V SIAHE Simposio Iberoamericano de Historia de la Enfermería

FORO I+E III Foro Internacional Investigación y Educación Superior en Enfermería

V Latin American Symposium on History of Nursing-Forum I+E International Forum Research and Higher Education in Nursing
Granada, Spain, 11-12 de noviembre de 2016

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Investigación finalizada Completed research Revisión Review Experiencia innovadora Innovative experience
Proyecto de Investigación Research project Otro (indique cual) Others (indicate which) __________________________

Trabajo para la Reunión de Investigación de Estudiantes de Enfermería y disciplinas afines

Título Tecnologia Digital no Ensino de História da Enfermagem
Title of Presentation

Autores por orden de aparición (Máximo 6, anotar preferiblemente nombre y apellidos completos según el orden en que firmarán la comunicación, por favor
subraye los apellidos para diferenciarlos del nombre. Ej. Laura Martínez López)

(Maximum of 6, please note first and last names according to the order that they were listed in the presentation and underline the last name to differentiate the names)
Authors in order of appearance

Márcia Cristina da Cruz Mecone

Victória Sayuri Freire dos Santos Kudeken
Bárbara Barrionuevo Bonini
Genival Fernandes de Freitas
Alessandra Rosa Carrijo
Centro/Institución Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
Place of work/ work organization:
Ciudad/País City/Country: São Paulo - Brasil

Autor o autora responsable del trabajo Author responsible for the work
Nombre y apellidos
Marcia Cristina da Cruz Mecone
Last name, first name

Centro de trabajo Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo

Workplace
Dirección postal Ciudad/País
Rua Granada Osasco / Brasil
Address City/Country
Correo electrónico Teléfono
marcia.mecone@gmail.com 55 11 981498799
Email Telephone

Declaración responsable (hacer doble clic sobre la casilla y señalar “activada”, la no activación de algún punto dará lugar al rechazo de la comunicación sin ser evaluada)
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Declaro que este trabajo es original e inédito y que no ha sido publicado ni presentado total o parcialmente en otro
evento científico I declare that this work is original and unpublished and it has not been wholly or partly presented at any other
scientific event.
 Declaro que todos los firmantes son autores materiales del mismo I declare that all authors who signed the work are who
they say they are.
Me comprometo a no introducir ni retirar autores del trabajo una vez iniciado el proceso de evaluación I shall not add
or remove authors to the work once the evaluation process has begun.
He abonado la inscripción a la Reunión en la modalidad elegida (en caso de no ser aceptado mi trabajo dispondré de 10
días de plazo para reclamar su devolución sin gastos). I have paid the enrollment quote for the meeting using my chosen method
(in case my work is not accepted I can ask for a refund within 10 days without charge).

Abstract o resumen ampliado Write your communication text following this.

-En cualquier modalidad (comunicación digital, comunicación oral o póster) debe
aportar un texto de 1500 palabras (incluida bibliografía citada), con información
suficiente para permitir su adecuada evaluación.
-En trabajos de investigación utilizar preferiblemente el esquema IMRYD (en revisiones,
experiencias, etc. puede adoptar un esquema libre):
-Introducción (anote los antecedentes del estudio, explicitando la pregunta de
investigación y objetivos)
-Metodología
-Resultados (incluyendo tablas y gráficos que ilustren los resultados principales)
-Discusión (comparando sus resultados con los de otros estudios, interpretándolos
para el lector)
-Conclusiones(redactadas como recomendaciones de buena praxis, en respuesta
a la pregunta de investigación)
-Bibliografía (citada en el texto, ordenada según orden de aparición y anotada
según sistema Vancouver o APA)
-Opcionalmente puede enviar el texto completo, que de ser aceptado se publicará
además del Abstract.
[Escriba el texto a partir de aquí] Write the text from here
- In any kind of presentation, we will expect an
extended abstract (of around 1500 words), with
enough information to make an adequate evaluation.
-In research works preferably use the IMRYD scheme
(in reviews, experiences, etc you can use a free
scheme):
- Introduction (write down the study background,
making explicite the investigation question and
goals.
- Methodology
- Results (adding tables and graphics that illustrate
the main results)
- Discussion (comparing the results with other
studies and interpreting them for the reader)
- Conclusions (written as good praxis
recommendations, in response to the research
question)
- Bibliography (cited in the text, ordered by order of
appearance and in the Vancouver system)

