Capa
do
programa
da
montagem
original
de
Good
News.
Repare
no
título
da
publicação:
The
New
York
Magazine
Program.
Em
1934
esta
publicação
mudaria
de
nome
e
passaria
a
se
chamar
The
Playbill.
Boas
Notícias
O
músical
Good
News
(1927
–
557
performances)
não
foi
a
primeira
comédia
musical
sobre
a
vida
colegial,
mas
obteve
tanto
sucesso
que
se
tornou
o
exemplo
definitivo
deste
despreocupado
subgênero.
O
enredo
conta
a
história
de
um
rico
jogador
de
futebol
americano
que
precisava
ser
aprovado
em
suas
provas
para
poder
jogar
na
grande
final
e
ganhar
o
coração
da
pobre
garota
que
ele
amava.
O
musical
inspirou
inúmeras
imitações
no
palco
e
nas
telas,
mas
ninguém
conseguiu
chegar
aos
pés
da
partitura
contagiante
composta
por
Ray
Henderson
com
letras
de
Buddy
DeSylva
e
Lew
Brown.
Suas
canções
dançantes
incluíam
The
Best
Things
in
Life
are
Free,
Lucky
in
Love
e
The
Varsity
Drag,
um
número
de
Charleston
que
se
tornou
uma
febre
internacional.
Esta
foto
montagem
compara
o
rosto
sem
maquiagem
de
Al
Jolson
com
seu
alterego
em
blackface
Gus.
Foi
com
este
personagem
que
Al
estrelou
o
filme
The
Jazz
Singer
(1927),
considerado
o
primeiro
filme
que
incluía
diálogos,
músicas
e
efeitos
sonoros
sincronizados
com
as
imagens.
Três
dos
maiores
hits
musicais
de
Jolson
foram
construídos
em
volta
de
Gus,
um
personagem
blackface
que
Jolson
interpretou
durante
anos
desde
seu
início
nos
Minstrel
Shows.
Por
mais
ofensiva
que
a
maquiagem
blackface
de
Jolson
possa
nos
parecer
nos
dias
de
hoje,
era
um
recurso
teatral
aceito
e
usado
por
muitos
artistas
negros
e
brancos
na
primeira
metade
do
século
XX.
Atrás
de
uma
máscara,
ou
cobertos
com
pó
de
rolha
queimada,
criava-‐se
um
“qualquer”
que
passava
por
provações
e
corações
partidos.
Jolson
afirmava
que
a
maquiagem
blackface
lhe
dava
o
distanciamento
emocional
necessário
para
que
ele
pudesse
se
libertar
como
performer.
Uma
vez
que
ele
está
em
blackface
em
seus
maiores
momentos
capturados
em
filme,
fica
fácil
reparar
que
esta
maquiagem
teve
um
papel
importante
em
seu
sucesso.
E
Jolson
não
o
fazia
por
racismo:
de
acordo
com
seus
amigos
e
colegas,
ele
lutou
pelos
direitos
dos
artistas
negros
em
várias
ocasiões.
A
fama
de
Al
Jolson
diminui
com
o
passar
no
tempo,
mas
nenhum
estudo
sobre
a
cultura
popular
do
século
XX
pode
deixar
passar
sua
presença
em
branco.
Ele
era
a
estrela
do
Minstrel
Show,
Vaudeville,
Broadway,
Hollywood
e
da
rádio,
liderando
a
evolução
do
entretenimento
popular
de
sua
época.
Jolson
foi
uma
das
maiores
estrelas
que
o
show
biz
conheceu,
e
ele
seria
a
primeira
pessoa
a
insistir
que
a
história
deveria
se
lembrar
dele
desta
forma.
Show
Boat
foi
uma
tremenda
aposta
comercial.
Nada
parecido
havia
sido
feito
antes
na
Broadway
e
Ziegfeld
tinha
sérias
dúvidas
se
o
show
traria
lucro.
Mesmo
assim,
ele
não
poupou
gastos,
dando
à
saga
a
grandiosidade
visual
necessária.
Na
noite
de
estreia
a
plateia
saiu
do
Teatro
Ziegfeld
em
completo
silêncio.
Ziegfeld
tomou
isto
como
um
sinal
de
que
seus
piores
temores
eram
reais.
Ele
ficou
surpreso
quando
na
próxima
manhã
haviam
longas
filas
na
bilheteria
e
críticas
extasiantes
nos
jornais.
De
fato,
Show
Boat
firmou-‐se
como
o
mais
duradouro
feito
da
carreira
de
Ziegfeld,
e
o
único
musical
por
ele
produzido
que
ainda
é
montado
hoje
em
dia.
Show
Boat
pode
ser
apreciado
em
vários
níveis.
Para
muitos,
ele
é
um
conto
épico
sobre
o
amor
imortal,
mas
também
demonstra
como
o
triunfo
e
o
sofrimento
humano
se
desvanece
com
o
tempo,
engolido
pela
correnteza
do
rio
Mississipi
que
nunca
para.
Esta
obra
prima
inovadora
não
virou
uma
tendência,
mas
serviu
de
inspiração
para
o
teatro
musical.
Uma
inspiração
que
voltaria
com
tudo
dezesseis
anos
depois
quando
Hammerstein
se
juntaria
com
Richard
Rodgers
para
dar
à
luz
o
musical
Oklahoma!.
O
apelo
de
Show
Boat,
depois
de
três
versões
cinematográficas
e
quatro
bem
sucedidos
revivals
na
Broadway,
sobreviveu
ao
teste
do
tempo,
com
cada
geração
enfatizando
diferentes
aspectos
da
história,
tornando-‐as
únicas.
No
final
de
1929,
algumas
coisas
não
estavam
fluindo
tão
bem
quanto
fluíam
antes.
A
desastrosa
quebra
da
bolsa
de
valores
em
Outubro
deste
ano
pôs
um
fim
efetivo
aos
“efervescentes
anos
20”.
Mas
o
golpe
final
chegou
em
Dezembro,
quando
o
pobre
gerenciamento
forçou
o
Banco
dos
Estados
Unidos
a
fechar
suas
portas,
levando
as
economias
de
toda
uma
vida
de
400.000
famílias.
Outros
bancos
quebraram
nos
anos
seguintes
e
o
mundo
caia
na
pior
depressão
econômica
já
vivida.
Firmas
faliam,
empregos
desapareciam,
e
sem
um
seguro
desemprego
ou
assistência
pública
para
segurarem
a
barra,
mais
de
um
terço
dos
americanos
adultos
não
conseguiam
encontrar
emprego.
Apesar
da
maré
baixa
(e,
em
parte,
por
causa
dela)
o
Teatro
Musical
conseguiu
crescer
e
se
desenvolver.
As
pessoas
precisavam
da
satisfação
emocional
trazida
pelo
entretenimento
mais
do
que
nunca.
E
qual
será
o
rumo
que
o
Teatro
Musical
encontrou
para
sobreviver?
SE
VOCÊ
LEU
ESSE
TEXTO
ATÉ
O
FIM,
ASSIM
QUE
VOCÊ
ME
ENCONTRAR
EM
SALA
APRESENTE-‐SE,
ME
DIZENDO
SEU
NOME
E
SOBRENOME,
E
ME
CUMPRIMENTE
COM
A
MÃO
ESQUERDA.
ASSIM
SABEREI
QUEM
LEU
O
TEXTO
SEM
EU
PRECISAR
PERGUNTAR.