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LuDwic WITTGENSTEIN INVESTIGAGOES FILOSOFICAS, ‘Tradup:José Carlos Bruni Fundadk VICTOR CIVITA (0907-1950) & Eaitora Nova Cultural Lida, Copyright © desta edigio 199, Editora Nova Cultural Lida, ‘Rua Pees Leme, 524-10" ands CEP 05124-010 “Sto Paulo SP. Coordenagio Editorial Janice Rorido ‘Chefe de Arte: Ana Suely Dobgn Paging: Nair Remand ds Silva Diretos exclusives sobre a tradgbes deste volume: aitora Nova Cultural Lida, 580 Paulo. Direitosexctusivos sobre “Wittgenstein - Vida e Obra Ealtora Nova Cultural Lida, Impreseio eacabament: Grifica Ciculo ISBN 5-13-00859-1 ‘Vera permis sment om conjnto com eis de ais VIDA E OBRA CConsutora: Armando Mora ‘Oliveira Encxernatos De MEMORIA, 0 filésofo Bertrand Russell (1872-1970) conta que, por volta de 1913, tna entre seus alunos da Universidade de Fam Ho esquiste, ponto de, apés todo um period letivo, 0 filsofo no saber dizer se se uatava apenas de um exctnizico ou de um hhomem de gio, Soa perplexidade aumentou ainda mais quando fol pro- ‘arado pelo etranho aluno, que the fez uma inelta pergunta:"O senhor Podern fazer a Ginesa de me dizer se sou ou no un completo idiot” ‘Rusell respondeu que no sabiae perguntow Ihe das razbes de sua dvi. (aluno replicou: "Caso sea um completo iota, me dedicare! aeronsu- ‘ca; aso contro, tormar-me-i idsofo. Russell nio encontrou outra Salda para se desfazer da embaracosa quesilo, a nio ser pedindo-the que ‘ccrevese um asundo Sos qualquer, e depois lhe mestase. Fassado figum tempo 0 aun retorrou com 0 trabalho o fidsofo depois de ler ‘pends uma Unk, sentencou "Nao, voc! io deve se tomar um aeronaut' ‘A partir dat, Wittgenstein, o aluno excénirico,abandonou totalmente qualquer preocupacio com engenharia de avides, tomando-e rio apenas ‘mais um fideo entre outros, as uma das prinpais igus da filosofia do século XX. (© Hone pe Investor 4 FiL6sor0 Ludwig Josef Johann Wittgenstein nasceu em Viena, «26 de abril de 1889. Sua fama havia emigrado da SaxGria para a Austria, e sua ‘scendénciajadaia cessou com 0 av6 paterno, que se converters 20 pro- testanmo. Seu pa era diretor de uma grande siderdrgia © organiz0u ‘© primeio cartel do ago na indstria austria. Sua me, ha de um Danqueiro vienense, era extremamente devotada a misica. Enire os fe- _gientadores da familia Wittgenstein, encontrava-se Johannes Brams (1833- 1897; um de seus irmios, Paul, tornou-se conhecido pianist. ‘Areducagio de Wittgestcin, até 0s catorze anos, procesou-seto- talmente em casa; ea um estudanteindiferente, mas demonstrava grande Interese por engenhos mecinics,« ponto de corstuir uma maquina de fea, ue provocou grande admiragio. Seus pais resolveram, ent fenvidlo a uma escola em Linz, na regito monfanhosa da Austria, onde 2 énfae ea colocada no estudo da matematicaedafsca,dando-se pouca engi & educagio lisse, pds tes anos em Linz, Wittgenstein ingres- ‘sou na Escola Técnica Superior, em Charlottenburg, Berim. Na primavera de 198, debou essa escola, onde estudava engenharia mecarica,€ mi douse paraa Inglaterra, registrando-s como estudante de engentara na Universidade de Manchester, Durante trés anos, dedicouae a pesquisa ‘2eronduticas, tendo projeado um motor acionado ajo © um propulsor. ‘Seus interesses, porém, comecaram a afastar-se dessa rea, rientando-se para a matemdtica pura, em seguida, para os fundamentos da matemd- Hea, Nessa época, Wittgenstein enconiou por acaso os Principio de Ma tonite, de Bertrand Russel, que Ihe desperaram grande enfusissmo, (Como resultade, decidiu abandonar a engenkara e, em 1912 ingressou ro Trinity College, a fim de estudar com Russell. Sob sua orlenagio, edicou-e& logiea,realizando progress surpreendentes. ‘Norman Malcom, um dos princpaisbidgrafos e comentadores de ‘Witigenstein, conta que os anos de Cambridge, do ponto de vista aetvo, foram marcados pela intima amizade que 0 igow a David Pinsent, seu colega de estuos, A liga entre or dois envolviaoutrasafinidades além {da liga. O interesse pela misica fot uma delas. Ambos possulam um repertrio de mais de quazenta lieder de Schabert que Wittgenstein sabia stsobar,enquanto Pinsent acompantava 20 piano. Além disso, fazia pi- it Islandia « na Noruega,correndo as despesas por conta de Witigenstein. Embora considerase Wittgenstein uma companhia dif, inritivel e por vezes deprimente, Pinsent dizia que, quando alegre, ele se tomava encantador. 'Um dos motivs principals de suas depressbes decoria de um sen- timento de proximidade da morte que vria a impedi-lo de aperfigoar suas iddias fo terreno da logis. Durante multos anos, antes de ir para Cambridge, raros eram os dias em que nio persava em suciio. Assim, ir para Cambridge a fim de estudarflosofia com Ruscel, adquiriu para Witgenstein o caréter de salvagio DDrante a primavera de 1913, ntensamente envolvido por seu ta batho em ligica, Witgensein submeteu-se a véras sessdes de hipnose, tenfando, com esse recurso, obter respostas mas larase definidas acerca das questesLigica extremamenteinfrinadas com as quais se defrontava No decorrer desse perodo, correspondewse freqientemente com Russell suas catasretzatam um Wittgenstein muito aetivo, enfusiasmado com Sas descoberaslogicas, mas, a0 mesmo tempo, manifesta sua convicg4o ‘de que jamais poderia toma se amigo de Ruse pois, aseu ver, os ideas diferentes dos dois fldsofes ‘uma verdadeira amizade. Wit [petcin considerava possivel # amizade entre duas pessoas, desde que ambas fosse "pura, podendo, assim, exstr um rlacionamento aberto enue elas, sem Causar a menor ofersa. Ele mesmo, cantudo,nlo Se com Siderava um puro, e erevia para Russell "Minha vida ests cheia dos ‘mais odiosos € mesquinhos pensamentos (sso ndo éexagero).Talvez voce pence que seja uma perda de tempo, para mim, pensar acerea de mim ‘mesmo; mas como posso tormarme uit Iégico se io sou Sequer un ho- ‘emt Antes de mais naa, devo tornar-ae puro (Quando eclodiu.a Primeira Guerra Mundial, Wittgenstein alistou-se no exéritoaustriaco como voluntrio. Durante os anos de casera, tra bathou intensament,redigindo 0 Tciafus Lagico-Phibsophics, que viria 4 ser sua obra mais conhecida, Em agosto de 1918, terminou-o © dois ‘meses depois fo aprisionado pelastropasitalanas, Retomando a vida ivi, publicow o Tracatus, em 1921, nos Anas de Filsofi Natural, dirgido por Wilhelm Ostwald (1853-1932);1no an seguinte, velo luz a tadugSo Inglesa com o titulo laine, sob o qual a obra ficaria consagrada. Por volta da mesma época, Wittgenstein doou toda sua fortuna pes- sala duas irmis. Em pare, isso foi devido a0 fato de que nio queria {er amigos atraidos por seu dinero. Por outro lado, arazdo dessa atitude decorra de sua predisposigSo para uma vida simples e frugal eda idéia fe que o dinkeiro podria Set apenas uma amolasdo para 0 Hécofo. Em congoqiénda, Wittgenstein, a pati de 1920, passou a ser um simples mestre-scola,lcionando para criangas de 9a 10 anos de idade. Em 1924, dois anos antes de renunciar a seu cargo de professor, elaborou um