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Sistemas Cristalinos

A zircônia pura, a pressões atmosféricas, exibe três organismos


polimorfos cristalinos bem definidos: as fases monoclínica, tetragonais, e
cúbicas.
A fase monoclínica é estável até 1170 ºC de onde se transforma à fase
tetragonal. A 2370 ºC, a fase tetragonal se transforma à fase cúbica que existe
até 2680 ºC, o ponto de fusão da zircônia.
Micrografia do ZrO2 n-hidratada
O Zircônio é razoavelmente abundante na crosta terrestre, mas, dada sua
reatividade, é sempre encontrado no estado combinado. A principal fonte de
zircônio é a zirconita, que também é conhecida como zircão. Trata-se de um silicato
de zircônio de fórmula ZrSiO4, cuja apresentação pode variar nas seguintes cores:
marrom, verde, azul, vermelho, amarelo e incolor. Em termos teóricos, a composição
da zirconita é formada de 67,2% de ZrO2 e 32,8% de SiO2.

Outros minerais de zircônio conhecidos são a baddeleyta e o caldasito (ou


zirkita). A baddeleyta (ou zircônia, ZrO2) é o segundo minério mais importante de
zircônio. Contém teores de óxido de zircônio contido que variam entre 96,5% a 98,5%.
Como esse minério apresenta teores tão significativos, é conhecido como uma fonte
de extrema pureza na obtenção de zircônio metálico e compostos químicos. O
caldasito, também conhecido como zirkita, cuja ocorrência só tem registro no Brasil, é
um minério de zircônio que se apresenta como uma mistura de zirconita e
baddeleyta, idêntica a uma massa compacta homogênea acizentada, podendo
variar, quando oxidado, para as cores marrom ou vermelho.
Conhecidos como outros minérios de zircônio, a malaconita e a zirquelita
ocorrem com menor freqüência, e suas explorações econômicas não são
viáveis, até o momento.

O metal é obtido principalmente de uma cloração redutiva


através do processo denominado Kroll:
™ primeiro se prepara o cloreto para depois reduzi-lo com magnésio.
™ num processo semi-industrial, pode-se realizar a eletrólise de sais
fundidos, obtendo-se o zircônio em pó que pode ser utilizado,
posteriormente, em pulvimetalurgia.
Reservas
Distribuição de reservas e produção mundiais de zircônio
™ Uma outra aplicação bem interessante do zircônio é na fabriação de gemas:

O óxido de zircônio (ZrO2) ocorre na natureza na forma de um mineral raro,


chamado baddeleyíta, que cristaliza no sistema monoclínico. Existe, porém, a
zircônia artificial, que tem a mesma composição química, mas cristaliza no sistema
cúbico, sendo, por isso, chamada de zircônia cúbica.
Tanto a baddeleyíta quanto a zircônia cúbica são usadas como gema,
sendo a zircônia cúbica muito mais conhecida por ser a mais perfeita imitação de
diamante já obtida. Ela serve, além disso, para, variando a cor, imitar outras gemas,
como a ametista.
™ Materiais cerâmicos são frágeis e uma das maneiras conhecidas para se contornar
esta deficiência é a introdução de partículas de zircônia na matriz, o que tenacifica o
material, intensificando suas propriedades mecânicas.
Assim, esta característica se faz muito importante quando estamos interessados
em fabricar, por exemplo, cerâmicas dentárias.
Inovações Tecnológicas
Cientistas criam um vidro perfeito a partir de um metal

Submetendo-o à mesma pressão capaz de criar


os diamantes, cientistas da Universidade da Califórnia, Estados
Unidos, criaram um vidro tão puro que poderá vir a ser chamado
de o "vidro-diamante".

O vidro metálico puríssimo poderá ser utilizado em


materiais mais resistentes e estáveis para aplicações
médicas, esportivas e em aplicações de opto-eletrônica.

Os cientistas Yusheng Zhao e Jianzhong Zhang descobriram que o vidro de zircônio


se forma a cerca de um terço da temperatura de fusão do elemento, quando o material é
submetido a um pressão de cinco bilhões de Pascal, algo como 50.000 vezes a pressão
atmosférica da Terra.
Os vidros metálicos têm encontrado uma grande variedade de usos nos últimos 15
anos, substituindo materiais convencionais como metais cristalinos, ligas metálicas e
cerâmicas de alta tecnologia. Entre as suas aplicações atuais estão materiais estruturais
para engenharia, componentes eletrônicos, joalheria, esquis, raquetes de tênis e tacos de
golfe.

Os vidros metálicos se comportam elasticamente como os polímeros, mas são


mais fortes do que as ligas metálicas. Isto os torna quase inquebráveis, mantendo o formato
e sendo difíceis de serem riscados.

Mas até agora os vidros metálicos continham três ou mais elementos, o que
diminui sua estabilidade termal. O novo vidro de zircônio puro resolve este problema. O
material permanece estável a temperaturas acima de 800º C e pressões de mais de 2,8
bilhões de Pascal.

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