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Jorge Luis Borges es un escritor no sólo lúcido y preciso, sino
extremadamente sensible a lo problemático de su tarea, y urgido
por la necesidad de teorizar. Piensa, contra Ángelus Silesius, que la
2
rosa tiene su porqué y que, si el ejercicio de las letras es su vida
3
entera , sería vergonzoso no poner plenamente su inteligencia al
servicio de esa pasión. Sus motivos tenía Amado Alonso cuando,
al publicar en 1935 El problema de la lengua en América, lo dedicó
"a Jorge Luis Borges, compañero en estas preocupaciones".
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H e aquí una lista de las obras a q u e nos referimos más a m e n u d o (publi-
cadas todas en B u e n o s A i r e s ) : Fervor de Buenos Aires ( I m p r e n t a Serantes,
1 9 2 3 ) (lo citaremos con la a b r e v i a t u r a Fervor); Inquisiciones, Luna de enfrente,
El tamaño de mi esperanza [—Tamaño) y Cuaderno San Martín (=Cuaderno)
(Editorial P r o a , 1 0 2 5 , 1 9 2 5 , 1 9 2 6 y J 9 2 9 ) ; El idioma de los argentinos (=Idio-
ma), Evaristo Carriego (—Carriego) y Discusión ( M . Gleizer, 1 9 2 8 , 1 9 3 0 V
1 9 3 2 ) ; Historia universal de la infamia (Editorial T o r , 1 9 3 5 ; v o l . I I I de la
colección Megáfono); Poemas (Editorial L o s a d a , 1 9 4 3 ) ; Ficciones (igjyig^j)
(Ediciones Sur, 1 9 4 4 ) ; El Aleph ( L o s a d a , 1 9 4 9 ; 2 ^ ed., a u m e n t a d a , 1 9 5 2 ) ; Otras
inquisiciones (/5^7-75)52) (Sur, 1 9 5 2 ) .
- B o r g e s , " E l e m e n t o s de p r e c e p t i v a " , en Sur, n ú m . 7 , abril de 1 9 3 3 , pág.
1 6 0 : "Die Ros ist ohn Warum, la rosa es sin p o r q u é , leemos en el libro p r i m e r o
del Cherubinischer Wandersmann de Silesius. Y o afirmo lo contrario, y o afir-
m o q u e es i m p r e s c i n d i b l e u n a tenaz conspiración de p o r q u é s p a r a q u e la rosa
sea la rosa".
" E n el decurso de u n a v i d a consagrada a las letras y (alguna vez) a la
p e r p l e j i d a d m e t a f í s i c a . . . " (Otras inquisiciones, pág. 2 0 3 ) ; " A l g o creo e n t e n d e r
de literatura, ya q u e en mí no descubro otra p a s i ó n q u e la de las letras ni
casi otro ejercicio" (Sur, n ú m . 9 1 , abril de 1 9 4 2 , pág. 5 6 ) ; véase también Inqui-
siciones, pág. 5 , y Sur, núm.' 1 2 9 , j u l i o de 1 9 4 5 , p á g . 1 2 0 .
Véase P E D R O H E N R Í Q U E Z UREÑA, Seis ensayos en busca de nuestra expre-
sión, B u e n o s Aires, 1 9 2 7 .
552 ANA MARÍA BARREN ECHE A NRFH, VII
5
Véase en Tamaño el artículo " L a p a m p a y el s u b u r b i o son dioses", págs.
1 8 - 2 4 . T a m b i é n p á g s . 2 4 , 1 4 3 y sigs., e Inquisiciones, págs. 2 8 y sigs. L o s uru-
guayos I p u c h e , Silva Váleles, A m o r i m , c o n t i n u a r o n la tradición gauchesca (In-
quisiciones, págs. 5 7 y 6 1 , y Tamaño, pág. 8 8 ) . E n Carriego, págs. 9 8 y sigs.,
reconoce a éste su condición de descubridor del suburbio; en Tamaño, págs.
2 2 y sigs., cita otros nombres u n i d o s al a r r a b a l : F é l i x L i m a , " F r a y M o c h o " , el
p r o p i o B o r g e s , A r l t , T a l l ó n , M a r c e l o del Mazo. V a r i a s veces aparece M a c e d o n i o
F e r n á n d e z como "sentidor" de lo p o r t e ñ o .
