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1
Junho de 2015
devaneios.pdf
Prevenção e Controlo das Infeções
Associadas aos Cuidados de Saúde
ISBN: 978-989-20-5798-9
1.ª Edição
AUTORES:
Aida Cristina Oliveira Vitorino (Enf.ª CHUC, Coimbra)
Ana Filipa Gomes Roque (Enf.º HFF, Lisboa)
Ana Filipa Ferreira de Almeida (Enf.ª CHUC, Coimbra)
André João Melo Lucas (Enf.º. CHUC, Coimbra)
Cláudia Maria Portulado Coimbra e Cruz (Enf.ª CHUC, Coimbra)
Deolinda Cassinda Guli Sambango (Enf.ª, Universidade José Eduardo dos Santos - Instituto Superior
Politécnico do Huambo, Angola)
Marina Batalha Figueiredo (Enf.ª)
Maurício Fernandes Alves (Enf.º. CHUC, Coimbra)
Olga Maria Tenente Veríssimo (Enf.ª CHUC, Coimbra)
Pedro Manuel de Matos Lopes Pinto (Enf.º. IPO, Coimbra)
Renata Alexandra Cruz Constantino (Enf.ª CHUC, Coimbra)
Susana Catarina Domingos dos Reis (Enf.ª CHUC, Coimbra)
Tânia Sofia Reis Mendes (Enf.ª CHUC, Coimbra)
COORDENAÇÃO:
Maurício Fernandes Alves
Tânia Sofia Reis Mendes
CONTACTOS:
EMAIL: contributosparaenfermeiros@gmail.com
INTERNET: http://contributosparaenfermeiros.blogspot.com
O encadeamento dos mesmos permite, numa leitura integral, que o leitor se aperceba da
dimensão elevada da problemática das IACS enquanto evento adverso mais
representativo e oneroso e, por isso, merecedor da atenção dos movimentos de
segurança do doente e da prevenção do risco.
No quinto capítulo são explanadas recomendações para uma prática segura. Em primeiro
lugar, a ênfase na higiene das mãos é justificada por ser a medida mais simples e custo
efetiva na prevenção das IACS. Depois, os microrganismos Clostridium difficile e MRSA
são abordados devido ao seu elevado nível de contaminação ambiental, de
infecciosidade e devido às particularidades relacionadas com a prevenção e controlo. Por
fim, desenvolvem a associação entre os tipos de infeções mais frequentes e fatores
extrínsecos, controláveis com intervenções seguras e de qualidade.
Da leitura integral deste documento, ressalta a investigação de base sólida que permitiu
uma fundamentação assente na legislação atual, nas mais recentes guidelines e
evidências científicas. A sua utilização como instrumento de trabalho permite uma
consulta rápida, apoiando a tomada de decisão dos enfermeiros relativamente à adoção
de medidas de controlo da infeção, com vista à melhoria contínua das condições de
segurança dos doentes.
Lanço pois o desafio aos autores para continuarem, com cuidado e empenho, a
aprofundar esta temática como o fizeram no presente trabalho.
(i)
Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico- Cirúrgica
Integra o Grupo Coordenador Regional do PPCIRA da ARS Centro e o Grupo Coordenador Local do PPCIRA do
ACeS Baixo Mondego
LISTA DE SIGLAS
PREÂMBULO ...........................................................................................................15
Preâmbulo
Assim, estas infeções são imprevisíveis e ocorrem muitas vezes durante os tratamentos,
traduzindo-se em aumentos significativos da morbilidade e mortalidade associada, no
aumento da demora média de internamento e no aumento dos custos associados a
intervenções de diagnóstico e terapêutica adicionais.
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CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Neste sentido, serão abordadas algumas questões prioritárias no que diz respeito à
segurança do doente e gestão do risco, bem como serão analisadas as IACS
epidemiologicamente mais importantes relevando as principais medidas de prevenção e
controlo das mesmas. As recomendações aqui apresentadas resultam de uma pesquisa,
que se tentou exaustiva, das últimas guidelines disponíveis. Estas são descritas com
diferentes graus de recomendação/níveis de evidência e de acordo com a revisão da
literatura e com o que é proposto pelo Centers for Diseases Control and Prevention
(CDC) e o Healthcare Infection Control Practices Advisory Commitee (ver anexo I (3)).
Esperamos que este documento possa ser um contributo válido para a tomada de
decisão dos enfermeiros com vista à melhoria contínua das condições de segurança dos
doentes, à excelência das intervenções terapêuticas de enfermagem, e à elevação do
nível da qualidade dos cuidados de saúde praticados.
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PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Capítulo 1
SEGURANÇA DO DOENTE E
GESTÃO DE RISCO
CAPÍTULO 1. SEGURANÇA DO DOENTE E GESTÃO DE RISCO
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CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
18
CAPÍTULO 1. SEGURANÇA DO DOENTE E GESTÃO DE RISCO
Por sua vez, a Ordem dos Enfermeiros (OE) defende que é uma responsabilidade ética
das organizações, serviços e profissionais, a promoção e salvaguarda da segurança dos
clientes, minimizando riscos e prevenindo efeitos adversos.(8) Os enfermeiros terão, pois,
um papel crucial na identificação de situações de risco, bem como na análise, proposta e
aplicação de soluções para os problemas encontrados.
Inúmeros são os relatos que apontam para elevados números de mortes em unidades de
saúde relacionadas com erros evitáveis, no entanto, o Relatório To Err is Human do
Institute of Medicine nos Estados Unidos estabeleceu um marco histórico, identificando-
os como a 8ª causa de morte e como um dos problemas atuais mais graves de saúde
pública.(9)
Assim, e nos anos subsequentes, a gestão da qualidade aliada à gestão do risco clínico
passaram a ter como objetivos primordiais a SD e a prevenção do erro.(10) No que diz
respeito à gestão do risco nos hospitais portugueses, ela teve o seu início em finais da
década de 90, assente em projetos voluntários de melhoria da qualidade em saúde,
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CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Estima-se que entre 8 e 12 % dos doentes internados nos hospitais europeus sejam
afetados por problemas relacionados com os cuidados que lhes foram prestados,
nomeadamente: IACS, erros terapêuticos, erros cirúrgicos, falhas de equipamentos
médicos, erros de diagnóstico e falta de intervenção ou intervenção inadequada na
sequência de exames médicos.(12)
Lançou também vários desafios a nível mundial, destacando-se a prevenção das IACS,
as Cirurgias Seguras, a criação de Sistemas de Relatos de Incidentes para partilhar e
aprender com os erros, o Envolvimento do Doente na sua Segurança, entre outros.
