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Laboratório de Circuitos Elétricos I
Prática 1 - Lei de Ohm
Turma 3
Mariana de Sousa Moura, UFPI; Prof. Dr. Aryfrance Rocha Almeida, UFPI
Resumo—Esta prática trata-se da aferição do valor de cor-
rente para diferentes valores de resistência e fonte variável de
tensão, além do estudo sobre Código de Cores dos resistores
e mensuração do valor real, com auxı́lio de instrumentos de
medição de resistência, comparando-se esses dados aos valores
nominais de corrente calculados pela Lei de Ohm.
Palavras-chave—Lei de Ohm, resistores.
I. O BJETIVOS
Comprovar, analisar e compreender experimentalmente a 1ª
Lei de Ohm, verificar com medições e com a interpretação de
gráficos o funcionamento da 1ª Lei de Ohm.
II. I NTRODUÇ ÃO
Resistência é a capacidade dos materiais de limitar o fluxo
de cargas elétricas, ou seja, reduzir a passagem de corrente.
O resistor é o componente de circuito capaz de desempenhar
essa função. Este elemento por meio de seu valor de resistência
limita a passagem de corrente, provocando a queda de tensão
em seus terminais. Esse processo faz com que parte da energia
elétrica do circuito seja transferida para forma de calor. A
unidade no sistema SI é ohm (Ω). O resistor tem seu valor ou
resistência e tolerância determinados pelo Código de Cores,
de acordo com a Figura 1.
Fig. 1: Código de Cores.
O resistor pode apresentar basicamente quatro ou cinco
faixas com diferentes cores dadas pelo Código de Cores,
estando estas dispostas como na Figura 2.
Fig. 2: Faixas de cores em um resistor.
Uma das principais leis da eletricidade é a lei de Ohm. Esta
lei foi desenvolvida e demonstrada pelo fı́sico alemão Georg
Simon Ohm, que estabeleceu a relação entre tensão e corrente
para um resistor. Ele demonstrou, a partir de experimentos,
que a tensão aplicada a um material condutor é diretamente
proporcional à corrente que passa por ele, levando a relação
(1).
v =R·i (1)
onde:
• v = tensão ou diferença de potencial entre os terminais,
medido em volts (V);
• i = corrente que passa pelo material condutor, medido em
Ampères (A);
• R = resistência oferecida pelo material condutor, que é
medido em ohm (Ω).
Como pode ser previsto por (1) o gráfico da tensão por
corrente é linear e o coeficiente angular da reta representa a
resistência. Circuitos que não lineares não obedecem à Lei de
Ohm.
A transformação de energia elétrica em térmica em alguns
materiais por efeito da resistência pode causar danos a equipa-
mentos ou circuitos, mas, em alguns casos, este aquecimento
não é de todo ruim e tem diversas aplicações, tais como ferros
de passar, fogões e torradeiras.
A Lei de Ohm é fundamental e permite a resolução de
circuitos que empregam elementos resistivos e fontes de tensão
e corrente.
Há importantes instrumentos de medição responsáveis por
medir em um circuito o valor da resistência, diferença de
potencial e corrente. O multı́metro, por exemplo, é capaz de
medir tensão, corrente e resistência. Sua função é determinada
pelas configurações do aparelho e de como será conectado
ao circuito. O ohmı́metro é o modo do multı́metro capaz de
medir resistência. Deve-se retirar o elemento do circuito para
que não haja interferência dos outros elementos durante a
medição. Um instrumento responsável por medir tensão é o
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voltı́metro. Este deve ser conectado ao par de terminais do B. Comprovação da Lei de Ohm
componente no circuito. Outro equipamento é o amperı́metro.
Este mede corrente. Conecta-se em série ao componente a que
se deseja medir a corrente que o percorre. É necessária durante Durante o desenvolvimento da prática será montado o
as medições a seleção da escala adequada. circuito, mostrado pela Figura 3, que apresenta uma fonte de
tensão variável e um resistor. Como observado, há também um
III. M ATERIAIS amperı́metro e um voltı́metro, aparelhos que farão as devidas
• Protoboard; medições.
• Fonte de tensão DC variável;
• Multı́metro digital;
• 5 resistores de 10 kΩ;
• 5 resistores de 330 kΩ;
• 5 resistores de valores diversos;
• Jumpers.

IV. P ROCEDIMENTOS
A. Código de Cores e Medida de Resistência
Com o auxı́lio de um ohmı́metro, deve-se medir o valor de
5 resistores de 10 kΩ, observando-se a tolerância dos mesmos. Fig. 3: Circuito referente a segunda parte da prática.
O mesmo procedimento deve ser realizado com resistores de
330 kΩ. Os dados devem ser anotados na Tabela I. Ainda na
mesma tabela se apresenta a diferença de percentual entre o Serão usados quatro valores diferente de tensão e quatro
valor nominal e o valor medido para cada resistor de acordo valores de resistência como indicados pela Tabela IV. Cada
com (2). resistor deverá ser conectado à fonte de tensão variável, e para
cada valor de tensão e resistência, deve-se medir a corrente
valor medido − valor nominal (mA). A Tabela IV mostra os valores esperados de corrente
Delta(%) = · 100% para os diferentes valores das grandezas associadas, calculados
valor nominal
(2) utilizando-se a Lei de Ohm.
Tabela I: Valores medidos de resistores
Resistor R1 R2 R3 R4 R5 Rmedia Tabela IV: Correntes obtidas em simulação(mA).
10kΩ
∆% Tensão(V) 3 4.5 6 12
330kΩ 470 Ω 6.383 9.575 0.013 0.026
∆%
1k5 2.000 3.000 4.000 8.000
4k7 0.639 0.957 1.277 2.554
A Tabela II representa o valor das tolerâncias do resistores
10k 0.300 0.450 0.600 1.801
de 10kΩ e 330kΩ.
Tabela II: Tolerância de resistores
Resistor Tolerância
10kΩ A Tabela V representa a tabela de verificação que conterá
330kΩ os valores de corrente medidos em laboratório por meio de
um amperı́metro.
Os valores medidos das resistências devem variar dentro dos
valores permitidos pela tolerância indicada na cor da última
faixa de cores do resistor. Essa diferença de valor nominal (ou Tabela V: Valores obtidos durante a prática.
valores ideal) e valor medido (ou valor real) é descrita pela
Tensão(V) 3 4.5 6 12
diferença percentual. Deverão ser medidos também os valor
470 Ω
de resistores variados, anotando-se na Tabela III as cores, o
1k5
valor nominal e o valores observado no ohmı́metro.
4k7
Tabela III: Código de cores 10k
Resistor Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4 Nominal Medido
1
2
3
Os gráficos tensão versus corrente para cada resistor, como
4 previsto, são lineares. A Figura 4, 5, 6 e 7 mostra o gráfico
5 V ×I para o resistor de 470Ω, 1k5Ω, 4k7Ω e 10kΩ, respecti-
vamente.
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Fig. 4: Gráfico referente ao resistor de 470Ω.

Fig. 5: Gráfico referente ao resistor de 1k5Ω.

R EFERENCIAS
[1] NILSSON, James W.; RIEDEL, Susan A. Circuitos Elétricos, 8a. Edição.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

Fig. 6: Gráfico referente ao resistor de 4k7Ω.

Fig. 7: Gráfico referente ao resistor de 10kΩ.

V. D ISCUSS ÕES E C ONCLUS ÃO