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Brasília
2011
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
André Maurício
Carlos Barbosa
Caroline Duarte Gentil
Gabriel Salles
Katia Broeto Miller
Luciana Helena
Yvette Carrillo
Brasília
2011
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
3.2. Análise da Efetividade das recomendações dos EIA/RIMA de 1997, 2003 e 2005 ..... 8
4.2. Comparação do método de Análise do Risco Ecológico com os métodos usados nos
EIA/RIMA de 2003 e 2005 ..................................................................................................... 12
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 28
7. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................. 29
ANEXOS..................................................................................................................................... 30
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho descreve a aplicação da metodologia denominada
metodologia Análise do Risco Ecológico (ARE), ao Bairro Noroeste em Brasília – DF.
A aplicação desta metodologia tem como principal objetivo a análise das questões
ambientais de interesse para o parcelamento do solo urbano, referente ao controle,
mitigação e prevenção de danos ao meio ambiente, anterior ao uso e ocupação do
empreendimento.
A metodologia da ARE resulta da combinação de duas variáveis: a sensibilidade
dos fatores naturais a danos causados por usos antrópicos (dada pela vulnerabilidade
natural desses fatores acrescida do seu estado de conservação/ degradação) e a
intensidade de danos potenciais causados por usos antrópicos aos mesmos fatores
naturais.
O trabalho foi desenvolvido na disciplina Ateliê de Tecnologia - Avaliação
Ambiental de Assentamentos Urbanos, ministrada pela Professora Doutora Maria do
Carmo Bezerra no primeiro semestre de 2011, contando também com a orientação do
Professor Doutor Otto Ribas.
O estudo e analise ambiental do empreendimento foi construído através dos
seguintes elementos:
• Análise do termo de referência do EIA/RIMA de 2005 no qual foi possível avaliar a
pertinência do mesmo quanto ao tipo de empreendimento que estava sendo proposto;
• Análise dos EIA/RIMA produzidos em 20031 e 20052 para o Setor Noroeste, através
dos quais foi possível extrair dos diagnósticos elementos que auxiliaram na aplicação
da metodologia ARE;
• Aplicação da ARE ao Setor Noroeste, para obtenção do mapa síntese que apresentou
as condições ambientais, com as fragilidades e potencialidades de uso para o Setor
Residencial Noroeste (espacialização dos resultados);
De acordo com os resultados obtidos com a aplicação do método, ao final são
feitas as proposições de medidas de controle (mitigadoras, monitoramento) visando
contribuir para a sustentabilidade ambiental do parcelamento.
1
Revisão do EIA/RIMA original de 1997 elaborado como trabalho da Disciplina Atelier de Tecnologia
no ano de 2003 por PARENTE et al (2003).
2
Revisão do EIA/RIMA de 1997 exigido em função das alterações do projeto do Bairro Noroeste.
3
2. ANÁLISE DO TERMO DE REFERÊNCIA DO NOROESTE
De acordo com a leitura do Termo de Referência do Noroeste pode-se
concluir que o mesmo apresenta uma boa estrutura de diretrizes, no entanto, alguns
elementos devem ser considerados.
Considerando que o Termo de Referência tem como objetivo fornecer
diretrizes básicas para orientar a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA, e
Relatório de Impacto Ambiental – RIMA para criação da Área de Expansão Urbana
Noroeste, Mota (2003) aponta que para elaboração de um estudo de impacto ambiental
envolvendo uma área de expansão urbana é importante analisar os seguintes fatores:
a) Desmatamento: ocorre em função da abertura de novas vias e ocupação dos lotes
por edificação, resultando na retirada de cobertura vegetal, que pode causar
impactos a fauna, flora, alterações na drenagem das águas superficiais, aumento
da erosão, dentre outros;
b) Terraplenagem: a implantação do loteamento pode provocar alterações na
topografia original do local, de forma, que é interessante analisar criticamente se
o projeto de parcelamento se adequa as curvas de nível do terreno. Outros
impactos ocasionados pela terraplenagem também podem ocorrer: alterações na
drenagem das águas superficiais, desmatamento, exposição do solo, aumento da
erosão, emissão de ruídos, dentre outros.
c) Pavimentação de vias: ocasiona a impermeabilização do solo e consequente
aumento de escoamento superficial;
d) Ocupação dos lotes: que ocasionam desmatamentos, impermeabilização do solo,
redução de infiltração da água, problemas ambientais decorrentes dos resíduos
sólidos (lixo) e líquidos (esgoto).
