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O CAPITALISMO TARDIO

CAPÍTULO 1 – AS RAÍZES DO CAPITALISMO RETARDATÁRIO

CEPAL: caráter primário-exportador: as exportações representam o único componente autônomo de


crescimento da renda e, portanto, o setor externo surge como centro dinâmico da economia.

Modo de crescimento: crescimento para fora.

– O surgimento das economias exportadoras organizadas com trabalho assalariado deve ser
entendido como o nascimento do capitalismo na América Latina (O início do capitalismo no
Brasil é com a abolição da escravidão). Entretanto, devem-se constituir forças produtivas
capitalistas, isto é, a reprodução das relações sociais e de produção capitalistas devem se dar
endogenamente.

COLÔNIA: economia de plantation ou semiplantation CAPITALISTA, pois a produção mercantil e


o lucro consistem no princípio reitor da atividade econômica (Weber).

“No entanto, ainda assim, a concepção de Weber está viciada pelo formalismo. Retendo apenas
elementos gerais – produção mercantil de produtos agrícolas, apoiada no trabalho escravo, própria
de colônias sujeitas a monopólio de comércio – abstrai-se o que é essencial ao se desprezarem os
vários contextos em que a plantation se situou historicamente. Quer dizer, abstrai-se ora sua
Antiguidade, ora sua Modernidade. Com isto, incapacita-se para determinar tanto suas gêneses
quanto sua dinâmica, que não pode nem ser deduzida – como se a economia escravista de
subsistência, parceria ou exploração assentada no trabalho assalariado fossem, sempre,
possibilidades fundadas in abstrato – nem, muito menos, ser extraída ex-post do efetivamente
ocorrido” (p. 31).

Fica claro, portanto, que não é lícito identificar o modo de produção dominante nas formações
sociais coloniais a partir, apenas, da forma que assumem as relações sociais básicas, como se
escravidão fosse igual a modo de produção escravista, e servidão, a feudalismo. Este procedimento
exclui, pura e simplesmente, o nível e a organização das forças produtivas, sua articulação com as
relações sociais de produção e, não menos importante, os processos históricos que constituíram e
deram “sentido” a tais sociedades. Que semelhança, senão a formal, guardariam, por exemplo, a
economia mercantil-escravista brasileira e a economia mercantil-escravista romano-cartaginesa?

TAREFA DO PRIMEIRO CAPÍTULO: reexaminar o conceito de economia colonial, entendendo a


constituição das “economias primário-exportadoras” como surgimento do capitalismo na América
Latina e delimitando, ao menos, as questões envolvidas na passagem da economia colonial à
capitalista, ainda que não especificamente capitalista. → BUSCAR A TRANSIÇÃO EM SEUS
ASPECTOS ECONÔMICOS.

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