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GOIÂNIA
2016-2
O MODERNISMO NA ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL
GOIÂNIA
2016-2
Lista de Figuras
Introdução .................................................................................................................. 7
3. A modernidade no Brasil................................................................................. 34
Conclusão ................................................................................................................ 88
Introdução
Fonte: Archtectureclub
Fonte: Archtectureclub
Fonte: ArteCapital
Fonte: A Verdade
Figura 12: Villa Savoye, casa projetada por Le Corbusier em Possy – Paris.
Figura 13: Villa Savoye, rampa central sugere uma organização simétrica.
Essa busca constante por uma lógica interna é significativa por revelar a
atitude projetual de Le Corbusier de criar o edifício de maneira integrada,
concebendo-o como volume a ser fruído e também como espaço interior, a ser
percorrido e vivenciado. Tal atitude revela uma profunda consideração das questões
relativas ao uso, buscando propor uma nova forma de vida a partir de uma
articulação diferenciada dos espaços internos.
A disposição dos espaços confere aos aposentos gradações argutas de
abertura e fechamento, expressando graus distintos nas relações entre espaços
públicos e privados, entre individualidade e coletividade. Esse método é fundamental
para a compreensão desse tipo arquitetura como um instrumento que regula as
práticas sociais do ser humano, podendo ser entendida como um artefato ético,
muito mais que estético. A cobertura da residência mostra como o solarium encerra
o passeio arquitetural (promenade architecturale) onde a rampa finaliza o percurso.
A Villa Savoye apresenta um modo novo de se ver e viver no mundo, pois faz uso de
tecnologia de ponta que existia na época.
Figura 17: Siedlungen - Berlim: blocos de habitação com infraestrutura de uma minicidade de 1925.
3. A modernidade no Brasil
Figura 18: Edifício do Ministério da Educação e Saúde (Le Corbusier) no Rio de Janeiro.
Até então o Brasil vivia o movimento neocolonial com certa força na década
de 20 e quem apoiava esse movimento era o médico José Mariano Filho que era o
presidente da Sociedade Brasileira de Belas Artes. Ele patrocinava concursos de
arquitetura e sempre selecionava como ganhadores o exemplares neocoloniais. O
presidente da Sociedade de Belas Artes elaborou os 10 mandamentos do estilo
neocolonial que definia as características básicas do neocolonial.
Figura 20: Cartazes oficiais da Semana de Arte Moderna de 22 e um anúncio para a apresentação de
Villa-Lobos.
como Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Afonso Reidy dentre outros, cujos projetos
foram construídos em meados do século XX. O Brasil foi o primeiro país a criar um
estilo verdadeiramente nacional de arquitetura moderna. Na década de 20, o
desenvolvimento do modernismo em todas as linhas e expressões artísticas
brasileiras ficou preso à busca de um projeto com identidade nacional. Vale
relembrar que no início dos anos 30 ainda existia conflitos entre o neocolonial que
era o estilo dominante no Brasil com o Modernismo, que começava a ganhar
espaço.
A partir desse momento, o Estado teve um importante papel, pois patrocinou
obras que representavam a modernidade e o progresso do período. A primeira obra
moderna de repercussão nacional foi o prédio do Ministério da Educação e Saúde –
MES, cujo projeto foi realizado em 1936, no governo de Getúlio Vargas, por uma
equipe de arquitetos: Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge
Moreira e Ernani Vasconcelos, liderados por Lúcio Costa. O projeto do edifício foi
orientado por Le Corbusier que veio ao Brasil a convite do então Ministro da
Educação e Saúde, Gustavo Capanema.
O projeto foi realizado dentro dos fundamentos modernistas e tornou-se um
marco para a arquitetura brasileira, pois representava a ruptura com as formas
arquitetônicas ornamentadas com motivos historicistas e simbólicos que eram
usadas ainda naquela época. A imagem de modernidade e progresso que o prédio
do Ministério transmitia estava vinculada também aos ideais de inovação
pretendidos pelo Estado Novo – regime político autoritário que vigorou até 1945,
quando da deposição de Vargas.
Outra obra moderna brasileira importante que é um ícone da arquitetura
racionalista é o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM-RJ – O museu
ganhou fama internacional e se tornou um marco na carreira de seu
arquiteto, Affonso Eduardo Reidy. As colunas do edifício se projetam por fora,
deixando com o edifício ocupe um espaço maior e, dessa forma, pareça ter uma
escala maior. O arranjo das colunas garante uma ampla área de vão livre no térreo
para convivência e exposições gerando uma sensação de continuidade.
