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18031511563071000000004880382
EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) FEDERAL DA ____ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA DE PATOS DE MINAS – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS
PEDIDO DE
CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
PEDIDO DE
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA PARA SUSPENSÃO DE ATOS EXPROPRIATÓRIOS
I - DOS FATOS
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Patrocínio/MG, tendo o financiamento o valor pactuado de R$ 129.243,04 (cento e
vinte e nove mil duzentos e quarenta e três reais e quatro centavos).
Ocorre que a parte autora passou por dificuldades
financeiras, ante a crise econômica que assolou o país, pois a empresa que o Autor
trabalhava se viu obrigada a cortar gastos, ainda alguns acontecimentos na vida do
Autor também ajudaram para que esse quadro se desenhasse, o que prejudicou o
pagamento das parcelas do financiamento.
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Matrícula anexa.
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Tela anexa.
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agendado, bem como qualquer outro ato expropriatório do imóvel do
autor.
Assim, a parte Autora não encontra outra maneira, senão o
ajuizamento da ação perante o Poder Judiciário, buscando tutelar seu direito, no intuito
de reabrir o contrato firmado entre as partes, prosseguindo com o devido pagamento
em parcelas mensais, o que é plenamente possível, cabendo ao magistrado determinar
o cancelamento da R-6 da Matrícula sob o nº 47.498 do Cartório de Registro de
Imóveis de Patrocínio/MG, caso as partes transacionem em futura audiência, ou
mesmo que seja declarada a anulação da consolidação da propriedade por ausência de
intimação pelo Oficial do Registro de Imóveis competente, bem como pela purgação da
mora antes da assinatura do Auto de arrematação, conforme se verá adiante.
II – DO DIREITO
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REsp 1088922/CE, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 28/04/2009,
DJe 04/06/2009
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ASSIM, REQUER O CANCELAMENTO DO LEILÃO DESIGNADO
PARA O DIA 21.08.2017. EXPLICA, AINDA, QUE ALMEJA
REABRIR O CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES EM
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU ATRAVÉS DE SENTENÇA QUE
ANULE A CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE LEVADA A EFEITO.
[...]ALEGA A PARTE AGRAVANTE (PARTE AUTORA) QUE O
LEILÃO APRAZADO PARA 21/08/2017, ÀS 14H, DEVE SER
SUSPENSO, PORQUE: (A) NÃO HOUVE INTIMAÇÃO PESSOAL
PARA PURGAR A MORA, NECESSÁRIA PARA VALIDAR A
CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE EM FAVOR DA CEF E O
LEILÃO; (B) A SUSPENSÃO DO LEILÃO NÃO PREJUDICA A
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, QUE PODERÁ REALIZAR
FUTURAMENTE NOVO LEILÃO, SE FOR O CASO; (C) A PARTE
AGRAVANTE TEM INTENSÃO DE PERMANECEREM NO IMÓVEL,
PAGAR A DÍVIDA E CONTINUAR A PAGAR AS PARCELAS
VINCENDAS, MAS ISSO FICARÁ FRUSTRADO SE O LEILÃO NÃO
FOR SUSPENSO. PEDE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
RECURSAL E O PROVIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
PARA SUSPENDER O LEILÃO, OBSTAR QUE SEJAM PROMOVIDOS
ATOS EXPROPRIATÓRIOS DO IMÓVEL E MANTER A PARTE
AGRAVANTE NA POSSE DO IMÓVEL ATÉ ULTERIOR DECISÃO,
SOB PENA DE MULTA DIÁRIA DE, NO MÍNIMO, R$ 1.000,00.
SUCESSIVAMENTE, PEDE QUE SEJA CONCEDIDA A TUTELA AO
MENOS ATÉ A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO PREVISTA NO ART.
