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EFLUENTES LÍQUIDOS
1.5. Sólidos
𝑆𝑆𝑉
𝑆𝑆𝑇 {
𝑆𝑇 { 𝑆𝑆𝐹 Voláteis: orgânico; Fixos: inorgânico
𝑆𝐷𝑉
𝑆𝐷𝑇 {
𝑆𝐷𝐹
ST = STV + STF
ST = SST + SDT
STV = SSV + SDV
STF = SSF + SDF
1.6. Toxicidade
Verifica o efeito biológico que o poluente causa aos organismos.
Os efeitos tóxicos causados nos organismos-teste podem ser observados através
de parâmetros como: morte, falta de locomoção, diminuição da emissão de luz,
diminuição da capacidade reprodutiva, etc.
Toxicidade aguda: inibição em 50 % (DL50, CL50, CE50, CENO) os organismos
testados.
Toxicidade crônica: efeitos subletais, mas toxicidade cumulativas.
1.7. Obs
Todos as avaliações acima são INDICADORES GLOBAIS DE POLUIÇÃO.
É possível fazer outras avaliações no efluente, como aferição do pH, turbidez,
temperatura, quantidade de sulfetos, etc.
3. Legislação
Os resultados das amostras são comparados com a legislação
Níveis: federal, estadual e municipal. Há hierarquia.
4.1.1. Gradeamento
Garras dispostas em paralelo (forma de “garfo”) que retêm sólidos grosseiros
(> 10 mm).
São classificadas entre grossas (a = 5 – 15 cm), médias (a = 2 – 5 cm) e finas
(a < 1 cm) e possuem inclinações de 70 – 90º.
Nas estações de grande porte, as grades devem possuir mecanismo
automatizado para remoção de material retido. O material retido é removido
quando a seção atinge cerca de 50% de obstrução.
Dimensionamento na apostila.
4.1.2. Peneiramento
Peneiras revestidas com uma tela fina que retêm sólidos grosseiros (> 1 mm)
que parraram pelo gradeamento. Telas são com malhas de barra triangular.
Algumas caixas de areia têm ar difuso injetado. O ar faz com que a água
tome um movimento helicoidal e permite a sedimentação das partículas,
além de evitar a exalação de maus odores.
Dimensionamento na apostila.
4.2.1. Sedimentação
Remove o particulado sedimentável que se encontra no efluente (remoção
de 70 – 80%).
Remoção de DBO associada ao material particulado é de 30 – 40%. Valores
inferiores a essa faixa indicam má operação.
Para soluções diluídas, prevalece a sedimentação tipo 1 (discreta), ao se
concentrar mais as soluções, prevalece a tipo 2 (floculenta) e se estiver ainda
mais concentrada, prevalece a tipo 3 (zonal), a tipo 4 (compressão) ocorre
quando a suspensão se encontra tão concentrada que a “sedimentação” se dá
pelo peso de uma partícula sobre a outra.
Seção Retangular: 3 – 27 m de largura; 10 – 100 m de comprimento; 3 – 3,5
m de profundidade. Empregam-se TRH de 1,5 – 3 h, pois tempos maiores
levam à anaerobiose e liberação de mais odores, enquanto menores reduzem
a eficiência. A alimentação é feita pela lateral, são preferenciais para
decantadores primários e tem melhor assimilação de variação de vazão.
Seção Circular: 3 – 6 m de diâmetro; 2,5 – 4,0 m de profundidade; TRH =
2,5 – 3 h. Tem menor eficiência de remoção de DBO que os retangulares no
primário, mas é melhor no secundário (por que, neste momento, se tem
menor variação de vazão). A alimentação é feita pelo centro e a
implementação é mais barata.
Os removedores de lodo e a estrutura de concreto armado são os principais
componentes do custo.
Existem canaletas no trecho final do decantador que reduz a velocidade do
efluente na saída e evita a ressuspensão.
A remoção mecânica pode ser evitada e existem outras alternativas, mas com
muitas limitações.
Dimensionamento na apostila. Parâmetros importantes: taxa de escoamento
sup.; TRH; % remoção.
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4.2.2. Coagulação/Floculação
Remover material coloidal e partículas muito finas que sedimentam muito
lentamente, com 0,1 – 0,01 m de diâmetro.
Os coloides têm propriedades elétricas que criam uma força de repulsão e
impede a aglomeração e sedimentação das partículas.
A coagulação é a desestabilização de coloides e a floculação é a agregação e
neutralização de coloides, mas geralmente esses processos ocorrem
simultaneamente.