Portugal aderiu a alguns destes desafios, com a implementação da Campanha Nacional
da Higiene das mãos “Medidas Simples Salvam Vidas” em 2008 e com a introdução do
Projeto Nacional “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” em 2009.(11)
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CAPÍTULO 1. SEGURANÇA DO DOENTE E GESTÃO DE RISCO
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CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
22
CAPÍTULO 1. SEGURANÇA DO DOENTE E GESTÃO DE RISCO
Neste contexto, o primeiro passo a dar em direção à minimização dos eventos adversos,
é o próprio reconhecimento dos mesmos. Logo, o recurso a instrumentos de autorrelato e
de registo de incidentes críticos tem vindo a revelar-se como um importante contributo a
considerar na redução do risco.(22)
Por um lado, a VE permite não só analisar o tipo de doentes com maior risco, como
também analisar tendências e detetar padrões. Por outro lado, importa também avaliar o
resultado das intervenções desenvolvidas. Assim, cada profissional de saúde deve ser
capaz de reconhecer os riscos e de perceber a sua importância e dimensão. Sublinhe-se
que, para o seu controlo e implementação de medidas de prevenção, é essencial a
identificação dos fatores de risco inerentes.
23
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Os princípios gerais deste programa passam pela prevenção e controlo da infeção, pela
promoção do uso racional de antimicrobianos e consequentemente pela diminuição das
taxas de resistência dos microrganismos aos antimicrobianos. (25)
24
CAPÍTULO 1. SEGURANÇA DO DOENTE E GESTÃO DE RISCO
25
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
26
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Capítulo 2
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CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
28
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Em 2012, num estudo nacional foi identificada uma taxa global de prevalência de IACS
de 10,6 %, sendo mais frequentes as infeções das vias respiratórias (29,3 %), vias
urinárias (21,1 %), local cirúrgico (18 %) e corrente sanguínea (8,1 %). (30)
29
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
30
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
DEFINIÇÃO
A Infeção da Corrente Sanguínea (ICS) pode ocorrer quando uma bactéria ou outro
agente infecioso migra através das vias intraluminal (interior) ou extraluminal (exterior) do
dispositivo de acesso vascular, coloniza a porção endovascular do mesmo e entra no
sangue.(6) Este tipo de IACS encontra-se associado à utilização de dispositivos médicos,
nomeadamente Cateteres Venosos Centrais (CVC) e de Cateteres Venosos Periféricos
(CVP).
O CVC apresenta diversas utilidades durante a prática clínica, entre elas encontram-se a
monitorização hemodinâmica invasiva, a administração de fluidoterapia, de fármacos, de
hemoderivados, de nutrição parentérica, entre outros usos.(31) O contexto preferencial de
utilização de CVC são as UCI, sendo mesmo um dispositivo quase imprescindível na
prática destas unidades, devido à situação crítica em que a pessoa se encontra, pela
facilidade de obtenção de uma monitorização hemodinâmica mais completa e rigorosa, e
pela acessibilidade a um acesso vascular de alto débito.(6)(31)
No entanto, para além dos inúmeros benefícios que este dispositivo apresenta, o mesmo
acarreta vários riscos, um deles é a ICS, sendo assim essencial a sua prevenção. A
tendência da ICS associada ao CVC tem vindo a diminuir ao longo dos anos,
principalmente nas UCI polivalentes. Assim, em 2012, existiram 1.5 infeções por 1000
dias de exposição e em 2013, verificaram-se 1.3 infeções por 1000 dias de exposição.(32)
No ano de 2013 a prevalência das IACS associada à presença de CVC correspondeu a
31.3 %. (30)
31
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Apesar de alguns autores considerarem que a taxa de incidência das ICS, relacionadas
com a presença de CVP é baixa muitos defendem que a ocorrência de flebites é um fator
determinante à colonização bacteriana originando infeções locais, ICS e sépsis.(34).
Dada a frequência com que os CVP são utilizados, aliada ao risco das infeções locais ou
sistémicas, o seu impacto é tremendo na morbilidade clínica, na mortalidade e nos custos
hospitalares e comunitários associados.(35)
A ICS produz impactos na saúde da pessoa que vão muito para além da doença em si. O
facto de, inevitavelmente, prolongar o tempo de internamento, poderá causar maior
morbilidade (com maior dificuldade na recuperação do estado de saúde prévio),
sofrimento psicológico e, em última instância, levar à morte.(28) Para além do impacto na
saúde da pessoa, estima-se que a ICS aumenta em cerca de 120 % os custos totais dos
hospitais.(28)
CRITÉRIOS DE VERIFICAÇÃO
Importa ainda clarificar o que é considerado uma ICS. De acordo com o programa
Hospitals in Europe Link for Infection Control through Surveillance (HELICS), a ICS é
definida quando se verifica(37):
32
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
COMPLICAÇÕES
No que diz respeito às complicações das ICS, estas podem manifestar-se sob a forma de
febre, choque séptico, coagulação intravascular disseminada, tromboflebite séptica e
endocardite, podendo causar um sofrimento ainda maior do que aquele que levou o
doente à instituição de saúde.(28)
33
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
(32)
QUADRO 1 – ETIOLOGIA MICROBIANA DA INFEÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA
CANDIDA 2.2
No ponto 5.4 (ver p.129), serão apresentadas medidas práticas para o apoio à tomada de
decisão da prática de Enfermagem e estratégias a implementar para a prevenção da ICS.
34
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
DEFINIÇÃO
A entrada de microrganismos nas vias urinárias pode originar uma infeção do trato
urinário (ITU). Este tipo de IACS constitui uma realidade nas unidades prestadoras de
cuidados de saúde e apresenta-se como um problema de saúde pública, na medida em
que é responsável pelo aumento da morbilidade e mortalidade dos utentes e
consequentemente pelo aumento do tempo de internamento e custos hospitalares
associados.
As ITU classificam-se de acordo com o local onde surgem, podendo ser baixas ou altas.
As baixas ou inferiores incluem a cistite, prostatite e uretrite. As superiores ou altas,
menos frequentes, afetam a pélvis e o parênquima renal, reunindo a pielonefrite aguda ou
crónica, nefrite intersticial, abcessos renais e uretrite.(39)
Sendo a infeção do trato urinário uma das mais frequentes IACS, a presença de cateter
urinário surge como o principal fator de risco para o desenvolvimento da referida
infeção.(40) Deste modo, a infeção associada ao cateter urinário (IACU) ocorre pela
migração de microrganismos através do interior do dispositivo (via intraluminal) ou
através do meato ao longo da uretra (via extraluminal), colonizando as vias urinárias,
bexiga e rins.(6)
A cateterização urinária surge então como uma das situações que predispõe a
bacteriúria, geralmente assintomática. Porém, este procedimento deve ser efetuado com
uma rigorosa padronização técnica e assética, de modo a evitar o risco de bacteriemia
com sintomatologia associada. A prevalência de ITU aumenta 10 % a cada dia de
utilização de cateter do tipo folley, pelo que se pode afirmar que o cateterismo vesical de
longa duração leva à contaminação urinária. Utentes em regime de cateterismo
intermitente apresentam alto índice de contaminação bacteriana da urina, no entanto a
probabilidade de desenvolverem uma infeção sintomática é significativamente menor.(41)
35
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Em 2009, a ITU foi a IACS mais frequente, com 24 % do total das infeções;
No ano de 2012, a ITU foi de 21,1 % do total das IACS, sendo que em cerca de 75
% dos casos existiram sintomas, confirmação laboratorial e isolamento de estirpe
microbiológica; (25)
Em 2013, 16,7 % dos óbitos associados a infeção por dispositivos invasivos, foram
referentes a IACU.
