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STEEL FRAME COMO ALTERNATIVA DE SISTEMA CONSTRUTIVO PARA

HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL E METODOLOGIA SUSTENTÁVEL

Steel frame as alternative of a constructive system for houses of social interest and sustainable
methodology

Ana Priscilla Costa Guimarães


UNINASSAU
prihguima@gmail.com

Irani Melo
UNINASSAU
(email)

Resumo

A construção civil brasileira encara grandes problemas de mudanças,


A construção civil brasileira encontra-se atualmente em um momento de grande ascensão. Isto devido
á valorização dos imóveis e principalmente ao forte incentivo federal neste mercado, através de
programas criados pelo governo. Inúmeros investimentos vêm sendo aplicados, especialmente no
âmbito de casas populares, visando combater o elevado déficit habitacional existente em nosso país.
Entretanto poucos projetos que vêm sendo executados são alvo de estudos para se criar uma habitação
popular ecológica. A tecnologia atual para construções sustentáveis avançou muito, a ponto de serem
encontradas habitações que atentem satisfatoriamente os requisitos impostos na obtenção de
certificações ambientais, no entanto os altos custos envolvidos na construção inviabilizam sua
popularização. É possível, no entanto, construir moradias para um padrão de vida menos elevado sem
deixar de lado as questões ambientais. Dessa forma, a busca por materiais sustentáveis e de baixo
custo tornou-se um dos principais objetivos do projeto, aliada a execução de uma arquitetura
inteligente que pretende aproveitar elementos naturais e renováveis, tais como ventilação, radiação
solar e água da chuva, visando um maior conforto do usuário, sem agredir ao meio externo. A
construção em escala real de uma habitação popular sustentável se mostra claramente como um
importante passo para que a próxima grande demanda de casas de interesse social também
contemplem, além de questões econômicas, questões de sustentabilidade. Portanto, a construção do
protótipo que vêm sendo executada no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria
propõe a análise do comportamento dos materiais durante e depois do término das obras, servindo
como base no melhoramento dos produtos, técnicas e processos empregados.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Habitação Popular; Conforto Ambiental.


Abstract

The Brazilian civil construction segment has been on the rise nowadays. Such boost is associated to an
increase on property value and also because of strong government tax incentive programs. A lot of
investment is being made, especially when it comes to popular housing, in order to combat the high
housing deficit that exists in our country. However, only a few projects aim to develop ecological
popular housing. Current technology for sustainable buildings has advanced a lot. It has even reached
the point in which it is possible to find homes that have successfully obtained environmental
certifications. The high costs involved in this kind of construction, however, make it unfeasible for the
majority of the population. Still, it is possible to build houses for a lower standard of living without
neglecting environmental issues. Thereby, the search for sustainable materials and low cost housing
has become a major goal of the project, along with the implementation of an intelligent architecture
that aims to use renewable and natural elements such as ventilation, sunlight and rainwater, searching
for a greater user comfort, without damaging the external environment. The construction of a full-scale
sustainable house is clearly an important step so that the next big demand for homes of social interest
can also contemplate economic and sustainability issues. Therefore, the construction of the prototype
that is being performed at the Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria (Event
Center of the Federal University of Santa Maria) proposes the analysis of the behavior of the material
during and after completion of the work, serving as the basis for the improvement of products,
processes and techniques employed.

Keywords: Sustainability; Popular Housing; Environmental Comfort.


1. INTRODUÇÃO

Já parou para pensar o quanto o sistema construtivo em alvenaria causa impacto ao meio
ambiente? E ainda, o quanto esse impacto ainda pode ser maior quando a alvenaria é utilizada
em grandes escalas nas comunidades? Nas construções civis o sistema mais comum utilizado
é a alvenaria, a água um dos bens mais preciosos e desde a demolição, o consumo de água é
estarrecedor. De acordo com o comitê temático da água do Conselho Brasileiro de Construção
Sustentável, a construção civil é responsável por até 84% do consumo de água potável.
Aproximadamente 35% de todos os materiais extraídos da natureza anualmente (madeira,
metais, areia, pedras, etc.) são usados pela construção civil. Uma obra de engenharia civil
sempre gera muita poluição, resultando na ineficiência sustentável, tornando-se a construção
civil a indústria mais poluente do planeta.

Imagem 1: Favela localizada no RJ

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/tag/favela

Acesso: 15/11/17

Começamos então a discutir, observar e pesquisar como poderia ser beneficiado a utilização
de materiais pertinentes a construção seca nas edificações em comunidades e das construções
emergenciais, sendo que, os modelos disponíveis na composição da metodologia sustentável
apresentam extensos desafios a serem progredidos. E sobretudo, estamos inseridos em um
sistema individualista, na qual impõe para os construtores destas áreas, na qual determinam
numerosos acautelamentos em se construir edificações. Portanto, são de extensos problemas e
desacordos ocorridos, pois este sistema aplica-se a responsabilidade e o dever ao residente
dessas comunidades de resolver o seu problema de sua moradia. Observando que, a maioria
dos construtores destes territórios se titulam como pedreiros, e na realidade aprenderam tal
ofício observando alguém executando a obra, sendo assim, empregará o formato de
construção aprendida pelo seus ancestrais.

Consequentemente, a execução destas obras em comunidades, na maioria das vezes são feitas
sem o acompanhamento técnico, utilizando os usos de materiais como a alvenarias e sendo
influenciados também, pelas alternativas de materiais disponíveis no mercado. Devido aos
fatores relatados, dará o seguimento das construções carentes, acarretando a falta de
infraestruturas que suportem as cargas de onde estão inseridos. Ao contrário, os conjuntos de
habitações populares brasileiros estão produzindo-se, uma cadeia viciosa e perigosa ao meio
ambiente, sendo ainda mais grave este tipo de sistema construtivo. Devido a sua execução de
maneira desordenada, que na maioria das vezes os executores destas obras, não possuem
conhecimento técnico e descartam de forma errada os resíduos gerados nesse tipo de
construção. Desperdiçar entulho significa: deixar de aproveitar os resíduos na reciclagem, se
não são reutilizados, precisam ser descartados; o que provoca aumento de lixo e o risco de ter
destino inadequado.