G
M e refiero a sus p r i m e r o s libros de poesías, Fervor de Buenos Aires, Luna
de enfrente, Cuaderno San Martin, a los q u e h a b r í a q u e agregar a l g u n o s pasajes
de sus ensayos, especialmente del Carriego. E n sus últimos poemas, en Ficcio-
nes, en El Aleph, en Otras inquisiciones, se advierte u n a m a r c a d a e v o l u c i ó n
hacia el p r e d o m i n i o de lo fantástico-metafísico y lo universal, p e r o no p u e d e
decirse con Néstor I b a r r a q u e " p e r s o n n e n'a moins de patrie q u e J o r g e L u i s
B o r g e s " o q u e "son créolisme des années 2 5 ou 3 0 fut u n e attitude modeste,
parfois touchante, désintéressée d'ailleurs, mais d'un si o u t r a g e u x artifice q u ' e l l e
n'a j a m a i s p u faire illusion m ê m e à u n P r i x N a t i o n a l " (prefacio de la traduc-
ción francesa de Ficciones, Paris, 1 9 5 1 , págs. 7 - 8 ) . E n " L a noche cíclica" ( 1 9 4 0 )
B o r g e s ha dicho h e r m o s a m e n t e : " A h í está B u e n o s Aires. E l tiempo q u e a los
hombres / trae el a m o r o el oro, a mí apenas me deja / esta rosa a p a g a d a , esta
v a n a m a d e j a / de calles q u e repiten los pretéritos nombres / de mi s a n g r e . . ."
(Poemas, pág. 1 6 5 . Este v o l u m e n r e ú n e la poesía c o m p l e t a d e l a u t o r con algunas
correcciones y supresiones).
7
E n Inquisiciones, " Q u e j a de todo c r i o l l o " (págs. 1 3 1 - 1 3 8 ) ; en Tamaño,
" E l tamaño de mi esperanza" (págs. 5 - 1 0 ) , " L a s coplas a c r i o l l a d a s " ( 7 5 - 8 4 ) ,
" I n v e c t i v a contra el a r r a b a l e r o " ( 1 3 6 - 1 4 4 ) ; en El idioma de los argentinos, el
artículo del mismo n o m b r e (págs. 1 6 3 - 1 8 3 ) ; en Discusión, " N u e s t r a s impo-
s i b i l i d a d e s " (págs. 1 1 - 1 7 ) ; en Otras inquisiciones, "Nuestro pobre individua-
lismo" (págs. 4 3 - 4 5 ) .
NRFH, VII BORGES Y E L L E N G U A J E 553
8
A r t u r o Costa Á l v a r c z , en Nuestra lengua, B u e n o s Aires, 1 9 2 2 , ha reseñado
estas o p i n i o n e s . P a r a u n a c o m p r e n s i ó n rica y p r o f u n d a del p r o b l e m a , véase
A M A D O A L O N S O , Castellano^ español, idioma nacional, B u e n o s Aires, 1 9 3 8 .
9
P o r otra parte, no hay d u d a de q u e el l e n g u a j e a r r a b a l e r o , en auge entre
los años 1 9 2 0 y 1 9 3 0 , ha i d o d e c a y e n d o ; hoy a p e n a s se conservan de él unas
pocas voces en el h a b l a p o r t e ñ a .
554 ANA MARÍA BARREN ECHE A NRFH, VII
10
un milagroso alfarero podrá amasar en vasija de eternidad" . Y lo
rechaza en nombre de una lengua más rica en representaciones, —el
mismo argumento con que arremete contra el culteranismo, la metá-
fora baldía, la mera sorpresa verbal, la estrechez purista, el gusto
"hispánico" por las simetrías y, en general, la busca del solo halago
externo y ornamental. En el caso preciso del arrabalero, su rechazo
se expresa así (Idioma, págs. 167-168):
El vocabulario es misérrimo: una veintena de representacio-
nes lo informa y una viciosa turbamulta de sinónimos lo com-
plica . . . E l arrabalero, por lo demás, es cosa tan sin alma y
fortuita que las dos clásicas figuraciones literarias de nuestro
suburbio pudieron llevarse a cabo sin él . . . L o cierto es que
entre los dos [Carriego y "Fray Mocho"] opinaron que ni para
las diabluras de la gracia criolla ni para la recatada piedad, el
lunfardo es bueno.