CRITÉRIOS DE VERIFICAÇÃO
O diagnóstico das ITU associado aos cuidados de saúde é geralmente efetuado através
da análise do sedimento urinário e confirmado posteriormente por urocultura. A presença
de leucócitos, bactérias ou hemácias no sedimento urinário de doentes sintomáticos,
pressupõe o diagnóstico, bem como presença de piúria, que tem uma sensibilidade de
80-95 % e especificidade de 50-76 %. (41) Contudo, a presença de piúria num doente com
cateter urinário, por si só não significa infeção.(43)
Numa pessoa sã os tecidos do trato urinário bem como a urina são estéreis, porém
durante a micção a urina pode contaminar-se na uretra – bacteriúria, o que nem sempre
significa que exista infeção urinária. (44) A presença de bacteriúria significativa após 24 h
de internamento, independentemente das manifestações clínicas que ocorram da
presença ou não de cateter urinário, pressupõe a presença de infeção urinária associada
aos cuidados de saúde.(43) A bacteriúria assintomática apenas deve ser tratada na mulher
grávida e nos doentes que vão ser submetidos a procedimentos urológicos (antibioterapia
de 1 a 7 dias). (45)
36
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
COMPLICAÇÕES
As outras vias de infeção, menos frequentes, são a hematogénea, na qual a bactéria que
é responsável por uma infeção primária prévia noutro local do organismo, contamina o
sangue e posteriormente infeta o aparelho urinário, sendo frequentemente causada pelo
Staphylococcus aureus ou Candida albicans; e a via linfática que ocorre em doentes com
obstrução intestinal ou abcessos intra ou retroperitoneais.(46) Ainda neste âmbito, o
Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge menciona que a sépsis causada por bactérias
gram negativas em doentes hospitalizados tem como principal porta de entrada a via
urinária. (43)
Esta infeção pode ocorrer durante a colocação de cateter urinário, imediatamente após a
sua inserção, como consequência da flora que coloniza o sistema de forma espontânea
ou após a manipulação do sistema. (43)
A porta de entrada das bactérias na via urinária pode ser dividida em (6):
Via extraluminal – decorrente da inoculação direta das bactérias na bexiga,
aquando da colocação do cateter urinário, ou posteriormente ocorrendo uma
ascensão da região perineal por ação capilar da mucosa adjacente à parede
externa do cateter urinário;
Via intraluminal - ascensão dos microrganismos ao lúmen do cateter, sendo os
mais comuns associados ao despejo inadequado dos sacos coletores ou
37
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
A maioria das ITU tem natureza bacteriana, causada entre 5 a 12 % por múltiplas
espécies. Em Portugal (Quadro 2), os microrganismos mais frequentemente isolados são
Escherichia coli, klebsiella sp e Pseudomonas aeruginosa o que está de acordo com a
prevalência internacional (Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e o Enterococccus
spp.).(25)
(25)
QUADRO 2 - ETIOLOGIA MICROBIANA DA INFEÇÃO DO TRATO URINÁRIO
GRUPO DE MICRORGANISMOS
MICRORGANISMOS % TOTAL
ISOLADOS
ESCHERICHIA COLI 31,4
OUTROS 0.2
ENTEROBACTER SP 3,6
GRAM NEGATIVO NÃO FERMENTATIVO
OUTROS 2.5
OUTROS 0.2
No ponto 5.5 (ver p.135), serão apresentadas medidas práticas para o apoio à tomada de
decisão da prática de Enfermagem e estratégias a implementar para a prevenção da
IACU.
38
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
DEFINIÇÃO
O ser humano vive em simbiose com milhões de bactérias. A sua presença constante na
pele e trato gastrointestinal limita a ação dos microrganismos invasivos patogénicos e
sempre que a barreira epitelial é quebrada, o hospedeiro fica fisiológica e
imunologicamente comprometido.(47)
FERIDA LIMPA - toda a ferida não traumática, sem sinais de inflamação, em que não
houve transgressão da técnica cirúrgica nem penetração no trato respiratório,
digestivo ou geniturinário (risco de infeção 1 a 5 %);
39
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
A ILC está relacionada com fatores intrínsecos e fatores extrínsecos ao próprio doente.
Nos intrínsecos, destacam-se a diabetes, o tabagismo, a terapêutica com esteroides, o
estado nutricional, as transfusões de sangue e a idade. Quanto aos extrínsecos, estão
relacionados com a própria intervenção cirúrgica. O sucesso da prevenção da ILC passa
pela combinação de um conjunto de medidas básicas, a ter em conta na preparação pré-
operatória, na técnica cirúrgica assética, na profilaxia antibiótica e nos cuidados a ter no
pós-operatório. (49) É uma das complicações mais frequentes no pós-operatório pelo que
se torna importante a sua prevenção e incidência. (50)
O banho com antissético, a tricotomia, a higiene das mãos e a profilaxia antibiótica são
outras medidas a ter em conta na prevenção da ILC no período pré-operatório.
Apenas nas situações em que o pelo/cabelo interfere com o procedimento cirúrgico. (53) Ver página 141.
40
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
CRITÉRIOS DE VERIFICAÇÃO
A ILC tem como critério geral o início de sinais e sintomas de infeção nos 30 dias após o
procedimento cirúrgico ou em caso de implantes/próteses até 1 ano. Pode ser
classificada como Incisional Superficial, Incisional Profunda e de Órgão / Espaço, tendo
em conta os vários critérios apontados no quadro seguinte (Quadro 3). (51)
(52)(53)
QUADRO 3 - CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE INFEÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO
41
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
COMPLICAÇÕES
Em 2012, a ILC foi a 3.ª IACS mais frequente, com 18 % do total das infeções; (25) (52)
42
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
(25)
QUADRO 4 - ETIOLOGIA MICROBIANA DA INFEÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO
GRUPOS DE
% ABSOLUTA MICRORGANISMOS % RELATIVA
MICRORGANISMOS ISOLADOS
ESCHERICHIA COLI 37,9
KLEBSIELLA SP. 26,4
GRAM NEGATIVO
31,6 % PROTEUS SP. 16,0
ENTEROBACTERIÁCEAS
ENTEROBACTER SP. 10,3
OUTROS 9.2
PSEUDOMONAS AERUGINOSA 63,1
No ponto 5.6 (ver p.141), serão apresentadas medidas práticas para o apoio à tomada de
decisão da prática de Enfermagem e estratégias a implementar para a prevenção da ILC.