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Figura 24: Unidade de Habitação de Marselha 2 4 metros de largura, 18 níveis, 337 moradias de
dimensões variadas – Le Corbusier.
Figura 25: Uma série de aspectos faz deste edifício um ponto de convergência social.
Figura 26: Conjunto Habitacional Pedregulho, concebido como um complexo habitacional para
servidores públicos da Prefeitura do então Distrito Federal, RJ.
de acesso à edificação, a partir do platô mais elevado do terreno. Essa solução foi
empregada para que o usuário, ao observar a edificação por meio das duas pontes,
tivesse plena consciência de que a tipologia que define a estrutura do objeto é a de
um edifício sobre pilotis. Com esse conceito ficou resolvido a questão da legibilidade
do edifício, pelo fato de fazer o terceiro pavimento com as mesmas características
encontradas no térreo. Outro fator que separa os dois projetos são seus programas
complementares, enquanto a Unidade de Marselha alcança todas as funções
inerentes à moradia num único objeto, Conjunto Pedregulho distribui esses serviços
complementares em edificações distintas que se relacionam entre si relações.
Dessa forma as origens da arquitetura moderna brasileira dentro do
movimento artístico nacional só foram possíveis acontecer por fazer parte de uma
arquitetura intrinsecamente vinculada à arte, e muitas vezes pensada como obra de
arte. O esmero foi tão grande nesse período que a arquitetura, o paisagismo, a
pintura, a escultura, a música, a literatura chegaram ao ponto do cálculo estrutural,
juntando-se assim, seria difícil falar de um sem se lembrar dos demais. A arquitetura
moderna brasileira surge de modo peculiar e distinto, favorecido pela proximidade da
intelectualidade europeia que tanto impulsionou a produção nacional.
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Fonte: Jvillavisencio
Essas intervenções urbanas iniciais foram mais presentes no Rio de Janeiro,
seguindo os moldes de Haussmann pelas mãos do prefeito Pereira Passos, mas
50
deve ser explanado que esse planejamento urbano era de ordem pontual e local,
não houve um planejamento territorial, inicialmente. Em 1931, o arquiteto Frances
Donat Agache criou uma comissão para o estudo do urbano: Plano da Cidade. Esse
plano deveria orientar o desenvolvimento e o crescimento inicial da cidade do Rio de
Janeiro (Rezende 1982, Bruand, 1981, in Segawa 1998:25).
Figura 31: Os 1.800 metros de extensão da Avenida Central foram abertos durante a ampla reforma
urbanística do prefeito Pereira Passos.
Fonte: Jvillavisencio
planos urbanos brasileiros de 1897 até a atualidade. Seu objeto de estudo separou
as seguintes especificações: zoneamento; planejamento de cidades novas;
urbanismo sanitarista. Dentro dessa visão, Maria Cristina da Silva Leme esboçou e
dividiu de modo aproximado as etapas do planejamento urbano que o Brasil passou
entre os anos de 1895 até1965: 1ª fase – planos de embelezamento (1875 – 1930);
2ª fase – planos de conjunto (1930 – 1965); 3ª fase – planos de desenvolvimento
integrado (1965 – 1971); 4ª fase – planos sem mapas (1971 – 1992).
Os planos de embelezamento eram os que seguiam a tradição europeia e
basicamente consistiam em alargar as vias, erradicar as ocupações de baixa renda
nas áreas mais centrais e assim, retirar os cortiços, implementar com infraestrutura:
saneamento, e ajardinamento de parques e praças (VILLAÇA, 1999; LEME, 1999).
Figura 33: Planos de Embelezamento do Rio de Janeiro: o estilo arquitetônico era inspirado nos
boulevards parisienses.
acordo com Leme (1999). Um exemplo que segue essas características é o Plano
de Avenidas de Prestes Maia para São Paulo que foi elaborado em 1930. Segundo
Villaça (1999), mesmo como esse nome, o plano abrangia vários aspectos do
sistema urbano, como as estradas de ferro e o metrô, a legislação urbana, o
embelezamento urbano e as habitações, mas infelizmente, o destaque foi apenas
para o plano de avenidas, por possuírem um caráter monumental.