Para investigar o problema mais de perto, foi observado na comunidade em Pernambuco na


capital do Recife, o bairro da Bomba do Hemetério; A sua trajetória de construção inicial até a
os dias atuais. Foi verificado o crescimento destas construções, com o a compreensão de
edificações que manifestam os impactos ambientais e suas bases de organização. Englobando
a busca para atingir o conhecimento adequado de materiais primordialmente versáteis, nos
interessa apresentar uma proposta para que atendesse comunidades e habitações populares em
todos os aspectos, obtendo-se a vantagem na segurança em que fosse acompanhando menos
impacto ao meio-ambiente.
Imagem 1: Foto da comunidade Bomba do Hemetério – Recife (PE)

Fonte: http://vozesdazonanorte.blogspot.com.br/

Acesso: 15/11/17

Apresentando outro olhar para a arquitetura e a construção civil, devido a tecnologia e aos
seus novos sistemas construtivos, conseguiram beneficiar o meio ambiente, gerando obras
sustentáveis. Um grande exemplo desse sistema construtivo é o Light Steel Frame (LSF),
caracterizado como construção a seco, composto por uma estrutura de aço galvanizado que
forma um esqueleto estrutural autoportante. Sendo ele, composto por: painéis, vigas, tesouras
de telhado e outros elementos, projetados para suportar cargas da edificação, ou seja, é uma
espécie de esqueleto formado por diversos elementos individuais ligados entre si, que
funcionam em conjunto para resistir as cargas da edificação com mais resistência e
sustentabilidade.

Imagem 4: Steel Frame em construção

Fonte: http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/195/sistema-construtivo-a-seco-light-steel-frame-294078-
1.aspx

Acesso: 14/11/17

Pode-se afirmar que, construção a seco é uma metodologia tecnológica de material de


construção que se utiliza baixo nível de água, que por sua vez, diminuirá o desperdício.
Desconsidera-se o uso do concreto e cimento na sua elevação, utilizando-se essa
sistematização apenas na elaboração da fundação, o que produzirá a redução de tempo na
execução.
2. OBJETIVO

Imagem 3: Adequação ao Steel Frame

Fonte: http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/195/

Acesso: 15/11/17

Este trabalho tem como objetivo de distinguir a busca de melhorias diretamente para o setor
civil, neste quadro procuramos apresentar a inserção dos sistemas construtivos definidos para
conjuntos de habitações populares, com foco nas estratégias que serão apresentadas do Light
Steel Frame. Reproduzindo as características da construção a seco, este sistema apresentará
como uma solução benéfica aos mecanismos construtivos, voltadas para um sistema que
favorecera menos impacto ao meio ambiente, sendo eficiente para construções populares e
ainda para aquelas com o risco de estrutura.

Imagem 4: Construção de Conjunto Habitacional - EUA

http://www.scottsdalesteelframes.com/steel-buildings/social-housing/

Acesso: 23/11/17
Portanto, o material apresentado não é restrito para construções especificas, pois ele permite a
montagem de edificação para diversos tipos de usos, como: residências, escritórios, hospitais,
escolas e edifícios. Em uma construção, o Steel Frame não existe concentração de cargas,
devido ao fator do peso e força, que são distribuídos através dos perfis até o solo. É um tipo
de sistema leve e resistente a impactos físicos e intempéries. Permite o controle e a economia
ao trabalhar conforme o planejado, evitando surpresas ao decorrer da obra. Além disso, evita
desgastes através da utilização de selantes especiais para a impermeabilização.

Mundialmente desenvolvemos uma carência em benefícios e materiais que sejam proveitosos


para o meio ambiente, o que significa que estamos passando por uma etapa de mudanças e nos
deparamos gradualmente com o aquecimento global. Devido a esse fator, as construções
precisam estarem aptas as mudanças climáticas, assim como, os seus materiais construtivos. A
eficiência do Steel frame é flexível para lidar com diversos fatores, proporciona a rapidez,
encontra-se a proporção de um edifício possuir uma eficiência energética efetivamente segura,
além de que, a redução do uso de mão de obra e a utilização de materiais industrializados
agilizam as obras em até 6 (seis) vezes, comparando com uma obra de alvenaria; durabilidade,
versatilidade, manutenção fácil e rápida; resistência; permite a utilização de qualquer tipo de
acabamento; conforto; precisão de orçamento; rápido retorno do capital; se comparando à
construção de um imóvel de alvenaria, o custo final é similar, porém, é possível ser fiel ao
custo orçado, sem imprevistos.

3. JUSTIFICATIVA
3.1 JUSTIFICATIVA GERAL

Nos últimos anos, o mercado brasileiro ainda segue utilizando a construção artesanal, de
modo mais significativo, produzindo até uma cultura para os modelos das construções. A
inovação seria o ponto chave da questão, na qual influenciaria as matérias bioclimáticos de
baixo impacto, sendo acessível e adaptada para a cidade. No entanto, haveria um formato
mais adequado que iria beneficiar o novo conceito de cidades funcionas, atribuindo a
conquistas das novas tecnologias dadas as mudanças contemporâneas. O material em aço,
determina um uso elevados nos países como: Japão, EUA, Argentina, Chile e no continente
Europeu, onde a maioria das edificações são constituídas de aço, sendo caracterizada como
habitação ecológica com baixa econômica de manutenção. No Brasil, o material já foi
aprovado, portanto estamos em processo de adaptação simultaneamente com o mercado.
As habitações populares brasileiras, ainda formalizam questões para serem resolvidas, tanto
no setor de materiais quanto a acessibilidade em definição de uma boa infraestrutura. Além de
que, o mercado imobiliário é o que mais se expande, seguindo proporções indescritíveis de
resíduos nas construções, pertinentes as reformas e demolição. Portanto, esses resíduos são
deixados expostos nas ruas ou até mesmo misturados com os resíduos sólidos. A solução seria
conduzida se os materiais que são mais usados nessas construções fossem de altas eficiências,
em virtude da funcionalidade sustentável e versatilidade na construção, que por seguinte
produz uma autonomia de criação de um edifício flexível para lidar com os requisitos
diferentes.

