A concepção democrática-participativa defende um modo de gestão onde as
decisões escolares são elaboradas e discutidas de forma coletiva. As decisões são tomadas a partir de uma diferenciação de saberes e fazeres, com isso, assim que é chegado a um consenso da maioria, as resoluções tomadas devem ser assumidas por cada membro da equipe de maneira que cada um realize sua parte no trabalho. Entre as principais características dessa concepção estão: a gestão da participação; a definição explícita de objetivos sócio-políticos e pedagógicos da escola; articulação da direção com as demais pessoas que que compõem o corpo da escola incluindo as que com ela se relacionam; a qualificação e competência profissional; objetividade com as questões da organização da gestão por meio do recolhimento de informações reais; acompanhamento e avaliação sistemática com fins pedagógicos. Em suma, como sintetiza Libâneo, todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados. Atualmente uma corrente teórica que compreende a organização escolar como cultura tem influenciado bastante o modelo democrático-participativo, afirmando que a instituição escolar não é uma estrutura objetiva e independente das pessoas, mas o contrário, pois ela depende das experiências subjetivas das pessoas e suas interações sociais. No mais, sendo a escola construída pelos seus próprios membros é possível afirmar que a organização escolar é uma cultura. Adoto o modelo de gestão democrática-participativa porque ela torna o ambiente escolar "mais humano", conseguindo superar a administração sem substituí-la conforme a concepção de gestão apresentada por Heloísa Luck em Gestão Educacional: Uma Questão Paradigmática, tornando a postura administrativa dos sistemas de ensino mais horizontalizada em contraste com a concepção técnico- científica onde as decisões escolares são tomadas de cima para baixo.