se à escrituração da
I - saída de mercadoria, a qualquer título, do estabelecimento;
II - prestação de serviço.
Parágrafo único. Deve ser também escriturado o documento fiscal relativo à transmissão de
propriedade da mercadoria que não tenha transitado pelo estabelecimento.
Art. 314. A escrituração deve ser feita, por período de apuração, em ordem cronológica, até o dia
seguinte ao da data de emissão do documento fiscal, pelos totais diários das operações ou
prestações da mesma natureza, de acordo com o Código Fiscal de Operações e Prestações, sendo
permitido a escrituração conjunta dos documentos de numeração seguida e da mesma data,
emitidos com idêntica série

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Art. 315. O livro Registro de Saídas:
I - modelo 2, deve ser utilizado pelo contribuinte sujeito, simultaneamente, às legislações do ICMS
e do IPI
II - modelo 2-A, deve ser utilizado
a) pelo contribuinte sujeito apenas à legislação do ICMS;
b) pelo prestador de serviço cuja atividade envolva emprego de mercadoria, sujeita ou não ao
pagamento do ICMS.
Art. 316. A escrituração deve ser feita, na coluna própria, da seguinte forma
I - colunas sob o título DOCUMENTO FISCAL - espécie, série, números inicial e final e data do
documento fiscal emitido;
II - coluna VALOR CONTÁBIL - o valor total constante do documento fiscal;
III - colunas sob o título CODIFICAÇÃO:
a) coluna CÓDIGO CONTÁBIL - o mesmo que o contribuinte eventualmente utilizar no seu plano
de contas contábeis;
b) coluna CÓDIGO FISCAL - o código fiscal da respectiva operação ou prestação;
IV - colunas sob os títulos ICMS-VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES COM DÉBITO DE
IMPOSTO:
a) coluna BASE DE CÁLCULO - valor sobre o qual incide o ICMS;
b) coluna ALÍQUOTA - alíquota do ICMS que foi aplicada sobre a base de cálculo indicada na
alínea anterior;
c) coluna IMPOSTO DEBITADO - montante do imposto debitado;
V - colunas sob os títulos ICMS-VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO
IMPOSTO:
a) coluna ISENTA OU NÃO TRIBUTADA - valor da operação ou da prestação, deduzida a parcela
do IPI, se consignada no documento fiscal, quando se tratar de mercadoria cuja saída do
estabelecimento tenha sido beneficiada com isenção do ICMS ou esteja amparada por imunidade
ou não-incidência, bem como o valor da parcela correspondente à redução da base de cálculo,
quando for o caso, ou quando se tratar de utilização de serviço amparado pelos mesmos
benefícios;
b) coluna OUTRAS - valor da operação ou da prestação, deduzida a parcela do IPI, se consignada
no documento fiscal, quando se tratar de mercadoria cuja saída do estabelecimento tenha sido
contemplada por benefício fiscal do ICMS diferente dos indicados na alínea anterior, ou quando se
tratar de prestação de serviço nas mesmas condições;
VI - colunas sob os títulos IPI-VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES COM DÉBITO DO IMPOSTO:
a) coluna BASE DE CÁLCULO - valor sobre o qual incide o Imposto sobre Produtos
Industrializados;
b) coluna IMPOSTO DEBITADO - montante do imposto debitado;
VII - colunas sob os títulos IPI-VALORES FISCAIS e OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO IMPOSTO:

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a) coluna ISENTA OU NÃO TRIBUTADA - valor da operação, quando se tratar de mercadoria cuja
saída do estabelecimento tenha sido beneficiada com isenção do Imposto sobre Produtos
Industrializados ou esteja amparada por imunidade ou não-incidência, bem como valor da parcela
correspondente à redução da base de cálculo, quando for o caso;
b) coluna OUTRAS - valor da operação, deduzida a parcela do Imposto sobre Produtos
Industrializados, se consignada no documento fiscal, quando se tratar de mercadoria cuja saída do
estabelecimento tenha sido beneficiada com suspensão do pagamento do Imposto sobre Produtos
Industrializados;
VIII - coluna OBSERVAÇÕES - anotações diversas.
§ 1º Quando o valor constante do documento fiscal for diverso do que serviu de base à tributação,
o primeiro deve ser escriturado na coluna VALOR CONTÁBIL, e o segundo na coluna BASE DE
CÁLCULO, sob o título ICMS-VALORES FISCAIS e subtítulo OPERAÇÕES COM DÉBITO DO
IMPOSTO.
§ 2º Ao final do período de apuração, para elaboração da Guia de Informação e Apuração das
Operações e Prestações Interestaduais ou de outro documento que a substitua, devem ser
totalizadas e acumuladas as operações e prestações escrituradas nas colunas VALOR CONTÁBIL,
BASE DE CÁLCULO e na coluna OBSERVAÇÕES, o valor do imposto cobrado por substituição
tributária, por unidade federada de destino das mercadorias ou da prestação do serviço, separando
as destinadas a não-contribuintes
Art. 317. A escrituração do livro Registro de Saídas deve ser totalizada até o dia seguinte ao do
término de cada período de apuração.

Seção IV
Do Livro Registro de Controle de Produção e do Estoque, modelo 3
Art. 318. O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque destina-se à escrituração dos
documentos fiscais e dos documentos de uso interno do estabelecimento, correspondentes às
entradas, às saídas, à produção e às quantidades referentes aos estoques de mercadorias
Art. 319. O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque deve ser utilizado pelo
estabelecimento industrial, por aquele a este equiparado pela legislação federal, e pelo atacadista
Art. 320. Ato do Secretário da Fazenda pode exigir o livro Registro de Controle da Produção e do
Estoque de outros contribuintes, estabelecer modelo especial de modo a adequá-lo à atividade de
determinada categoria econômica de contribuinte, bem como substituí-lo por demonstrativo.
Art. 321. A escrituração deve ser feita operação por operação, em ordem cronológica, até o
segundo dia subseqüente ao término de cada mês, devendo ser utilizada uma folha para cada
espécie, marca, tipo e modelo de mercadoria, no quadro e na coluna própria, da seguinte forma
I - quadro PRODUTO - identificação da mercadoria como definida no caput;
II - quadro UNIDADE - especificação da unidade (quilograma, metro, litro e dúzia), de acordo com
a legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados;
III - quadro CLASSIFICAÇÃO FISCAL - indicação da posição, subposição, item e alíquota
previstos pela legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados;

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IV - colunas sob o título DOCUMENTO - espécie, série, número e data do respectivo documento
fiscal ou do documento de uso interno do estabelecimento, correspondente a cada operação;
V - colunas sob o título LANÇAMENTO - número e folha do livro Registro de Entradas ou Registro
de Saídas em que o documento fiscal tenha sido escriturado, bem como a respectiva codificação
contábil fiscal, quando for o caso;
VI - colunas sob o título ENTRADAS:
a) coluna PRODUÇÃO NO PRÓPRIO ESTABELECIMENTO - quantidade do produto
industrializado no próprio estabelecimento;
b) coluna PRODUÇÃO EM OUTRO ESTABELECIMENTO - quantidade do produto industrializado
em outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiro, com mercadoria anteriormente
remetida para esse fim;
c) coluna DIVERSAS - quantidade de mercadoria não classificada nas alíneas anteriores, inclusive
a recebida de outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiro para industrialização e
posterior retorno, consignando-se o fato, nesta última hipótese, na coluna OBSERVAÇÕES;
d) coluna VALOR - o valor:
1. da base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a entrada da
mercadoria originar crédito desse tributo;
2. total atribuído à mercadoria, quando a sua entrada não gerar crédito ou quando se tratar de
isenção, imunidade ou não-incidência do mencionado tributo;
e) coluna IPI - valor do imposto creditado, quando de direito;
VII - colunas sob o título SAÍDAS:
a) coluna PRODUÇÃO NO PRÓPRIO ESTABELECIMENTO - em se tratando de:
1. matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, a quantidade remetida do
almoxarifado para o setor de fabricação, para industrialização no próprio estabelecimento;
2. produto acabado, a quantidade saída, a qualquer título, do produto industrializado no próprio
estabelecimento;
b) coluna PRODUÇÃO EM OUTRO ESTABELECIMENTO - em se tratando de:
1. matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, a quantidade saída para
industrialização em outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiros, quando o produto
industrializado deva retornar ao estabelecimento remetente;
2. produto acabado, a quantidade saída, a qualquer título, de produto industrializado em
estabelecimento de terceiros;
c) coluna DIVERSAS - quantidade de mercadorias saídas, a qualquer título, não compreendidas
nas letras anteriores;
d) coluna VALOR - o valor:
1. da base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados;
2. total atribuído à mercadoria, quando a saída estiver amparada por isenção, imunidade ou não-
incidência;

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e) coluna IPI - valor do imposto, quando devido;
VIII - coluna ESTOQUE - quantidade em estoque, após cada escrituração de entrada ou de saída;
IX - coluna OBSERVAÇÕES - anotações diversas.
§ 1º Quando se tratar de industrialização no próprio estabelecimento deve ser dispensada a
indicação dos valores relativos a quantidade de:
I - produto industrializado no próprio estabelecimento;
II - matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, remetida do almoxarifado para
o setor de fabricação.
§ 2º Não deve ser escriturada neste livro a entrada de mercadoria a ser integrada ao ativo fixo ou
destinada ao uso e consumo do estabelecimento.
§ 3º Não deve haver escrituração no quadro CLASSIFICAÇÃO FISCAL quando o estabelecimento
comercial não for equiparado a estabelecimento industrial.
Art. 322. O livro Registro de Controle de Produção e do Estoque pode ser substituído por ficha,
que deve ser
I - impressa com os mesmos elementos do livro;
II - numerada graficamente em ordem crescente de 000.001 a 999.999, recomeçando a
numeração quando atingido este último;
III - prévia e individualmente autenticada pela delegacia fiscal.
Parágrafo único. A adoção da ficha requer, ainda, a inclusão de campo próprio para indicação do
número seqüencial da ficha por produto.
Art. 323. A escrituração do livro ou da ficha Registro de Controle da Produção e do Estoque não
pode atrasar por mais de 15 (quinze) dias
Art. 324. No último dia de cada mês devem ser totalizadas as quantidades e valores constantes
das colunas ENTRADAS e SAÍDAS, acusando o saldo das quantidades em estoque, que deve ser
transportado para o mês seguinte
Art. 325. O estabelecimento que possuir controle permanente de estoque, pode, opcionalmente,
utiliza-lo em substituição ao livro ou ficha Registro de Controle da Produção e do Estoque, desde
que faça lavratura dessa opção no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências

Seção V
Do Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5
Art. 326. O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais destina-se à escrituração da
impressão de documento fiscal para terceiro ou para uso do próprio estabelecimento impressor
Art. 327. O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais deve ser utilizado pelo
estabelecimento que confeccionar documento fiscal
Art. 328. A escrituração deve ser feita
I - operação por operação, em ordem cronológica, até o dia seguinte ao:

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a) da saída do documento fiscal confeccionado;
b) de sua elaboração, no caso de serem utilizados pelo próprio estabelecimento;
II - na coluna própria, da seguinte forma:
a) coluna AUTORIZAÇÃO DE IMPRESSÃO-NÚMERO - número da Autorização de Impressão de
Documentos Fiscais;
b) colunas sob o título COMPRADOR:
1. coluna NÚMERO DE INSCRIÇÃO - números das respectivas inscrições estadual e federal;
2. coluna NOME - nome do contribuinte usuário do documento fiscal confeccionado;
3. coluna ENDEREÇO - identificação do local do estabelecimento do contribuinte usuário do
documento fiscal confeccionado;
c) colunas sob o título IMPRESSOS:
1. coluna ESPÉCIE - espécie do documento fiscal confeccionado, tal como: nota fiscal, Nota
Fiscal de Venda a Consumidor, nota fiscal de entrada e Nota Fiscal de Produtor;
2. coluna TIPO - tipo do documento fiscal confeccionado, tal como: talonário, folha solta e
formulário contínuo;
3. coluna SÉRIE - série correspondentes ao documento fiscal confeccionado;
4. coluna NUMERAÇÃO - número do documento fiscal confeccionado;
d) colunas sob o título ENTREGAS:
1. coluna DATA - dia, mês e ano da efetiva entrega do documento fiscal confeccionado
ao contribuinte usuário;
2. coluna NOTAS FISCAIS - série e o número da nota fiscal emitida pelo estabelecimento gráfico,
relativa à saída do documento fiscal confeccionado;
e) coluna OBSERVAÇÕES:
1. anotação relativa à impressão de documento fiscal sem numeração gráfica e sob regime
especial;
2. anotações diversas.
Parágrafo único. Ato do Secretário de Estado da Fazenda pode dispensar a escrituração do livro
de Registro de Impressão de Documentos Fiscais quando o estabelecimento gráfico apresentar a
Autorização de Impressão de Documentos Fiscais - AIDF -, em meio magnético ou eletrônico.

Seção VI
Do Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6

Art. 329. O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências destina-
se à
I - escrituração da entrada de documento fiscal, confeccionado por estabelecimento gráfico ou
pelo próprio contribuinte usuário do documento fiscal respectivo;

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II - lavratura de termo de ocorrência.
Art. 330. O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências é de
utilização obrigatória por todo estabelecimento que emite documento fiscal
Art. 331. A escrituração deve ser feita
I - operação por operação, em ordem cronológica, até o dia seguinte ao do recebimento ou
confecção própria dos documentos, devendo ser utilizada uma folha para cada espécie e série de
documento fiscal;
II - nos quadros e colunas próprios, da seguinte forma:
a) quadro ESPÉCIE - espécie do documento fiscal confeccionado, como nota fiscal e Nota Fiscal
de Venda a Consumidor;
b) quadro SÉRIE - série correspondente ao documento fiscal confeccionado;
c) quadro TIPO - tipo do documento fiscal confeccionado, como: talonário, folha solta e formulário
contínuo;
d) quadro FINALIDADE DA UTILIZAÇÃO - fim a que se destina o documento fiscal, tais como:
venda a contribuinte, venda a não-contribuinte, venda a contribuinte de outra unidade da
Federação;
e) coluna AUTORIZAÇÃO DE IMPRESSÃO - número da Autorização de Impressão de
Documentos Fiscais, para posterior confecção do documento fiscal;
f) coluna IMPRESSOS-NUMERAÇÃO - o número do documento fiscal confeccionado;
g) colunas sob o título FORNECEDOR:
1. coluna NOME - nome do contribuinte que confeccionou o documento fiscal;
2. coluna ENDEREÇO - a identificação do local do estabelecimento impressor;
3. coluna INSCRIÇÃO - números das inscrições, estadual e federal, do estabelecimento
impressor;
h) coluna sob o título RECEBIMENTO:
1. coluna DATA - dia, mês e ano do efetivo recebimento do documento fiscal confeccionado;
2. coluna NOTA FISCAL - série e número da nota fiscal emitida pelo estabelecimento impressor,
por ocasião da saída do documento fiscal confeccionado;
i) coluna OBSERVAÇÕES:
1. anotação relativa à impressão de documento fiscal sem numeração gráfica e sob regime
especial;
2. anotações diversas, inclusive extravio, perda ou inutilização de bloco de documentos fiscais, ou
conjunto fiscal em formulário contínuo; supressão da série; entrega de bloco ou formulário de
documentos fiscais à repartição, para ser inutilizado.
Art. 332. Do total de folhas deste livro, 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, são destinadas à
lavratura de termos de ocorrências, as quais, devidamente numeradas devem ser impressas de
acordo com o modelo constante do Anexo VI deste regulamento e incluídas no final do livro

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Art. 332-A. A escrituração do livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências pode ser feita por meio eletrônico, desde que atenda às especificações técnicas
constantes de ato do Secretário de Estado da Fazenda.

Seção VII
Do Livro Registro de Inventário, modelo 7
Art. 333. O livro Registro de Inventário destina-se a escriturar, pelo seu valor e com especificação
que permita sua perfeita identificação, a mercadoria, a matéria-prima, o produto intermediário, o
material de embalagem, o produto manufaturado, o material de uso e consumo próprio, o produto
em fabricação e o bem do ativo imobilizado, existentes no estabelecimento à época do balanço
§ 1º No livro referido neste artigo são escriturados, separadamente:
I - as mercadorias, as matérias-primas, os produtos intermediários, os materiais de embalagem,
os produtos manufaturados, os materiais de uso e consumo próprio e os bens do ativo imobilizado
pertencentes ao estabelecimento, em poder de terceiros;
II - as mercadorias, as matérias-primas, os produtos intermediários, os materiais de embalagem,
os produtos manufaturados e os produtos em fabricação, de terceiros, em poder do
estabelecimento, inclusive os bens do ativo imobilizado.
§ 2º A escrituração dos produtos em cada grupo deve ser feita segundo a ordenação da
Nomenclatura Brasileira de Mercadoria/Sistema Harmonizado.
Art. 334. O livro Registro de Inventário deve ser utilizado por todo estabelecimento que mantiver
mercadoria, matéria-prima, produto intermediário, material de embalagem, produto manufaturado,
material de uso e consumo, produto em fabricação e bem para o ativo imobilizado em estoque
Art. 335. A escrituração deve ser feita, nas colunas próprias, da seguinte forma
I - coluna CLASSIFICAÇÃO FISCAL - posição, subposição e item em que a mercadoria esteja
classificada na Nomenclatura Brasileira de Mercadoria/Sistema Harmonizado;
II - coluna DISCRIMINAÇÃO - especificação que permita a perfeita identificação da mercadoria, tal
como: espécie, marca, tipo e modelo;
III - coluna QUANTIDADE - quantidade em estoque na data do balanço;
IV - coluna UNIDADE - especificação da unidade (quilograma, metro, litro, dúzia), de acordo com
a legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados;
V - coluna sob o título VALOR:
a) coluna UNITÁRIO - valor de cada unidade da mercadoria pelo custo de aquisição ou de
fabricação ou pelo preço corrente no mercado ou bolsa, prevalecendo o critério da estimação pelo
preço corrente, quando este for inferior ao preço de custo; no caso de matéria-prima ou produto em
fabricação, o valor deve ser o de seu preço de custo;
b) coluna PARCIAL - valor correspondente ao resultado da multiplicação quantidade pelo valor
unitário;
c) coluna TOTAL - valor correspondente ao somatório dos valores parciais constantes da mesma
posição, subposição e item referidos na coluna classificação fiscal;

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VI - coluna OBSERVAÇÕES - anotações diversas.
§ 1º A escrituração deve conter o valor total de cada grupo e o total geral do estoque existente
§ 2º O estabelecimento comercial não equiparado a estabelecimento industrial, na escrituração do
livro Registro de Inventário, fica dispensado de escriturar
I - os produtos segundo a ordenação da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria/Sistema
Harmonizados/Sistema Harmonizado;
II - a coluna CLASSIFICAÇÃO FISCAL.
§ 3º O valor do ICMS excluído do valor de aquisição das mercadorias para fim de apuração do
valor de custo das mercadorias inventariadas deve ser informado no campo OBSERVAÇÕES.
§ 4º Na impossibilidade de se determinar a alíquota efetiva, para cumprimento ao disposto no § 3º,
pode ser adotada a alíquota média calculada na forma do parágrafo único do art. 59.
Art. 336. O inventário deve ser levantado anualmente em cada estabelecimento no último dia do
ano civil
Art. 337. A escrituração do livro Registro de Inventário deve ser efetivada até o último dia do mês
de fevereiro do exercício seguinte ao de referência do inventário.
§ 1º O livro pode ser constituído de folhas soltas que são enfeixadas e encadernadas por ano civil
no prazo previsto no caput deste artigo, hipótese em que fica dispensada a sua autenticação prévia
pela delegacia fiscal.
§ 2º Uma vez realizada a escrituração anual, o livro deve ser encaminhado, até o 10º (decimo) dia
após a data prevista no caput deste artigo, à repartição competente para aposição de visto, nos
termos estabelecidos pela legislação.

Seção VIII
Do Livro Registro de Apuração do ICMS, modelo 9
Art. 338. O livro Registro de Apuração do ICMS destina-se a escriturar, por período de apuração
do imposto, os totais dos valores contábeis e os dos valores fiscais, relativos ao ICMS, das
operações e prestações de entradas e saídas, extraídas dos livros próprios e agrupados segundo o
Código Fiscal de Operações e Prestações previsto neste regulamento
Parágrafo único. No livro Registro de Apuração do ICMS são, também, escriturados:
I - os débitos e os créditos do ICMS;
II - a apuração dos saldos;
III - os dados relativos ao pagamento;
IV - o valor do estorno relativo ao ativo imobilizado e material de uso e consumo;
V - outras anotações e informações exigidas pela legislação tributária.
Art. 339. O livro Registro de Apuração do ICMS deve ser utilizado por todo o estabelecimento
inscrito como contribuinte do ICMS
Art. 340. A escrituração deve ser feita nos quadros, nas linhas e nas colunas próprias, da seguinte
forma:

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I - quadro ENTRADAS - transcrição dos dados respectivos constantes do livro Registro de
Entradas, totalizando-os;
II - quadro SAÍDAS - transcrição dos dados respectivos do livro Registro de Saídas, totalizando-
os;
III - quadro DÉBITO DO IMPOSTO:
a) linha POR SAÍDAS COM DÉBITO DO IMPOSTO - o valor total da coluna IMPOSTO
DEBITADO do quadro SAÍDAS;
b) linha OUTROS DÉBITOS - o valor referente a outros débitos previstos na legislação tributária;
c) linha ESTORNOS DE CRÉDITOS - o valor referente ao crédito a ser estornado nos termos da
legislação tributária;
d) linha TOTAL - o somatório dos valores escriturados neste quadro;
IV - quadro CRÉDITO DO IMPOSTO:
a) linha POR ENTRADAS COM CRÉDITO DO IMPOSTO - o valor total da coluna IMPOSTO
CREDITADO do quadro ENTRADAS;
b) linha OUTROS CRÉDITOS - o valor referente a outros créditos previstos na legislação
tributária;
c) linha ESTORNOS DE DÉBITOS - o valor referente ao débito a ser estornado nos termos da
legislação tributária;
d) linha SUBTOTAL - o somatório dos valores escriturados nas alíneas anteriores;
e) linha SALDO CREDOR DO PERÍODO ANTERIOR - o valor escriturado na linha SALDO
CREDOR A TRANSPORTAR PARA O PERÍODO SEGUINTE do quadro APURAÇÃO DOS
SALDOS, relativo ao período de apuração anterior;
f) linha TOTAL - o somatório dos valores escriturados nas alíneas “d” e “e” deste quadro;
V - quadro APURAÇÃO DOS SALDOS:
a) linha SALDO DEVEDOR - a diferença positiva verificada entre o valor escriturado na linha
TOTAL do quadro DÉBITO DO IMPOSTO e o valor escriturado na linha TOTAL do quadro
CRÉDITO DO IMPOSTO;
b) linha DEDUÇÕES - o valor referente a qualquer tipo de dedução permitida pela legislação
tributária;
c) linha IMPOSTO A RECOLHER - o valor do imposto a pagar referente ao valor escriturado na
linha SALDO DEVEDOR abatido do valor escriturado na linha DEDUÇÕES deste quadro;
d) linha SALDO CREDOR A TRANSPORTAR PARA O PERÍODO SEGUINTE - a diferença
positiva verificada entre o valor escriturado na linha TOTAL do quadro CRÉDITO DO IMPOSTO e o
valor escriturado na linha TOTAL do quadro DÉBITO DO IMPOSTO, que deve ser escriturado na
linha SALDO CREDOR DO PERÍODO ANTERIOR do quadro CRÉDITO DO IMPOSTO, no período
seguinte;
VI - quadros GUIAS DE RECOLHIMENTO e GUIA DE INFORMAÇÃO - as informações referentes
aos documentos de pagamento do imposto e informação econômico-fiscal;
VII - linha OBSERVAÇÕES - anotações diversas.

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§ 1º A linha OBSERVAÇÕES, além de conter anotações diversas, pode ser utilizada, quando
autorizado pela legislação tributária, para escriturar valores:
I - de créditos que possam ser utilizados pelo contribuinte como dedução do imposto a pagar
apurado após o confronto dos débitos e créditos, diminuído, se for o caso, das deduções do
imposto a pagar previstas na legislação tributária;
II - de créditos que possam ser utilizados para compensação de valores relativos a documento de
arrecadação emitido para pagamento de imposto de sua responsabilidade devido por substituição
tributária pelas operações posteriores na aquisição interestadual de mercadoria relacionada no
Apêndice I do Anexo VIII do RCTE;
III - de créditos que possam ser utilizados para compensação com o imposto de sua
responsabilidade devido por substituição tributária pelas operações anteriores ou relativo à
prestação interestadual de serviço de transporte;
IV - constantes de documentos de arrecadação correspondentes a operações com produtos cuja
saída interestadual ou respectiva prestação de serviço estejam sujeitas ao pagamento antecipado
do ICMS.
§ 2º A linha OBSERVAÇÕES pode ser utilizada, também, para cálculo do ICMS a pagar após a
dedução dos valores mencionados nos incisos do § 1º deste artigo.
§ 3º A utilização dos valores escriturados na linha OBSERVAÇÕES deve ser informada em
documento de informação ou apuração do imposto, previsto na legislação tributária.
Art. 341. A escrituração, para efeito de apuração do ICMS a pagar ou do saldo credor, deve ser
feita até o segundo dia subseqüente ao término do período de apuração do imposto.

Seção IX
Do Livro Registro de Mercadorias em Depósito, modelo 11
Art. 342. O livro Registro de Mercadorias em Depósito destina-se à escrituração do documento
fiscal relativo a entrada e saída de mercadoria recebida em depósito.
Art. 343. O livro Registro de Mercadorias em Depósito deve ser utilizado por todo estabelecimento
que se dedicar à prestação de serviço de armazenagem de mercadoria para terceiro.
Art. 344. A escrituração deve ser feita:
I - utilizando-se uma folha para cada depositante;
II - nas linhas e nas colunas próprias, da seguinte forma:
a) linha DEPOSITANTE - o nome do depositante da mercadoria;
b) colunas sob o título ENTRADAS:
1. coluna DATA - a data da entrada da mercadoria no estabelecimento depositário;
2. coluna DOCUMENTO - o número da nota fiscal que acobertou o trânsito da mercadoria até o
estabelecimento;
3. coluna PRODUTOS - a espécie, a qualidade, a marcar e qualquer outra informação que permita
a perfeita identificação da mercadoria;

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4. coluna QUANTIDADE - a quantidade de mercadoria, devendo ser utilizada a unidade de
medida apropriada;
5. coluna WARRANT - o número do “warrant”, se for o caso;
6. coluna LOTE - o número do lote da mercadoria;
c) colunas sob o título REMETENTE OU DESTINATÁRIO:
1. coluna DATA - a data da saída da mercadoria do estabelecimento depositário;
2. coluna DOCUMENTO - o número da nota fiscal que acoberta o trânsito da mercadoria até o
estabelecimento destinatário;
3. coluna PRODUTOS - a quantidade, o peso e a espécie da mercadoria remetida;
d) coluna DESTINATÁRIO - o nome e o endereço do destinatário da mercadoria.
Art. 345. O estabelecimento que se dedicar à prestação de serviço de armazenagem deve manter
as mercadorias em lotes perfeitamente identificáveis, devendo o volume conter, pelo menos, as
iniciais do seu proprietário.
Art. 346. O livro Registro de Mercadoria em Depósito pode ser substituído por ficha, que deve ser:
I - impressa com os mesmos elementos do livro;
II - numerada graficamente em ordem crescente de 000.001 a 999.999, recomeçando a
numeração quando atingido este último;
III - prévia e individualmente autenticada pela delegacia fiscal.
Parágrafo único. A adoção da ficha requer, ainda, a inclusão de campo próprio para indicação do
número seqüencial da ficha por depositante.
Art. 347. A escrituração deve ser feita até o dia seguinte ao da entrada da mercadoria ou da
emissão da nota fiscal referente à saída, conforme o caso.

Seção X
Do Livro Movimentação de Combustíveis - LMC -
Art. 348. O livro Movimentação de Combustíveis - LMC - destina-se a escriturar, diariamente, as
operações com combustíveis.
Art. 349. O livro Movimentação de Combustíveis deve ser utilizado pelo posto revendedor,
devendo obedecer ao modelo editado pelo órgão federal competente

Seção XI
Do Livro Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP -
Art. 350. O livro Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP -, destina-
se ao controle e apuração, de forma englobada, do valor base:
I - revogado.

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II - do crédito a ser mensalmente apropriado na aquisição de bem do ativo imobilizado do
estabelecimento, no caso do modelo C, aplicável à aquisição de bem ocorrida a partir de 1º de
janeiro de 2001
III - do crédito a ser mensalmente apropriado na aquisição de bem do ativo imobilizado do
estabelecimento obrigado a Escrituração Fiscal Digital - EFD -, no modelo previsto pela EFD, com
observância ao disposto no Capítulo IV-A
Art. 351. O livro Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente deve ser utilizado
por todo estabelecimento que, em razão de sua operação ou prestação, aproveite crédito de bem
adquirido para integrar o ativo imobilizado.
Parágrafo único. A escrituração do CIAP não dispensa a do livro Registro de Entradas.
Art. 352. A escrituração deve ser feita nas linhas, nos quadros e nas colunas próprias, da seguinte
forma:
I - revogado.
II - no caso do modelo C:
a) linha ANO - o exercício objeto de escrituração;
b) linha NÚMERO - o número atribuído ao documento, que deve ser seqüencial por exercício,
devendo ser reiniciada após o término do mesmo;
c) quadro 1 - IDENTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE - o nome, endereço, e inscrições estadual e
federal do estabelecimento;
d) quadro 2 - DEMONSTRATIVO DA BASE DO CRÉDITO A SER APROPRIADO:
1. colunas sob o título IDENTIFICAÇÃO DO BEM:
1.1. coluna NÚMERO OU CÓDIGO - atribuição do número ou código ao bem, a critério
do contribuinte, consoante a ordem seqüencial de entrada, seguido de dois algarismos indicando o
exercício, findo o qual deve ser reiniciada a numeração;
1.2. coluna DATA - a data da ocorrência de qualquer movimentação do bem, tais como, aquisição,
transferência, alienação, baixa pelo decurso do prazo de 4 (quatro) anos de utilização;
1.3. coluna NOTA FISCAL - o número do documento fiscal relativo à aquisição ou outra
ocorrência;
1.4. coluna DESCRIÇÃO RESUMIDA - a identificação do bem, de forma sucinta;
2. colunas sob o título VALOR DO ICMS:
2.1. coluna ENTRADA (CRÉDITO PASSÍVEL DE APROPRIAÇÃO) - o valor do imposto, passível
de apropriação, relativo à aquisição, acrescido, quando for o caso, do ICMS correspondente ao
serviço de transporte e ao diferencial de alíquotas, vinculados à aquisição do bem;
2.2. coluna SAÍDA, BAIXA OU PERDA - o valor correspondente ao imposto, passível de
apropriação, relativo à aquisição do bem, anteriormente escriturado na coluna ENTRADA
(CRÉDITO PASSÍVEL DE APROPRIAÇÃO), quando ocorrer a alienação, a transferência, o
perecimento, o extravio ou a deterioração do referido bem, ou, ainda, quando houver completado o
quadriênio de sua utilização;

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2.3. coluna SALDO ACUMULADO (BASE DO CRÉDITO A SER APROPRIADO) - o somatório da
coluna ENTRADA, subtraindo-se desse o somatório da coluna SAÍDA, BAIXA OU PERDA, cujo
resultado, no final do período de apuração, serve de base para o cálculo do crédito a ser
apropriado;
e) quadro 3 - DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DO CRÉDITO A SER EFETIVAMENTE
APROPRIADO:
1. coluna MÊS - o mês objeto de escrituração, caso o período de apuração seja mensal;
2. colunas sob o título OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES (SAÍDAS):
2.1. coluna 1 - TRIBUTADAS E EXPORTAÇÃO - o valor das saídas (operações e prestações)
tributadas e de exportação escrituradas no mês;
2.2. coluna 2 - TOTAL DAS SAÍDAS - o valor total das operações e prestações de saídas
escrituradas pelo contribuinte no mês;
3. coluna 3 - COEFICIENTE DE CREDITAMENTO - o índice de participação das saídas e
prestações tributadas e de exportação no total das saídas e prestações escrituradas no mês,
encontrado mediante a divisão do valor das saídas e prestações tributadas e de exportação
(subitem 2.1 do item anterior) pelo valor total das saídas e prestações (subitem 2.2 do item
anterior), considerando-se, no mínimo, 4 (quatro) casas decimais;
4. coluna 4 - SALDO ACUMULADO (BASE DO CRÉDITO A SER APROPRIADO) - valor base do
crédito a ser apropriado mensalmente, transcrito da coluna com o mesmo nome do quadro
DEMONSTRATIVO DO CRÉDITO A SER APROPRIADO;
5. coluna 5 - FRAÇÃO MENSAL - o quociente de 1/48 (um quarenta e oito avos) caso o período
de apuração seja mensal;
6. coluna 6 - CRÉDITO A SER APROPRIADO - o valor do crédito a ser apropriado, proporcional
ao valor das saídas e prestações tributadas e de exportação ocorridas no mês, encontrado
mediante a multiplicação do coeficiente de creditamento (item 3 desta alínea), pelo saldo
acumulado (item 4 desta alínea) e pela fração mensal (item 5 desta alínea). O valor do crédito a ser
apropriado discriminado nesta coluna deve ser transferido para o livro Registro de Apuração do
ICMS, na linha OUTROS CRÉDITOS, com a informação de que se trata de crédito de aquisição de
ativo imobilizado.
§ 1º O contribuinte deve promover a escrituração do valor total do crédito apropriado ou passível
de apropriação, conforme o caso, apenas na coluna SAÍDA OU BAIXA, do quadro 2 do modelo A,
ou SAÍDA, BAIXA OU PERDA, do quadro 2 do modelo C:
I - na transferência do bem;
II - após decorrido o prazo de 5 (cinco) anos, na escrituração do modelo A, ou de 4 (quatro) anos,
na escrituração do modelo C, contados da data de aquisição do bem.
§ 2º O saldo acumulado somente se altera com nova aquisição ou na ocorrência de alienação,
transferência, perecimento, extravio, deterioração, baixa ou outra movimentação de bem, não
sofrendo redução em função do estorno mensal de crédito ou da apropriação mensal de crédito,
conforme o caso (Ajuste SINIEF 8/97, cláusula quarta, § 2º, I).

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§ 3º Quando o período de apuração aplicado ao contribuinte for diferente do mensal, o quociente
de 1/60 (um sessenta avos) ou 1/48 (um quarenta e oito avos) deve ser ajustado, devendo-se ser
efetuadas as adaptações necessárias nas colunas MÊS e FRAÇÃO MENSAL do quadro 3
Art. 353. A escrituração deve ser feita:
I - até o dia seguinte ao da
a) entrada do bem;
b) emissão da nota fiscal referente à saída do bem;
c) ocorrência do perecimento, extravio ou deterioração do bem ou data em que se complementar
o qüinqüênio ou o quadriênio, conforme o caso;
II - no último dia do período de apuração, com relação aos lançamentos das parcelas
correspondentes, conforme o caso, ao estorno ou ao crédito do imposto, não podendo atrasar por
mais de 5 (cinco) dias
Art. 354. É permitido ao contribuinte utilizar o sistema eletrônico de processamento de dados para
emissão do livro Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente, hipótese em que o
Quadro 3 pode ser apresentado apenas na última folha e a manutenção dos dados em meio
magnético deve ser feita pelo prazo decadencial
Art. 355. O livro Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP -, modelo
A e modelo C, é constituído de folhas soltas, que, relativamente à escrituração efetuada em cada
exercício, são enfeixadas, encadernadas e autenticadas até o último dia do mês de fevereiro do
ano subseqüente
Art. 356. O contribuinte pode, excepcionalmente, optar pelo livro Registro de Controle de Crédito
de ICMS do Ativo Permanente - CIAP -, modelo B, destinado ao controle e apuração, de forma
individualizada, do valor base do estorno de crédito e do total do estorno mensal do crédito de bem
do ativo imobilizado do estabelecimento, caso seja este o modelo autorizado para o seu
estabelecimento matriz localizado em outro Estado

CAPÍTULO IV-A
DA ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL - EFD -
Art. 356-C. A Escrituração Fiscal Digital - EFD - compõe-se da totalidade das informações, em
meio digital, necessárias à apuração do imposto referente à operação e prestação praticada pelo
contribuinte do ICMS ou IPI, bem como outras de interesse da administração tributária e da
Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB
§ 1º O contribuinte deve utilizar a EFD para efetuar a escrituração dos seguintes livros fiscais
I - Registro de Entradas;
II - Registro de Saídas;
III - Registro de Inventário;
IV - Registro de Apuração do IPI;
V - Registro de Apuração do ICMS.
VI - Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP.