3.2 JUSTIFICATIVA DA EVOLUÇÃO DO MATERIAL

Imagem 3: Foto da evolução construtiva

Fonte: fastcon.com.br/

Acesso: 15/11/17

O Steel Frame tem origem a partir de outro sistema construtivo, chamado: Wood Framing. O
sistema em aço, surgiu nos Estados Unidos no séc. XIX depois da segunda guerra mundial,
onde houve um grande aumento da população e o avanço da engenharia. Devido a isso, os
americanos buscaram soluções para o problema habitacionais, de maneira prática, rápida, de
baixo custo e de fácil acesso de materiais que estavam disponíveis no local.
Este tipo de construção veio como uma forma de atender as necessidades de uma sociedade
moderna em relação à construção civil. Pois a maioria dos países estrangeiros, já utilizam este
sistema construtivo em grande escala, por ser um sistema amplo, capaz de integrar todos os
componentes necessários à construção de uma edificação. Foi notório que o avanço qualificou
as edificações, tornando-as resistentes a terremotos e furacões. Como um exemplo que
ocorreu em Chicago, no ano de 1830, onde a cidade estava fragilizada devido aos seus
materiais construtivos. Visto que ocorreu uma devastação de incêndios na cidade, através do
material executado nas edificações por madeira - Wood Frame, contudo esse material não
estava adaptado ao clima de extrema seca. O motivo em que causou um grande incêndio por
toda a cidade, adiante foi necessário um período de reconstrução e a adoção da tecnologia em
construções de edifícios rápidos e inovadores.

Imagem 5: Light Steel Frame

http://www.arquiteturapositiva.eco.br/o-que-fazemos/tecnologia-sustentavel

Acesso: 15/11/17

Através do avanço alcançado em aço, deteve a conquista de material apropriados para as


novas construções, resultando em uma etapa tecnológica da arquitetura e engenharias. Logo,
os edifícios adotaram a estrutura metálica, sendo estudada a resistência dos materiais,
utilizando o método moderno de projetar os arranha-céus que surgiram do desenvolvimento
de aprimorar os elementos da construção. Portanto, havia a necessidade de sua reconstrução,
na qual formasse as construções mais eficiente, viabilizando a mão de obra rápida. Essa
aceleração de reconstrução, formou-se a elaboração de possibilidades e aos avanços que
criaram edifícios mais altos e resistentes. Primeiramente foi utilizado para fechamentos
internos dos grandes edifícios e arranha-céus, com o passar do tempo foi analisado a sua
capacidade estrutural, tornando-se a sua substituição integral.

Dessa forma, a 2ª Guerra mundial, agilizou o processo de desenvolvimentos e


industrializações de melhores infraestruturas pré-fabricadas, para recarregar o déficit
habitacional, além de que o material foi amplamente utilizado em construção de pontes,
reurbanizações e construções verticais. No Brasil, a primeira edificação feita em Steel Frame
foi iniciada na década de 1998, inaugurou uma sequência de residenciais em um condomínio
de luxo em SP. A obra fora executada em 100 dias, possuindo a maioria dos materiais
importados. Já em Recife, foi utilizado o Steel Frame para a construção do Shopping da Boa
Vista , utilizado as passarelas em aço e para aderir um menor peso estrutural.

3.3 JUSTIFICATIVA DAS CONSTRUÇÕES BRASILEIRAS

As cidades metropolitanas brasileiras, formam um planejamento urbano na década de 50,


dentro desse contexto, ocasionou rigorosos problemas sociais de habitualidade.
Principalmente, para os que haviam a baixa renda, formando as suas moradias nos morros
afastados da cidade. Portanto, as moradias seguiram escassas, devido à falta de ordem técnica,
ocasionando salubridade e a falta de infraestrutura adequada. Primeiramente, essas residências
eram constituídas de matérias de baixas resistências: pau-a-pique ou madeira. A partir dos
anos 80 começou a utilização, caracterizando o uso elevado de alvenaria e palafitas.

Imagem 5: Segregação habitacional em Paraisópolis - SP

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792010000200005

Acesso: 15/11/17
Portanto, o que nos deparamos é o fato da resistência das moradias escassas destas habitações
sociais, na qual vem progredindo e adquirindo a abstinência de melhorias para investimentos,
atuando nas cidades e sobretudo em comunidades sem o prosseguimento de inserir
construções sustentáveis. E com o crescimento urbano juntamente com a desenvoltura das
construções brasileira, nos apresenta uma série de segregação espacial, sendo pertinente a
relação no processo urbano que envolve os problemas atuais das cidades. Devido aos fatores
ocasionados, em relação a condições de moradias e desigualdade sociais, está sendo
intensificado ainda mais o déficit habitacional, que de fato esse sistema nos insere em
questões políticas sobre a atuação da cidade. Direcionando a importância da valorização aos
modelos arquitetônicos e urbanos, devemos compor a significância da arquitetura, no entanto,
o que se esperar diante dos métodos além de oferecer um abrigo?