A adição de agentes coagulantes é muito utilizada e também remove de
maneira eficaz, mas tem o custo extra dos produtos químicos e gera um
maior volume de lodo.
A dosagem do agente coagulante e pH são determinados no ensaio de Jar
Test.
4.2.3. Flotação
Remoção de partículas em suspensão e/ou flutuantes. Deve ser aplicada
principalmente para efluentes com altos teores de óleos e graxas e/ou
detergentes.
Flotação Espontânea: baseada na diferença de densidade entre a fase dispersa
e a contínua, quando a da fase dispersa é menor que a contínua a flotação
ocorre naturalmente (ex.: água e óleo).
Flotação por Ar Induzido (FAI): baseada na facilidade com que partículas
liquidas ou sólidas se agregam a bolhas de gás, formando um sistema
partícula-bolha de menor densidade que a fase contínua.
Flotação por Ar Dissolvido (FAD): é o mesmo princípio da FAI, mas o
sistema partícula-bolha é criado ao saturar a solução com oxigênio com o
aumento da pressão, quando a pressão é diminuída microbolhas se
desprendem da solução e capturam as partículas.
O processo de floculação normalmente é posterior a coagulação/floculação.
Também pode ser conduzido em vácuo.
Os fatores considerados nos projetos de flotadores são concentração do
material particulado, quantidade de ar usado, velocidade de ascensão da
partícula, taxa de alimentação de sólidos.
4.4.2. Filtração
Para remover sólidos em suspensão e bactérias que não foram removidos no
decantador secundário.
Filtros de areia, areia e antracito, além de filtros rotativos são os mais
utilizados.
O uso de coagulantes e sedimentação, seguido de filtração, pode levar o nível
de sólidos suspensos a valores extremamente reduzidos.
Lagoas Aeradas Aeróbias são as que podem introduzir O2 dissolvido por toda a
lagoa. Operam com TRH < 5 dias, elevado nível de aeração, apresentam maior
eficiência e requerem menor área.
Lagoas Aeradas Facultativas têm O2 dissolvido necessário para o processo, mas
não o suficiente para evitar a sedimentação de boa parte dos sólidos em
suspensão. Os sólidos que sedimentam nas áreas de menor turbulência sofrem
decomposição anaeróbia no fundo das lagoas. TRH = 5 – 12 dias e para
compensar eficiência, precisa ter maior área ocupada.
RESÍDUOS SÓLIDOS
É importante perceber que existe uma diferença básica entre resíduos e rejeitos.
Resíduos são as sobras, os restos, que ainda podem sofrer processos de tratamento e
recuperação para sua reutilização. Já rejeitos são os resíduos sólidos que já sofreram
processos de tratamento e, ainda assim, não apresentam outra alternativa a não ser a
disposição final em aterro sanitário.
Os resíduos podem ser classificados de acordo com a sua origem e eles posem ser:
domiciliar; comercial; público; de saneamento; de serviços de transporte; de cemitérios;
especiais; de construção civil; industrial; de serviços de saúde; agrossilvopastoris; de
mineração.
Os resíduos podem, ainda, ser classificados de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas. As características físicas podem ser: geração per capta;
peso específico aparente; teor de umidade; compressividade. As químicas podem ser:
poder calorífico; pH; composição química; relação C/N. E as biológicas são: população
microbiana; agentes patogênicos.
De modo geral, os resíduos sólidos podem ser classificados quanto a sua origem,
quanto a periculosidade (perigosos e não perigosos), quanto a sua natureza física (seco e
úmido), quanto a sua composição química (orgânicos e inorgânicos).
De acordo com a periculosidade (ABNT 10.004), existe a Classe I – Perigosos:
são os resíduos inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e patogênicos; e ainda a Classe
II – Não Perigosos: podem ser os Não Inertes A (biodegradáveis, biocombustíveis e
solúveis em água) ou os Inertes B (com solubilidade menor que a potabilidade da água).
Os impactos ambientais provocados pela má disposição dos resíduos sólidos são
as poluições do solo, das águas e do ar, além da proliferação de vetores e inundações.
Solo: má disposição, depósito, acumulação e injeção no solo ou subsolo de substâncias
ou produtos poluentes. Água: acúmulo de lixo as margens e cursos d’água, contaminação
da água subterrânea com chorume morte de animais aquáticos. Ar: produção de gases
prejudiciais como CH4 e H2S, além da queima inadequada que gera CO2, CO, entre
outros. Vetores: Moscas, baratas, ratos, porcos, cachorros, urubus, bactérias, fungos,
vírus. Inundações: lixo descartado inadequadamente que entope bueiros e impede a
correnteza dos rios.