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VII - Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque
§ 2º Fica vedada ao contribuinte a escrituração dos livros em discordância com o disposto neste
capítulo
§ 3º Para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica da EFD, as informações
devem ser prestadas em arquivo digital com assinatura digital do contribuinte ou seu representante
legal, certificada por entidade credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-
Brasil
Art. 356-D. A EFD é obrigatória, observado o art. 356-E, para o contribuinte do Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS ou do Imposto sobre Produtos
Industrializados - IPI
§ 1º No caso de fusão, incorporação ou cisão, a obrigatoriedade de que trata o caput se estende à
empresa incorporadora, cindida ou resultante da cisão ou fusão (Ajuste SINIEF 2/09, cláusula
terceira, § 4º).
§ 2º A obrigatoriedade da EFD abrange todos os estabelecimentos do contribuinte, que possuem
o mesmo CNPJ base, localizados em Goiás.
§ 3º No caso de abertura de filial, a mesma está obrigada à EFD a partir do início de sua
atividade.
§ 4º A obrigatoriedade de que trata este artigo não alcança o estabelecimento:
I - Microempreendedor Individual -MEI- optante pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos
Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional -SIMEI
II - Microempresa -ME- e Empresa de Pequeno Porte - EPP optantes pelo Simples Nacional, salvo
o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma do § 1º do art. 20 da Lei
Complementar nº 123/2006.
Art. 356-E. A administração tributária mediante celebração de Protocolos ICMS entre as unidades
federadas e a RFB pode
I - dispensar a obrigatoriedade da EFD para alguns contribuintes, conjunto de contribuintes ou
setores econômicos;
II - indicar os contribuintes obrigados à EFD, tornando a utilização facultativa aos demais.
§ 1º O contribuinte dispensado da EFD pode optar por utilizá-la, de forma irretratável, mediante
requerimento dirigido à Gerência de Informações Econômico-Fiscais - GIEF - da Secretaria da
Fazenda
§ 2º O requerimento deve ser assinado pelo responsável pela empresa ou seu procurador legal e
deve indicar o período a ser incluído na obrigatoriedade de entrega do arquivo da EFD, ficando
obrigado a partir do mês de solicitação caso não tenha mencionado o período no requerimento.
§ 3º Em substituição ao requerimento, previsto no § 1º, o contribuinte pode se credenciar
eletronicamente, por meio de certificação digital, na página da SEFAZ, no
endereço www.sefaz.go.gov.br.
§ 4º A dispensa concedida pode ser revogada a qualquer tempo por ato da administração
tributária

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Art. 356-F. O arquivo digital da EFD deve ser gerado pelo contribuinte de acordo com as
especificações do leiaute definido em Ato COTEPE e deve conter a totalidade das informações
econômico-fiscais e contábeis correspondentes ao período compreendido entre o primeiro e o
último dia do mês
§ 1º Para efeito do disposto no caput, considera-se totalidade das informações
I - as relativas às entradas e saídas de mercadorias bem como aos serviços prestados e tomados,
incluindo a descrição dos itens de mercadorias, produtos e serviços;
II - as relativas a quantidade, descrição e valores de mercadorias, matérias-primas, produtos
intermediários, materiais de embalagem, produtos manufaturados e produtos em fabricação, em
posse ou pertencentes ao estabelecimento do contribuinte declarante, ou fora do estabelecimento e
em poder de terceiros;
III - qualquer informação que repercuta no inventário físico e contábil, na apuração, no pagamento
ou na cobrança de tributos de competência dos entes conveniados ou outras de interesse das
administrações tributárias.
§ 2º Qualquer situação de exceção na tributação do ICMS ou IPI, tais como isenção, não-
incidência, redução de base de cálculo, também deve ser informada no arquivo digital, indicando-se
o respectivo dispositivo legal
§ 3º As informações devem ser prestadas sob o enfoque do declarante
Art. 356-G. Para fins da EFD aplicam-se as seguintes tabelas e códigos
I - Tabela de Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM/SH -;
II - Tabela de Municípios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE -;
III - Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP - constante do Anexo IV;
IV - Código de Situação Tributária - CST constante do Anexo V;
V - outras tabelas e códigos que venham a ser estabelecidos pelas administrações tributárias das
unidades federadas e da RFB.
§ 1º Na geração do arquivo digital da EFD, o contribuinte deve utilizar os códigos descritos nas
tabelas 5.1.1, 5.2, 5.3 e 5.5 elaboradas pela Secretaria da Fazenda, bem como outras normas
previstas no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital de Goiás, disponíveis no
endereço www.sefaz.go.gov.br .
§ 2º É vedada a utilização de código genérico de ajuste do lançamento e apuração do imposto,
salvo quando inexistir na tabela código específico.
Art. 356-H. Fica atribuído ao estabelecimento obrigado à EFD o perfil "A", devendo o arquivo
digital ser elaborado de acordo com o leiaute definido em Ato COTEPE
§ 1º O estabelecimento obrigado à EFD pode ser enquadrado em outro perfil, de acordo com o
interesse da administração tributária.
§ 2º Ato do Secretário da Fazenda pode definir critérios para atribuição dos perfis, conforme
definido em Ato COTEPE, aos estabelecimentos obrigados à EFD.
Art. 356-I. O contribuinte que possuir mais de um estabelecimento, seja filial, sucursal, agência,
depósito, fábrica ou outro qualquer, deve prestar as informações relativas à EFD em arquivo digital

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individualizado por estabelecimento, ainda que a apuração do imposto ou a escrituração contábil
seja efetuada de forma centralizada
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica ao contribuinte que possui inscrição
centralizada ou aquele relacionado em Ato COTEPE ou autorizado mediante regime especial
Art. 356-J. O contribuinte deve armazenar o arquivo digital da EFD observando os requisitos de
segurança, autenticidade, integridade e validade jurídica, pelo prazo decadencial para a guarda de
documento fiscal
Parágrafo único. A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o
contribuinte da guarda dos documentos que deram origem às informações nele constantes pelo
prazo decadencial para guarda de documento fiscal
Art. 356-K. O leiaute do arquivo digital da EFD definido em Ato COTEPE deve ser estruturado por
dados organizados em blocos e detalhados por registros, de forma a identificar perfeitamente a
totalidade das informações a que se refere o § 1º do art. 356-F
Parágrafo único. Os registros a que se refere o caput constituem-se da gravação, em meio digital,
das informações contidas nos documentos emitidos ou recebidos, a qualquer título em meio físico
ou digital, além de classificações e ajustes efetuados pelo próprio contribuinte e de outras
informações de interesse fiscal
Art. 356-L. O arquivo digital da EFD gerado pelo contribuinte deve ser submetido à validação de
consistência de leiaute efetuada pelo software denominado Programa de Validação e Assinatura da
Escrituração Fiscal Digital - PVA-EFD que é disponibilizado na internet nos
sítios www.sefaz.go.gov.br e www.receita.fazenda.gov.br
§ 1º O PVA-EFD também deve ser utilizado para a assinatura digital e o envio do arquivo por meio
da internet
§ 2º Considera-se validação de consistência de leiaute do arquivo
I - a consonância da estrutura lógica do arquivo gerado pelo contribuinte com as orientações e
especificações técnicas do leiaute do arquivo digital da EFD definidas em Ato COTEPE;
II - a consistência aritmética e lógica das informações prestadas.
§ 3º O procedimento de validação e assinatura deve ser efetuado antes do envio do arquivo ao
ambiente nacional do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED –
§ 4º Fica vedada a geração e entrega do arquivo digital da EFD em meio ou forma diversa da
prevista neste artigo.
Art. 356-M. O arquivo digital da EFD deve ser enviado por meio da internet, e sua recepção deve
ser precedida no mínimo das seguintes verificações
I - dos dados cadastrais do declarante;
II - da autoria, autenticidade e validade da assinatura digital;
III - da integridade do arquivo;
IV - da existência de arquivo já recepcionado para o mesmo período de referência;
V - da versão do PVA-EFD e tabelas utilizadas.

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§ 1º Efetuada as verificações previstas no caput, deve ser automaticamente expedida pela
Secretaria da Fazenda, por meio do PVA-EFD, comunicação ao respectivo declarante quanto à
ocorrência de um dos seguintes eventos
I - falha ou recusa na recepção, hipótese em que a causa deve ser informada;
II - regular recepção do arquivo, hipótese em que deve ser emitido recibo de entrega, nos termos
do art. 356-P.
§ 2º Consideram-se escriturados os livros, de que trata o § 1º do art. 356-C, no momento em que
for emitido o recibo de entrega
§ 3º A recepção do arquivo digital da EFD não implica no reconhecimento da veracidade e
legitimidade das informações prestadas, nem na homologação da apuração do imposto efetuada
pelo contribuinte
Art. 356-N. O arquivo digital da EFD deve ser enviado até o dia 15 (quinze) do mês subsequente
ao encerramento do mês da apuração
Parágrafo único. Para fins do cumprimento das obrigações a que se referem este capítulo, o
contribuinte deve entregar o arquivo digital da EFD de cada período apenas uma vez, salvo a
entrega com finalidade de retificação de que trata o art. 356-O
Art. 356-O. O contribuinte pode retificar a Escrituração Fiscal Digital - EFD
I - até o último dia do terceiro mês subsequente ao encerramento do mês da apuração,
independentemente de autorização da administração tributária;
II - após o prazo de que trata o inciso I, mediante autorização da administração tributária do seu
domicílio fiscal, no caso em que houver prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no
preenchimento da escrituração, quando evidenciada a impossibilidade ou a inconveniência de
saneá-la por meio de lançamento corretivo.
§ 1º A retificação de que trata este artigo deve ser efetuada mediante envio de outro arquivo para
substituição integral do arquivo digital da EFD regularmente recebido pela administração tributária,
vedado o envio de arquivo digital complementar
§ 2º A geração e envio do arquivo digital para retificação da EFD deve observar o disposto nos
arts. 356-G, 356-K e 356-L, com indicação da finalidade do arquivo
§ 3º Mediante notificação da autoridade fiscal competente, o contribuinte deve retificar a EFD
§ 4º A autorização para a retificação da EFD não implica o reconhecimento da veracidade e
legitimidade das informações prestadas, nem a homologação da apuração do imposto efetuada
pelo contribuinte
§ 5º Não produzirá efeitos a retificação de EFD
I - de período de apuração que tenha sido submetido ou esteja sob ação fiscal;
II - cujo débito constante da EFD objeto da retificação tenha sido enviado para inscrição em Dívida
Ativa, nos casos em que importe alteração desse débito;
III - transmitida em desacordo com as disposições desta cláusula.
Art. 356-P. A recepção do arquivo digital da EFD é centralizada no ambiente nacional do SPED,
administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB -

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§ 1º Observado o disposto no art. 356-M, deve ser gerado recibo de entrega com número de
identificação somente após o aceite do arquivo transmitido
§ 2º Os arquivos recebidos no ambiente nacional do SPED devem ser imediatamente
retransmitidos à Secretaria da Fazenda, quando o contribuinte declarante for inscrito no CCE do
Estado de Goiás.
§ 3º Observados os padrões fixados para o ambiente nacional do SPED, em especial quanto à
validação, disponibilidade permanente, segurança e redundância, a Secretaria da Fazenda pode
recepcionar o arquivo digital da EFD diretamente em suas bases de dados, com imediata
retransmissão ao ambiente nacional do SPED
§ 4º O uso da faculdade prevista no § 3º não pode prejudicar a geração do recibo de entrega do
arquivo digital da EFD pela unidade federada, conforme disposto no § 1º
Art. 356-Q. Fica assegurado o compartilhamento entre os usuários do SPED das informações
relativas às operações e prestações interestaduais e à apuração de substituição tributária
interestadual contidas na EFD, independentemente do local de recepção dos arquivos
§ 1º O ambiente nacional do SPED é responsável pela geração e envio às unidades federadas de
novos arquivos digitais contendo as informações de que trata o caput
§ 2º Para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do arquivo de que trata o §
1º, este deve ser assinado digitalmente pelo remetente
Art. 356-R. O ambiente nacional SPED administra a recepção geral dos arquivos digitais da EFD
ainda que estes tenham sido retransmitidos das bases de dados Secretaria da Fazenda na
hipótese prevista no § 3º do art. 356-P
Art. 356-S. Fica o contribuinte dispensado da entrega do arquivo digital, conforme disposto no §
2º do art. 1º do Anexo X, contendo o registro fiscal de todas as operações ou prestações efetuadas
no período de apuração, no prazo estabelecido pela legislação tributária a partir de sua inclusão na
obrigatoriedade da EFD

CAPÍTULO I
DA NÃO-INCIDÊNCIA
Art. 78. Não-incidência é a situação que não está contemplada no campo de incidência do
imposto ou aquela que a lei elegeu como não sujeita à ocorrência do fato gerador da obrigação
tributária.
Art. 79. O imposto não incide sobre (Lei nº 11.651/91, art. 37):
I - a operação:

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a) que destine ao exterior mercadoria, inclusive produto primário e produto industrializado semi-
elaborado;
b) que destine a outro Estado petróleo, inclusive lubrificante, combustível líquido e gasoso dele
derivados, e energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à industrialização,
observado o disposto no § 3º;
c) com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
d) com livro, jornal e periódico e o papel destinado a sua impressão;
e) relativa à mercadoria que tenha sido ou que se destine a ser utilizada na prestação de serviço
sujeito ao imposto de competência municipal, pelo próprio autor da saída, cujo fornecimento
constitua condição indispensável à sua execução e não esteja expressamente excluído dessa
sujeição na lei complementar aplicável;
f) que destine mercadoria a sucessor legal, quando em decorrência desta não haja saída física da
mercadoria, tais como a:
1. fusão, transformação, incorporação ou cisão;
2. integralização de capital em sociedade comercial, com mercadoria proveniente do fundo de
estoque decorrente do encerramento de atividade de firma individual;
3. transferência de estabelecimento para o local de outro estabelecimento pertencentes à mesma
empresa;
g) decorrente de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em
decorrência do inadimplemento do devedor;
h) de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;
i) de qualquer natureza de que decorra a transferência de bem móvel salvado de sinistro para
companhia seguradora;
j) que destine mercadoria a depósito fechado do próprio contribuinte, localizado no território deste
Estado, e o seu retorno ao estabelecimento depositante;
l) que destine mercadoria a armazém geral, situado neste Estado, para depósito em nome do
remetente e o seu retorno ao estabelecimento depositante;
m) de saída decorrente de alienação de mercadoria integrada ao ativo imobilizado do
estabelecimento;
n) de saída de bem em comodato;
o) com obra de arte, quando comercializada pelo próprio autor ou na primeira venda por
intermediário especializado, assim entendida aquela cuja obra de arte tenha sido adquirida para
revenda diretamente do autor, pela galeria de arte ou por outra categoria de comerciante que
disponha de departamento especializado nesta atividade;
p) de saída de mercadoria em razão de mudança de endereço do estabelecimento, de um para
outro local no território do Estado, desde que o contribuinte:
1. apresente à delegacia fiscal em cuja circunscrição se localize seu estabelecimento, para serem
visadas, as notas fiscais ou a relação das mercadorias, bens de uso ou consumo e do ativo
imobilizado a serem transferidos e, ainda, comprove haver feito as devidas alterações do registro

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na Junta Comercial ou no cartório competente, conforme o caso, bem como da inscrição no
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda;
2. mencione, nos documentos emitidos, o dispositivo legal referente à não-incidência;
3. preencha, nas notas fiscais, se for o caso, o espaço reservado à natureza da operação com os
dizeres: OUTRAS SAÍDAS - MUDANÇA DE ENDEREÇO;
4. providencie a atualização da sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado - CCE -,
junto à delegacia fiscal em cuja circunscrição se localize o estabelecimento destinatário;
q) de saída interna de mercadoria destinada à industrialização ou outro tratamento, desde que a
mercadoria ou o produto resultante retorne ao estabelecimento de origem, dentro do prazo de 270
(duzentos e setenta) dias, a contar da data da respectiva saída;
r) revogada;
s) de saída interna de mercadoria ou bem, que constitua mera movimentação física,
especialmente nas situações a seguir citadas, desde que retorne ao remetente:
1. para conserto ou reparo, quando o retorno se fizer dentro do prazo de 270 (duzentos e setenta)
dias, a contar da data da respectiva saída;
2. para demonstração ou teste, quando o retorno se fizer dentro do prazo de 120 (cento e vinte)
dias, a contar da data da respectiva saída;
2-A. para mostruário ou treinamento, quando o retorno se fizer dentro do prazo de 120 (cento e
vinte) dias, a contar da data da respectiva saída;
3. destinada a leiloeiro, quando o retorno se fizer dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar do
dia da respectiva remessa;
t) de saída interna de produto agropecuário em estado natural, para fim de beneficiamento ou
outro tratamento, tais como: classificação, imunização, secagem, acasalamento, cruzamento,
engorda, criação, com o objetivo de conservação ou melhoria, desde que deva retornar ao
estabelecimento de origem dentro do prazo:
1. de 90 (noventa) dias, a contar da data da respectiva saída
2. estabelecido em termo de acordo de regime especial, quando tais saídas forem realizadas com
habitualidade pelo contribuinte ou houver necessidade de prazo superior ao previsto no item 1
desta alínea;
u) a saída interna de mercadoria coletada em campanha de assistência social, obedecidas as
condições estabelecidas em ato do Secretário da Fazenda;
v) de saída interna, com os produtos a seguir enumerados, de produção própria do
estabelecimento remetente para outro estabelecimento pertencente à mesma pessoa natural ou
jurídica, localizado neste Estado, na mesma área, em área contínua ou diversa, destinados a
utilização em processo de industrialização ou de outro tratamento em atividade integrada desses
estabelecimentos:
1. produto agrícola;
2. polpa de tomate e SI - tomate em cubos, classificados respectivamente nos códigos 2002.90.90
e 2002.10.00 da NBM/SH;

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3. produto semi-elaborado descrito no Apêndice I do Anexo IX do Regulamento do Código
Tributário do Estado;
II - a prestação de serviço de transporte:
a) vinculada à operação de exportação de mercadoria para o exterior;
b) relativa à primeira remessa da mercadoria diretamente do estabelecimento produtor
agropecuário destinada a:
1. depósito fechado do próprio contribuinte, localizado no território deste Estado;
2. armazém geral, situado neste Estado, para depósito em nome do remetente;
III - a prestação de serviço de comunicação destinado ao exterior.
§ 1º Equipara-se à saída para o exterior, incluída a prestação de serviço de transporte vinculada a
esta operação, a remessa de mercadoria, com o fim específico de exportação para o exterior,
destinada a (Lei nº 11.651/91, art. 38):
a) empresa comercial exportadora, inclusive “tradings” ou outro estabelecimento da mesma
empresa;
b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
§ 2º Empresa comercial exportadora é a pessoa jurídica devidamente inscrita nesta condição no
Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX - do
Ministério da Industria do Comércio e do Turismo - MICT -
§ 3º Fica mantido o crédito do imposto relativamente às hipóteses de não-incidência previstas:
I - no inciso I:
a) nas alíneas: “a”, “f”, “j”, “l”, “o”, “p” “q”, “r”, “s”, “t” e “v”;
b) revogada;
II - nos incisos II e III.
§ 3º-A Na situação prevista na alínea "v" do inciso I, o estabelecimento remetente deve efetuar o
estorno do imposto de que se tiver creditado, na hipótese em que a saída subsequente da
mercadoria resultante do processo de industrialização ou de outro tratamento, promovida pelo
estabelecimento destinatário, tenha sido contemplada com (Lei 11.651/91, art. 62, parágrafo único):
I - isenção, não-incidência ou redução de base de cálculo, nos casos em que a legislação
tributária exija a anulação do crédito correspondente à entrada e ao serviço utilizado;
II - crédito presumido ou crédito outorgado concedido em substituição ao sistema normal de
tributação do ICMS ou para o qual haja vedação ao aproveitamento de quaisquer créditos relativos
à entrada e ao serviço utilizado.
§ 4º O ouro é considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial, desde a sua extração,
inclusive, em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, quando destinado ao mercado
financeiro ou, à execução da política cambial do País, em operação realizada com interveniência
de instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional, na forma e condição autorizada pelo
Banco Central do Brasil (Lei Federal nº 7.766/89, art. 1º).

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§ 5º Considera-se integrada a atividade produtiva de diversos estabelecimentos, quando o produto
decorrente da atividade de qualquer um deles constitui, em relação ao outro, matéria-prima ou
produto intermediário dentro do ciclo produtivo da mercadoria.
§ 6º Na operação interna de alienação de bem integrado ao ativo imobilizado do estabelecimento,
quando da emissão da nota fiscal, fica facultado ao remetente efetuar o destaque do imposto,
observado o seguinte
I - o valor do imposto não poderá ser superior ao montante que resultar do produto do valor do
imposto correspondente à aquisição do bem pelo tempo que faltar para completar o quadriênio, na
razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) por mês ou fração
II - o imposto destacado pode ser creditado pelo destinatário, obedecidas as regras específicas
relacionadas à aquisição de ativo imobilizado, não constituindo débito para o remetente.
Art. 80. Considera-se semi-elaborado, o produto (Lei nº 11.651/91, art. 12, III):
I - que resulte de matéria-prima de origem animal, vegetal ou mineral em estado natural;
II - cuja matéria-prima de origem animal, vegetal ou mineral não tenha sofrido qualquer processo
que implique modificação da natureza química originária;
III - cujo custo da matéria-prima de origem animal, vegetal ou mineral represente mais de 60%
(sessenta por cento) do custo do correspondente produto, apurado segundo o nível tecnológico
disponível no País e conforme a regra estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária
- CONFAZ -.
§ 1º A respectiva planilha de custo industrial deve ser fornecida pelo contribuinte, quando
requerida, à Secretaria da Fazenda e ao CONFAZ, para a elaboração e atualização da lista de
produtos industrializados semi-elaborados, sempre que for necessário.
§ 2º É assegurado ao contribuinte o direito de reclamar, perante a Secretaria da Fazenda, contra a
inclusão, entre os produtos semi-elaborados, de bem de sua fabricação, cuja reclamação deve ser:
I - entregue pelo interessado, à Superintendência da Receita Estadual da Secretaria da Fazenda,
acompanhada das razões de fato e de direito e da documentação que amparem a sua pretensão
II - recebida sem efeito suspensivo
III - julgada, mediante despacho do Secretário da Fazenda no processo respectivo, dentro do
prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua protocolização, que, se:
a) procedente, deve submeter a matéria ao CONFAZ, por meio da COTEPE/ICMS, a quem
compete elaborar parecer com proposta de exclusão do produto da lista de produtos
industrializados semi-elaborados, instruída com a cópia do processo respectivo
b) improcedente, deve remeter à COTEPE/ICMS cópias dos pareceres técnicos da decisão, para
a divulgação aos seus membros

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5. Títulos I, II, III, IV, V e VI, capítulo I, seção I do Anexo VIII do


Decreto nº 4.852/97, que trata da substituição tributária do ICMS.

REGULAMENTO DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO DO ESTADO DE GOIÁS - DECRETO Nº 4.852, DE


29 DE DEZEMBRO DE 1997.

ANEXO VIII
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS
(art. 43, II)
TÍTULO I
DA DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º A substituição tributária prevista nos arts. 41 a 43 deste regulamento é disciplinada pelas
normas contidas neste anexo.

TÍTULO II
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PELA OPERAÇÃO ANTERIOR
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º São substitutos tributários, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto
devido na operação interna anterior, os estabelecimentos:
I - industrial, na aquisição dos seguintes produtos, efetuada diretamente ao estabelecimento
produtor, ou extrator, inclusive de suas cooperativas, para utilização como matéria-prima em
processo industrial:
a) ácido graxo e óleo ácido;
b) algodão em caroço;
c) algodão em pluma;
d) ave viva ou abatida;
e) borra de refinação de óleo vegetal;
f) café em coco ou beneficiado, inclusive cafeína;
g) cana-de-açúcar;
h) carvão vegetal;
i) cereais;
j) couro bovino;

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l) fruto oleaginoso, inclusive caroço, semente e amêndoa;
m) fumo em folha;
n) glicerina;
o) gordura animal;
p) hortifrutícola;
q) leite cru e creme de leite em estado natural, leite em pó e soro de leite em pó;
r) lenha;
s) óleo vegetal, inclusive degomado;
t) rã da espécie “Rana Catesbiana Shaw” (Touro Gigante);
u) resíduo e desperdício da indústria alimentar;
v) substância mineral em estado natural;
x) feijão
II - comercial, na aquisição efetuada diretamente ao estabelecimento extrator, de substância
mineral em estado natural.
III - revogado;
IV - revogado;
V - industrial, situado em Goiás, da empresa titular do projeto agroindustrial, relativamente ao
imposto devido (Lei nº 12.955/96, art. 3º, caput e § 1º):
a) na operação e prestação praticadas entre os estabelecimentos ao mesmo vinculados, inclusive
por parceria ou integração;
b) nas seguinte operações, desde que para utilização dentro do projeto:
1. importação do exterior de matérias-primas, embalagens, produtos intermediários e outros
insumos, pelos estabelecimentos da empresa industrial e dos produtores integrados ou parceiros;
2. aquisição interna de carne e miúdo comestível de gado bovino ou bufalino pelos
estabelecimentos da empresa industrial.
VI - industrial que implantar, no Estado de Goiás, projeto industrial relacionado à extração,
industrialização e circulação de minério de níquel, cobre e seus derivados, mediante a celebração
de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda para tal fim, nas seguintes
operações e prestações (Lei nº 15.719/06, arts. 1º e 2º):
a) retorno da mercadoria que tenha sido remetida para industrialização, por sua encomenda e
ordem, a outro estabelecimento seu ou de terceiro localizado neste Estado;
b) aquisição de matéria-prima e de material secundário e de acondicionamento de outro
estabelecimento industrial localizado neste Estado;
c) aquisição de energia elétrica não destinada à comercialização ou à industrialização;
d) prestações internas de serviços de transporte vinculadas às operações referidas nas alíneas “a”
e “b”.

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VII - industrial de veículo automotor beneficiário dos Programas Fomentar ou Produzir, mediante
celebração de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda, relativamente ao
imposto devido na aquisição interna de insumo, matéria-prima, inclusive parte, peça e componente,
e de material secundário e de acondicionamento destinados à fabricação ou à comercialização de
veículo, excetuada a aquisição de energia elétrica e de combustível e a contratação de serviço de
comunicação, quando a aquisição se der (Lei nº 16.671/09, art. 5º-A, I
a) de outro estabelecimento industrial;
b) de empresa comercial importadora, na importação realizada nas modalidades por conta e
ordem ou encomenda.
VIII - industrial beneficiário do Programa Produzir produtor de grupos geradores de energia
elétrica, mediante a celebração de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da
Fazenda, relativamente ao imposto devido nas seguintes operações, o qual deve ser apurado
juntamente com aquele devido pelas operações de saídas próprias do estabelecimento, resultando
em um só débito por período (Lei nº 17.441/11, art. 8º):
a) no retorno da mercadoria que tenha sido remetida para industrialização, por sua encomenda e
ordem, a outro estabelecimento seu ou de terceiro localizado neste Estado;
b) na aquisição em estabelecimento localizado neste Estado de matérias-primas, partes, peças e
componentes para aplicação na produção ou para revenda, excetuada a aquisição de energia
elétrica e de combustível e a contratação de prestação de serviço de comunicação;
IX - pessoa jurídica industrializadora integrante de grupo econômico, mediante a celebração de
termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda, relativamente ao imposto devido
na operação de aquisição interna de matéria-prima, produto intermediário e material de
embalagem, inclusive o retorno em operação interna de mercadoria que tenha sido remetida para
industrialização por sua conta e ordem, observado o disposto no § 6º (Lei nº 17.442/11, art. 4º).
§ 1º Excetuada a operação com álcool carburante e lenha, a adoção do regime de substituição
tributária pela operação anterior é opcional, ficando facultada, ao contribuinte substituído, a
emissão do documento fiscal respectivo, a apuração e o pagamento do ICMS devido, conforme o
regime normal de tributação.
§ 2º A substituição tributária prevista neste artigo aplica-se, também, às sucessivas saídas de um
para outro estabelecimento industrial, desde que sejam signatários de regime especial com a
Secretaria da Fazenda
§ 2º-A A substituição tributária prevista neste artigo pode ser estendida, também, às saídas de
produto agropecuário efetuadas por estabelecimento comercial que seja substituto tributário pela
operação anterior com destino a estabelecimento industrial, na forma e condições fixadas em
regime especial celebrado com a Secretaria da Fazenda
§ 3º Na hipótese do inciso V :
I - o imposto da substituição tributária é devido nas saídas tributáveis com os seguintes produtos:
a) aves e suínos vivos, bem como produtos resultantes de sua matança ou industrialização;
b) carne e miúdo comestível de bovino ou bufalino, bem como produtos resultantes de sua
industrialização;

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II - o imposto incidente nas operações e prestações deve ser apurado juntamente com aquele
devido pelas operações de saídas próprias do estabelecimento eleito substituto tributário,
resultando em um só débito por período.
§ 4º Na aplicação do inciso VI, deve ser observado o seguinte
I - o imposto incidente nas operações e prestações deve ser apurado juntamente com aquele
devido pelas operações de saídas próprias do estabelecimento eleito substituto tributário,
resultando em um só débito por período;
II - a substituição tributária aplica-se, inclusive
a) quando se tratar de empresa já instalada no Estado de Goiás que implementar projeto de
expansão, desde que represente aumento de pelo menos 30% (trinta por cento) em sua
capacidade de produção;
b) durante a fase pré-operacional da empresa.
§ 4º-A Na aplicação do inciso VII deve ser observado o seguinte
I - o imposto incidente nas operações e prestações deve ser apurado juntamente com aquele
devido pelas operações de saídas próprias do estabelecimento eleito substituto tributário,
resultando em um só débito por período;
II - a substituição tributária aplica-se inclusive ao imposto devido na importação realizada pelo
beneficiário por intermédio de empresa comercial importadora, nas modalidades por conta e ordem
ou por encomenda.
§ 5º O termo de acordo de regime especial, previsto nos incisos VII e VIII, pode ser revogado pela
Secretaria da Fazenda 30 (trinta) dias após a notificação do contribuinte, sendo-lhe permitida a
regularização dentro desse prazo, nas seguintes situações
I - a desistência do projeto;
II - a falta de comprovação do início das obras de implantação ou ampliação no prazo
estabelecido no respectivo projeto;
III - infração às suas disposições;
IV - a existência de crédito tributário inscrito em dívida ativa, exceto se o referido crédito estiver
com sua exigibilidade suspensa nos termos da lei ou tiver sido efetivada a penhora de bens
suficientes para o pagamento do total da dívida.
§ 6º Relativamente ao disposto no inciso IX:
I - a substituição tributária
a) não se aplica à aquisição de energia elétrica e de combustível e à contratação de serviço de
comunicação;
b) pode ser estendida às saídas de uma para outra pessoa jurídica integrantes ao grupo
econômico;
c) prevalece sobre qualquer outro regime de substituição existente ou que venha a ser instituído
para a operação interna;
II - o imposto devido por substituição tributária deve ser apurado juntamente com aquele devido
pelas operações de saídas próprias do estabelecimento, resultando em um só débito por período

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III - eventual saldo credor existente na escrituração fiscal da pessoa jurídica remetente, em virtude
da extensão da substituição tributária, pode ser transferido para a da adquirente integrante do
mesmo grupo econômico;
IV - o termo de acordo de regime especial pode ser revogado pela Secretaria da Fazenda 30
(trinta) dias após a notificação do contribuinte, permitida a regularização dentro desse prazo, nas
seguintes situações
a) o cometimento de infração às disposições legais ou às cláusulas do regime especial;
b) a existência de crédito tributário inscrito em dívida ativa, exceto se o referido crédito estiver com
sua exigibilidade suspensa nos termos da lei ou tiver sido efetivada a penhora de bens suficientes
para o pagamento do total da dívida;
V - considera-se grupo econômico, o conjunto de duas ou mais pessoas jurídicas, ligadas entre si
por integração, que produzam e distribuam, no mínimo, 5 (cinco) diferentes tipos de mercadorias e
que apresentem submissão societária, sendo:
a) ligação por integração, a venda de, no mínimo, 80% (oitenta por cento) da produção da pessoa
jurídica industrializadora para outra pessoa jurídica do mesmo grupo econômico;
b) diferenciação de mercadorias, a utilização de pelo menos um insumo diferente, dentre os
principais, na produção das mercadorias, de maneira que a distinção não se dê sob a forma de
subproduto;
c) submissão societária, a vinculação entre as pessoas jurídicas do grupo econômico de forma tal
que uma delas seja subsidiária da outra ou diversas delas sejam subsidiárias integrais da mesma
pessoa jurídica.
§ 7º A substituição prevista na alínea “x” do inciso I está condicionada à celebração de termo de
acordo de regime especial com a Secretaria de Estado da Fazenda. Art. 3º O estabelecimento
comercial adquirente de produto agropecuário, pode assumir a condição de substituto tributário,
mediante celebração de termo de acordo de regime especial para esse fim.
Art. 4º O documento fiscal para acobertar as operações referidas neste capítulo deve ser emitido
por intermédio da repartição fiscal localizada na circunscrição do município de origem do produto
ou da substância.

CAPÍTULO II
DA OPERAÇÃO COM PRODUTO AGROPECUÁRIO E SUBSTÂNCIA MINERAL OU FÓSSIL
EM GERAL
Seção I
Da Circulação de Produto Agropecuário e Substância Mineral ou Fóssil em Geral
Art. 5º Fica autorizado o uso de nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, previamente emitida pelo
destinatário, como documento hábil para acobertar a operação interna de circulação que envolva
produto agropecuário e substância mineral ou fóssil, relacionados no art. 2º, nas seguintes
situações:
I - aquisição efetuada pela indústria, diretamente do extrator ou produtor;

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II - remessa, diretamente do estabelecimento extrator ou produtor, inclusive de arroz e feijão, para
depósito em armazém geral ou cooperativa da qual o remetente faça parte;
III - aquisição de substância mineral em estado natural efetuada diretamente por estabelecimento
comercial.
§ 1º Esta faculdade:
I - pode ser estendida à aquisição de produto agropecuário ou fóssil realizada por estabelecimento
comercial, mediante celebração de termo de acordo de regime especial;
II - não abrange a operação em que a emissão da nota fiscal correspondente à saída seja feita
pelo próprio remetente;
III - exige que a nota fiscal contenha, além das indicações previstas na legislação tributária, as
seguintes:
a) como natureza da operação, as expressões:
1. TRÂNSITO DE PRODUTO ADQUIRIDO PELA INDÚSTRIA, no caso da aquisição efetuada
pela indústria diretamente do produtor ou extrator;
2. TRÂNSITO DE PRODUTO DESTINADO A DEPÓSITO, no caso de remessa diretamente do
produtor ou extrator para depósito em armazém geral ou cooperativa;
3. TRÂNSITO DE SUBSTÂNCIA MINERAL EM ESTADO NATURAL, no caso de aquisição
efetuada diretamente por estabelecimento comercial;
b) revogada;
c) a observação: EMITIDA PARA EFEITO DE TRÂNSITO;
d) o número do conhecimento de transporte rodoviário de carga.
§ 2º O prazo de validade da nota fiscal é o mesmo estabelecido na legislação tributária para os
documentos fiscais em geral.
§ 3º A nota fiscal deve ser registrada no livro próprio, com a indicação do valor da operação igual
a zero e na coluna OBSERVAÇÕES anotar o número da nota fiscal de entrada correspondente,
bem como os demais esclarecimentos necessários.
Art. 6º Na entrada do produto ou substância no estabelecimento, o destinatário deve declarar, se
for o caso, o teor de umidade, na primeira via do documento fiscal que acobertar a operação, além
de afixar ao mesmo uma via do tíquete da balança, hipótese em que, com base no relatório de
impureza e umidade do produto ou substância, deve ser emitida nota fiscal, modelo 1 ou 1-A,
contendo, além das indicações previstas na legislação tributária, as seguintes:
I - peso líquido apurado;
II - valor da base de cálculo;
III - destaque do ICMS devido;
IV - número da nota fiscal emitida para efeito de trânsito.
§ 1º A base de cálculo do imposto é o valor da operação, não podendo ser inferior à pauta de
valores elaborada pela Secretaria da Fazenda, vigente no dia da emissão da nota fiscal que
acobertou o transporte do produto ou substância.

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§ 2º A nota fiscal deve ser registrada no livro próprio e o imposto nela destacado constitui crédito
ao substituto tributário no respectivo período de apuração.
§ 3º Quando caracterizada a substituição tributária em relação ao imposto incidente na prestação
do serviço de transporte correspondente, devem constar, ainda, na nota fiscal emitida para
acobertar a aquisição do produto ou substância, os seguintes dados relativos a esse serviço:
I - valor da prestação;
II - base de cálculo do imposto, se diferente do valor da prestação;
III - alíquota aplicável;
IV - valor do ICMS;
V - referência: O ICMS DEVE SER PAGO PELO EMITENTE DESTA NOTA, NA CONDIÇÃO DE
SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO.
§ 4º Se a nota fiscal que acobertar a operação interna de circulação de produto agropecuário e
substância mineral ou fóssil for de emissão do produtor ou da repartição fazendária, o seu registro
no livro próprio deve ser com a indicação do valor da operação igual a zero e na coluna
OBSERVAÇÕES anotar o número da nota fiscal de entrada correspondente, bem como os demais
esclarecimentos necessários.

Seção II
Da Emissão da Nota Fiscal de Produtor na Operação com Produto Agropecuário ou
Substância Mineral ou Fóssil
Art. 7º Até o 5º (quinto) dia, a contar da data do encerramento do período de apuração, o produtor
ou extrator remetente do produto ou da substância mineral ou fóssil deve emitir nota fiscal, modelos
1 ou 1-A, englobando as operações efetuadas com cada destinatário no período.
§ 1º Na nota fiscal emitida pelo produtor ou extrator é obrigatório mencionar os números dos
seguintes documentos:
I - revogado;
II - nota fiscal emitida para acobertar o trânsito do produto ou da substância;
III - nota fiscal emitida no momento da entrada do produto ou da substância no estabelecimento
destinatário.
§ 2º Caso o estabelecimento produtor ou extrator não esteja credenciado a emitir sua própria nota
fiscal, modelos 1 ou 1-A, o estabelecimento destinatário do produto ou da substância mineral ou
fóssil deve emitir nota fiscal, modelos 1 ou 1-A, englobando todas as entradas de mercadorias no
período, por produtor ou extrator, remetente, observado o disposto no parágrafo anterior.

CAPÍTULO III
DA OPERAÇÃO COM LEITE CRU OU CREME DE LEITE
Art. 8º São substitutos tributários, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto
devido na operação interna anterior com leite cru ou creme de leite, procedente de estabelecimento

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produtor ou de associação de que este faça parte, a indústria de laticínios e o posto de
resfriamento.
§ 1º No caso de transferência interna de leite, recebido por posto de resfriamento, destinado a
estabelecimento industrial de laticínios do mesmo contribuinte, a responsabilidade pelo pagamento
do imposto objeto da substituição fica transferida ao estabelecimento da indústria destinatária.
§ 2º Fica dispensada a emissão de nota fiscal e respectivo conhecimento de transporte na saída
interna, de leite cru ou creme de leite, do estabelecimento produtor ou da associação para o posto
de resfriamento ou para o estabelecimento industrializador.
§ 3º A indústria de laticínio ou o posto de resfriamento, na condição de substituto tributário, deve
emitir ao final de cada período de apuração, um conhecimento de transporte rodoviário de carga,
avulso, englobando todas as prestações de serviços iniciadas em um mesmo município.
Art. 9º O estabelecimento industrial ou posto de resfriamento deve registrar, diariamente, as
entradas de leite cru ou de creme de leite, em LISTA DE RECEBIMENTO, impressa em 3 (três)
vias, numerada tipograficamente e autenticada com o código da repartição fiscal de circunscrição
do contribuinte substituto, que deve servir de base para a emissão da nota fiscal relativa a entrada
dos produtos, devendo constar da lista:
I - o nome do produtor ou da associação, o número de inscrição estadual e o nome do município;
II - a quantidade diária de leite cru (bom e ácido) ou creme de leite recebido de cada produtor ou
associação;
III - a data do recebimento;
IV - a quota diária atribuída a cada produtor ou associação.
§ 1º Sem prejuízo das normas relativas à autorização para confecção de documento fiscal, o
modelo da LISTA DE RECEBIMENTO deve ser aprovado pelo titular da delegacia fiscal de
circunscrição do contribuinte, antes da sua impressão.
§ 2º As informações relativas ao produtor, à associação e ao município podem ser substituídas
por código numérico, desde que o contribuinte mantenha à disposição do Fisco, em cada
estabelecimento, listagem de códigos dos produtores/associações/fornecedores, com a indicação
do nome do produtor, da associação e do número de inscrição no cadastro estadual e município de
localização.
Art. 10. A indústria de laticínios e o posto de resfriamento, quando receberem o produto
diretamente do estabelecimento produtor ou da associação, ficam obrigados a emitir, no final de
cada período de apuração, com base na LISTAGEM DE RECEBIMENTO, uma nota fiscal, modelo
1 ou 1-A, englobando o valor total dos produtos recebidos.

CAPÍTULO IV
DA OPERAÇÃO COM CANA-DE-AÇÚCAR
Art. 11. São substitutos tributários, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto
devido pelo estabelecimento produtor, na operação interna de aquisição de cana-de-açúcar, para
utilização no processo de industrialização, a usina açucareira, a destilaria de álcool e o fabricante
de aguardente.

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§ 1º O controle fiscal relativo à entrada de cana-de-açúcar no estabelecimento do substituto
tributário deve ser feito de conformidade com o disposto no Capítulo IX do Anexo XIII deste
regulamento.
§ 2º Na periodicidade estabelecida na legislação tributária, o imposto devido por substituição deve
ser apurado da seguinte forma:
I - pela usina açucareira e pela destilaria de álcool, somando-se:
a) o valor do ICMS destacado nas notas fiscais relativas às entradas de cana-de-açúcar, emitidas
mensalmente nos termos do art. 38 do Anexo XIII deste Regulamento;
b) o valor do ICMS devido nas operações correspondentes às notas fiscais emitidas pelo
fornecedor para acobertar as operações com cana-de-açúcar;
II - pelo fabricante de aguardente, é o valor encontrado somando-se o preço total de cada nota
fiscal emitida na entrada, de acordo com o art. 45 do Anexo XIII deste regulamento, aplicando-se
sobre o referido valor a alíquota de 17% (dezessete por cento).
§ 3º O valor encontrado:
I - constitui crédito ao estabelecimento do substituto e pode ser registrado no livro de Registro de
Apuração do ICMS, no quadro CRÉDITO DO IMPOSTO-OUTROS CRÉDITOS;
II - deve ser pago no prazo estabelecido na legislação tributária.