Por eso repudia también lo gauchesco que se ampara sólo en un
hablar postizo buscador del color local, en algunos trastos criollos
11
o en las "lástimas" de los proverbios . Si valora la literatura gauchesca
y destaca sagazmente las características diferenciales de Ascasubi, Her-
12
nández y Estanislao del C a m p o , advierte al mismo tiempo las limi-
taciones de ese mundo poético ("Nos propone un orbe limitadísimo,
13
el orbe rudimental de los gauchos" ) y propugna para el arte argen-
tino un porvenir abierto a las incitaciones de la literatura universal.
L o cierto es que, años antes de formular esa general objeción a la
literatura gauchesca, Borges había señalado la presencia del interés
metafísico en Hernández, en ese "contrapunto larguísimo" del Mar-
1 0
Tamaño, pág. 1 4 2 ; y p á g s . 1 3 7 - 1 3 8 : " . . . hay escritores y casi escritores
y n a d a escritores q u e la practican A l g u n o s lo hacen bien, c o m o el montevi-
d e a n o «Last R e a s o n » y R o b e r t o A r l t ; casi todos, peor. Y o , personalmente, n o
creo en la v i r t u a l i d a d del a r r a b a l e r o ni en su d i c t a d u r a de harapos. A q u í
están mis razones: L a p r i n c i p a l estriba en la cortedad de su l é x i c o . . ."
1 1
Lástimas, con v a l o r p a r e c i d o , en L u g o n e s (cf. Discusión, pág. 5 5 ) . C o m p .
Tamaño, págs. 8 3 - 8 4 : " L o demás —el gauchismo, el q u i c h u í s m o , el j u a n m a n u c -
lismo [es decir, el culto a J u a n M a n u e l de Rosas]— es cosa de maniáticos. T o m a r
lo contingente p o r l o esencial es oscuridá q u e e n g e n d r a la m u e r t e y en ella
están los que, a fuerza de color local, piensan l e v a n t a r arte criollo . . . E l cacharro
incásico, las lloronas, el escribir velay, no son la p a t r i a " .
1 2
Inquisiciones, págs. 5 1 - 5 6 ; Tamaño, págs. 1 1 - 1 7 ; Discusión, págs. 2 9 , 4 2
y 5 1 - 6 4 ; Aspectos de la literatura gauchesca, edición de Número, Montevideo,
1 9 5 0 . Sus artículos sobre I p u c h e y Silva V a l d é s (Inquisiciones, págs. 5 7 - 6 0 ; Ta-
maño, págs. 8 8 - 9 1 ) se e x p l i c a n p o r los ideales de su g e n e r a c i ó n y quizá p o r
amistades literarias. V é a s e la transformación de su actitud en " L o s romances de
F e r n á n Silva V a l d é s " (Sur, n ú m . 5 4 , marzo de 1 9 3 9 , págs. 7 0 - 7 2 ) , a u n q u e ya en
Inquisiciones, pág. 1 6 0 , manifiesta su desacuerdo con el criollismo de ese autor.
1 3
Sur, n ú m . 8 5 , octubre de 1 9 4 1 , pág. 1 1 . V é a s e t a m b i é n " E l escritor argen-
tino y la tradición", en CurCon, X L I I , 1 9 5 3 , págs. 5 1 5 - 5 2 5 , d o n d e ataca el na-
cionalismo literario, falso y estrecho.
NRFH, VII BORGES Y E L L E N G U A J E 555
14
Tamaño, pág. 8 4 . Sobre las p r e o c u p a c i o n e s metafísicas del p r o p i o Borges,
cf. Inquisiciones, págs. 9 9 , 1 0 3 y 1 0 9 ; Tamaño, pág. 1 0 ; Historia de la eternidad,
B u e n o s Aires, 1 9 3 6 , págs. 3 2 y 5 5 ; Otras inquisiciones, págs. 2 0 2 y sigs.
1 5
Idioma, págs. 1 5 9 - 1 6 0 . V é a s e también el p r ó l o g o de Luna de enfrente,
s u p r i m i d o en la reedición de sus poemas.
1G
Idioma, págs. 1 7 8 - 1 7 9 . A q u í y en a l g ú n otro pasaje, B o r g e s utiliza y cita
Nuestra lengua, de A r t u r o Costa Á l v a r e z . P e r o la posición de los dos autores
es m u y diferente Costa Álvarez, a u n q u e defienda lo a m e r i c a n o , es el gramático
p r e o c u p a d o p o r la noción de lo correcto, p o r los solecismos y los barbarismos.