Deve constar no Termo de Referência a importância de se estudar a
fundo esses elementos. A caracterização através de mapas e fotos, ou outras análises
não terão sentido se não der uma resposta a estes problemas (que vão ocorrer) expostos
acima. O fato do termo de referência não tratar de alguns elementos específicos da
urbanização (por exemplo: diretrizes para elaboração do projeto urbanístico que
contenham informações sobre tipo de ocupação mais adequado, fundação recomendada,
melhor desenho do parcelamento com relação à topografia, solo existente) deixaria o
trabalho de Estudo de Impacto Ambiental obsoleto.
4
O Termo de Referência estabelece que podem ser adotadas quaisquer
metodologias de abordagem para EIA/RIMA, recomendando-se que na adoção do
procedimento metodológico seja feita uma abordagem integrada do meio ambiente.. Ao
não definir um método, não se limita ou restringe o estudo, deixando a critério da
equipe que irá fazer a análise decidir pelo método mais adequado para o caso. No
entanto, seria importante pedir a utilização de mais de um ou associação de vários
métodos para avaliar o impacto ambiental. A utilização de métodos que permitam uma
melhor visualização dos impactos também pode ser recomendada, como exemplo pode-
se citar os métodos cartográficos. Os métodos utilizados para o estudo de impacto
ambiental devem ser descritos, utilizando-se referências bibliográficas que explicitem a
origem dos métodos adotados.
O Termo de Referência estabelece ainda as diretrizes gerais para o
desenvolvimento do EIA, que devem em primeiro lugar seguir a Resolução do
CONAMA 001/86 (critérios básicos e diretrizes gerais para o RIMA). Existem ainda
algumas diretrizes específicas presentes em função das particularidades do
empreendimento (parcelamento do solo).
O termo de referência aponta como itens obrigatórios a serem abordados
no EIA/RIMA:
a) Caracterização e localização do empreendimento;
b) Diagnóstico ambiental da área, análise do meio físico, biótico e antrópico;
c) Áreas de influência;
d) Prognóstico das alterações ambientais sobre a área de estudo e sua região de
influência;
e) Alternativas ao uso e ocupação propostas;
f) Análise dos impactos ambientais do projeto e suas alternativas;
g) Definição de medidas mitigadoras;
h) Programa de acompanhamento e monitoramento dos Impactos ambientais;
i) Habilitação e composição de equipe técnica;
j) Elementos de referência.
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3. ANÁLISE DOS EIA/RIMA PRODUZIDOS EM 2003 E 2005 PARA O
NOROESTE
7
Tabela 1: Interação entre potencial e susceptibilidade – impactos ambientais;
NÍVEIS DE INTENSIDADE
IV III II I
I 4 4 4 4 4
II RISCO
4 3 3 2 3
NÍVEIS DE
II 3 3 2 1 2
SENSIBILIDA
DE
I 1 1 1 1 1
11
Outra fragilidade do método incide no fato de ser preditivo, o que limita
o mesmo a estabelecer um grau de risco a partir das variáveis selecionadas, sem a
preocupação de correlacionar as possíveis respostas para redução ou eliminação do
risco. (Ribas, 2003)
A principal vantagem deste método está na capacidade de representar a
distribuição espacial dos impactos, expressando de modo mais direto e compreensível o
resultado da interação de sensibilidade e intensidade na área em estudo.
Diante do exposto, acredita-se que seja um método que possa ser
adequado ao caso do Setor Noroeste, caso típico de parcelamento do solo. Não há
restrição na utilização do método, no entanto, é importante observar as fragilidades do
mesmo.
Deve-se fazer um levantamento dos dados cartográficos existentes da
área, para depois definir a intensidade de danos potenciais causados pelo uso e a
sensibilidade dos fatores naturais que serão utilizados a elaboração da matriz. Em
tempos atuais o volume de informações cartográficas é grande e é possível obter vários
mapas sobre solo, relevo, declividade, vegetação, dentro outros para análise do trabalho.
Reforçando o exposto anteriormente, é importante trabalhar com dados
existentes e tentar criar parâmetros de sensibilidade e intensidade que retratem a
realidade do setor Noroeste. Com relação aos dados socioeconômicos, a alternativa seria
agregar outro método ao do risco ecológico, já que o mesmo não identifica esses
parâmetros e não caracteriza os riscos nas diversas fases: projeto, implantação e
ocupação.