di- ‘lone, com cerca de seis mil plavras, para uso dos alunos nas escolas primis das aldeins austriaas. Ese pequeno livo fl publicado em 1926 Em 1923, Wittgenstein recebeu a vista de um jovem matemtico de (Cambridge, Frank Ramsey, que estiveraestudando 0 Trcituse asiava por discuto com 0 autor. Nessa época, 0 filésofo coninuava vivendo fem exrema simplicdade e declarou a0 matematico que nio pretendia ‘eallzar mals nada em Slosofs, pos sua mente nfo era mais exive” Em 1926, apés abandonar © magistério, pensou em entrar para & vida mondstica, mas fol desencorajado pelo abade do mostezo no qual pretendia viver. No vero do mesmo ano, trabalhou para os monges de Htteldort, na qualidade de ajadante do jardineito. Depots de trabalhar ‘0 projet de uma casa para sua irmieter-se dedicndo 8 eecltura durante certo tempo, retorou a Cambridge, em 1929, quando passou a dediar-se ‘ovamente d flosofa, No se sabe ao certo o que foi que olevou a etomat ‘al interesse. Em janko daquele ano, obteve 0 doutoramento com Trac- tatu. Seusexamiradores foram Ruseel eG. E. Moore (1873-1958), a quem, ads, devido o ful latino da twaduplo inglesa de 1922. Nessa epoca, Publicou um breve enslointtuado Algumas Obserories sore Forma Liict ue, juntamente com o Tracaus, constitu a toalidade dos esritos flo ‘68cos publicados durante sua vida, Permaneceu em Cambridge at 1936, quandosereirou pra Norge nde comes ever ei Flosfins. No ano seguinte, retornow a Cambridge, e dois anos depois scedeu a Moore na eadelra de flosofia. Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, nfo querendo permanecer como simples especador, ‘Wittgenstein consegun trabalho no Guy's Hospital , até 1983, desem- ‘penhou as funges de simples porteio. Fol transferido entdo para New ‘tle, trabalhando como simples ajudante no laboratério de pesquisa linea, onde fcoa at a primavera de 194, Trés anes depos, renunciow 4 sun citedra de Silosofia buscava izolamento trangiilidade pare que deste terminaras noestigapes. Na medida em que Sua sade Permit, trabalhava com afino ma obra. Depois de viver na Ilanda, durante algum tempo, visjou para os Estados Unidos af permanscendo tds meses, ap ‘os quaisretorou Inglaterra. Descobria entio que etava com cince ‘mas nio se surpreendeu nem ficou deprimide, decarando que isso nie ‘ chocava, pois nfo queria continsarvivend. Em 1950, vajou para Viena, ‘onde reencontrou a familia eno mesmo ano, moro durante certo tempo ‘om um amigo em Oxford. No ano seguinte, mudou-e para a casa de ‘seu médico, em Cambridge, pois a ideia de passar seus ttimos dias em lum hospital causava-he avers. Sabendo da iminéncia da morte, dedi- ‘otseintegralmente a seu trabalho, Os excitos fosficos de entio 880 da mais alta 'A.27 de abril de 1951, sua enfermidade agravou-sesubitament, ¢ quando o médico informou que seu fim chegara, respondeu: “Otimo! Suas ltimas palavas antes de perder a consclénca foram: "Diga-Thes que eu tive uma Vida maravilhoss” Morrew dois dias depos. (© Pensaseesro: A Teoma Da Ficunacko Além do Tracts Lopico-Phiosphicus © das InestigarSs Ligics, Wittgenstein debsou outras obras, das quais as mas representativas 580 235 ObserougesFlofins, os Cadernos Azul e Marrom,redigidos entre 1933 ©1935, Conferdnciase Discusses sobre Etc, Palos ¢CrengaReligioss, livro contituido por uma série de notas reuridas por alguns de seus amigos, a partir de conversas ocasionas e apontamenios de aula ‘© conjunto de sua obra ¢ dividido, pels intérpretes, em duasfases ‘bem distinta, deta forma quese pode falar de um ‘primeiro Witgenstlr” ‘ede um “segundo Wittgersten'-O “primeiro®corresponde ao Tracts, ‘20 "segundo" encontrase nas demais obras. (s temas do Tractatusestbo agrupados em proposes que vio de 117, segundo o nivel crescente de complexidade exstente a argumen- tagio, Ess proposgdes bisicas slo como teses de que as proposgses subseqlentes, numeradas decimalmente, constituem um comentiio ou ‘eclarecimento. A primeira proposicio diz que “o mundo € tudo o que ‘corre’; a segunda, que "o que ccore, 0 fat, & 0 subsists de etados de coisas atercera que pensamento€ figura gia des fatos" a quarta, ‘gue “o pensamento ¢& proposiio significative"; quini, que “a propo ‘Spto 6 uma fungio de verdade das proposies elementares";a sexta, que “a forma geral da fungSo de verdade €(p,&,N (ea stima sentencia: 9 que no se pode falar, devs calar" Eres sete tees prinipis complem toda a extrutura do Tris, 0 qual é uma explictgto das mesmac. Witgertcin deta dro, asim, todo objetivo floedio que propds a st mesmo. Segundo suas propias paiva, todo meu trabalho conse em explo a rateza das Seen ‘A explicago de Wittgenstein tem como centro a iddia de que uma sentenga € uma figura (ptr, em inglés; Bld, ex alemia). O Tracts firma que as senfengasSguram mesmo a realidade,nio se tratando ape fas de tm “como se Conforme asinala 0 prépro autor, "um nome re- presenta uma coisa, outra coisa, e eto Ligades entre si de tal modo que ‘todo, como quadro vivo, representa 0 estado de coisas. Em outros ter ‘nos, haveria tin paralelsme completo ene o mando dos fatos reais © 2 estruturas da lnguagem. Nesse sentido, ou sea, na medida em que tama proporigio é uma Siguragio da realidade, deve haver nelatantos ‘ementos a serem distinguidos quantos es que existe no estado de coisas figurado, deve haver uma mesma mlipiidade Iigea ou matemdtia entre afguragio e aquilo que €aigurado. Dessa forma, defines como Jorma de reresentaio aqulo que existe de comum entre a figuraglo © 0 aigurado, ea posibldade de que as coisas no mundo este relaio~ ‘nadar, como ovet30 of elementos da Giguragio, € denominada forma di realidade.Desse modo, uma ver que a¥o figuragSes, a8 Sentengas possuem 1 mesma forma da realidade que afiguram. ‘Mas, embora uma sentenca possa afigurar a reaidade, ela nso € capaz, no enfant, de fazé-lo no que respeita& sua propria forma de re- presentago, Se deve haver algo de idéntio na figurasio eno afigurado fim de que uma possa sera iguraglo do outro, ent a forme li (ao ‘mesmo tempo forma da realidade) que fdas as figuragdes devem poss, ‘lo pode ser afigurada por nenhuma figuragio. Caso contraro,cairseia femima regessdo ao infin, ou sea seria necessriosupor uma segunda linguagem que representaria primeira, e asim sucessivamente Por essa azo, Wittgenstein conclu que todo o problema da flosofla reduz-se ape- ras 8 distingfo entre © que pode ser dito por melo de proposigdes, isto ‘mediante a Gnica a nica linguagem que existe, eo que nlo pode ser ‘it, mas apenas mostrado. ‘Corsas Noses, LINGUAGEM & VERDADE [No Traciatus, 36 proposigtese a linguagem em geal epousam na ‘oséo de “nome”, 0 qual €definido pelo autor como um signo simples fempregado nas sentegas. Oigno simples nfo € composto por outros ‘signos, como €o cao, por exemplo, da expresséo "as ruas da capital da Inglaterra’; palavra "Londres", 20 contro satstz a exgencia de sim- plidade, Alem de dever serum signo simples, nome, para Wittgenstein, ‘eve satsfazer a uma outra exgtncia, qual sep, a de representar uma casa