CATÉTERES VASCULARES
CATÉTER DE DUPLO LÚMEM
O Catéter para Hemodiálise é um dispositivo com grande calibre e lúmen duplo ou triplo que
permite o acesso venoso à circulação central para a realização de hemodiálise temporária ou
aguda.
Indicações
O Cateter de Hemodiálise que tem um grande calibre e lúmen duplo ou triplo permite o acesso
venoso à circulação central para a administração rápida de líquidos, hemodiálise temporária
ou aguda e aférese. Pode ser introduzido nas veias jugular, subclávia ou femoral.
Contra-indicações
O cateter de grande calibre e lúmen duplo não foi concebido para a hemodiálise a longo prazo
Assistência de Enfermagem
• Realizar assepsia das extremidades arterial e venosa do cateter com álcool à 70% antes
e após a retirada das tampas protetoras.
• Aspirar com seringa estéril o conteúdo do lume arterial e venoso antes de iniciar
procedimentos de diálise ou infusão, aproximadamente 2 ml.
• Manter o cateter bem fixado e posicionado de forma a evitar dobras no seu curso
natural.
• Heparinizar as vias arteriais e venosas do cateter imediatamente após seu uso. Usar 10
ml de SF 0,9% para CDL de curta permanência e 20 ml de SF 0,9% para permcath + heparina
injetando apenas o volume necessário para preencher as vias, conforme orientação.
O sistema de DVE pode ser conectado a um transdutor de pressão ou sistema de fibra ótica
que permite a monitorização contínua da PIC. A drenagem de LCR é quantificada em um
dispositivo de sistema fechado. A bolsa coletora previne refluxo de líquor aos ventrículos.
O sistema deve ser fixado em um suporte próximo do leito para evitar desconexões acidentais
e, também, distante dos membros do paciente, reduzindo as chances de contaminação por
manipulação inadvertida ou desconexão.
Complicações
• Fístulas
a) Local de inserção
Assistência de Enfermagem
• Não eleve ou abaixe a cabeceira do leito sem fechar o sistema de drenagem, evitando
o risco de drenagem excessiva de líquor que pode desencadear alteração da PIC, tontura, crise
convulsiva; não esqueça de abrir o sistema após os procedimentos
• Anote o volume, aspecto e coloração da drenagem (LCR) a cada duas horas; se houver
alterações no débito e sinais de infecção: alteração da coloração, febre, cefaleia, tremores,
rebaixamento do nível de consciência, leucocitose, rigidez de nuca, episódios de vômitos,
comunique a equipe médica
• Fique atento para obstruções no cateter; caso ocorra obstrução, não tente desobstruir
aspirando ou injetando solução no cateter; notifique a equipe médica
• Despreze a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade, com técnica asséptica
Monitorização da PIC
• Detectar precocemente a elevação da PIC, permitindo a suspeita das lesões com efeito
de massa e com risco de herniação.
Que apresentam Glasgow inferior a 9, com tomografia de crânio normal, mas que
apresentam dois ou mais dos seguintes itens: idade superior a 40 anos, pressão arterial
sistólica inferior a 90 mmHg e postura de decorticação ou descerebração:
• Tumores cerebrais
• Intraparenquimatosa
• Subdural
• Intraventricular
• Epidural
Complicações
Assistência de Enfermagem
• Manter a cabeceira elevada 30 a 45 graus (com exceção para o paciente com restrição
de decúbito por trauma raquimedular).
• Comunicar à enfermeira e/ou médico se a PIC maior que 20 mmHg e/ou PPC menor
que 70 mmHg.
• Paciente com uso de bolsa de derivação ventrículo externo, manter a bolsa fixada na
altura do forame de Monroe, evitar manipulação excessiva do cateter (prevenindo infecção),
comunicar drenagem excessiva, durante o transporte do paciente avaliar com o médico o
fechamento da bolsa de drenagem (caso não seja possível, orientar o setor de destino e
manter a bolsa na altura do forme de Monroe), anotar volume, aspecto e coloração do LCR
durante a drenagem a cada duas horas.
CATÉTER DE DUPLO LÚMEM
O Catéter para Hemodiálise é um dispositivo com grande calibre e lúmen duplo ou triplo que
permite o acesso venoso à circulação central para a realização de hemodiálise temporária ou
aguda.
