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Osmar Hélio Alves Araújo
EDUCAÇÃO BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA
1º Edição
2017.1
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Sumário
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Palavra do Professor autor
Olá estudantes,
A epígrafe escolhida para este texto visa indicar que nesta disciplina
estudaremos sobre a educação brasileira no contexto contemporâneo, assim como
discutiremos sobre o que é educação; educação escolar e seus desdobramentos e
vamos argumentar a favor de uma educação contemporânea cidadã.
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Por fim, caro estudante, busque trocar experiências com seus pares
acerca da educação nos dias hodiernos, buscando aproximá-la, cada vez mais,
de uma prática transformadora a partir do estudo realizado.
O autor!
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Sobre o autor
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Ambientação à disciplina
Bons Estudos!
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Trocando ideias com os autores
Guia de Estudo:
Após a leitura das obras, escolha uma e realize a resenha crítica e disponibilize
na sala virtual.
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Problematizando
Guia de Estudo:
Baseado no texto acima que tema/ ideia central o autor nos convida a refletir
neste texto? Após sua reflexão faça seus comentários e disponibilize na sala
virtual.
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ALGUMAS DEFINIÇÕES
CLÁSSICAS DE
EDUCAÇÃO
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Conhecimentos
Habilidades
Atitudes
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O que é Educação?
O que é
educação? Qual
deve ser o objetivo
da educação?
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Para compreendermos o contexto educacional contemporâneo, faz-se
necessário reportarmo-nos a algumas definições clássicas acerca da
educação, entretanto, conscientes que as definições de educação são
múltiplas e variadas. São inúmeros os autores que se empenham ao seu
estudo. Todavia, a priori, a epígrafe de Freire é favorável aos
questionamentos presentes neste corpo teórico. Vamos conferir?
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Logo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), no Item
1 do seu Artigo 26, enfatiza que:
Guia de Estudo:
Para você ampliar seus conhecimentos, sugerimos que leia na íntegra a
Declaração de Jomtien.
Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf
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Educação escolar e seus desdobramentos
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Outro ditame constitucional que também assegura e trata do direito à
educação, trata-se do Estatuto da Criança e Adolescente - ECA (1990), pois
em seu Capítulo IV, diz que:
Para que você tenha maiores esclarecimentos sugerimos que você leia na
íntegra a LDB 9.394/96 e a ECA:
Leis e Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96). Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
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ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
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concretização dos seus direitos sociais e culturais, entre outros.
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mais possível uma gestão escolar dominadora, centralizadora no âmago das
escolas brasileiras, embora por muito tempo esse tenha sido o modelo de
gestão vivenciada no contexto escolar por meio de práticas autoritárias,
conservadoras, centralizadoras e de controle. Pois, quando se busca construir
uma escola cidadã faz-se necessário analisar, a princípio, como as relações
se estabelecem em seu interior.
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não descaracteriza a função elementar da escola de ensinar, mas sim
reconhece que a escola só pode concretizar, de fato, seu papel à medida que
compartilha seus compromissos e realidade com a família e a comunidade. É
cediço, entretanto, que muitas vezes a presença da família na escola
resume- se a presença em festividades e reuniões pedagógicas, todavia, faz-
se necessário criar outros espaços e momentos pedagógicos que assegurem
a efetiva participação da família na construção cotidiana da escola.
Entretanto, se a escola precisa pensar em mecanismos que, de fato,
contribuam para que a família se sinta parte desta instituição, as famílias
também precisam estar conscientes do seu papel nessa relação, o qual é
muito mais do que a simples presença, é a necessária participação na
construção da escola.
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A EDUCAÇÃO BRASILEIRA
NA CONTEMPORANEIDADE:
TENSÕES CONTRADIÇÕES E
‘NOVAS’ PERSPECTIVAS
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Conhecimentos
Habilidades
Identificar os desafios, perspectivas e as relações entre Escola, Família e
Comunidade no contexto contemporâneo.
Atitudes
Desenvolver um espírito crítico em relação a organização escolar, os desafios e
perspectivas no âmbito educacional.