334 DO CPC-2015. RELATEI. DECIDO. [...] NO CASO DOS AUTOS,
NÃO HÁ, POR ORA, CERTEZA QUANTO A ESSE FATO, SENDO
ÔNUS DA CEF ESSA PROVA, NA MEDIDA EM QUE DETENTORA
DA DOCUMENTAÇÃO RELATIVA AO PROCESSO DE
EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL, QUE AINDA NÃO CONSTA DOS
AUTOS; (C) É EVIDENTE O RISCO DE PREJUÍZOS DE DIFÍCIL
REPARAÇÃO QUE PESA EM FAVOR DA PARTE AGRAVANTE,
JÁ QUE O IMÓVEL PODERÁ SER DEFINITIVAMENTE
TRANSFERIDO PARA TERCEIRA PESSOA ATRAVÉS DE
LEILÃO, TORNANDO ASSIM IRREVERSÍVEL A
TRANSFERÊNCIA DO IMÓVEL; [...] ANTE O EXPOSTO, DEFIRO
EM PARTE A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL PARA
SUSPENDER O LEILÃO EM QUESTÃO, OBSTAR QUE SEJAM
PROMOVIDOS ATOS EXPROPRIATÓRIOS DO IMÓVEL E
MANTER A PARTE AGRAVANTE NA POSSE DO IMÓVEL ATÉ A
PROLAÇÃO DE SENTENÇA. COMUNIQUE-SE AO JUÍZO DE
ORIGEM. INTIMEM-SE AS PARTES, INCLUSIVE A PARTE
AGRAVADA PARA CONTRARRAZÕES. APÓS, VENHAM
CONCLUSOS PARA JULGAMENTO.”4
(grifos apostos)
4
Agravo de Instrumento n.º 5045013-89.2017.4.04.0000/PR. Relator Des. CÂNDIDO ALFREDO S. LEAL
JR. Publicada em 17/08/2017
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“TRATA-SE DE AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO
CONTRA A SEGUINTE DECISÃO: TRATA-SE DE AÇÃO
DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONSOLIDAÇÃO DA
PROPRIEDADE, COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA ANTECEDENTE, PROPOSTA POR CARMEN
LUCIA PIETROBELLI EM FACE DA CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL - CEF. ALEGA QUE CELEBROU CONTRATO DE
MÚTUO COM A REQUERIDA PARA AQUISIÇÃO DO IMÓVEL
LOCALIZADO NA RUA COSMO FAVRETTO, Nº574, BAIRRO
CENTRO, SARANDI/RS, SENDO QUE TORNOU-SE
INADIMPLENTE POR PROBLEMAS FINANCEIROS.
SUSTENTA QUE NÃO FOI NOTIFICADA
EXTRAJUDICIALMENTE PARA PURGAR A MORA,
DESRESPEITANDO AS DISPOSIÇÕES DA LEI Nº 9.514/97.
AFIRMA QUE TOMOU CONHECIMENTO DA
CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE DO IMÓVEL
REALIZADA PELO BANCO ATRAVÉS DE CONSULTA
PARTICULAR. MANIFESTOU INTERESSE EM
CONCILIAÇÃO PARA PURGAÇÃO DA MORA ATRAVÉS DA
RETOMADA DO CONTRATO. PLEITEOU TUTELA DE
URGÊNCIA PARA DETERMINAR À REQUERIDA A
SUSPENSÃO DOS ATOS DE ALIENAÇÃO EM RELAÇÃO AO
IMÓVEL, MANTENDO A AUTORA NA POSSE DO BEM.