Indicações
O Cateter de Hemodiálise que tem um grande calibre e lúmen duplo ou triplo permite o
Contra-indicações
O cateter de grande calibre e lúmen duplo não foi concebido para a hemodiálise a longo prazo
nem para ser utilizado em doentes com vasos trombosados.
Assistência de Enfermagem
• Realizar assepsia das extremidades arterial e venosa do cateter com álcool à 70% antes
e após a retirada das tampas protetoras.
• Aspirar com seringa estéril o conteúdo do lume arterial e venoso antes de iniciar
procedimentos de diálise ou infusão, aproximadamente 2 ml.
• Manter o cateter bem fixado e posicionado de forma a evitar dobras no seu curso
natural.
• Heparinizar as vias arteriais e venosas do cateter imediatamente após seu uso. Usar 10
ml de SF 0,9% para CDL de curta permanência e 20 ml de SF 0,9% para permcath + heparina
injetando apenas o volume necessário para preencher as vias, conforme orientação.
A utilização dessa via foi norma de intervenção em décadas anteriores(3,8,9,13,19). Seu uso
diminuiu, sendo substituído, principalmente, em função do surgimento de cateteres
percutâneos para linhas venosas, além da menor necessidade de avaliação laboratorial
arterial, com a atual possibilidade da monitorização transcutânea de saturação de O2, bem
como da fração de CO2 expirado, através de capnografia.
Indicações
a) Arterial
b)Venoso
• Exsanguineotransfusão;
O tamanho do cateter a ser inserido pode ser calculado pela distância ombro-umbigo,
tamanho total corporal e pelo peso do recém-nascido. Foram desenvolvidos gráficos baseados
nesses parâmetros, que devem ser consultados, quando necessário.
O estudo de Dunn, em 1965(3), definiu posições anatômicas finais ideais para os cateteres
arteriais e venosos umbilicais, a partir da medida da distância entre o topo do ombro lateral à
junção final da clavícula e o ponto obtido por linha vertical virtual até o nível do umbigo.
1) Arteriais:
• A1 = bifurcação da aorta;
2) Venosos:
• V1 = diafragma
• V2 = átrio esquerdo
O cateter é introduzido na veia umbilical, segue pelo sistema porta até a veia cava inferior
devendo ficar no nível do diafragma. Desta forma o profissional deverá realizar a medida
distância do umbigo até o ombro.
Realizar Raio X para checar a posição do cateter e tracioná-lo para reposicioná-lo se preciso.
Quando o cateterismo visar a infusão de drogas na sala de parto não há necessidade de se
medir o cateter, basta introduzi-lo cerca de 1,5 a 2 cm imediatamente após a passagem pelo
anel umbilical, que o cateter se localizará na própria veia umbilical antes da veia porta. Evitar
deixar a ponta do cateter no sistema porta.
A assepsia deve ser realizada com anti-séptico com gaze e luva estéreis. Usar a técnica
apropriada fazendo movimentos centrífugos a partir do coto. Como se vai cateterizar
diretamente um vaso central, muito cuidado com a assepsia. Colocar o cadarço estéril ao redor
do coto umbilical, apertando-o suficiente para evitar o sangramento, porém não em excesso.
Fixar o cateter através do fio de sutura e depois fazer o curativo em ponte, porém, em
prematuros extremos é preferível evitar a ponte de esparadrapo.
Indicações
• Acesso venoso em RN com peso ao nascer inferior a 1500g (1000g), com a finalidade
de preservar a pele;
• Exosanguineotransfusão;
• Monitorização de PVC.
Complicações
• Fenômenos tromboembolíticos
• Perfuração do peritôneo
• Processos infecciosos
Contra indicações
• Peritonite
• Enterocolite necrosante
• CIVD – conagulação intravascular disseminada
Cuidados de enfermagem
Em RN menores que 750g o cateter arterial umbilical pode ser colocado na artéria umbilical
apenas para coleta de sangue. As artérias se dirigem circundando a bexiga e juntando-se as
artérias ilíacas internas que desembocam na artéria ilíaca comum e posteriormente na aorta.