Atualmente, a valorização arquitetônica está voltada aos mercados imobiliários, destinada


aqueles que possuem uma alta renda, obtendo uma consequência limitada a aqueles que se
apresentam em situação de baixa renda, pois os excluem da sociedade, propiciando a situação
de risco no quesito de moradia. A questão da moradia é um assunto, que tanto é crucial, assim
como o planejamento urbano e infraestrutura que precisam ser aperfeiçoadas para a
população. Nossas cidades estão cada vez mais, evoluindo de forma informal e o
planejamento é tido como uma ocupação descontrolada, tornando-se um espaço desafiador
com a intensificação da verticalidade, condôminos fechados, periferias e assim vai surgindo
um aumento da destruição ambiental.

No geral, os conjuntos habitacionais brasileiros, em grande parte são deixados isolados das
cidades, onde dificulta a mobilidade para um morador, que precisa garantir a sua renda básica,
a proximidade de seus trabalhos, transporte, saúde, etc. Outro problema que está situado em
nosso cotidiano, é a sequência do déficit habitacional, sendo totalizado em 6,273 milhões de
domicílios com problemas estruturais de moradia, segundo o Ministério da Cidade com o
dado retirado do (PNDA/IBGE). Além dos desastres naturais que ocorrem crescentemente em
áreas de morros, que na maioria das vezes não tem o apoio de projetos que beneficiem as
moradias, no qual, apresentam-se vulneráveis aos constantes perigos de deslizamentos.
4. MÉTODOS DAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS DO STEEL FRAME
4.1 FUNDAÇÃO

Ao analisar o tema em relacionado ao Steel Frame, desenvolve-se um sistema, no qual possui


uma estrutura leve, tendo fundações mais simples se comparadas com outras. A depender do
solo, topografia, nível e profundidade do solo podemos adotar tanto a laje radier quanto as
sapatas, sendo a primeira mais utilizada.

A escolha deve estar relacionada ao peso da estrutura, condição do terreno e solo que precisa
suportar a construção. Para cargas bem concentradas o recomendável é usar as sapatas e
isoladas ou estacas. Além disso, deve-se observar o movimento de rotação e translação
causado pela ação do vento na estrutura. Por não ter muita maleabilidade na construção,
qualquer reajuste deve ser pensado previamente, devendo a fundação estar previamente
nivelada.

4.1.1 RADIER

Se a construção for térrea ou de 02 (dois) pavimentos, o sistema LSF em fundação radier é


mais indicada. É uma fundação rasa com laje em concreto armado, que utiliza poucas formas
e possui certo desnível em seu contorno para que o painel fique protegido da umidade. Para a
sua execução é necessária a limpeza do terreno e compactação do solo, para obter uma
camada de suporte. Deve ser executado em terreno nivelado e compactado.

Imagem 1: Laje Radier


Fonte: http://globalwood.com.br/construcoes-framing-radier/
Data de acesso: 11/10/17
4.1.2 SAPATA CORRIDA

Fundação rasa constituída por vigas que absorvem as cargas das paredes e as distribui
linearmente sobre o solo. No caso do uso de sapatas corridas ou em terrenos acidentados,
existe a necessidade do uso de uma plataforma de piso. Ela é composta por um vigamento
sobre o qual são fixados os painéis OSB. A plataforma de piso tem como função formar uma
superfície estável e rígida sobre a qual se constroem as edificações.
É indicada para construção com paredes portantes, tendo uma base maior e mais larga para a
distribuição do painel no solo, podendo ser classificada em rígida ou flexível. O contra piso é
feito de concreto ou com perfis galvanizados apoiados na sapata, tendo uma configuração de
modo independente, não necessitando de armaduras.

Imagem 2: Detalhe Ligação Sapata Corrida x Steel Framing


Fonte: CAMPOS, A. de S; JARDIM. G.T. de C.Manual de arquitetura: Light steel framing.

4.2 MÉTODO ESTRUTURAL


4.2.1 ELEMENTOS METÁLICOS
Imagem 5: Perfis em U e UE

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792010000200005

Acesso: 15/11/17

Utiliza-se de perfis dobrados a fio, fabricados a partir de bobinas de aço galvanizadas ou liga
de alumínio zinco. Tem como elementos principais os perfis que podem ser dobrados e
reposicionados de várias maneiras. Esses perfis podem ser perfis em U, perfis em UE
enrijecido ou perfis cartolas com espessuras de 0,80mm a 0,95mm.

4.2.2 ESTRUTURAÇÃO DOS PAINEIS


A estruturação correta dos painéis em Steel Frame possibilita uma maior integridade na
estrutura, fazendo com que os painéis trabalhem em conjunto travado, sendo que os mesmos
podem ser usados tanto para paredes quanto para pisos. Evita o desperdício ao utilizar-se de
montantes com perfis UE. Sua instalação é feita com parafusos com diversas formas de
cabeça.
Imagem 3: Transmissão da carga vertical a fundação- alinhamento da estrutura
Fonte: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/112/artigo285545-3.aspx
Data de acesso: 11/10/2017

4.2.3 CONTRAVENTAMENTO

Serve para estruturar e fixar os perfis metálicos, constitui-se de fitas de aço galvanizados
parafusadas em formas de X ou K com placas chamadas de Gusset. É responsável pelo
travamento da estrutura bloqueada em perfis U ou Eu conectados aos montantes ou vigas.

4.2.4 LAJE

As lajes pode ser laje seca, laje úmida e de concreto. A laje seca é composta por fibras de
madeira podendo receber ou não revestimento cimentício em suas faces, a laje úmida possui
uma chapa ondulada parafusada as vigas e preenchida com concreto e armadura contra
fissuramento. Em contrapartida, as de concreto são normalmente moldadas “in loco”, assim
como a laje úmida.