Entende-se que o Gerenciamento de Resíduos é o componente operacional da
gestão de resíduos sólidos. Fazem parte do Gerenciamento de Resíduos a prevenção,
redução, segregação, reutilização, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento,
recuperação de energia e destinação final.
Atualmente, os desafios associados ao gerenciamento estão relacionados ao
aumento no volume de resíduos, o manejo dos diferentes tipos/classes de resíduos
gerados, resíduos jogados/deixados nas vias públicas, restrições de trânsito e circulação
de caminhões, destinação final.
Após a identificação da fonte de geração, devem ser tomadas medidas para se ter
um gerenciamento de resíduos adequado e a estratégia deste deve ser compatível com a
preservação do meio ambiente, se baseando em: minimização da produção de resíduos,
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EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
• AULA 1:
o Principais poluentes:
▪ CO: Combustão incompleta (gás de efeito estufa - GEE)
▪ CO2: Combustão completa e respiração aeróbia, é um GEE e está
relacionado com o aumento de temperatura.
▪ SO2: Combustão de produtos que contenham enxofre e pode vir de
vulcões ou processos biogênicos naturais. Reage com a umidade
do ar e ocasiona a chuva ácida.
SO2 + O2 → 2SO3; SO3 + H2O → H2SO4(g)
▪ NOx: Produzidos quando combustível é queimado em altas
temperaturas. Esse grupo de gases é altamente reativo.
▪ COV: decomposição anaeróbia, veículos, refinarias, etc. (alcanos,
alcenos, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos).
▪ O3 (troposférico): É um poluente secundário. Formado a partir da
reação fotoquímica entre NOx, hidrocarbonetos e outros
compostos em luz solar. É o maior constituinte do smog.
▪ Material Particulado: poeira, neblina, fumaça, fuligem.
o Fontes:
▪ Biogênicas: solo, vulcões, fontes termais, atividade biogênica,
decomposição da matéria orgânica.
▪ Antropogênicas: indústria, transporte, geração de energia.
o Padrões:
▪ 1º: tolerado na atmosfera
▪ 2º: desejável a longo prazo
• AULA 2/3:
CHUVA ÁCIDA
EFEITO ESTUFA
BURACO NA
CAMADA DE O3
esse processo e o acúmulo de ozônio ocorre porque, em teoria, ele é formado (pela reação
entre O e O2) e depois consumido por radicais NO* formando NO2- e O2, mas a presença
de peróxidos na atmosfera compete com essa reação, consumindo o NO* e acumulando
O2 (o ozônio também, já que não é consumido).
o O processo acontece da seguinte maneira:
▪ Começa de manhã, quando a luz solar começa a incidir e produz
radicais de hidroxila e também óxido nítrico, a partir do ozônio e
ácido nitroso que sobraram do dia anterior.
▪ Esse óxido, junto com os hidrocarbonetos emitidos pelos veículos
reagem formando aldeídos. A fotólise dos aldeídos aumenta a
quantidade de radicais livres.
▪ O aumento dos radicais proporciona uma maior oxidação do óxido
nítrico à dióxido de nitrogênio. Esse dióxido (fotólise) aumenta o
O3 perto de 12h00.
▪ O tráfego intenso a tarde gera mais óxido nítrico e hidrocarbonetos
que reagem rapidamente com o aumento dos radicais livres (a
fotólise do aldeído continua e forma mais radical peroxila).
▪ Radical peroxila junto com NO2 gera PAN; radical NO2 junto com
O3 gera NO3* e O2 e também podem ocorrer reações radical-
radical.
▪ O radical NO3* reage com hidrocarbonetos no fim da tarde (reação
de smog cessa). HNO3, que cai a noite, vai a HNO2 e o ciclo
recomeça no dia seguinte.
o CORRELAÇÔES:
▪ Chuva Ácida: destruição de plantas e florestas → menos
fotossíntese → acúmulo de CO2 → agrava. HNO3 e H2SO4.
▪ Efeito Estufa: maior concentração de gases → maior
aprisionamento de calor → maior temperatura média da Terra →
altera equilíbrio térmico. GEE: CO2, CH4, N2O, H2O(v)
▪ Buraco na Camada de O3: emissão de CFC.
▪ Os poluentes gerados ficam presos no smog.