Seu posicionamento é crucial devendo ficar logo acima da bifurcação da aorta (L3-L5) ou acima
do tronco celíaco (T6-T10). Este cateter deve ser intermitentemente lavado com solução de
heparina (1 a 5 U/ml). Remover o cateter assim o RN estiver estável com FiO2 abaixo de 40%.
Em caso de não se conseguir retirar sangue por meio do cateter ou sinais de isquemia em
órgãos abdominais ou MMII, retirar cateter imediatamente. A assepsia deve ser realizada com
anti séptico com gaze e luvas estéreis. Usar a técnica apropriada fazendo movimentos
centrífugos a partir do coto. Antes de introduzir o cateter, preenchê-lo com soro fisiológico
para evitar embolia gasosa. Dilatar o orifício da artéria delicadamente com o fórceps íris, evitar
movimentos grosseiros e repeti-los em excesso para que não haja formação de falsos trajetos.
É importante manter o cateter sempre livre de sangue. Após a coleta de qualquer amostra
sangüínea, limpá-lo com 0.5 ml de soro fisiológico a 0.9% e manter infusão contínua de líquido
no intervalo das coletas. Na presença de obstrução, não forçar a infusão de soluções para
desobstruí-lo. Nesse caso, retirar o cateter imediatamente. Evitar alimentar o paciente por via
enteral, até 24 horas após a retirada do cateter.
O cateter deve ser retirado quando houver isquemia persistente do membro inferior, na
suspeita de enterocolite necrosante ou de insuficiência renal, na presença de obstrução total
ou parcial do cateter, quando não houver mais necessidade de colheitas repetidas de amostras
de sangue arterial.
O cateter arterial umbilical deve ser mantido enquanto o recém,-nascido estiver grave, até no
máximo por 10 dias, exceto se complicações inerentes ao mesmo.
Indicações
Complicações
• Infecção;
• Enterocolite necrosante;
Contra indicação
• Onfalite
• Peritonite
• Enterocolite necrotizante
• Insuficiência renal
Cuidados de enfermagem
• Evitar alimentar o paciente por via enteral, até 24 horas após a retirada do cateter.
Indicação
• Hipertensão pulmonar
• Choque séptico
• Insuficiência respiratória
• Hipertensão intracraniana
Jugular
Subclávia
Femoral
Complicações
A complicação mais frequente é a curva amortecida das pressões. Outra cokplicação comum
que requer uma avaliação mais rigorosa é a migração do cateter para o ventrículo direito e
encunhamento espontâneo do cateter.
• Calibrar o monitor uma vez por dia (com valores de gasometria, hemoglobina, peso e
altura do paciente) para manter a medida contínua mais próxima da condição clínica real do
paciente.
• O balonete somente pode ser insuflado com 1,5 ml de ar (há uma seringa própria do
cateter, que deve ser mantida na permanência do cateter).
• Manter a solução salina das pressões (PAP e PVC) em bolsas pressurizadas a 300
mmHg.
• Antes das medições lavar o cateter com soro heparinizado através do sistema de
flushing, nivelar e calibrar o transdutor
A monitorização da pressão por esse método invasivo exige material estéril e somente é
realizada pela equipe médica. O início da monitorização se dá pela introdução de um cateter
na artéria (que pode ser um jelco ou catéter arterial), o qual é conectado a uma coluna líquida.
Com esse método será obtidas pressões sistólica, diastólica e média.
O cateter arterial pode ser colocado na artéria radial, pediosa, femoral ou axilar. A artéria
radial é um vaso de escolha porque sua utilização tem sido associada com menor número de
complicações. A artéria braquial deve ser evitada devido ao risco de tromboembolia do braço e
antebraço. A artéria axilar e a femoral são os vasos mais calibrosos, porém com mais
dificuldade de punção e maior potencial de contaminação.
A linha arterial pode ser obtida por punção ou dissecção arterial. A punção é o procedimento
mais indicado, por permitir menor lesão da artéria; deixando a dissecção somente para casos
mais graves, após várias tentativas de punção sem sucesso.
Antes da punção da artéria radial é preciso realizar o teste de Allen, em que se deve comprimir
simultaneamente a artéria radial e a ulnar com os polegares. Estimular o paciente para abrir e
fechar a mão rapidamente. Em seguida, pedir para relaxar a mão. Enquanto comprimi a artéria
radial, solte a artéria ulnar e observe a coloração em cinco a dez segundos. O teste pode ser
repetido testando a artéria radial também. Em caso de o teste não ser satisfatório,
desconsiderar a punção da artéria radial.