43
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
44
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
A PAV é a IACS mais frequente nas UCI, sendo que 10 a 20 % dos doentes entubados
endotraquealmente e submetidos a ventilação mecânica desenvolvem uma PAV.(57) Desta
forma, representa um impacto substancial para as instituições de saúde prolongando o
período de internamento e o tempo de ventilação mecânica e consequentemente, o
aumento dos custos financeiros. (58)
DEFINIÇÃO
Pode ser definida como uma infeção pulmonar provocada por vírus, bactérias e/ou fungos
em doentes entubados endotraquealmente e submetidos a ventilação mecânica há mais
de 48 horas. (56)
CRITÉRIOS DE VERIFICAÇÃO
Temperatura;
Leucocitose;
45
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Secreções traqueais;
Oxigenação;
Radiografia pulmonar;
Progressão do infiltrado radiológico;
Cultura do aspirado traqueal.
Existe uma tendência decrescente na PAV em UCI, sendo que em 2012 foram
notificados 8,7 casos/1000 dias de intubação (programa de VE de infeções
adquiridas nas UCI de adultos integrado no programa HAI-ICU do ECDC);(26)
CLASSIFICAÇÃO
A PAV pode ser classificada em precoce ou tardia de acordo com o tempo do seu
aparecimento. Relativamente à PAV precoce, esta ocorre quando o seu aparecimento
surge até às 96 horas após a entubação endotraqueal e resulta, por norma, da aspiração
consequente à própria entubação, ou seja, é provocada por microrganismos pertencentes
à flora endógena da própria pessoa. Por sua vez, a PAV tardia ocorre após 96 horas
46
CAPÍTULO 2. INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
A PAV precoce ocorre quando há uma quebra nas defesas do hospedeiro propiciando a
colonização microbiana, uma vez que a presença de uma via aérea (VA) artificial como o
tubo endotraqueal, provoca inevitavelmente alterações nos mecanismos de defesa da
VA, constituindo ainda um acesso direto às vias aéreas. Desta forma, os agentes
microbianos patogénicos podem atingir o aparelho respiratório inferior por:
microaspiração a partir da orofaringe, inoculação durante a entubação ou no ato da
aspiração de secreções, inalação de aerossóis contaminados e possível translocação
bacteriana.(65)
No ponto 5.7 (ver p.149), serão apresentadas medidas práticas para o apoio à tomada de
decisão da prática de Enfermagem e estratégias a implementar para a prevenção da
PAV.
47
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
48
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Capítulo 3
MICRORGANISMOS
MULTIRRESISTENTES E/OU
EPIDEMIOLOGICAMENTE
IMPORTANTES
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU
EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
49
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
50
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
Existem dois fatores que concorrem para promover a resistência dos microrganismos aos
antimicrobianos, nomeadamente a sua utilização indiscriminada e a transmissão cruzada
destes microrganismos entre pessoas infetadas. Por estes dois motivos, é de extrema
importância a utilização racional de antimicrobianos, bem como a implementação de
precauções que previnam a transmissão destes microrganismos. Dado que os
microrganismos resistentes aos antimicrobianos não respondem à terapêutica, as
infeções causadas por estes, resultam em prolongamento da doença e internamentos
hospitalares, bem como no aumento do risco de morte.(67)
Acinetobacter baumannii
MRSA - Staphylococcus aureus resistente à meticilina
Streptococcus pneumoniae resistentes à penicilina e a outros agentes de largo
espectro
Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE)
Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamases de largo espectro (ESBL)
(exemplos de Enterobacteriaceae comuns são Escherichia coli, Klebsiella
pneumoniae e Proteus Mirabilis)
Pseudomonas aeruginosa multirresistente
Clostridium difficile
51
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
52
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
Os dados estatísticos dos últimos anos, apontam Portugal como um dos países da
europa que apresenta taxas de infeção hospitalar mais elevadas e onde é apontada a
necessidade de o uso de antibióticos ser feito com maior rigor e racionalidade. Torna-se
assim fundamental criar um plano de prevenção e controlo de IACS e reeducar os
profissionais de saúde para o uso racional de antibioterapia.(70)
53
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Existe hoje em dia uma perceção clara dos motivos que levam a um crescimento das
resistências microbianas e do uso inapropriado dos antimicrobianos. Urge a necessidade
de implementação e desenvolvimento de estratégias que poderão minimizar estes
factos.(71)
54
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
Neste ponto, são identificados alguns dos microrganismos mais prevalentes nas IACS.
Para cada um deles, está disponível uma breve descrição, identificadas as suas
principais manifestações clínicas e descritas as formas/vias de transmissão. Serão
igualmente apresentadas as precauções recomendadas para cada microrganismo, com o
alerta específico para os que necessitarão de precauções adicionais/baseadas nas vias
de transmissão, conforme sejam ou não considerados multirresistentes (ver Legenda).
LEGENDA:
PBCI
Página 93
PBVT - CONTACTO
Página 97
PBVT - Gotículas
Página 99
APENAS QUANDO
MICRORGANISMO MULTIRRESISTENTE
55
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
56
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
PBVT - CONTACTO
57
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
58
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
59
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
60
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
PBVT - CONTACTO
61
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
62
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
Existem vários fatores que promovem o risco de infeção por Enterococcus faecalis,
nomeadamente em indivíduos (79):
Medicados com vancomicina ou outro antibiótico por um longo período de tempo;
Hospitalizados com antibioterapia por longo período de tempo;
Imunodeprimidos;
Submetidos a cirurgia abdominal ou torácica;
Submetidos a implantação de CVC e cateter urinário, por longos períodos de
tempo.
PBCI
PBVT - CONTACTO
63
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
64
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
No entanto, apesar de inofensivo, tornou-se nas últimas décadas, uma causa importante
de bacteriemias nosocomiais. Estas infeções são de difícil tratamento devido à sua
resistência a um grande número de antibióticos, nomeadamente à vancomicina.(80) (81)
PBCI
PBVT - CONTACTO
65
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
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CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
PBVT - CONTACTO
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CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
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CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
A infeção transmite-se por contacto direto (de pessoa a pessoa) e através de gotículas e
secreções nasofaríngeas de doentes ou portadores assintomáticos (tosse, espirros,
beijos e proximidade física) (89), podendo acontecer desde os primeiros sintomas até cerca
de 7 dias após o seu início.