556 ANA MARÍA BARRENECHEA NRFH, VII
17
Idioma, pág. 1 8 0 . C ó m o no r e c o r d a r a q u í l a insistencia de nuestro maestro
A m a d o A l o n s o —cuando dirigía o p l a n e a b a trabajos de l e x i c o l o g í a dialectal—
en la necesidad de recoger todos los usos, discrepantes o n o ; de d a r vocabula-
rios completos, en q u e se a t e n d i e r a a l o r e g i o n a l y a l o g e n e r a l : no listas de
p a l a b r a s sueltas, sino el sistema l é x i c o en su f u n c i o n a m i e n t o v i v o .
1 8
Otras inquisiciones, pág. 3 7 . E n u n a conferencia d a d a en el C o l e g i o L i b r e
d e Estudios S u p e r i o r e s d e B u e n o s A i r e s , el 2 8 de marzo de 1 9 5 2 , sobre " E l escri-
tor y nuestro t i e m p o " (I, P r o b l e m a del l e n g u a j e ) , indicó B o r g e s esta carac-
terística de la timidez y su repercusión sobre el l e n g u a j e .
1 9
N o aparece en Fervor de Buenos Aires; sí en dos composiciones de Luna
de enfrente: " A la calle S e r r a n o " ( 1 * ed., pág. 2 7 , s u p r i m i d a en Poemas) y " C a l l e
con almacén r o s a d o " (Poemas, pág. 7 8 , d o n d e corrige eres en l u g a r de sos en
el v. 2 0 , p e r o m a n t i e n e vos en el v. 1 8 y sos en el verso final, sin a p a r e n t e s
motivos métricos, salvo en el último caso), y en u n a de Cuaderno (Poemas,
pág. 124).
NRFH, V I I BORGES Y E L L E N G U A J E 557
10
" E q u i d i s t a n t e de sus copias, el no escrito i d i o m a a r g e n t i n o sigue diciendo-
nos, el de nuestra pasión, el de nuestra casa, el de la confianza, el de la con-
versada a m i s t a d " (Idioma, pág. 1 7 6 ) .
2 1
Poemas, pág. 78. Este e x p e r i m e n t o idiomático n o se d i f u n d i ó entre los
poetas argentinos, ni el p r o p i o B o r g e s insistió en él.
22
Tamaño, págs. 1 4 y 1 0 7 . Cf. t a m b i é n Inquisiciones, pág. 1 3 8 .
:!
- E n Historia universal de la infamia, págs. 1 0 5 y 1 0 8 ; en El Aleph, pág. 3 5 .
2 T
P E D R O H E N R Í Q U E Z U R E Ñ A se l o criticó en RFE, X I I I , 1 9 2 6 , pág. 7 9 , al
reseñar Inquisiciones. L a p é r d i d a de la -d final es lo corriente en E s p a ñ a y en
A m é r i c a salvo escasas regiones (véase BDH, I , págs. 2 3 1 - 2 3 2 , nota 1 ) . L a prac-
tican t a m b i é n las personas cultas, con oscilaciones q u e d e p e n d e n de las circuns-
tancias y del tipo de p a l a b r a s ( T . N A V A R R O T O M Á S , Manual de pronunciación
española, § 1 0 2 ) . En la A r g e n t i n a , algunos pasan, ( l i a n d o quieren esmerarse, de
la supresión a la p r o n u n c i a c i ó n de -/.
2r
' H a y u n e j e m p l o en Fervor de Buenos Aires (Poemas, pág. 7 0 ) , n i n g u n o en
Inquisiciones. Después de Cuaderno, sólo se e n c u e n t r a en " H o m b r e de la esquina
558 ANA MARÍA BARRENECHEA NRFH, VII
Era una historia del otro lado del mundo —la misma que al
genial compadrito Cristóbal Marlowe le inspiró aquello de Haz-
me inmortal con un beso y la que fué incansable a lo largo de
la gloria de Goethe— y el otro gaucho y el sauzal riberano la es-
cucharon por vez primera.
2 9
A n t e s los h a b í a usado R U B É N D A R Í O en El linchamiento de Puck (cf.