simples, que ele chama “objeto: No Trica, s objets so conecbides ‘como sholitenete simples, © no simples apenas em Felago com algun Sstema de notagao. Segundo o flésof, os objets formam a substincia do ‘mundo, por iso mesmo no podem ser composts, a substnela¢ 0 que Subsste indeperdientemente do que ocore; 0 fo, 0 subistente e © bj so um 36, enquanto a confguragso conatitui o mutsvel, 0 instsve Por si 6, o nome no ¢, para Witigensten, uma figurarto do objeto « portant, sozinho ada diz. Somente através da combinagio de nomes € possivel figura a ealidade; em outros termos, sso significa que o cent da teria da linguagem como figuragao encontrase nas sentengas. Nota ‘Wittgenstein que a maior parte das proposes da Lnguagem corrente io parece ser figuragSes da realidade; somente a anise delas permite tomar manifesto ocardter figurative. Como resultado dessa andlise surgem as proposiqdes elementares, que se definem como proposigbes que con Sistem de nomes em vinculaglo imediat. Somente as proposigds ele- ‘menlares represenfam uma configurasio de objetos simples. Para Witt= ‘ersten, por outro lado, mesmo que cada flo consista em mutosestados {de cosas, e que cada estado de coisas sea constituido por muitos objetos Smples (podendo, tanto os objetes, como os estados de cosas, tenderer 30 infinite), uma proposigio mite uma, esomente uma adlise em pro- posigées clementares. Uma vez analiada completamente,» proposigio Serd compost de nomes simples, cujo significado serd um objeto simples, ‘Desse modo, a compreensio de uina proposigio exge aps a compreen- so de seus constitintes. 'Na ilsofa do "prmeiro Witlgenstein’, a idéia da existéncia de pro- posigbesclementares io € arbitra, 20 contro, decore dretamente Ae suas preocuparses acerca da relagao entre pensamento ea inguager, dde um lado, ea realdade, de outro. Sua tora basela-se na idéla de que a reaidade ¢afigurada pela linguagem, ¢ ness caso seria necesséio ad- rilirse a exisinda de proposes, cu senido evidencie-se imediats ‘mente. Entretano, nose deve interi dat que ais proposigGesapresentem tuma verdade auto-evidente. Assim, das proposgoes elementares depen- dram todas as outras proposigtes, Em outras palavras, as propesgdes (cup sentido ¢ imediatamente evdente)ndo-clementaes seriam furgBes de verdade de proposgGes elementares; nfo fosse assim, nenhuma sem tenga podera dizer alguma coisa ou ser enlendida ‘A fangio de verdade de uma tnica proposigio p€ uma proposiio cuja verdade ou falsdade € determinada, exclusivamente pela verdade ou falsidade de p; por exemplo, niop (se p €fao) & uma fungao de ‘verdade de p. Uma fungio de verdade de duas proposes p eq € urna proposigio cuja verdad ou falsidade é unicamente determina pela ver- dade ou falsidade de p, 9; por exemplo, p,q sto ambas verdadeiras” € ‘uma fungio da verdade de p, 4. Se duas proposies nio-lementares re 5 slo fungSes de verdade de proposigdeselementares, enti res estardo relacionadas internamente: por exemplo, uma delas pode decorerlogl- camente da outa ou poem ser conrad. Para Witgensein,conhecen dose etrutura intera de dusepropsigics, pales saber quai as elas Sepia que elas manitm ene st Nao st faz receso, pra farin, um co- ‘heamerto de prinpos lg; dal ser posivel vive sem a5 proposes legis, que pode econecer, mas mera inpeyiodesas proposes, suns propiedad formas em una Passo cr : 7 Fara tomar manifests as condiqdes de verdade de una proposiio, Witgercein empregou o método das tabuss de verdade. Uma vez qUe 2 proposigio em questo ¢ fangio de verdade de outrasproposigies, © ejetvo sera mostararelaio entre a verdade (ou alsidad) das ltimas fea verdade (ou falsidade) da prime ho a i pont upd cin ‘verdad das proposgbes. Ui dees ocrreria quae una Propesigio ‘erddira pra todas ao pocfalidades de verdade das proposes een {ares fal proposiqo € cumada indlggi O outro cs diz repaito a pro“ ‘oso que ep falsa pan was a pssliidades de verdad, ea proposiao enomarada contd, Conquant sa convenient eferi-se tanto 38 COM tig como ln lin come ropes ants pra Wien ‘io alo arigor, propiges, pos ald de no determinarem neniama re Edad, ho posuc eongos de verdad, H que uma ¢ncondicnalmeni ‘erdaceraautologiae otra nandiconalmente alsa (contadgs0). Ass para Witgenten ss propenigdes mostra o que diz mas se forem tt {Sldgas ou conradtiras slo vazis de serie. Em outs termes, a taulo- leg ea contadigio no slo gure da reaidade, nfo reprecriam e- a oc pra « pine prt io tn pessiveis enjuanio a segunda, nehunst Por outro lado, iz ainda Wittgenstein °s proposigb, a figuracio, ‘© modelo sio, num sentido negativ, como um corpo sido que limita 3 Terdade de movimento do outro; no sentido positive, como um expa5> limitado por uma substinca sida onde um corpo pode te lagat™. Nessa borden de ideas, podese dizer que enquantoa verdadede uma proposkio nao cera, mab apenas posavel a da tautlogia¢ ta como cata, © a Aa contadigio como impossvel ‘De acordo com o Tracts os assim chamados pincpios de logic, proposes de ligica ou verdadesLgleas sf todos simples tautolopas, "ao expressam pensamnentos, nada dizem. Nio se pode aia, confudo, {Quen possuain nenhumsetidoro simples fto de uma dadacombinayio 2c propesigdes exbir uma tautologia fevela algo cerea das esruturas das proposiesconsitints. Nas palavras do proprio Witgerstein: "As proposies da gia sf tautlogias; iso mostra propriedades (ica) Fennais da linguagem, ‘do mundo! (© Supto Enquanto Lars oo Munpo [A teoria da figuragio que se encontra no Traciatus e sua expicagio de verdade lggica conduziram a uma interessante doutrina sobre a ne- cessidade, etambsim a uma negagio de qualquer conhecimento do futuro. Segundo flésof, as proposigdea genuinas dizem apenas como as coisas ‘slo, no como elas devem ser A snica necessidade que pode existr € 2 rnecesidade logica expressa elas tautologia ou por equagies matemti- ‘as. No enfant, nem as tautologias, nem as equagbes matematicas dizem ‘ois alguma sobre o mundo. Por conseguinte, no mundo, no existe ne ‘essidade. Para Witigensten tudo é acidental. Desenvlvendo essa tse, ‘autor do Trctatus mostra que, embora uma proposio poss ser inferida 4e outa (desde que haa uma conerdo interna ¢estrututal entre elas), tal ‘io ocorre entre 0 estado de coisas, cu existénca ro pode se inferida 1 pari de um outo estado de coisas, completamente diferent. Em suas propria palavras, “de modo algum é possivel infers, da subsisténcia de tama situapio, a subsistencia de uma situapiointelramente diferente dela Se isso foe possve,tatarseia de uma inferénca daquilo que consti- tulria uma fatwa situaclo, um fur estado de cosas. "Que o sol levante amanhi" — diz Wittgenstein — "€ uma hipstese, «isco quer dizer nfo ‘sbemoe oe realmente se levantar” 'A parti deseas conceppes, 0 ato de vontadee a realizasto daquilo que ¢ desjado passam a ser conciderados como duas ocorréncias intel ‘amente diferentes. Nese sentido, a relacio etre a vontade e aquilo que fcontece no mundo #6 pode ser aidental. © homem nfo pode fazer nada ‘contece, nem mesmo