Introdução

A História da Enfermagem (HE) contribui sobremaneira na formação da identidade

profissional dos enfermeiros.1 Para que isso aconteça, durante a formação, o diálogo
teórico deve ocorrer mediante problematização histórica da prática e dos fatos do
cotidiano profissional, a fim de que ocorra produção de sentido mediado pela
desconstrução e construção de conhecimento. O desafio tem sido a aplicabilidade de
estratégias que aproximem o graduando, nativo digital, e o conteúdo dessa disciplina de
maneira que se consiga alavancar discussões estimulantes, baseadas na reflexão crítica,
mobilização de conhecimento, posicionamentos políticos acerca das variáveis que
envolvem representações sociais da profissão, bem como a articulação de uma postura
crítica durante o período de formação e sua vida profissional. O conhecimento da HE, e
mormente como ela foi construída e vem sendo “narrada” por meio dos livros didáticos
e contada pelos docentes da referida disciplina, requer uma roupagem problematizadora,
muito além do conhecimento e memorização de nomes, fatos e datas. 2 Logo, o ponto
crítico para a aprendizagem seria desenvolver no estudante mais do que respostas certas,
mas qualificar e ampliar o repertório argumentativo sobre determinado cenário/fato.
Mais do que ir em busca de respostas e “conhecer” o passado, os docentes de HE
deveriam estimular os alunos a elaborar perguntas para a realidade. Para tanto, como
fazer isso? Utilizando como objeto empírico ferramentas midiáticas diversificadas em
suas linguagens, com potencial participativo e unidas em torno de uma narrativa, ou
seja, uma produção transmidiática, o presente estudo indaga: como tais recursos podem
contribuir como estratégias de ensino-aprendizagem que permitem estimular os
estudantes a ampliar sua capacidade de reflexão, e assim para a formação de um
profissional crítico, reflexivo e transformador da sua realidade?
Objetivo

O estudo propõe abordagens e meios tecnológicos com metodologias ativas de ensino,

cujo objetivo é demonstrar as possibilidades de utilização dos recursos transmidiáticos
durante a disciplina de HE e como essas ferramentas podem contribuir como estratégias
de ensino-aprendizagem a fim de desenvolver competências crítico-reflexivas no
estudante de graduação em enfermagem.

Metodologia

Estudo em desenvolvimento pelo grupo de pesquisa “História e Legislação da

Enfermagem” – EEUSP\ENO\CNPq iniciado no segundo semestre de 2016. A escolha
das ferramentas digitais teve como guia a teoria transmidiática de Scolari, que
fundamenta a utilização de múltiplas produções audiovisuais (online e off-line) na
educação. Segundo o autor, nossos sentidos tem sido cada dia mais aguçados com os
conteúdos midiáticos disponíveis e a mobilização dessas informações acontece de forma
mais intensa em uma mescla do formato visual, auditivo e de texto em diferentes
plataformas e linguagens que rotineiramente atravessam a população em sua rotina, a
decodificação das diferentes mensagens na construção de um repertório sobre
determinado assunto e sua condução através de um projeto de múltiplas mídias que já
visualiza possíveis conexões entre os elementos, forma a chamada narrativa
transmidiática.3 No contexto da educação, o autor destaca a importância de um modelo
que não se utilize simplesmente da tecnologia, mas que contenha em seu universo
narrativo uma potencialidade imersiva e participativa para que o aluno crie identificação
com o conteúdo, espelhando a recepção das informações com as interações que o
perpassam durante suas experiências diárias e, além disso, Scolari ressalta que o
formato transmidiático não invalida as práticas tradicionais de ensino, sendo esta uma
alternativa atraente para o contexto tecnocultural.4
A partir das definições e ressalvas do formato, algumas diretrizes se tornam similares
entre os teóricos de transmídia, Jenkins, Scolari, Irigaray e Pratten, para nortear como
deve ser estruturado um projeto transmidiático:
- necessita de múltiplas plataformas e/ou linguagens para condução da narrativa;
- a participação e o engajamento do público são fundamentais para o projeto, podendo
ser totalmente livres ou conduzidas por um professor em espaços físicos ou digitais;
- cada mídia necessita de autonomia para consumo e, ao mesmo tempo, deve estar
integrada ao universo narrativo construído, mantendo coerência e ineditismo para que o
aluno não veja simplesmente o mesmo conteúdo transformado como, por exemplo, um
vídeo e a sua transcrição em papel que não adicionam nenhuma novidade ao aluno se
confrontados numa discussão;
- o caráter enciclopédico dos ambientes digitais deve ser amplamente utilizado para que
o consumo das mídias não se torne efêmero ao momento da pesquisa, mas sim possa ser
revisitado para novas verificações e perspectivas a partir do aprofundamento do tema
proposto pelo projeto;
- é essencial o planejamento prévio das composições para que as produções não
possuam atritos não intencionais entre as mídias utilizadas e que se estabeleça o foco na
imersão do aluno, conduzindo-o a investigação das lacunas e estabelecendo uma relação
porosa entre o conteúdo e as experiências desse participante.3,5,6,7

Nesse sentido, a disciplina de HE pode se beneficiar dos recursos transmidiáticos e

galgar um novo patamar no desenvolvimento de competências nos estudantes. O
referencial operativo para mediação temática é pautado no pensamento de Michel
Foucault, segundo o filósofo, o pesquisador da história busca desvelar o que está posto,
lança outras indagações sobre o óbvio que, por vezes, passam despercebidas no
cotidiano. As ferramentas serão selecionadas de acordo com a disponibilidade online,
facilidade e aplicabilidade, bem como gratuidade para uso educativo. A criação de um
universo de informações com inserção de várias mídias como; redes sociais, vídeos,
histórias em quadrinhos e links de museus foram selecionados para serem
pedagogicamente utilizadas no alcance dos objetivos e interesse ao tema da HE,
gerando, desta forma, automotivação e mobilização para a aprendizagem, além de serem
atrativos à faixa etária que compõem o público-alvo.