[...]Portanto, é expressa previsão legal a possibilidade de promoção
da notificação através de solicitação do oficial do Registro de
Imóveis. Entretanto, a adoção do referido procedimento não isenta o
fiduciário de comprovar a realização da intimação pessoal do
fiduciante. Ocorre que, no caso dos autos, ao menos em juízo
perfunctório, assiste razão à agravante: não há comprovação de ter
havido a notificação pessoal para purgar a mora. Com efeito, a
mera certidão do oficial do Registro de Imóveis (fl. 12 do evento 9/4
na origem) não é suficiente para tanto, se não acompanhada do
aviso de recebimento ou equivalente contendo a assinatura da parte
notificada. Logo, prima facie, não há nos autos elementos
a comprovar a notificação da agravante. Nestes termos,
de acordo com a legislação de regência, tenho que por
ora é de ser parcialmente deferida a antecipação dos
efeitos da tutela, a fim de manter a agravante na posse do
imóvel, pelo menos até que a CEF comprove haver
realizado a notificação. Registre-se ainda, por oportuno, que a
purgação da mora após a consolidação da propriedade e antes da
arrematação por terceiro, entretanto, segundo entendimento desta
Turma, pressupõe depósito/pagamento de todo o valor da dívida, e
não somente das parcelas em aberto, mesmo porque a propriedade
plena do credor fiduciário já se consolidou, inclusive com o
pagamento de todas as despesas, inclusive tributos incidentes, em
especial o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) 'inter
vivos'. [...]Do exposto, defiro em parte o pedido de antecipação da
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pretensão recursal. Intimem-se, sendo o agravado para os fins do
art. 527, V, do CPC. Publique-se. Comunique-se.”5
(grifos apostos)
Outro não seria o entendimento do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná, senão vejamos:
5
TRF-4- Agravo de Instrumento n.º 5021320-76.2017.4.04.0000/RS. Relator: RICARDO TEIXEIRA DO
VALLE PEREIRA. Publicado em 23/05/2017.
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NULIDADE DO LEILÃO E DA ARREMATAÇÃO MANTIDA.
APELAÇÃO DO RÉU CONHECIDA E NÃO PROVIDA.”6
(grifos apostos)
6
TJ-PR - AC: 5466715 PR 0546671-5, Relator: Rosana Andriguetto de Carvalho, Data de Julgamento:
01/07/2009, 13ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 197
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equilibrada da riqueza. É a aplicação, no fundo, do princípio da
igualdade substancial. É um preceito constitucional, qual seja,
zelar pela liberdade e pela igualdade dos indivíduos. Porém,
deve haver uma real e substancial liberdade e uma verdadeira
igualdade, compelindo a sociedade a eliminar a miséria, a
ignorância, a excessiva desigualdade entre os indivíduos, classes e
regiões.” 7
(grifos apostos)
7 TEIZEN JÚNIOR, Augusto Geraldo. A função social no código civil. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2004.
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Assim sendo, estamos diante de uma situação típica
daquelas descritas na legislação mencionada e, ainda, encontram-se cumpridas todas
as formalidades legais que o caso requer.
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VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;
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Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será
admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela
específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da
multa
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz
conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado
o réu.
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa
diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for
suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável
para o cumprimento do preceito.
§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado
prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas
necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e
pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva,
além de requisição de força policial.
(grifos apostos)
Portanto, faz-se
necessária a suspensão de
qualquer ato expropriatório futuro envolvendo o bem imóvel, em
especial, da disponibilização do imóvel em leilão extrajudicial, sem que
ocorra a devida notificação para o devedor purgar a mora.
9
TJSC, Agravo de Instrumento n. 2014.059817-5, de Rio do Sul, rel. Des. Lédio Rosa de Andrade, j. 19-05-
2015
10 TJSC, Agravo de Instrumento n. 2015.020678-7, de Joinville, rel. Des. José Carlos Carstens Köhler, j. 28-
07-2015
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“Desta forma, ao menos em cognição sumária, não há como ser acolhida
a alegação de que o procedimento de alienação fiduciária foi realizado
corretamente, sobretudo quando se tem em vista que o próprio contrato
firmado entre os Litigantes tem cláusula prevendo a necessidade de
intimação da Devedora para purgar a mora antes da consolidação da
propriedade em nome da Casa Bancária (fl. 55, cláusula12ª). Ademais, a
suspensão do leilão não acarretará dano ao Banco, pois não é
provável que o uso de uma casa residencial se deteriore tão
facilmente pelo uso dos respectivos residentes. Embora o Recorrente
verbere que o valor decorrente do leilão será revertido em crédito
disponibilizado à sociedade, não se pode permitir que a Agravada seja
prejudicada pela não oportunização da quitação do débito, de forma que
a prudência aponta para a necessidade manutenção da medida de
urgência que promoveu a suspensão da venda do imóvel". (fl.05)
(grifos apostos)
11
TRF-4 – AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 5021372-72.2017.4.04.0000/PR - Relator CÂNDIDO ALFREDO S.