R A I M U N D O L I D A , Estudio preliminar de Cuentos completos de Rubén Darío,
M é x i c o , 1 9 5 0 , p á g . L I I ) y en Nac, 2 9 de abril y 1 6 de m a y o de 1 8 9 4 (citado p o r
A . D E L L E P I A N E , El idioma del delito, B u e n o s A i r e s , 1 8 9 4 , p á g . 4 5 ) . E j e m p l o s
de otros autores en E M M A S U S A N A S P E R A T T I P I N E R O , " L O S americanismos en
Tirano Banderas', Til, I I , 1 9 5 0 , pág. 2 5 2 .
110
Poemas, pág. 8 7 . L a imagen v o l v i ó a tentarlo en Idioma, pág. 1 5 2 : . .vio
l u n a infame q u e atorraba en u n hueco . .
3 1
Tamaño, págs. 1 1 - 1 2 . E s p r o c e d i m i e n t o caro a Borges. Véase la atmósfera
q u e crea el tratamiento de mozo, hoy a n t i c u a d o , c u a n d o se aplica al escritor
ANA MARÍA BARRENECHEA NRFH, V I I
s s
E l estilo de esa obra j u v e n i l es el q u e muestra m a y o r mezcla de elementos
dispares y menos asimilados. Pocas voces criollas: pampa, compadre, payada,
gauchaje, gauchesca, truco, entreverar, entrevero, pueblada, verseada, almacén,
chañar, mistol, ombú, flechilla (estas últimas p u r a m e n t e designativas). Bastantes
creadas p o r él, q u e citamos más adelante. M u c h o s latinismos: elación, memorar,
vernal, decurso, obliterar, lapidación, viales, laudar, advenir, falacia (palabra
m u y frecuente en Borges), parcidad, parvo, parvedad, adecuación, alacridad,
debelar, debeladora, proceridad, signáculo, signar, signatura, salacidad, novador,
incautación, armipotente, simulacro, indubitable, atestación, coquicicm, cogni-
ción, caducar, videncia, infringir, altilocuencia. M á s tecnicismos teológicos y
filosóficos: aseidad, transverberar, eviternos, ubicuo, ubicuidad, individuar, in-
dividuación, intelectiva, logicalización, conce ptualizaciém, aparencial, esencial,
di temática, premisa, afilosofados, ametafisica, perceptibilidad, sustaniividad,
eseniialidad, unicidad y otros abstractos. E x p r e s i o n e s quevedescas y de otros
clásicos: docta perfección, ministrar, palabras gariteras, lo bien hablado de su
forma, ejecutoria, persuadirnos de únicos, docto algebrista, encaramar, palabrero
embeleco, caterva, prefación, etc. Ciertas formas m u y españolas ele la lengua
oral o de la escrita, y p o c o usuales en el R í o de la P l a t a , q u e B o r g e s v a luego
e l i m i n a n d o : cantaor, vera, requiebro, bendito relato, a la vista y paciencia,
perogrullescamente, monda y lironda, a la sazón, a fuer de, empero, parar mien-
tes, horro, asaz, ha menester, suso mentado, por ende, entrambos, harto, añejo,
aquende, allende, aledaños, adentrar (algunas de ellas también rechazadas por
los escritores españoles contemporáneos).
:t!
' Salvo el ya citado caso de mozo (cf. supra, nota 3 1 ) .
A . A L O N S O , " B o r g e s n a r r a d o r " , Sur, núm. 1 4 , nov. 1 9 3 5 , págs. 1 1 0 y sigs.
11
E n una p r i m e r a versión de este cuento, que lleva el título de " H o m b r e s
p e l e a r o n " (Idioma, págs. 1 5 1 - 1 5 4 ) , B o r g e s n a r r a en tercera persona.
562 ANA MARÍA BARRENECHEA NRFH, VII
tr>
Idioma, pág. 1 7 5 ; Tamaño, págs. 4 4 y 2 2 ; Sur, mira. 8 7 , pág. 7 0 . A veces
subraya B o r g e s la etimología con procedimientos tipográficos: " ( v a n a ) g l o r i a r "
(Historia de la eternidad, pág. 9 9 ) ; "han p r e - o c u p a d o " (Sur, núm. 9 7 , pág. 1 0 0 ) ,
o l o aclara además e x p l í c i t a m e n t e : "respiratorio y d i v i n o v e r b o inspirar" (Sur,
núm. 3 1 , pág. 1 0 0 ) , " q u i s o literalmente corn-padecer: sufrir con los otros" (Idio-
ma, pág. 3 9 ) . Otros casos se e x p l i c a n , en fin, p o r las solas razones de r i t m o y
simetría: "de a c t u a l i d a d y a u n de f u t u r i d a d " (Nac, 1 1 de febrero de 1 9 4 0 ) .