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Introdução
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a experiência de uma instituição escolar que conseguiu construir um contexto
harmonioso e amistoso abalizado nas relações firmadas com a comunidade.
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Entretanto, abordar a relação Escola, Família e Comunidade, implica
necessariamente na necessidade de se revisitar e reconstruir diariamente
concepções e conceitos coadunados à educação, gestão e cidadania, pois, de
certo modo, estes são os pilares que a estruturam. Sobre a educação,
compreende-se, que é um processo que faz emergir o desenvolvimento
humano, o que exige, como postula Freire, (2002), a consciência do
inacabamento, pois não nascemos prontos e acabados, somos, ao contrário,
seres inconclusos e transformamo-nos por meio da educação (CORTELLA,
1998). É de se destacar, ainda, decorrente dessa assertiva, que o homem
aprende o tempo todo, em contextos escolares e não escolares, ou seja, a
escola não é o único e exclusivo contexto de formação. Por essa linha de
entendimento, realça-se que, considerando que a educação ocorre em
diferentes espaços, torna-se necessário um processo educacional que
assegure ao homem desenvolver suas capacidades humanas de modo a
intervir em todas as esferas da sociedade, ou seja, que ao homem seja
oferecida uma educação que vá além das necessidades básicas e inerentes à
sobrevivência humana. Veiga entende que:
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Verifica-se que, em ambos os artigos da LDB nº 9.394/96, a efetiva
participação da comunidade escolar, seu envolvimento e integração com a escola
são pilares constitutivos de uma gestão democrática, pois um contexto escolar
democrático só pode, de fato, ser consolidado por meio do diálogo, da sinergia
pedagógica, ou seja, em uma perspectiva dialógica e compartilhada. Culmina-se,
então, com a compreensão que se faz necessário compreender os elementos que
compõem uma gestão democrática, como condição essencial para o entendimento
da função e da dinâmica escolar.
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Prezado aluno, vamos aprender um pouco mais sobre a Gestão Democrática?
Então, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=f0J4eVJ2uTA
Antes de iniciarmos esse tópico leia o trecho abaixo, de 1922, que traz os ideais
disciplinares da instituição escolar da época.
Recomendações Disciplinares
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Para pensar!
Em sua opinião, faz sentido a escola adotar este tipo de postura disciplinar em
face dos estudantes na contemporaneidade?
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Não há crenças refratárias à disciplina, mas somente estudantes
não disciplinados. A disciplina é um fator essencial do
aproveitamento dos estudantes e indispensável ao homem
civilizado. Mantém a disciplina, mais do que o rigor, a força moral
do mestre e o seu cuidado em trazer constantemente as crianças
interessadas em algum assunto útil.
Os estudantes devem se apresentar na escola minutos antes das
10 horas, conservando-se em ordem no corredor da entrada, para
daí descerem ao pátio onde entoarão o cântico.
Formados dois a dois dirigir-se-ão depois às suas classes
acompanhadas das respectivas professoras, que exigirão que se
conservem em silêncio e entrem nas salas com calma, sem
deslocar as carteiras.
Deverão andar sempre sem arrastar os pés, convindo que o façam
em terça, evitando assim o balançar dos braços e movimentos
desordenados do corpo. (...). (1996, p.42).
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Face ao exposto, compreende-se a organização do espaço escolar como
um “quartel”, no qual o professor assumia a posição de sujeito superior
hierárquico, e mantinha uma relação com os estudantes abalizada nos termos
obediência e subordinação. Ilustra esta ideia as contribuições de Aquino (1996,
p.43), pois segundo o autor: “O professor não era só aquele que sabia mais, mas
que podia mais, porque estava mais próximo da lei, afiliado a ela”. Nota-se
claramente que a disciplina era imposta, na época, por meio do castigo, medo,
coação e subserviência, principalmente à figura do professor. Logo, a prática de
permanecer parado e quieto na cadeira escolar tornou-se, por muito tempo,
necessária, pois, assim, acreditava ser possível possibilitar o bom funcionamento
da escola, assim como assim era possível ensinar a criança a controlar os seus
impulsos e afetos.