CAPÍTULO V
DA OPERAÇÃO COM ÁLCOOL CARBURANTE
Art. 12. São substitutos tributários, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto
devido na operação interna de aquisição de álcool carburante feita ao estabelecimento de usina ou
fabricante, a refinaria de petróleo e suas bases e o distribuidor de combustível autorizado e
registrado pela Agência Nacional de Petróleo-ANP -, localizados neste Estado.
§ 1º O imposto sujeito à substituição tributária deve ser calculado sobre a base de cálculo
correspondente a 80% (oitenta por cento) do valor da operação de aquisição do produto da usina
ou do fabricante, ficando a parcela restante sujeita ao regime normal de tributação no
estabelecimento remetente.
§ 2º A usina ou o fabricante beneficiários dos Programas FOMENTAR ou PRODUZIR, durante a
vigência de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da Fazenda relativo àquele
benefício, ficam dispensados da adoção do regime de substituição tributária.
§ 3º O estabelecimento substituído remetente deve:
I - emitir nota fiscal, com indicação do valor da mercadoria, deduzindo deste a parcela do ICMS
objeto da substituição, correspondente à aplicação da alíquota própria para operação interna, sobre
80% (oitenta por cento) do valor da operação;
II - indicar como valor total da nota fiscal que emitir, o resultado da diferença entre o valor da
mercadoria e o do ICMS objeto da substituição;
III - informar, no corpo da nota fiscal, o valor da base de cálculo do ICMS objeto da substituição e
do ICMS normal de sua responsabilidade (sobre 20% do valor da operação), efetuando destaque
do ICMS sobre o valor total da operação, no mesmo documento, no campo apropriado;

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IV - debitar-se em sua escrituração fiscal pelo valor do ICMS de sua responsabilidade, que pode
ser compensado com créditos oriundos de aquisições de cana-de-açúcar e de outros insumos que
lhe assegurem direito ao crédito, segundo as normas comuns de tributação.
§ 4º O estabelecimento adquirente, substituto tributário, deve:
I - registrar a nota fiscal de aquisição no livro de Registro de Entradas, aproveitando como crédito
do imposto o valor do ICMS nela destacado;
II - pagar o imposto devido por substituição tributária, no prazo estabelecido na legislação
tributária.
Art. 12-A. A refinaria de petróleo ou suas bases são substitutas tributárias em relação ao imposto
incidente na operação anterior interna ou interestadual com álcool etílico anidro combustível -
AEAC - e biodiesel - B100 - destinados a distribuidora de combustível que promover a saída da
gasolina resultante da mistura com o AEAC ou óleo diesel resultante da mistura com B100
§ 1º O imposto devido na operação com AEAC ou B100 deve ser pago pela refinaria de petróleo
ou suas bases de uma só vez englobadamente com o imposto retido por substituição tributária
incidente sobre as operações subseqüentes com gasolina ou óleo diesel até o consumidor final.
§ 2º O imposto devido na operação interna ou interestadual de que trata o caput, quando a
distribuidora realizar saída isenta ou não tributada de AEAC ou B100, inclusive para a Zona Franca
de Manaus e para as Áreas de Livre Comércio, deve ser pago pela distribuidora de combustível em
favor da unidade federada remetente do AEAC ou do B100.
§ 3º Na remessa interestadual de AEAC ou B100, o estabelecimento da distribuidora de
combustíveis destinatária deve:
I - registrar, com a utilização do programa de computador aprovado pela COTEPE/ICMS de que
trata o § 2º do art. 62, os dados relativos a cada operação;
II - identificar:
a) o sujeito passivo por substituição que tenha retido anteriormente o imposto relativo à gasolina
"A" ou ao óleo diesel, com base na proporção da sua participação no somatório das quantidades do
estoque inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente a gasolina "A" ou óleo diesel
adquiridos diretamente de contribuinte substituto;
b) o fornecedor da gasolina "A" ou do óleo diesel, com base na proporção da sua participação no
somatório das quantidades do estoque inicial e das entradas ocorridas no mês, relativamente a
gasolina "A" ou óleo diesel adquiridos de outro contribuinte substituído;
III - enviar as informações a que se referem os incisos I e II na forma e prazos estabelecidos na
Subseção I-C.
§ 4º Na hipótese do § 3º, a refinaria de petróleo ou suas bases devem efetuar:
I - em relação às operações cujo imposto relativo à gasolina "A" ou ao óleo diesel tenha sido
anteriormente retido pela própria refinaria de petróleo ou suas bases, o repasse do valor do
imposto relativo ao AEAC ou ao B100 devido ao Estado de Goiás, limitado ao valor do imposto
efetivamente retido e do relativo à operação própria, até o 10° (décimo) dia do mês subseqüente
àquele em que tenham ocorrido as operações interestaduais;
II - em relação às operações cujo imposto relativo à gasolina "A" ou ao óleo diesel tenha sido
anteriormente retido por outros contribuintes, a provisão do valor do imposto relativo ao AEAC ou

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B100 devido ao Estado de Goiás, limitado ao valor efetivamente recolhido à unidade federada de
destino, para o repasse que deve ser realizado até o 20° (vigésimo) dia do mês subseqüente
àquele em que tenham ocorrido as operações interestaduais.
§ 5º Na hipótese do inciso II do § 4º, a unidade federada de destino tem até o 18° (décimo oitavo)
dia do mês subseqüente àquele em que tenham ocorrido as operações interestaduais, para
verificar a ocorrência do efetivo pagamento do imposto e se manifestar, de forma expressa e
motivada, contra a referida dedução, caso em que o valor anteriormente provisionado para repasse
deve ser recolhido em seu favor.
§ 6º Aplicam-se, no que couber, às disposições contidas neste artigo, inclusive no tocante ao
repasse, os procedimentos previstos na Subseção I-B deste Anexo.
§ 7º O disposto neste artigo não prejudica a aplicação da isenção na remessa de AEAC e B100
para comercialização ou industrialização na Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio.
§ 8º Na hipótese de dilação, a qualquer título, do prazo de pagamento do ICMS pela unidade
federada de destino, o imposto correspondente ao AEAC ou B100 deve ser pago integralmente ao
Estado de Goiás, no prazo previsto no inciso I do § 4º.
§ 12 Na saída isenta ou não tributada da gasolina resultante da mistura com AEAC ou do óleo
diesel resultante da mistura com B100, o imposto em relação ao volume de AEAC ou B100 contido
na mistura, englobado no imposto retido anteriormente por substituição tributária deve ser:
I - segregado do imposto retido anteriormente por substituição tributária
II - recolhido para a unidade federada de origem do biocombustível.
§ 13. O imposto relativo ao volume de AEAC ou B100 a que se refere o § 12, deve ser apurado
com base no valor unitário médio e na alíquota média ponderada das entradas de AEAC ou de
B100 ocorridas no mês
Art. 12-B. Devem ser aplicadas as normas gerais pertinentes à substituição tributária na operação
interestadual, destinada ao Estado de Goiás, com álcool etílico hidratado combustível - AEHC.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o imposto devido por substituição tributária ao
Estado de Goiás deve ser pago no momento da saída da mercadoria do estabelecimento
remetente, por meio de GNRE, cuja 3ª via deve acompanhar o transporte da mercadoria e ser
entregue ao destinatário.
Art. 12-C É substituta tributária, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido
na operação interna de aquisição interna de álcool etílico anidro combustível -AEAC-, feita ao
estabelecimento de usina ou fabricante, a empresa comercializadora de etanol autorizada e
registrada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível -ANP -.
Parágrafo único. Na hipótese de comercialização do AEAC destinada a distribuidora de
combustível para mistura à gasolina "A", o imposto devido na operação interna de aquisição do
AEAC deve ser pago pela refinaria de petróleo ou suas bases na forma prevista no art. 12-A.
Art. 13. Em se tratando de venda à ordem ou venda para entrega futura, devem ser observadas
as disposições da legislação tributária previstas para essas operações.

CAPÍTULO VI
DA APURAÇÃO E DO PAGAMENTO DO IMPOSTO

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Art. 14. A apuração do imposto devido por substituição tributária relativamente à operação
anterior, com exceção da operação com cana-de-açúcar, deve ser feita mediante a escrituração
regular dos documentos fiscais no livro Registro de Entradas, hipótese em que o ICMS objeto da
substituição deve ser escriturado no campo destinado a OBSERVAÇÕES, do referido livro,
totalizando ali os valores registrados a cada período apurado nos termos da legislação tributária.
§ 1º O imposto devido por substituição tributária pelas operações anteriores pode ser apurado
juntamente com aquele devido pela operação de saída própria do estabelecimento eleito substituto,
por meio de registro a débito no livro Registro de Apuração do ICMS, resultando um só débito por
período nas seguintes aquisições
I - de café, milho e soja, pelo contribuinte que for autorizado por meio da Autorização para
Apuração Englobada do ICMS Devido na Operação Anterior com Produto Agrícola;
II – revogado
III - de feijão, em estado natural, batido, em vagem ou em grãos.
IV - de milho, em estado natural, adquirido por indústria para utilização na fabricação de álcool
carburante.
Art. 14-A. Fica instituída a Autorização para Apuração Englobada do ICMS Devido na Operação
Anterior com Produto Agrícola com o objetivo de permitir ao contribuinte, que realizar operações
com os produtos relacionados no inciso I do § 1º do art. 14, apurar o ICMS devido na operação
anterior juntamente com o devido na operação de saída de seu estabelecimento
Art. 14-F. A autorização referida no art. 14-A deve ser outorgada ao contribuinte mediante Termo
de Credenciamento junto à Delegacia Regional de Fiscalização de sua circunscrição, que deve ser
concedido anualmente
Art. 15. O prazo para pagamento do imposto devido por substituição é estabelecido na legislação
tributária, devendo este ser efetuado através de documento de arrecadação distinto e específico,
sob rubrica própria.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 16. As disposições do regime de substituição tributária pela operação anterior, relativamente
à aquisição de produto agropecuário para utilização no processo de industrialização, não se
aplicam a contribuinte beneficiário de regime especial cujo termo de acordo disponha de forma
diversa quanto à forma de apuração e pagamento do ICMS devido por substituição tributária,
hipótese em que deve ser observado, ainda, o seguinte
I - o imposto devido deve ser pago quando ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a
ocorrência do fato determinante do seu pagamento;
II - o pagamento do imposto, relativo aos produtos adquiridos com substituição tributária, deve ser
efetuado com base nas quantidades saídas dos mesmos produtos ou na proporção que
representarem nas saídas dos produtos deles resultantes;
III - para os efeitos do inciso anterior, deve ser observada uma alíquota interna não superior a
12% (doze por cento) e não inferior a 7% (sete por cento), na forma da legislação tributária;
IV - a base de cálculo deve corresponder ao preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no
mercado atacadista do local do estabelecimento do substituto tributário;

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V - observado o disposto nos arts. 14 ao 14-B do Anexo VIII deste Regulamento, fica dispensado
o pagamento do imposto devido pelas operações anteriores desde que não haja efetivo
aproveitamento do crédito e, cumulativamente:
a) a operação ou prestação subseqüente, realizada pelo substituto tributário, seja isenta ou não-
tributada;
b) em decorrência dessa operação ou prestação, a legislação tributária admita o crédito do
imposto relativo às operações e prestações anteriores ou conceda o benefício do seu não-estorno.

TÍTULO III
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE DE
CARGA OU DE COMUNICAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 17-A. São substitutos tributários, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto
devido na prestação de serviço de transporte de carga que contratar ou entregar por conta e ordem
de terceiro, executada por qualquer transportador pessoa jurídica, os contribuintes estabelecido
neste Estado
Parágrafo único. Ato do Secretário da Fazenda pode dispensar determinado prestador de serviço
de transporte de carga de ser substituído, hipótese em que a este é atribuída responsabilidade pela
apuração e pagamento do imposto devido nas suas próprias atividades de prestação de serviço.
Art. 18. É substituto tributário, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido
na prestação de serviço de comunicação que contratar com prestador autônomo, o contribuinte do
imposto
Parágrafo único. Considera-se prestador autônomo de serviço de comunicação, a pessoa natural
que se dedique a esta atividade.
Art. 19. A apuração e pagamento do imposto devido por substituição tributária relativamente à
prestação de serviço de transporte ou de comunicação, excetuada a prestação com combustível
líquido ou gasoso e outros derivados de petróleo, deve ser feita mediante a escrituração regular
dos documentos fiscais no livro Registro de Entradas, hipótese em que o ICMS objeto da
substituição deve ser escriturado no campo destinado a OBSERVAÇÕES, do referido livro,
totalizando ali os valores registrados a cada período apurado nos termos da legislação tributária.
Art. 20. O prazo para pagamento do imposto devido por substituição é estabelecido na legislação
tributária, devendo este ser efetuado através de documento de arrecadação distinto e específico,
sob rubrica própria.

CAPÍTULO II
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEL LÍQUIDO OU GASOSO
E OUTROS DERIVADOS DE PETRÓLEO
Art. 21. São substitutos tributários, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto
devido pela prestação de serviço de transporte que estes contratarem com qualquer transportador,

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a empresa Petróleo Brasileiro S/A-PETROBRÁS- e o distribuidor de combustível e lubrificante
autorizado e registrado pela ANP, localizados neste Estado.
Art. 22. Fica dispensada a emissão de conhecimento de transporte, relativo a cada prestação
realizada, nos casos de transporte, a granel, de combustível líquido ou gasoso e de outros
derivados de petróleo, bem como de lubrificante, nas seguintes operações com tais produtos,
exceto na saída promovida por transportador revendedor retalhista-TRR-:
I - saída de álcool carburante do estabelecimento da usina ou fabricante com destino ao do
adquirente substituto tributário;
II - saída de combustível ou lubrificante do estabelecimento do substituto tributário;
III - remessa, pela PETROBRÁS, dos demais derivados de petróleo.
Parágrafo único. Nestas situações, o estabelecimento que emitir a nota fiscal relativa ao produto a
transportar deve mencionar, na mesma, a seguinte expressão: DISPENSADA A EMISSÃO DO
CONHECIMENTO DE TRANSPORTE NOS TERMOS DO ART. 22 DO ANEXO VIII DO RCTE.
Art. 23. Deve ser observado o seguinte:
I - o prestador de serviço de transporte deve:
a) emitir o conhecimento de transporte, utilizando-se de série distinta, com destaque do imposto,
totalizando as prestações internas realizadas durante o período de apuração, e fazendo constar, no
campo destinado a OBSERVAÇÕES, a expressão: O ICMS SERÁ PAGO PELO CONTRATANTE
DO SERVIÇO;
b) relacionar, no conhecimento de transporte, o número e data da nota fiscal correspondente à
mercadoria transportada;
c) registrar o referido conhecimento de transporte no livro Registro de Saídas, sem débito do
imposto;
II - o substituto tributário, contratante do serviço de transporte, deve:
a) escriturar o conhecimento de transporte no livro Registro de Entradas;
b) pagar o imposto devido por substituição, totalizado a cada período de apuração, no prazo
estabelecido na legislação tributária;
III - em nenhuma hipótese o conhecimento de transporte, no qual forem totalizadas as prestações
de serviços, pode abranger período superior ao de apuração previsto na legislação tributária.
Parágrafo único. Na prestação de serviço interestadual o transportador deve emitir, normalmente,
o conhecimento de transporte correspondente a cada prestação, com destaque do ICMS,
escriturando-o no livro Registro de Saídas, sem débito do imposto, fazendo constar no campo
destinado a OBSERVAÇÕES a expressão: O ICMS SERÁ PAGO PELO CONTRATANTE DO
SERVIÇO, na forma e prazo previsto na legislação tributária.

CAPÍTULO III
DA PRESTAÇÃO CONTRATADA COM PRESTADOR AUTÔNOMO
Art. 24. São substitutos tributários, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto
devido pela prestação de serviço de transporte de mercadoria que contratar ou entregar, por conta

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própria ou à conta e ordem de terceiro, a prestador autônomo em prestação que se iniciar neste
Estado, o contribuinte do imposto, exceto o prestador autônomo de serviço de transporte e o
microempreendedor individual, e o depositário de mercadoria a qualquer título, estabelecidos neste
Estado.
Parágrafo único. O contribuinte do imposto, exceto o prestador autônomo de serviço de transporte
e o microempreendedor individual, e o depositário de mercadoria a qualquer título, estabelecidos
neste Estado podem, mediante a celebração de regime especial com a Secretaria da Fazenda e
observadas, também, as demais normas previstas neste capítulo, assumir a condição de substituto
tributário em relação ao ICMS devido na prestação de serviço de transporte de mercadoria que
contratar ou entregar, por conta própria ou por conta e ordem de terceiro, a prestador de serviço de
transporte, pessoa jurídica estabelecida no Estado de Goiás.
Art. 25. Quando o substituto tributário for produtor agropecuário ou extrator de substância mineral
ou fóssil, este deve cumprir sua obrigação de pagar o imposto devido na prestação do serviço de
transporte prestado por autônomo mediante a indicação desta condição e respectivos dados da
prestação na nota fiscal relativa à operação objeto do transporte.
Art. 26. Em relação à emissão de documento fiscal correspondente à prestação de serviço de
transporte executado por transportador autônomo, devem ser observadas as disposições do art.
264 deste regulamento.
Art. 27. A base de cálculo do serviço de transporte prestado por autônomo é o seu preço corrente,
que deve ser obtido com base na pauta de valores elaborada pela Secretaria da Fazenda,
observados eventuais benefícios fiscais, se for o caso.
NOTA: A Instrução Normativa nº 001/04-SGAF, de 02.04.04, com vigência a partir de 06.04.04,
adota valores correntes de mercadorias e serviços para efeito de base de cálculo do ICMS.
Art. 28. Na prestação de serviço que tenha início em município diverso do local do
estabelecimento do substituto tributário, é exigida a utilização de conhecimento de transporte
rodoviário de carga, de série ou subsérie distinta daquela emitida na prestação iniciada no
município em que o substituto seja estabelecido.
Art. 29. As disposições previstas para o prestador autônomo de serviço de transporte aplicam-se,
também, à prestação de serviço de comunicação, contratada com prestador autônomo.

TÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA RELATIVA À ENERGIA ELÉTRICA
Art. 30. É substituta tributária, assumindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido
na operação anterior e subseqüente, desde a produção ou importação até o consumo, a empresa
distribuidora de energia elétrica
§ 1º O imposto a que se refere o caput deste artigo deve ser pago na ocasião do fornecimento de
energia elétrica e calculado sobre o preço então praticado na operação final.
§ 2º É assegurado o pagamento do imposto ao Estado de Goiás, quando nele ocorrer a operação
de saída mencionada no parágrafo anterior.

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§ 3º A apuração e o pagamento do imposto, incidente sobre a operação descrita no caput deste
artigo, devem ser feita conforme o previsto na legislação tributária.
Art. 30-A. É substituto tributário, relativamente ao ICMS incidente sobre as sucessivas operações
internas e interestaduais, correspondentes à circulação de energia elétrica, desde a sua importação
ou produção até a última operação da qual decorra a sua saída com destino a estabelecimento ou
domicílio onde deva ser consumida por destinatário que a tenha adquirido por meio de contrato de
compra e venda firmado em ambiente de contratação livre, o destinatário conectado:
I - à rede de distribuição operada por distribuidora goiana, que por força da execução de contrato
de conexão e de uso da rede de distribuição desta, receber, em condições de consumo, energia
elétrica adquirida de terceiros;
II - diretamente à Rede Básica de transmissão, que promover a entrada de energia elétrica no seu
estabelecimento ou domicílio para seu próprio consumo.
§ 1º A base de cálculo do imposto será o valor da última operação, nele incluídos, o valor devido,
cobrado ou pago pela energia elétrica, os valores e encargos cobrados pelas empresas
responsáveis pela operação da rede ou da linha de distribuição ou de transmissão à qual estiver
conectado o destinatário, e quaisquer outros valores e encargos inerentes ao consumo da energia
elétrica, ainda que devidos a terceiros.
§ 2º Sem prejuízo do cumprimento das obrigações principal e acessória, previstas na legislação
tributária, o destinatário deve emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para cada uma das situações e
nos prazos a seguir especificados:
I - aquisição de energia elétrica, até o último dia do mês de faturamento desta;
II - encargos de transmissão e conexão, até o último dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao
da operação de conexão e uso do sistema de transmissão de energia elétrica;
III - encargos de distribuição e conexão, até o último dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao
da operação de conexão e uso do sistema de distribuição de energia elétrica.
§ 3º Se o destinatário for dispensado da inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado, pode
ser emitida Nota Fiscal Avulsa, modelo 1 ou 1-A, nos termos do art. 295 deste Regulamento.
§ 4º Além dos requisitos previstos na legislação, a nota fiscal emitida nos termos dos incisos I e III
do § 2º, deve conter o número e a série da nota fiscal emitida pelo remetente da energia elétrica ou
pela distribuidora que promover a distribuição e conexão.
§ 5º Da nota fiscal emitida nos termos do inciso II do § 2º, deve constar, além dos demais
requisitos previstos na legislação:
I - como base de cálculo, o valor total pago a todas as empresas transmissoras pela conexão e
uso dos respectivos sistemas de transmissão de energia elétrica;
II - a alíquota aplicável;
III - o destaque do ICMS.
§ 6º O imposto devido deve ser pago:
I - até o 9º (nono) dia do mês subsequente ao do faturamento relativo ao fornecimento de energia
elétrica, no caso do inciso I do § 2º;

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II - até o último dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao da operação de conexão e uso do
sistema de transmissão ou de distribuição de energia elétrica, no caso dos incisos II e III do § 2º.
§ 7º Na hipótese do inciso I do caput, a distribuidora deve enviar ao fisco, relatório mensal,
discriminando a quantidade de energia elétrica entregue a cada destinatário.
Art. 30-E. Sem prejuízo do cumprimento das obrigações principal e acessórias, previstas na
legislação tributária, a empresa distribuidora de energia elétrica deve emitir, mensalmente, Nota
Fiscal, modelo 6, a cada consumidor livre ou autoprodutor que estiver conectado ao seu sistema de
distribuição, para recebimento de energia comercializada por meio de contratos a serem liquidados
no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, ainda que adquirida de terceiros
Parágrafo único. A nota fiscal prevista no caput deve conter:
I - como base de cálculo, o valor total dos encargos de uso relativos ao respectivo sistema de
distribuição;
II - a alíquota interna aplicável;
III - o destaque do ICMS.
Art. 30-F. A distribuidora, quando da emissão da nota fiscal, fica dispensada de destacar os
dados previstos no parágrafo único do art. 30-E, quando à responsabilidade pela apuração e
recolhimento do imposto devido recair sobre o consumidor livre ou autoprodutor que estiver
conectado ao seu sistema de distribuição, ficando estes responsáveis pela emissão de nota fiscal
de entrada com o respectivo destaque do ICMS.
Art. 30-G. Quando a última operação de que trata o art. 30-A for praticada por empresa geradora
ou distribuidora de outro estado que destine a energia elétrica diretamente, por meio de linha de
distribuição ou de transmissão por ela operada, não interligada ao Sistema Interligado Nacional -
SIN, a domicílio ou a estabelecimento localizado neste estado onde não deva ser objeto de nova
comercialização ou industrialização da qual resulte a sua saída subsequente, a responsabilidade
pela apuração e pagamento do ICMS incidente sobre a entrada da energia elétrica em território
goiano é da empresa
I - distribuidora, localizada em outra unidade federada, que praticar a última operação em
referência por força da execução de contrato de conexão e de uso da linha de distribuição ou de
transmissão por ela operada, firmado com o respectivo destinatário goiano que deva se conectar
àquela linha para fim do recebimento, em condições de consumo, da energia elétrica por ele
adquirida de terceiro
II - geradora, localizada em outra unidade federada, que praticar a última operação em referência
por força da execução de contratos de compra e venda de energia elétrica, firmados com o
respectivo destinatário goiano em ambiente de contratação livre.
§ 1º Nas situações previstas neste artigo, o destinatário deve emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A,
observado o disposto nos §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 30-A.
§ 2º O valor do imposto a ser apurado e pago nos termos deste artigo deve:
I - corresponder ao resultado da aplicação da alíquota interna sobre o valor da operação de que
decorrer a entrada da energia elétrica em território goiano, conforme base de cálculo definida na
alínea "b" do inciso XIII do art. 19da Lei nº 11.651, de 26 de dezembro de 1991, CTE, observado
o § 1º do art. 30-A;

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II - ser recolhido até o 9º (nono) dia subsequente ao término do período de apuração em que tiver
ocorrido a retenção.
Art. 30-H. É substituta tributária, relativamente ao ICMS incidente sobre a entrada de energia
elétrica no território goiano, a empresa distribuidora, localizada em outra unidade federada, que
praticar a operação interestadual relativa à circulação da energia elétrica objeto dessa entrada,
destinando-a diretamente, por meio de linha de distribuição ou de transmissão por ela operada, não
interligada ao Sistema Interligado Nacional - SIN ou a qualquer outro sistema de transmissão ou de
distribuição, a domicílio ou estabelecimento de destinatário que a tenha adquirido por meio de
contrato de fornecimento firmado com a referida empresa de distribuição, sob o regime da
concessão ou da permissão da qual esta for titular, quando a energia elétrica não deva ser objeto
de nova comercialização ou industrialização, da qual resulte a sua saída subsequente
Parágrafo único. O valor do imposto a ser apurado e pago nos termos deste artigo deve
I - corresponder ao resultado da aplicação da alíquota interna sobre o valor da operação de que
decorrer a entrada da energia elétrica em território goiano, conforme base de cálculo definida na
alínea "b" do inciso XIII do art. 19da Lei nº 11.651, de 26 de dezembro de 1991, CTE, observado
o § 1º do art. 30-A;
II - ser pago até o 9º (nono) dia subsequente ao término do período de apuração em que tiver
ocorrido a retenção.
Art. 30-I. O disposto neste Título aplica-se, também, nas demais hipóteses em que a energia
elétrica, objeto da última operação de que trata o art. 30-A, não tenha sido adquirida pelo
destinatário por meio de contrato de fornecimento firmado com empresa distribuidora sob o regime
da concessão ou permissão da qual esta for titular.

TÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA RELATIVA AO ATO COOPERATIVO
Art. 31. A responsabilidade pelo pagamento do imposto devido na operação entre o produtor e a
cooperativa de que faça parte, ambos situados neste Estado, fica transferida para a cooperativa
§ 1º O disposto neste artigo é aplicável, também, à mercadoria remetida pelo estabelecimento de
cooperativa de produtores para estabelecimento, neste Estado
I - da própria cooperativa, de cooperativa central ou de federação de cooperativas de que a
cooperativa remetente faça parte;
II - de outra cooperativa.
§ 2º O imposto devido pela saída mencionada neste artigo deve ser pago pela destinatária quando
da saída subseqüente, esteja esta sujeita ou não ao pagamento do imposto, aplicando-se, porém,
as disposições da substituição tributária pelas operações anteriores, se atendidas as mesmas
condições nelas estabelecidas.

TÍTULO VI
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PELA OPERAÇÃO POSTERIOR
CAPÍTULO I

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DAS DISPOSIÇÕES COMUNS AO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Seção I
Das Disposições Preliminares
Art. 32. O regime de substituição tributária pela operação posterior -retenção na fonte- consiste na
retenção, apuração e pagamento do imposto devido por operação interna subseqüente, inclusive
quanto ao diferencial de alíquotas, se for o caso
§ 1º Aplica-se o regime de substituição tributária à operação realizada com as mercadorias
discriminadas nos Apêndices I, II e X deste anexo, observadas, ainda, as disposições específicas
do Capítulo II, sendo:
I - Apêndice I, relação de mercadorias e respectivos Índices de Valor Agregado-IVA-, cujo regime
é estabelecido por iniciativa do Estado de Goiás, aplicável a contribuinte estabelecido neste
Estado, possibilitada a sua adoção, mediante termo de acordo de regime especial, a contribuinte
sediado em outra unidade da Federação;
NOTA: Ver art. 1º do Decreto nº 6.663/07, de 29.08.07, com vigência a partir de 01.09.07.
II - Apêndice II, relação de mercadorias e respectivos Índices de Valor Agregado-IVA-, cujo regime
é estabelecido por força de convênios ou protocolos firmados pelas unidades da Federação,
aplicável a contribuinte estabelecido neste Estado ou em outra unidade da Federação.
§ 1º-A Aplica-se o regime de substituição tributária na saída interna de mercadoria promovida por
estabelecimento distribuidor franqueador localizado neste Estado e destinada:
I - a estabelecimento varejista franqueado;
II - a revendedor que opere exclusivamente com as mercadorias remetidas pelo estabelecimento
substituto tributário.
§ 1º-B O diferencial de alíquotas a que se refere o caput corresponde à diferença entre a alíquota
interna e a alíquota interestadual aplicável na Unidade da Federação de origem, nas operações
com bens e mercadorias destinadas ao uso, consumo ou ativo imobilizado do destinatário
contribuinte do ICMS, observados eventuais benefícios fiscais previstos na legislação tributária
para a operação interna
§ 1º-C Aplica-se o regime de substituição tributária na saída interna das mercadorias relacionadas
nos incisos I e VI do Apêndice II deste Anexo, promovida por estabelecimento fabricante das
referidas mercadorias e destinada a pessoa natural não inscrita no Cadastro de Contribuintes do
Estado - CCE, em quantidade que revele intuito comercial.
§ 2º Na operação com:
I - veículo automotor novo relacionado no inciso IV do Apêndice II deste anexo:
a) quando ocorrer o faturamento direto a consumidor pela montadora ou pelo importador devem
ser observadas, também, as disposições contidas no Capítulo XXII do Anexo XII deste
regulamento;
b) o regime de substituição tributária aplica-se ao acessório colocado no veículo pelo substituto
tributário
§ 3º A substituição tributária relativa à mercadoria constante do Apêndice II aplica-se, também, à
remessa para o Município de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo e às Áreas de

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Livre Comércio de Macapá e Santana, no Estado do Amapá, Bonfim e Pacaraima, no Estado de
Roraima, Guajaramirim, no Estado de Rondônia, Tabatinga, no Estado do Amazonas, e Cruzeiro
do Sul e Brasiléia, com extensão para o Município de Epitaciolândia, no Estado do Acre, com
observação das condições contidas na legislação tributária das unidades da Federação de destino
da mercadoria.
§ 4º É exigido o pagamento antecipado do imposto devido pela futura operação interna, inclusive
quanto à operação a ser realizada pelo próprio adquirente, na hipótese de entrada de mercadoria
proveniente de outra unidade da Federação ou do exterior e sujeita a substituição tributária
§ 5º Para efeito de exigência do imposto devido por antecipação, devem ser observados os
procedimentos previstos neste título.
§ 6º O regime de substituição tributária não se aplica:
I - à operação que destine mercadoria sujeita à retenção na fonte a estabelecimento que irá
utilizá-la em processo de produção ou industrialização, inclusive de manipulação, exceto quando a
mercadoria for destinada:
a) à indústria de panificação, ainda que cadastrada sob outro código de atividade econômica-CAE;
b) a contribuinte do ICMS, relativamente a combustível e lubrificante:
1. derivado de petróleo;
2. não derivado de petróleo, quanto ao diferencial de alíquotas;
c) revogada;
d) à indústria empacotadora de açúcar;
e) à indústria de vestuário, de roupas de cama, de mesa e de banho;
II - à entrada do produto já elaborado, destinado à comercialização, do qual o adquirente seja
fabricante, assumindo este a responsabilidade pela apuração e pagamento do imposto por
operação interna subseqüente;
III - à operação que destine mercadoria:
a) a contribuinte que seja sujeito passivo por substituição, definido como tal no convênio ou
protocolo que trata do regime de substituição tributária aplicável à mercadoria, em relação à
mesma
b) em relação às mercadorias relacionadas no Apêndice I, a comerciante atacadista estabelecido
neste Estado, signatário de termo de acordo de regime especial-TARE- que lhe atribua a condição
de substituto tributário, assumindo a responsabilidade pela retenção e pagamento do imposto
devido pela subseqüente saída interna;
IV - à transferência de mercadoria inserida no regime da substituição tributária por convênio,
protocolo ou ato da administração tributária estadual para outro estabelecimento, não varejista do
sujeito passivo por substituição definido com tal em convênio, protocolo ou norma estadual
aplicável à mercadoria, recaindo, nesta hipótese, a responsabilidade pela retenção e pagamento do
imposto sobre o estabelecimento que realizar a saída da mercadoria com destino a contribuinte
diverso;
V - à saída de mercadoria que deva retornar ao estabelecimento remetente;
VI - revogado;

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VII - ao acessório colocado no veículo pelo estabelecimento adquirente
VIII - à operação com pneumático, protetor e câmara-de-ar de borracha novos, quando:
a) destinada à indústria fabricante de veículo, hipótese em que se o produto não for aplicado no
veículo cabe ao estabelecimento fabricante do veículo a responsabilidade pela retenção do imposto
devido pela operação subseqüente;
b) se referir a pneu e câmara de ar de bicicleta;
X - à operação:
a) com os produtos a seguir indicados, quando destinados ao Estado de São Paulo:
1. lâmina e aparelho de barbear e isqueiro descartável
2. revogado;
5. telha, cumeeira, caixa d’água e sua tampa, de cimento, amianto, fibrocimento, polietileno e fibra
de vidro
6. bebida quente, classificada nas posições 2204, 2205, 2206 e 2208, da NBM/SH
b) com gelo:
1. cujo destino seja o Estado de São Paulo
2. cuja origem ou destino sejam os Estados de Minas Gerais ou Sergipe
c) água mineral cuja origem ou destino seja o Estado de Minas Gerais
d) reator cuja origem ou destino seja o Estado do Rio Grande do Sul (
e) com aguardente de cana e de melaço, classificada na posição 2208 da NBM/SH, cuja origem
sejam os Estados do Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins
XIII - operação com aparelhos de telefonia móvel relacionados no inciso XIII do Apêndice II,
destinada a comerciante atacadista estabelecido neste Estado, signatário de termo de acordo de
regime especial - TARE - que lhe atribua a condição de substituto tributário, assumindo a
responsabilidade pela retenção e pagamento do imposto devido pela subsequente saída interna
XIV - na operação com disco fonográfico, fita virgem ou gravada relacionado no inciso IX do
Apêndice II do Convênio ICMS 19/85, cláusula segunda
a) entre estabelecimentos de empresas interdependentes, nos termos da Lei federal nº 4.502/64,
de 30 de novembro de 1964;
b) que destine mercadoria a contribuinte localizado no Estado do Rio Grande do Sul, exceto se o
destinatário for varejista
XV - na operação com bebidas relacionadas no inciso I do Apêndice II, entre estabelecimentos de
empresas interdependentes, nos termos da Lei federal nº 4.502/64, de 30 de novembro de 1964,
desde que o destinatário seja signatário de termo de acordo de regime especial - TARE - que lhe
atribua a condição de substituto tributário, assumindo a responsabilidade pela retenção e
pagamento do imposto devido pela subsequente saída interna.

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XVI - às operações com mercadorias ou bens se fabricados em escala industrial não relevante em
cada segmento, nos termos do § 8º do art. 13 da Lei Complementar 123/06, de 14 de dezembro de
2006, devendo ser observado o seguinte
a) o disposto neste inciso atinge as seguintes mercadorias ou bens listados no Apêndice II deste
Anexo
1. bebidas não alcoólicas;
2. telhas e outros produtos cerâmicos para construção
b) a mercadoria ou bem será considerado fabricado em escala industrial não relevante quando
produzido por contribuinte que atender, cumulativamente, as seguintes condições: 1. ser optante
pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, instituído pela Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
2. auferir, nos últimos 12 (doze) meses, receita bruta igual ou inferior a R$ 180.000,00 (cento e
oitenta mil reais);
3. possuir estabelecimento único;
c) na hipótese da mercadoria ou bem deixar de ser considerado como fabricado em escala
industrial não relevante em razão de não atender qualquer das condições previstas na alínea "b",
as operações com a mercadoria ou bem ficam sujeitas ao regime de substituição tributária a partir
do primeiro dia do segundo mês subsequente ao da ocorrência.
§ 6º-A Na hipótese em que a legislação prevê a concessão de termo de acordo de regime
especial - TARE - para comerciante atacadista que lhe atribua a condição de substituto tributário,
assumindo a responsabilidade pela retenção e pagamento do imposto devido pela subsequente
saída interna, deve ser observado o seguinte:
a) não será concedido TARE ao comerciante atacadista optante pelo Simples Nacional;
b) o comerciante atacadista signatário de TARE que fizer opção pelo Simples Nacional continua
na condição de substituto tributário até o último dia do mês correspondente à edição do ato que o
incluir nesse regime.
Art. 33. Em relação à mercadoria constante do Apêndice II, a Secretaria da Fazenda deve
comunicar à Secretaria Executiva da Comissão Técnica Permanente do ICMS-COTEPE-, que deve
providenciar a publicação no Diário Oficial da União (Convênio ICMS 81/93, cláusula décima
quinta):
I - qualquer alteração na alíquota ou na base de cálculo em relação à mercadoria sujeita ao
regime de substituição tributária;
II - a não adoção do regime de substituição tributária nos casos de convênio ou protocolo
autorizativo, até 30 (trinta) dias contados da data da sua publicação no Diário Oficial da União;
III - a adoção superveniente à manifestação prevista no inciso anterior, do regime de substituição
tributária;
IV - a denúncia unilateral de convênio ou protocolo.
Parágrafo único. As disposições dos incisos III e IV somente obrigam o sujeito passivo por
substituição ao seu cumprimento após o decurso de, no mínimo, 15 (quinze) dias, a contar da
mencionada publicação no Diário Oficial da União.

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6. Capítulo I e V do Anexo IX do Decreto nº 4.852/97, que trata dos


benefícios fiscais.