4.2.5 ESCADAS
O Steel Frame também possibilita a execução de escadas, tendo soluções inovadoras. É
constituída em perfis UE para o vão aberto e por perfis U dobrados e parafusados para a
estrutura dos degraus.
4.2.6 COBERTURA

As coberturas desse sistema são marcadas pela leveza e versatilidade, podendo ser utilizadas
com telhas metálicas, fibrocimento, cerâmicas, entre outros e vencendo grandes vãos. Utiliza-
se dos perfis U e UE devendo suportar o peso da vedação, forros suspensos, mantas térmicas
ou acústicas, equipamentos e instalações e a sobrecarga das pessoas quando a mesma se
encontrar em manutenção. Para telhados com telhas cerâmicas usa-se fibras orientadas com
manta impermeabilizada, as telhas metálicas vão permitir vencer vãos maiores e os telhados
feitos de caibro que devem ser contraventados em perfis U ou UE permite uma maior
economia em relação à tesoura.

Imagem 4 : Cobertura em Light Steel Frame


Fonte: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/186/cobertura-de-light-steel-framing-componentes-metalicos-
exigem-manuseio-285961-1.aspx
Data de acesso: 13/10/1
4.3 VEDAÇÕES

Imagem 4 : Cobertura em Light Steel Frame


Fonte: https://oazulejista.blogspot.com.br/2016/07/conheca-2-sistemas-incriveis-de.html
Data de acesso: 13/10/1

4.3.1 PLACAS CIMENTICIAIS


São utilizadas como uma forma de substituição do gesso acartonado nas áreas externas,
formada de cimento Portland e fibras de celulose, elas são uma boa opção por ter estrutura
leve, resistente a impactos e podendo ser usada no fechamento interno e externo dos painéis.

4.3.2 GESSO ACARTONADO


Característico do sistema Drywall e constituído de aço galvanizado, o gesso acartonado é
utilizado para o fechamento das paredes. São chapas leves que podem ser da cor verde para a
umidade e rosa para resistir a altas temperaturas, além da Standart utilizadas em áreas secas.

4.3.3 PAINEIS OSB


Esses painéis possuem alta resistência mecânica e rigidez, utilizados no fechamento externos
dos frames de paredes e telhados. As chapas OSB são fixadas com parafusos tendo uma
manta justaposta ao perfil. O fabricante é responsável pela indicação da melhor junta para as
chapas.
Imagem 5 : Painel OSB
Fonte: http://globalwood.com.br/tipos-de-osb-e-suas-aplicacoes/
Data de acesso: 13/10/17

4.4 ISOLAMENTO TÉRMICO-ACÚSTICO

O isolamento na laje dos pavimentos e na área externa e interna das paredes é feito de feltro
de lã de rocha, que permite uma melhor troca de ar na construção e regulando a temperatura e
umidade. O tamanho e tipo de isolamento dependem da necessidade de cada cliente. Portando
o isolamento acústico, é dada ao material que irá absorver melhor os ruídos, quanto mais
passagem de ar ou isopores juntamente com matérias que garantem a absorção, mais garantida
será a resolução acústica.

Quando se trata de conforto térmico, sabemos que é o grau de satisfação que o homem pode
ter em usufruir em determinados ambientes, condiciona as variáveis do balanço térmico e a
característica do meio ambiental e climatológico. O que procuramos atualmente é engajar esse
termo dentro dos nossos projetos, de formas adaptativas usamos determinados materiais que
condicionaram um melhor fluxo de eficiência energética.

No caso das opções feitas por o LSF, a sensação de conforto é ainda maior, devido a
diminuição da temperatura gradiente, com os climas frios ou quentes e os não estáveis,
apresenta uma das melhores propostas EIFS – (Exterior Insulation and Finish System:
Sistema de isolamento e acabamento exterior ), produz a formação de painéis eliminando as
pontes térmicas do edifício, o que garantirá as formas mais benéficas para a condição
climática do ambiente. Ao contrário de placas cimentícias, usados nas construções
tradicionais que absorvem todo o calor ambiente e demora para resfriar.
Atualmente, os fatores que compõe a essa determinação do conforto é usada designando as
partes de satisfação pessoal, sendo uma das mais evidentes características do LSF, o
isolamento térmico possui um material altamente viável para a proteção performance humana
que determinara a atividades humanas em favor de melhor rendimento térmico e a
conservação da energia. A ideia que surge em nossa atualidade é que o consumo diminua,
fazendo com que utilizarmos as energias e os materiais adequados e limpos que no sistema a
seco representa.

4.5 TRATAMENTO DAS JUNTAS

Devido à movimentação das placas de LSF as juntas de placas cimentícias merecem atenção
especial. Elas precisam seguir alguns passos para garantir uma boa impermeabilização. Dentre
eles estão à aplicação de selante adesivo DW240 FLEX, fita dryfit 50 mm, uso da massa
cimentícia com uma base protetora entre outros. Essas medidas previnem que ocorram
fraturas nas placas, evitando o rompimento.

4.6 INSTALAÇÃO ELÉTRICA E HIDRAÚLICA

Em virtude da rapidez de execução, as instalações são efetuadas com os perfis de aço


perfurado, possibilitando passagem entre os conduítes e tubos, que envolve à montagem com
o gesso acartonado. Sendo assim, a estrutura de tubulação hidráulica e registro elétrico
apresenta o mesmo desempenho que uma instalação convencional, já que emprega os mesmos
materiais e começando a instalação de baixo para cima.

As instalações devem seguir as normas de orientação da NBR 15253, -que se refere a perfis
de aço formados a frio, com revestimento metálico, para painéis estruturais reticulados em
edificações-, esta norma ordena as dimensões entre os furos e o perfil de aço. Durante o
processo, a construção executa os levantamentos e fechamento das paredes, que resulta por
esforços solicitados entre alguns elementos que compõem a estrutura.
Imagem 6 e 7 : Instalações elétricas e hidráulicas
Fonte : Figura 6 : Disponível em>http://pedreirao.com.br/destaque/light-steel-frame-passo-a-passo/> Acesso
em: 23 de mar. 2016. Figura 7: Disponível em>http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/160/sistemas-hidrossanitario-e-eletrico-tem-execucao-rapida-no-light-steel-330213-1.aspx< Acesso
em: 13/10/17

Dessa forma, o sistema LSF é permitido à remoção ou reposição dos painéis. A ocorrência de
uma manutenção é evidentemente acessível, podendo encarregar toda a estrutura metálica
com uma impermeabilização das placas, lajes, piso e telhado, apresentando ao fator que se
obtém em sua remoção imediata. Logo, as saídas das instalações devem estar posicionadas
conforme as normas, evitando risco de rasgadura através dos perfis metálicos. Representando
as imagens 6 (seis) e 7 (sete), a estrutura utiliza os vazios em funcionamento para incluir uma
execução rápida, limpa e sem transtorno.

