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PERFILAGEM

A perfilagem é uma atividade que envolve o registro contínuo ou discreto de


parâmetros físicos (resistivos, acústicos e radioativos) e químcos. É uma atividade que
demanda menos de 5% de todo custo da atividade de exploração e com o tanto de
informação que produz, é vista como a principal atividade da geologia de reservatórios.
Junto com o teste de formação, são os pilares básicos da avaliação de formações.

A perfilagem além de determinar características de formações geológica, registra


também as dos fluidos contida nela, além de condições mecânicas do poço através de
sensores apropriados que mandam respostas para a superfície por cabos elétricos ou
através do LWD (loggong while drilling), da perfilagem durante a perfuração.

É importante fazer a perfilagem porque ela pode ajudar a definir características


físicas das rochas como litologia, porosidade, geometria do poro e permeabilidade. Além
ser a atividade usada para identificar zonas produtoras, qual a profundidade e espessuras
destas distinguir água, óleo e gás e estimar reserva de hidrocarbonetos.

A maior limitação da perfilagem é a pequena extensão do seu raio lateral, de modo


que só a vizinhança do poço seja analisada.
Na perfilagem se tem 2 objetivos:

 Os de curto prazo que são aqueles que podem ser obtidos imediatamente após
a descida de perfil. São importantes para tomada de decisões sobre completar
ou abandonar o poço. As informações obtidas a curto prazo são profundidade
e espessura dos reservatórios, além de porosidade e saturação de fluidos;
 Os de longo prazo: que são aquelas informações que demandam um tempo
para obter seus resultados. Podem ser, por exemplo, estimativa de reserva,
mapeamento do reservatório e modelagem geológica.
Em relação ao estado do poço, a perfilagem pode ser feita:

 Poço aberto, ou seja, o poço sem revestimento. É a mais frequente na avaliação


de formação. E pode influenciar na tomada de decisões se vai ou não revestir
o poço.
 Poço aberto, ou seja, em poços que já estejam em produção, para verificar as
mudança de propriedades da formação, como a saturação. Nem todos os perfis
podem ser corridos a poço revestido.
Quanto ao momento da perfilagem, podem ser:

 Durante a perfuração (LWD – logging while drilling), é feita somente em


situações especiais como em poços horizontais e pioneiros offshore,
quando é necessário informações em tempo real. Possui alto custo.
 Após a perfuração, sendo ela menos custosa e mais frequente em avaliação
de formação.
A atividade é feita por uma companhia de perfilagem terceirizada, pois se torna
inviável a equipe de perfuração se responsabilizar por essa parte. A operação é realizada
por um guincheiro, operador e um geólogo de contraste que é o observador fiscal.

No final da perfilagem, emite-se um relatório com as informações. Aqueles


resultados imediatos, ou seja, a curto prazo é dado a empresa, e dias depois, a companhia
emite uma mídia com informações de longo prazo. A companhia de petróleo fica
responsável por armazenar as informações rem um banco de dados e processa-las em um
programa de interpretação.
RESOLUÇÃO DOS PERFIS

Na resolução de perfis, temos que um perfil tem resolução limitada que depende
do tipo de ferramenta e de perfil. A maioria de perfis tem resolução de um metro (baixa
resolução), ou seja, a cada metro jogam e recebe um sinal. Camadas com espessura menor
que 1m, não são detectadas.

Existe também os perfis com resolução centimétrica (alta resolução) , que


analisam os intervalos de centímetros a centímetros, detectam camadas delgadas e
estruturas com fraturas e estratificações.
PERFILAGEM A POÇO ABERTO
O perfil de um poço é a imagem visual em relação profundidade de uma ou mais
características ou propriedades de rochas perfuradas. Os perfis são obtidos a parti do
deslocamento continuo de sensores que mandam e recebem sinais. Independente de qual
sensor e de seu processo físico de medição, ele será chamado de elétrico.

Em um poço, é necessário a utilização de um fluido de perfuração com pressão


ligeiramente maior que a pressão do reservatório para que ele não invada o poço, partindo
disso, sabe-se que o a parte sólida desse fluido faz uma camada de reboco na parede do
poço e a parte líquida, o filtrado, invade o reservatório. É necessário saber que a leitura
correta da perfilagem na formação geológica só é feita a partir de uma zona que não seja
influenciada pela ação do filtrado. Temos na formação geológica três partes, a zona lavada
que possui somente o filtrado, a zona de transição que possui além do filtrado, fluidos da
formação que pode ser água conata ou hidrocarbonetos e a zona virgem que possui
influencia apenas influência dos fluidos do reservatório.
PERFIL CALIPER

Um poço possui o diâmetro da broca, porém quando se perfura pode acontecer


alguns problemas nas paredes como o inchamento de argilas de folhelhos ou formação de
rebocos em arenitos, diminuindo o diâmetro e pode desabamentos de folhelhos, fraturas
ou dissolução de sal pelo fluido de perfuração, que podem acabar aumentando o diâmetro
do poço. O perfil caliper nada mais é que um perfil que fiscalizar se o diâmetro do posso
está uniforme.
Se houver desvios dos diâmetros, podem ocorrer consequências indesejadas
como: ameaça de prisão de ferramentas, má cimentação e perda de confiabilidade de
leituras de alguns tipos de perfis.