69
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
O vírus pode ser transportado através do ar, em particular em espaços fechados e pouco
ventilados, quando as pessoas doentes tossem ou espirram no interior desses espaços.
Pode ainda ser transmitido através do contacto das mãos com superfícies, roupas ou
objectos contaminados por gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa
doente, se posteriormente as mãos contaminadas entrarem em contacto com a boca, o
nariz ou os olhos. Este permanece activo, durante várias horas, em superfícies ou
objectos contaminados.
PBCI
PBVT - GOTÍCULAS
70
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
A bactéria Klebsiella pneumoniae não se transmite por via aérea nem por gotículas,
sendo que para provocar pneumonia deverá entrar em contacto direto com o trato
respiratório do doente, pela aspiração do microrganismo da orofaringe. Já a Klebsiella
pneumoniae carbapenemase, resistente à antibioterapia, transmite-se por contacto direto,
pelo que a prevenção passa pelas medidas adicionais de isolamento de contacto,
principalmente, a correta higienização e lavagem das mãos/instrumentos/dispositivos que
entrem em contacto com a pele e fluidos do doente colonizado ou potencialmente
colonizado com a estirpe multirresistente da Klebsiella. (93)
PBCI
PBVT - CONTACTO
71
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
72
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
A Bactéria Legionella não se transmite no contacto direto de pessoa para pessoa. (96) (97)
PBCI
73
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
74
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
75
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
76
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
PBVT - GOTÍCULAS
77
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
78
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
Manifestações Clínicas: A maioria das infeções provocadas por esta bactéria são ITU.
Desta forma, os doentes infetados podem apresentar uretrites, cistites, prostatites e
pielonefrites. A presença de cálculos poderá ser indicativa de infeção crónica. (103) Quando
atinge a corrente sanguínea, as endotoxinas presentes na sua parede, desencadeiam no
hospedeiro uma reação inflamatória sistémica, provocando febre, taquicardia, taquipneia
e aumento dos leucócitos. Gradualmente poderá levar a situações de choque,
insuficiência respiratória e insuficiência renal, sendo que a taxa de mortalidade pode
atingir os 25 %. (104) (105)
PBCI
PBVT - CONTACTO
79
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
80
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
PBVT - CONTACTO
81
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
82
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
Os doentes com sépsis podem apresentar febre, choque e insuficiência respiratória (110). A
ITU é assintomática em 30-50 % dos casos. Os sintomas podem incluir febre, poliúria,
disúria e piúria. (108)
Devido à larga resistência a antibioterapia, existem cada vez menos opções para
tratamento desta bactéria. A Serratia marcescens é naturalmente resistente à ampicilina,
macrólidos (azitromicina, etc.) e cefalosporinas de 1.ª geração. A estratégia de
associação entre piperacilina-tazobactam, um aminoglicosídeo e/ou um carbapenem, é
habitualmente bem sucedida. (109)
PBCI
PBVT - CONTACTO
83
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
84
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
A terapia antimicrobiana para infeções por esse microrganismo inicialmente era simples.
A primeira vez que um antimicrobiano foi utilizado clinicamente foi contra uma amostra
de Staphylococcus aureus, a partir da descoberta da penicilina, que funcionou muito bem
até a década de 1960, quando começaram a aparecer isolados resistentes a esse
antimicrobiano. Para contornar o problema, foi criado o beta-lactâmico sintético meticilina,
que era resistente à ação das beta-lactamases que o Staphylococcus aureus produzia.
Entretanto, após o advento da meticilina, surgiram relatos de amostras resistentes
também a esse antimicrobiano, além da expressão de multirresistência. Essas cepas
foram denominadas de MRSA e são resistentes a todos os antimicrobianos beta-
lactâmicos. (116)
No ser humano pode ser encontrado como colonizador nas fossas nasais, bem como no
períneo, axilas e região inguinal. Estima-se que cerca de 30 % dos indivíduos saudáveis
sejam portadores, embora estes valores possam ser superiores nos doentes
hospitalizados e nos profissionais de saúde. (117)
85
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Os fatores de risco específicos para a colonização por MRSA são (117) (118):
Género masculino;
Exposição prévia a antibióticos, especialmente cefalosporinas, aminoglicosídeos e
fluoroquinolonas;
Hospitalização ou institucionalização prolongada ou nos 3 a 6 meses anteriores;
Doentes em hemodiálise, transplantados, com cirrose hepática, SIDA e Diabetes
mellitus, pessoas com patologia dermatológica (eczema, psoríase, feridas, úlceras
crónicas de pele), queimados, presença de dispositivos invasivos (cateteres
intravasculares, tubo endotraqueal, entubação nasogástrica ou cateter urinário) e
com dependência de profissionais de saúde em todos os autocuidados.
Formas/Vias Transmissão: Transmite-se por contacto direto, através das mãos dos
profissionais de saúde, mais frequente e transitoriamente colonizadas após contacto com
doente colonizado (ou infetado) ou com material orgânico ou inanimado contaminado. (117)
Transmite-se também através de gotículas (menos importante que a anterior) sobretudo
em indivíduos com traqueostomias colonizadas (incapazes de controlarem as suas
secreções), em indivíduos com dermatites devido à descamação de células epiteliais
contaminadas e em unidades de queimados ou UCI, onde a contaminação do meio
ambiente é mais extensa. (117)
Tendo em conta a preocupação crescente com a prevenção da infeção por MRSA optou-
se por elaborar nas recomendações para uma prática segura, um ponto dedicado apenas
a este microrganismo no subcapítulo 5.3 - Prevenção da Infeção por Staphylococcus
aureus Resistente à Meticilina na página 121.
PBCI
PBVT - CONTACTO
PBVT - GOTÍCULAS
86
CAPÍTULO 3. MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES E/OU EPIDEMIOLOGICAMENTE IMPORTANTES
PBCI
PBVT - GOTÍCULAS
87
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
88
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Capítulo 4
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
CONTROLO DE INFEÇÃO
89
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
90
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
Em 1983, o referido manual foi atualizado para “Guidelines for Isolation Precautions in
Hospital” e foram formulados dois sistemas de isolamento: categorias específicas e
doenças específicas. (6)
Ainda nos anos 80 foi apresentado as “Universal Precautions”,
como uma estratégia à epidemia do VIH/SIDA, que recomendava o uso das precauções
quando era previsível o contacto com sangue e fluidos corporais em todos os doentes,
estando estes infetados ou não.(6) (121)
91
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
As Precauções Baseadas nas Vias de Transmissão (PBVT), podem ser descritas como
aquelas que dependem do conhecimento prévio das patolologias e microrganismos
envolvidos nas situações clínicas dos doentes.(18) (120)
92
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
PBCI
93
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
94
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
serviço/instituição.