▪ ???
o OBS → INFLAMABILIDADE:
▪ São os limites de concentração entre os quais uma mistura gasosa
é explosiva ou inflamável. Essas misturas são expressas em % em
relação ao volume de água ou vapor na CNTP.
▪ LII: é a menor concentração de uma substância que misturada com
o ar forma uma mistura inflamável.
▪ LSI: é a maior concentração de uma substância que misturada com
o ar forma uma mistura inflamável.
▪ Se está abaixo do LII ou acima do LSI, então está fora dos limites
para queimar.
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▪ Ex: etanol (3,5 – 15 %); butano (1,8 – 8,5 %); gasolina (1,4 – 7,6
%).
• AULA 4:
o Medidas Indiretas: tecnologias limpas, substituição de matéria prima,
mudança no processo de operação, diminuição na quantidade de poluentes
gerados.
o Medidas Diretas:
▪ Redução de SOx (remoção prévia do S no carvão):
• Liquefação do carvão: mistura com solvente aromático
formando “carvão líquido” com alto poder calorífico e
apenas cerca de 0,6% de S.
• Gaseificação do carvão: o carvão é pulverizado e
submetido a ação do vapor de oxigênio em altas
temperaturas e pressões, produzindo gases sintéticos que
são removidos.
• Lavagem do carvão: o carvão contendo pirita (FeS2) é
pulverizado e lavado separando-se o S, geralmente por
gravidade. Pode reduzir cerca de 30% o teor de S no
carvão.
• Combustão em leito fluidizado: injetado em leito
fluidizado de calcário formando SO2 que reage com o
calcário calcinado e forma sulfato de cálcio e cinza, que são
removidos.
▪ Redução de NOx (agir no combustor ou fornalha de gases antes de
irem para a chaminé):
• Combustor: redução do ar em excesso, mas de modo que
não aumente a quantidade de fumaça e material
particulado.
• Fornalha: mudanças nas dimensões para compatibilizar
com combustores.
• Caldeira:
o Redução Seletiva Catalítica (RSC): usa
amônia/uréia ou gases de combustão na presença de
um catalisador. A amônia/uréia tem maior
afinidade com o NOx. O NOx pode também ser
reduzido por outros gases, mas a maior quantidade
deles será consumida em reações com O2 em
excesso no gás de combustão. (T: 300-400 ºC; Ef:
80-90 %; Cat: TiO3, WO3, V2O5, etc.)
4NH3 + NO + O2 → 4N2 + 6H2O ;
4 NH3 + 2NO2 + O2 → 3N2 + 6H2O
o Redução Catalítica Não Seletiva (RSNC): usa
amônia (ou agente amoniacal) para reduzir NOx e,
às vezes, a eficiência passa de 60%. Ocorre em
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▪ Absorção
▪ Torre Spray: A medida que o gás entra em contato com o solvente,
o material particulado é absorvido, se produz um líquido sujo e o
gás limpo.
▪ Torre de Recheio: O gás tem maior tempo de residência dentro da
torre, aumentando sua eficiência, pois irá ocorrer o maior contato
do líquido com o gás que será tratado. Para a torre de pratos, a ideia
é a mesma.
▪ Lavador Venturi: O gás é carreado e entra em uma seção
convergente até a garganta, onde o gás atinge maior velocidade
dentro do equipamento e é onde o líquido é injetado, sendo
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▪ Adsorção
▪ Filtros de carvão ativado: calor diminui a eficiência; regeneração
deve ser interessante economicamente; gases dessorvidos:
remoção por vapor ou queima.
▪ Combustão
▪ Incineração: ocorre em uma câmara fechada de material refratário,
onde podem ser alcançadas altas temperaturas no seu interior. Uma
temperatura de 1040 ºC para garantir a destruição de 99 % dos
COV.
▪ Oxidação Catalítica: pode ser realizada a temperaturas menores
graças a presença de um catalisador (ex.: metais nobres Pd e Pt).
São mais eficientes quando a concentração é menor que 1 % por
volume, pois concentrações maiores geralmente desativam os
catalisadores por sobreaquecimento (tipo vanádio PI).
▪ Flares: equipamentos localizados no ponto de emissão dos
poluentes e que promovem a queima destes em espaço aberto. Este
tipo de equipamento é utilizado quando os poluentes combustíveis
estão em concentrações próximas ou acima do limite inferior de
inflamabilidade.
• AULA 5:
o Problemas de cálculo de dispersão → slide!