O perfil caliper é sempre corrido em todos os poços ao final da perfuração. Ele


geralmente está acoplado a outras ferramentas de perfilagem.
A RESISTIVIDADE

É a propriedade que tem capacidade de impedir a corrente elétrica em uma


substância. É o inverso de condutividade. A unidade de resistividade é ohm.m.

O hidrocarboneto possui propriedades isolantes, ou seja, a uma rocha contendo


hidrocarboneto aumenta. Diferente do sal, que quando se dissocia gera eletrólito que
possui uma boa condutividade, como a água conata. Com aumento de sal, maior a
condutividade. Quando a resistividade é baixa, podemos dizer que ali não tem
hidrocarbonetos.

Quando atinge o limite de solubilidade, começa a criar precipitado. Se adiciono


solido, baixa porosidade, baixando também a condutividade e a resistividade aumenta, o
sólido é uma barreira contra condutividade. A temperatura em geral, aumenta a
condutividade, diminuindo a resistividade. Resistividade alta pode ser por sólido ou por
hidrocarbonetos.

Temos que:

 Argilosidade: Um litologia que não é típica de um reservatório de petróleo


 Porosidade: se for baixa, indica que eu tenho uma rocha maciça e não
tenho hidrocarboneto; se for alta indica presença de hidrocarboneto.
 Resistividade: pode indicar rocha maciça ou hidrocarboneto
 Densidade: indica presença de massa (sólido)
 Velocidade: quanto maior velocidade, maior meio de propagação (sólido)

TESTE DE FORMAÇÃO

O teste de formação é uma produção temporária que consiste em colocar o poço


para funcionar, visando e controlando vazão e pressão, em formações produtoras de
gás/óleo, permeabilidade, o dano e volume do reservatório. O teste de produção engloba
teste de pressão e de produção (vazão). Determinando capacidade e propriedade do
reservatório em fluxo. Consiste em medir a pressão em decorrer da variação de vazão.
No teste de formação se tem o primeiro contato com óleo do reservatório; mede a
vazão do poço em fluxo afim de irikundicar sua produtividade; e medidas de pressão que
serve para calcular propriedades do reservatório. Ver se a pressão se recupera no poço.

Consta da colocação do intervalo (reservatório), em contato com a pressão


atmosférica, através da tubulação do poço.

O teste de formação pode ser feito a poço aberto ou após a perfuração (sem
revestimento). Devido a falta de segurança, não é muito utilizado hoje em dia. E tem
também o teste com o poço revestido, tendo que canhonear o intervalo de interesse.
Canhonear para ter produção de óleo.

O teste a cabo vai utilizar uma ferramenta semelhante a da perfilagem, porém é


um miniteste, em uma região pequena, provavelmente ao passar o perfil de alta resolução,
encontrou uma zona de interesse e pouco espessa e faz o teste só naquela região pra saber
se é produtora ou não.
O TESTE DE QUEDA DE PRESSÃO
Quando o ensaio é feito em poço revestido a ferramenta desce e como ela estava
em contato com a pressão atmosférica, os equipamentos detectaram um aumento devido
ao contato com o fluido de perfuração que preenche todo o reservatório e possui uma
pressão superior (hidrostática). Após a saída de todo fluido de perfuração, ele é fechado
a fim de medir a pressão do reservatório e depois o abre a uma vazão constante, onde o
interesse é medir a queda da pressão, produzida dela descompressão dos fluidos dos
reservatórios das proximidades do poço. Este é um teste útil para fluxos de longa duração
permitindo conhecer os limites do reservatório, obtendo uma estimativa do volume do
mesmo. Tem a dificuldade operacional de manter a vazão constante. Quando colocasse o
poço para produzir, a pressão cai ao decorrer do aumento da vazão.

Depois que o poço é colocado em fluxo com vazão constante, ele é fechado afim
de ver sua capacidade de recuperação de pressão, verificar se sua pressão volta a pressão
média após um tempo de fechamento. Tem a vantagem de a vazão ser constante (zero)
durante o registro da pressão do reservatório. Como desvantagem, requer que o poço seja
fechado por um período relativamente longo, perdendo produção.
SEQUÊNCIA DO TESTE DE FORMAÇÃO

 Descida de ferramenta e assentamento dos packers


 Canhoneio (se posso for revestido)
 Abertura do teste
 1°fluxo
 1° estática
 2° fluxo
 2° estática
 Circulação reversa (tirar os hidrocarbonetos da ferramenta)
 Retirada da ferramenta
Em alguns casos só é realizado um fluxo e uma estática. Em outros, podem ser de
três ou mais fluxos, depende do objetivo do teste.