A M A D O A L O N S O , art. cit., págs. 1 0 5 - 1 0 6 , analiza este rasgo.
4 , :
47 il
Véase el pré>logo a Fervor, i ed. ("ese escritor que reza a t r o p e l l a d a m e n t e
p a l a b r a s sin p a l a d e a r el escondido asombro q u e a l b e r g a n " ) . N o debe confundirse
esta actitud con la b ú s q u e d a , q u e él condena, de la m e r a sorpresa v e r b a l ,
nota c o m ú n a la literatura de su época: Inquisiciones, págs. 1 4 4 y sigs.; Tamaño,
págs. 1 4 , 5 4 - 5 8 , 1 0 5 ; Idioma, p á g s . 9 1 y sigs. L o s modernistas iniciaron el movi-
m i e n t o c o n t e m p o r á n e o con la r e n o v a c i ó n de la prosa y del verso; los ultraístas
y creacionistas lo e x a c e r b a r o n con otro sentido, bajo la influencia de los expre-
sionistas, dadaístas y superrealistas. B o r g e s estuvo siempre muy lejos de estos
últimos, p e r o en sus obras j u v e n i l e s resalta el afán de s i n g u l a r i d a d d e l i b e r a d a
( a u n q u e siempre la rechace en teoría), q u e v a borrándose luego.
NRFH, VII BORGES Y E L L E N G U A J E
48
dones sobre las palabras brillantes en otro tiempo y hoy desgastadas ,
sobre los "epítetos balbucientes y adjetivos tahúres" o en general
contra los poetas "que han abdicado la imaginación en favor de nove-
listas e historiadores y trafican con el solo prestigio de las palabras"
(Idioma, pág. 72). Sabe que las palabras cambian de significado con
el tiempo, pero le gusta detenerse en las incongruencias etimológicas
de expresiones como estilo llano, o en despojar a inefable de su halo
emocional, o en denunciar el engaño que oculta imagen (Tamaño,
pág. 1 5 2 ; Inquisiciones, 154; Idioma, 83 y sigs.).
49
A los casticistas, prefiere los latinistas ; contra el localismo estre-
cho (sea español o americano), defiende las más universales formas
de pensamiento y lenguaje. Podemos resumir así su conducta de es-
50
critor: uso general hispánico en la arquitectura de la l e n g u a e
innovación (creadora de ideas) en el vocabulario (Inquisiciones, pág.
106). Quevedo y Unamuno, los dos autores que tanto admira Borges,
51
han debido impulsarlo en este camino de creación v e r b a l , que luego
abandona por una estética de formas más simples, en la creencia de
que la rareza idiomática perturba al lector y envejece el estilo, y que
sólo importa la hondura de las intuiciones poéticas.
4 8
E l ultraísmo se r e b e l ó contra un arte de simple lujo v e r b a l , p e r o ins-
tauró a su vez otra retórica, como lo advierte Borges, u n o de sus iniciadores en
la A r g e n t i n a . Cf. Inquisiciones, págs. 9 6 - 9 8 y 1 3 9 y sigs.
4 0
Cf. Idioma, pág. 7 3 , c Inquisiciones, págs. 3 7 y sigs. Quizá en su compla-
cencia p o r las p a l a b r a s ubicar, ubicación confluyan el uso h i s p a n o a m e r i c a n o
y su i n c l i n a c i ó n a los latinismos.
5 0
Tamaño, pág. 3 9 : " Y o he p r o c u r a d o , en los p o r m e n o r e s verbales, siem-
pre atenerme a la gramática (arte ilusoria q u e no es sino la autorizada costum-
bre) y en lo esencial del l é x i c o he i m a g i n a d o a l g u n a s trazas q u e tienden a
e n s a n c h a r infinitamente el n ú m e r o de voces posibles". A d e m á s del voseo, in-
trodujo el uso h i s p a n o a m e r i c a n o de formas c o m o recién, aceptable p a r a mu-
chos (Tamaño, pág. 1 2 3 ; Idioma, 1 1 ; Carriego, 4 1 ; Discusión, 6 9 ) , puro (Luna
de enfi'ente, pág. 2 7 , en composición no recogida en Poemas, y Tamaño, pág.