um movimento de seu corpo. Nas palavras do ‘léeofo: "Nao poseo subjugar os acontecimentos do mundo & minha von” tade: sou completamente impotente Por outro lado, na medida em que, segundo a teora da figuragio, tanto uma proposigo como a sua nega sto ambas post(vels, 8 propo. siglo verdacieia é merament acidental: Dai Wittgenstein retira a conc: Ho de que nio podem haver propoalges em étca. Com iso, ele queria dizer que se alguma coisa possi valot, tal fato nfo pode ser acidental. a ‘coisa lem de possuir aquele valor. No mundo, enretato, tudo ¢ acidental: ‘onseqientement,nio existe valor no mando: “No mundo, tudo € como ‘e acontece como acontee: rele ndo hi valor, ese houvesse, 0 valor alo teria valor’. Se houver um valor que tena valor, ele deve permanecer fora de todos os acontecimentos, pois todos os acontecimentos 850 ac dentais, Em outros termos, 0 sentido do mundo deve estar fora dele; 0 ‘que o faz nlo-acidental no pode estar no mundo pois, no caso contri, liso seria de novo acidenal Esa concepgio ao conetitul uma negagio absoluta da existénca do valor, mas da existncia de valor no mundo. Ua ‘vez que as proposiges se pronuncam apenas acerca do que et no mun do, fado aguilo que diz respeito A étca nko pode ser expresso por pro osigSes, pois ests, dia Witigerstein, “ado podem exprimir nada alem, acreacena:“é claro que a ética nfo se deixaexprimir. A ca tans ‘cendental’. Assim, 0 mundo, €0 que est ele, nio 6 nem bom nem mat. ‘Bememalexistem apenas em relagio a sujet, este também Econcebido por Wittgenstein como transcendental "9 sueito no pertence ao mundo, fas ¢ limite do mundo” ‘A ica, todavia, no constitai 0 nico assunto que aio pode ser expresso pels propesgbes. A ela acrescentamse outras Areas, como a forma de representa das proposgdes, a existénca de objets simples «que constitiram a substancia do mundo, a existfna de um sujeto me- {Efsco, a existéncia do bem e do mal, e muitos outesigualmenteindi- Ziveis Wifgensein parece ter acreditado que o homem tem pensementos Sobre esas questOes apenas quando considera o mundo como um foo Timado, Em suas propras palavras, "a intuigdo do mundo sub specie ac- leritatis 6 intwigho dele como ur todo limita". Para ele, essa inicio Ede natureza mite; além disso ele afirma que “o que € mistico no € ‘como o mundo 6, mas que ele se "Por outro lado, conquanto se possa dizer o que se queraa respeito daqueles tpicoe metafsics, iso Abo significa que ees seam absurdos, tmas sim que se aluam além do akcance da linguagem. Diz © proprio ‘Wittgenstein que "existe com certza o Indizive Essa afirmacio consti- tuira um exemplo do que ¢ indizvel, mas pode reproduzir uma certa compreensiofilsica, No fim do Tacitus, o autor explc: "Minhas pro- posigdes se elucidam do seguinte modo: quem me entende, por fi as Fecomhecerd como absurdas, quando gracas a elas — por elas — tiver Calado para slém delas.E preciso, por assim dizer, jogar a escada fora ‘depois de ter subido por ela. A proposigio final do Tacitus (© que ‘io se pode falar, deve-se calor?) iio constitu apenas um tuismo, mas traduz 8 exstinca de um tereno a respelto do qual nada se pode dizer. (0s VAntos Jooos oe Lincuaces ara muitos intérpretes do desenvolvimento fileséfico do autor do ‘Tracatus LgicoPhicropics, 0 préprio Wittgenstein encarregou-se de jo- tar fora a escada que ele mesmo utlizara, Segundo exes interprets, de- pols da publiccso do Tracts, Wittgenstein modiicou radicalmente 2 frientaglo de sua Blof, abandonando a perspective logiista que car ‘acterian essa obra, No Cader Azul, no Cademo Marrom e,sobretudo, nas Inestiggtes Fleicas, publicadon apse sua morte, 0 soto passou a tuhar ‘um novo caminhe, afzmando ser extremamente insatsfatério © Tractatus ss, no entanto, no significa que tenha passado a considerar sas primeira reflexSes pura esimplesmente como errOneas, mas sim ‘como incapazes de elcidar tds os problemas dalnguagem em virtude ‘dererultarem de uma manezasuperscosa"deabordagem. A linguagem A Giz o "segundo Wittgenstein’ ~ engendra ela mesma superstigoes das ‘qs € preciso desfazer-se, ea filosoia deve ter como tarefa primordial ‘esclaecimento que permitaneutralizar os efeitos enfelticadores da lin- {guagem sobre o penssmento.O centro desseenfiticamente da linguagem brea ineligencia enconre-se as tentativas para Se descober a essoncia da linguagem, 6 necessrio, a0 contro, nko querer descobrir 0 ques Postamenteestejaoculto soba linguagem, mas abrir os olhos para ver © Sesvendar como ela furcions A attude metafsica deve ser substtada pela atitude pte A linguagem — diz 0 "segundo Wittgenstein’ ~ funciona em seus sos, lo cabendo, portanto,indagar sobre os sigrficados das palavras, ‘mas sabce suas fungées priticas. Estas s30 mallplas e variadas, const. tindo maltplas linguagens que sto verdadeiramente formas de vida Em outros termos, poderse'ia dizer que o correntemente chamado lin- juagem ¢, na verdade, um conjunto de jogos de linguager’, entre 8 ‘als poderiam ser citados seus empregos para indagar, consla, indig- ‘arse, ou descrever. Witgenatein compara oe jogos de linguagem a fer= ramentas utilizadas pelo operrio, que usa 0 martelo para martelar, © Serote para serar,¢ asim por diate. Da mesma forma, no hi, para Wittgenstein, uma tnica Fangio comum das expressdes da Linguagem, ‘nem mesmo algo que possa ser considerado como o jogo de linguagem ( que se pode dizer que existe so cerias semelhangas, ou, nas palavras ddo proprio Witigensteln certo “ar de famila,certos parenescos que se ‘combina, se entrecruzam, se permutam. Em fermos rigorosamente lécricos, poder-se'ia dizer que, para o ‘segundo Wittgenstein’ a lnguagem io pode ser unfiada sogundo uma Sica estraturelogica © formal. Diferentemente da tee exposta no Trac ‘atus, Wittgenstein afrma nas Inestigaies Flsfces que uma proposiqSo ‘fo tz em si todo da Esta procede através de pequenos segments, que s5o diferentes maltiploseparclados.A nic semelhanga, (qe fais sogmentos possuem entre si é "um certo ar de fama", cone Tuindo cada um deles um "jogo de linguagem. No se pode defini exa- tamenteo que seja “um jogo de inguager aro ser através da compa ragdo ene os tages semelhantes.e definiivos de uma série de jogos. Com essa colocacio do problema, Wittgenstein apronima-se mullo doe traturalismo desenvolvido por Saussure (18571913). ‘Esa nova maneira de colocr o problema (que ¢ ti alheia & me- tafsca quanto teria exposta no Traitus, mas que consegue, no entanto, evitar 0 formalism Iégico de Bertrand Rusell e do Cirulo de Viena) teaz conwigo profundas conseqéncias no que diz rexpeito 4 filsofia em ‘eral. Para 0 "segundo Wittgenstein’ os fildsofos debxaram-ae enedar nas tes dos chamados problemas fileséficos” porquese ludiram procurando escobrir a easéncia da linguagem, algo que estvesse oculto ats del [Na verdade,nlo existem "problemas" Alosficos, mas So-somente "per- plexidades" Com isso, Wittgenstein quer dizer que de nada adianta 20 Filésofo tentar encontrar soluges, procurando ma supostarealidade e onda; em