Quando a ferramenta está sendo descida, os registradores registram a pressão


hidrostática, que é produzida pela coluna de fluido de perfuração ou completação.
COMO É UM TESTE DE POÇO TÍPICO

a) A medição de pressão registrada é da pressão hidrostática do fluido de perfuração


ou fluido de complertação. A transição da pressão atmosférica para a pressão
hidrostática (pressão hidrostática inicial);
b) O fluido da formação geológica entra pelo tubo perfurado e invade a região até o
packer, quando abre o poço a pressão cai (pressão de fluxo inicial);
c) Depois desse período de fluxo, fecha a válvula, e a pressão tende a subir, pois o
poço está buscando o equilíbrio (pressão de fechamento);

Eu não posso dizer que o poço depletou pelo fator da pressão hidrostática ter sido
menor que a pressão de fechamento, pois a pressão hidrostática está relacionada apenas
com o fluido de perfuração e não o fluido da formação.

Após o isolamento do intervalo a ser testado (feito pelos obturadores), a válvula é


aberta, permitindo a produção do poço para o interior da coluna. A coluna de fluido
produzido (óleo, água ou gás) é medida pelos registradores, e é denominada pressão de
fluxo.

Se a produtividade for boa, pode haver surgência já no primeiro fluxo. Se houver


produção de gás, é observada uma chama no queimador. Pela altura da chama é possível
estimar de forma qualitativa a vazão de gás. Pela coloração da chama é possível estimar
se o gás é associado (chama alaranjada) ou não associado (chama azulada). Quando não
há nenhum gás, provavelmente se trata de producão de água ou o reservatório é fechado.

d) O segundo fluxo, desce a pressão (pressão de fluxo)


e) Recuperação da pressão (segunda estática)

C e E devem estar no mesmo patamar de pressão para ser um bom candidato a


reservatório.

Após o período de segunda estática a válvula de circulação reversa é aberta afim de


retirar os hidrocarbonetos, evitam uma acidentes na retirada da tubulação. Na circulação
reversa, o fluido do anular entra na coluna e substitui o fluido da formação que preencheu
a coluna durante o teste.
TESTE DE PRESSÃO NOS DÁ

 Amostra dos fluidos produzidos pelo reservatório


 Medidas de vazão do poço em fluxo
 Medidas de pressão
Tem finalidade de:
 Identificar os fluidos contidos na formação
 Verificar a recuperação de pressão ao longo do tempo com o poço fechado
 Verificar a existência de depleção (queda de pressão do reservatório)

Quando o reservatório está em equilíbrio (fechado), a pressão é a mesma ao longo


de todo reservatório, chamada de pressão estática original. Quando se coloca o
reservatório para produzir, quando tem um pequeno volume de produção nas zonas mais
imediatas, zonas mais perto do poço. Nesse caso, as zonas afastadas do poço permanecem
com pressão igual a original. Já quando tem uma produção continuada, há queda de
pressão em regiões afastadas do poço, grande volume de fluido produzido.
TESTES DE PRESSÃO DO POÇOS

 Período de fluxo
 Pressão média
 Período de estática
 Depleção
VARIAÇÃO DE PRESSÃO

 Características do reservatório
 Propriedades do fluido
 Histórico de produção, perfil vazão x tempo
OS TESTES DE PRESSÃO SÃO DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA
PARA AVALIAÇÃO DE UM RESERVATÓRIO, SEJA PARA ANALISAR A
QUALIDADE DE UM FLUIDO OU ESTIMARR A PRODUTIVIDADE DO POÇO

TIPOS DE TESTES DE PRESSÃO


Teste de formação a poço aberto (TF)

 Teste de pequena duração (prisão da coluna)


 Capacidade de fluxos, identificação dos fluidos.
Teste de formação a poço revestido (TFR)

 Bom isolamento do intervalo de interesse


 Seguro e menos falhas mecânicas
Teste de produção (TP)

 Não utilização da válvula de fundo (abertura e fechamento feitos por


equipamentos na superfície).
 Elevados tempos de estática.
O teste de produção é a produção temporária de um poço, com o objetivo de conhecer o
fluido, vazão, a pressão, permeabilidade, o dano e o volume do reservatório. Basicamente,
consta da colocação do intervalo (reservatório), em contato com a pressão atmosférica,
através da tubulação do poço.

Teste conclusivo -> teste realizado sem problemas com obtenção de informações
conforme o planejado.

• Teste parcialmente conclusivo -> resultados parciais. Exemplo: conseguiu medir vazões
mas não as pressões.

• Teste falho -> teste mal sucedido por problemas operacionais: não assentamento dos
packers, entupimento, não abertura de válvulas etc. Deve ser repetido.

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