ANEXO IX
DOS BENEFÍCIOS FISCAIS
(art. 87)
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINAR E GERAL
Art. 1º Os benefícios fiscais, a que se referem os arts. 83 e 84 deste regulamento, são
disciplinados pelas normas contidas neste anexo.
§ 1º A utilização dos benefícios fiscais previstos neste anexo, cuja concessão tenha sido
autorizada por lei estadual, fica condicionada a que o sujeito passivo:
I - esteja adimplente com o ICMS relativo à obrigação tributária cujo pagamento deva ocorrer no
mês correspondente à referida utilização;
II - não possua crédito tributário inscrito em dívida ativa.
§ 1º-A A condição estabelecida no inciso II do § 1º aplica-se, também, ao crédito outorgado
previsto neste anexo, cuja concessão decorra de convênio celebrado no âmbito do CONFAZ
§ 1º-B Na hipótese prevista no inciso I do § 1º, o pagamento em atraso do imposto devido,
inclusive o devido por substituição tributária, implica perda definitiva, exclusivamente no mês da
ocorrência do atraso, do direito de o contribuinte utilizar o benefício fiscal
§ 1º-C A existência de crédito tributário inscrito em dívida ativa, cuja exigibilidade esteja suspensa
de acordo com o art. 503 deste Decreto, ou para o qual tenha sido efetivada a penhora de bens
suficientes para o pagamento do total da dívida, não constitui empecilho à utilização dos benefícios
fiscais referidos nos §§ 1º e 1º-A.
§ 1º-D O disposto no § 1º não se aplica aos benefícios fiscais previstos no inciso XXII do art. 8º e
nos incisos XXII, XXVII, XXXVI, XXXVII e XLVII do art. 11, todos deste Anexo.
§ 1º-E Quando a mercadoria estiver sujeita à substituição tributária pela operação posterior a
observância do disposto no § 1º se dá apenas em relação ao imposto correspondente à obrigação
própria devido pelo substituto tributário.
§ 2º Na hipótese prevista no inciso II do § 1º, o sujeito passivo perde definitivamente o direito à
utilização do benefício, ficando impedido de utilizá-lo:
I - se o benefício for aplicável sobre o valor da operação ou prestação, na operação ou prestação
que ocorrer a partir do dia seguinte à data da inscrição do crédito em dívida ativa até o dia em que
for sanada a irregularidade

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II - se o benefício for aplicável sobre o valor do saldo devedor do imposto, na apuração do imposto
correspondente ao mês em que o crédito for inscrito em dívida ativa até a apuração do imposto
correspondente ao mês anterior ao que a irregularidade for sanada.
§ 3º A utilização dos benefícios fiscais contidos nos seguintes dispositivos deste Anexo é
condicionada a que o contribuinte contribua para o Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás -
PROTEGE GOIÁS, no valor correspondente ao percentual aplicado sobre o montante da diferença
entre o valor do imposto calculado com aplicação da tributação integral e o calculado com utilização
de benefício fiscal
I - 15% (quinze por cento), na situação prevista:
a) nos incisos LXXI e CL, todos do art. 6º;
b) nos incisos VIII, XII-A, XIII, XXIII, XXVII, XXIX e LVI, todos do art. 8º;
c)nosincisos III, V, VIII, IX, XIII, XV, XVIII, XIX, XX, XXIII, XXV, XXVIII, XXXI, XXXII, XXXIV, XXXV,
XL, XLI, LI, LII, LIII, LIV, nas alíneas “a” e “b” do
inciso LX, LXI, LXIII, LXV, LXVI, LXX, LXXI e LXXII, todos do art. 11.
d) no inciso VIII do art. 12;
II - Revogado;
II-A - 10% (dez por cento) para:
a) as situações previstas nos incisos VI, XII, LV, LVI, nas alíneas “a” e “b” do inciso LVII e nas
alíneas “a” e “b” do inciso LVIII, todos do art. 11;
b) o industrializador de soja e milho, em relação às operações com a soja efetivamente esmagada
e seus derivados, bem como com os derivados do milho, quando nessas operações seja aplicável
benefício fiscal previsto no inciso I;
c) o industrial nas operações com os produtos resultantes do abate de aves e suínos, bem como
com os produtos resultantes de sua industrialização, quando nessas operações seja aplicável
benefício fiscal previsto no inciso I
d) o estabelecimento frigorífico ou abatedouro cujo faturamento mensal não ultrapassar R$
36.000.000,00 (trinta e seis milhões de reais), quando em suas operações seja aplicável benefício
fiscal previsto no inciso I, observado o disposto no § 10;
III - 5% (cinco por cento) para:
a) revogada;
b) as empresas beneficiárias do Programa Produzir e seus subprogramas, cujos contratos tenham
sido assinados a partir de 1º de janeiro de 2016, quando em suas operações seja aplicável
benefício fiscal previsto nos incisos I e II-A.
IV – Revogado
§ 4º Na utilização dos benefícios mencionados no § 3º deve ser observado o seguinte:
I - quando o benefício fiscal for aplicável ao ICMS devido por substituição tributária, o substituto
tributário é o responsável pelo pagamento da contribuição ao PROTEGE GOIÁS, ainda que o
imposto devido por substituição tributária seja apurado juntamente com aquele devido pelas
operações de saídas próprias do estabelecimento, resultando em um só débito por período

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II - havendo pagamento parcial da contribuição ao PROTEGE é permitida a utilização proporcional
do benefício fiscal.
III - a falta ou atraso no pagamento da contribuição ao PROTEGE GOIÁS implica perda definitiva
do direito de utilizar o benefício fiscal, exclusivamente no mês de sua utilização, exceto se o
contribuinte, antes do início da ação fiscal, efetuar o correspondente pagamento, observado o
disposto no inciso II.
§ 5º A transferência interna entre estabelecimentos do mesmo contribuinte, contemplada com
qualquer dos benefícios mencionados no § 3º, não está sujeita à contribuição ao PROTEGE,
exceto se a operação posterior destinada a pessoa diversa ocorrer:
I - com aplicação de benefício diverso daquele aplicado à operação anterior;
II - sem aplicação de benefício.
§ 5º-A. Nas hipóteses em que a utilização dos benefícios fiscais da redução de base de cálculo ou
do crédito outorgado for condicionada ao estorno do crédito das entradas ou ao pagamento da
contribuição ao PROTEGE GOIÁS, para fins de cálculo dos valores do estorno e da contribuição ao
PROTEGE GOIÁS, devem ser deduzidos das respectivas bases do estorno e da contribuição ao
PROTEGE os valores correspondentes às devoluções de entradas ou de saídas, conforme o caso.
§ 5º-B. O valor das devoluções, para as quais tenha sido utilizado o benefício do crédito outorgado
nas correspondentes saídas, deve ser deduzido do valor das saídas do período de apuração em
que ocorrer a devolução, para fins de cálculo do valor do crédito outorgado a ser aproveitado,
hipótese em que fica dispensado o estorno do crédito outorgado correspondente às devoluções.
§ 5º-C Nas hipóteses previstas no § 5º, a contribuição ao PROTEGE é devida a partir do momento
em que ocorra uma das hipóteses previstas em seus incisos.
§ 6º Fica vedada a utilização de mais de um benefício fiscal sobre uma mesma operação ou
prestação, devendo o contribuinte, no caso de operação ou prestação em que for aplicável mais de
um benefício fiscal, optar por apenas um deles, exceto nas hipóteses em que no próprio dispositivo
correspondente ao benefício fiscal haja disposição em contrário.
§ 6º-A A opção pela utilização dos benefícios fiscais contidos nos
incisos CXXI, CXXII e CXXIII do art. 6º ou nos incisos LII, LIII e LIV do art. 11 abrange,
necessariamente, o conjunto formado por todos eles, observado, ainda, o disposto no art. 4º.
§ 7º No caso de benefício fiscal concedido por meio de lei estadual, cuja fruição esteja
condicionada à origem ou ao destino da mercadoria ou da operação, a origem ou o destino devem
ser comprovados por meio de documento fiscal idôneo que acompanhe a mercadoria ou a
operação, sendo que a ausência do referido documento fiscal impede a utilização do benefício,
exceto nas situações em que a legislação tributária dispense a emissão de documento fiscal
§ 8º Na operação interestadual sujeita à alíquota de 4% (quatro por cento), nos termos da
Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, não se aplica o benefício da redução
de base de cálculo ou do crédito outorgado incidente sobre o valor da operação, previstos neste
anexo, exceto nos casos em que no dispositivo correspondente ao benefício fiscal haja disposição
em contrário
§ 9º Na operação com benefício fiscal, condicionado ao repasse no preço o valor do ICMS
dispensado, o contribuinte quando da emissão do documento fiscal deve observar

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I - tratando-se de nota fiscal eletrônica, o valor dispensado deve ser informado nos campos
"Desconto" e "Valor do ICMS" de cada item, preenchendo ainda o campo "Motivo da Desoneração
do ICMS" do item com os códigos próprios especificados no Manual de Orientação do Contribuinte
ou Nota Técnica da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e;
II - tratando-se de documento fiscal diverso do referido no inciso I, o valor dispensado deve ser
informado em relação a cada mercadoria constante do documento fiscal, logo após a respectiva
descrição, hipótese em que o valor total dispensado deve ser informado no campo "Informações
Complementares".
§ 10. Para apuração do faturamento de que trata a alínea “d” do inciso II-A, deve ser considerada
a média mensal calculada no semestre imediatamente anterior, a qual deverá ser sistematicamente
revista a cada semestre
Art. 2º O benefício fiscal da manutenção do crédito quando concedido deve constar do mesmo
dispositivo do regulamento que dispuser sobre a não-incidência, isenção ou redução da base de
cálculo.
Parágrafo único. Ocorrendo operação ou prestação com não-incidência, isenção ou redução da
base de cálculo e havendo a manutenção do crédito, essa alcança todos os créditos regularmente
apropriados, exceto os correspondentes ao ativo imobilizado e ao material de uso e consumo, para
os quais devem ser observadas regras específicas previstas na legislação tributária.
Art. 3º A comprovação de ausência de produto similar produzido no País, quando exigida para
aplicação do benefício fiscal, deve ser feita por meio de atestado emitido por entidade
representativa do setor produtivo, de abrangência nacional, ou por órgão federal especializado,
ressalvados os casos em que o dispositivo que tratar do benefício dispuser de forma diferente.
§ 1º Quando se tratar de partes, peças e reagentes químicos e sendo inaplicável o disposto
no caput deste artigo, o atestado de ausência de similaridade pode ser feito por órgão legitimado
da correspondente secretaria de estado da unidade federada competente para exigir o ICMS
relativo à importação.
§ 2º O atestado emitido nos termos deste artigo tem validade máxima de 6 (seis) meses contados
da data de sua emissão.
Art. 4º Quando a utilização de benefício fiscal for facultada ao contribuinte, podendo este optar
pela sua aplicação em substituição ao sistema normal de tributação do ICMS, essa opção deve ser
consignada no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências e ser
praticada no exercício civil completo, exceto quando a legislação determinar de forma diferente ou
a opção ocorrer em exercício corrente, devendo a mesma, neste último caso, alcançar, no mínimo,
31 de dezembro.
Parágrafo único. Não são observados os limites para a aplicação da opção pelo benefício fiscal
prevista no caput quando esse exaurir-se em data diferente de 31 de dezembro, hipótese em que a
opção extingue-se concomitantemente com o benefício concedido.
Art. 5º Constituindo a celebração de termo de acordo de regime especial com a Secretaria da
Fazenda condição à aplicação de benefício fiscal, o termo deve ser firmado:
I - por intermédio do titular da Secretaria, a quem compete decidir sobre a sua conveniência,
manutenção, revogação e prazo de - vigência;

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II - apenas quando o contribuinte não seja devedor da Fazenda Pública Estadual e prove sua
regularidade fiscal para com a Seguridade Social;
III - revogado;
Parágrafo único. Mediante representação do titular da delegacia fiscal, a que estiver vinculado o
contribuinte, e por despacho fundamentado, pode o Secretário da Fazenda denunciar o termo de
acordo de regime especial, quando verificada a ocorrência de infração à legislação tributária
estadual, que resulte falta de pagamento do ICMS, decorrente de ato praticado após a data de -
vigência do termo que trata este artigo.

CAPÍTULO V
DOS OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS
Seção I
Do Parcelamento de Crédito Tributário
Art. 13. Pode ser autorizado o parcelamento de crédito tributário relativo ao ICMS, em até 60
(sessenta) parcelas mensais e consecutivas, inclusive o relativo à parte não litigiosa constante de
processo administrativo tributário, observadas as condições estabelecidas nesta seção
§ 1º Compete à autoridade concedente celebrar acordo de parcelamento.
§ 2º À data do pagamento de cada parcela, o seu valor deve ser objeto de atualização monetária,
conforme dispuser a legislação tributária, facultando-se para esse fim a conversão em unidade de
referência fiscal ou equivalente.
§ 3º A parcela paga em atraso fica sujeita à multa de caráter moratório e juros de mora previstos
na legislação tributária.
Art. 14. Acarreta a denúncia do acordo de parcelamento:
Art. 14. Acarreta a extinção do acordo de parcelamento:
I - a falta de pagamento de qualquer parcela, exceto a 1ª (primeira), por prazo superior a 90
(noventa) dias, a contar de seu vencimento;
II - o não pagamento da 1ª (primeira) parcela, na data estipulada no documento de arrecadação
emitido para este fim.
§ 1º O remanescente de crédito tributário de acordo de parcelamento extinto deve ser
encaminhado para inscrição em dívida ativa ou cobrança judicial, conforme o caso.
§ 2º Na discriminação do remanescente de crédito tributário confessado espontaneamente, a
multa de mora deve ser substituída pela multa cominada, na legislação tributária, para a respectiva
infração.
Art. 15. Revogado.
Art. 15-A. O crédito tributário parcelado pode ser objeto de, no máximo, 3 (três) novos Acordos de
Parcelamento, observado o seguinte:

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I - tratando-se de parcelamento inativo, o remanescente do parcelamento deve ser apurado na
data da renegociação;
II - tratando-se de parcelamento ativo, o remanescente do parcelamento deve ser apurado na data
da renegociação, sendo preservado, se for o caso, o redutor da multa prevista no art. 171 do CTE
ou a aplicação da multa de mora nos termos do § 4º do art. 169, também do CTE.
Parágrafo único. É permitida a reunião de processos, formando um só Acordo de Parcelamento.
Art. 16. O pedido de parcelamento, ainda que não deferido importa:
I - confissão irretratável do débito, judicial e extrajudicial, nos termos dos arts. 348, 353 e 354 do
Código de Processo Civil, o que não implica transação ou novação;
II - renúncia ao direito de defesa, na esfera administrativa;
III - desistência de impugnação ou recurso já interposto;
IV - encerramento da fase contenciosa, em se tratando de processo administrativo tributário.
Parágrafo único. Do Termo de Acordo de Parcelamento devem constar disposições referentes aos
efeitos jurídicos do pedido, previstos neste artigo, bem como cláusulas relativas à suspensão do
curso da ação de execução fiscal, se for o caso.
Art. 17. Ato do Secretário da Fazenda deve dispor sobre:
I - revogado;
II - a data do vencimento das parcelas;
III - a autoridade administrativa competente para conceder o parcelamento e os critérios a serem
considerados para a concessão;
IV - a delegação de competência para a concessão e celebração de acordo de parcelamento;
V - a formalização do pedido e do acordo de parcelamento, bem como os modelos de formulários
a serem utilizados;
VI - os órgãos encarregados do preparo do parcelamento;
VII - a utilização dos pagamentos efetuados para extinção do crédito tributário;
VIII - outros requisitos, além dos mencionados, a serem observados quando do pedido e do
acordo de parcelamento;
IX - o estabelecimento de outros efeitos jurídicos do parcelamento, não previstos neste decreto.
Art. 18. O Secretário da Fazenda pode suspender a concessão de parcelamento ou restringir a
quantidade de parcelas.

Seção I-A
Do Parcelamento de Crédito Tributário para Empresa em Processo de Recuperação Judicial
Art. 18-A. Pode ser autorizado para a empresa em processo de recuperação judicial o
parcelamento, em até 108 (cento e oito) parcelas mensais e consecutivas, de crédito tributário,
constituído ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa.

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§ 1º O parcelamento, na forma estabelecida no caput, somente poderá ser requerido após o
deferimento, devidamente comprovado, do processamento da recuperação judicial
§ 2º Não sendo concedida a recuperação judicial, o parcelamento será rescindido, aplicando-se o
disposto no art. 18-C
Art. 18-B. O pedido de parcelamento abrange todos os créditos tributários existentes em nome do
devedor, na condição de contribuinte ou responsável, constituídos ou não, inscritos ou não em
Dívida Ativa
§ 1º O disposto no caput não abrange os parcelamentos em curso
§ 2º O pedido de parcelamento implica confissão irretratável do débito e expressa renúncia a
qualquer impugnação ou recurso, administrativo ou judicial, bem como desistência do que tenha
sido interposto
§ 3º O crédito tributário objeto de parcelamento será consolidado na data da concessão e dividido
pelo número de parcelas, observado o valor mínimo de parcela a ser fixado pela legislação
tributária estadual
Art. 18-C. Implica imediata revogação do parcelamento, independente de comunicação prévia,
ficando o saldo devedor automaticamente vencido, nas seguintes hipóteses
I - o não pagamento de 2 (duas) parcelas consecutivas ou não ou o não pagamento da última
parcela;
II - a decretação da falência.
Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista no caput, o saldo remanescente será,
conforme o caso, inscrito em Dívida Ativa ou encaminhado para prosseguimento da execução,
vedado, em qualquer caso, o reparcelamento
Art. 18-D. As disposições contidas na Seção I, do Capítulo V, deste Anexo, aplicam-se, no que
couber, ao parcelamento de crédito tributário para empresa em processo de recuperação judicial.

Seção II
Do Crédito Especial para Investimento
Art. 19. Crédito especial para investimento é a operação de crédito por meio da qual a
administração pública estadual coloca recurso à disposição do contribuinte, mediante celebração
de regime especial vinculado à execução de projeto específico previamente aprovado pela
Secretaria da Fazenda, destinado à:
I - implantação de complexo industrial neste Estado;
II - implantação ou ampliação de complexo industrial neste Estado, cujas atividades sejam de
fabricação de laticínios, fabricação de derivados da soja ou abate de gado e de aves e fabricação
de produtos de carne.
III - implantação ou ampliação de unidade industrial esmagadora de soja, cuja produção seja
destinada à unidade industrializadora de biodiesel localizada neste Estado.
Art. 20. O incentivo do crédito especial para investimento é formado por recurso oriundo do ICMS
devido por estabelecimento:

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I - de distribuição instalado no Estado de Goiás, quando se tratar de implantação;
II - já instalado no Estado de Goiás, quando se tratar de ampliação ou na hipótese prevista
no inciso III do art. 19.
§ 1º Não se inclui no crédito especial para investimento o recurso de ICMS:
I - oriundo de saída de produto:
a) primário;
b) revogado
II - que não decorra de obrigação própria.
§ 2º Revogado;
§ 3º Revogado;
§ 4º Para efeito de formação do incentivo do crédito especial para investimento, não
descaracteriza a atividade de distribuição a comercialização de mercadorias que tenham sido
submetidas a processo de industrialização realizado, na fase pré-operacional do empreendimento,
pela própria empresa beneficiária ou por sua conta e ordem.
§ 5º A vedação prevista na alínea “a” do inciso I do § 1º deste artigo não se aplica à saída de soja,
cujo ICMS constitua recurso destinado à formação de crédito especial para investimento
relacionado a projeto de implantação ou de ampliação de unidade fabricante de derivados de soja.
Art. 21. A concessão do crédito especial para investimento é condicionada
I - à celebração de regime especial com a Secretaria da Fazenda, após aprovação, por órgão
fazendário, de projeto específico relativo ao empreendimento, contendo no mínimo:
a) o cronograma físico-financeiro das obras civis e da colocação das máquinas, dos equipamentos
e das instalações;
b) a indicação do número de empregos diretos e indiretos a serem gerados pelo empreendimento;
c) a data prevista para o início da atividade industrial, correspondente à implantação ou ampliação
de complexo industrial;
II - ao início das obras de implantação ou ampliação no prazo de até 12 (doze) meses, contados
da data de início da - vigência do regime especial;
III - à prestação de garantia real, obedecidas às formalidades legais previstas no Código Civil
Brasileiro, em valor total equivalente ou superior ao valor máximo do crédito especial para
investimento concedido, fundada preferencialmente no estabelecimento industrial objeto do
contrato.
§ 1º A garantia real deve, alternativamente, ser feita:
I - integralmente, no momento da celebração do regime especial, pelo valor total do crédito
especial para investimento contratado;
II - no momento de cada liberação dos recursos, em valor correspondente, no mínimo, ao
montante liberado.
§ 2º Na hipótese de ampliação de complexo industrial ou na hipótese prevista no inciso III do art.
19, a fruição do crédito especial para investimento fica sujeita ao cumprimento de metas de

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arrecadação, na forma, prazo e condições estabelecidas em termo de acordo de regime especial
celebrado com a Secretaria da Fazenda.
Art. 22. A concessão do crédito especial para investimento é limitada, cumulativamente:
I - ao prazo de fruição de até 36 (trinta e seis) meses, contados da data de - vigência do regime
especial;
II - a 40% (quarenta por cento) do valor comprovado das obras civis, máquinas, equipamentos e
instalações;
III - ao valor mensal não superior a 70% (setenta por cento):
a) do saldo devedor do imposto, para as empresas não beneficiárias do programa FOMENTAR ou
PRODUZIR;
b) do valor da parcela não incentivada, para as empresas beneficiárias do programa FOMENTAR
ou PRODUZIR.
III - ao valor mensal não superior a 70% (setenta por cento) do saldo devedor do imposto.
§ 1º Se o projeto de investimento for concluído antes de expirar o prazo de fruição, o número de
meses correspondentes à antecipação da conclusão das obras civis e colocação das máquinas,
dos equipamentos e das instalações deve ser acrescido ao período de carência.
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º deste artigo, em opção ao acréscimo ao período de carência, o
contribuinte pode continuar utilizando o crédito especial para investimento até o termo final previsto
no regime especial ou até o momento em que a soma dos valores utilizados atinja o limite
estabelecido para o crédito especial para investimento.
§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, o crédito especial para investimento pode ser formado, também,
por recurso oriundo do ICMS devido pelo próprio estabelecimento industrial, limitado a 70%
(setenta por cento) do valor da parcela não incentivada pelo programa PRODUZIR.
§ 4º Na hipótese prevista no inciso III do art. 19, ficam alterados:
I - o prazo de fruição para 60 (sessenta) meses;
II - o percentual do investimento passível de cobertura pelo incentivo para 50% (cinquenta por
cento) do valor comprovado das obras civis, máquinas, equipamentos e instalações.
§ 5º Na situação prevista no inciso III do art. 19, o crédito especial para investimento pode ser
formado, também, por recurso oriundo do ICMS devido pelo conjunto dos estabelecimentos da
empresa localizados neste Estado, limitado a 70% (setenta por cento) do:
I - saldo devedor do imposto, para os estabelecimentos não beneficiários do programa
FOMENTAR ou PRODUZIR;
II - valor da parcela não incentivada, para os estabelecimentos beneficiários do programa
FOMENTAR ou PRODUZIR.
Art. 22-A. Durante a fruição de crédito especial para investimento, a empresa pode ter novo
projeto de investimento aprovado, desde que seja observado o seguinte
I - o prazo de fruição do novo projeto somente terá início a partir do mês seguinte ao término do
período de fruição do crédito especial para investimento vigente;

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II - aplica-se o disposto no inciso I, ainda que estejam vigentes dois ou mais os termos de acordo
relacionados a crédito especial para investimento, situação em que o prazo de fruição do novo
projeto deve basear-se no termo de acordo cuja - vigência encerrar-se primeiro;
III - na hipótese prevista neste artigo, a conclusão do projeto de investimento antes de expirar o
prazo de fruição, não implica aplicação do disposto no § 1º ou no § 2º do art. 22.
Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, podem ser aceitos os investimentos feitos pela
empresa no período compreendido entre a data de - vigência do termo de acordo e a data de início
do período de fruição, desde que devidamente comprovados.
Art. 23. Os valores destinados à formação do crédito especial para investimento devem ser,
cumulativamente
I - deduzidos, sob condição de efetiva constituição do crédito especial para investimento, do saldo
devedor do ICMS apurado no mês;
II - depositados em conta corrente específica de titularidade do próprio contribuinte beneficiário,
aberta exclusivamente para esse fim em instituição financeira indicada no regime especial.
Parágrafo único. Revogado.
Art. 23-A. A constituição do crédito especial para investimento ocorre no momento da liberação
pela Secretaria da Fazenda dos recursos destinados à formação desse crédito, aperfeiçoando-se a
cada liberação, que somente pode ser feita
I - à vista da comprovação dos investimentos realizados;
II - após a implementação da garantia correspondente ao valor liberado, ressalvados os casos de
dispensa de garantia previstos no parágrafo único do art. 25 deste Anexo.
§ 1º Enquanto não liberados pela Secretaria da Fazenda, os recursos destinados à formação do
crédito especial para investimento, deduzidos do saldo devedor do ICMS, ainda que já depositados
na conta específica, mantêm sua natureza tributária
§ 2º A conta corrente de titularidade do contribuinte beneficiário é administrada por ele próprio,
que fica autorizado a movimentá-la exclusivamente para depósito dos recursos e para saque
liberado pela Secretaria da Fazenda.
Art. 24. O prazo de carência do crédito especial para investimento é de 24 (vinte e quatro) meses,
contados do término do prazo de fruição
Parágrafo único. No período de carência o débito não é corrigido monetariamente e deve ser
acrescido de juros capitalizáveis de 0,2% (dois décimos por cento) ao mês, incidentes a partir do
término da fruição.
Art. 25. O resgate do crédito especial para investimento deve ser feito no mês imediatamente
posterior ao término do prazo de carência, por meio de pagamento único ou em até 60 (sessenta)
parcelas mensais, iguais e consecutivas, atualizadas monetariamente, não podendo ultrapassar o
dia 31 de dezembro de 2020
Parágrafo único. A empresa beneficiária pode, nos termos estabelecidos no regime especial, fazer
opção pelo resgate, antes do término do período de fruição, por meio de antecipação total do
pagamento, do crédito especial para investimento constituído, ficando, nesse caso, dispensada de
oferecer qualquer garantia

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Art. 25-A. Na hipótese de resgate por meio de pagamento único de que trata o art. 25 ou por meio
de antecipação total ou parcial do pagamento efetuada antes do término do prazo de carência, que
pode ser feita inclusive no período de fruição, deve ser observado o seguinte
I - o valor a pagar deve corresponder a 20% (vinte por cento) do valor do crédito especial para
investimento constituído;
II - no caso de ser efetuado no período de fruição, o resgate fica condicionado à posterior
homologação, após o contribuinte ter comprovado a conclusão do projeto de investimento e
iniciada a atividade industrial correspondente.
§ 1º No caso de resgate parcelado do crédito especial para investimento de que trata o art. 25, é
permitida a antecipação de pagamento com desconto das parcelas, situação em que o percentual
de 20% (vinte por cento) previsto no inciso I deve ser aplicado proporcionalmente ao número de
parcelas vincendas
§ 2º Na hipótese de não comprovação da conclusão do projeto de investimento até o início do
período de carência, bem como do início da atividade industrial após a data definida em termo de
acordo de regime especial, considera-se não ocorrida a liquidação e o pagamento efetuado na
forma do caput deve ser considerado na apuração do valor devido para fins de resgate total do
crédito especial para investimento
§ 3º O valor do crédito especial para investimento deduzido da parcela resgatada de que trata
o caput, após a conclusão do projeto de investimento e iniciada a atividade industrial
correspondente, constitui subvenção para investimento, devendo ser incorporado ao capital social,
vedada sua distribuição a qualquer título
§ 4º O contribuinte que promover o resgate de que trata o caput deve contribuir, na forma de
doação pura e simples, com o valor equivalente à aplicação, sobre o valor total do crédito especial
a ser liquidado, dos seguintes percentuais
I - 1% (um por cento), para o Fundo PROTEGE GOIÁS; sem direito ao aproveitamento do crédito
outorgado a que se refere o inciso XXXVI do art. 11;
II - 2% (dois por cento), para o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo -
CRER -.”
Art. 26. O resgate parcelado do crédito especial para investimento deve ser feito com:
I - atualização monetária, incidente sobre o valor do saldo utilizado do crédito especial para
investimento apurado na data do término do período de carência, pelo Índice Geral de Preços-
Disponibilidade Interna - IGP-DI - da Fundação Getúlio Vargas;
II - o acréscimo de juros capitalizáveis equivalentes a 0,2% (dois décimos por cento) ao mês.
Art. 27. Implica cancelamento do crédito especial para investimento, a ocorrência de qualquer das
seguintes situações
I - desistência do projeto;
II - falta de comprovação do início das obras de implantação ou ampliação no prazo estabelecido
no inciso II do caput do art. 21;
III - infração às disposições do regime especial;
IV - falta de pagamento, no prazo legal, de crédito tributário apurado mediante decisão irrecorrível
em processo administrativo tributário;

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V - atraso superior a 30 (trinta) dias no pagamento das parcelas de resgate do crédito especial
para investimento.
Parágrafo único. O cancelamento será efetivado pela Secretaria da Fazenda 30 (trinta) dias após
o contribuinte ter sido notificado da ocorrência da situação ensejadora do cancelamento e não
tenha promovido a respectiva regularização.
Art. 27-A - Efetivado o cancelamento do crédito especial para investimento
a) o ICMS deduzido, sob condição, no livro Registro de Apuração do ICMS, mais os acréscimos
legais previstos na legislação tributária, relativo ao valor ainda não utilizado do crédito especial para
investimento correspondente, ainda que já tenha sido feito o depósito respectivo;
b) revogada;
c) no prazo de até 20 (vinte) dias do cancelamento, o valor do crédito especial para investimento
já utilizado, acrescido dos juros e demais acréscimos previstos na legislação própria.
II - havendo saldo remanescente na conta corrente respectiva, a Secretaria da Fazenda deve
autorizar o contribuinte a fazer o saque para pagamento do ICMS e acréscimos legais
correspondentes, de que trata a alínea "a" do inciso I.
Art. 28. O atraso no pagamento do imposto devido, inclusive o devido por substituição tributária,
bem como o de realização do depósito implica
I - exclusivamente no mês de sua ocorrência, a perda do direito do contribuinte de formar o crédito
especial para investimento;
II - enquanto perdurar a inadimplência, o impedimento de solicitar a liberação dos recursos
depositados.
Art. 29. O Secretário da Fazenda pode exigir do contribuinte o cumprimento de outras obrigações
acessórias específicas, com o objetivo de estabelecer controle sobre as operações de que trata
esta seção.

7. Capítulos I, II, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XV, XVI e XVII do
Anexo XII do Decreto nº 4.852/97, que cuida de operações especiais.

ANEXO XII
DAS OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS APLICÁVEIS A DETERMINADAS OPERAÇÕES
CAPÍTULO I
DA OPERAÇÃO COM ARMAZÉM GERAL
Art. 1º Armazém Geral é o estabelecimento que tem por objetivo social a exploração de atividade
de guarda e conservação de mercadorias e gêneros pertencentes a terceiros.
Art. 2º Na saída de mercadoria para depósito em armazém geral, localizado neste Estado, o
remetente deve emitir nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, contendo os requisitos exigidos e,
especialmente (Convênio SINIEF SN/70, art. 26):
I - valor da mercadoria;

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II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA PARA DEPÓSITO;
III - dispositivo legal que prevê a não incidência do ICMS.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, se o depositante for produtor agropecuário, pode ser
emitida a nota fiscal de produtor.
Art. 3º Na saída da mercadoria referida no artigo anterior, em retorno ao estabelecimento
depositante, o armazém geral deve emitir nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, contendo os requisitos
exigidos e, especialmente (Convênio SINIEF SN/70, art. 27):
I - valor da mercadoria;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - RETORNO DE MERCADORIA DEPOSITADA;
III - dispositivo legal que prevê a não incidência do ICMS.
Art. 4º Na saída de mercadoria depositada em armazém geral, situado neste Estado, com destino
a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, o depositante deve emitir nota fiscal,
modelo 1 ou 1-A, em nome do destinatário, contendo os requisitos exigidos e, especialmente
(Convênio SINIEF SN/70, art. 28):
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - destaque do ICMS, se devido;
IV - circunstância de que a mercadoria será retirada diretamente do armazém geral, mencionando-
se endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º Na hipótese deste artigo, o armazém geral, no ato da saída da mercadoria, deve emitir nota
fiscal, modelo 1 ou 1-A, em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS,
contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - valor da mercadoria, que deve corresponder àquele atribuído por ocasião de sua entrada no
armazém geral;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - RETORNO SIMBÓLICO DE MERCADORIA
DEPOSITADA;
III - número, série e data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante, na forma
do caput deste artigo;
IV - nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento a que se
destinar a mercadoria.
§ 2º O armazém geral deve indicar no verso das vias da nota fiscal emitida pelo estabelecimento
depositante, que devem acompanhar a mercadoria, a data de sua efetiva saída, número, série e
data da nota fiscal a que se refere o parágrafo anterior.
§ 3º A nota fiscal, a que alude o § 1º deste artigo, deve ser enviada ao estabelecimento
depositante, que deve registrá-la na coluna própria do livro Registro de Entradas, dentro de 10
(dez) dias, contados da data da saída efetiva da mercadoria do armazém geral.
§ 4º A mercadoria deve ser acompanhada no seu transporte pela nota fiscal emitida pelo
estabelecimento depositante.

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Art. 5º Na hipótese do artigo anterior, se o depositante for produtor agropecuário, pode ser emitida
nota fiscal de produtor, em nome do estabelecimento destinatário, contendo os requisitos exigidos
e, especialmente (Convênio SINIEF SN/70, art. 29):
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - destaque do ICMS, se devido;
IV - circunstância de que a mercadoria será retirada diretamente do armazém geral, mencionando-
se endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º O armazém geral, no ato da saída da mercadoria, deve emitir nota fiscal em nome do
estabelecimento destinatário, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - valor da operação, que deve corresponder ao documento fiscal emitido pelo produtor
agropecuário, na forma do caput deste artigo;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA POR CONTA E ORDEM DE
TERCEIRO;
III - número e data da nota fiscal de produtor emitida na forma do caput deste artigo, bem como
nome, endereço e número de inscrição estadual do depositante.
§ 2º A mercadoria deve ser acompanhada no seu transporte pela nota fiscal de produtor referida
no caput deste artigo e pela nota fiscal mencionada no parágrafo anterior.
§ 3º O estabelecimento destinatário, ao receber a mercadoria, deve emitir nota fiscal, pela
entrada, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - número e data da nota fiscal de produtor emitida na forma do caput deste artigo;
II - número e data do documento de arrecadação do ICMS, quando for o caso;
III - número, série e data da nota fiscal emitida na forma do § 1º pelo armazém geral, bem como
nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
Art. 6º Na saída de mercadoria depositada em armazém geral, situado em Estado diverso do de
localização do estabelecimento depositante, com destino a outro estabelecimento, ainda que da
mesma empresa, o depositante deve emitir nota fiscal, contendo os requisitos exigidos e,
especialmente
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - circunstância de que a mercadoria será retirada do armazém geral, mencionando-se endereço
e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º Na nota fiscal emitida pelo depositante, na forma do caput deste artigo não deve ser efetuado
o destaque do ICMS.
§ 2º Na hipótese deste artigo, o armazém geral, no ato da saída da mercadoria, deve emitir:
I - nota fiscal, em nome do estabelecimento destinatário, contendo os requisitos exigidos e,
especialmente:
a) valor da operação, que corresponderá ao da nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo;

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b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA POR CONTA E ORDEM DE TERCEI-
ROS;
c) número, série e data da nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo, pelo estabelecimento
depositante, bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste;
d) destaque do ICMS, se devido, com a declaração: O PAGAMENTO DO ICMS É DE
RESPONSABILIDADE DO ARMAZÉM GERAL;
II - nota fiscal em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS, contendo os
requisitos exigidos e, especialmente:
a) valor da mercadoria, que corresponde àquele atribuído por ocasião de sua entrada no armazém
geral;
b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - RETORNO SIMBÓLICO DE MERCADORIA
DEPOSITADA;
c) número, série e data da nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo, pelo estabelecimento
depositante, bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste;
d) nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento destinatário e
número, série e data da nota fiscal referida no inciso I deste parágrafo.
§ 3º A mercadoria deve ser acompanhada no seu transporte pelas notas fiscais referidas
no caput deste artigo e no inciso I do parágrafo anterior.
§ 4º A nota fiscal, a que se refere o inciso II do § 2º deste artigo, deve ser enviada ao
estabelecimento depositante, que deve registrá-la na coluna própria do livro Registro de Entradas,
dentro de 10 (dez) dias, contados da data da saída efetiva da mercadoria do armazém geral.
§ 5º O estabelecimento destinatário, ao receber a mercadoria, dever registrar no livro Registro de
Entradas a nota fiscal a que se refere o caput deste artigo, acrescentando, na coluna
OBSERVAÇÕES, o número, série e data da nota fiscal a que alude o inciso I do § 2º, deste artigo,
bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do armazém geral,
registrando nas colunas próprias, quando for o caso, os créditos dos impostos pagos pelo armazém
geral.
Art. 7º Na hipótese do artigo anterior, se o depositante for produtor agropecuário, deve ser emitida
nota fiscal de produtor, em nome do estabelecimento destinatário, contendo os requisitos exigidos
e, especialmente
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - declaração de que o imposto, se devido, deve ser pago pelo armazém geral;
IV - circunstância de que a mercadoria será retirada do armazém geral, mencionando-se endereço
e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º O armazém geral, no ato da saída da mercadoria, deve emitir nota fiscal em nome do
estabelecimento destinatário, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - valor da operação, que corresponde ao do documento fiscal emitido pelo produtor
agropecuário, na forma do caput deste artigo;

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II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA POR CONTA E ORDEM DE
TERCEIROS;
III - número e data da nota fiscal de produtor emitida na forma do caput deste artigo, bem como
nome, endereço e número de inscrição estadual do produtor;
IV - destaque do ICMS, se devido, com a declaração: O PAGAMENTO DO ICMS É DE
RESPONSABILIDADE DO ARMAZÉM GERAL.
§ 2º A mercadoria será acompanhada no seu transporte pela nota fiscal de produtor referida
no caput deste artigo e pela nota fiscal mencionada no parágrafo anterior.
§ 3º O estabelecimento destinatário, ao receber a mercadoria, deve emitir nota fiscal, pela
entrada, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - número e data da nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo pelo produtor agropecuário;
II - número e série da nota fiscal emitida na forma do § 1º deste artigo pelo armazém geral, bem
como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste;
III - valor do ICMS, se devido, destacado na nota fiscal emitida na forma do § 1º deste artigo.
Art. 8º Na saída de mercadoria destinada a terceiros, para entrega em armazém geral, localizado
neste Estado, o estabelecimento destinatário é considerado depositante, devendo o remetente
emitir nota fiscal, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - como destinatário, o estabelecimento depositante;
II - o valor da operação;
III - natureza da operação;
IV - local da entrega, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do armazém geral;
V - destaque do ICMS, se devido.
§ 1º O armazém geral deve:
I - registrar a nota fiscal, que acompanhou a mercadoria, no livro Registro de Entradas;
II - apor, na nota fiscal referida no inciso anterior, a data da entrada efetiva da mercadoria,
remetendo-a ao estabelecimento depositante.
§ 2º O estabelecimento depositante deve:
I - registrar a nota fiscal na coluna própria do livro Registro de Entradas, dentro de 10 (dez) dias,
contados da data da entrada efetiva da mercadoria no armazém geral;
II - emitir nota fiscal relativa à saída simbólica, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da
entrada efetiva da mercadoria no armazém geral, nela mencionando, ainda, número e data do
documento fiscal emitido pelo remetente;
III - remeter a nota fiscal aludida no inciso anterior ao armazém geral, dentro de 5 (cinco) dias,
contados da data da sua emissão.
§ 3º O armazém geral deve acrescentar na coluna OBSERVAÇÕES do livro Registro de Entradas,
relativamente ao registro previsto no inciso I do § 1º deste artigo, número, série e data da nota
fiscal relativa à REMESSA SIMBÓLICA PARA DEPÓSITO.