O Plano de Alfred Agache, para o Rio de Janeiro apresenta a remodelação
imobiliária, o abastecimento de água, a coleta de esgoto, o combate a inundações e
a limpeza pública realizada. Ocorre nesse momento no Rio um detalhamento das
leis urbanísticas: loteamentos, desapropriações, gabaritos, edificações e estética
urbana. Esse plano foi dividido em três partes: a primeira parte apresenta um estudo
sobre os componentes antropogeográficos do Rio de Janeiro e os problemas
sanitários; a segunda parte define o modelo de cidade ideal e as conjecturas para
atingi-la; a terceira parte é dedicada ao saneamento.
Figura 34: Alfred Agache, Plano de Extensão, Remodelação e Embelezamento do Rio de Janeiro e a
maquete da Praça do Castelo em 1930.
Fonte: Archdaily
Figura 35: Arraial de Belo Horizonte, antes era conhecido por Curral d’El-Rei, 1896.
Para a definição do local que seria a nova capital foi realizado um estudo
sobre o potencial de alguns locais como salubridade, facilidades para a construção,
possibilidades de abastecimento, iluminação, articulação viária e também os custos
demandados para a implantação da nova capital. O relatório da Comissão indicou
dois lugares, Várzea do Marçal e o Arraial de Belo Horizonte, sendo o primeiro mais
indicado por possui ligação com a rede ferroviária. Devido a questões políticas, o
Congresso mineiro escolheu o Arraial de Belo Horizonte para ser o lugar da nova
capital mineira.
O plano urbano para a construção de Belo Horizonte, foi o primeiro do gênero
a ser elaborado no Brasil. A Comissão Construtora da Nova Capital elaborou esse
plano urbanístico tendo como chefe Aarão Reis. A comissão que era encarregada
pelos trabalhos de projeção e implantação da nova capital eram engenheiros que
foram convidados por Reis vindos do Rio de Janeiro e eram formados pela Escola
Politécnica. Ele convidou também alguns arquitetos-projetistas e artistas que
possuíam trajetória internacional, como José de Magalhães, que estudou na École
des Beaux-Arts, em Paris, o francês Paul Villon, discípulo de Alphand, e o suíço
João Morandi, com estudos na França e que trabalhou na construção de La Plata,
na Argentina.
saiu conforme o desejo dele, por inúmeros fatores, como logística, infraestrutura,
orçamento ou prazo, muitos pontos da planta foram improvisados ou mudados. Foi
elaborado para a cidade de Belo Horizonte sintetiza parte da cultura e das
preocupações estéticas do século XIX relativas à cidade.
Esse plano apresenta um o conhecimento sobre os planos de l'Enfant para
Washington, da reforma feita por Haussmann em Paris e, também, do plano de La
Plata, que era contemporâneo e com o qual o plano de Belo Horizonte divide uma
mesma ideia geral. Ele previa a cidade subdividida em três zonas: urbana,
suburbana e de sítios, além do traçado viário e dos equipamentos públicos. A planta
que abarcava parte da área central da cidade envolvia as avenidas do Contorno,
Cristóvão Colombo, Bias Fortes e Francisco Sales essa área estava designada para
30.000 habitantes. Os lotes, quarteirões e seções eram numerados, com lotes
marcados e letras recomendando sua destinação: antigos proprietários do Arraial de
Belo Horizonte, para os funcionários de Ouro Preto ou para a reserva do Estado.
Figura 37: Zoneamento desenhado por Aarão Reis para a Belo Horizonte.
Fonte: UFMG
Essa avenida grande é a Afonso Pena que foi feita aos moldes dos
boulevards parisienses e foi apresentado por Aarão Reis como sendo uma via larga
o bastante para abrigar a faixa central de areia - para passeios a cavalo -, dois
passeios laterais junto à faixa de areia, duas faixas para a circulação de veículos; e
mais dois passeios junto aos prédios. A intensão de Reis para essa grande avenida
não era a mesma como a de Paris que queria uma circulação eficiente, para a
Avenida de Belo Horizonte ela serviu de elemento estético. Mas ficou longe de se
parecer com os boulevards parisienses, pois não se preocupou com a harmonização
entre a largura da via e a altura dos edifícios.