Bosofia nada existria de oculto e todos os dados dos cha ‘mados “problemas esto sempre ao alcance da inteligéncia. Quando esses ddados no posibilta nenhuma solugSo, se et diante de um beco sem saida,e nada mais, Perguntar-se, por exemplo, "que horas so” constitu ‘um problema e, como tl, pode peretamente ser solucionado; mas inquire sobrea naturezaitima do tempo écolocarse ram labirinto aparentemente ‘sem salda. A sada, contudo,¢ possive e consiste segundo Wittgenstein, ‘implesmente em seIibertar da dia de que existam lbiinos. “Apesardiso, nose deve concluir que para Wittgenstein as questées filossfica sejam destudas de sentido. Pelo contro, a flgsofia tem um sentido profundo, o qual consiste em mostrar as raizes da perpleidade fe como ‘las se acham vineadas no persamento humane. Havers uma ‘azio que explique a lascinagio dos homens pelas questes flsotias, a onto de alguns deles teem dediado toda sua vida a elas. Para Witt Benstein, na verdade, essa questess80 “fascinantes' ese "enfeitigamen- {0° decorre das investidas feta pelo homem contra as limitagbes da Line {guagem. Porém no cabe mais continaar essa Iutainglria. A flosofia Aleve ersinar ao homem apenas como "ver" as quests; ela ro pode expla, infer ou deduzir coisa alguma, mas somente “por & vista" as perplexidades resultant do esquecimento das razes pelas quai se ut [izam certs concetos. Em suma, loca uma permanente" Tuta contra © enfeltiamento da linguagem’ Wrrrcensran & S80 LecaDo “Tanto flosofaformlada no Tatts Lope Philosophies (corres pondente ao priniro Wittgenstein, quanto aque se encontra nas obras Postumas, bret nas netgear enon Cadomos Al ¢ Mar ‘om exerceram inden no penssment do s6culo XX. Mts das toes fundamentals doe féofos do chamado Circulo de Viera foram dssenvolvidesa partir da interpretgao empirsta que fzeram do Tralas Ene otras tents do Ciclo de Viena, encontzeseo principio da ver ‘abilidade segundo o qual o significado de uma proposiga eduz-s 20 ‘onjnto de dads empiconimediats, cu ocoréncin confereveracidade ‘Tinesina, ecu no Scordnia 3 toma fsa, © Ciro de Viena retro tambem do Tiss a ida de ques proposes matric 80 la tolls e, portant, despidas de sigicao fia. ‘Mas, no obstante exes oaltospontos de converge, éexcessivo ‘rlatoa inca imagem do mind. Os conceit proposing ‘Pensamento, mondo eto ure ape or outros muna sii cada une ‘alendo ao outro. (Mas para queso sadas esas palaras? Flt ogo Ae lnguagerm no qual devem ser empregadas) “7.0 peneamento ext rdendo de um rimbo.— Sua exec, represen ua orden, ema verdade 3 rdem pr do mundo, ito & 2 ‘Sem das pstdds que dever ser comm ao mundo exo peneamena ‘Bin orem, poem, ao que parse deve se alone sina. Ed ats de toda espera, deve = eee através da totale da expec ‘hun perturba enema lnetesa emp dever feta. Deve Ser dons poo ital Exte rita pom, no aparece como uma obo, tras como sguma cozaconcrea « esmo como a mais once, como qe Tin dre. Gt Logipiopan, 55863) tames ma so de ue © ep o profundo, o esencal (para ns) dle non ivestigaci ridin ro fat de qu a tena comproender aetna incompardvel da Ingungem: io 6 ondem qu ete ee os concn de fel, in, ta oem a ap * fr ann dnt ~ sepeeoneten,Enquatns pals“ "mundo" set tm emprep, deve ter um Ho tui quart a pleas "mesa limpada’ pore 38 Por um ito aro que cad frase le nose nguager ‘eit com orden al como et Into que ns no promos a um ideal como Se none frases habits e vagaz nfo ester snda um sentido tla Inenfevepreenivel e como se tvésmos prineiramente de cost {ina Lingungen perieta.—~ Por outo lado, parece daro que onde hi Sentdo, deve exit ordem perita.—-Portanto, a ordem perfia deve ‘Star presente também na fee mas vaga. 35.0 senda da frase — dirsein pode deisarem abecto isto ou alo, mas 9 face deve ter wn deterinado sentido, Um sentido inde ‘Simirado no seria proprerte sentido merhum. — Tal como uma de- Timlaglo imprea, que no € propriamertenenhuina delimitalo. Fen Sirs endo tals ou menos asin: quando digo “encerel 0 homem ber Inetmente no quarto — apenas wm porta cou aber emo eu ab- ‘lulament no @encere: Bese/a endo: "com sso, pot, voctnlo fer ‘eolutamente nada Una delimitag que fem uma lacuna vale ano Gant neu — Mas ito € verdadero? TOM ge hres ua agen rea" — Mas cation ¢ op algin? = "Sim, faves Wo! amd de ogo mas ex {eo caso Ao é um ogo pero Ino 6 le el ero impure, ra inte ‘some por aga gue ag se foro impuro, ~ Mas quero dizer coor eres opal irs al Socppra rr moder o.oo tami ns ochamariamos de ogo, apenas eames coos pelo iene po ss no vers caramente o emprego efi da palava ops “I: Nao pode haver~ dros ~" uma vaguesa na ligica Ora, iveros a io deal ‘deers mecsrioment encontrar naealidade Enquanto nose como le ao enconta nem se compreende a tne dese "deve necesaiament Acrediamos que ideal deve fesiir na ‘eaidade pols acreitamos jf velo ela, 12 As regres rigoosa e clare da estratura lpia da proposcto paece'nos coun algo cculto no segundo plano — no meio da compen Eo.) as veo agra (ainda que staves de um meio) pois compreendo signa peso algo com ee "(C00 idea es insaldo defiiivamente em nossospenesmentos ‘Voc no pode se fastar del, Deve volar sempre a el. N2o hi enum Ie toe i fora fllao a. — De onde vem ine? A idea € como deals ‘Socrlados sobre o nari €0 que vemos, vemos através dele. Nem nos ‘corre a da de iron. 104 Afrma-se de uma cols aqulo que se enconta ro modo de presente, Tomemos para 3 percep de um etado de coisas exte= tTamentegerals possbidade de comparago que os impresiona 105.5 acefitames que devernosencontar agua orem, ideal, alinguagem rea fcareos oatisetos com aqui guna vida coudana So chan ae’, palaven’ “sgn 'A fase, a playa, da qual tata a gic dev ser alg puro evigo: rosamentedesncad.E quebramosacabey sche a esénia do verdad Signo. festa faves represntgo do sigo? Ow a representa no ‘momento presents? 106. Nese pnto€ dif mantra cabegaerguida — ver que pre cisames nos ater is clss do persament cofiiano e no cairo Mat amino onde parece que devetnosdescrever as lias sutlezas, 0 que ‘io podemos fazer com or meior que posuimes. Pace nos com se {evelsemos recoretrir com nosas moe uma fla de aranha destufda 107. Quanto mais exatamente conideramos a linguagem de ft, tanto maior tors-e conflito entre ela enossas exigencis. (A pureza {stalin da logca So se enegow aim, mat fo a exigdncia) © ‘Sito toma incuportivel a eageneiaameaga tomarse algo zi. — ‘Giimos muna superiieeacoregadia ond fala oatrto,onde as condites ‘Slosem certo vento seals mas onde por esta mesma raz ro poderes ina caminhar necestamos eno 0 ero. Retomemos ao slo dspeo! 1, Reconhecemos que aqulo qu chamamos de "kas “ingoa- sent no aude fom me epee ma afin ee fires mas ou menos aparentadas entre .—~ Mas, eno, 0 que acontece om gia? Seu rigor parece desazerse.