5- METODOLOGIAS CONSTRUTIVAS E HABITACIONAIS


5.1 – DIFERENÇA ENTRE DRYWALL X STEEL FRAME

Imagem 6 e 7 : Drywall x Steel Frame


Fonte : Figura 6 : Disponível em> https://www.triangulotecnologia.com/paredes-drywall< Acesso em
14/10/17. Figura 7: Disponível em> https://www.planetaconstructor.com/noticias/sistema-constructivo-steel-
framing< Acesso em: 13/10/17

Possuem aparências semelhantes, porém apresentam conceitos técnicos divergentes, o


Drywall bem como o LSF, são similares no sistema de construção a seco. Surgem as
diferenças quando são apresentadas suas funcionalidades técnicas: Drywall - Destaca-se pela
facilidade e rapidez na execução de obras, nas quais necessitam de grandes áreas de
fechamento com paredes, somando o conceito deste material que torna a obra mais limpa do
que a tradicional, sendo ela executada em bloco cerâmico. Portanto, a diferença se encontra
em sua função estrutural, o drywall não possui estrutura para suportar cargas como o LSF, sua
função é dar seguimento a fechamentos internos sendo necessário a elaboração do projeto
estrutural para construção de pilares e vigas de sustentação.

Contudo, o Drywall realiza uma obra limpa, sendo o material a seco mais utilizado no Brasil,
igualando aos sistemas de perfis leves, torna-se um facilitador na abertura de rasgos para
realização de instalações elétrica ou podendo ser pré-fabricadas conforme projeto entregue
pelo cliente. Já o Steel Frame, se constitui por uma composição de elementos estruturais,
integra um complexo de composições construtivas, sendo a principal característica o seu
desempenho estrutural. Estabelece um esqueleto formado em aço galvanizado, que consiste
em uma resistência aprovada para sustentação das cargas, além de que, o material poderá ser
reciclado futuramente. Entende-se que os dois materiais apresentados, tendem a se
desenvolver uma integridade estrutural, que posteriormente serão sincronizadas as suas
funções em vista das técnicas e princípios enriquecidos ao aprimoramento do sistema a seco.

5.2 METODOLOGIA SUSTENTÁVEL

Segundo o Ministério do meio ambiente, 50% dos resíduos sólidos são gerados pelos
conjuntos de atividades humanas sendo provenientes da construção civil, considerando-se que
as opções estão diretamente ligadas ao desperdício. Sendo importante destacar, que as
construções feitas em Steel Frame exercem um papel importante no desenvolvimento
sustentável, uma vez que utiliza de materiais 100% recicláveis (aço), é um sistema a seco que
não utiliza água, diminui o custo de energia e usufrui de materiais ecológicos. Com essa série
de vantagens, promovem o bem-estar em edificações assim como as alvenarias, além de que
ajuda o planeta Terra, fluindo a sua eficiência que promoverá o conforto e segurança das
edificações, pois esse sistema tem sido cada vez mais almejado e conquistado pelos países
afora.

A sustentabilidade tem como objetivo principal de funcionamento como mecanismo


ecológico-viável que seja econômico e, além de tudo, não prejudique a sociedade. As adoções
de ações sustentáveis desencadeiam resultados de médio a longo prazo. Isso é perceptível na
recuperação de rios poluídos, crescimento da população, poluição nos canteiros de obras, a
tentativa de aumentar a qualidade do ar respirado, entre outros. De acordo com o que foi
pesquisado, a sustentabilidade do Steel Frame abordadas pelo Instituto Allmas. Segundo o
mesmo, esse sistema segue à risca o que foi proposto pelo Relatório Brundtland (1987) pela
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente criada pelas Nações Unidas em 1983.

“A construção civil é responsável por vários reflexos que são causados, direta ou
indiretamente na região em que se instala. Toda intervenção realizada pelo homem pode
causar impactos ao meio ambiente, meio social e econômico, podendo variar de uma pequena
a grande significância de impacto.” (SPADOTTO et. al., 2011). Portanto, a construção tem
um papel importante no desenvolvimento sustentável, não só por causa de sua contribuição
para a economia nacional, mas também porque o ambiente construído tem um impacto
importante sobre a qualidade de vida de todos nós, seja no nosso conforto, segurança, saúde,
bem-estar e nossa produtividade.

Imagem 5 : Geração de Entulho


Fonte: http://globalwood.com.br/tipos-de-osb-e-suas-aplicacoes/
Data de acesso: 13/10/17

A poluição abrange determinadas consequências, que nas últimas décadas vem acarretando
com o aumento das construções, é onde origina-se as preocupações no setor civil em inovação
diminuindo as substancias que agridem o meio ambiente, sendo assim, segue a elaboração de
que o mercado extraia mais recursos sustentáveis. O LSF está categorizado no sistema CES -
Construção Enegitermica Sustentável, define a função dada ao seu segmento, encontra-se
como material natural proveniente do ferro. Se constitui na elaboração do ciclo de vida da
edificação, considerando a vida e sua morte reutilizável, podendo ser utilizada em qualquer
tipo de construção. Além de que, possui uma baixa emissão de CO2, não se há tantas poeiras
quanto a construção convencional e sua garantia e durabilidade que consiste em
prolongamento de várias gerações assim como o sistema convencional.