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§ 4º Todo e qualquer crédito do imposto, quando cabível, é conferido ao estabelecimento
depositante.
Art. 9º Na hipótese do artigo anterior, se o remetente for produtor agropecuário, deve ser emitida
nota fiscal de produtor, contendo os requisitos exigidos e, especialmente
I - como destinatário, o estabelecimento depositante;
II - valor da operação;
III - natureza da operação;
IV - local da entrega, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do armazém geral;
V - indicações, conforme o caso:
a) dos dispositivos legais que prevêem a imunidade, não incidência, isenção ou outro benefício
fiscal relativo ao ICMS;
b) do número e da data do documento de arrecadação e identificação do respectivo órgão
arrecadador, quando o produtor deva pagar o ICMS;
c) da declaração de que o imposto deve ser recolhido pelo estabelecimento destinatário.
§ 1º O armazém geral deve:
I - registrar a nota fiscal de produtor, que acompanhou a mercadoria, no livro Registro de
Entradas;
II - apor na nota fiscal de produtor, referida no inciso anterior, a data da entrada efetiva da
mercadoria, remetendo-a ao estabelecimento depositante.
§ 2º O estabelecimento depositante deve:
I - emitir nota fiscal, pela entrada, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) número e data da nota fiscal de produtor emitida na forma do caput deste artigo;
b) número e data do documento de arrecadação do ICMS, quando for o caso;
c) circunstância de que a mercadoria foi entregue no armazém geral, mencionando-se endereço e
números de inscrição, estadual e no CGC, deste;
II - emitir nota fiscal relativa à saída simbólica, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da
entrada efetiva da mercadoria no armazém geral, nela mencionando, ainda, os números e datas da
nota fiscal de produtor e da nota fiscal emitida pela entrada;
III - remeter a nota fiscal aludida no inciso anterior ao armazém geral, dentro de 5 (cinco) dias,
contados da data da sua emissão.
§ 3º O armazém geral deve acrescentar na coluna OBSERVAÇÕES do livro Registro de Entradas,
relativamente ao registro previsto no inciso I do § 1º deste artigo, número, série e data da nota
fiscal relativa à REMESSA SIMBÓLICA PARA DEPÓSITO.
§ 4º Todo e qualquer crédito do imposto, quando cabível, é conferido ao estabelecimento
depositante.
Art. 10. Na saída de mercadoria para entrega em armazém geral localizado em Estado diverso do
de localização do estabelecimento destinatário, este é considerado depositante, devendo o
remetente:

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I - emitir nota fiscal, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) como destinatário, o estabelecimento depositante;
b) valor da operação;
c) natureza da operação;
d) local de entrega, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do armazém geral;
e) destaque do ICMS, se devido;
II - emitir nota fiscal para o armazém geral, a fim de acompanhar o transporte da mercadoria, sem
destaque do imposto, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) valor da operação;
b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - PARA DEPÓSITO POR CONTA E ORDEM DE
TERCEIROS;
c) nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento destinatário e
depositante;
d) número, série e data da nota fiscal referida no inciso anterior.
§ 1º O estabelecimento destinatário (depositante), dentro de 10 (dez) dias, contados da data da
entrada efetiva da mercadoria no armazém geral, deve emitir nota fiscal para este, relativa à saída
simbólica, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - valor da operação;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA SIMBÓLICA PARA DEPÓSITO;
III - destaque do ICMS, se devido;
IV - circunstância de que a mercadoria foi entregue diretamente ao armazém geral, mencionando-
se número, série e data da nota fiscal emitida na forma do inciso I do caput deste artigo, pelo
estabelecimento remetente, bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no
CGC, deste.
§ 2º A nota fiscal referida no parágrafo anterior, deve ser remetida ao armazém geral dentro de 5
(cinco) dias, contados da data da sua emissão.
§ 3º O armazém geral deve registrar a nota fiscal referida no § 1º deste artigo, anotando na coluna
OBSERVAÇÕES, número, série e data da nota fiscal a que alude o inciso II do caput deste artigo,
bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento
remetente.
Art. 11. Na hipótese do artigo precedente, se o remetente for produtor agropecuário, este deve
I - emitir nota fiscal de produtor, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) como destinatário, o estabelecimento depositante;
b) valor da operação;
c) natureza da operação;
d) local da entrega, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do armazém geral;

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e) indicação, quando for o caso, dos dispositivos legais que prevêem a imunidade, não incidência,
isenção ou outro benefício fiscal relativo ao ICMS;
f) indicação, quando for o caso, do número e data do documento de arrecadação e identificação
do respectivo órgão arrecadador, quando o produtor deva pagar o ICMS;
g) declaração, quando for o caso, de que o imposto deve ser pago pelo estabelecimento
destinatário;
II - emitir nota fiscal de produtor, para o armazém geral, a fim de acompanhar o transporte da
mercadoria, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) valor da operação;
b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA PARA DEPÓSITO POR CONTA E
ORDEM DE TERCEIROS;
c) nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento destinatário
(depositante);
d) número e data da nota fiscal de produtor referida no inciso anterior;
e) indicação, quando for o caso, dos dispositivos legais que prevêem a imunidade, não incidência,
isenção ou outro benefício fiscal relativo ao ICMS;
f) indicação, quando for o caso, do número e da data do documento de arrecadação e
identificação do respectivo órgão arrecadador, quando o produtor deva pagar o ICMS;
g) declaração, quando for o caso, de que o imposto deve ser pago pelo estabelecimento
destinatário.
§ 1º O estabelecimento destinatário (depositante) deve:
I - emitir nota fiscal, pela entrada, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) número e data da nota fiscal de produtor emitida na forma do inciso I deste artigo;
b) número e data do documento de arrecadação do ICMS pago pelo produtor, quando for o caso;
c) circunstância de que a mercadoria foi entregue no armazém geral, mencionando-se endereço e
números de inscrição, estadual e no CGC, deste;
II - emitir nota fiscal para o armazém geral, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da entrada
efetiva da mercadoria no referido armazém, relativa à saída simbólica, contendo os requisitos
exigidos e, especialmente:
a) valor da operação;
b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA SIMBÓLICA PARA DEPÓSITO;
c) destaque do ICMS, se devido;
d) circunstância de que a mercadoria foi entregue diretamente ao armazém geral, mencionando-
se o número e a data da nota fiscal de produtor, emitida na forma do inciso I do caput deste artigo,
bem como nome, endereço e número de inscrição estadual deste;
III - remeter a nota fiscal, aludida no inciso anterior, ao armazém geral, dentro de 5 (cinco) dias,
contados da data da sua emissão.

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§ 2º O armazém geral deve registrar a nota fiscal referida no inciso II do parágrafo anterior,
anotando, na coluna OBSERVAÇÕES, o número e data da nota fiscal de produtor, a que alude o
inciso II do caput deste artigo, bem como nome, endereço e número de inscrição estadual do
produtor agropecuário remetente.
Art. 12. No caso de transmissão de propriedade de mercadoria, quando esta permanecer no
armazém geral, situado neste Estado, o estabelecimento depositante (transmitente) deve emitir
nota fiscal para o estabelecimento adquirente, contendo os requisitos exigidos e, especialmente
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - destaque do ICMS, se devido;
IV - circunstância de que a mercadoria se encontra depositada no armazém geral, mencionando-
se o endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º Na hipótese deste artigo, o armazém geral deve emitir nota fiscal para o estabelecimento
depositante (transmitente) sem destaque do ICMS, contendo os requisitos exigidos e,
especialmente:
I - valor da mercadoria que, corresponde àquele atribuído por ocasião de sua entrada no armazém
geral;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - RETORNO SIMBÓLICO DE MERCADORIA
DEPOSITADA;
III - número, série e data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante (transmitente),
na forma do caput deste artigo;
IV - nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento adquirente.
§ 2º A nota fiscal, de que trata o parágrafo anterior, deve ser enviada ao estabelecimento
depositante (transmitente), que deve registrá-la na coluna própria do livro Registro de Entradas,
dentro de 10 (dez) dias, contados da data da sua emissão.
§ 3º O estabelecimento adquirente deve registrar a nota fiscal referida no caput deste artigo, na
coluna própria Registro de Entradas, dentro de 10 (dez) dias, contados da data de sua emissão.
§ 4º No prazo referido no parágrafo anterior, o estabelecimento adquirente deve emitir nota fiscal
para o armazém geral, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - valor da mercadoria, que corresponde ao da nota fiscal emitida pelo estabelecimento
depositante (transmitente), na forma do caput deste artigo;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA SIMBÓLICA DE MERCADORIA
DEPOSITADA;
III - número, série e data da nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo pelo
estabelecimento depositante (transmitente), bem como nome, endereço e números de inscrição,
estadual e no CGC, deste.
§ 5º Se o estabelecimento adquirente situar-se em Estado diverso do de localização do armazém
geral, na nota fiscal, a que se refere o parágrafo anterior, deve ser efetuado o destaque do ICMS,
se devido.

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§ 6º A nota fiscal a que alude o § 4º deste artigo, deve ser enviada, dentro de 5 (cinco) dias,
contados da data da sua emissão ao armazém geral, que deve registrá-la no livro Registro de
Entradas, dentro de 5 (cinco) dias, contados da data de seu recebimento.
Art. 13. Na hipótese do artigo anterior, se o depositante (transmitente) for produtor agropecuário,
deve ser emitida nota fiscal de produtor para o estabelecimento adquirente, contendo os requisitos
exigidos e, especialmente
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - indicação, quando ocorrer uma das hipóteses abaixo:
a) dos dispositivos legais que prevêem a imunidade, não incidência, isenção ou outro benefício
fiscal relativo ao ICMS;
b) do número e data do documento de arrecadação e identificação do respectivo órgão
arrecadador, quando o produtor deva pagar o imposto;
c) da declaração de que o ICMS deve ser pago pelo estabelecimento destinatário;
IV - circunstância de que a mercadoria se encontra depositada em armazém geral, mencionando-
se o endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º Na hipótese deste artigo, o armazém geral deve emitir nota fiscal para o estabelecimento
adquirente, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - valor da operação, que corresponde ao da nota fiscal de produtor, emitida na forma
do caput deste artigo;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA SIMBÓLICA POR CONTA E ORDEM
DE TERCEIROS;
III - número e data da nota fiscal de produtor emitida na forma do caput deste artigo, bem como
nome, endereço e número de inscrição estadual do produtor;
IV - número e data do documento de arrecadação do ICMS pago pelo produtor, quando for o caso.
§ 2º O estabelecimento adquirente deve:
I - emitir nota fiscal, pela entrada, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) número e data da nota fiscal de produtor emitida na forma do caput deste artigo;
b) número e data do documento de arrecadação do ICMS pago pelo produtor;
c) circunstância de que a mercadoria se encontra depositada no armazém geral, mencionando-se
o endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste;
II - emitir, na mesma data da emissão da nota fiscal pela entrada, nota fiscal para o armazém
geral, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) valor da operação, que corresponde ao da nota fiscal de produtor emitida na forma
do caput deste artigo;
b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA SIMBÓLICA DE MERCADORIA
DEPOSITADA;

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c) números e datas da nota fiscal de produtor e da nota fiscal pela entrada, bem como nome e
endereço do produtor agropecuário.
§ 3º Se o estabelecimento adquirente situar-se em outro Estado diverso do de localização do
armazém geral, na nota fiscal, a que se refere o inciso II do parágrafo anterior, deve ser efetuado o
destaque do ICMS, se devido.
§ 4º A nota fiscal, a que alude o inciso II do § 2º deste artigo deve ser enviada, dentro de 5 (cinco)
dias, contados da data de sua emissão, ao armazém geral, que deve registrá-la no livro Registro de
Entradas, dentro de 5 (cinco) dias, contados da data de seu recebimento.
§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, também, no caso de transmissão de propriedade de
mercadoria depositada por produtor agropecuário em armazém geral situado em Estado diverso do
de localização do produtor, quando a mercadoria deva permanecer depositada em nome do
adquirente.
Art. 14. No caso de transmissão de propriedade de mercadoria, quando esta permanecer no
armazém geral, situado em Estado diverso do de localização do estabelecimento depositante
(transmitente), este deve emitir nota fiscal para o estabelecimento adquirente, sem destaque do
ICMS, contendo os requisitos exigidos e, especialmente (SINIEF/70, art. 38):
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - circunstância de que a mercadoria se encontra depositada em armazém geral, mencionando-
se o endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º Na hipótese deste artigo, o armazém geral deve emitir:
I - nota fiscal para o estabelecimento depositante e transmitente, sem destaque do ICMS,
contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
a) valor da mercadoria, que corresponde àquele atribuído por ocasião de sua entrada no armazém
geral;
b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - RETORNO SIMBÓLICO DE MERCADORIA
DEPOSITADA;
c) número, série e data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante (transmitente), na
forma do caput deste artigo;
d) nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento adquirente;
II - nota fiscal para o estabelecimento adquirente, contendo os requisitos exigidos e,
especialmente:
a) valor da operação, que corresponde ao da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante
(transmitente), na forma do caput deste artigo;
b) natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - TRANSMISSÃO DE PROPRIEDADE DE
MERCADORIA POR CONTA DE TERCEIROS;
c) destaque do ICMS, se devido;
d) número, série e data da nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo pelo estabelecimento
depositante (transmitente), bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC,
deste.

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§ 2º A nota fiscal, a que alude o inciso I do parágrafo anterior, deve ser enviada dentro de 5
(cinco) dias, contados da data de sua emissão, ao estabelecimento depositante (transmitente), que
deve registrá-la na coluna própria do livro Registro de Entradas, dentro de 5 (cinco) dias, contados
da data de seu recebimento.
§ 3º A nota fiscal, a que alude o inciso II do § 1º deste artigo, deve ser enviada dentro de 5 (cinco)
dias, contados da data da sua emissão, ao estabelecimento adquirente, que deve registrá-la na
coluna própria do livro Registro de Entradas, dentro de 5 (cinco) dias, contados da data de seu
recebimento, acrescentando, na coluna OBSERVAÇÕES, o número, série e data da nota fiscal
referida no caput deste artigo, bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no
CGC, do estabelecimento depositante (transmitente).
§ 4º No prazo referido no parágrafo anterior o estabelecimento adquirente deve emitir nota fiscal
para o armazém geral, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos exigidos e, especialmente:
I - valor da operação, que corresponde ao da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante
(transmitente), na forma do caput deste artigo;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA SIMBÓLICA DE MERCADORIA
DEPOSITADA;
III - número, série e data da nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo, pelo
estabelecimento depositante (transmitente), bem como nome, endereço e números de inscrição,
estadual e no CGC, deste.
§ 5º Se o estabelecimento adquirente situar-se em Estado diverso do de localização do armazém
geral, na nota fiscal, a que se refere o parágrafo anterior, deve ser efetuados os destaques do
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI - e do ICMS, se devidos.
§ 6º A nota fiscal, a que alude o § 4º deste artigo, deve ser enviada, dentro de 5 (cinco) dias,
contados da data da sua emissão, ao armazém geral, que deve registrá-la no livro Registro de
Entradas, dentro de 5 (cinco) dias, contados da data de seu recebimento.
Art. 15. Na hipótese do artigo anterior, se o depositante e transmitente for produtor agropecuário,
deve ser aplicado o disposto no art. 13 deste capítulo (SINIEF/70, art. 39).
Art. 16. Nas hipóteses previstas neste capítulo se o depositante for produtor agropecuário e a
nota fiscal de remessa tiver sido emitida pela repartição fazendária, o produtor a essa deve
comparecer, no prazo de 5 (cinco) dias, munido da nota fiscal relativa ao retorno da mercadoria,
ainda que retorno simbólico, para dar baixa da remessa efetuada.
Art. 17. O produto agrícola, destinado a depósito ou armazenagem, pode ser transportado, do
estabelecimento de produtor para o armazém geral, com cobertura de nota fiscal, modelo 1 ou 1-A,
emitida pelo depositário, antes de iniciada a remessa, desde que este:
II - revogado;
III - até o 10º (décimo) dia. a contar da data do encerramento do período de apuração, caso o
produtor agropecuário não esteja credenciado a emitir a sua própria nota fiscal, emita nota fiscal
pela entrada, de série distinta, pelo peso constante dos respectivos tíquetes de balança,
englobando todas as notas fiscais emitidas para acobertar o trânsito das mercadorias,
mencionando os números dos seguintes documentos:
a) revogada;

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b) nota fiscal emitida para acobertar o trânsito do produto;
c) nota fiscal emitida no momento da entrada do produto no estabelecimento.
IV - revogado.
§ 1º Caso o estabelecimento produtor esteja credenciado a emitir a sua própria nota fiscal,
modelos 1 ou 1-A, o mesmo deve emitir o documento fiscal, englobando todas as remessas de
mercadorias no período, observado o disposto nas alíneas do inciso III do caput deste artigo.
§ 2º A nota fiscal pela entrada destinada a acobertar o simples transporte da mercadoria deve ser
registrada no livro próprio, com a indicação do valor da operação igual a zero, devendo, todavia,
ser anexada à nota fiscal pela entrada emitida na forma do inciso III deste artigo.

CAPÍTULO II
DA OPERAÇÃO COM DEPÓSITO FECHADO
Art. 18. Depósito Fechado é o estabelecimento que o contribuinte mantiver exclusivamente para
armazenamento de suas mercadorias.
Art. 19. Na saída de mercadoria com destino a depósito fechado do próprio contribuinte,
localizado neste Estado, deve ser emitida nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, contendo os requisitos
exigidos e, especialmente (SINIEF/70, art. 22):
I - valor da mercadoria;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - REMESSA PARA DEPÓSITO FECHADO;
III - dispositivo legal que prevê a não incidência do ICMS.
Parágrafo único. Na saída de mercadoria em retorno ao estabelecimento depositante, remetida
por depósito fechado, este deve emitir nota fiscal, contendo os requisitos exigidos e, especialmente
(SINIEF/70, art. 23):
I - valor da mercadoria;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - RETORNO DE MERCADORIA DEPOSITADA;
III - dispositivo legal que prevê a não incidência do ICMS.
Art. 20. Na saída de mercadoria armazenada em depósito fechado, com destino a outro
estabelecimento, ainda que da mesma empresa, o estabelecimento depositante deve emitir nota
fiscal, contendo os requisitos exigidos e, especialmente (SINIEF/70, art. 24):
I - valor da operação;
II - natureza da operação;
III - destaque do ICMS, se devido;
IV - circunstância de que a mercadoria será retirada diretamente do depósito fechado,
mencionando-se endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, deste.
§ 1º Na hipótese deste artigo, o depósito fechado, no ato da saída da mercadoria, deve emitir nota
fiscal em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS, contendo os requisitos
exigidos e, especialmente:

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I - valor da mercadoria, que corresponde àquele atribuído por ocasião de sua entrada no depósito
fechado;
II - natureza da operação: OUTRAS SAÍDAS - RETORNO SIMBÓLICO DE MERCADORIA
DEPOSITADA;
III - número, série e data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante;
IV - nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento a que se
destinar a mercadoria.
§ 2º O depósito fechado deve indicar no verso das vias da nota fiscal emitida pelo
estabelecimento depositante, que deve acompanhar a mercadoria, a data de sua efetiva saída, o
número, a série e a data da nota fiscal a que se refere o parágrafo anterior.
§ 3º A nota fiscal a que alude o § 1º deve ser enviada ao estabelecimento depositante, que deve
registrá-la na coluna própria do livro Registro de Entradas, dentro de 10 (dez) dias, contados da
data da saída efetiva da mercadoria do depósito fechado.
§ 4º A mercadoria deve ser acompanhada, no seu transporte, pela nota fiscal emitida pelo
estabelecimento depositante.
§ 5º Na hipótese do § 1º pode ser emitida nota fiscal de retorno simbólico, contendo resumo diário
das saídas mencionadas neste artigo, à vista da via adicional de cada nota fiscal emitida pelo es-
tabelecimento depositante, que deve permanecer arquivada no depósito fechado, dispensada a
obrigação prevista no inciso IV do referido parágrafo.
Art. 21. Na saída de mercadoria para entrega a depósito fechado, localizado no mesmo Estado do
estabelecimento destinatário, ambos pertencentes ao mesmo contribuinte, o estabelecimento
destinatário é considerado depositante, devendo o remetente emitir nota fiscal contendo os
requisitos exigidos, indicando (SINIEF/70, art. 25):
I - como destinatário, o estabelecimento depositante;
II - no corpo da nota fiscal, o local da entrega, endereço e números de inscrição, estadual e no
CGC, do depósito fechado.
§ 1º O depósito fechado deve:
I - registrar a nota fiscal que acompanhou a mercadoria na coluna própria do livro Registro de
Entradas;
II - apor na nota fiscal referida no inciso anterior a data da entrada efetiva da mercadoria,
remetendo-a ao estabelecimento depositante.
§ 2º O estabelecimento depositante deve:
I - registrar a nota fiscal na coluna própria do livro Registro de Entradas, dentro de 10 (dez) dias,
contados da data da entrada efetiva da mercadoria no depósito fechado;
II - emitir nota fiscal relativa à saída simbólica, indicando como natureza da operação a expressão:
OUTRAS SAÍDAS - REMESSA SIMBÓLICA PARA DEPÓSITO, dentro de 10 (dez) dias, contados
da data da entrada efetiva da mercadoria no depósito fechado, mencionando, ainda, o número e a
data do documento fiscal emitido pelo remetente;
III - remeter a nota fiscal aludida no inciso anterior ao depósito fechado, dentro de 5 (cinco) dias,
contados da respectiva emissão.

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§ 3º O depósito fechado deve acrescentar na coluna OBSERVAÇÕES do livro Registro de
Entradas, relativamente ao registro previsto no inciso I do § 1º, o número, a série e a data da nota
fiscal referida no inciso II do parágrafo anterior.
§ 4º Todo e qualquer crédito do imposto, quando cabível, é conferido ao estabelecimento
depositante.

CAPÍTULO V
DA OPERAÇÃO EFETUADA FORA DO ESTABELECIMENTO, INCLUSIVE POR MEIO DE
VEÍCULO

Seção I
Da Operação Realizada por Contribuinte de Outro Estado
Art. 27. Na operação com mercadoria proveniente de outro Estado, sem destinatário certo neste
Estado, o ICMS deve ser recolhido antecipadamente no primeiro posto fiscal goiano ou, na falta
deste, na AGENFA do primeiro município por onde o veículo transitar, deduzido o valor do imposto
cobrado no Estado de origem e destacado no documento fiscal relativo à operação de remessa,
limitado este à importância resultante da aplicação da alíquota vigente para a operação
interestadual.
§ 1º O remetente de outro Estado, de mercadoria a vender no território goiano, sem destinatário
certo, se submete ao mesmo tratamento tributário dispensado ao contribuinte eventual deste
Estado, hipótese em que no documento fiscal por ele emitido deve ser indicada a alíquota prevista
para a operação interna e número do documento de arrecadação do imposto antecipado.
§ 2º Presume-se destinada à entrega neste Estado a mercadoria proveniente de outro Estado,
sem documentação fiscal comprobatória de seu destino.

Seção II
Da Operação Realizada por Contribuinte deste Estado
Art. 28. Na saída de mercadoria remetida sem destinatário certo, por qualquer meio de transporte,
para realização de operação fora do estabelecimento, neste ou em outro Estado, com emissão de
nota fiscal no ato da entrega, deve ser emitida nota fiscal para acompanhar a mercadoria no seu
transporte, calculando-se o imposto pela alíquota vigente para a operação interna
§ 1º Na operação realizada fora do estabelecimento, por meio de veículo vinculado a
estabelecimento fixo localizado neste Estado e sob sua dependência, o veículo é considerado
como prolongamento do estabelecimento.
§ 2º A nota fiscal emitida na forma do caput deste artigo deve conter a indicação dos números e
respectivas séries e subséries, se for o caso, das notas fiscais a serem emitidas por ocasião das
entregas, devendo o valor do imposto nela destacado ser lançado, no último dia do período de
apuração, no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro DÉBITO DO IMPOSTO, item
OUTROS DÉBITOS, com a expressão: REMESSA PARA VENDA FORA DO
ESTABELECIMENTO.

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§ 3º Relativamente à operação realizada fora do território goiano, o contribuinte pode creditar-se
do imposto pago em outro Estado, hipótese em o crédito não pode exceder à diferença entre a
quantia resultante da aplicação da alíquota vigente no outro Estado sobre o valor da operação e o
montante do tributo devido a este Estado, calculado sobre o mesmo valor à alíquota aplicável à
operação interestadual.
§ 4º Por ocasião do retorno do veículo, o contribuinte deve:
I - emitir nota fiscal, pela entrada, relativamente à mercadoria não entregue, mencionando, ainda,
o número, série, data e valor da nota fiscal correspondente à remessa;
II - escriturar a nota fiscal de que trata o inciso anterior no livro Registro de Entradas, consignando
o respectivo valor na coluna ICMS - VALORES FISCAIS - OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO
IMPOSTO, subcoluna OUTRAS;
III - elaborar um demonstrativo das vendas realizadas fora do estabelecimento, conforme modelo
constante do Apêndice IV deste anexo, no qual devem constar:
a) número, série, data e valor da operação e do imposto destacado na nota fiscal correspondente
à remessa;
b) números e respectivas séries e subséries, se for o caso, das notas fiscais emitidas por ocasião
das entregas feitas neste Estado;
c) valor total das operações realizadas neste Estado;
d) montante do imposto devido a este Estado;
e) números e respectivas séries e subséries das notas fiscais emitidas por ocasião das entregas
feitas em outro Estado;
f) valor total das operações realizadas em outro Estado;
g) montante do imposto devido a outro Estado, com aplicação da respectiva alíquota vigente para
a operação interna sobre o valor das operações realizadas em seu território;
h) montante do imposto devido a este Estado, com aplicação da alíquota vigente para a operação
interestadual sobre o valor das operações realizadas fora do Estado;
i) valor do imposto a creditar, que corresponde à diferença entre os montantes de que tratam as
alíneas “g” e “h”;
j) total do imposto pago em outro Estado e número do respectivo documento comprobatório do
pagamento;
l) número, série, data e valor da nota fiscal pela entrada relativa às mercadorias não entregues,
emitidas na forma do inciso I deste parágrafo;
IV - lançar, no livro Registro de Saídas, as notas fiscais emitidas por ocasião das entregas
efetuadas neste e em outro Estado, com débito do imposto, se devido;
V - lançar, no último dia do período de apuração, no livro Registro de Apuração do ICMS:
a) no quadro CRÉDITO DO IMPOSTO, item ESTORNO DE DÉBITOS, com a expressão:
REMESSA PARA VENDA FORA DO ESTABELECIMENTO, o valor do imposto destacado na nota
fiscal de remessa;

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b) no quadro CRÉDITO DO IMPOSTO, item OUTROS CRÉDITOS, com a expressão:
PAGAMENTO EFETUADO EM OUTRO ESTADO - VENDA FORA DO ESTABELECIMENTO, o
valor do crédito do imposto pago em outros Estados, calculado na forma do § 3º.
§ 5º Relativamente a cada remessa, devem ser arquivados juntos, para exibição ao fisco:
I - o demonstrativo previsto no inciso III do parágrafo anterior;
II - a 1ª (primeira) via da nota fiscal que serviu para a remessa;
III - a 1ª (primeira) via da nota fiscal emitida pela entrada relativa às mercadorias não entregues;
IV - o documento relativo ao pagamento do imposto feito em outro Estado.
§ 6º O contribuinte que operar na conformidade deste artigo, por intermédio de preposto, deve
fornecer a este documento comprobatório de sua condição.

CAPÍTULO VII
DA VENDA À ORDEM OU PARA ENTREGA FUTURA
Art. 31. Nas vendas à ordem ou para entrega futura, pode ser exigida a emissão da Nota Fiscal,
para simples faturamento, com lançamento do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI,
vedado o destaque do ICMS
§ 1º No caso de venda para entrega futura, por ocasião da efetiva saída global ou parcial da
mercadoria, o vendedor deve emitir nota fiscal em nome do adquirente, com destaque do valor do
imposto, quando devido, indicando-se além dos requisitos exigidos, como natureza da operação,
REMESSA - ENTREGA FUTURA, bem como número, data e valor da operação da nota fiscal
relativa ao simples faturamento.
§ 2º Para determinação da base de cálculo do imposto, o valor constante da nota fiscal emitida
para simples faturamento deve ser atualizado até a data da emissão da nota fiscal relativa à saída
efetiva da mercadoria.
§ 3º O valor da base de cálculo do imposto da nota fiscal de remessa da mercadoria deve ser
atualizado, tomando-se por base a data de emissão e o valor da nota fiscal originária, seguindo os
mesmos critérios adotados pela legislação tributária para pagamento de tributos em atraso.
§ 4º Em se tratando de mercadoria constante da pauta de valores elaborada pela Secretaria da
Fazenda, deve ser tomado como base de cálculo para efeito de pagamento do imposto, o valor
constante do Boletim Informativo de Preços no momento da saída efetiva da mercadoria.
Art. 32. No caso de venda à ordem, por ocasião da entrega global ou parcial da mercadoria a
terceiro, deve ser emitida nota fiscal:
I - pelo adquirente originário, com destaque do imposto, quando devido, em nome do destinatário
da mercadoria, consignando-se, além dos requisitos exigidos, nome do titular, endereço e números
de inscrição, estadual e no CGC, do estabelecimento que irá promover a remessa da mercadoria;
II - pelo vendedor remetente:
a) em nome do destinatário, para acompanhar o transporte da mercadoria, sem destaque do valor
do imposto, na qual além dos requisitos exigidos, devem constar, como, natureza da operação,

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REMESSA POR CONTA E ORDEM DE TERCEIROS, número, série e data da nota fiscal de que
trata o inciso anterior, bem como o nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do
seu emitente;
b) em nome do adquirente originário, com destaque do imposto, quando devido, na qual, além dos
requisitos exigidos, devem constar, como natureza da operação, REMESSA SIMBÓLICA - VENDA
À ORDEM, número e série da nota fiscal prevista na alínea anterior

CAPÍTULO VIII
DA INDUSTRIALIZAÇÃO POR CONTA DE TERCEIRO
Art. 33. Na operação em que um estabelecimento mandar industrializar mercadoria, com
fornecimento de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, adquiridos de
outro, os quais, sem transitar pelo estabelecimento adquirente, forem entregues pelo fornecedor
diretamente ao industrializador, deve ser observado o seguinte:
I - o estabelecimento fornecedor deve:
a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente, da qual, além das exigências já
previstas neste regulamento, devem constar também, nome, endereço e números de inscrição,
estadual e no CGC, do estabelecimento em que os produtos serão entregues, bem como a
circunstância de que estes se destinam à industrialização;
b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anterior o destaque do imposto, quando devido, que
deve ser aproveitado como crédito pelo adquirente, se for o caso;
c) emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, para acompanhar o transporte das mercadorias ao
estabelecimento industrializador, mencionando, além das exigências já previstas neste
regulamento, número, série e data da nota fiscal referida na alínea “a”, bem como nome, endereço
e números de inscrição, estadual e no CGC, do adquirente, por cuja conta e ordem a mercadoria
será industrializada;
II - o estabelecimento industrializador deve:
a) emitir nota fiscal, na saída do produto industrializado, com destino ao adquirente, autor da
encomenda, da qual, além das exigências já previstas neste regulamento, devem constar o nome,
endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do fornecedor, e número, série e data da
nota fiscal por este emitida, bem como o valor da mercadoria recebida para industrialização e o
valor total cobrado do autor da encomenda, destacando deste o valor das mercadorias
empregadas;
b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anterior, sobre o valor total cobrado do autor da
encomenda, o destaque do imposto, quando devido, que deve ser aproveitado como crédito, se for
o caso.
Art. 34. Na hipótese do artigo anterior, se a mercadoria tiver que transitar por mais de um
estabelecimento industrializador antes de ser entregue ao adquirente, autor da encomenda, cada
industrializador deve:
I - emitir nota fiscal para acompanhar o transporte da mercadoria ao industrializador seguinte, sem
destaque do imposto, contendo, também, além das exigências já previstas neste regulamento:

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a) indicação de que a remessa se destina à industrializador por conta e ordem do adquirente,
autor da encomenda, que deve ser qualificado nesta;
b) indicação do número, série e data da nota fiscal e nome, endereço e números de inscrição,
estadual e no CGC, do seu emitente, pela qual foi a mercadoria recebida em seu estabelecimento;
II - emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente autor da encomenda, contendo,
também, além das exigências já previstas neste regulamento:
a) indicação do número, série e data da nota fiscal e nome, endereço e números de inscrição,
estadual e no CGC, do seu emitente, pela qual foi a mercadoria recebida em seu estabelecimento;
b) indicação do número, série e data da nota fiscal referida no inciso anterior;
c) valor da mercadoria recebida para industrialização, e o valor total cobrado do autor da
encomenda, destacando deste o valor das mercadorias empregadas;
d) destaque do imposto, quando devido, que deve ser aproveitado como crédito, pelo autor da
encomenda, se for o caso.

CAPÍTULO IX
DA REMESSA PARA A ZONA FRANCA DE MANAUS E PARA AS ÁREAS DE LIVRE
COMÉRCIO
Art. 35. Na saída de produto industrializado de origem nacional, com o benefício da isenção
prevista no art. 6º, inciso XVII do Anexo IX deste regulamento, a nota fiscal que acobertar a
remessa deve ser emitida, no mínimo, em 5 (cinco) vias, com a seguinte destinação
I - a 1ª (primeira) via deve acompanhar o produto especificado no caput deste artigo, no seu
trajeto, e deve ser entregue ao destinatário;
II - a 2ª (segunda) via deve ficar presa ao bloco, para exibição ao fisco
III - a 3ª (terceira) via deve acompanhar a mercadoria e se destina:
a) à Secretaria da Fazenda do Estado do Amazonas - SEFAZ/AM -, para controle
b) ao controle do internamento, nos demais casos
IV - a 4ª (quarta) via deve ser entregue na AGENFA;
V - a 5ª (quinta) via deve acompanhar a mercadoria até o local de destino, devendo ser entregue,
com uma via do conhecimento de transporte, à SUFRAMA:
a) para processamento eletrônico, quando a mercadoria for remetida para a Zona Franca de
Manaus
b) controle do internamento, nos demais casos
§ 1º Ficam estabelecidos, ainda, os seguintes procedimentos em relação à documentação emitida
na forma prevista neste artigo:
I - o contribuinte emitente da nota fiscal deve mencionar no seu campo INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES, além das indicações que lhe são próprias, o número de inscrição do

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estabelecimento destinatário na Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA - e o
código de identificação do município a que estiver vinculado o estabelecimento remetente
II - Revogado;
§ 2º O documento relativo ao serviço de transporte de mercadoria não pode ser emitido
englobadamente de forma a compreender mercadoria de distintos remetentes
§ 3º O remetente da mercadoria deve conservar em seu estabelecimento, pelo prazo decadencial
previsto na legislação tributária, os documentos relativos ao transporte das mercadorias, assim
como o documento expedido pela SUFRAMA relacionado com o internamento das mercadorias
Art. 36. A SUFRAMA, as Secretarias de Estado da Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos
Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Rondônia devem promover ação integrada de
fiscalização e controle das entradas de produtos industrializados de origem nacional, remetidos a
contribuinte do imposto localizado na Zona Franca de Manaus, nos Municípios de Rio Preto da Eva
(AM), Presidente Figueiredo (AM) e nas Áreas de Livre Comércio, com isenção do ICMS, com
vistas à comprovação do ingresso de mercadorias naquelas áreas
§ 1º Toda a fiscalização e controle da saída de mercadoria, com o benefício previsto no caput,
deve ser efetuada mediante sistema eletrônico instituído pela SUFRAMA, que deve gerar, em toda
operação, o Protocolo de Ingresso de Mercadoria Nacional Eletrônico (PIN-e).
§ 2º A regularidade fiscal das operações de que trata este capítulo será efetivada mediante a
declaração de ingresso.
§ 3º Toda entrada prevista no caput fica sujeita, também, ao controle e fiscalização da SUFRAMA,
no âmbito de suas atribuições legais, que deve desenvolver ações para formalizar o ingresso na
área incentivada.
§ 4º O contribuinte estabelecido nos municípios relacionado no caput, deve estar regularmente
inscrito no Sistema de Cadastro da SUFRAMA e da SEFAZ.
Art. 37. A formalização do ingresso nas áreas incentivadas dar-se-á no sistema de controle
eletrônico mediante os seguintes procedimentos
I - registro eletrônico, sob responsabilidade do remetente, antes da saída do seu estabelecimento,
dos dados da nota fiscal no sistema de que trata o caput, para geração do PIN-e;
II - registro eletrônico, pelo transportador, antes do ingresso nas áreas incentivadas, dos dados do
conhecimento de transporte e do manifesto de carga, para complementação do PIN-e, referido no
inciso I;
III - apresentação à SUFRAMA, pelo transportador, dos seguintes documentos:
a) Manifesto SUFRAMA, contendo o número do PIN-e, para fins de autenticação e homologação
do processo de ingresso;
b) Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica - DANFE;
c) cópia do Conhecimento de Transporte ou Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte
Eletrônico - DACTE;
d) Manifesto de Carga, no que couber;

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IV - confirmação pelo destinatário no sistema de que trata o caput, do recebimento dos produtos
em seu estabelecimento, após procedimento do inciso III, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta)
dias, contados a partir da data de emissão da Nota Fiscal.
§ 1º Em se tratando de Nota Fiscal e Conhecimento de Transporte não eletrônicos, devem ser
retidas as respectivas vias para conclusão dos procedimentos de regularização na SEFAZ e
SUFRAMA.
§ 2º O registro eletrônico prévio dos dados da Nota Fiscal, do Conhecimento de Transporte e do
Manifesto de Carga, no sistema de controle eletrônico, é de responsabilidade dos respectivos
estabelecimentos emitentes.
§ 3º Fica dispensada a apresentação à SUFRAMA do Conhecimento de Transporte, ou
Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte eletrônico (DACTE), nos seguintes casos:
I - no transporte executado pelo próprio remetente ou destinatário (carga própria), desde que
sejam disponibilizados à SUFRAMA os dados do veículo transportador e do seu respectivo
condutor, no caso de transporte rodoviário e, nos demais casos, os dados do responsável pelo
transporte da carga;
II - no transporte efetuado por transportadores autônomos, conforme o disposto no Convênio
ICMS 25/90, de 13 de setembro de 1990;
III - no transporte realizado por via postal, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT,
desde que o destinatário apresente o documento probatório da realização deste transporte;
IV - na hipótese de emissão de Nota Fiscal para fins de simples faturamento, de remessa ou
devolução simbólica, ou em razão de complemento de preço.
§ 4º Na hipótese do inciso II do § 3º, o transporte deve ser acompanhado do documento de
arrecadação do imposto referente ao serviço de transporte.
Art. 38. A Nota Fiscal, emitida para empresas localizadas nas áreas incentivadas, deve conter no
campo "Informações Complementares" as seguintes informações
I - número de inscrição na SUFRAMA do destinatário;
II - indicação do valor do abatimento relativo ao ICMS, no que couber;
III - dispositivo legal referente à isenção ou suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados
- IPI, no que couber;
IV - número e ano do Programa Especial de Exportação da Amazônia - PEXPAM, somente
quando for destinada à industrialização de produtos para atendimento específico de programa de
exportação aprovado pela SUFRAMA.
Art. 39. A regularidade da operação de ingresso, para fins do gozo do benefício previsto no inciso
XVII do art. 6º do Anexo IX, por parte do remetente, deve ser comprovada pela Declaração de
Ingresso, obtida no sistema eletrônico e disponibilizada pela SUFRAMA após a completa
formalização do ingresso de que trata o art. 37
Art. 40. A SUFRAMA deve disponibilizar ao Estado de Goiás e ao fisco federal, por meio de sua
página na internet ou pela Rede Intranet Sintegra - RIS, até o último dia do segundo mês
subseqüente ao do ingresso dos produtos nas áreas de que trata este convênio, arquivo eletrônico
contendo, no mínimo, os seguintes dados (Convênio ICMS 23/08, cláusula sétima):
I - nome e números de inscrição estadual e do CNPJ do remetente;

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II - nome e número de inscrição no CNPJ do destinatário;
III - número, série, valor e data de emissão da Nota Fiscal;
IV - local e data do ingresso;
V - número do PIN-e.
Art. 41. O ingresso na Zona Franca de Manaus, nos Municípios de Rio Preto da Eva (AM),
Presidente Figueiredo (AM) e nas Áreas de Livre Comércio, para fins de isenção do ICMS, não se
dá quando
I - for constatada a evidência de manipulação fraudulenta do conteúdo transportado, tal como
quebra de lacres apostos pela fiscalização ou deslocamentos não autorizados;
II - for constatada diferença de itens de produtos e de quantidades em relação ao que estiver
indicado na Nota Fiscal;
III - o produto tiver sido destruído, deteriorado, furtado ou roubado durante o transporte;
IV - o produto tiver sido objeto de transformação industrial, por conta e ordem do estabelecimento
destinatário, do qual tenha resultado produto novo;
V - a Nota Fiscal tiver sido emitida para acobertar embalagem ou vasilhame, adquiridos de
estabelecimento diverso do remetente;
VI - a Nota Fiscal tiver sido emitida para fins de simples faturamento, de remessa ou devolução
simbólica, ou em razão de complemento de preço;
VII - na devolução de mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus ou nas Áreas de Livre
Comércio;
VIII - o produto for destinado a consumidor final ou órgãos públicos;
IX - a Nota Fiscal não contiver a indicação do abatimento do preço do produto, o valor equivalente
ao imposto que seria devido se não houvesse a isenção;
X - revogado;
XI - a Nota Fiscal não tiver sido apresentada à SEFAZ para fins de desembaraço, nos termos da
legislação tributária daquela unidade federada de destino;
XII - os registros eletrônicos no sistema de controle da SUFRAMA, realizados pelos emitentes,
estiverem em desacordo com a documentação fiscal apresentada;
XIII - qualquer outro erro, vício, simulação ou fraude ocorrida antes da emissão da Declaração de
Ingresso dos produtos nas áreas especificadas no caput.
§ 1º Nas hipóteses deste artigo, no que couber, a SUFRAMA ou a SEFAZ deve dar ciência do fato
ao Estado de Goiás;
§ 2º Excetua-se, da vedação referida no inciso IV, o chassi de veículos destinados a transporte de
passageiros e de carga, no qual tiver sido realizado o acoplamento de carroçarias e implementos
rodoviários.
§ 3º Com relação aos incisos XI e XII, o ingresso somente pode ser realizado após a
regularização dos respectivos requisitos, respeitados os termos e prazos previstos neste capítulo.