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Entretanto, faz-se oportuno enfatizar que muitos professores não detêm o
conhecimento necessário acerca das tecnologias e acabam não utilizando tais
recursos e, por vezes, a escola até proibe a entrada dessas tecnologias em sala
de aula, como é o caso do celular, da internet. Em contrapartida, muitas outras
escolas percebem a necessidade da junção entre o escolar e o contexto midiático
e estão a buscar soluções para o fato. O fato é que, por fim, há fatores
econômicos e políticos que justificam esse distanciamento entre o mundo real e a
sala de aula, ou seja, as mudanças do mundo afetaram diretamente os corpos e
as subjetividades, logo se faz necessário a construção de uma escola compatível
com os sujeitos, ditos contemporâneos.
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A Escola na
Contemporaneidade:
outros tipos de corpos e
subjetividades
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Conhecimentos
Habilidades
Atitudes
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A Escola em tempo de turbulência
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Entretanto, compreende-se que essas mutações na modernidade se
iniciaram nos últimos dois séculos e tiveram o ambiente doméstico, via
família nuclear burguesa, como lócus disseminador de modelagens de
corpos e subjetividades específicas para o dado momento. Assim como as
famílias, as escolas também foram espaços fortes de confinamento,
disciplina e introspecção. O sujeito moderno era mais "interiorizado". Porém,
esse modelo estaria ultrapassado frente às velozes mudanças do século XXI,
pois "são outros os corpos e as subjetividades que se tornaram necessários"
(SIBILIA, 2012, p. 47).
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interativa, bem como o uso dos dispositivos eletrônicos como artefatos que
desempenham um papel vital nessa metamorfose. De acordo com Sibilia
(2012) esta seria uma forma dos sujeitos contemporâneos conseguirem
permanecer "à altura das novas coações socioculturais, gerando maneiras
inéditas de ser e estar no mundo" (SIBILIA, 2012, p.51).
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Novos tempos, novas escolas
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um novo e poderoso agente de dispersão ou de fuga do confinamento
implantado pelas escolas ao longo dos tempos. Ou seja, sabendo que
os recursos tecnológicos, bem como a internet, já se assentaram dentro do
universo escolar, é preciso formar ideias e estipular ações concretas que
envolvam os professores e sua conexão entre ensino e esta aparelhagem.
No entanto, em muitas instituições o acesso à internet é restrito e algumas
redes são controladas pelos professores ou outros profissionais da escola.
Esta é uma prática de caráter de controle, o que nos motiva a pensar que
ainda são muitas as inseguranças da escola para que ainda faça uso deste
recurso, talvez por isso a estrutura de sala de aula permanece fiel ao
esquema tradicional.
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diz Sibilia (2012, p. 65):
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idealizado em outrora e, portanto, passa a ser questionado. Pois, a
contemporaneidade traz consigo inúmeras indefinições e, por isso, elementos
os quais a escola organizava sem tantos percalços, atendendo suficientemente
ao projeto de modernidade/industrialização, tornaram-se também indefinidos.
As perspectivas espaço temporais, bem como o papel das, até então, mega
instituições da sociedade, por exemplo, tornam incerta a necessidade da
escola enquanto instrumento indispensável nos novos tempos.
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Explicando melhor com a pesquisa
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Guia de Estudo:
Após a leitura, escolha um texto e sintetize-o realizando um resumo e
disponibilize na sala virtual para compartilhar com seus colegas.
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Leitura Obrigatória
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Pesquisando na Internet
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Saiba mais
Guia de Estudo:
Após a leitura das entrevistas, faça seus comentários sobre as
transformações e os fatores que afetam a escola e disponibilize na sala
virtual.
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Vendo com os olhos de ver
Guia de Estudo: Após assistir ao vídeo, faça seus comentários sobre o que
você achou mais relevante e disponibilize na sala virtual e compartilhe com
seus colegas.
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Revisando
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Autoavaliação
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Bibliografia
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12. D. São Paulo,
Cortez, 2010.
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Bibliografia Web
__________. Escola: que caminho deve ser seguido? In: Revista Ponto.com.
Disponível em: http://revistapontocom.org.br/entrevistas/por-onde-caminha-a-
crise-da-escola
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Vídeos
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