— Desaparece com 50, mas ‘ompletamente? ~ Pots como a lies pode perder seu gor? Natural thenfe no porue se peya menos do seu igor O preconeato da pureza ‘otra s6 pod sersastado oe todas toda a nossa considera. GPoderseia dizer a coneiderago deve ser odicada, mas tendo como centro nossa verdadeira neesidade) Faraday, The Chemical History of « Candle: Water is one individual thing — it never changes ‘Also da gia lo fla das frases e das palavasem um sentido dilerente do que the damos na vida ordinisia,por cxemplo, quando de Seer: "Ei sgl eacita uma fase chine ot: “Noo prec apenas Si igo de Geri, mas € um omamonto” ee Flames dos fendmenos copes etemporais da tnguagem,nlo de um fantasia fora do espag e do tempo. [Noa teresa apenan por fendmeno, de diferentes modes Mas falas ses talcomo falimos de hguras dog de vader, inlicanda sus repro, {rio dscrevendo suas propriedades fk. ‘A quetio"o que é realmente uma palavz?”¢andloga uma fig de sade? 10s, Er certo dizer que nostasconsideragSes no deviamn ser con- sidecagiencenfens. A experdncla “de qu nto ow aqui poss ser pen Sno conta nosso preconcst’ 0 que quer que lo signfique nao Frolla nos interest. (A concepgio preundticn do penssmento) E nao evemos constrirnenhumaexpéie de fora. No deve haver ada de ‘potitico nas nossa considragbes. Toda eucdgio dove desaparecer © ser substi apenas por desrgo.E esta descrigo rece sua us ito sn fialidade, doe problemas flesfics. Estes problemas no si ex cos, mas so resovidos por meio de um exame do trabalho derma Engage el modo ge eta ib inp de compreendél. Os problemas sto resolvdos nio pelo acamulo de yovasexpertcas, mas pela combnacio do que & hd mullo tempo ConheudeA fos haus cons enfifgamete do meso caer ‘iment pelos meios da nossa “HO. "A linguagem (oa peresmert) 6 algo Sno” — ito ae sevela ql to facet eames 20 flsofa) "52, Queemos eabeecer ina ordem no nosso conhecmento do suo da lnguagem una onde para a Sralidade determirada uma ‘em denre ss muitas possvedynio ordem, Com esta finale, s- ‘etree costantrene difereeas que noses foros faba den man faclmente no deta pete. pela dar a parca ‘Roe Coroidertsemos como non taela reformar 3 linguaget. ‘Una tl reorma para detrinadss Gnalidades patins,o april coamnto da nesta termina pra eitar abenendiosT wo prac, Eee possivel Mas estes lo so on casos com que tem algo a ver. ‘ns conkases com 38 quae or ocypamos rscem quando a inguagem, ‘ov asim dzercaminhs no vaso, no quando talks 3 Ade gue aro oe du Rd ato o sistema de reras para o emprego de nosas pala Pols cliezs (lari ual aspramos é ma verdade ua clareza completa Mas info igica apenas Que os problemas Hlsbies devern saparcercompetamen 1 verdad doer 6» gue me toma apr dere como ‘sofa, quando guise —"A que scala a fileso, de tal modo que ‘Sere ois antiga por quests que colocam a propia em questo. Monts ago, tosim um método por exempos a sie desses ‘aemplos pode ser interempida. ~ Revalvem-se problemas (afestase Sieuldades), rio wm problems 'Nio Ri um ntato da ono, mas sin metodo, como que dite rentes terapias. 15k Corcideremos a proposgf: “so est asst” — como posso dizer que estas forma gerald proposgie? — Antes de tudo, el prpia ‘Toma propongo, uma propio de ingua portugues, pois fm suo ‘predado, Mas como et propos ¢empregada ra oss inguager ‘Samat Pols apenas por io tomer Dizemas, por exemple: “Ele exlcoume sus stag, disse que as coisas etd asim © que presa potarto de um adaament™ Nesta mia, podese dizer portant que oguea propio suet qualguer tssxsio.E empregada como exuca de proposiiacistopens pose ‘osu estutue deuma prong da ingen portuguesa ves cena, foletocn amt delve ao nse et lersein lamb, como na lia simbolca, tsar apenas ta le, tuna vardtel Mas ue camara letra p de forma gral propo: So, Como fl dt." et asin’ ra sa sper pore lappa {ego chama de ui ops nga force Seji uma propesiio, ¢empregada, no entre, apenas como varie! pro pesional. Dizer gue esta propenigho concorda fou mio concrds) com & Fealdade seria umn absurdo evident, eda sr, pois, o fato de que sna ‘Bure earacteistca de posto conceit de proposiao€ om da ropes n15; Ma endo no temos um cones dag gue & uta Propo: sigh, daguilo que entendemes por "propos? ~~ Sing tanto quan temos também tm concelto dagulo que enfendemos por jogo nero. fao sobre © que @ una proposico'™ quer devamos repender tn Sutto ou a nis proprios ~, daremes oumplose ente ese, tanbem ‘ull que se podria chamar de striesindtivas de proponigses or ‘ste modo temos um coneeto de proposio. (Compare 6 conccto de sie om oes denna) ofa,» deo tas” como forma geal da opi ¢ienace explana propor tdo pre {adoro ou fa. Piss ves de “eto etd tia polo ine: oo © culo ¢ verde (as ambi: “so gl € fk) Mas tee y € verdadeiro = p 'P € falso = nor. E dizer qu uma proposigio 6 tudo aqullo que posta ser verdaizo cou faolevaa der chtmamos de uma propose ella que aplicmos sei da gb de verde om no ingagn ec, ent, que a elucidao — propio € aguo que pode ser verdadero lao determina oo ta pope na eda em Sue digo © ue se ajsta a0 conc" aqua aque © once verdad’ e jist, it uma proposito como setivessemes tum conceto de verdadetoeflso, com oslo dos quis poo de- terminar 0 que € uma 0 que no € O que a engena no conclto de verdad (como nama roa dentada) & ume propio. Mas eta € una imagem ram, come se lgutm desea °O re, osadre, da figura ques pode prem xeque” Matto poe signcar «ue no nowo ogo de xadrer 6 polemos da xe a0 Tal como 8 Fropesiio apenas uma propos pode ser veradeiy’ 6 pode querer, fier que afmamos"verdadei” eal apenas dagilo que chastamos de propesigio. E 0 que € uma proposigio mum seni detenminado das eras de contro da propos (da lingua portugues, por exe Fi cam ete setdo, pelo eo dos signos no ogo de inguagen.E Pe fe paves "verdad e “ao” pode ser também ma parte Saeaan dese gee eno perienr& prope, aus 80 sft STmebo tamber podemos dae que 0 dar neque pert 0 Rost one de re do xaiex como que ma pate constitnte do mesmo). her ur dar earn ge ut nen encode oc on pgo mo qual ee da segue os pes, no qual pede aguele que Seige see pea que um bl jogo seria dsnerssant, ou t,o muito com cbse do género 137, E 0 que dizer do fato de aprender a determinar o sueto da por meio da pergunta "quem ou o que... — HA aqui, sm ‘ovina ajo do sta tsa perry pois como soubemos, Sesecr pel propio, qu € supa? De modo seman, amos ERG leo lab vom eps do cand, o alo ai [Rem que mea, poy 01 e apna Sguela sre dees? — Est raat SoScrsela tb dvr tered” elas” se austam 8 prom ‘sil poderseiaersinar uma eanga s diferencarpropsiges de Pear cephostes dace: "Pergunte se voce pode die, depos da Pre erdaeto” Se cans paras este, eno € ua Pro SIEGGSt ibe mesme mero tereein poo dizer pergnte ve vot pode, ie da expres, cola a alae "sto st asi’) {Bens pode asco de uma paiva que cu comprecndo no scarp seb ta ase qu eu compreendo? Ou a igieaio Eins nwa ose de uma outa? = Com ee oe a ign 65m Ge tazemos das paver no tem send falar de wt San, Scent re a a ‘iimoncu a pronuntamos nis aaprendemcs de ole; 0 a sarc Ealgoreaiment ferent dso” que se estende no tempo! ‘Devo sae se compreendo uma palavra? Nao acontece também que ‘euimagine compreende uma paavra (do mesmo modo que imagino com rr aim genero de cilculo)e depois veriique que iio a compreen- Hat CAcrediara saber o que significa movimento ‘relative ‘absolut’, ima vejo que no sei) 159, Se alg me diz, por exemplo, palavea “abo ae o gue ia gain, £ Sea ‘ao poder, ps se contadizr? O Sh.eteecemen asin de gle pode eter de acrdo con um emrego, ron ado ae ais? E como poe agull que nos ¢prvente ea Sremt, allo que pia no nono expt por um momento, js- Grcea um one? que reatmente qu aie ro rosa esptto quand comprecuenss sna olf? No alge coro una imagem? Nao pode sr uma imagen (6) “Creo que palara crt neste caso 6." nono mosta que a sept a ir a a nr ou i {que ¢ como qu a imagem exta de que peceanio ag? tagire gue, ‘ihre a pastas potent sokn” ober impresoras pasta? — Nao; falar da palavraapopriads no mostra a exsteneia de uma Sis gn oon land lr dol ca ‘quer do génerode imagem, porque sentir uma palavra como Spropriads; porque frequentemente escolhemos wma palavtaente pala- ‘is como igen ens agers ears mas lo gas or ai pot egeent imagen og de loa on pr sre Nom Guns: represent um veh bdo um camino ingreme, apoiando-se numa bengala.