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Ministério das Relações Exteriores

Instituto Rio Branco (IRBr)

CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – 2009

O Brasil quer um mundo mais justo, próspero e seguro. Você pode ajudar a construí-lo.

O Ministério das Relações Exteriores vai realizar, em 2009, como faz anualmente,
concurso para incorporar mais brasileiros à Carreira de Diplomata. Quer contar com o seu talento
para continuar a defender e promover o Brasil no exterior. Com longa tradição, o Itamaraty
tornou-se uma instituição respeitada dentro e fora do país.

Cabe ao Ministério das Relações Exteriores coordenar a formulação e a execução de


nossa política externa, em benefício dos interesses nacionais e em sintonia com a sociedade
brasileira. O mundo é importante para o Brasil e o Brasil é importante para o mundo. Nossa
inserção internacional é fator de desenvolvimento econômico e de justiça social.

A vocação de serviço público do diplomata brasileiro pode ser também a sua.

O Brasil tem reconhecida tradição diplomática e dispõe, assim, de condições de


legitimidade para dar uma significativa contribuição ao entendimento internacional. Como
diplomata brasileiro, você poderá participar desse esforço ainda no início de sua carreira.

Aprovado no Concurso de Admissão, você ingressará no Curso de Formação em


Diplomacia do Instituto Rio Branco (IRBr) – instituição acadêmica internacionalmente
reconhecida como de excelência – já como Terceiro-Secretário da Carreira de Diplomata, com
salário inicial, no Brasil, de R$ 10.906,86 (dez mil e novecentos e seis reais e oitenta e seis
centavos). Trabalhará no Brasil e no exterior e terá seguro-saúde válido em qualquer parte do
mundo.

As inscrições para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata estão abertas de 21


de janeiro a 12 de fevereiro de 2009 e poderão ser feitas no endereço eletrônico
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2009.
A Carreira Diplomática

Aprovado no Concurso de Admissão do Instituto Rio Branco (IRBR), você entrará para a
carreira diplomática como Terceiro-Secretário. As classes seguintes na carreira são: Segundo-
Secretário, Primeiro-Secretário, Conselheiro, Ministro de Segunda Classe e Ministro de Primeira
Classe (Embaixador).
Todos os diplomatas têm de ser aprovados no Concurso de Admissão e – ao longo de sua
carreira – farão também cursos obrigatórios de aperfeiçoamento.
As funções principais de um diplomata são: bem representar o Brasil perante a
comunidade de nações; colher as informações necessárias à formulação de nossa política externa;
participar de reuniões internacionais e, nelas, negociar em nome do Brasil; assistir as missões no
exterior de setores do governo e da sociedade; proteger seus compatriotas; e promover a cultura e
os valores de nosso povo.
Você será preparado para tratar – tendo sempre como ponto de referência os interesses do
país – de uma série de temas, que vão desde paz e segurança, normas de comércio e relações
econômicas e financeiras até direitos humanos, meio ambiente, tráfico ilícito de drogas, fluxos
migratórios, passando, naturalmente, por tudo que diga respeito ao fortalecimento dos laços de
amizade e cooperação do Brasil com seus múltiplos parceiros externos.
As mudanças nas relações internacionais estão ocorrendo de maneira acelerada e intensa.
A cooperação entre povos e países no século XXI demandará esforço e atenção
contínuos.
Hoje, sucedem-se reuniões de Chefes de Estado e de Governo, congressos de
parlamentares, encontros empresariais, seminários técnicos, conferências de organizações não-
governamentais, numa indicação clara de que os temas internacionais interessam crescentemente
a um número maior de representantes da sociedade.
Para o Itamaraty, tal evolução enriquece e pauta a atuação do diplomata, que deve estar
sempre atualizado. Para bem defender e representar os interesses brasileiros, é de particular
importância que o agente diplomático – obrigado a se afastar do país no exercício de suas
funções – mantenha vínculos e contatos permanentes com a sociedade nacional.
O Itamaraty tem tradição de bem servir ao interesse público. José Maria da Silva
Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, legou-nos um padrão
de excelência que nos esforçamos em manter.
Essa noção de diplomacia pública, que orienta as atividades do Itamaraty, constitui a
principal fonte de renovação e, ao mesmo tempo, de legitimidade do Serviço Exterior brasileiro.
A vocação diplomática
Sendo uma ciência (isto é, passível de conhecimento objetivo), a diplomacia é sobretudo
uma arte, ou seja, um saber fazer que exige criatividade e talento. A experiência é indispensável
para formar um bom diplomata, cujo aprendizado é permanente. O Curso de Formação do
Instituto Rio Branco leva em conta essas premissas.
Aqueles que ingressam na carreira diplomática provêm de áreas do saber cada vez mais
diversificadas. Essa diversidade é benéfica para o Serviço Exterior Brasileiro, dada a amplitude
da agenda diplomática atual. Com efeito, por sua natureza essencialmente política, a profissão
diplomática não comporta uma formação específica. Todos os ramos do saber interessam ao
agente diplomático para que possa tratar, com competência, dos problemas nacionais e melhor
defender os interesses da sociedade brasileira. Seguem exemplos de contribuições de diferentes
formações acadêmicas para a diplomacia.