Com a punção arterial podem ocorrer algumas interferências técnicas, que são:
Para mensurar a PIA deve-se puncionar a artéria radial, braquial ou femoral. Inicia-se
separando o material para realizar o procedimento, que consiste em:
• Um anti-séptico
• Um suporte de soro
• Um frasco de heparina
Indicação
A cateterização da artéria para mensurar a pressão arterial invasiva está indicada para:
• Cirurgia cardiopulmonar
• Instabilidade hemodinâmica
• Politraumas
Contra-indicação
• Doenças hemorrágicas
Vantagens e Desvantagens
ARTÉRIA RADIAL
Vantagens
Desvantagens
ARTÉRIA BRAQUIAL
Vantagens
• Mais desconfortável
• Difícil manuseio
• Obstruções e trombos
ARTÉRIA FEMORAL
Vantagens
Desvantagens
• Desconfortável
• Manunseio difícil
• Trombose
• Formação de aneurisma
Complicações
• Infecção (técnica sem uso de proteção universal, ou ausência de limpeza da área a ser
cateterizada; pode também ocorrer por contaminação durante a manipulação)
Assistência de Enfermagem
• Avaliar o local de retirada do cateter por duas horas e manter curativo compressivo.
CATÉTER DE PRESSÃO VENOSA CENTRAL
A pressão venosa central (PVC) ou pressão do átrio direito refere-se à pré-carga do ventrículo
direito (VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diátole.
Será apresentado montagem do sistema para pressão venosa central, indicação, complicações
e cuidados de enfermagem necessários.
A PVC é uma medida hemodinâmica frequente na UTI, determinada pela interação entre o
volume intravascular, função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão intratorácica.
A PVC é obtida através de um cateter locado na veia cava superior, o cateter central com uma
ou duas vias; para mensurar a PVC o mais indicado é o cateter de duas vias (duplo lúmem). As
principais vias de acesso utilizadas são braquial, subclávia e jugular. Assim como na pressão
arterial invasiva, a mensuração da PVC é realizada através de uma coluna de água ligada a um
transdutor de pressão ou manualmente a uma régua.
Inicialmente deve-se optar pelo método de aferir a pressão venosa central. Escolhido o
método, deve-se separar o material que consiste em:
• Um suporte de soro
• Fita adesiva
• Um pressurizador
• Um módulo e cabo de pressão invasiva
A PVC pode se aplicada manualmente e continuamente. Caso a escolha para monitorizar a PVC
seja pelo método manual, deve-se conectar um equipo próprio para PVC no cateter central e
conectá-lo a uma solução fisiológica. Esse mesmo equipo possui anexada uma régua de
graduação em centímetros que deve ser fixada em um suporte de soro no leito do paciente.
Indicação
• Retorno venoso
• Volemia
Limitações da PVC
O uso da PVC apresenta algumas limitações e por isso não deve ser o único parâmetro
indicador de volemia. Entre as situações que podem alterar a PVC temos:
Complicações
Assim como a pressão arterial invasiva, a pressão venosa central pode apresentar
complicações, que são:
• Complicações tromboembólicas
• Valores abaixo do normal podem sugerir hipovolemia e valores mais altos podem
sugerir sobrecarga volumétrica ou falência ventricular, mas devem ser avaliados com outros
parâmetros.
Catéter inserido através do tecido subcutâneo (túnel) por uma curta distância antes da
inserção de estrutura vascular central. Esses cateteres são indicados nos tratamentos de longa
duração e podem durar até anos, desde que implantados com técnica adequada e
manipulados por equipe devidamente treinada para o manuseio deles.(5)
Inserido percutaneamente dentro de estrutura vascular central, usado por curto tempo (dias a
semanas) de terapia, deve ser utilizado por período máximo de 4 a 6 semanas, pois a
ocorrência de obstrução e infecção é frequente.
BIBLIOGRAFIA
II. MARTIN, L.C.R.; SEGRE,C.A.M. Manual Básico de Acessos Vasculares. São Paulo:
Atheneu, 2010.
FOTOS
Swan Ganz
Transdutor de Pressão (Pressão intracraniana)