— Eisso como? Nio poderia também ter dado.a impressio de que o velho, nesta posigo, escoregava pela tstrada abuixo? Um marciano talvez descrevess o quadro dessa forma, io precso explicar por que nde nfo o descevemnes assim. ra, suponha qu, a0 ouvis a plas “bo uma imagem 0 seu epi. Por exempl, © deenbo de umn cube, Em que medida {Sta imagem pode a spr ou no ao emprgo da palavia "cube"? — Saver voctdign:“E simples — seen Imagem me aparece © apoio, por exemple, psu prama triangular edge que sto um eubo cro Se emprego roost image Ms roo sas? Excl sen Pls intencoralente deal mode que su mt fl representa se um Indodo de roo veqund 0 qual agen enfin se ate. ‘imagem do abo sigernos na verdad tm cero enprego, mas cu poderia enprepla ambem de um modo deen. M0. Eno, que esptce de ero comet? Aqule ques poderaex- rami tes scretado e's ager she fh 9 uh enpregs ‘eit? Co dra ec ns No ut a tuna imagem ow lg ome sms imagem que nos big uma apne ‘termined emew er fra, portant nea conestof Pol pedertaes srl regs peti ct um ok om ma presto loge parce ent a tamer como se comhcteseos dune especies de casos Qual flo esto de mes argument? Chamow nossa leno em tous) fat de que, conforme © io, etariamce prone © shana tan de “empreg da imagem so cao a outro procs dierent daguele no qual haveriamos persadooriginriament, Asim, nos ‘crer- ‘2 de que a imagem nos ebigue sum emprego determina’ const "eae de que mon vei ao eto speras ce tuo enema“ tembér una outa Slaps” signi: hi oata css que cow pronto 8 Spee sae gl mp opera ap Seer eel Tr ecg soot pam o mano pt cece oe omar oe Tes nee pi a ne ce ei a A ois ce ce mei eit UTE dann ten Soe a a i ee be roe om eee Cavett Baier ma Tess pve Sn in ar aoe ee re a Sen we tree ee Same ee eee ace Sinein dg Scope eppemmee sn ee Se a econeceosevidentrens pra no dus especies diferent de ve temmnns cuenta ee ee eres eo i eae os a girs generics "ct Cncmman € tocutas saeco na, ged an er ee cle cate sector ease me om ee oa po lm ne sa ne see ee a sagen enim ea ee a Cee eas nomi rec ne ere ect ae sec, oe rare ie en dis ins fence sl ae a oc er an dee peta Seer an Sa lc a Ses th, detigin aoe ce cre cra attra Pepe cate eee Pa ne ert eee ee ne ee fe oe CE ee ogee Fal on a ne Fence a tant ce So ee st de iets satiety ee cee es See Te er ds sommes Lane uduenine isi dan a Roce ment tis de némeros sho esr dane dele le € sola a co- ‘isla, (NGo se eopante com a expreslo “series de mimeroey ni € cn: Fregada aqu incoreamente) E age hs uma renga normal © una ‘Raglo anormal daquele que aprende.— IniGalmente; guaremos talver ‘snmio para copia a sre de U a9; mas enna psi de compremio dependet do flo de contin clea excrever por propio, podemos {magina, por exemplo, que copia or algarsmo prs proprio, nas Sc ord a ote hn lancet una Ye a on vet ‘sto enti €a/que termina a compreens.— Ons, comete eros? ‘ma seqidncia da srie A diferena ene ste caso e 0 primeio srk ‘uralnene a diferenga de frend. — Ou entio tle comete un {rr stem; ele copia, por exempl, os nimeres sempre de dois em dow, ou enio a sene'0. 2, 3,45, abs 1,0, 3,2, 3h. Estartmos ‘aul quate tentadon 3 dizer que ele nos compreendew eoneamente ‘Mas note que ao hi un limite precio entre um erro desordenado ‘© um erro sstedio. no ene o\gue wack ex incinado a cama de "desordenado”e sistema” (© que devemos dizer para elucidar a signiicasio, isto & a impor: ‘cia de'um conceit, lo feglentemente fatos naturals extrvordinaria: ‘mente gerais. Tals fates oso quate munca mencionados devido asa srande generaldade. Podlemos,tlvez,faz-lo desacostumarse do ero sistematico (como «dem ma hit). Ou se considera valida sua maneira de copiaretenta 2 ‘rainarihe a maneira normal como uma espécie, una variagio da sua ‘SVE aqui também a capacidade de aprender de nosso aluno pode s0 como ft tft (enen)"—- Asin, ‘Rando suet devaorden+ 2 vot quis doer guec shun devia screver bara 000 equ dizer amb que le da eacever 1858 depois ae Toes 10 ape 00034 sim por cnte rm mime nto Sea nest ~ oo qu eu quis dow 6 que devia escever aps ‘is nner sco, o segundo mero seins ea part dai ousb ‘Sua bows doore da Sun poo =~ Mas ¢ stamens geet justi aster 0 que, mum Fon qualger, decor dss ase. Ou tna, o qu devoren cman um pote qulguer de conormida’ {om ass nse (etme como eid Ociang) que voc, nagela ‘Sele deu Hose no impora em que ef consid) ais coro {fo que caer que em cada pont € neces ina igo sera use nC neaosino om cide poto uma nova dean. {er sain tbe, naquels cane que de ord, que cle devia etever 1001 ape im Cenaments evo poe a fiat ‘Ju sudan scapes vot no se deve dear enganat $5, Src dao plans "Sater der Pos voc a quer [ide ue poner, cco na pssager de 1001002 —e 5 perara sesea "lo pesca Seb ain age Sigil alg como: be alguem me ves perguniado requela casio {die amet devea eactver aps 1000, teria respond "1007 {ie Guvido dss f una upon da mesma eae desta: ee na- ula cuss tvs cat ta gm eu tr aia sts del — Em {Re cont eniooerineo de wan sa? The Ager gota, anes de tdo, de dizer: sun iia fia de que aquela gate ite) da dem tna a2 modo, feo tua ‘elas pssger: su espito como que vor alate, 80 dar sgn aif er eda aguas fusages aes doe vot tive gad cor foment «ea ou aque Tou! tin sempegir expresses ti come “As pastgers ea sn ts mer deco et iene aimee em pereumeno™ parca como se fase ji preerminadas de um modo pear, como se onsem antecpadas como apes 05 ‘ica pode ster 9 read "Bsa as pssagene iso determindas pla forma alga?” —Aquetdocmiga tn ero. steams a expresso 'spassagers so determinads pela rma. Como 6a empregada?