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Tabela 2: Síntese e comparação dos métodos de AIA
DOCUMENTO
TIPO DE BREVE
ONDE É APLICAÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS
MÉTODO DESCRIÇÃO
UTILIZADO
- Não identificam
Listagens de
impactos indiretos.
controle
- Não consideram
bidimensionais
características
dispondo nas
Boa disposição espaciais dos impactos
linhas os fatores
visual do - Subjetividade na
ambientais e nas Identificação dos
conjunto de atribuição de
Matrizes de EIA/RIMA de colunas as ações impactos
impactos diretos. magnitude, usando
Interação 1997, 2003 e 2005 do projeto; cada ambientais
Simplicidade de valores simbólicos
célula de diretos
elaboração. para expressá-la
interseção
Baixo custo. - Não atendem às
representa a
demais etapas do EIA
relação de causae
- Não consideram a
efeito generadora
dinâmica dos sistemas
do impacto
ambientais
- Subjetividade dos
resultados
- Não quantifica a
Preparação de
magnitude dos
cartas temáticas
Projetos lineares impactos
em transparência;
- escolha de - Não admite fatores
síntese das
alternativas de Boa disposição ambientais não
Superposição EIA/RIMA de interações dos
menor impacto visual dados mapeáveis; difícil
de cartas 2003 fatores ambientais
mapeáveis integração de impactos
por superposição
Diagnósticos sócio-econômicos
das cartas ou
ambientais - Não atende ás
processamento no
demais etapas do EIA
computador
- Não considera a
dinâmica dos sistemas
ambientais
- categorização
dos impactos
- define
informações - subjetividade
estratégicas para
- não caracteriza os
tomada de
Relação de causa e riscos nas diversas
decisões
efeito dos usos e fases do projeto
Identificação dos
impactos e
Análise do risco impactos - da uma visão
Presente Estudo modificações - não considera dados
ecológico ambientais mais abrangente
qualitativas e socioeconômicos
diretos do parcelamento
quantitativas ao
do solo - impossibilidade de
meio natural
medir efeitos
- possibilita
negativos ao longo do
associar
tempo
impactos
negativos e
potencialidade
de uso
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4.3. Delimitação das áreas de influência
O EIA/RIMA de 2005 utilizou como critérios para delimitar a área de
influencia do projeto urbano da SHCNW os seguintes pontos:
1. Por força de lei, nomeadamente da resolução CONAMA nº001/86, o critério
primeiro estabelecido para delimitar a área de influencia do projeto baseou-se na
área da bacia hidrográfica;
2. Os outros critérios utilizados foram os físico-ambientais (dados geotécnicos,
feições do relevo, erodibilidade e colapsividade, vegetação); socioeconômicos;
os de caráter político-administrativo-institucionais; e o de distâncias fixas pré-
estabelecidas, fazendo com que o empreendimento ficasse no centro de uma área
delimitada -; e o de unidades ambientais;
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4.4. Impactos ambientais constatados em campo
Foram realizadas duas visitas ao local para observação e verificação de
ocorrência dos impactos ambientais identificados no EIA/RIMA do Noroeste na fase de
implantação do projeto. Os impactos foram registrados e computados na tabela 3:
Tabela 3: Síntese dos impactos ambientais e a ocorrência.
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Impacto ambiental positivo e negativo Ver. Considerações
Disponibilidade de Recursos Minerais X O solo e cascalho extraídos nas escavações dos edifícios são
aproveitados para terraplanagem e produção de areia reciclada.
Estabilidade dos Solos X Observa-se uma grande movimentação nos solos, pois a maioria
dos projetos dos empreendimentos possui garagens para o
subsolo. Sendo assim, a retirada de solo é grande (figura 4 e 5).
Cobertura Vegetal X Observa-se a retirada da cobertura vegetal nas áreas onde serão
construídos os edifícios e os equipamentos (figura 6). Como
consequência, observa-se a presença de erosão em alguns pontos
(figura 7).
Eutrofização do Lago
Integridade de Habitats X Com a retirada da cobertura vegetal e a movimentação dos solos,
existe o comprometimento de habitats. Entretanto, foi destinada
uma área para o Parque Burle Marx, o que ameniza esse impacto.