95
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
96
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
4.2.1 - CONTACTO
O uso das Precauções de Contacto está indicado em todos os doentes com suspeita ou
confirmação de estarem infetados ou colonizados por microrganismos
epidemiologicamente importantes, que possam ser transmitidos por contacto direto (pele-
a-pele, através das mãos dos profissionais de saúde) ou indiretamente, por contacto das
mãos com as superfícies ou utensílios do ambiente do doente, com os quais este
contactou. As precauções de contato são igualmente aplicáveis quando a presença de
excesso de drenagem da ferida, incontinência fecal ou outras descargas do corpo,
sugerem um aumento potencial de ampla contaminação ambiental e risco de
transmissão.(122)
As medidas adicionais (Quadro 6) que se devem respeitar neste tipo de isolamento fazem
referência à correta higiene das mãos; ao uso adequado de luvas, bata ou avental; à
higiene do doente, à individualização de materiais e equipamentos, à
97
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
PRECAUÇÕES DE CONTACTO
98
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
4.2.2 - GOTÍCULAS
A transmissão através de gotículas ocorre quando as gotículas que contêm
microrganismos são espalhadas a curta distância (menos de 1 m) e depositadas nas
mucosas - conjuntiva, boca ou nariz - de pessoal ou outro doente.
Estas partículas são aspergidas pela tosse, espirro e fala ou durante os cuidados
prestados ao doente (p. ex. aspiração de secreções ou broncoscopia). Como são muito
pesadas estas partículas não ficam em suspensão no ar pelo que não são necessários
cuidados especiais com a ventilação.(122)
Para garantir a segurança, não basta a aplicação das PBCI (ver página 93) e são
necessárias medidas adicionais de precaução (Quadro 7).
Individual.
QUARTO Se não for possível, manter doentes com a mesmo agente
patogénico no mesmo quarto, garantindo um espaço entre
doentes nunca inferior a um metro.
99
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Vírus influenza;
Staphylococcus aureus;
Sarampo;
Streptococcus aureus;
Adenovírus;
Difteria faríngea;
Haemophilus influenza tipo b, Influenza;
Parotidite;
Mycoplasma pneumoniae, Neisseria meningitidis, Parvovirus B 19;
Pertussis, rubéola;
Faringite ou pneumonia Streptocócica;
Escarlatina.
100
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
As gotículas que são expelidas pelo individuo infetado, evaporam, surgem os núcleos que
abrigam os microrganismos e permanecem suspensas no ar. Estas podem ser
transportadas a longas distâncias pelas correntes de ar e posteriormente, dependente
dos fatores ambientais, poderão ser inaladas por indivíduos susceptíveis.(120)
Individual.
QUARTO
Preferencialmente com pressão negativa (e antecâmara) e
sempre com a porta fechada.
SONDAS DE
Usar sempre sondas de aspiração em sistema fechado.
ASPIRAÇÃO
101
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
102
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
(122) (124)
QUADRO 9 - PRECAUÇÕES DE PROTEÇÃO
PRECAUÇÕES DE PROTEÇÃO
Individual.
103
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
104
CAPÍTULO 4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO
ACINOBACTER BAUMANI
CANDIDA ALBICANS
CLOSTRIDIUM DIFFICILE
ENTEROCOCCUS FAECALIS
ENTEROCOCCUS FAECIUM
ESCHERICHIA COLI
HAEMOPHILUS INFLUENZAE
KLEBSIELLA PNEUMONIAE
LEGIONELLA PNEUMOPHILA
MRSA
MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS
NEISSERIA MENINGITES
PROTEUS MIRABILIS
PSEUDOMONAS AERUGINOSA
SERRATIA MARCESCENS
STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE
105
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
PBCI
• Higienização das mãos
• EPI adequado (luvas, bata,
avental, máscara, calçado,
proteção ocular e facial)
• Colocação e deslocação do PBVT DE CONTACTO
doente • Quarto Individual
• Higiene do ambiente e do • Luvas (trocar de luvas entre
equipamento/Roupa procedimentos no mesmo
• Resíduos sólidos hospitalares doente)
(ver p. 93) • Avental/Bata
• Equipamentos (uso exclusivo
dos doente, deverão ser
desinfetados/esterilizados após
a alta)
• Evitar o transporte do Doente
106
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Capítulo 5
107
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
108
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Neste capítulo, são abordadas de forma mais detalhada as recomendações para uma
prática segura na Higiene das Mãos, pelo seu caráter transversal à prestação de
cuidados de saúde e potencial na prevenção de IACS; na prevenção da infeção por
Clostridium difficile (ICD) e por Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina (MRSA),
pelo impacto negativo destes microrganismos na epidemiologia nacional e internacional;
e ainda, na prevenção e controlo das IACS mais frequentes em Portugal, infeção da
corrente sanguínea, infeção associada ao cateter urinário, infeção do local cirúrgico e
pneumonia associada ao ventilador.
109
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
110
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
A higiene das mãos é considerada uma das principais medidas (PBCI) e por si só, é
capaz de reduzir a taxa de transmissão de agentes infeciosos entre doentes. (17)
PRINCÍPIOS BÁSICOS
As unhas devem manter-se curtas e limpas, sem verniz, sem extensões ou outros
artefactos (IA);
Os adornos como anéis, pulseiras, relógios, etc., devem ser removidos (II);
FRIÇÃO ANTISSÉTICA DAS MÃOS COM SOLUÇÃO ANTISSÉTICA DE BASE ALCOÓLICA (SABA)
Primeira escolha sempre que a pele se encontre visivelmente limpa e/ou isenta
de matéria orgânica (IA);
111
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Deve ser utilizado o produto indicado, nomeadamente a SABA com ação residual
(fricção antissética cirúrgica) ou proceder à lavagem das mãos com água e
sabão antimicrobiano (lavagem antissética cirúrgica);
Deve ser aplicado creme hidratante durante as pausas e após o final do turno, de
modo a minimizar a ocorrência de dermatites de contacto associadas à
higienização das mãos (IA);
O creme selecionado não deve interferir com a atividade do antissético (IB), não
deve afetar a integridade das luvas (II) e as embalagens deverão ser
individualizadas.
112
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
A localização dos produtos e equipamentos para higiene das mãos deverá ter em
conta os percursos dos profissionais de saúde dentro dos serviços, de forma a
promover a adesão à sua utilização;
O armazenamento dos stocks dos produtos (base alcoólica e toalhetes) deve ter em
consideração eventuais fontes de calor e/ou ignição.