LEAL JUNIOR. Publicado em 28/06/2017.
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Diante do exposto, é isso o que se pretende, ao se tomar
conhecimento do valor das parcelas em atraso, bem como dos valores despendidos
para a consolidação da propriedade, realizar o pagamento do débito antes da
assinatura do auto de arrematação, de modo que o bem imóvel continue sob a posse e a
propriedade da parte Autora, bem como seja determinado à ré para que não
disponibilize o bem imóvel sob qualquer modalidade de venda.
Portanto, necessária se faz intimação da ré a fim de que
abstenha de promover atos expropriatórios em relação ao imóvel situado à Rua
Evandro Machado, nº 1.335, Bairro Boa Esperança – Patrocínio/MG, CEP 38.740-
000, tendo em vista a possibilidade de purgação da mora através da consignação de
valores na presente demanda, antes da assinatura do Auto de Arrematação, bem como
pela alegada ausência de notificação acerca do procedimento de consolidação da
propriedade.
A propósito:
12 Curso de Direito Processual Civil, Volume 2, 10ª edição, Salvador: Juspodivm, p. 569.
13
Novo Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição, 382.
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CONTRATOS BANCÁRIOS. PROCESSO CIVIL. NULIDADE DA
CONSOLIDAÇÃO DE PROPRIEDADE. LEI 9.514/97. IRREGULARIDADE
NA NOTIFICAÇÃO DE CO-DEVEDOR. 1. Do exposto na Lei 9.514/1997,
observa-se que é requisito indispensável para a consolidação da
propriedade em favor do credor fiduciário, a notificação
extrajudicial de todos os devedores. 2. O documento público faz prova
dos fatos que o funcionário declara que ocorreram na sua presença (art.
364 do CPC), no entanto, a presunção é relativa. 3. Caso em que a
requerente, dentro da disponibilidade que tinha, demonstrou
documentalmente que estava em local diverso da sua residência no dia
em que o oficial afirmou tê-la notificado, de modo que
resta desconstituída a presunção relativa de veracidade do
documento público. 4. Reconhecida a nulidade da consolidação da
propriedade.
(TRF4, AC 5020009-59.2014.404.7112, QUARTA TURMA, Relator LUÍS
ALBERTO D'AZEVEDO AURVALLE, juntado aos autos em 25/08/2016)
(grifos apostos)
“Autos nº 2731-23/2015
(...)
Fica reconhecida, no entanto, o direito do devedor purgar o débito,
até a assinatura do auto de arrematação, ante o que dispõe o art.
34 do Decreto-Lei nº 70/66: “É lícito ao devedor, a qualquer
momento, até a assinatura do auto de arrematação, purgar o
débito (...)”.
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No mais, por cautela, a fim de evitar prejuízos a direito de
eventuais terceiros arrematantes, determino que deverá
constar do Leilão a informação a respeito da existência e
pendência da presente ação, o que deverá ser prévia e
expressamente informado pelo Sr. Leiloeiro a eventuais
interessados. Intime-se, com a brevidade necessária,
independentemente do recolhimento de custas.
(...)
Curitiba, 09 de fevereiro de 2015.
VANESSA JAMUS MARCHI
Juíza de Direito”
(grifos apostos)
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Evidente que os supra relacionados documentos se acham
em poder da ré, visto que foi a própria ré que elaborou o contrato, assim como foi a
própria ré que requereu ao competente Registro de Imóveis a abertura do
procedimento de consolidação de propriedade do imóvel em comento.
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8) seja a ré condenada ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios a serem prudentemente arbitrados por V. Ex.ª, em valor que
não represente aviltamento.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
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