Percepção de Impactos Ambientais X A população de Brasília percebe o empreendimento como um
impacto ambiental grande e como uma das últimas áreas de
“respiro” para o Parque Nacional de Brasília, visto que as áreas
do entorno do parque já estão ocupadas.
Equilíbrio Demográfico
Harmonia Paisagística X Observa-se que a harmonia paisagística foi respeitada pelo
projeto, uma vez que o mesmo valoriza as áreas verdes do
entorno do Setor habitacional do Noroeste.
Estado de Conservação das Áreas X Apesar da área reservada para o Parque Burle Marx, a empresa
Protegidas TC/BR, que é responsável pelo acompanhamento dos impactos
causados pela obra, constatou a deposição irregular de resíduos
na área que deveria ser preservada.
Qualidade da Água
Capacidade de Autodepuração Corpos
d'água
Qualidade do Solo
Uso da Água
Qualidade do Ar X Existe uma grande quantidade de material particulado
proveniente da movimentação dos solos. Situação agravada pelo
período de seca (figuras 8 e 9).
Ruídos e Vibrações de Fundo X Observa-se uma grande quantidade de caminhões e maquinários
usados nas construções causadores de ruídos e vibrações (figura
10).
Patrimônio Histórico-Cultural X Observa-se que o traçado urbanístico considera o tombamento
histórico de Brasília. Entretanto, foram regulamentadas
adequações que eram consideradas práticas irregulares nas áreas
já edificadas do Plano Piloto, tais como prédios de uso misto nas
comerciais.
Equilíbrio no Mercado de Trabalho X Observa-se geração de empregos tanto diretos quanto indiretos.
Nos empregos diretos pode-se citar os empregados dos
construtores dos empreendimentos e, quanto a empregos
indiretos, destacam-se os caçambeiros, os catadores de resíduos
sólidos da construção, etc.
Perfil Econômico/Renda Regional
Equilíbrio Urbano Funcional X As obras previstas visam o equilíbrio urbano-funcional,
entretanto vale ressaltar o aumento do tráfego que pode gerar
congestionamentos.
Disponibilidade x Demanda de Observa-se a previsão de equipamento público e obras de
infraestruturas saneamento visando a fase de operação do Setor Habitacional do
Noroeste.
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Figura 4: Movimentação de solos com as escavações para os empreendimentos.
a)
b)
Figura 6: a) Movimentação de solos com as escavações para os empreendimentos – b) Erosão em
conseqüência da retirada de cobertura vegetal e solo exposto.
16
Figura 7: Material particulado.
a) b)
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5.2. Árvore de Sensibilidade
A) Vegetação
Um dos aspectos mais evidenciados como fator de risco ambiental no
levantamento da área do Noroeste foi à retirada de cobertura vegetal para implantação
do parcelamento. A retirada de cobertura vegetal pode ocasionar dois tipos de
problemas: deixar o solo exposto a intempéries que pode ocasionar erosões dependendo
do tipo de solo e declividade do terreno; ou quando se trata da retirada da vegetação
para impermeabilização do solo pode-se provocar alterações fundamentais na
distribuição das águas pluviais.
Com isso, foram identificadas três situações sensibilidades para o atributo:
B) Solo
A sensibilidade do solo está relacionada aos seus aspectos físicos e químicos,
como por exemplo: plasticidade, resistência, composição granulométrica,
permeabilidade, dentre outros. Considerando estes fatores, podem-se observar duas
classes de solo predominantes no Noroeste:
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Sensibilidade nível 1: Latossolo
Apresenta boa drenagem, a estrutura granulométrica é composta de agregados
com formato arredondado e espessuras muito pequenas criando assim macroporos que
propiciam permeabilidade da água, mesmo com teores altos de argila. Quando
compactado aumenta sua resistência de suporte, por isso é um tipo de solo mais propício
a urbanização. Em função desses fatores foi classificado como o solo menos sensível.
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D) Montagem da Árvore de Sensibilidade
Com a agregação desses indicadores foi formulada a árvore de sensibilidade do
Noroeste (figura 9):
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Vale ressaltar ainda que a drenagem natural foi suprimida dos riscos IV e III,
pois as características da vegetação e solo já definiram o nível de sensibilidade e, por
isso, a drenagem tornava-se irrelevante para a montagem do diagrama.
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(EPIA) também foi inclusa neste nível de intensidade de uso, considerando os impactos
provocados pela intensidade e modalidade de trafego da via.
