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Sexta, 08 de Agosto de 2014 05h30
CONSULTAS JURÍDICAS SAMIR BAHLIS DALMAS: Bacharel em Direito pelo UNIRITTER/RS. Procurador Federal. Especialista em Direito Público
pela UnB/CEAD.
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Peças Jurídicas Resumo: A lavagem de dinheiro corresponde a uma prática usualmente utilizada pelo criminalidade
Publicações oficiais organizada. Neste estudo, pretende-se abordar o conceito de lavagem de dinheiro, bem como as fases que a
Publicações Oficiais caracterizam, fazendo-se uma breve relação com os conceitos utilizados no direito comparado.
Súmulas Organizadas
Palavras-chave: Lavagem de dinheiro. Conceito. Fases
Vade Mecum Brasileiro
Vade Mecum Estrangeiro
1. Considerações iniciais:
CONCURSOS PÚBLICOS
Apostilas e Resumos No contexto da criminalidade contemporânea, vislumbra-se que a grande quantidade de valores alcançada
Banco de Questões pela atividade das organizações criminosas passa a circular entre as nações, estabelecendo-se conexões entre os
Questões Comentadas diversos ramos do crime organizado, que buscam a ocultação da origem do capital auferido de forma ilícita. Nesse
SERVIÇOS contexto, a prática da “lavagem de dinheiro” adquire especial relevância para o incremento das organizações
SEJA ASSINANTE criminosas, dado este assim destacado nas palavras de Antônio Sérgio A. de Moraes Pitombo: “Na expansão das
Indique o portal organizações criminais, encontra lugar certo a ‘lavagem de dinheiro’, seja para esconder o lucro proveniente das
Sobre o Portal
infrações penais, seja para reintegrá-lo, com aparência de lícito, a algum sistema produtivo e empresarial.”[1]
Links Úteis Passemos, então, à análise de seu conceito e fases que a caracterizam.
A Lei 9.613, de 03 de março de 1998, introduziu no ordenamento brasileiro a figura típica da lavagem de
dinheiro. O termo “Lavagem de Dinheiro” é a expressão utilizada no Brasil para conceituar a prática de atribuir
aparência de licitude ao capital de origem ilícita. No entanto, há denominações diferentes dessa prática em outros
países. Exemplo disso são as expressões Blanchiment d’argent (França e Bélgica), Blanqueo de dinero (Espanha),
Branqueamento de dinheiro (Portugal). Todas essas denominações levam em consideração o resultado da ação
(transformar o dinheiro sujo em dinheiro limpo). No que se refere à natureza da ação, qual seja lavar, partindo-se
do verbo do tipo, tem-se as seguintes expressões: money laudering (países de língua inglesa), geldwache
(Alemanha), lavado de dinero (Argentina), blanchissage d’argent (Suíça) e reciclaggio (Itália).[2]
A partir da Convenção de Viena (também denominada ‘Convenção contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes
e de Substâncias Psicotrópicas’, da data de 20 de dezembro de 1988 e ratificada por nosso país pelo Decreto
nº154, de 26 de junho de 1991), firmada em Conferência das Nações Unidas, uma série de países começa a
criminalizar a conduta de lavagem de dinheiro, mais precisamente os bens e valores obtidos por meio do tráfico
ilícito de entorpecentes, sendo que o Brasil tarda um pouco a aderir tal tendência quando comparado com outros
Estados, tais como: Itália, Espanha, Bélgica, Alemanha, Peru, Venezuela, França, México, Suiça, Portugal.[3]
Dessa forma, o Brasil passa, portanto, a fazer parte da cooperação internacional de combate e prevenção do crime
de lavagem, e embora de duvidosa técnica legislativa[4], o advento da Lei 9.613/98 denota a intenção do país em
colaborar com uma política criminal transnacional (aplicação do princípio da justiça penal universal)[5].
Primeiramente, deve-se referir que a nossa legislação (Lei 9.613/98) não tipifica tão-somente delitos de
lavagem de moeda, uma vez que busca reprimir também a ocultação de bens, direitos e valores.[6] Dessa forma,
Marco Antonio de Barros apresenta a seguinte conceituação:
“Lavagem” é o método pelo qual uma ou mais pessoas, ou uma ou mais organizações
criminosas, processam os ganhos financeiros ou patrimoniais obtidos com determinadas
atividades ilícitas. Sendo assim, “lavagem” de capitais consiste a operação financeira ou na
transação comercial que visa ocultar ou dissimular a incorporação, transitória ou permanente,
na economia ou no sistema financeiro do País, de bens, direitos ou valores que, direta ou
indiretamente, são resultado de outros crimes, e a cujo produto ilícito se pretender dar lícita
aparência”[7]
Observe-se que a lavagem de bens, direitos ou valores, ou sua ocultação, admite a ocorrência de três fases
independentes e simultâneas[8], quais sejam: conversão, dissimulação e integração.
De acordo com o escólio de Rodolfo Tigre Maia, na conversão ou placement, “busca-se a escamoteação
(ocultação) inicial da origem ilícita, com a separação física entre os criminosos e os produtos de seus crimes”.[9]
De acordo com o exemplo de Antônio Sérgio A. de Moraes Pitombo, na etapa da conversão ou ocultação “é feito o
fracionamento do capital, obtido com a infração penal, e, depois pequenos depósitos bancários que não chamam a
atenção pela insignificância dos valores e escapam às normas administrativas de controle, impostas às instituições
financeiras (art. 10, II, combinado com art. 11, II, da Lei 9.613/1998)”[10]
Por derradeiro, tem-se a fase da integração, que corresponde à reinserção dos ativos “lavados” no sistema
produtivo, ou atribuir-lhes aparência de legalidade quanto à sua origem. Conforme Marco Antonio de Barros, a
integração:
Visto as principais etapas do processo de lavagem de capitais, pode-se dizer que esta, de acordo com o
escólio de Antônio Sérgio A. de Moraes Pitombo, constitui em “ocultar ou dissimular a procedência criminosa de
bens e integrá-los à economia, com aparência de terem origem lícita”. [14] Ou ainda, nas palavras de Marco
Antonio Barros, “'lavagem’ de capitais é o processo em virtude do qual os bens de origem delituosa são integrados
ao sistema econômico-legal, com aparência de terem sido obtidos de forma lícita”.[15]
Conclusão:
Face às considerações esposadas, tem-se que a lavagem de dinheiro corresponde a conceder aparência de
licitude aos ativos obtidos por meio da prática de condutas delitivas, sendo composta basicamente pelas fases de
colocação, dissimulação e integração.
Referências Bibliográficas:
BARROS, Marco Antonio de. Lavagem de dinheiro: implicações penais, processuais e administrativas. São
Paulo: Oliveira Mendes, 1998.
MAIA, Rodolfo Tigre. Lavagem de dinheiro (Lavagem de ativos provenientes de crime) – anotações às
disposições criminais da Lei n. 9.613/98. São Paulo: Malheiros, 1999.
PITOMBO, Antonio Sérgio A. de Moraes. Lavagem de dinheiro: a tipicidade do crime antecedente. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2003.
SILVA, César Antonio da Silva. Lavagem de dinheiro: uma nova perspectiva penal. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2001.
Notas:
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado
da seguinte forma: DALMAS, Samir Bahlis. Lavagem de dinheiro: conceito e fases. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 08 ago. 2014. Disponivel em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.49365&seo=1>. Acesso em: 21 nov. 2017.
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