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Verão

Ela subiu para colocar o biquíni, mas encontrou a porta do quarto fechada.
Deu de ombros e desceu pra comer uns petiscos. Por detrás da porta, os dois
sentiam tão fundo que os olhos enchiam d’água. O cheiro de sexo se misturava ao de
shampoo e churrasco. Nunca tinham imaginado a possibilidade. Simplesmente
aconteceu. As sardas que ela tinha no peito, os pelos da mão dele, coisas que
pareciam mais desculpas do que argumentos. O fato é que se deu. Ou melhor, se
deram, tomaram-se mutuamente a força.
Agora ela está apoiada com a mão na porta enquanto é penetrada por ele.
Está apoiada na esperança de impedir que alguém os flagre. Acontece que sua
amiga, noiva do rapaz, sobe pela segunda vez a escada; agora com uma estranha
certeza que não tem ninguém no quarto.

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