B) Permeabilidade do Solo
Para este atributo foram analisadas as projeções das edificações e áreas
pavimentadas, de forma a determinar a relação de predominância entre as áreas mais
permeáveis (gramados, vegetação, etc.) e menos permeáveis (edificações, calçadas, via
pavimentadas e estacionamentos).
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Os níveis de intensidade de uso variam de I a IV, indicando que quanto maior a
gradação de valores maior também será a pressão pelas atividades e intensidades do uso
nas áreas.
Pela leitura do diagrama percebe-se que a situação de menor intensidade de uso
encontra-se em áreas de protegidas ou em áreas de lazer com permeabilidade alta. A
intensidade nível II engloba áreas de lazer com permeabilidade baixa ou áreas
residenciais de alta permeabilidade. A intensidade de uso nível III engloba áreas de uso
predominantemente residencial ou institucional com permeabilidade baixa ou áreas
comerciais/serviço/vias arteriais de alta permeabilidade. A situação de maior
intensidade de uso são os locais de uso predominantemente comercial/de serviço/de vias
arteriais.
RISCO
risco elevado
II Necessário controle,
risco médio
I Necessário acompanhamento,
a)
pequeno risco
b)
Vale ressaltar ainda que esses mapas foram produzidos a partir dos mapas
cartográficos do GDF e o Sistema Cartográfico e Cadastral (SICAD), utilizando-se
como unidade de análise quadrículas correspondentes a 200 metros de lado. Essas
quadrículas foram numeradas e classificadas de acordo com as características
predominantes ou de maior sensibilidade/intensidade de uso quanto aos atributos
estratégicos escolhidos. Por exemplo, se a quadrícula 20 fosse 60% latossolo e 40%
neossolo, toda a quadrícula seria caracterizada como neossolo, pois esse solo possui
características de maior risco que o latossolo.
5.5.1 Sensibilidade
Conforme o mapa (ANEXO I), a maior sensibilidade concentra-se na região do
Parque Nacional de Brasília, pois o mesmo concentra uma área de mata nos pontos em
vermelho; na área que margeia o Córrego Bananal por ser composta de mata ciliar; e
duas áreas centrais composta por cerrado/campo e neossolo.
Sendo assim, observa-se que a região estudada demandará poucos trechos com
alta intensidade de uso, principalmente pelas características do empreendimento: área
com densidade demográfica controlada, com equipamento de saneamento instalado, etc.
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De forma geral, a espacialização da matriz de risco ecológico demonstra a
viabilidade da implantação do empreendimento, mas é necessário a elaboração de um
plano de controle para a região com medidas e fiscalização das ações no local.
Pode-se também reutilizar a água coletada da chuva para outros fins como, por
exemplo, irrigação dos jardins, favorecendo a umidade e preservação dos espaços
públicos, além de propiciar uma utilização ambientalmente sustentável para água
pluvial.
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c) Controle de impermeabilização do solo
Como regra geral o desenho das vias deve cortar as curvas de nível e possuir
declividade suficiente para escoar as águas da chuva. Se possível estabelecer um traçado
que favoreça poucas alterações no terreno, tornando a implantação do parcelamento
mais econômica (obras de terraplenagem menores).
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ii. Recuperação das áreas degradadas pela retirada de material
mineral (cascalho e areia);
6. CONCLUSÃO
Através do método do risco ecológico, foi possível espacializar os impactos que,
para o grupo que desenvolveu este trabalho eram mais significativos. Os resultados
obtidos demonstram que a área é passível de ser urbanizada, no entanto, é importante
estabelecer algumas medidas de controle, que podem minimizar os impactos deste tipo
de empreendimento.
28
do trabalho, pode-se utilizar quadrículas menores, refinando a análise. Pode ainda
elaborar diferentes mapas de intensidade de uso a partir de diferentes propostas de
projeto para a área.
7. BIBLIOGRAFIA
FARIA, Sueli Corrêa. Guia de Elaboração e Revisão do Plano Diretor Municipal
com Base em análise do Risco Ecológico. Ministério do Meio Ambiente. 2009.
RIBAS, Otto. Notas de aula: métodos para avaliação de impactos ambientais. 2003,
pgs. 91-107.
29
ANEXOS
30
ANEXO I – Mapa de Sensibilidade
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32
ANEXO II – Mapa de Intensidade de Uso
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34
ANEXO I – Mapa Síntese de Risco Ecológico
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