A inovação se encontrara na era tecnológica, extraindo as possibilidades dos mecanismos eco


eficiente e renováveis, setores de industrialização nos levará a resoluções ambientais na qual
estamos enfrentando mutuamente, será o conhecimento que nos levara ao andamento e
apropriação dos materiais que deverão ser usados e beneficiados junto com a redução da
poluição. O princípio dessa construção sustentável, se encontra no LSF, que integrará com o
setor ambiental, social, econômico e assim, deverá enfrentará os desafios e incorporando
conceitos de material renovável, econômico, durável, leve e resistente. A oportunidade de
adoção da sustentabilidade é de suma importância para que futuramente beneficie os seres
vivos em geral e o meio ambiente.

5.2 TABELA COMPARATIVA STEEL FRAME X ALVENARIA CONVENCIONAL

STEEL FRAME SISTEMA CONVENCIONAL


Durabilidade acima de 300 anos. Durabilidade acima de 300 anos.
Garantia de acordo com o Código de Defesa Garantia de acordo com o Código de Defesa
do Consumidor (Lei 8.078/1990) e o Novo do Consumidor (Lei 8.078/1990) e o Novo
Código Civil (Lei 10.406/2002). Código Civil (Lei 10.406/2002).
Custo final por metro quadrado similar aos Custo final por metro quadrado similar aos
demais sistemas construtivos não pré- demais sistemas construtivos não pré-
fabricados. fabricados.
Sistema construtivo industrial. Sistema construtivo artesanal.
Unidade padrão de medida: milímetro. Unidade padrão de medida: centímetro.
Mão-de-obra qualificada. Mão-de-obra pouco qualificada.
Prazos mais curtos de execução de obras, Prazos mais longos de execução de obras,
chegando-se facilmente a uma média de 5 com média de aproximadamente 1,5 m2 de
m2 ou mais de área construída por dia de área construída por dia de trabalho.
trabalho.
Fundações superficiais, com distribuição de Fundações não superficiais ou profundas,
cargas lineares e custo entre 5% e 7% do com distribuição de cargas pontuais e custo
total da obra. entre 10% e 15% do total da obra.
Estrutura em perfis de aço leve galvanizado, Estrutura em concreto armado, em geral
produzidos industrialmente seguindo feito manualmente na obra.
normas da ABNT.
Estrutura leve, pesando aproximadamente Estrutura pesando aproximadamente 225
80 kg/m2 construído. kg/m2 (com paredes de 15cm)
Mínimo consumo de água na construção. Grande consumo de água na construção.
Por isso o sistema é conhecido como
“construção a seco”.
Baixo índice de desperdício e geração de Alto índice de desperdício e geração de
resíduos na construção, menor que 3% em resíduos na construção, maior que 20% em
média. média. Ou seja, a cada cinco casas
construídas, uma é jogada nos aterros.
Alto potencial de reciclabilidade dos Baixo potencial de reciclabilidade dos
componentes do sistema, principalmente do componentes do sistema
aço.
Sistema construtivo classificado como CES Sistema construtivo com graves problemas
(construção energitérmica sustentável) de insustentabilidade.
devido a sua grande eficiência energética,
associada a seu menor impacto ambiental.
Sistema construtivo mais resistente a abalos Sistema construtivo não adequado para
sísmicos, chegando a ser de uso obrigatório regiões sujeitas a abalos sísmicos.
em regiões sujeitas a terremotos.
Estrutura mais resistente em casos de Estrutura mais sujeita a desabamento em
inundação e deslizamento de terra, sendo casos de inundação e deslizamento de terra.
muitas vezes arrastada inteira com a
estrutura intacta.
Maior segurança contra raios, pelo fato do Menor segurança contra raios, requerendo
aço produzir o efeito de blindagem aterramento com para-raios.
eletrostática conhecido como “Gaiola de
Faraday”.
Estrutura de telhados em perfis de aço leve Estrutura de telhados em madeira.
galvanizado.
Colocação de canos e eletrodutos através de Colocação de canos e eletrodutos através de
furos de serviço pré-existentes nos perfis de quebra dos tijolos das paredes e posterior
aço, sem desperdício de materiais e sem
preenchimento do espaço vazio, com
retrabalho.
desperdício de materiais e com retrabalho.
Facilidade de manutenção do canteiro de Dificuldade de manutenção do canteiro de
obras limpo e organizado. obras limpo e organizado.
Isolamento térmico pode atingir Desempenho do isolamento térmico
desempenhos maiores através da utilização condicionado à resistência térmica dos
de materiais industrializados com maior materiais utilizados na alvenaria (tijolo e
resistência térmica (valores R maiores). cimento).
Isolamento acústico pode atingir Isolamento acústico condicionado à
desempenhos maiores através da utilização capacidade de redução sonora dos materiais
de materiais industrializados com maior utilizados na alvenaria.
capacidade de redução sonora (índice Rw
maiores).
Resistência ao fogo segue as normas da Resistência ao fogo segue as normas da
ABNT. ABNT.
Manutenção mais barata, fácil e rápida para Manutenção para reparos de defeitos ocultos
reparos de defeitos ocultos (vazamentos, mais onerosa, difícil e demorada, com
infiltrações, problemas elétricos, quebra da parede, conserto, preenchimento
entupimentos, etc.), com corte da placa de do espaço, emassamento, lixamento, retoque
gesso, conserto, recolocação da placa, e pintura.
retoque e pintura.
Reparos em paredes de banheiros e cozinhas Reparos de paredes de banheiros e cozinhas
feitos pelo lado externo da parede, sem feitos pelo lado interno da parede, com
necessidade de quebra do revestimento. necessidade de quebra do revestimento.
Reformas e ampliações mais baratas e Reformas e ampliações mais onerosas e
rápidas, com possibilidade de demoradas, sem possibilidade de
reaproveitamento dos materiais de reaproveitamento dos materiais de
construção. construção.
Possibilidade de obtenção de grandes vãos Maior necessidade de utilização de colunas
livres sem colunas, pelo fato das paredes de sustentação, dificultando a obtenção de
internas não serem estruturais. grandes vãos livres.
Possibilidade de mudança na disposição de Impossibilidade de mudança na disposição
praticamente todas as paredes internas, a fim da maioria das paredes internas.
de aumentar ou diminuir ambientes.
Paredes internas mais finas com 11,5cm em Paredes internas com 15cm em média.
média, aumentando a área útil/construída
dos ambientes.
Resistente a raios. O aço que compõe a Nenhuma resistência à queda de raios. Deve
estrutura da casa é excelente condutor para ser feito aterramento com a colocação de
descarga elétrica. pára-raios.