2 9 ) y no más (Tamaño, pág. 1 9 , y Carriego, 5 8 y 7 6 ) . T a m b i é n a l g u n a innova-
ción e x p r e s i v a , como la q u e a g r u p a en u n a coordinación categorías dispares:
" N o son m a l v a d o s —lo cual i m p o r t a r í a u n a dignidad—, son irrisorios, momen-
táneos y n a d i e " (Discusión, pág. 1 3 ) .
5 1
B o r g e s reconoce (Tamaño, p á g . 4 2 ) el influjo de las conversaciones con
X u l - S o l a r , e x t r a ñ o p i n t o r a r g e n t i n o , creador de un i d i o m a burlesco l l a m a d o
"neo-criollo", d e g r a n l i b e r t a d en la d e r i v a c i ó n y composición. Cf. Ficciones,
pág. 2 0 .
566 ANA MARÍA BARRENECHEA NRFH, VII
ñ 2
Idioma, págs. 2 2 - 2 3 . C o m p . R . M . R I L K E , Hisioires du Bon Dieu, traduc-
ción de M . Betz, Paris, 1 9 2 7 , pág. 3 3 .
" H a b l a r es metaforizar, es falsear; h a b l a r es resignarse a ser G ó n g o r a "
(Sur, n ú m . 1 2 9 , julio de 1 9 4 5 , pág. 9 ) . E n Otras inquisiciones, pág. 1 8 0 , recuerda
la defensa q u e Chcsterton hace de la a l e g o r í a como otro posible l e n g u a j e q u e
compense las deficiencias del nuestro.
5 4
E n algún m o m e n t o se a s o m b r a de lo q u e en ella hay de milagroso, y
de q u e p a l a b r a s c o m o inmortal e infinito, creaciones de la casualidad, se hayan
cargado de p e n s a m i e n t o y emoción (Inquisiciones, pág. 1 0 6 ) , p e r o l u e g o v u e l v e
a su visión negativa. M á s visible q u e el influjo de B e r g s o n , es a q u í el de B e r -
keley, H u m e , S c h o p e n h a u e r y, p r i n c i p a l m e n t e , M a u t h n e r , con sus diatribas
contra el l e n g u a j e , contra las i n c o n g r u e n c i a s etimológicas, contra la validez de
u n a filosofía q u e d e b e valerse de palabras, más aptas p a r a el mito q u e para
el conocimiento exacto. D e la filosofía y la teología, B o r g e s ha dicho a m e n u d o
q u e son u n a r a m a de la literatura fantástica (Aleph, pág. 8 4 ; Ficciones, pág. 2 3 ;
Eternidad, pág. 1 0 2 ; Otras inquisiciones, pág. 5 8 ) .
NRFH, VII BORGES Y E L LENGUAJE 5«7
5 5
" L o s sustantivos se los i n v e n t a m o s a la r e a l i d a d " (Tamaño, pág. 45). Cf.
también Inquisiciones, pág. 6 6 , Ficciones, pág. 2 0 , Aleph, p á g . 1 8 .
no» P r ó l o g o a " N u e v a refutación del t i e m p o " , en Otras inquisiciones, pág. 2 0 3 .
568 ANA MARÍA BARRENECHEA NRFH, VII
A N A MARTA BARRENECHEA
B u e n o s Aires.
r,J
Idioma, pág. 1 3 1 . Véase también Carriego, pág. 1 1 7 .
(ii
Véase, p a r a p r o b l e m a s metafíisicos y de e x p r e s i ó n , P A U L B É N I C H O U , " L e
m o n d e de J o s é [sic] L u i s B o r g e s " , Critique, V I I I , 1 9 5 2 , págs. 6 7 5 - 6 8 7 , y E N R I Q U E
P U Z Z O N I , " A p r o x i m a c i ó n al ú l t i m o l i b r o de B o r g e s " , Sur, 1 9 5 2 , núms. 2 1 7 - 2 1 8 ,
págs. 1 0 1 - 1 2 3 .