As praças, no plano urbano de Belo Horizonte, cumpriram a função de romper
com a monotonia da superposição das malhas ortogonal e diagonal. A Praça da
Liberdade foi a que mais recebeu atenção no plano urbano da nova capital, pois na
fase construtiva ela se notabilizou como sede do poder público estadual. A presença
do palácio presidencial e das secretarias, que por muitas décadas tornou a praça
símbolo do poder republicano, porém a proposta do engenheiro não foi concretizada
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por falta de dinheiro. Algumas praças da área central foram substituídas por
construções com o passar do tempo.
Em frente à portaria principal do Parque Municipal, deveria existir a Praça da
República, onde estava previsto a construção do Congresso (Assembleia
Legislativa) e do Palácio da Justiça. O mesmo aconteceu com uma área extensa do
Parque Municipal, cujo tamanho atual é menos de um quarto do que foi colocado no
mapa criado por Reis. A área verde principal da cidade deveria se iniciar na Afonso
Pena e terminaria no Bairro Floresta e o Ribeirão Arrudas que na atualidade é um
dos mais poluídos de Minas deveria cortar o parque.
Com relação à infraestrutura da nova capital, o que se viu foi a pouca
preocupação sob a especulação imobiliária e o preço alto dos lotes na zona urbana.
Acabaram loteando em pouco tempo as colônias agrícolas que rapidamente foram
ocupadas sem o básico de infraestrutura. A administração do espaço e da ocupação
da cidade “deixou” com que o crescimento acontecesse no sentido contrário ao
pretendido. Dessa forma, enquanto o centro se encontrava com muitos lotes vazios,
a periferia recebia um grande número de construções. Uma parcela bem pequena
da população, que pertencia à classe média, conseguiu fixar-se na parte central da
cidade que, mesmo antes de ser inaugurada, já era marcada pela especulação
imobiliária.
O adensamento da nova capital contrariou a previsão de Aarão Reis, pois se
desenvolveu da periferia em direção ao centro e não de modo inverso. Assim, é
possível observar que nos primeiros anos da capital, o centro era bem dotado de
infraestrutura, porém, despovoado, enquanto que a periferia se adensava
rapidamente e não possuía infraestrutura suficiente para atender demanda
populacional que só crescia. Assim, Monte-Mór (1997, p. 475) reitera:
Fonte: UCG
Attilio Corrêa Lima foi convidado para elaborar o plano da nova capital do
Estado de Goiás, Goiânia e este foi também um dos seus primeiros trabalho. O
prazo para esse plano ficar pronto era pequeno e a mudança da capital se fazia
necessária na compreensão de uma parte da população que tentava derrubar a elite
rural que dominava o estado. Também existia pressa nessa transferência da capital
para uma cidade totalmente nova por marcar o rompimento com o isolamento e a
estagnação que o Estado vivia até ali. O arquiteto elaborou o plano piloto de Goiânia
entre 1933 – 1934 e entregou ao interventor Pedro Ludovico Teixeira em janeiro de
1935.
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Figura 41: A Praça Cívica, elemento central na concepção de Attilio Corrêa Lima, ainda na década de
1930.
Figura 42: Goiânia no período de sua inauguração, todas as vias ao encontro do centro político.
O sistema viário foi constituído por vias regulares em forma de xadrez, por ser
um sistema mais eficiente e rápido para a passagem de veículos. As vias em
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Fonte: Superinteressante
Fonte: Vitruvius
A cidade de Brasília começou muito antes de sua construção. Foi com José
Bonifácio de Andrade e Silva, em 1823, um dos articuladores da independência, que
a atual capital federal começou a ser delineada. Ele propôs nesse período que a
capital brasileira saísse do Rio de Janeiro e fosse para o interior, longe dos portos
litorâneos. Depois, com o presidente Floriano Peixoto, que possuía inclinações
nacionalistas, seguiu o impetrado constitucional ao criar a Comissão Exploradora do
Planalto Central do Brasil, período esse que foi de junho de 1892 a março de 1893 e
era direcionado pelo astrônomo belga, radicado no Brasil, Louis Ferdinand Cruls.
Com os trabalhos da Comissão que era constituída por médicos, botânicos,
astrônomos e geólogos, estavam criados as condições para que Brasília surgisse
no Pequeno atlas do Brasil, de 1922. Dessa forma, 35 anos antes do início da
construção da futura capital do Brasil, o local apareceu no mapa, bem no interior de
Goiás.