— Poemes lar talver que a pessoas so levadas ol eduago (treinamento) a emprega a frmula y = de tal modo que {as btm o meso valor para y cuando subttue © peo mesmo woe Os, pdemos dizer: "esas pesoas fram nada del noo que a orem +5, ae tas a mesa passage, no mean vel, Poeratno expen ‘soda seguinte manera: "a ordem "+ determin inerment, prs cans tos 2 pssagen de un nmero ao smpute’ (Ao consi de cates sons que a ean orem, rao saber o que deve fazer ou que rape Sh com nda crea a cada um de um mo diferente) Poder, por outro lado, contrapordierents especies de rmulas < ifereies expéis de emprego das mesmas ferent espace de te. ‘aments).Chamimos enio as trmilaede'uma doterminae pice (e «= modos de emprego a els comespondents) de “rmults qu deter ‘am um nimerey dado um determinado "ea frmulas de una outa espécie, de formulas “que nto determinam o némeroy, dado um deter Innado 2" (y == pertenceria 4 primera eapéci = 2" pertenceia segunda) A fase "s formula. determina umn mero 9” € ello uma asterio sobre a forma da fmula ~e deve eno diferencia una frase como eta férmala que escrevi determina y" ou, "aqui est tina fSrmua que determina y" de uma fase da expe “a flay == determina o valor de y para um dado valor de F- A questi “temos af ‘uma formala que determina y”sigalca o mesmo que iemos af uma ‘6rmula deste Ou daquele ipo? —O que deveramos, no enano, fazer oma questi. 'y == € uma fala que determina y para um dado 2 ‘lo std sufcentemente claro. Poderamos digi ela pergunia a um shun par pora prova se cle compreene 0 emprege da pia ‘delet mina ou Poder ser tarnbé ta tae da iatemtic prov, Mum Aleterminado sistema, que em apenas um quadra, 199, Podemos agora dizer: modo como & formula 6 sgnifcada (omsn) determina guais as pasagers fazer. Qual o cole pare © ‘odo como trmula 6 sgniada? Por exemplo,« manera come cons. nen ior mea camo foos der ‘Dizzmos, por cxampl alguem qe san an &deco- hee“ oe 217 voc gr ie (ns) eo ox otro atay ese quer dizer 2 nocd au vale Peruri ent: no ‘tpn com 2 ui da i ua pois ‘querer dizer pode as pasager 191, caw pads oprende olo sempeege be es de golpe* — Como o qe, por exemplo? — Na podemos — em crtg senlido — apreendeo de golpe? E em gu serido nao poems? E coma 4 puessemos nam sentidobem mals diet, apeeniél de gpe ~ Mas femos para tanto modelo? Nao. Néo se nos oferece senso ete modo de expresso. Como resulado de imagen ques crazam, 192. Voet no tem nen modelo dese fat incor, nas € tee tado a usar uma superexpresto.(Podertamos chamar isto de um super- lative flesfico) 183. A maquina como tm simbolo de se modo de operasio: a smquina — dria, antes de mais nada — parece jf conter em si mesma ‘seu modo de operagio. O que sigifica isto? Na medida em que cone: ‘cemos a miguina, parece que tudo © mais, a saber, © movimento que la ‘xeculard, ja etd ineramente determinado. Falamos como se estas ps 6 pudestem se mover desse mod eno ‘pdesem fazer otra cia. Como & iso — eaquscemos pos a possblidade le entortarem, partion, derretrem ec Say em mulins esos no pensamnes ‘isi. Utlizames uma maquina, ova imagem de wma méquina, como sinbolo para um modo de operario determirado. Comuniamos, por exemplo, esa [imagem a alguém e presupomes que deduzirs dela or fenimenoe do mo- ‘vimeno das peas. (Do mesmo modo como podemes tarsmitr umn nero 8 alguéindizedo que ele € 0 vgésimo da sre 1,4 9,16) "A maquina parece conter em si propria seu modo de operaio" tendemos a compararo futuro movimento da maquina, em sua ‘eatiddo, com objetos que jf estvessem numa pratelira de onde seramn, tiados por ns. Porém niofalames assim quando ee tata de predizet ‘ocomportamento real de uma ‘Neste caso, em geral no esque ‘cemos 2 posribidade de deformayio das pega etc. — Mas 0 fazemos {quando nes admiramos de como podemos empregar a méquina como slmbolo de um modo de movimento — uma vez que ela pode se mover de modo inteiramente dierent Pdemos dizer que a méquina, ou sua imagem, é 0 iniio de uma sre de imagens que sprendemos deduzic dese ‘Mas quando coneideremos que a miquina pode se maver de odo Inteiramente diferente, isto pode parecer como se devesse estar contido ‘a mdquira, enquanto simbol,o Seu tipo de movimento, de modo ainda ‘mais determinado do que na maquina Teal Nao seria suliciente que estes fossem os movimento predeterminados pela experiéncia, mas deveriam ser —em um sentido misterioso — talus. E¢ verdade: movimento do simbolo da miquina ¢ predeterminado de modo diferente do que 0 ‘de uma dada maquina real 194. Quando persamos eno: a méquina tem jem si, de um modo misterioso qualquer, seus movimentos possveis? — Ora, quando floso- amos. Eo que nos leva a pensar ito? A maneira como falamos da mic ulna. Dizenos, por exemplo, que a maquina fri (possulla) estas pos- Siblidades de movimento falamos da maquina ideal, gid, que 96 pode ‘se mover deste ou daguele mod. — O que €aposiiidade de movimento? [Nao é0 movimento; mas ela ndo parece ser apenas 2 condiglo puramente flea do movimento — como, por exemplo, de que existe ui expago entre ‘o mancal ea espiga para que a espiga nio se ajaste demasiadamente a0 ‘marca. Poi, por experinca, esta € a condiqio do movimento, mas po- deriamos imaginar a coisa de modo diferente. A possbiidade de mov- mento deve ver, anes de mais nada, como que uma sombra do préprio movimento. Mas voct contece uma sombra asin? E por sombra rdo ‘tendo uma imagem qualquer do movimento pols ts imagem ro [rear er xatament imagem ds ovine Masa posdede {esse movimento precin sera posildade eatatnente deste eve {Wejscomo ag at ondas da lngeagem vost) 45 ond dininoem So lo or perros como emprganes crtlo plains < novinera” guano fame de una iniqura?— De one surg, ene ie era Has? Or eu Ie ‘Bows ponlidade do movimento avs de una agen do mover ‘tim ps a posh € ago seethars& range Demo" ‘ose movment, ma em a pena de movies —"asin fs pohidade €lgo mui proxi & ealdade” Potencs meme Etvidar seta ou aqua congo sea ma pose ene movin as ‘io dicatinos mare ste wats €s pomiiade ase ou dau mo ‘iments pot, «posible do fnovinent se econra mas ro Singular com o propio ovine mis etre do que «da inagemn com ‘eu oe; pos podeaeduviar sexta stage dest ou deo. Dizemos a expen eniar eo i era Posbiidade de movant 2 copia, mas ilo dass" expen ert sees 4 pestldade ‘dt movnet’ im pis n0€atoda cxpens ues pombe ‘¢8 pombiblade oatamente des moviment Respeliames nose propria forma de expresso no que se refre a estas cies, mas nos compreendemos «sin a ierpeos mal So ‘os sunndo estos, cone sere selvagers homers prints ue tnuvemt 9 modo de expreio de homers cede inlerpremmno Sal € tram as mais nts concn de son nero 195." no quero dae que o que ago agra sapere) detr- sina, analmenee segundo a opentiea, © eayego hiro, masque de tim mando smn, et emprego est, rm sero Gulu, presse! — Maso "um sentido gig Na edad o que hie io ste que vst um Bo com 0 outro) 196. O emprego incompreendido de uma palavra € interpretado ‘como expresso de um process estranho. (Como pensamos 0 tempo como um mule emboli como un er enn) 7 197."E como se preender todo o emprego da palavra 4 um s6golpe:"— Dizeras que fazemos ist. Isto descreveros mitas vezes oq fazemos com estas palavras. Mas nio hi, naquilo que aconece, ada de espantoso, nada de estranho. Tomas extranho quando somos levados a persar que o desenvolvimento futuro deva estar ji de algum ‘odo presente no ato de compreender, econtudo no ext. Poisdizemos ‘Que no hi nenbuma dvida de que compreendemos eta palavra, mas,

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