Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente
NEE (cp) – População Escolar Alvo da Educação Especial
Consideram-se alunos com necessidades educativas especiais de carácter
permanente os alunos que apresentam limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social (nº1,art.1ºdo decreto lei 3/2008 de 7 de Janeiro)
Os alunos com Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente
no Agrupamento de Escolas D. Dinis (mapas em anexo), são acompanhados por quatro docentes de educação especial, cabendo a um dos adjuntos da Direcção o acompanhamento de duas crianças na Escola do 1.º Ciclo (EB1 Dª Francisca de Aragão). Os alunos cujos Programas Educativos Individuais prevêem o apoio personalizado a prestar por docente de educação especial são apoiados em contexto de sala de aula e em sala de apoio personalizado.
ORIENTAÇÕES PARA APOIO A ALUNOS COM NECESSIDADES
EDUCATIVAS ESPECIAIS O conceito de Necessidades Educativas Especiais implica, numa perspectiva actual e de acordo com princípios básicos de orientação educativa deste Agrupamento, uma referência ao princípio da inclusão. Este princípio preconiza serviços educacionais, na classe regular, apropriados ao aluno com NEE. Devendo as medidas mais restritivas ser adoptadas para situações devidamente fundamentadas e de acordo com o conteúdo dos Programas Educativos Individuais (modelo de PEI, aprovado em C. Pedagógico, em anexo). Assim, a educação especial tem por objectivos a inclusão educativa e social, o acesso ao sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades e a preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a vida pós -escolar ou profissional.
A educação especial organiza -se segundo modelos diversificados de
integração em ambientes de escola inclusiva e integradora, garantindo a utilização de ambientes o menos restritivos possível, desde que dessa integração não resulte qualquer tipo de segregação ou de exclusão da criança ou jovem com necessidades educativas especiais.
Professor do Ensino Especial
As suas funções são mais latas do que as de um professor de ensino regular.
Antes de mais, este profissional deve tomar conhecimento de todo o processo educacional da criança ou crianças por quem é co-responsável, a fim de poder dirigir o seu campo de acção para determinadas actividades (áreas curriculares especiais). Isto implica observar cuidadosamente cada um dos seus alunos e, em função dos resultados obtidos, fazer o respectivo planeamento da acção de educação e/ou reabilitação. Sendo certo que se tratam de alunos que (na maioria dos casos) não podem acompanhar o currículo normal, este professor terá de fazer uma adaptação e ao mesmo tempo prever a utilização de outros instrumentos e meios compensatórios face às dificuldades/incapacidades detectadas nas crianças e jovens.
No decorrer deste processo, cabe ao professor de ensino especial impor uma
certa inovação nas estratégias e métodos de ensino e fazer uma adaptações individualizadas do ensino, suportando-se na diferenciação pedagógica. No âmbito das suas funções poderá ter de proceder a alteração de conteúdos e a introdução de áreas curriculares especiais, no sentido de melhorar e enriquecer o currículo escolar, visando melhorar o nível de realização do aluno. Faz igualmente parte das funções do professor de ensino especial dar uma maior atenção a algumas das áreas curriculares especiais, tais como a autonomia pessoal e a socialização. Procedimentos fundamentais A educação especial pressupõe a referenciação das crianças e jovens que eventualmente dela necessitem, a qual deve ocorrer o mais precocemente possível, detectando os factores de risco associados às limitações ou incapacidades. Dessa referenciação decorrerá avaliação tendo por referência a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, da Organização Mundial de Saúde, a qual deverá servir de base à elaboração do Programa Educativo Individual, ou do Plano Individual de Transição. Na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino básico, o programa educativo individual é elaborado, conjunta e obrigatoriamente, pelo docente do grupo ou turma, pelo docente de educação especial, pelos encarregados de educação e - sempre que se considere necessário -, pelos serviços de psicologia, sendo posteriormente submetido à aprovação do conselho pedagógico e homologado pelo Director. Nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico o programa educativo individual é elaborado pelo director de turma, pelo docente de educação especial, pelos encarregados de educação e sempre que se considere necessário pelos serviços de psicologia, sendo submetido à apreciação do conselho pedagógico e, posteriormente, do Director.
Referenciação dos alunos com Necessidades Educativas Especiais:
A referenciação efectua-se por iniciativa dos pais ou encarregado de educação, dos serviços de intervenção precoce, dos docentes ou de outros técnicos ou serviços que intervêm com a criança ou jovem ou que tenham conhecimento da eventual existência de necessidades educativas especiais. A referenciação é feita aos órgãos de administração e gestão das escolas ou agrupamentos de escolas da área da residência, mediante o preenchimento de um documento onde se explicitam as razões que levaram a referenciar a situação e se anexa toda a documentação considerada relevante para o processo de avaliação. (cap.2º, art.5º nº2,3) Medidas educativas a serem implementadas: Os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente poderão beneficiar das seguintes medidas educativas: a)- Apoio pedagógico personalizado: a.1- O reforço das estratégias utilizadas no grupo ou turma aos níveis da organização, do espaço e das actividades; a.2- O estímulo e reforço das competências e aptidões envolvidas na aprendizagem; a.3- A antecipação e reforço da aprendizagem de conteúdos leccionados no seio do grupo ou da turma; a.4- O reforço e desenvolvimento de competências específicas.
O apoio definido em a) – 1; a) - 2 e a) - 3 é prestado pelo educador de infância, pelo professor de turma
ou de disciplina, conforme o nível de educação ou de ensino do aluno.
O apoio definido em a) – 4 - é prestado, consoante a gravidade da situação dos alunos e a especificidade
das competências a desenvolver, pelo educador de infância, pelo professor da turma ou da disciplina, ou pelo docente de educação especial.
b)- Adequações curriculares individuais;
c)- Adequações no processo de matrícula; d)- Adequações no processo de avaliação; e)- Currículo específico individual; f)- Tecnologias de apoio. As medidas referidas anteriormente podem ser aplicadas cumulativamente, com excepção das alíneas b) e e), não cumuláveis entre si.