ESTRATÉGIAS PROMOTORAS DAS MELHORES PRÁTICAS (1) (17) (124) (126) (127) (128)
113
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
114
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Num estudo realizado entre 2004 e 2009 num serviço de medicina interna(129):
Ao longo dos anos as ICD têm vindo a aumentar a sua incidência e severidade,
apresentando-se refratárias à terapêutica instituída e com acréscimo de
probabilidade de recidiva;
115
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
• Utilização de antibióticos;
• Idade superior a 65 anos;
• Sexo feminino;
• Doenças graves subjacentes e comorbilidades;
• Hospitalização prolongada;
• Imunossupressão;
• Doença oncológica;
• Doença intestinal inflamatória/gastrointestinal/gastrectomia;
• Nutrição entérica;
• Utilização de inibidores da bomba de protões;
116
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
117
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Não partilhar equipamento clínico de uso não único entre doentes, sem este ter
sido obrigatoriamente descontaminado;
118
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Utilizar, sempre que possível, equipamento clínico de uso único ou de uso num
único doente;
ESTRATÉGIAS PROMOTORAS DAS MELHORES PRÁTICAS (1) (75) (76) (124) (131) (132)
119
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
120
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Nos últimos anos têm sido realizados vários inquéritos de prevalência de infeções
adquiridas no hospital, sendo o Staphylococcus aureus o microrganismo mais
frequentemente isolado e com uma taxa de resistência à meticilina que tem vindo a
aumentar (80 % em 2012);
Nesse último inquérito (2012) o MRSA foi o agente patogénico principal nas
pneumonias (25 %), ILC (24,8 %) e ICS (18,6 %);
121
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
122
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Reservatórios:
A colonização por MRSA não constitui contraindicação para alta hospitalar antes de
completar a descolonização;
A conjugação entre rastreio ativo, boas práticas de higiene das mãos, precauções
adicionais de contacto e mudanças na cultura institucional tem um impacto na
redução de infeções por MRSA em cerca de 62 %.
Os doentes que vão ser submetidos a cirurgias eletivas devem realizar pelo
menos, dois banhos prévios, com gluconato de clorexidina a 2 % (na véspera e
no dia da cirurgia), no mínimo com duas horas de antecedência da intervenção
cirúrgica (IB);
123
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
124
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Doentes com infeção respiratória devem usar máscara cirúrgica nas deslocações
(II);
125
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
126
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
ESTRATÉGIAS PROMOTORAS DAS MELHORES PRÁTICA (1) (122) (124) (133) (134) (136)
127
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
128
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
INSERÇÃO DO CVC
129
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Antissepsia da pele do doente (local de inserção) com clorexidina com álcool com
concentração superior a 0.5 % (IA);
No caso da técnica assética não ter sido assegurada, o CVC deverá ser substituído
o mais rapidamente possível num período temporal de 48 horas (IB);
MANUTENÇÃO DO CVC
Fazer uma lavagem assética das mãos e calçar luvas esterilizadas, antes e após a
manipulação e antes de fazer o penso (IB);
130
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
REMOÇÃO DO CVC
INSERÇÃO DO CVP
Utilizar técnica correta com lavagem higiénica das mãos (sabão antisséptico/água
ou SABA) (IB);
Usar luvas limpas (não esterilizadas) para a inserção do CVP e o local de inserção
não deve ser tocado/conspurcado após a desinfeção da pele (IC);
As veias dos membros inferiores não devem ser usadas devido ao risco de
embolismo e tromboflebite (IA);
No caso da técnica assética não ter sido assegurada, como por exemplo numa
situação de emergência, o CVP deverá ser substituído o mais rapidamente possível
num período temporal de 48 horas (II).
MANUTENÇÃO DO CVP
131
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
REMOÇÃO DO CVP
Remover qualquer cateter intravascular, assim que já não seja essencial a sua
utilização (IA).
Selecionar o local mais indicado para a inserção dos acessos vasculares (IA);
132
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
133
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
134
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
• Retenção urinária;
• Monitorização do débito urinário quando a utilização do urinol ou
arrastadeira está impossibilitada;
• Ferida aberta na região sagrada ou perineal em doentes com incontinência
urinária;
• Doentes críticos e/ou com necessidade de imobilização prolongada no leito;
• Período perioperatório de alguns tipos de cirurgia;
• Realização de exames complementares de diagnóstico;
• Promoção de conforto em cuidados paliativos;
135
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
136
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Se necessário ter Alta com cateter urinário, deve ser disponibilizada informação
escrita e verbal sobre:
137
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Cateteres hidrofílicos podem ser preferíveis aos cateteres habituais para doentes
que necessitam de algaliação intermitente (II);
Não há indicação para a separação espacial entre doentes com e sem cateter
urinário.
• Motivo de cateterização;
• Tipo e calibre do cateter;
• Data e hora da inserção;
• Identificação do profissional de saúde;
• Cuidados de manutenção/otimização;
138
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
139
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
140
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
PONTOS CHAVE
• Idade avançada;
• Obesidade;
• Diabetes e Tabagismo;
• Duração do procedimento cirúrgico;
• Limpeza/tipo do procedimento cirúrgico.
PRÉ-OPERATÓRIO
141
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
INTRA-OPERATÓRIO
Utilizar a máscara cirúrgica que cubra a boca e o nariz nas áreas restritas (IB);
Utilizar calçado apropriado, para uso exclusivo no bloco operatório e que deve
ser higienizado diariamente (IB). A cobertura/proteção de calçado não deverá ser
utilizada;
Usar luvas estéreis se integrar a equipa cirúrgica (IB) e substituir sempre que
necessário/de acordo com tempos operatórios;
142
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Não usar irrigação com iodóforos aquosos antes do encerramento da incisão (IB);
PÓS-OPERATÓRIO
143
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Os doentes que vão ser submetidos a cirurgias eletivas devem realizar pelo
menos, dois banhos prévios, com gluconato de clorexidina a 2 % (na véspera e
no dia da cirurgia), no mínimo com duas horas de antecedência da intervenção
cirúrgica (IB);
144
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
PRINCÍPIOS A CONSIDERAR
145
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
146
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
147
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
148
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
PONTOS CHAVE
149
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Quando utilizado sistema de aspiração aberto, usar uma sonda estéril de uso
único (II);
Higiene oral, no mínimo três vezes por dia, com gluconato de clorexidina a 0,2
% e durante todo o internamento (IA) (118).
150
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
Todo o material que vai ser desinfetado ou esterilizado deve ser previamente
lavado em unidades específicas (IA);
Todo o material classificado de uso único deve ser descartado após a sua
utilização;
Os circuitos internos dos ventiladores não devem ser esterilizados por rotina (II);
Os circuitos externos dos ventiladores devem ser substituídos entre doentes (IB) e
no mesmo doente devem ser substituídos quando visivelmente sujos e/ou com
problemas de funcionamento e de acordo com o tempo de utilização indicado pelo
fabricante (IA);
Aplica-se a todo o material que entre em contacto direto com o doente.