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§ 4º Não são reportadas no arquivo eletrônico, referido no art. 40, as operações que se
enquadrem nos incisos de I a X.
§ 5º O abatimento de que trata o inciso IX deve estar demonstrado no corpo, ou no campo
"Informações Complementares" da Nota Fiscal, de modo que no valor total da nota fiscal esteja
deduzido o respectivo imposto.
Art. 42. A constatação do ingresso nas áreas incentivadas é feita mediante a realização da
conferência dos documentos fiscais e da vistoria física dos produtos, pela SUFRAMA e SEFAZ, de
forma simultânea ou separadamente, em pontos de controle e de fiscalização estabelecidos em
Protocolo firmado entre os dois órgãos
§ 1º As vistorias realizadas separadamente serão compartilhadas entre a SEFAZ e a SUFRAMA.
§ 2º Para fins do disposto no caput, a apresentação dos produtos incentivados à SUFRAMA deve
ser realizada pelo transportador que tiver complementado o PIN-e, nos termos do inciso II do art.
37.
§ 3º Nos casos de dispensa de conhecimento de transporte, prevista no § 3º do art. 37, a
apresentação dos produtos incentivados à SUFRAMA é de responsabilidade do destinatário.
§ 4º Quando se tratar de combustíveis líquidos e gasosos, gases e cargas tóxicas assemelhadas
ou correlatas, transportadas em unidades de cargas específicas e que não tenham condições de
serem vistoriados pela SUFRAMA ou pela SEFAZ, a vistoria física é homologada mediante
apresentação de documentos autorizativos, emitidos pelos órgãos competentes responsáveis
diretos pelo controle e fiscalização do transporte destes produtos.
§ 5º A vistoria física é realizada, observados os procedimentos estabelecidos nos arts. 35 e 37,
com a apresentação dos seguintes documentos:
I - 1ª, 3ª e 5ª vias da Nota Fiscal ou Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica - DANFE;
II - cópia do Conhecimento de Transporte ou Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte
Eletrônico - DACTE, quando couber;
III - Manifesto de Carga, quando couber;
IV - PIN-e.
§ 6º No ato da vistoria física, a SUFRAMA e a SEFAZ reterão, respectivamente, a 5ª e a 3ª vias
da Nota Fiscal e do Conhecimento de Transporte, quando emitidos.
§ 7º A vistoria física deve ser realizada em até 60 (sessenta) dias, contados da data de emissão
da Nota Fiscal, podendo ser prorrogado por igual prazo, nas hipóteses previstas em instrumentos
normativos da SUFRAMA.
Art. 43. Ficam estendidos às Áreas de Livre Comércio de Macapá e Santana, no Estado do
Amapá, Bonfim e Pacaraima, no Estado de Roraima, Guajaramirim, no Estado de Rondônia,
Tabatinga, no Estado do Amazonas, e Cruzeiro do Sul e Brasiléia, com extensão para o Município
de Epitaciolância, no Estado do Acre, as condições contidas neste capítulo
§ 1º Revogado.
§ 2º As menções à Secretaria da Fazenda do Estado do Amazonas - SEFAZ/AM -, devem ser
consideradas como feitas também à Secretaria de Fazenda do Estado onde estiver localizada a
Área de Livre Comércio.

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Art. 43-A. A SUFRAMA e a SEFAZ podem formalizar o ingresso de produto não submetido à
vistoria física à época de sua entrada nas áreas incentivadas de que trata este convênio,
procedimento que deve ser denominado de "Vistoria Técnica" para os efeitos deste capítulo
§ 1º A vistoria técnica é um procedimento excepcional que somente se aplica aos casos em que a
logística de transporte da operação não permite o cumprimento do prazo estabelecido no § 7º do
art. 42.
§ 2º A vistoria técnica consiste na vistoria física dos produtos na entrada nas áreas incentivadas.
§ 3º A vistoria técnica deve ser realizada no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir do
término do prazo indicado no § 7º do art. 42, para a solicitação da regularização do ingresso.
§ 4º A vistoria técnica não se aplica se a empresa destinatária não estiver cadastrada na
SUFRAMA na data da emissão da Nota Fiscal.
§ 5º A vistoria técnica, no que se aplicar, dar-se-á mediante a realização dos procedimentos
previstos no art. 37, a qual deve ser, ainda, procedida mediante apresentação de PIN-e de vistoria
técnica.
§ 6º A SUFRAMA e a SEFAZ, sempre que necessário, devem realizar diligência e recorrerem a
qualquer outro meio legal a seu alcance para esclarecimento dos fatos.
§ 7º Após o exame da documentação e o cruzamento eletrônico de dados com a SEFAZ, a
SUFRAMA deve emitir um parecer conclusivo, devidamente fundamentado, sobre o pedido de
vistoria técnica, no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir do recebimento da solicitação, e deve
disponibilizar as informações e as respectivas declarações de ingressos ao Estado de Goiás e ao
fisco de destino por meio de arquivo eletrônico.
§ 8º A vistoria técnica também pode ser realizada de ofício ou por solicitação do fisco do Estado
de Goiás ou de destino, sempre que surgirem indícios de irregularidades na constatação do
ingresso do produto, sendo facultado ao Estado de Goiás acompanhar as diligências necessárias à
verificação do ingresso do produto.
Art. 43-B. Para fins de cumprimento do disposto neste capítulo é responsabilidade do remetente,
destinatário e do transportador, observar e cumprir as obrigações previstas em legislação
específica da SUFRAMA aplicada às áreas incentivadas sob a sua jurisdição
§ 1º Até o último dia do mês subseqüente às saídas dos produtos, a Secretaria de Fazenda do
Estado de Goiás deve remeter à SUFRAMA e à SEFAZ informações, em meio eletrônico, sobre as
saídas de produtos para as áreas incentivadas, no mínimo, com os seguintes dados:
I - nome do município ou repartição fazendária do Estado de Goiás;
II - nome e números da inscrição estadual e do CNPJ do remetente;
III - número, série, valor e data de emissão da Nota Fiscal;
IV - nome e números da inscrição estadual e do CNPJ do destinatário.
Art. 43-C. Na hipótese de o produto internado vir a ser reintroduzido no mercado interno, antes de
decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de sua remessa, o estabelecimento que tiver dado causa ao
desinternamento deve recolher imposto, com atualização monetária, em favor do Estado de Goiás
Parágrafo único. Considera-se, também, desinternado o produto:
I - remetido para fins de comercialização ou industrialização que for:

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a) incorporado ao ativo fixo do destinatário;
b) utilizado para uso ou consumo do destinatário;
II - que tiver saído das áreas incentivadas para fins de transferência, locação, comodato ou outra
forma jurídica de cessão.
§ 2º Não configura hipótese de desinternamento a saída do produto para fins de conserto,
restauração, revisão, demonstração, exposição em feiras e eventos, limpeza, recondicionamento,
ou outras situações previstas em legislação específica da SEFAZ, desde que o retorno ocorra no
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da data da emissão da Nota Fiscal.
§ 3º A Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, a qualquer tempo, pode solicitar à SUFRAMA o
desinternamento de produto, quando constatadas irregularidades no ingresso ou indícios de
simulação de remessa para as áreas incentivadas.
§ 4º A SEFAZ deve manter à disposição da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, pelo
prazo de 5 (cinco) anos, os registros eletrônicos relativos aos desinternamentos de produtos das
áreas incentivadas.
§ 5º Para fins de controle e acompanhamento da regularidade das operações de desinternamento
de uma área incentivada à outra, a SUFRAMA pode exigir os mesmos procedimentos de que trata
este capítulo.
Art. 43-D. No caso de refaturamento pelo remetente para outro destinatário dentro da mesma
unidade federada de destino, a regularização do efetivo ingresso dar-se-á conforme os
procedimentos do art. 37, sendo, ainda, observados
I - a Nota Fiscal, objeto de regularização, deve mencionar no seu corpo os dados da nota fiscal
referente à operação original;
II - a documentação fiscal deve estar acompanhada do Manifesto SUFRAMA contendo o número
do PIN-e autenticado e homologado pela SUFRAMA, à época do efetivo ingresso, e das notas
fiscais referentes à operação original.
Art. 44. A Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás
I - pode solicitar à SEFAZ ou à SUFRAMA, a qualquer tempo, informações complementares
relativas aos procedimentos de ingresso e internamento de produtos ocorridos no prazo de 5
(cinco) anos, que devem ser prestadas no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias;
II - em conjunto com a SUFRAMA prestarão assistência mútua para a fiscalização das operações
realizadas, podendo, também, mediante acordo prévio, designar servidores para exercerem
atividades de interesse junto à SUFRAMA;
III - pode adotar outros mecanismos de controle, inclusive eletrônico, das operações com as áreas
incentivadas.

CAPÍTULO X
DA OPERAÇÃO RELATIVA A MERCADORIA EM DEMONSTRAÇÃO E MOSTRUÁRIO
Art. 45. Demonstração é a operação pela qual o contribuinte expõe ou envia a terceiros sua
mercadoria, em quantidade estritamente necessária para se conhecer o produto, que deve retornar
ao estabelecimento originário.

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Art. 46. Na saída interna de mercadoria, promovida por qualquer estabelecimento a título de
demonstração, desde que deva retornar ao estabelecimento de origem no prazo de 60 (sessenta)
dias, contados da data da saída, deve ser emitida nota fiscal sem destaque do imposto, contendo,
além dos demais requisitos, as seguintes indicações:
I - no campo natureza da operação: REMESSA PARA DEMONSTRAÇÃO;
II - no campo CFOP o código 5.912;
III - no campo Informações Complementares: MERCADORIA REMETIDA PARA
DEMONSTRAÇÃO.
§ 1º Decorrido o prazo de que trata este artigo sem que ocorra a transmissão da propriedade ou o
retorno da mercadoria, é exigido o imposto devido por ocasião da saída, sujeitando-se o
pagamento aos acréscimos legais, hipótese em que deve ser emitida, no 61º (septuagésimo
primeiro) dia contados da data da saída original, outra nota fiscal, para o fim de ser:
I - pago o imposto exigido, o que deve ser feito por documento de arrecadação distinto;
II - transferido o correspondente crédito do imposto ao destinatário, quando for o caso.
§ 2º Além da data da emissão e dos dados relativos ao destinatário na nota fiscal prevista no
parágrafo anterior, devem constar apenas:
I - o número, a série e a data nota fiscal original;
II - o valor da mercadoria e a observação de que a emissão é feita nos termos deste artigo;
III - o número, a data e o valor do documento de arrecadação correspondente;
IV - o destaque do imposto devido, se for o caso.
§ 3º A nota fiscal referida no parágrafo anterior deve ser registrada no livro Registro de Saídas
mediante utilização apenas das colunas DOCUMENTO FISCAL e OBSERVAÇÕES, anotando-se
nesta a expressão: EMITIDA NOS TERMOS DO ART. 49 DO ANEXO XII DO RCTE.
Art. 47. O estabelecimento que receber, em retorno, mercadoria remetida para demonstração,
sem pagamento do imposto, de qualquer pessoa física ou jurídica não obrigada à emissão de
documento fiscal, deve:
I - emitir nota fiscal pela entrada, mencionando número, série, data, valor do documento fiscal
original, a qual serve para acompanhar a mercadoria em seu retorno ao estabelecimento de
origem;
II - colher, na nota fiscal emitida pela entrada ou em documento apartado, assinatura do particular,
ou da pessoa que promover a devolução, anotando o número do respectivo documento de
identidade;
III - registrar a nota fiscal pela entrada no livro Registro de Entradas sem crédito do imposto.
§ 1º Na devolução efetuada por produtor agropecuário, deve ser emitida nota fiscal de produtor
para acompanhar a mercadoria em seu transporte, devendo o estabelecimento de origem emitir
nota fiscal pela entrada para o registro da operação.
§ 2º Tendo expirado o prazo de 60 (sessenta) dias para a demonstração, a nota fiscal emitida pela
entrada deve conter, também, o número, a data e o valor do documento de arrecadação respectivo
e ser escriturada no livro Registro de Entradas com crédito do imposto.

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Art. 48. Ocorrendo transmissão de propriedade de mercadoria remetida para demonstração, sem
pagamento do imposto, a qualquer pessoa física ou jurídica não obrigada à emissão de documento
fiscal, sem que ela tenha retornado ao estabelecimento de origem, este deve:
I - emitir nota fiscal pela entrada, na qual deve ser consignada como natureza da operação, a
expressão RETORNO SIMBÓLICO DE MERCADORIA EM DEMONSTRAÇÃO, mencionando-se
número, série, data e valor do documento fiscal emitido por ocasião da remessa para
demonstração, bem como da nota fiscal emitida nos termos do inciso III, deste artigo;
II - registrar a nota fiscal referida no inciso anterior no livro Registro de Entradas sem crédito do
imposto;
III - emitir nota fiscal em nome do adquirente, com destaque do imposto, quando devido,
mencionando o número, a série, a data e o valor do documento fiscal emitido por ocasião da
remessa para demonstração e a circunstância de que a emissão se destina a regularizar a
transmissão da propriedade da mercadoria;
IV - registrar a nota fiscal de que trata o inciso anterior no livro Registro de Saídas, na forma
prevista na legislação tributária.
Parágrafo único. Expirado o prazo de 60 (sessenta) dias para a demonstração, a nota fiscal
emitida pela entrada deve conter, também, o número, a data e o valor do documento de
arrecadação respectivo, hipótese em que deve ser escriturada no livro Registro de Entradas com
crédito do imposto.
Art. 49. O estabelecimento de contribuinte que remeter, em retorno ao estabelecimento de
origem, mercadoria recebida para demonstração, sem o pagamento do imposto, deve emitir nota
fiscal sem destaque do ICMS, na qual, além das exigências previstas na legislação tributária,
devem constar o número, a série, a data e o valor da nota fiscal pela qual foi a mercadoria recebida
em seu estabelecimento.
Parágrafo único. Tendo ocorrido a transmissão de crédito do imposto quando do recebimento da
mercadoria a nota fiscal prevista no parágrafo anterior deve ser emitida com destaque do imposto,
devendo nela constar, também, o número, a série e a data da nota fiscal correspondente ao crédito
transmitido.
Art. 50. Ocorrendo transmissão da propriedade de mercadoria remetida, sem pagamento do
imposto, para demonstração a estabelecimento de contribuinte, sem que ela tenha retornado ao
estabelecimento de origem, devem ser observadas as seguintes disposições:
I - o estabelecimento adquirente deve:
a) emitir nota fiscal, em nome do estabelecimento de origem, na qual deve ser consignada, como
natureza da operação, a expressão RETORNO SIMBÓLICO DE MERCADORIA EM
DEMONSTRAÇÃO, sem destaque do imposto, mencionando, ainda, o número, a série, a data e o
valor da nota fiscal pela qual foi a mercadoria recebida em seu estabelecimento;
b) registrar a nota fiscal referida na alínea anterior no livro Registro de Saídas sem débito do
imposto;
c) escriturar no livro Registro de Entradas com crédito do imposto, a nota fiscal de que trata a
alínea “b” do inciso seguinte;
II - o estabelecimento transmitente deve:

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a) registrar no livro Registro de Entradas sem crédito do imposto, a nota fiscal emitida nos termos
da alínea “a” do inciso anterior;
b) emitir nota fiscal, em nome do estabelecimento adquirente, com destaque do ICMS,
mencionando o número, a série, a data e o valor do documento fiscal emitido por ocasião da
remessa para demonstração e a circunstância de que a emissão se destina a regularizar a
transmissão da propriedade da mercadoria;
c) registrar a nota fiscal de que trata a alínea anterior no livro Registro de Saídas com débito do
imposto.
§ 1º Tendo ocorrido a transmissão de crédito do imposto em razão de ter se expirado o prazo de
60 (sessenta dias) dias para demonstração, deve ser observado o seguinte:
I - o estabelecimento adquirente deve emitir a nota fiscal prevista na alínea “a” do inciso I,
do caput deste artigo, com destaque do imposto, devendo nela constar, também, o número, a série,
e a data da nota fiscal correspondente ao crédito transmitido;
II - o estabelecimento transmitente deve registrar a nota fiscal emitida pelo adquirente na forma do
inciso anterior, no livro Registro de Entradas, com crédito do imposto.
§ 2º É vedada a operação de devolução simbólica de mercadoria recebida de outro Estado para
demonstração, exceto nas seguintes hipóteses:
I - transmissão da propriedade da mercadoria para o estabelecimento que a recebeu em
demonstração;
II - remessa da mercadoria, pelo estabelecimento que a recebeu em demonstração, para outro
estabelecimento por ordem do remetente originário.
Art. 50-A. Na saída interestadual de mercadoria, promovida por qualquer estabelecimento a título
de demonstração, desde que deva retornar ao estabelecimento de origem no prazo de 60
(sessenta) dias, contados da data da saída, deve ser emitida nota fiscal, contendo, além dos
demais requisitos, as seguintes indicações
I - no campo natureza da operação: REMESSA PARA DEMONSTRAÇÃO;
II - no campo CFOP o código 6.912;
III - sem destaque do ICMS; IV - no campo Informações Complementares: MERCADORIA
REMETIDA PARA DEMONSTRAÇÃO.
Parágrafo único. O trânsito da mercadoria, em todo o território nacional, deve ser efetuado com a
nota fiscal prevista no caput.
Art. 50-B. Considera-se operação com mostruário a remessa de amostra de mercadoria, com
valor comercial, a empregado ou representante, desde que retorne ao estabelecimento de origem
em 90 (noventa) dias contados da data da saída (Ajuste SINIEF 8/08, cláusula terceira).
§ 1º Não se considera mostruário aquele formado por mais de uma peça com características
idênticas, tais como, mesma cor, mesmo modelo, espessura, acabamento e numeração diferente.
§ 2º Na hipótese de produto formado por mais de uma unidade, tais como, meias, calçados, luvas,
brincos, somente deve ser considerado como mostruário se composto apenas por uma unidade
das partes que o compõem.

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Art. 50-C. Na saída de mercadoria destinada a mostruário o contribuinte deve emitir nota fiscal
indicando como destinatário o seu empregado ou representante, contendo, além dos demais
requisitos, as seguintes indicações
I - no campo natureza da operação: REMESSA DE MOSTRUÁRIO;
II - no campo do CFOP: o código 5.912 ou 6.912, conforme o caso;
III - sem destaque do ICMS;
IV - no campo Informações Complementares: MERCADORIA ENVIADA PARA COMPOR
MOSTRUÁRIO DE VENDA.
Parágrafo único. O trânsito da mercadoria, em todo o território nacional, deve ser efetuado com a
nota fiscal prevista no caput.
Art. 50-D. Na remessa de mercadoria, desde que retorne em 90 (noventa) dias, contados da data
da saída, a ser utilizada em treinamentos sobre o uso das mesmas, o contribuinte deve emitir nota
fiscal, contendo, além dos demais requisitos, as seguintes indicações (Ajuste SINIEF 8/08, cláusula
sexta):
I - como destinatário: o próprio remetente;
II - como natureza da operação: REMESSA PARA TREINAMENTO;
III - sem destaque do ICMS;
IV - no campo Informações Complementares: os locais de treinamento.
Parágrafo único. O trânsito da mercadoria, em todo o território nacional, deve ser efetuado com a
nota fiscal prevista no caput.
Art. 50-E. Na entrada da mercadoria em retorno ao estabelecimento, nas situações previstas nos
arts. 50-A, 50-C e 50-D, o contribuinte deve emitir nota fiscal pela entrada (Ajuste SINIEF 8/08,
cláusula sétima).

CAPÍTULO XI
DA OPERAÇÃO DE CONSIGNAÇÃO MERCANTIL
Art. 51. Consignação é a operação pela qual o contribuinte envia mercadoria a outro contribuinte
para ser comercializada por sua conta.
Parágrafo único. Para os efeitos deste capítulo, entende-se como:
I - consignante ou consignador, o remetente da mercadoria;
II - consignatário, o recebedor da mercadoria.
Art. 52. Ocorrendo remessa ou recebimento de mercadoria, em consignação, esta condição deve
estar declarada no documento fiscal, bem como a natureza e o código fiscal da operação.
§ 1º Na saída de mercadoria a título de consignação mercantil devem ser observados os
seguintes procedimentos
I - o consignante deve emitir nota fiscal contendo, além dos demais requisitos exigidos, o seguinte:
a) natureza da operação: REMESSA EM CONSIGNAÇÃO;

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b) base de cálculo: o valor da operação;
c) destaque do ICMS e do IPI, quando devidos;
II - o consignatário deve lançar a nota fiscal no livro Registro de Entradas, creditando-se do valor
do imposto, quando permitido.
§ 2º Havendo reajuste de preço contratado por ocasião da remessa em consignação mercantil
I - o consignante deve emitir nota fiscal complementar contendo, além dos demais requisitos
exigidos, o seguinte:
a) natureza da operação: REAJUSTE DE PREÇO DE MERCADORIA EM CONSIGNAÇÃO;
b) base de cálculo: o valor do reajuste;
c) destaque do ICMS e do IPI, quando devidos;
d) a expressão: REAJUSTE DE PREÇO DE MERCADORIA EM CONSIGNAÇÃO - NF Nº ______,
DE ___/___/____;
II - o consignatário deve lançar a nota fiscal no livro Registro de Entradas, creditando-se do valor
do imposto, quando permitido.
Art. 53. Na venda da mercadoria remetida a título de consignação mercantil (Ajuste SINIEF 2/93,
Cláusula, terceira):
I - o consignatário deve:
a) emitir nota fiscal contendo, além dos demais requisitos exigidos, como natureza da operação, a
expressão: VENDA DE MERCADORIA RECEBIDA EM CONSIGNAÇÃO, registrando-a no livro
Registro de Saídas com débito do imposto, se devido, tendo como base de cálculo o valor da
operação de que decorrer a venda;
b) emitir nota fiscal contendo, além dos demais requisitos exigidos:
1. como natureza da operação: DEVOLUÇÃO SIMBÓLICA DE MERCADORIA RECEBIDA EM
CONSIGNAÇÃO;
2. no campo INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES, a expressão: NOTA FISCAL EMITIDA EM
FUNÇÃO DE VENDA DE MERCADORIA RECEBIDA EM CONSIGNAÇÃO PELA NF Nº _______,
DE ___/___/_____;
c) registrar a nota fiscal de que trata o inciso II, no livro Registro de Entradas, apenas nas colunas
DOCUMENTO FISCAL e OBSERVAÇÕES, indicando nesta a expressão: COMPRA EM
CONSIGNAÇÃO - NF Nº ______, DE ___/___/____;
II - o consignante deve emitir nota fiscal, sem destaque do ICMS e do IPI, contendo, além dos
demais requisitos exigidos, o seguinte:
a) natureza da operação: VENDA;
b) valor da operação: o valor correspondente ao preço da mercadoria efetivamente vendida, neste
incluído, quando for o caso, o valor relativo ao reajuste do preço;
c) a expressão: SIMPLES FATURAMENTO DE MERCADORIA EM CONSIGNAÇÃO - NF Nº
_____, ___/___/____.

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Parágrafo único. O consignante deve lançar a nota fiscal a que se refere o inciso II, no livro
Registro de Saídas, apenas nas colunas DOCUMENTO FISCAL e OBSERVAÇÕES, indicando
nesta a expressão: VENDA EM CONSIGNAÇÃO - NF Nº ______, DE ___/___/____ (Ajuste SINIEF
2/93, Cláusula terceira, parágrafo único).
Art. 54. Na devolução de mercadoria recebida em consignação mercantil (Ajuste SINIEF 2/93,
Cláusula quarta):
I - o consignatário deve emitir nota fiscal contendo, além dos demais requisitos exigidos, o
seguinte:
a) natureza da operação: DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA RECEBIDA EM CONSIGNAÇÃO;
b) base de cálculo: o valor da mercadoria efetivamente devolvida, sobre o qual foi pago o imposto;
c) destaque o ICMS e indicação do IPI nos valores debitados, por ocasião da remessa em
consignação, quando devidos;
d) a expressão: DEVOLUÇÃO (PARCIAL OU TOTAL, CONFORME O CASO) DE MERCADORIA
EM CONSIGNAÇÃO - NF Nº _____, DE ____/____/____;
II - o consignante deve lançar a nota fiscal referida no inciso anterior, no livro Registro de
Entradas, creditando-se do valor do imposto.
Parágrafo único. É vedada a operação de devolução simbólica de mercadoria recebida de outro
Estado em consignação mercantil, exceto nas seguintes hipóteses:
I - venda da mercadoria pelo estabelecimento consignatário;
II - transmissão da propriedade da mercadoria para o estabelecimento consignatário;
III - remessa da mercadoria, pelo estabelecimento consignatário, para outro estabelecimento por
ordem do consignante.
Art. 55. As disposições contidas neste capítulo não se aplicam à mercadoria sujeita ao regime de
substituição tributária pelas operações subseqüentes

CAPÍTULO XII
DA OPERAÇÃO DE VENDA A PRAZO
Art. 56. O contribuinte que efetuar venda de mercadoria a prazo, com emissão de duplicata, fica
obrigado, sempre que apresentar esse título a banco, sociedade financeira e demais
estabelecimentos de crédito, para cobrança, desconto, caução, custódia ou apresentação a quem
deve assiná-lo, a elaborar uma relação do mesmo, em duas vias, de que constem:
I - o número do título e a data da emissão;
II - o nome e o endereço do emitente e do sacado;
III - o valor do título e a data do vencimento.
§ 1º A obrigação prevista neste artigo estende-se a todos os que apresentarem duplicatas a
bancos e demais estabelecimentos de crédito, para os fins nele indicados.
§ 2º Uma das vias da relação deve ser entregue ao estabelecimento de crédito, ficando a outra,
visada por este, em poder do interessado, para exibição ao fisco.

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§ 3º A relação pode ser feita em impresso do próprio estabelecimento de crédito, desde que
contenha os requisitos mínimos previstos neste artigo.
§ 4º A duplicata ou triplicata, quando for o caso, devem conter, obrigatoriamente o número de
inscrição do contribuinte que a emitiu, devendo a fatura conter, ainda, o número do documento
fiscal correspondente à operação realizada.

CAPÍTULO XIII
DA OPERAÇÃO EM EXPOSIÇÃO OU FEIRA DE AMOSTRAS
Art. 57. Considera-se exposição ou feira de amostras o evento público, ainda que realizado em
estabelecimento particular, destinado a divulgar determinado produto ou atividade, podendo ocorrer
ou não a comercialização de mercadoria exposta.
Art. 58. Na remessa de mercadoria destinada a exposição ou feira de amostras, o contribuinte
deve:
I - emitir nota fiscal destinada a acobertar o transporte da mercadoria até o local do evento, que,
além das exigências previstas na legislação tributária, deve conter as seguintes indicações:
a) a natureza da operação: REMESSA PARA EXPOSIÇÃO OU FEIRA DE AMOSTRA;
b) como destinatário, o próprio estabelecimento remetente;
c) a identificação do evento: nome, endereço, data e local de realização, que deve ser feita no
espaço destinado ao endereço do destinatário;
d) o destaque do imposto, se devido, ou a indicação dos dispositivos legais que prevêem a não
incidência ou a isenção;
e) indicação dos números e série das notas fiscais a serem utilizadas na comercialização de
mercadoria no recinto da exposição ou feira;
II - emitir nota fiscal de série distinta, relativamente à mercadoria comercializada no recinto do
evento, segundo o regime de tributação aplicável às operações, dispensada esta exigência quando
o remetente utiliza somente nota fiscal sem distinção de série.
§ 1º Se a remessa for efetuada por produtor agropecuário, deve ser emitida nota fiscal de produtor
que, além de outras exigências, deve conter, ainda, as indicações previstas nas alíneas “a” a “d” do
inciso I, deste artigo.
§ 2º A nota fiscal relativa à mercadoria comercializada no recinto do evento, mesmo quando o
expositor for produtor agropecuário, deve conter a indicação de que a mercadoria foi
comercializada no recinto do evento e a identificação do mesmo.
Art. 59. O retorno de mercadoria destinada a exposição ou feira deve ser feito:
I - se remetida por comerciante ou industrial, mediante a emissão de nota fiscal pela entrada que,
além das exigências previstas na legislação tributária, deve conter:
a) a natureza da operação: RETORNO DE EXPOSIÇÃO OU FEIRA DE AMOSTRA;
b) como destinatário, o próprio estabelecimento remetente, bem como seu endereço e número de
inscrição estadual;

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c) destaque do imposto, se devido, ou a indicação dos dispositivos legais que prevêem a não
incidência ou a isenção;
d) a identificação do evento: nome, endereço, data e local de realização, que deve ser feita no
corpo da nota fiscal;
e) a indicação do número, série e data da nota fiscal relativa à remessa da mercadoria;
II - quando se tratar de produtor agropecuário, mediante a emissão de nova nota fiscal de produtor
que, além das demais exigências estabelecidas, deve conter, ainda, as indicações referidas nas
alíneas “a” a “e” do inciso anterior.
Art. 60. Tratando-se de produtor agropecuário que não emita a sua própria nota fiscal, as
operação de venda de mercadoria comercializada na exposição ou feira, bem como o retorno
desta, devem ser acobertados por nota fiscal de produtor a ser extraída pela AGENFA do município
de realização do evento, por solicitação do produtor remetente.
§ 1º A Secretaria da Fazenda, pode designar agente do fisco para acompanhar a realização do
evento, hipótese em que este deve emitir a nota fiscal de produtor necessária, no local de
realização do mesmo.
§ 2º Na hipótese deste artigo, o produtor deve comparecer à AGENFA de seu domicílio, munido
das notas fiscais de produtor referidas, no prazo de 5 (cinco) dias, contados do encerramento do
certame, a fim de proceder à baixa da remessa anteriormente efetuada.
Art. 61. Se o expositor for estabelecido em outro Estado, a comercialização de sua mercadoria no
recinto da exposição ou feira deve ser feita mediante emissão de nota fiscal avulsa, situação em
que, deve ser considerado, se existente, o crédito destacado na nota fiscal relativa à remessa.

CAPÍTULO XV
DA REPOSIÇÃO DE PEÇA EM GARANTIA DE FÁBRICA
Art. 63. O disposto neste capítulo, aplica-se ao estabelecimento
I - concessionário de veículo autopropulsado, revendedor de produto industrializado ou à oficina
credenciada ou autorizada que, com permissão do fabricante, promove substituição de peça em
virtude de garantia, tendo ou não efetuado a venda do veículo autopropulsado ou do produto;
II - fabricante de mercadoria que receber peça defeituosa substituída em virtude de garantia e de
quem deve ser cobrada a peça nova aplicada em substituição.
Parágrafo único. O prazo de garantia é aquele fixado no certificado de garantia, contado da data
de sua expedição ao consumidor.
Art. 64. O concessionário de veículo autopropulsado, o revendedor de produto industrializado ou a
oficina credenciada ou autorizada quando da substituição da peça defeituosa deve emitir nota fiscal
I - pela entrada da peça defeituosa, sem destaque do imposto, que deve conter, além dos demais
requisitos, as seguintes indicações:
a) a sua discriminação;
b) o valor atribuído à peça, que é equivalente a 10% (dez por cento) do preço de venda da peça
nova;

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c) o número da Ordem de Serviço ou da Nota Fiscal - Ordem de Serviço;
d) o número, a data da expedição do certificado de garantia e o termo final de sua validade;
II - na saída da peça nova em substituição à defeituosa, indicando como destinatário o proprietário
da mercadoria, com destaque do imposto, quando devido, cuja base de cálculo é o preço cobrado
do fabricante pela peça e a alíquota é a aplicável à operação interna;
III - na remessa da peça defeituosa, com destino ao fabricante, deve conter, além dos demais
requisitos, o valor atribuído à peça de acordo com a alínea “b’ do inciso I do caput.
§ 1º A nota fiscal de que trata o inciso I do caput pode ser emitida no último dia do período de
apuração, englobando as entradas de peças defeituosas ocorridas no período, desde que:
I - na ordem de serviço ou na nota fiscal, conste:
a) a discriminação da peça substituída;
b) no caso de veículo autopropulsado, o número do chassi e outros elementos identificativos do
veículo;
c) o número, a data da expedição do certificado de garantia e o termo final de sua validade;
II - a remessa, ao fabricante, das peças defeituosas substituídas, seja efetuada após o
encerramento do período de apuração.
§ 2º Ficam dispensadas as indicações referidas nas alíneas “a” e “d” do inciso I do caput na nota
fiscal englobada.
Art. 65. A operação de remessa de peça defeituosa com destino ao fabricante, nos termos do
inciso III do caput do art. 64, dá-se com isenção do ICMS nos termos previstos no inciso CXII do
art. 6º do Anexo IX

CAPÍTULO XVI
DA OPERAÇÃO COM BRINDE OU PRESENTE
Seção I
Da Distribuição de Brinde por Conta Própria
Art. 70. Considera-se brinde a mercadoria que tenha sido adquirida, produzida ou separada do
estoque para distribuição gratuita a consumidor final.
Art. 71. O contribuinte que adquirir brinde para distribuição direta a consumidor final deve:
I - registrar a nota fiscal emitida pelo fornecedor no livro Registro de Entradas, com direito ao
crédito do imposto destacado no documento fiscal;
II - emitir, no ato da entrada da mercadoria no estabelecimento, nota fiscal de saída, pelo total da
mercadoria, com destaque do ICMS, se devido, incluindo na base de cálculo o valor do Imposto
sobre Produtos Industrializados - IPI - eventualmente destacado pelo fornecedor, e fazendo
constar, no local destinado à indicação do destinatário, a seguinte expressão: ENTRADA PARA
DISTRIBUIÇÃO DE BRINDE, NF nº ________, SÉRIE _______ DATA ____/____/____;
III - registrar a nota fiscal referida no inciso anterior no livro Registro de Saídas, debitando-se do
imposto nela destacado;

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§ 1º Na hipótese deste artigo, fica dispensada a emissão de nota fiscal na distribuição de brinde
ao consumidor ou usuário final, exceto quando este for objeto de comercialização pelo
estabelecimento.
§ 2º O contribuinte que efetuar transporte de brinde para distribuição direta a consumidor final,
deve observar o seguinte:
I - emitir nota fiscal relativa a toda a carga de brinde transportada, nela mencionando os requisitos
previstos e, especialmente:
a) a natureza da operação: REMESSA PARA DISTRIBUIÇÃO DE BRINDE - ANEXO XII DO
RCTE;
b) o número, a série, a data de emissão e o valor da nota fiscal emitida no ato da entrada da
mercadoria no estabelecimento;
II - registrar a nota fiscal, referida no inciso anterior, no livro Registro de Saídas, apenas nas
colunas VALOR CONTÁBIL e OUTRAS de OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO IMPOSTO.
Art. 72. Quando o contribuinte adquirir brinde para distribuição por intermédio de outro
estabelecimento, seja este filial, sucursal, agência, concessionário ou qualquer outro, cumulada ou
não com distribuição direta a consumidor final, deve observar o seguinte:
I - o estabelecimento adquirente deve:
a) registrar a nota fiscal emitida pelo fornecedor no livro Registro de Entradas, com direito a
crédito do imposto destacado no documento fiscal;
b) emitir, para remessa a qualquer estabelecimento referido no caput, nota fiscal com destaque do
ICMS, incluindo na sua base de cálculo a parcela do IPI eventualmente destacado pelo fornecedor;
c) emitir, no final de cada dia, relativamente à entrega efetuada a consumidor final, nota fiscal com
destaque do ICMS, incluindo na sua base de cálculo a parcela do IPI eventualmente destacado
pelo fornecedor;
d) registrar as notas fiscais, referidas nas alíneas “b” e “c”, no livro Registro de Saídas;
II - o estabelecimento destinatário referido na alínea “b” do inciso anterior deve:
a) proceder na forma do disposto no artigo anterior, se apenas efetuar distribuição direta a
consumidor final;
b) observar o disposto no inciso I deste artigo, se, também, remeter a mercadoria a outro
estabelecimento para distribuição.
Parágrafo único. Os estabelecimentos referidos neste artigo devem observar, também, o disposto
no § 2º do artigo anterior, no caso de transporte de brinde para distribuição direta a consumidor
final.