Ciências Humanas e Sociais

Disciplinas como Sociologia, Ciência Política, Relações Internacionais e História,


guardadas suas especificidades temáticas e metodológicas, contribuem – de forma mais ou
menos direta – para a formação do diplomata, dada a própria natureza do “fazer diplomático”,
que envolve prática e teoria. Para bem decidir é preciso saber analisar e discernir. É óbvio, assim,
que o estudo das ciências humanas, de modo geral, é indispensável ao bom exercício da
diplomacia, que lida com interesses, mas também com o indivíduo, no singular e no plural. Além
do conhecimento da realidade internacional (em sua atualidade e em sua dinâmica), o diplomata
não pode dispensar uma sólida formação humanística, com toda a complexidade inerente a essa
matéria, em suas múltiplas manifestações, inclusive artísticas e estéticas. Na área da cultura –
para usarmos um exemplo – a diplomacia brasileira tem um papel importante a desempenhar
para a projeção da imagem do Brasil no exterior. A formação acadêmica em humanidades
constitui instrumento relevante para que o diplomata – entre outras atribuições – esteja habilitado
a participar da negociação de tratados bilaterais de cooperação cultural; atuar em organismos
multilaterais como a UNESCO; promover a língua portuguesa no mundo; colaborar com a
discussão de temas educacionais e, principalmente, atuar em prol da divulgação de música,
literatura, artes visuais, teatro e cinema brasileiros.

Direito
O patrono da diplomacia brasileira fez dos estudos aprofundados de Direito Internacional
importante instrumento para a consolidação dos nossos limites territoriais. Esses estão
consolidados, mas o diplomata vocacionado para a área jurídica continuará a encontrar no
Itamaraty amplo espaço para expandir suas potencialidades. Poderá participar ativamente da
negociação dos tratados bilaterais e multilaterais. Terá atuação decisiva na defesa dos direitos e
interesses do Brasil. Nos foros internacionais, patrocinará as causas do Brasil nos sistemas de
solução de controvérsias, tais como o da Organização Mundial do Comércio e o do Mercosul,
entre outros. Nas delegações junto aos organismos internacionais, poderá contribuir para o
progresso do Direito Internacional Público, acompanhando as negociações de convenções em
todas as áreas, com destaque para aquelas que visam a promoção dos direitos humanos, do
direito internacional humanitário, do direito do comércio internacional, do direito da integração,
etc. Nas missões diplomáticas e repartições consulares, o diplomata tem função relevante na
assistência a brasileiros no exterior, garantindo-lhes a proteção necessária quando vítimas de
denegação de justiça.

Economia
Se sua formação é preponderantemente econômica, Você estará habilitado a lidar com os
complexos interesses envolvidos no tratamento de temas econômico-financeiros sob a
responsabilidade do Itamaraty. De forma mais específica, os diplomatas que atuam nessa área
colaboram na formulação de diretrizes de política exterior em temas como agricultura e produtos
de base, acesso a mercados, defesa comercial e salvaguardas, serviços, investimentos e fluxos
internacionais de capital, etc. Na defesa dos interesses nacionais, a diplomacia brasileira
participa ativamente em negociações econômico-comerciais e no sistema de solução de
controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em todas essas atividades,
conhecimentos sólidos de economia constituem instrumento da maior relevância.

Ciências Exatas e Biológicas


O diplomata com gosto pelas ciências exatas tem hoje um leque crescente para a
aplicação de seus conhecimentos na área externa, a começar pela esfera da cooperação científica
e tecnológica, que incorpora a cada dia novos setores, como, por exemplo, as energias
renováveis. Paralelamente, muitos são os temas da agenda internacional que – para seu adequado
tratamento político – passaram a requerer especialização científica e mesmo experiência técnica.
Assuntos tradicionais (como desarmamento, energia nuclear, atividades espaciais) adquiriram
maior complexidade. Além disso, nas últimas décadas, ganharam relevo, principalmente nos
foros multilaterais, temas como meio-ambiente, biotecnologia, saúde, tecnologia da informação,
entre outros. A essa problemática vieram se acrescentar, mais recentemente, questões de vital
importância para a humanidade, como é o caso – apenas para exemplificar – da disseminação de
pandemias, como a HIV/AIDS, desafio diante do qual o Governo brasileiro adotou política de
vanguarda e, para tanto, contou com a decisiva atuação de nossa diplomacia nos foros
multilaterais. É o caso também das iniciativas brasileiras com vistas à “Ação Internacional contra
a Fome e a Pobreza”.

Administração

Se você tem experiência na área de administração, sua contribuição ao Ministério das


Relações Exteriores – seja na Secretaria de Estado, seja nos Postos no Exterior – poderá ser de
especial valia em campos como os de gestão de pessoal, patrimônio, orçamento e licitações. Em
razão da própria natureza de sua atividade, o Itamaraty tem características específicas na área
administrativa, pois deve velar pelos bens (móveis e imóveis) da União no exterior, assim como
movimentar, também no exterior, considerável volume de recursos.

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