151
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Os insufladores manuais devem ser de uso individual para cada doente (IB) e
devem ser enviados para o serviço de esterilização (IB). Em alternativa poderão
ser lavados com detergente neutro e água corrente. Depois de secos devem ser
desinfetados com álcool 70 %;
152
CAPÍTULO 5. RECOMENDAÇÕES PARA UMA PRÁTICA SEGURA
153
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
154
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Capítulo 6
O FOCO NA MELHORIA
CONTÍNUA
155
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
156
CAPÍTULO 6. O FOCO NA MELHORIA CONTÍNUA
Os estudos revelam que um terço das IACS pode ser evitado através da implementação
de práticas seguras como a higiene das mãos, a utilização de equipamentos de proteção
individual ou a higienização ambiental.(70)
Pode-se afirmar que, no âmbito dos cuidados de saúde, a qualidade e a segurança são
questões indissociáveis que devem ser promovidas pelos processos de melhoria
contínua.
Originalmente, o ciclo PDCA é um modelo de melhoria contínua que tem por princípio
tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão. Consiste
numa sequência de quatro passos repetitivos de melhorias e aprendizagem,
nomeadamente:
Planear (Plan): Identificar e analisar o problema
Executar (Do): Desenvolver e testar a potencial solução
157
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
A utilização de uma abordagem deste tipo é lenta mas mais quantificável (mensurável) do
que a implementação de outras abordagens mais simples.(150)
(151)
FIGURA 1- CICLO PDCA ORIGINAL
158
CAPÍTULO 6. O FOCO NA MELHORIA CONTÍNUA
De acordo com a OE, o ciclo PDCA foi adaptado para melhor responder às necessidades
específicas de projetos de enfermagem e contempla as seguintes etapas (151):
(151)
FIGURA 2 - CICLO PDCA ADAPTADO
159
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
160
CAPÍTULO 6. O FOCO NA MELHORIA CONTÍNUA
(151)
QUADRO 12 – METODOLOGIA DE PROJETO ADAPTADA A UMA SITUAÇÃO PRÁTICA
161
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Realizar o levantamento do nº de
Devem também ser definidos cateteres venosos centrais que
quais os indicadores que necessitaram de ser substituídos,
serão utilizados
para no último ano, por apresentarem
PLANEAR E avaliação da evolução da sinais de infeção no local de
5 EXECUTAR
TAREFAS/
situação. inserção;
162
CAPÍTULO 6. O FOCO NA MELHORIA CONTÍNUA
durante 3 meses;
Verificar se estão a ser cumpridas
todas as recomendações;
Realizar formação a toda a
equipa que começa a adotar
todas as recomendações para a
colocação e manutenção do
CVC;
Depois das tarefas estarem Ao fim de 6 meses de aplicação
completas, a equipa avaliará de todas as recomendações
os resultados recolhendo sobre colocação e manutenção
dados nos atuais processos de CVC realizar um levantamento
6 VERIFICAR OS
RESULTADOS
e folhas de verificação, do nº de CVC que necessitaram
comparando-os com os de ser substituídos por presença
dados apurados antes das de sinais de infeção no local de
tarefas terem sido inserção e compara-se com os
implementadas. dados anteriores.
163
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
164
CAPÍTULO 6. O FOCO NA MELHORIA CONTÍNUA
2. UNIDADES DE ESTUDO
2.1. UTILIZADORES INCLUÍDOS NA AVALIAÇÃO:
• Doentes do Serviço X submetidos à colocação de cateteres venosos centrais.
3. TIPO DE DADOS
Processo: % de doentes com CVC que necessitou de ser substituído por apresentar
sinais de infeção no local de inserção.
5. TIPO DE AVALIAÇÃO
• Interna: interpares.
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Serão contabilizados todos os doentes a quem foi substituído o CVC por apresentar
sinais de infeção no local de inserção;
• Serão verificados todos os procedimentos de colocação e manutenção de cateteres
venosos centrais.
165
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
8. RELAÇÃO TEMPORAL
• Avaliação retrospetiva para avaliar a situação-problema;
• Avaliação prospetiva para avaliar a implementação das medidas propostas.
166
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
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ILUSTRAÇÃO 8 - KLEBSIELLA PNEUMONIAE (Bacteria in Photos, 2013)
ILUSTRAÇÃO 9 - LEGIONELLA PNEUMOPHILIA (Lookfordiagnosis, 2014)
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PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
(3) (132)
FONTES
177
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
178
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
EFICIÊNCIA
EFETIVIDADE
ADEQUAÇÃO TÉCNICO CIENTÍFICA
SATISFAÇÃO/ACEITABILIDADE
ACESSIBILIDADE
B) UNIDADES DE ESTUDO
ESTRUTURA
PROCESSO
RESULTADOS
HISTÓRIA CLÍNICA
ENTREVISTAS
PROCESSO CLINICO
• SISTEMA DE INFORMAÇÃO…
E) TIPO DE AVALIAÇÃO
INTERNA
INTERPARES
AUTOAVALIAÇÃO
179
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
EXTERNA
PROFISSIONAL
BUROCRÁTICA
F) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
CRITÉRIOS IMPLÍCITOS
CRITÉRIOS EXPLÍCITOS – NORMATIVOS
• EX. A TODOS OS DOENTES COM…DEVE FAZER-SE
H) RELAÇÃO TEMPORAL
AVALIAÇÃO RETROSPETIVA
AVALIAÇÃO CONCORRENTE
AVALIAÇÃO PROSPETIVA
MEDIDAS EDUCACIONAIS
MUDANÇAS ESTRUTURAIS
MEDIDAS DISCIPLINARES
(151)
FONTE
180
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
http://www.cdc.gov/
https://www.dgs.pt/
No site da DGS ainda é possível registar-se para poder receber através de SMS
alertas de publicação de novas Normas e Orientações. O registo neste serviço é
totalmente grátis e pode ser efetuado através de:
https://www.dgs.pt/inscricao-sms-dgs.aspx
http://ecdc.europa.eu/en/Pages/home.aspx
http://www.ipac-canada.org/
181
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
http://www.ips.uk.net/
http://www.ihi.org/Pages/default.aspx
Informações sobre os vários tipos de infeções; informações sobre
microrganismos; guias para prevenção dos vários tipos de infeção.
http://www.his.org.uk/
NHS ENGLAND
http://www.england.nhs.uk/
http://www.ordemenfermeiros.pt/
182
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Microsite: https://www.dgs.pt/programa-de-prevencao-e-controlo-de-infecoes-
e-de-resistencia-aos-antimicrobianos.aspx
Orientações programáticas
http://risco-clinico.blogspot.pt/
http://www.who.int/en/
183
CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
184
PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE CONTRIBUTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
ACINOBACTER BAUMANI
KLEBSIELLA PNEUMONIAE
LEGIONELLA PNEUMOPHILA
186