Figura 45: Detalhe de um atlas escolar luso-brasileiro de 1927, quando não existia Goiânia. A área
prevista para o "Districto Federal” (conhecida como "Retângulo Cruls" ou "Quadrilátero Cruls") era
bem maior que a atual.
Lúcio Costa disse, uma vez, que o urbanista bom era aquele que coloca um
pouco da cidade no campo e um pouco do campo na cidade. O projeto do Plano
Piloto é simbiótico, pois procura unir o pensamento urbano moderno: Cidade-linear,
Cidade-jardim e também alguns princípios da Carta de Atenas, de acordo com o
pensamento de Carpintero (1998). Um dos princípios da Carta de
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Atenas apropriados por Lúcio Costa foi a eliminação dos cruzamentos nas vias. Com
essa saída, o trânsito de veículos foi facilitado, evitando assim, o desgaste da
máquina com excesso de paradas.
O grande eixo que atravessa a cidade de ponta a ponta e divide a área
residencial no sentido transversal, além de ser uma das avenidas principais da
cidade, é uma rodovia federal. A industrialização também fazia parte de seus
pensamentos e ele acreditava que ela representava a salvação da sociedade, e
dessa forma, ele fez a capital federal para a priorização do deslocamento dos
automóveis. O trecho abaixo comprova a relação de Lúcio Costa com esse
pensamento muito comum na época:
Figura 49: Asas do Plano Piloto, áreas compostas basicamente pelas superquadras residenciais,
quadras comerciais e entrequadras de lazer e diversão, onde há também escolas e igrejas.
Figura 51: Catedral, a torre dos sinos e o batistério são elementos independentes da construção
principal, as nervuras, originalmente, eram de concreto aparente.
Figura 52: Ministério das Relações Exteriores (Palácio Itamaraty). Brasília 1962. Niemeyer projetou
arcos curvos com concreto aparente.
Vale ressaltar que a cidade foi projetada para abrigar no máximo, 600 mil
habitantes, mas ocorreu uma verdadeira explosão demográfica antes mesmo de ser
inaugurada. Um grande número de migrantes foram para Brasília atraídos pela
promessa de empregos e uma vida melhor. Essa situação ocasionou uma exclusão
socioespacial, que acabou por marcar Brasília, tal como ocorre em outros espaços
urbanos. Explica Paviani,
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"A migração intensa em 1958 exigiu que fosse criado o primeiro núcleo
periférico, Taguatinga. Para lá foram transferidos milhares de trabalhadores
que ocupavam as favelas próximas ao Núcleo Bandeirante, construído para
abrigar os operários que construíram a capital. Com a chegada de mais
migrantes, outras 28 regiões administrativas foram estabelecidas ao redor
do centro". (Aldo Paviani)
Fonte: ArqPlant
Figura 59: Croqui geral da proposta paisagística do Complexo da Praça dos Girassóis.
Fonte: ArqPlant
Fonte: ArqPlant
Fonte: ArqPlant
Conclusão
Referências Bibliográficas
Citações:
SEGAWA, Hugo. Palmas, cidade nova, ou apenas uma nova cidade? Revista
Projeto. São Paulo, n. 146, out. 1991.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras,
2006.
COSTA, Lúcio. Com a palavra, Lúcio Costa. Organização: Maria Elisa Costa. 1ª ed.
Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001, p. 58.
COSTA, Lúcio. Registro de uma vivência. São Paulo, Empresa das Artes, 1995, p. 5.
COSTA, Lúcio. 1902 – Lúcio Costa: registro de uma vivência. São Paulo:
Empresas das Artes, 1995.
(http://www.urbanismobr.org/bd/documentos.php?id=2780 e anexos)
(http://www.hcomparada.historia.ufrj.br/revistahc/artigos/volume006_Num001_
artigo004.pdf)
http://www.cbpf.br/FISCUL/fimsec.html
http://www.ppge.ufpr.br/teses/teses/D09_larocca3.pdf
http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/shcu/article/viewFile/1090/106
5
http://www.archdaily.com.br/br/783522/classicos-da-arquitetura-unidade-de-
habitacao-le-corbusier Kroll, Andrew. "Clássicos da Arquitetura: Unite d' Habitation
/ Le Corbusier" [AD Classics: Unite d' Habitation / Le Corbusier] 14 Mar
2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo) Acessado 9 Nov 2016.
<http://www.archdaily.com.br/br/783522/classicos-da-arquitetura-unidade-de-
habitacao-le-corbusier>