RESULTADOS OBTIDOS
VILA DO ACO - FOTO
O aço seria um grande alidado para as construções emergenciais e habitacionais, devido a sua
agilidade na execução e com a baixa utilização de água e ainda possibilitando o trabalho de
grandes vãos e as suas possibilidades de segurança em relação a estrutura. Nesse sentido,
houve uma iniciativa do IABR – Centro Brasileiro da Construção em Aço, em desenvolver
um canteiro apresentando protótipos em estrutura de Light Steel Frame e suas contribuições
em Habitações de Interesse Social. Nesse evento, ocorreu uma amostra que representou a Vila
do Aço, sendo a resposta voltada para propostas em obter-se a utilidade da construção,
tornando a possibilidade de melhoria aos novos edifícios, interagindo com a produtividade e
sua ecoeficiência devido a reciclagem do material.

Os Conjuntos Habitacionais, já realizados por aço apresentam algumas unidades no país,


sendo a primeira realizada em São Paulo pelo programa CDHU – Desenvolvimento
Habitacional e Urbano, fora realizada 4.364 unidades, no qual se resultou em uma rápida
aceleração da obra e reduzindo os desperdícios. Tornando essa politica permanente através da
construção a seco, foi iniciado as obras da Vila da Dignidade, sendo o primeiro Conjunto
Habitacional em Light Steel Frame para Idosos, localizada em Avaré em no interior de São
Paulo. Esse projeto correspondeu com o tempo da obra em 5 meses, com área construída de
1.160m², resultando na funcionalidade do material em relação a estrutura e ao conforto
térmico e acústico.
Outro Habitacional elaborado em São Paulo com o aço, foi o Conjunto Habitacional Paulo
Freire da Cohab. Solucionando os problemas de moradia das famílias, foram alocadas para
utilização e ainda obtiveram o direito de escolher o modelo projetual, pois o resultado dessa
construção se resultou em plantas livres, enquadrando a autogestão dos moradores na parte
inicial da obra até o seu término. Pois o uso do aço, permitiu a possibilidade de alterações as
plantas-baixas sendo usualmente ligadas as preferencias das famílias. Portanto, a construção
realizou 100 unidades, iniciada em 2001 até 2003.

Através do desastre natural ocorrido no RJ, no ano de 2002 com uma passagem intensa de
chuvas, ocorreu deslizamentos de morros, que constituiu nesse relato mais de mil
desabrigados. Outro projeto a ser apresentado é o projeto do Conjunto Habitacional A Morada
do Areal em questão emergencial, foi decorrida diante esse acontecimento, que determinou a
estrutura em para a construção em aço acolheu os desabrigados em apenas sete meses.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos aspectos analisados, podemos afirmar que o Sistema Construtivo Steel Frame é um
forte aliado para a construção civil, principalmente para as empresas que buscam por novas
tecnologias e investimentos de se construir mais e a buscar a redução do déficit habitacional.
Redirecionando a sua técnica de maior velocidade e ao material que tem a competência de se
preocupar com o planeta Terra devido a sua estrutura sustentável, uma vez que a matéria-
prima do aço utilizado na parte estrutural é 100% reciclável. Além disso, o mesmo propõe
economia dos materiais devido ao seu cálculo ser basicamente exato, possibilitando saber o
tamanho exato de uma viga e de uma peça estrutural.

Em relação a mão de obra, ele é bem mais técnico do que a de alvenaria convencional por ser
mais precisa, mas ao comparar o valor por m², o LSF é mais caro. Porém, a construção total
da obra torna-se mais barato, porque acaba terminando mais rápido do que o convencional. É
importante observar a ocorrência do material, juntamente com as propostas e vantagens
obtidas, o mercado será o meio que facilitará o crescimento deste investimento. Voltada para
encontrar soluções versáteis, que melhorem a qualidade dos projetos e a técnica das fases de
construção, determinadas empresas estão analisando o processo para a obtenção das estruturas
em aço.
A proposta inserida ao material, é dinamizar os meios construtivos e reforçar a qualidade da
construção para famílias de baixa renda, no qual a sua qualidade de acabamento e a sua
agilidade supriria o déficit habitacional. É preciso formar-se tentativas para uma organização
dentro do espaço, aprimorar um plano maior e inclusivo devendo atender as necessidades das
moradias, instituições e aprimorar toda a infraestrutura de habitacionais que correm perigos de
desabamentos e a falta da infraestrutura que engloba o cenário da nossa arquitetura. Mas, por
trás dessa organização, a arquitetura brasileira é basicamente restrita e necessita de
crescimento, condição material e comunicação publica, quando nos referimos a construção.
Devido a esse setor, a construção só dá prioridade as residências de alto nível e
estabelecimentos de alta renda e isso acaba limitando o profissional e a profissão.

No entanto, precisamos alcançar esse empreendimento para a evolução de construções


brasileiras, para esse alcance as empresas precisam estarem interessadas em aderir esse meio
para as construções, assim como já está enraizada nos países exteriores.

Referências Bibliográficas

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