Seção II
Da Entrega de Brinde ou Presente por Conta e Ordem de Terceiros
Art. 73. O estabelecimento fornecedor pode proceder à entrega de brinde ou presente em
endereço de pessoa diversa da do adquirente, sem consignar o valor da operação na nota fiscal
relativa a entrega, desde que:

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I - no ato da operação, emita nota fiscal tendo como destinatário o adquirente, que deve conter,
além dos demais requisitos previstos, a observação: BRINDE OU PRESENTE A SER ENTREGUE
A ................., ENDEREÇO ......................., PELA NOTA FISCAL Nº ................., SÉRIE .........,
DESTA DATA;
II - emita nota fiscal para a entrega da mercadoria à pessoa indicada pelo adquirente, que deve
conter os demais requisitos e, especialmente:
a) a natureza da operação: ENTREGA DE BRINDE OU PRESENTE POR CONTA E ORDEM DE
TERCEIRO;
b) o nome e o endereço da pessoa a quem será entregue a mercadoria;
c) a observação: EMITIDA NOS TERMOS DO ANEXO XII DESTE REGULAMENTO,
CONJUNTAMENTE COM A NOTA FISCAL Nº ..............., SÉRIE ........, DESTA DATA.
§ 1º Se forem vários os destinatários, a observação referida no inciso I pode ser feita em
documento apartado, emitido com o mesmo número de vias da nota fiscal de venda, com citação
do número e da série e subsérie da nota fiscal relativa a entrega, no qual devem ser arrolados os
nomes e endereços dos destinatários.
§ 2º A nota fiscal aludida no inciso II do caput deste artigo deve ser registrada, pelo fornecedor, no
livro Registro de Saídas, apenas na coluna OBSERVAÇÕES, na linha correspondente ao registro
da nota fiscal referida no inciso I, também, do caput deste artigo.
§ 3º Se o adquirente da mercadoria for contribuinte do imposto, este deve:
I - registrar a nota fiscal relativa à aquisição da mercadoria, no livro Registro de Entradas, com
direito a crédito do imposto destacado;
II - emitir e registrar no livro Registro de Saídas, na mesma data do registro do documento fiscal
citado no inciso anterior, nota fiscal de saída pelo total da mercadoria, com destaque do imposto e
com observância dos seguintes requisitos especiais:
a) a base de cálculo compreende, além do valor da mercadoria, a parcela do IPI que
eventualmente tiver onerado a operação de que for decorrente a entrada da mercadoria;
b) a observação: EMITIDA NOS TERMOS DO ANEXO XII DO RCTE, RELATIVAMENTE À
MERCADORIA ADQUIRIDA PELA NOTA FISCAL Nº .............., SÉRIE ..........., DE ....../...../......,
EMITIDA POR ....................... .

CAPÍTULO XVII
DA OPERAÇÃO DE SAÍDA PARA O EXTERIOR
Art. 74. O disposto neste capítulo aplica-se às seguintes operações, inclusive à prestação de
serviço de transporte a elas vinculadas, amparadas pela não incidência:
I - saída para o exterior realizada diretamente pelo remetente;
II - saída com o fim específico de exportação para o exterior, destinada à empresa comercial
exportadora, inclusive trading, ou a outro estabelecimento da mesma empresa remetente
III - saída para formação de lote de exportação em recintos alfandegados ou em Recinto Especial
para Despacho Aduaneiro de Exportação -REDEX- mediante termo de acordo de regime especial;

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§ 1º Entende-se como empresa comercial exportadora
I - a classificada como trading company, nos termos do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro
de 1972, que estiver inscrita como tal, no Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria
de Comércio Exterior - SECEX -, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
II - as demais empresas comerciais que realizem operações mercantis de exportação, inscritas no
Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX -, do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
§ 2º Na hipótese do inciso III, o Secretário de Estado da Fazenda, levando-se em consideração o
tipo do produto ou da mercadoria e condições específicas de armazenagem, pode autorizar a
formação de lote para exportação em recinto não alfandegado, devendo o termo de acordo de
regime especial, nesse caso, ter anuência do Estado destinatário.

Seção II
Dos Procedimentos do Estabelecimento Remetente
Art. 75. O estabelecimento remetente deve emitir nota fiscal, sem destaque do ICMS, contendo,
além dos requisitos exigidos pela legislação, a indicação de CFOP específico para as seguintes
operações
I - SAÍDA PARA O EXTERIOR, na hipótese da operação prevista no inciso I do caput do art. 74;
II - REMESSA DE MERCADORIA COM FIM ESPECÍFICO DE EXPORTAÇÃO, na hipótese da
operação prevista no inciso II do caput do art. 74;
III - REMESSA DE MERCADORIAS PARA FORMAÇÃO DE LOTE DE EXPORTAÇÃO, na
hipótese da operação prevista no inciso III do caput do art. 74.
Art. 75-A. O estabelecimento remetente, exceto o emissor de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, antes
da efetiva saída da mercadoria ou bem, deve emitir o Documento de Controle de Exportação - DCE
-, conforme modelo residente no Sistema de Exportação - SISEXP -, disponível no endereço
eletrônico http://www.sefaz.go.gov.br, em, no mínimo, 2 (duas) vias, que acompanharão a
mercadoria.
§ 1º O DCE deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
I - denominação, Documento de Controle de Exportação - DCE -;
II - número de ordem;
III - nome, endereço, inscrição estadual, CNPJ ou CPF do remetente;
IV - série, número, data e valor da nota fiscal;
V - tipo de operação;
VI - país de destino, na hipótese de exportação direta;
VII - razão social, endereço, inscrição estadual, CNPJ do destinatário, na hipótese de saída com o
fim específico de exportação;

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VIII - identificação e o endereço do recinto alfandegado, na hipótese de remessa para formação
de lote.
§ 2º Na impossibilidade de acesso ao SISEXP, o contribuinte deve providenciar a emissão do
DCE por intermédio de unidade descentralizada informatizada da SEFAZ, à vista das vias da nota
fiscal que acompanhará a mercadoria e do respectivo conhecimento de transporte.
Art. 75-B. O estabelecimento remetente fica obrigado, até o último dia do mês subseqüente ao do
efetivo embarque da mercadoria ou bem para o exterior, a inserir no SISEXP, a partir de
informações extraídas do SISCOMEX, a Comprovação da Exportação, conforme modelo residente
no SISEXP, disponível no endereço eletrônico http://www.sefaz.go.gov.br, que deve conter, no
mínimo:
I - o número da nota fiscal da efetiva exportação;
II - o valor da operação em moeda nacional;
III - a quantidade efetivamente exportada;
IV - a data da efetiva exportação, considerando esta como sendo a data de averbação automática
no SISCOMEX;
V - o número do Registro de Exportação - RE - ou do Registro de Exportação Simplificado - RES -;
VI - o número da Declaração de Despacho de Exportação - DDE ou do Despacho Simplificado de
Exportação - DSE -.
Parágrafo único. Além das informações relacionadas no caput, devem ser registrados ainda:
I - na hipótese de remessa com o fim específico de exportação para o exterior:
a) o número do Memorando de Exportação;
b) o CNPJ do exportador;
II - no caso de remessa para formação de lote em recinto alfandegado, as informações referentes
à nota fiscal emitida pelo estabelecimento remetente quando da devolução simbólica, relacionando-
a às notas fiscais emitidas na remessa para formação de lote e os dados da nota fiscal de efetiva
exportação.
Art. 75-C. O estabelecimento remetente deve manter arquivados:
I - a Declaração de Despacho de Exportação - DDE - ou Declaração Simplificada de Exportação -
DSE -, averbadas;
II - o Registro de Exportação - RE - ou Registro de Exportação Simplificado - RES -;
III - o Conhecimento de Transporte (BL/AWB/CTRC-Internacional);
IV - o contrato de câmbio;
V - a relação de notas fiscais, quando o registro destas no SISCOMEX ocorrer de forma
consolidada;
VI - o Memorando-Exportação.

Seção II-A

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Dos procedimentos referentes à exportação com remessa de mercadoria, por conta e
ordem, para país diverso do país do adquirente
Art. 75-D. Na operação de exportação direta em que o adquirente da mercadoria determinar a
entrega dessa mercadoria em país diverso do país do importador, o remetente deve emitir nota
fiscal
I - em nome do adquirente, por ocasião da exportação contendo, além das demais exigências
previstas na legislação tributária, as seguintes informações:
a) natureza da operação: “Operação de exportação direta’, com o CFOP 7.101 ou 7.102, conforme
o caso;
b) número do Registro de Exportação - RE - e do SISCOMEX no campo INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES;
II - em nome do destinatário localizado em país diverso do país do adquirente, por ocasião do
transporte da mercadoria, contendo, além das demais exigências previstas na legislação tributária,
as seguintes informações:
a) natureza da operação: “Remessa por conta e ordem’, com o CFOP 7.949 - Outras saídas de
mercadorias não especificadas;
b) número do RE, do SISCOMEX e do número, série e data da nota fiscal emitida de acordo com
o inciso I.
Parágrafo único. Uma cópia da nota fiscal prevista no inciso I deve acompanhar o trânsito da
mercadoria até a transposição da fronteira do território nacional.

Seção III
Dos Procedimentos Referentes à Remessa com fim Específico de Exportação.
Art. 76. O estabelecimento da empresa comercial exportadora, inclusive tranding, ou outro
estabelecimento da mesma empresa remetente, ao emitir nota fiscal com a qual a mercadoria, total
ou parcialmente, que é remetida para o exterior, deve informar
I - nos campos relativos ao item da nota fiscal:
a) o CFOP específico para a operação de exportação de mercadoria adquirida com o fim
específico de exportação;
b) a mesma classificação tarifária NCM/SH constante na nota fiscal emitida pelo estabelecimento
remetente;
c) a mesma unidade de medida constante na nota fiscal emitida pelo estabelecimento remetente;
II - no grupo de controle de exportação, por item da nota fiscal:
a) o número do Registro de Exportação;
b) a chave de acesso da NF-e relativa às mercadorias recebidas para exportação;
c) a quantidade do item efetivamente exportado
III – revogado

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Parágrafo único. As unidades de medida das mercadorias constantes das notas fiscais da
empresa comercial exportadora ou outro estabelecimento da mesma empresa remetente deverão
ser as mesmas das constantes nas notas fiscais de remessa com fim específico de exportação dos
remetentes.
Art. 77. Relativamente à operação de que trata esta seção, o estabelecimento destinatário, além
dos procedimentos a que estiver sujeito por força da legislação de seu Estado, deve emitir o
documento denominado MEMORANDO-EXPORTAÇÃO, conforme modelo constante do Apêndice
XXI, contendo, no mínimo, as seguintes indicações
I - denominação: MEMORANDO-EXPORTAÇÃO;
II - número de ordem;
III - data da emissão;
IV - nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento emitente
V - nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CNPJ ou CPF, do estabelecimento
remetente da mercadoria;
VI - chave de acesso, número e data da nota fiscal de remessa com fim específico de exportação;
VII - chave de acesso, número e data da nota fiscal de exportação;
VIII - número da Declaração de Exportação
IX - número do Registro de Exportação;
X - número do Conhecimento de Embarque e a data do respectivo embarque;
XI - a classificação tarifária NCM/SH e a quantidade da mercadoria exportada;
XII – revogado
XIII - data e assinatura do emitente ou seu representante legal
XIV - revogado;
§ 1o Até o último dia do mês subsequente ao do embarque da mercadoria para o exterior, o
estabelecimento exportador encaminhará ao estabelecimento remetente o “Memorando-
Exportação”, que será acompanhado:
I - da cópia do comprovante de exportação;
II - da cópia do registro de exportação averbado
§ 2o O Memorando-Exportação poderá ser emitido em meio digital, em formato a ser definido pela
unidade federada do exportador;
Art. 77-B. Na operação de remessa com o fim específico de exportação em que o adquirente da
mercadoria determinar a entrega em local diverso do seu estabelecimento, devem ser observadas
as legislações tributárias das unidades federadas envolvidas, inclusive quanto ao local de entrega

Seção IV
Dos Procedimentos Referentes à Remessa para Formação de Lote

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Art. 78. A nota fiscal de remessa para formação de lote deve ser emitida em nome do próprio
estabelecimento remetente e conter, além dos requisitos exigidos, a identificação e o endereço do
recinto alfandegado onde será formado o lote para posterior exportação
Art. 78-A. O estabelecimento remetente deve, por ocasião da exportação da mercadoria, emitir
I - nota fiscal relativa a entrada em seu próprio nome, sem destaque do valor do imposto,
mencionando os números e datas das notas fiscais de remessa originárias e indicando como
natureza da operação “Retorno Simbólico de Mercadoria Remetida para Formação de Lote e
Posterior Exportação;
II - nota fiscal de saída para exterior, sem destaque do ICMS, contendo, além dos requisitos
previstos na legislação, o dispositivo legal da não incidência, os números e as datas das notas
fiscais de remessa para formação de lote, a identificação e o endereço do recinto alfandegado de
onde sairá a mercadoria.

Seção V
Dos Procedimentos Referentes à Remessa Para Feira e Exposição no Exterior ou
Exportação em Consignação
Art. 79. Na remessa ao exterior para promoção em feira e exposição, bem como na exportação
em consignação, o estabelecimento remetente fica obrigado:
I - até o último dia do mês subseqüente ao da efetiva contratação cambial, a:
a) inserir, a Comprovação da Exportação no SISEXP;
b) comprovar, no caso de ocorrer a venda, o ingresso de moeda estrangeira na forma da
regulamentação cambial vigente;
II - até o 20º (vigésimo) dia após 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da saída da
mercadoria do seu estabelecimento, comprovar o retorno da mercadoria ao seu estabelecimento.
Parágrafo único. Na situação deste artigo, o MEMORANDO-EXPORTAÇÃO somente deve ser
emitido pelo estabelecimento que promover a exportação até o último dia do mês subseqüente ao
da contratação cambial, conservando os comprovantes da venda, durante o prazo previsto na
legislação

Seção VI
Da Obrigação do Pagamento do Imposto.
Art. 80. O estabelecimento remetente fica obrigado ao recolhimento do imposto devido, inclusive o
relativo à prestação de serviço de transporte quando for o caso, monetariamente atualizado,
sujeitando-se aos acréscimos legais, inclusive multa, segundo a legislação estadual, em qualquer
dos seguintes casos em que não se efetivar a exportação
I - após decorrido o prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, contados da data da saída da
mercadoria do seu estabelecimento, no caso de remessa com fim específico de exportação
II - após decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da primeira Nota Fiscal,
no caso de remessa para formação de lote;

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III - em razão de perda, furto, roubo, incêndio, calamidade, perecimento, sinistro da mercadoria,
ou qualquer outra causa
IV - em virtude de reintrodução da mercadoria no mercado interno.
V - em razão de descaracterização da mercadoria remetida, seja por beneficiamento,
rebeneficiamento ou industrialização.
§ 1º Em relação a produtos primário e semi-elaborado, o prazo de que trata o inciso I, é de 180
(cento e oitenta) dias.
§ 2º-A Na hipótese prevista neste artigo o ICMS deve ser pago mediante utilização da alíquota
própria, observados os benefícios fiscais aplicáveis e atendidas as condições estabelecidas pela
legislação.
§ 3º O recolhimento do imposto não é exigido na devolução da mercadoria ao estabelecimento
remetente, quando efetuados nos prazos fixados neste artigo.
§ 4º A devolução da mercadoria, dentro dos prazos fixados neste artigo, deve ser comprovada por
documentos que atestem seu efetivo retorno físico ao estabelecimento remetente.
§ 5º Na hipótese de transmissão da propriedade ou da transferência da mercadoria para outro
estabelecimento da mesma empresa, dentro dos prazos previstos neste artigo, o retorno da
mercadoria ao estabelecimento remetente pode ser feito de forma simbólica, desde que, na nota
fiscal de retorno simbólico, bem como na de transmissão de propriedade ou de transferência,
conste o número, a série e a data da nota fiscal de remessa originária
§ 6º O prazo, previsto neste artigo, não se interrompe na hipótese de subsequente exportação da
mercadoria que tenha sido devolvida de acordo com o disposto no § 5º.
§ 7º As alterações dos registros de exportação, após a data da averbação do embarque, somente
são admitidas após anuência formal de um dos gestores do SISCOMEX, mediante formalização em
processo administrativo específico, independentemente de alterações eletrônicas automáticas.
§ 8º O depositário da mercadoria recebida com o fim específico de exportação deve exigir o
comprovante do recolhimento do imposto para a liberação da mercadoria
§ 9º Na hipótese de retorno das mercadorias ao estabelecimento remetente; de sua exportação;
transmissão de propriedade ou transferência para outro estabelecimento da mesma empresa
ocorridas fora dos prazos previstos no caput deste artigo, o valor do ICMS pago constitui crédito
para o estabelecimento remetente, observado o seguinte:
I - devem ser emitidas a nota fiscal de retorno, ainda que simbólico, e a nota fiscal correspondente
à venda da mercadoria à comercial exportadora, inclusive trading, ou à transferência para outro
estabelecimento da mesma empresa remetente;
II - o ICMS pago deve ser registrado como dedução nos ajustes da apuração do ICMS, no item
Deduções do ICMS próprio, mediante utilização do código GO040080.
Art. 80-A. A empresa comercial exportadora ou outro estabelecimento da mesma empresa que
houver adquirido mercadorias de empresa optante pelo Simples Nacional com o fim específico de
exportação para o exterior que, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da emissão
da nota fiscal pela vendedora, não efetivar a exportação, nos termos do § 3o do art. 77, fica sujeita
ao pagamento do imposto que deixou de ser pago pela empresa vendedora, acrescido dos juros de
mora e multa, calculados na forma da legislação relativa à cobrança do tributo não pago

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Art. 81. O estabelecimento remetente fica exonerado do cumprimento da obrigação prevista no
art. 80, se o pagamento do débito fiscal tiver sido efetuado pelo adquirente ao Estado de origem da
mercadoria
Art. 81-A. A comercial exportadora ou outro estabelecimento da mesma empresa, por ocasião da
operação de exportação, deve registrar no SISCOMEX, para fins de comprovação de exportação
da mercadoria adquirida com o fim específico de exportação, o Registro de Exportação (RE) com
as seguintes informações
I - no quadro "Dados da Mercadoria":
a) código da NCM/SH da mercadoria, idêntico ao da nota fiscal de remessa com o fim específico
de exportação;
b) unidade de medida de comercialização da mercadoria, idêntica à da nota fiscal de remessa
com o fim específico de exportação;
c) resposta "NÃO" à pergunta "O exportador é o único fabricante?";
d) no campo "Observação do Exportador": O CNPJ ou o CPF do remetente e o número da nota
fiscal do remetente da mercadoria adquirida com o fim específico de exportação;
II - no quadro "Unidade da Federação Produtora": (
a) a identificação do fabricante da mercadoria exportada e da sua unidade federada, mediante
informação da UF e do CNPJ ou CPF do produtor;
b) a quantidade de mercadoria efetivamente exportada.
§ 1º O Registro de Exportação deve ser individualizado para cada unidade federada do
produtor/fabricante da mercadoria
§ 2º Quando solicitado pelo Fisco de Goiás, a Declaração de Exportação e o Registro de
Exportação devem ser apresentados em meio impresso, na forma disciplinada neste artigo
Art. 81-B. Nas exportações de que tratam este capítulo, quando o despacho aduaneiro de
exportação for processado por meio de Declaração Única de Exportação - DU-E -, nos termos da
legislação federal, o exportador deve informar na DU-E nos campos específicos
I - a chave de acesso da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e ou os dados relativos à Nota Fiscal
Formulário correspondentes à remessa com fim específico de exportação;
II - a quantidade na unidade de medida tributável do item efetivamente exportado. (NR)
Art. 81-C. Na hipótese de que trata o art. 81-B, e desde que a operação de exportação e a
remessa com fim específico de exportação estejam amparadas por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e,
não se aplicam os seguintes dispositivos:
I - alínea “a” do inciso II do art. 76;
II - art. 77; III - art. 79; IV - § 7º do art. 80; V - art. 81-A.
Parágrafo único. Para fins fiscais nas operações de que trata o caput, considera-se não efetivada
a exportação a falta de registro do evento de averbação na NF-e de remessa com fim específico,
após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da saída, observando-se, no que
couber, o disposto no art. 80.

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Seção VII
Disposições Finais
Art. 82. Ato do Secretário da Fazenda pode instituir outras obrigações, bem como estabelecer
normas regulamentares das disposições de que trata este capítulo.
Art. 83. A Secretaria da Fazenda deve solicitar e prestar assistência a outras unidades da
Federação para a fiscalização das operações abrangidas por este capítulo, podendo, também,
mediante acordo prévio, designar funcionário para exercer atividade de interesse do fisco goiano
junto às repartições de outras unidades federadas

8. Capítulos IV, VI, VIII e X do Anexo XIII do Decreto nº 4.852/97,


que trata dos procedimentos especiais aplicáveis a determinadas
atividades econômicas.
ANEXO XIII
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS APLICÁVEIS A DETERMINADAS ATIVIDADES
ECONÔMICAS
CAPÍTULO IV
DA OPERADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE TELECOMUNICAÇÃO
Art. 7º A empresa prestadora de serviço de telecomunicação que presta serviço neste Estado é
regida pelo disposto neste Capítulo, relativamente à prestação relacionada com o serviço de
telecomunicação que realizar, observando-se o seguinte

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I - a empresa de telecomunicação que atua neste Estado deve manter apenas um de seus
estabelecimentos inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Goiás, dispensados dessa
exigência os demais locais onde exercer sua atividade, devendo centralizar neste estabelecimento
inscrito a sua escrituração fiscal e o pagamento do ICMS correspondente, e ainda
a) elaborar e apresentar, como condição para a fruição do regime especial previsto neste capítulo,
livro razão auxiliar contendo os registros das contas de ativo permanente, custos e receitas
auferidas, tributadas, isentas e não-tributadas, de todas as unidades da Federação onde atue, de
forma discriminada e segregada por unidade federada;
b) as informações contidas no livro razão auxiliar a que se refere alínea "a" devem ser
disponibilizadas, inclusive em meio eletrônico, e fornecidas ao fisco até 30 de abril de cada ano,
conforme dispuser ato do Secretário da Fazenda;
II - a empresa de telecomunicação, relativamente aos estabelecimentos que não possuam
inscrição própria, deve cumprir todas as obrigações tributárias não excepcionadas, devendo, ainda,
no tocante à declaração de dados informativos necessários à apuração dos índices de participação
dos municípios no produto da arrecadação do ICMS, observar o estabelecido na legislação
estadual
III - o estabelecimento centralizador de que trata o inciso I é autorizado a emitir Nota Fiscal de
Serviço de Comunicação (NFSC) e Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação (NFST), por
sistema eletrônico de processamento de dados, atendidas as disposições do Anexo X deste
regulamento, em especial os seus Capítulo III-A e Título III, em via única, abrangendo todas as
prestações de serviços realizadas por todos os seus estabelecimentos situados em Goiás,
observando, ainda, o seguinte
a) na hipótese de emissão e impressão simultânea do documento fiscal, devem ser atendidas as
disposições do Convênio ICMS 58/95, de 28 de junho de 1995, utilizando-se o formulário de
segurança, dispensada a calcografia (talho-doce)
b) mediante a celebração de termo de acordo de regime especial o Secretário da Fazenda pode
dispensar o uso de formulário de segurança para a emissão e impressão simultânea do documento
fiscal
IV - as informações constantes dos documentos fiscais emitidos por sistema de processamento de
dados, com emissão e impressão simutânea ou não, devem ser gravadas, concomitantemente com
a emissão da primeira via, em meio magnético óptico não regravável, o qual deve ser conservado
pelo prazo decadencial para ser apresentado ao fisco, inclusive em papel, quando solicitado
V - A empresa de telecomunicação que prestar serviços em mais de uma unidade federada fica
autorizada a imprimir e emitir Nota Fiscal de Serviço de Comunicação (NFSC) e Nota Fiscal de
Serviço de Telecomunicação (NFST) de forma centralizada, desde que
a) sejam cumpridos todos os requisitos estabelecidos neste capítulo;
b) os dados relativos ao faturamento de todas as unidades federadas de atuação da empresa
prestadora de serviço de telecomunicação devem ser disponibilizados, de forma discriminada e
segregada por unidade da Federação, inclusive em meio eletrônico, à unidade federada solicitante,
conforme dispuser a legislação estadual;
V-A - a empresa que atender as disposições do Capítulo III-A e Título III do Anexo X

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a) fica dispensada do cumprimento das obrigações previstas nas alíneas "a" e "b" do inciso III e no
inciso IV;
b) deve informar à repartição fiscal a que estiver vinculada, a série e subsérie da nota fiscal
adotada para cada tipo de prestação de serviço, antes do início da utilização, da alteração, da
inclusão ou da exclusão da série ou da subsérie adotada;
VI - em relação a cada Posto de Serviço, a empresa de telecomunicação é autorizada
a) a emitir, ao final do dia, documento interno que deve conter, além dos demais requisitos, o
resumo diário dos serviços prestados, a série e subsérie e o número ou código de controle
correspondente ao posto;
b) a manter impresso do documento interno de que trata a alínea anterior, para os fins ali
previstos, em poder de preposto;
VII - na hipótese do inciso anterior, além das demais exigências, a empresa de telecomunicação
deve adotar os seguintes procedimentos
a) indicar no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência a
identificação dos impressos dos documentos internos destinados a cada posto;
b) no último dia de cada mês, emitir Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicações (NFST) ou Nota
Fiscal de Serviço de Comunicação (NFSC), de subsérie especial, abrangendo todos os
documentos internos emitidos no mês, com destaque do ICMS devido;
c) conservar, para exibição ao fisco, durante o prazo decadencial, uma via do documento interno
emitido e todos os documentos que serviram de base para a sua emissão;
VIII - o documento interno sujeita-se a todas as demais normas relativas a documentos fiscais,
previstas na legislação
IX - relativamente à modalidade pré-paga de prestação de serviço de telefonia fixa, de telefonia
móvel celular e de telefonia com base em voz sobre protocolo internet - VoIP -, disponibilizado por
ficha, cartão ou assemelhados, mesmo que por meio eletrônico, deve ser emitida Nota Fiscal de
Serviços de Telecomunicação, Modelo 22, - NFST -, com destaque do imposto devido, calculado
com base no valor tarifário vigente, na hipótese de disponibilização
a) para utilização exclusivamente em terminal de uso público em geral, e quando se tratar de
cartão, ficha ou assemelhado de uso múltiplo, por ocasião de seu fornecimento a usuário ou a
terceiro intermediário para fornecimento a usuário, cabendo o imposto à unidade federada onde se
der o fornecimento;
b) de crédito passível de utilização em terminal de uso particular, por ocasião da sua
disponibilização que ocorre no momento de seu reconhecimento ou ativação pela empresa de
telecomunicação que possibilita o seu consumo no terminal, cabendo o imposto à unidade federada
onde o terminal estiver habilitado;
X - na operação interestadual entre estabelecimentos de empresas de telecomunicação com ficha,
cartão ou assemelhados deve ser emitida nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, com destaque do valor do
ICMS devido, calculado com base no valor de aquisição mais recente do meio físico
X-A - a Gerência de Substituição Tributária da SGAF pode exigir relatórios analíticos de receitas e
sua respectiva documentação comprobatória, nas transações com créditos pré-pagos de que
tratam os incisos IX e X

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X-B - o Secretário da Fazenda pode editar ato estabelecendo obrigações acessórias relativas a
emissão, escrituração, manutenção e prestação de informações correspondentes às prestações de
serviços pré-pagos de que tratam os incisos IX, X e X-A;
XI - o disposto neste capítulo não dispensa a adoção e escrituração dos livros fiscais previstos na
legislação estadual
XII - o Documento de Declaração de Tráfego e de Prestação de Serviços - DETRAF -, instituído
pelo Ministério das Comunicações, é adotado como documento de controle relacionado com o
ICMS devido pelas operadoras, que deve guardá-lo, para exibição ao fisco, durante o prazo
decadencial
§ 1º O prestador de serviço de comunicação que prestar esse serviço a destinatário localizado no
Estado de Goiás, em uma das seguintes modalidades, conforme nomenclatura definida pela
Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL -, deve inscrever-se no Cadastro de
Contribuintes do Estado de Goiás
I - Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC -;
II - Serviço Móvel Pessoal - SMP -;
III - Serviço Móvel Celular - SMC -;
IV - Serviço de Comunicação Multimídia - SCM -;
V - Serviço Móvel Especializado - SME -;
VI - Serviço Limitado Especializado - SLE -;
VII - Serviço Móvel Global por Satélite - SMGS -;
VIII - Serviço de Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura Via Satélite - DTH -
;
IX - Serviço de Rede de Transporte de Telecomunicações - SRTT -;
X - Serviço de Conexão à internet - SCI -.
§ 1º-A. Na hipótese do § 1º o prestador do serviço de comunicação deve, ainda
I - indicar o endereço de sua sede, para fins de inscrição;
II - efetuar a escrituração fiscal e manter os livros e documentos no estabelecimento de sua sede;
III - indicar representante legal domiciliado no Estado de Goiás
IV - pagar do imposto por meio de documento de arrecadação de tributos estaduais – DARE -, na
forma e no prazo estabelecidos pela legislação tributária do Estado de Goiás;
V - observar as demais normas da legislação tributária do Estado de Goiás.
§ 2º A empresa de telecomunicação pode imprimir suas Notas Fiscais de Serviços de
Telecomunicações - NFST ou de Serviço de Comunicação - NFSC conjuntamente com as de
outras empresas de telecomunicação, em um único documento de cobrança, desde que
I - ao menos uma das empresas envolvidas seja prestadora de Serviço Telefônico Fixo Comutado
- STFC, Serviço Móvel Celular - SMC ou Serviço Móvel Pessoal - SMP, podendo a outra ser
empresa prestadora de Serviço Móvel Especializado - SME ou de Serviço de Comunicação
Multimídia - SCM;

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II - a emissão dos correspondentes documentos fiscais seja feita individualmente pelas empresas
prestadoras do serviço de telecomunicação envolvidas na impressão conjunta, por sistema
eletrônico de processamento de dados, observado o disposto nos incisos III e IV do caput deste
artigo e demais disposições específicas;
III - as NFST refiram-se ao mesmo usuário e ao mesmo período de apuração;
IV - as empresas envolvidas:
a) requeiram, conjunta e previamente, à Gerência de Substituição Tributária da SGAF a
autorização para impressão conjunta de NFST para cobrança prevista neste parágrafo;
b) adotem subsérie distinta para os documentos fiscais emitidos e impressos nos termos deste
parágrafo.
c) informem, conjunta e previamente, à repartição fiscal a que estiverem vinculadas, a série e a
subsérie da nota fiscal adotada para este tipo de prestação, indicando para cada série e subsérie, a
empresa emitente e a empresa impressora do documento, assim como, qualquer tipo de alteração,
inclusão ou exclusão de série ou de subsérie adotada.
§ 3º O documento impresso nos termos do parágrafo anterior deve ser composto pelos
documentos fiscais emitidos pelas empresas envolvidas, nos termos do inciso II desse parágrafo
§ 3º-A A empresa responsável pela impressão do documento fiscal nos termos do § 2º, no prazo
previsto no Anexo X para a apresentação do arquivo magnético, deve apresentar, relativamente ao
documento por ela impresso, arquivo texto, conforme leiaute e manual de orientação estabelecido
em Ato Cotepe, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
I - da empresa impressora do documento fiscal, a razão social, a inscrição estadual e o CNPJ;
II - da empresa emitente do documento fiscal, a razão social, a inscrição estadual e o CNPJ;
III - do documento impresso, o período de referência, o modelo, a série e a subsérie, os números
inicial e final, o valor total: dos serviços, da base de cálculo, do ICMS, das isentas, das outras e de
outros valores que não compõem a base de cálculo;
IV - nome do responsável pela apresentação das informações, seu cargo, telefone e e-mail.
§ 3º-B A obrigatoriedade da entrega do arquivo descrito no § 3º-A deste artigo persiste mesmo
que não tenha sido realizada prestação no período, situação em que os totalizadores e os dados
sobre os números inicial e final das Notas Fiscais de Serviços de Telecomunicações - NFST ou das
Notas Fiscais de Serviço de Comunicação - NFSC, por série de documento fiscal impresso,
deverão ser preenchidos com zeros
§ 4º A emissão conjunta da NFST para cobrança cabe a empresa relacionada no Apêndice XII
deste anexo quando a autorização envolver empresas de SME ou SCM:
I - na saída do bem a operadora deve emitir nas operações interna e interestadual, nota fiscal para
acobertar a operação, contendo, além dos requisitos exigidos na legislação, inclusive quanto a
incidência do ICMS, a seguinte observação: "Regime Especial – Art. 7º, § 4º do Anexo XIII do
RCTE - Convênio ICMS 80/01 - bem destinado à operação de interconexão com outra operadora"
II - a nota fiscal deve ser registrada pela operadora remetente
a) no livro Registro de Saídas, constando, na coluna "observações", a indicação "Art. 7º, § 4º do
Anexo XIII do RCTE - Convênio ICMS 80/01";

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b) no livro Registro de Inventário, na forma do inciso I do § 1º do art. 333 do RCTE, com a
observação: "bem em poder de terceiro destinado a operações de interconexão";
III – a operadora destinatária do bem deve registrar a respectiva nota fiscal (Convênio ICMS
80/01, cláusula terceira):
a) no livro Registro de Entradas, constando, na coluna "observações", a indicação "Art. 7º, § 4º do
Anexo XIII do RCTE - Convênio ICMS 80/01";
b) no livro Registro de Inventário, na forma do inciso II do § 1º do art. 333 do RCTE, com a
observação: "bem de terceiro destinado à operação de interconexão";
IV - as operadoras remetente e destinatária devem manter à disposição da fiscalização das
unidades federadas envolvidas, os contratos que estabeleceram as condições para a interconexão
das suas redes, na forma do art. 153 e seus parágrafos, da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997
§ 5º Os procedimentos previstos no parágrafo anterior não se aplicam à remessa de bem
destinado ao Estado do Espírito Santo
§ 6º Revogado.
§ 7º Na hipótese do inciso I do § 2º deste artigo, quando apenas uma das empresas prestar
Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC, Serviço Móvel Celular - SMC ou Serviço Móvel Pessoal
- SMP, a impressão do documento caberá a essa empresa.
Art. 8º O imposto devido por todos os estabelecimentos da empresa de telecomunicação deve ser
apurado e pago por meio de um só documento de arrecadação, obedecidos os demais requisitos
quanto à forma e prazos previstos na legislação estadual
§ 1º Devem ser considerados, para a apuração do imposto referente às prestações e operações,
os documentos fiscais emitidos durante o período de apuração
§ 2º Na prestação de serviço de telecomunicação não medido, envolvendo localidades situadas
em diferentes unidades federadas e cujo preço seja cobrado por período definido, o ICMS devido
deve ser pago, em partes iguais, para as unidades federadas envolvidas na prestação por meio de
GNRE, até o dia 10 do mês subseqüente ao da prestação
Art. 9º Revogado
Art. 9º-A Na prestação de serviços de telecomunicação entre empresas relacionadas no Ato
COTEPE 13/13, de 13 de março de 2013, fica atribuída a responsabilidade pelo recolhimento do
imposto incidente sobre a cessão dos meios de rede ao prestador do serviço ao usuário final
§ 1º O regime especial previsto no caput aplica-se, também, às empresas prestadoras de Serviço
Limitado Especializado - SLE, Serviço Móvel Especializado - SME e Serviço de Comunicação
Multimídia - SCM que tenham como tomadoras de serviço as empresas relacionadas no Ato
COTEPE 13/13.
§ 2º O regime especial previsto no caput não se aplica nas prestações de serviços de
telecomunicação cujo prestador ou tomador seja optante do Simples Nacional
Art. 9º-B O tratamento previsto no art. 9º-A fica condicionado à comprovação do uso do serviço
como meio de rede, da seguinte forma
I - apresentação de demonstrativo de tráfego, contrato de cessão de meios de rede ou outro
documento, contendo a natureza e o detalhamento dos serviços, endereços e características do
local de instalação do meio;

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II - declaração expressa do tomador do serviço confirmando o uso como meio de rede;
III - utilização de código específico para as prestações de que trata esta cláusula, nos arquivos
previstos no Capítulo III-A e Título III do Anexo X deste Regulamento;
IV - indicação, no corpo da nota fiscal, do número do contrato ou do relatório de tráfego ou de
identificação específica do meio de rede que comprove a natureza dos serviços e sua finalidade.
Art. 9º-C A empresa tomadora dos serviços fica obrigada ao recolhimento do imposto incidente
sobre a aquisição dos meios de rede, sem direito a crédito, nas hipóteses descritas a seguir
I - prestação de serviço a usuário final que seja isenta, não tributada ou realizada com redução da
base de cálculo;
II - consumo próprio;
III - qualquer saída ou evento que impossibilite o lançamento integral do imposto incidente sobre a
aquisição dos meios de rede na forma prevista no art. 9º-A
§ 1º Para efeito do recolhimento previsto no caput, nas hipóteses dos incisos I e II, o montante a
ser tributado será obtido pela multiplicação do valor total da cessão dos meios de rede pelo fator
obtido da razão entre o valor das prestações previstas nesses incisos e o total das prestações do
período.
§ 2º Caso o somatório do valor do imposto calculado nos termos do § 1º com o imposto destacado
nas prestações tributadas próprias seja inferior ao imposto incidente sobre a aquisição dos meios
de rede, a empresa tomadora dos serviços efetuará, na qualidade de responsável, o pagamento da
diferença do imposto correspondente às prestações anteriores.
§ 3º Para fins de recolhimento dos valores previstos nos §§ 1º e 2º, o contribuinte deverá:
I - emitir Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21 ou Nota Fiscal de Serviço de
Telecomunicação, modelo 22;
II - utilizar os códigos de classificação de item específicos nos arquivos previstos no Capítulo III-A
e Título III do Anexo X deste Regulamento.

CAPÍTULO VI
DAS OPERAÇÕES RELATIVAS À CONSTRUÇÃO CIVIL
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 24. Considera-se empresa de construção civil, para fins de inscrição e cumprimento das
demais obrigações fiscais previstas neste anexo, toda pessoa, natural ou jurídica, que executar
obra de construção civil ou hidráulica, promovendo a circulação de mercadoria em seu próprio
nome ou de terceiro.
Parágrafo único. Entende-se por obra de construção civil as adiante relacionadas, quando
decorrentes de obras de engenharia civil:
I - construção, demolição, reforma ou reparação de prédio ou de outras edificações;
II - construção e reparação de estrada de ferro e de rodagem, inclusive o trabalho concernente às
estruturas inferior e superior de estrada e obra de arte;

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III - construção e reparação de ponte, viaduto, logradouro público e outras obras de urbanismo;
IV - construção de sistema de abastecimento de água e de saneamento;
V - execução de obra de terraplenagem, de pavimentação em geral, hidráulica marítima ou fluvial;
VI - execução de obras elétrica e hidrelétrica;
VII - execução de obra de montagem e construção de estrutura em geral.

Seção II
Da Incidência
Art. 25. O ICMS incide sempre que a empresa de construção promover saída de mercadoria:
I - decorrente de obra executada ou de demolição, inclusive sobra e resíduo, quando destinados a
terceiro;
II - de fabricação própria.

Seção III
Da Não-Incidência
Art. 26. O ICMS não incide sobre:
I - a movimentação de máquina, veículo, ferramenta e utensílio para prestação de serviço na obra,
desde que devam retornar ao estabelecimento remetente;
II - o fornecimento de material adquirido de terceiro, quando efetuado em decorrência de contrato
de empreitada ou de subempreitada;
III - a movimentação de material, a que se refere o inciso anterior entre o estabelecimento
fornecedor e a obra, ou de uma para outra obra;
IV - o fornecimento de material produzido no canteiro de obra.

Seção IV
Da Inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado - CCE
Art. 27. Deve inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do Estado - CCE/GO -, antes de iniciar
suas atividades, a pessoa que promover as operações referidas no artigo anterior.
§ 1º Se a empresa mantiver mais de um estabelecimento, ainda que simples depósito, em relação
a cada um deles é exigida inscrição.
§ 2º Fica dispensada de inscrição:
I - a empresa que se dedique exclusivamente a atividade profissional relacionada com a
construção civil, mediante prestação de serviço técnico, tal como elaboração de planta, projeto,
estudo, cálculo, sondagem de solo e assemelhado;

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II - a empresa que se dedique à exclusiva prestação de serviço em obra de construção civil,
mediante contrato de administração, fiscalização, empreitada ou subempreitada, sem fornecimento
de material.
§ 3º A empresa mencionada no parágrafo anterior, caso venha a realizar operação relativa à
circulação de mercadoria, em nome próprio ou de terceiro, em decorrência de execução de obra de
construção civil ou hidráulica, fica obrigada à inscrição e ao cumprimento das demais obrigações
previstas neste anexo.
§ 4º Não se considera estabelecimento o local de cada obra, podendo ser autorizada a inscrição
facultativa, tanto da obra como das empresas referidas no § 2º deste artigo.

Seção V
Do Crédito do Imposto
Art. 28. A entrada de mercadoria em estabelecimento de empresa de construção que mantenha
estoque para exclusivo emprego em obra contratada por empreitada ou subempreitada não dá
direito a crédito.
Parágrafo único. O estabelecimento da construtora que efetuar venda ao público, sempre que
realizar remessa para a obra que executar, deve estornar o crédito correspondente à respectiva
entrada, na forma prevista neste regulamento.

Seção VI
Da Documentação Fiscal
Art. 29. A construtora é obrigada a emitir nota fiscal, sempre que promover saída de mercadoria
ou a transmissão da propriedade desta.
§ 1º A nota fiscal deve ser emitida pelo estabelecimento que promover a saída da mercadoria, no
caso de saída de mercadoria de obra não inscrita, a emissão da nota fiscal deve ser feita pelo
estabelecimento - escritório, depósito, filial e outros - indicando-se os locais de procedência e de
destino.
§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, a movimentação de material e outros bens
móveis entre estabelecimentos do mesmo titular, entre estes e as obras, ou de uma para outra
obra, deve ser feita mediante talonário de série distinta, indicando-se o local de procedência e de
destino, com emissão de nota fiscal consignando como natureza da operação SIMPLES
REMESSA, que não dá origem a qualquer débito ou crédito do imposto.
§ 3º Na operação tributada deve ser emitida nota fiscal de série distinta observando-se o sistema
normal de apuração e pagamento do imposto.
§ 4º O material adquirido de terceiro pode ser remetido pelo fornecedor diretamente à obra, desde
que no documento emitido pelo remetente constem o nome, o endereço e os números de inscrição,
estadual e no CGC/MF, da empresa construtora, bem como a indicação expressa do local da obra
onde deve ser entregue o material.
§ 5º Na saída de máquina, veículo, ferramenta e utensílio, para serem utilizados na obra, e que
devam retornar ao estabelecimento de origem, este deve emitir nota fiscal, tanto para a remessa
como para o retorno, sempre que a obra não seja inscrita.

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Seção VII
Dos Livros Fiscais
Art. 30. A empresa construtora inscrita no CCE que promover a saída de mercadoria de
fabricação própria ou adquirida de terceiros fica obrigada à Escrituração Fiscal Digital - EFD -.
§ 1º A obrigatoriedade à EFD não se aplica à empresa que promover somente a saída de
mercadoria decorrente de obra executada ou de demolição, inclusive sobra e resíduo.

Seção VIII
Das Demais Disposições
Art. 31. O disposto neste capítulo aplica-se também ao empreiteiro e subempreiteiro,
responsáveis por execução, ainda que parcial, de obra de construção civil.
§ 1º Na saída eventual de material, inclusive sobra ou resíduo decorrente de obra executada ou
de demolição, com destino a terceiro, efetuada por empresa não obrigada à EFD, o imposto deve
ser pago por meio de documento de arrecadação específico procedendo-se, no próprio documento,
ao abatimento do crédito pela entrada, quando cabível, na mesma proporção da saída tributada.
§ 2º O imposto deve ser pago no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado da data de cada operação.

CAPÍTULO VIII
DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA
Art. 33. À empresa concessionária de serviço público de energia elétrica, relacionada em Ato
COTEPE, doravante denominada simplesmente CONCESSIONÁRIA, fica concedido regime
especial para apuração e escrituração do ICMS, nos termos deste Capítulo
§ 1º Para cumprimento das obrigações tributárias, a CONCESSIONÁRIA pode manter inscrição
única no Estado de Goiás, em relação a seus estabelecimentos localizados no território goiano.
§ 2º A CONCESSIONÁRIA, mesmo que opere em mais de um Estado, pode efetuar, em um único
estabelecimento, a escrituração fiscal e a apuração do imposto de todos os seus estabelecimentos.
§ 3º Os locais ou endereços de centralização são os indicados no Ato COTEPE mencionado no
caput deste artigo
§ 3º-A O requerimento para inclusão no Ato COTEPE deve conter informação do estabelecimento
centralizador da escrituração fiscal e, se for o caso, a indicação do estabelecimento, localizado no
Estado de Goiás, para o qual é solicitada inscrição única e deve ser encaminhado à Secretaria
Executiva do CONFAZ, acompanhado dos seguintes documentos (Ajuste SINIEF 28/89, cláusula
terceira, § 4º):
I - cópia do Diário Oficial da União do ato de concessão de serviço público de energia elétrica,
indicando as respectivas áreas de abrangência;
II - cópia do ato constitutivo da empresa e da última alteração;
III - cópia da procuração, se for o caso;

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§ 3º-B A entrega da documentação incompleta acarreta o indeferimento do pedido
§ 3º-C A concessionária relacionada no Ato COTEPE deve comunicar à Secretaria Executiva do
CONFAZ as alterações ocorridas nos seus dados cadastrais em até 60 (sessenta) dias após a data
da ocorrência, juntando os documentos comprobatórios dessas alterações
§ 4º A documentação pertinente pode ser mantida no estabelecimento centralizador, desde que,
quando solicitada, seja apresentada, no prazo de até 5 (cinco) dias, no local determinado pelo fisco
solicitante.
§ 5º O exame da escrituração deve ser franqueado ao fisco das unidades da Federação onde a
concessionária possuir estabelecimento filial.
6º Revogado.
§ 7º Revogado.
§ 8º Com base nos livros fiscais, a CONCESSIONÁRIA deve declarar os dados deles constantes
nos documentos de informação específicos, exigidos pelo fisco, inclusive o necessário à apuração
do Índice de Participação dos Municípios - IPM - no produto da arrecadação do ICMS, na forma e
nos prazos regulamentares.
§ 9º A concessionária ao emitir em via única, por sistema eletrônico de processamento de dados,
a Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, modelo 6, deve no tocante à emissão, escrituração,
manutenção e prestação de informações relativas ao fornecimento de energia elétrica, atender ao
disposto nos Capítulo III-A e Título III, ambos do Anexo X deste regulamento
Art. 34. O pagamento do imposto deve ser efetuado na forma e dentro dos prazos estabelecidos
na legislação estadual, respeitadas as disposições de convênios existentes sobre a matéria.
Art. 34-A. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE - e o Operador Nacional do
Sistema - ONS - devem disponibilizar ao Estado de Goiás relatório de suas operações na forma e
prazo previsto em Ato COTEPE
Art. 34-G O gerador integrante do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Elétrica - PROINFA - , nos termos das Leis federais nº 10.438, de 26 de abril de 2002, ajustada às
diretrizes e orientações da nova Política Energética Nacional pela Lei nº 10.762, de 11 de
novembro de 2003, deve emitir nota fiscal modelo 1 ou 1-A, contra a Eletrobrás, no último dia de
cada mês, relativamente ao faturamento da energia contratada no âmbito do PROINFA, fazendo
constar a expressão: "Operação no âmbito do PROINFA nos termos do Ajuste SINIEF 3/09"
§ 1º O faturamento mensal corresponde ao estabelecido na metodologia prevista no Contrato de
Compra e Venda de Energia - CCVE -, firmado com a Eletrobrás, e demais atos expedidos pelo
órgão regulador.
§ 2º Até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente, o gerador deve emitir nota fiscal
modelo 1 ou 1-A correspondente à energia efetivamente entregue no ano anterior, fazendo constar
a expressão: "Operação no âmbito do PROINFA nos termos do Ajuste SINIEF 3/09".
Art. 34-H Na hipótese de ajuste, para mais ou para menos, entre a energia contratada e a energia
entregue, este deve ser efetuado no ano seguinte, conforme metodologia de cálculo prevista no
CCVE firmado com a Eletrobrás, cuja discriminação deve constar na nota fiscal emitida de acordo
com § 2º do art. 34-G

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Art. 34-I A Eletrobrás deve emitir nota fiscal de faturamento contra a empresa distribuidora e
transmissora de energia elétrica, que corresponde à fração das quotas estabelecidas anualmente
pela ANEEL referente ao PROINFA, discriminando a quantidade de energia correspondente aos
consumidores cativos e aos livres, fazendo constar a expressão: "Operação no âmbito do
PROINFA nos termos do Ajuste SINIEF 3/09"
Parágrafo único. Fica dispensada a emissão de nota fiscal mensal pela entrega de energia elétrica
aos consumidores livres.

CAPÍTULO X
DO COMERCIANTE AMBULANTE
Art. 49. Considera-se comerciante ambulante a pessoa natural, sem estabelecimento fixo, que,
por conta e risco próprios, portando o seu estoque de mercadoria, exerça pessoalmente atividade
comercial e efetue venda exclusivamente a consumidor final.
Parágrafo único. Não perde a condição de comerciante ambulante a pessoa que, inscrita como tal,
exerça atividade em estabelecimento situado no interior de centro de comércio - “box shopping” -.
Art. 50. Os livros e documentos fiscais utilizados no comércio ambulante, devem obedecer aos
modelos e normas estabelecidas para os demais comerciantes e às disposições especiais contidas
neste capítulo.
Parágrafo único. Os livros fiscais devem permanecer no local de residência do contribuinte, neste
Estado e, esse deve conduzir a Ficha de Inscrição Cadastral - FIC -, as notas fiscais de aquisição
das mercadorias a serem comercializadas e os blocos das notas fiscais a serem emitidas por
ocasião da entrega das mercadorias.
Art. 51. O Secretário da Fazenda, considerando o volume de operações realizadas por
comerciante ambulante, pode estabelecer normas especiais de controle e fiscalização desse
contribuinte.

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9. Anexo XV do Decreto nº 4.852/97, que trata das operações e
prestações que destinem mercadoria, bem ou serviço a consumidor
final não contribuinte, localizado no Estado de Goiás.

Anexo XV
DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES QUE DESTINEM MERCADORIA, BEM OU SERVIÇO A
CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE, LOCALIZADO NO ESTADO DE GOIÁS.
Art. 1º Nas operações e prestações interestaduais que destinem mercadoria, bem ou serviço a
consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado no Estado de Goiás, fica atribuída ao
estabelecimento remetente ou ao prestador a responsabilidade pelo pagamento do ICMS
correspondente ao diferencial de alíquotas.
Art. 2º O remetente deve apurar o valor do diferencial de alíquotas a pagar ao Estado de Goiás
mediante aplicação das seguintes fórmulas

onde:
ICMS ORIGEM = ICMS correspondente à operação ou prestação própria do remetente ou
prestador;
ICMS GOIÁS = valor do diferencial de alíquotas;
BC = base de cálculo do diferencial de alíquotas que deve ser calculada pelo remetente por meio
da utilização da alíquota prevista para as operações ou prestações internas no Estado de Goiás;
AICMS INTRA = alíquota prevista para as operações ou prestações internas no Estado de Goiás;
AICMS INTER = alíquota prevista para as operações ou prestações interestaduais destinadas ao
Estado de Goiás.
§ 1º Integra a base de cálculo do diferencial de alíquotas o montante do próprio imposto e os
valores correspondentes ao frete, seguro; tributos e demais importâncias pagas, recebidas ou
debitadas, bem como descontos concedidos sob condição.
§ 2º A alíquota prevista para as operações e prestações interestaduais prevalece para fins de
obtenção do ICMS ORIGEM, ainda que (Convênio ICMS 153/15, cláusula primeira, § 2º):
I - no Estado ou Distrito Federal de origem, estas estejam contempladas com redução da base de
cálculo ou isenção;
II - o remetente seja optante pelo Simples Nacional.
§ 3º O adicional de 2% (dois por cento) na alíquota do ICMS previsto no § 6º do art. 20 do Decreto
nº 4.852, de 29 de dezembro de 1997, Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás -
RCTE, deve ser considerado para fins de obtenção da base de cálculo do diferencial de alíquotas
devido a este Estado.
§ 4º No cálculo do valor do ICMS correspondente à diferença entre as alíquotas interna e
interestadual de que trata o caput será considerado o benefício fiscal de redução da base de
cálculo ou de isenção do ICMS, concedidos por meio de convênios ICMS com base na Lei

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Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, e previstos para operação ou prestação interna,
mediante aplicação da seguinte fórmula:

onde:
BC = base de cálculo do diferencial de alíquotas calculada de acordo com o caput deste artigo;
CT = carga tributária efetiva prevista para as operações ou prestações internas no Estado de
Goiás.
Art. 3º No transporte de mercadoria pelo vendedor, ou por sua conta e ordem, em operação com
cláusula CIF, em que o valor da prestação de serviço está incluída no valor da mercadoria, não se
aplica a cobrança do diferencial de alíquotas sobre o valor da referida prestação de serviço de
transporte (Convênio ICMS 93/15, cláusula segunda).
Art. 4º O remetente deve calcular, separadamente, o imposto correspondente ao diferencial de
alíquotas, por meio da aplicação de percentual correspondente (Convênio ICMS 93/15, cláusula
segunda):
I - à alíquota interna sem considerar o adicional de 2% (dois por cento), por meio da seguinte
fórmula:

onde:
ICMS GOIÁS SEM ADICIONAL = diferencial de alíquotas sem a parte correspondente ao
adicional de 2% (dois por cento);
AICMS INTRA SEM ADICIONAL = alíquota prevista para as operações ou prestações internas no Estado de
Goiás, sem considerar o adicional de 2% (dois por cento);
II - ao adicional de 2% (dois por cento), por meio da seguinte fórmula;

Onde:
ICMS GOIÁS ADICIONAL = parte do diferencial de alíquotas correspondente ao adicional de 2%
(dois por cento);
AICMS INTRA ADICIONAL = alíquota adicional de 2% (dois por cento);
§ 1º Na hipótese em que a operação ou prestação interna estiverem contempladas com redução
de base de cálculo e estiverem sujeitas ao adicional de 2% (dois por cento), o cálculo do imposto
deve ser obtido por meio da multiplicação da base de cálculo reduzida pelos percentuais referidos
nos incisos I e II do caput deste artigo.

onde;

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ICMS GOIÁS TOTAL = diferencial de alíquotas total correspondente à alíquota total prevista para
as operações e prestações internas, considerando o adicional.
§ 2º Se o valor do ICMS GOIÁS TOTAL for igual ou menor ao valor obtido pela aplicação do
percentual de 2% (dois por cento) aplicado sobre BC e o valor do ICMS GOIÁS SEM ADICIONAL
for menor ou igual a zero, o pagamento deve corresponder ao valor do ICMS GOIÁS TOTAL e ser
feito, integralmente, a título de ICMS GOIÁS ADICIONAL.
Art. 5º O remetente ou prestador estabelecido em outra unidade da Federação deve utilizar Guia
Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE -, conforme especificado nos arts. 74 e
74-A deste regulamento, para pagar, no momento em que promover a saída da mercadoria ou em
que iniciar a prestação de serviço para consumidor final não contribuinte do ICMS localizado no
território goiano, separadamente, o imposto correspondente ao (Convênio ICMS 93/15, cláusula
quarta):
I - diferencial de alíquotas, sem considerar o adicional de 2% (dois por cento);
II - adicional de 2% (dois por cento).
Parágrafo único. As GNRE devem acompanhar o trânsito da mercadoria ou, se a natureza do
serviço permitir, a prestação do serviço, nelas devendo ser mencionado o número do
correspondente documento fiscal.
Art. 6º O remetente inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Goiás - CCE - deve
calcular o valor do imposto correspondente ao diferencial de alíquotas devido em cada operação ou
prestação, obter o total no final do período de apuração e efetuar o pagamento até o 15º (décimo
quinto) dia do período de apuração subsequente, mediante utilização de GNRE, conforme
especificado no art. 5º (Convênio ICMS 93/15, cláusula quinta).
Art. 7º A inscrição no CCE pode ser concedida, mediante solicitação do contribuinte remetente, ou
exigida pela Secretaria de Estado da Fazenda, de acordo com o interesse da administração
tributária, mediante adoção do procedimento e apresentação dos documentos previstos no art. 37
do Anexo VIII deste regulamento (Convênio ICMS 93/15, cláusula quinta).
Parágrafo único. Fica dispensada nova inscrição para o contribuinte situado em outra unidade da
Federação que já for inscrito no CCE.
Art. 8º O contribuinte situado em outros Estados ou no Distrito Federal inscrito no CCE que
remeter mercadoria, bem ou serviço a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado no
Estado de Goiás, deve apresentar, na forma e nos prazos previstos no Anexo VIII deste
regulamento, os seguintes documentos (Ajustes SINIEF 4/93, cláusula décima primeira, XL e
12/15, cláusula primeira):
I - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS Substituição Tributária - GIA-ST -, em se
tratando de contribuinte que apure o imposto pelo regime normal;
II - Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação - DeSTDA - em se
tratando de contribuinte optante pelo Simples Nacional.
Art. 9º No caso de não aceitação ou devolução do bem ou mercadoria pelo consumidor final não
contribuinte do ICMS, o retorno ao remetente pode ser feito por meio:
I - do próprio DANFE correspondente à remessa, desde que conste no verso deste o motivo da
não aceitação ou da devolução, bem como a lista das mercadorias ou bens não aceitos ou
devolvidos, no caso de não aceitação ou devolução parcial;

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II - de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e - emitida pela Secretaria de Estado da Fazenda.
Parágrafo único. O contribuinte remetente pode, na hipótese prevista neste artigo:
I - deduzir o valor do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas do montante que tiver que
pagar ao Estado de Goiás no período de apuração seguinte ao da devolução ou não aceitação da
mercadoria ou bem, na hipótese de remetente inscrito no CCE;
II - solicitar restituição do valor pago, na forma prevista na legislação tributária, na hipótese de
remente não inscrito no CCE.
Art. 10. O disposto neste anexo aplica-se ao remetente ou prestador optante pelo Simples
Nacional (Convênio ICMS 93/15, cláusula nona).
Art. 11. Até o dia 31 de dezembro de 2018, o valor do imposto correspondente ao diferencial de
alíquotas a pagar ao Estado de Goiás deve ser obtido por meio da aplicação dos percentuais a
seguir especificados sobre o valor obtido de acordo com o inciso I do art. 5º (Convênio ICMS 93/15,
cláusula décima):
I - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento);
II - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento);
III - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento).
Parágrafo único. O imposto calculado de acordo com o inciso II do art. 5º deve ser pago
integralmente ao Estado de Goiás.
Art. 12. Até o dia 31 de dezembro de 2018, o contribuinte goiano, inclusive o optante do Simples
Nacional, que remeter bem ou mercadoria ou prestar serviço a consumidor final não contribuinte do
ICMS localizado em outro Estado ou no Distrito Federal deve pagar ao Estado de Goiás, o imposto
correspondente à aplicação dos percentuais a seguir especificados sobre o valor do diferencial de
alíquotas incidente na operação ou prestação (Convênio ICMS 93/15, cláusula décima):
I - para o ano de 2016: 60% (sessenta por cento);
II - para o ano de 2017: 40% (quarenta por cento);
III - para o ano de 2018: 20% (vinte por cento).
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o contribuinte pode calcular o montante do imposto
devido em cada operação ou prestação, obter o total no final de cada período de apuração e:
I - e efetuar o lançamento a débito no livro Registro de Apuração do ICMS, se apurar o ICMS pelo
regime normal;
II - pagar no prazo previsto para pagamento do Simples Nacional, se optante pelo referido regime.
Art. 13. Aplicam-se ao diferencial de alíquotas de que trata este Anexo as demais normas
previstas no Decreto nº 4.852, de 29 de dezembro de 1997, excetuadas aquelas aqui disciplinadas.

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10. Ajuste SINIEF nº 07/05, que Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o


Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica, Cláusulas I, II, II-A, III,
IV, V, VI e IX.

AJUSTE SINIEF 7, DE 30 DE SETEMBRO DE 2005


Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica.
O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e o Secretário Geral da Receita
Federal do Brasil, na 119ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária,
realizada em Manaus, AM, no dia 30 de setembro de 2005, tendo em vista o disposto no art.
199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolvem
celebrar o seguinte
A J U S T E
Cláusula primeira Fica instituída a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, que poderá ser
utilizada pelos contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI ou Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS em substituição:
I - à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A;
II - à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4.
III - REVOGADO
IV - REVOGADO
§ 1º Considera-se Nota Fiscal Eletrônica - NF-e o documento emitido e armazenado
eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar operações e
prestações, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e autorização de
uso pela administração tributária da unidade federada do contribuinte, antes da ocorrência do fato
gerador.
§ 2º Ficam as unidades federadas autorizadas a estabelecer a obrigatoriedade da utilização da
NF-e, a qual será fixada por intermédio de Protocolo ICMS, o qual será dispensado:
I - na hipótese de contribuinte inscrito no cadastro do ICMS de uma única unidade federada;
II - a partir de 1º de dezembro de 2010.
§ 3º Para fixação da obrigatoriedade de que trata o protocolo previsto no § 2º, as unidades
federadas poderão utilizar critérios relacionados à receita de vendas e serviços dos contribuintes,
atividade econômica ou natureza da operação por eles exercida.
§ 4º REVOGADO

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§ 5º A NF-e poderá ser utilizada em substituição à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, somente
pelos contribuintes que possuem Inscrição Estadual.
§ 6º REVOGADO
Cláusula segunda Para emissão da NF-e, o contribuinte deverá estar previamente credenciado
na unidade federada em cujo cadastro de contribuinte do ICMS estiver inscrito.
§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de NF-e deverá observar, no que couber, as
disposições relativas à emissão de documentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de
dados, constantes dos Convênios ICMS 57/95 e 58/95, ambos de 28 de junho de 1995 e legislação
superveniente.
§ 2º- O credenciamento a que se refere o caput poderá ser:
I - voluntário, quando solicitado pelo contribuinte;
II - de ofício, quando efetuado pela Administração Tributária.
§ 3º É vedada a emissão de nota fiscal modelo 1 ou 1-A ou da Nota Fiscal de Produtor, modelo 4,
por contribuinte credenciado à emissão de NF-e, exceto quando a legislação estadual assim
permitir.
§ 4º REVOGADO
Cláusula segunda-A Ato COTEPE publicará o “Manual de Orientação do Contribuinte - MOC”,
disciplinando a definição das especificações e critérios técnicos necessários para a integração
entre os Portais das Secretarias de Fazendas dos Estados e os sistemas de informações das
empresas emissoras de NF-e.
Parágrafo único. Nota técnica publicada no Portal Nacional da NF-e poderá esclarecer questões
referentes ao MOC.
Cláusula terceira A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no MOC, por
meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte, observadas as seguintes
formalidades:
I - o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language);
II - a numeração da NF-e será seqüencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série,
devendo ser reiniciada quando atingido esse limite;
III - a NF-e deverá conter um “código numérico”, gerado pelo emitente, que comporá a “chave de
acesso” de identificação da NF-e, juntamente com o CNPJ ou CPF do emitente, número e série da
NF-e.
IV - a NF-e deverá ser assinada pelo emitente, com assinatura digital, certificada por entidade
credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o nº do CPF
ou CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do
documento digital;
V - a identificação das mercadorias comercializadas com a utilização da NF-e deverá conter o seu
correspondente código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM;
VI - a NF-e deverá conter um Código Especificador da Substituição Tributária, numérico e de sete
dígitos, de preenchimento obrigatório no documento fiscal que acobertar operação com as
mercadorias listadas em convênio específico, independentemente de a operação estar sujeita aos

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regimes de substituição tributária pelas operações subsequentes ou de antecipação do
recolhimento do ICMS com encerramento de tributação.
§ 1º As séries da NF-e serão designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente,
observando-se o seguinte:
I - a utilização de série única será representada pelo número zero;
II - é vedada a utilização de subséries.
§ 2º O Fisco poderá restringir a quantidade de séries.
§ 3º Para efeitos da geração do código numérico a que se refere o inciso III, na hipótese de a NF-
e não possuir série, o campo correspondente deverá ser preenchido com zeros.
§ 4º REVOGADO
§ 5º A NF-e deverá conter o Código de Regime Tributário - CRT e, quando for o caso, o Código de
Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN, conforme definidos no Anexo I.
§ 6º Fica obrigatório o preenchimento dos campos cEAN e cEANTrib da NF-e, com as
informações a seguir indicadas, quando o produto comercializado possuir código de barras com
GTIN (Numeração Global de Item Comercial), observado o disposto nos §§ 4º e 5º da cláusula
sexta:
I - cEAN: Código de barras GTIN do produto que está sendo comercializado na NF-e, podendo ser
referente a unidade de logística do produto;
II - cEANTrib: Código de barras GTIN do produto tributável, ou seja, a unidade de venda no varejo,
devendo, quando aplicável, referenciar a menor unidade identificável por código GTIN;
III - qCom: Quantidade comercial, ou seja, a quantidade de produto na unidade de
comercialização na NF-e;
IV - uCom: Unidade de medida para comercialização do produto na NF-e;
V - vUnCom: Valor unitário de comercialização do produto na NF-e;
VI - qTrib: Conversão da quantidade comercial à unidade de medida da apresentação do item
para comercialização no varejo, devendo, quando aplicável, referenciar a menor unidade
identificável por código GTIN;
VII - uTrib: Unidade de medida da apresentação do item para comercialização no varejo, devendo,
quando aplicável, referenciar a menor unidade identificável por código GTIN;
VIII - vUnTrib: Conversão do valor unitário comercial à unidade de medida da apresentação do
item para comercialização no varejo, devendo, quando aplicável, referenciar a menor unidade
identificável por código GTIN;
IX - Os valores obtidos pela multiplicação entre os campos dos incisos “III” e “V” e dos incisos “VI”
e “VIII” devem produzir o mesmo resultado.
Cláusula quarta O arquivo digital da NF-e só poderá ser utilizado como documento fiscal, após:
I - ser transmitido eletronicamente à administração tributária, nos termos da cláusula quinta;
II - ter seu uso autorizado por meio de Autorização de Uso da NF-e, nos termos da cláusula sexta.

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§ 1º Ainda que formalmente regular, não será considerado documento fiscal idôneo a NF-e que
tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo que a
terceiro, o não-pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.
§ 2º Para os efeitos fiscais, os vícios de que trata o § 1º do caput atingem também o respectivo
DANFE impresso nos termos das cláusulas nona ou décima primeira, que também não será
considerado documento fiscal idôneo.
§ 3º A concessão da Autorização de Uso:
I - é resultado da aplicação de regras formais especificadas no MOC e não implica a convalidação
das informações tributárias contidas na NF-e;
II - identifica de forma única, pelo prazo decadencial estabelecido pela legislação tributária, uma
NF-e através do conjunto de informações formado por CNPJ ou CPF do emitente, número, série e
ambiente de autorização.
Cláusula quinta A transmissão do arquivo digital da NF-e deverá ser efetuada via Internet, por
meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software desenvolvido ou
adquirido pelo contribuinte.
Parágrafo único. A transmissão referida no caput implica solicitação de concessão de Autorização
de Uso da NF-e.
Cláusula sexta Previamente à concessão da Autorização de Uso da NF-e, a administração
tributária da unidade federada do contribuinte analisará, no mínimo, os seguintes elementos:
I - a regularidade fiscal do emitente;
II - o credenciamento do emitente, para emissão de NF-e;
III - a autoria da assinatura do arquivo digital da NF-e;
IV - a integridade do arquivo digital da NF-e;
V - a observância ao leiaute do arquivo estabelecido no MOC;
VI - a numeração do documento.
§ 1º A autorização de uso poderá ser concedida pela administração tributária da unidade federada
emitente através da infraestrutura tecnológica da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB ou
de outra unidade federada, na condição de contingência prevista no inciso I da cláusula décima
primeira.
§ 2º A unidade federada que tiver interesse poderá, por protocolo, estabelecer que a autorização
de uso será concedida mediante a utilização de ambiente de autorização disponibilizado através de
infraestrutura tecnológica da RFB ou de outra unidade federada.
§ 3º Nas situações constante dos §§ 1º e 2º, a administração tributária que autorizar o uso da NF-
e deverá observar as disposições constantes deste Ajuste estabelecidas para a administração
tributária da unidade federada do contribuinte emitente.
§ 4º Os Sistemas de Autorização da NF-e deverão validar as informações descritas nos campos
cEAN e cEANTrib, junto ao Cadastro Centralizado de GTIN da organização legalmente responsável
pelo licenciamento do respectivo código de barras, devendo ser rejeitadas as NF-e em casos de
não conformidades das informações contidas no Cadastro Centralizado de GTIN.

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§ 5º Os detentores de códigos de barras deverão manter atualizados os dados cadastrais de seus
produtos junto à organização legalmente responsável pelo licenciamento do respectivo código de
barras, de forma a manter atualizado o Cadastro Centralizado de GTIN.
Cláusula nona Fica instituído o Documento Auxiliar da NF-e - DANFE, conforme leiaute
estabelecido no MOC, para acompanhar o trânsito das mercadorias acobertado por NF-e ou para
facilitar a consulta prevista na cláusula décima quinta.
§ 1º O DANFE somente poderá ser utilizado para transitar com as mercadorias após a concessão
da Autorização de Uso da NF-e, de que trata o inciso III da cláusula sétima, ou na hipótese prevista
na cláusula décima primeira.
§ 1º-A A concessão da Autorização de Uso será formalizada através do fornecimento do
correspondente número de Protocolo, o qual deverá ser impresso no DANFE, conforme definido no
MOC, ressalvadas as hipóteses previstas na cláusula décima primeira.
§ 2º No caso de destinatário não credenciado para emitir NF-e, a escrituração da NF-e poderá ser
efetuada com base nas informações contidas no DANFE, observado o disposto na cláusula
décima.
§ 3º O DANFE utilizado para acompanhar o trânsito de mercadorias acobertado por NF-e será
impresso em uma única via.
§ 4º O DANFE deverá ser impresso em papel, exceto papel jornal, no tamanho mínimo A4 (210 x
297 mm) e máximo ofício 2 (230 x 330 mm), podendo ser utilizadas folhas soltas, Formulário de
Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA),
formulário contínuo ou formulário pré-impresso.
§ 5º O DANFE deverá conter código de barras, conforme padrão estabelecido no MOC.
§ 5º-A Na hipótese de venda ocorrida fora do estabelecimento, o DANFE poderá ser impresso em
qualquer tipo de papel, exceto papel jornal, em tamanho inferior ao A4 (210 x 297 mm), caso em
que será denominado “DANFE Simplificado”, devendo ser observadas as definições constantes
MOC.
§ 5º-B Na hipótese de venda ocorrida fora do estabelecimento em que o contribuinte opte pela
emissão de NF-e no momento da entrega da mercadoria, poderá ser dispensada a impressão do
DANFE, exceto nos casos de contingência ou quando solicitado pelo adquirente.
§ 6º O DANFE poderá conter outros elementos gráficos, desde que não prejudiquem a leitura do
seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico.
§ 7º As alterações de leiaute do DANFE permitidas são as previstas no MOC.
§ 8º Os títulos e informações dos campos constantes no DANFE devem ser grafados de modo
que seus dizeres e indicações estejam bem legíveis.
§ 9º A aposição de carimbos no DANFE, quando do trânsito da mercadoria, deve ser feita em seu
verso.
§ 10. É permitida a indicação de informações complementares de interesse do emitente,
impressas no verso do DANFE, hipótese em que sempre será reservado espaço, com a dimensão
mínima de 10x15 cm, em qualquer sentido, para atendimento ao disposto no § 9º.
§ 11. REVOGADO

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§ 12. O DANFE não poderá conter informações que não existam no arquivo XML da NF-e com
exceção das hipóteses previstas no MOC.
§ 13. No trânsito de mercadorias realizado no modal ferroviário, acobertado por NF-e, fica
dispensada a impressão do respectivo Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica - DANFE,
desde que emitido o MDF-e e sempre apresentados quando solicitado pelo fisco.
§ 14. A critério da unidade federada, fica dispensada a impressão do Documento Auxiliar da Nota
Fiscal Eletrônica - DANFE, no trânsito de mercadorias nas operações internas, desde que
apresentado na forma solicitada pelo fisco.

11. Decreto nº 9.104, de 05 de dezembro de 2017, que dispõe sobre o


pagamento do ICMS relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual pelo contribuinte optante pelo Simples Nacional, nas
aquisições de mercadorias destinadas à comercialização ou produção
rural e altera o Anexo IX do RCTE.

DECRETO Nº 9.104, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2017.


Dispõe sobre o pagamento do ICMS relativo à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual pelo contribuinte optante pelo Simples Nacional, nas aquisições de
mercadorias destinadas à comercialização ou produção rural e altera o Anexo IX do RCTE.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições constitucionais e legais,
com fundamento no art. 37, IV, da Constituição do Estado de Goiás e no art. 4º das Disposições
Finais e Transitórias da Lei nº 11.651, de 26 de dezembro de 1991 - Código Tributário do Estado
de Goiás - CTE, na alínea “h” do inciso XIII do § 1º do art. 13 da Lei Complementar federal nº 123,
de 14 de dezembro de 2006, e tendo em vista o que consta no Processo nº 201700013005509,
DECRETA:
Art. 1º Fica exigido o pagamento do ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna
utilizada neste Estado e a alíquota interestadual aplicável, na aquisição interestadual de mercadoria
destinada à comercialização ou produção rural efetivada por contribuinte optante pelo Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples Nacional, inclusive o
Microempreendedor Individual - MEI.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às aquisições sujeitas ao regime de substituição
tributária ou à antecipação do pagamento do imposto.

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§ 2º O disposto no caput aplica-se, também, na aquisição de produtos intermediários, material de
embalagem e material secundário destinados à utilização em processo de industrialização.
§ 3º O disposto no caput não se aplica às mercadorias:
I - relacionadas no Anexo II deste Decreto;
II - adquiridas por contribuinte franqueado, cujo contrato de franquia contenha cláusula de
exclusividade para aquisição de mercadoria junto à empresa franqueadora ou junto à empresa por
ela indicada.
Art. 2º No cálculo do ICMS correspondente ao DIFAL (Simples Nacional), deve ser observado o
seguinte:
I - pode ser utilizado o benefício fiscal da redução da base de cálculo de tal forma que resulte
aplicação sobre o valor da operação do equivalente ao percentual de 11% (onze por cento),
previsto no inciso VIII do art. 8º do Anexo IX do Decreto nº 4.852, de 29 de dezembro de 1997,
Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás - RCTE, exceto nas aquisições de
a) petróleo, combustível, lubrificante e energia elétrica;
b) milho, sorgo e soja, em grãos, posições 1005, 1007 e 1201 da NCM/SH;
c) cana-de-açúcar, posição 1212 da NCM/SH;
d) couro verde e couro salgado;
II - não se exige a observância das condições previstas nos §§ 1º e 3º do art. 1º do Anexo IX do
RCTE.

Art. 3º O valor do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas - DIFAL (Simples Nacional) -


de que trata o art. 1º deve ser obtido por meio das seguintes fórmulas:
I - se o contribuinte optar pela utilização do benefício fiscal referido no inciso I do art. 2º:
a) nas aquisições interestaduais submetidas à alíquota de 4% (quatro por cento):

b) nas demais aquisições interestaduais:

II - se o contribuinte optar pela não utilização do benefício fiscal referido no inciso I do art. 2º:

Onde:
I - DIFAL (Simples Nacional) = valor do diferencial de alíquotas devido nas aquisições
interestaduais de mercadorias por empresa optante pelo Simples Nacional;
II - V oper = valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes a seguro,
impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por
terceiros;

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III - AICMS INTRA = coeficiente correspondente à alíquota interna aplicável à mercadoria;
IV - AICMS INTER = alíquota aplicável para as operações interestaduais destinadas ao Estado de
Goiás.
§ 1º Não integra o valor da operação interestadual - Voper - do DIFAL (Simples Nacional) o
montante do:
I - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI;
II - frete.
§ 2º A alíquota prevista para as operações e prestações interestaduais prevalece para fins de
obtenção do DIFAL (Simples Nacional), ainda que:
I - no Estado ou Distrito Federal de origem, as operações estejam contempladas com redução da
base de cálculo ou isenção do ICMS;
II - o remetente seja optante pelo Simples Nacional.
§ 3º A opção por utilizar ou não o benefício fiscal em determinada operação correspondente à
aquisição independe de quaisquer formalidades e pode ser feita individualmente por espécie de
mercadoria.
§ 4º Se, na Nota Fiscal Eletrônica - NF-e correspondente à aquisição houver mercadorias sujeitas
à alíquotas distintas na operação interna e for impossível atribuir os valores dos acréscimos
referidos no inciso II, individualmente a cada mercadoria, a atribuição deve ser feita na proporção
que o valor de cada mercadoria representar no valor total da nota.
Art. 4º O ICMS correspondente ao DIFAL (Simples Nacional), deve ser:
I - apurado a cada operação;
II - totalizado mensalmente pelo destinatário;
III - pago até o dia 10 (dez) do segundo mês seguinte ao da apuração, por meio de DARE 5.1
distinto, utilizando-se o código de detalhe de receita 4502.
Nota:
1. Por força do art. 1º do Decreto nº 9.239, a partir de 08.06.18, fica excepcionalmente
alterado o prazo previsto neste inciso, em relação aos períodos de apuração do mês de abril ao
mês de junho de 2018;
2. O art. 2º do Decreto nº 9.239, de 08.06.18 estabelece que o ICMS devido pelo contribuinte
optante pelo Simples Nacional, relativo àdiferença entre a alíquota interna e a interestadual nas
aquisições de mercadorias destinadas à comercialização ou produção rural – DIFAL (Simples
Nacional), deve ser pago em até 3 parcelasmensais e consecutivas, de acordo com a seguinte
tabela:

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Art. 5º O contribuinte deve elaborar o Demonstrativo Mensal das Aquisições e Devoluções
Interestaduais de Mercadorias Destinadas à Comercialização, conforme modelo constante do
Anexo Único deste Decreto, o qual deve ser mantido à disposição do fisco pelo prazo decadencial.
Art. 6º O contribuinte que efetuar a devolução da mercadoria em período posterior ao da
aquisição pode:
I - deduzir o valor do ICMS correspondente ao DIFAL (Simples Nacional) pago quando da
aquisição da mercadoria, do valor que tiver que pagar ao Estado de Goiás quando de futuras
aquisições interestaduais;
II - solicitar a restituição do valor pago, na forma prevista na legislação tributária, na hipótese de
impossibilidade de dedução em futuras aquisições.
Parágrafo único. Caso o valor do DIFAL (Simples Nacional) correspondente à mercadoria
devolvida seja superior ao relativo às demais aquisições, o saldo remanescente poderá ser
deduzido nos meses subsequentes, até ser integralmente utilizado.
Art. 7º No caso de devolução de mercadoria efetuada por Microempreendor Individual - MEI - o
retorno ao remetente pode ser feito por meio de NF-e - emitida:
I - pelo MEI, caso seja autorizado a emitir NF-e;
II - pela Secretaria da Fazenda, caso não esteja autorizado a emitir NF-e;.
Art. 8º O inciso CXXIV do art. 6º do Anexo IX do Decreto nº 4.852, de 29 de dezembro de 1997,
Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás - RCTE, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 6º .....................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
CXXIV - as aquisições interestaduais de mercadorias para utilização como matéria-prima na
fabricação de nova espécie de mercadoria, realizadas por empresas industriais optantes pelo
Simples Nacional, quanto ao ICMS relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual,
exceto as aquisições de (Lei nº 13.453/99, art. 2º, XII):
....................................................................................................................................... “(NR)
Art. 9º Este Decreto entra em vigor no dia 1º do segundo mês subsequente à sua publicação.
Nota: Por força do art. 4º do Decreto nº 9.162, este decreto entra em vigor a partir de 01.03.18.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, 05 de dezembro de 2017, 129º


da República.

MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR

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