Resultados e discussão

O trabalho com produções audiovisuais permite acessar vasto material onde há ideias,
atitudes e mentalidades de um determinado período. As mídias não são veículos que
narram ou informam de maneira imparcial, pois o registro do cotidiano deve ser
analisado mediante a natureza das fontes, considerando os interesses em jogo. Mesmo
com os deslocamentos forçados pela construção narrativa dessa produção ou até mesmo
pela linguagem que seleciona e organiza o que deve ser apresentado a este espectador, o
que permite a uma mídia evidência sobre o fluxo midiático, conforme indicado por
Jenkins, é o seu poder de propagação, onde um conteúdo obterá notoriedade a partir de
sua capacidade de instigar o participante a decodificar sua linguagem e propor a mesma
dinâmica às pessoas que estão próximas, seja por meio do compartilhamento aleatório
via redes sociais ou até mesmo pela discussão provocada em qualquer espaço de
interação (físico ou digital), possuindo assim, como um segundo revestimento
discursivo, a intencionalidade do usuário que compartilha e intensifica a relevância da
mensagem, uma vez que este utiliza sua própria credibilidade com a rede de contatos
para impulsionar a visualização do conteúdo8. Portanto, é necessário indagar sobre o
que se pretende legitimar com a “inocência” das narrativas midiáticas. Nessa
perspectiva, o desafio do ensino-aprendizagem está na desconstrução de verdades
contemporâneas a partir da análise crítica de um período histórico, sobretudo quais as
condições de possibilidades para que “verdades” sejam produzidas e consolidam
representações e a identidade profissional da enfermagem.
No referido estudo serão problematizados os temas a partir de vídeos, filmes, histórias
em quadrinhos, artes plásticas, notícias e veiculação midiática que abordam a
enfermagem. As produções audiovisuais, que podem ser selecionadas entre variados
formatos, como cinema, por exemplo, são um recurso pedagógico que respeita diversos
estilos de aprendizagem e de múltiplas inteligências, ampliando assim a possibilidade de
aprendem melhor quando submetidos a estímulos visuais e sonoros, em comparação
com uma educação tradicional baseada principalmente em textos, os vídeos quando
complementados à aula tradicional pode favorecer diferentes linguagens possibilitando
a crítica, a estética e reflexão. 9 Por meio dos sentidos acionados simultaneamente, os
vídeos contribuem para estabelecer relações, interpretações, críticas, novas ideias, etc.
As Histórias em Quadrinhos, com especial destaque para a personagem da Mulher
Maravilha, que representava a força de trabalho e o espírito norte-americano dos anos
40 a partir da personagem Diana Price, alter-ego da heroína, uma enfermeira da
aeronáutica durante o período de guerra, cuja mensagem principal era que a Mulher
Maravilha deveria ser um espelho para as mulheres que buscavam igualdade de direitos,
sobretudo político, porém mantendo seu amor, carinho e feminilidade. 10,11 Outra
ferramenta sugerida para problematização é a arte, seja por meio de sites que veiculam
imagens de pinturas ou esculturas, como links de museus que possibilitam visita online.
Nesse sentido, apontamos essa estratégia não somente como campo de possibilidade de
apropriação histórica da profissão2, mas também potente para desenvolver competências
como sensibilidade e visão de mundo, ambos tão necessários à atuação do enfermeiro. 12
Nesse sentido, a problematização lança mão de alguns questionamentos: Como foi
socialmente representado o cuidado na história da arte? Quem eram os cuidadores e
como suas identidades foram captadas pelos olhares do artista e registrada na obra
analisada? Integradas ao modelo transmidiático, tais plataformas audiovisuais integram
o fundamento enciclopédico do projeto construindo um repertório textual e imagético
sobre as representações possíveis ao contexto da enfermagem, não simplesmente
catalogando as informações como também confrontando a História como uma
composição de possibilidades paralelas, onde ao mesmo tempo a narrativa se torna
sofisticada pela multiplicidade das realidades apresentadas e se assemelha a forma que o
mundo é experimentado e vislumbrado por suas contradições. 13 Finalmente, e não
menos importante, destaca-se as redes sociais (blogs, Facebook, Whatsapp), que por
definição compõe uma plataformas híbridas e complementares, o que facilita também
como ambiente para mediação das ferramentas supracitadas e desenvolvimento de
conteúdo, tanto pelos docentes como os estudantes, sendo esta a forma de conexão e
expansão dos conteúdos midiáticos mais intensa, construindo assim novas significações
a partir das discussões realizadas.14

Conclusão

A utilização dos recursos proporcionados pela Narrativa Transmidiática é atraente para

educação dos estudantes de graduação e possibilita a apreensão do conhecimento. As
possibilidades de exploração das múltiplas vertentes midiáticas em HE estimulam a
reflexão e problematização da realidade sob a qual a enfermagem foi e é historicamente
representada. É importante ressaltar que, independente da narrativa historiográfica, seja
na ficção ou qualquer outro gênero midiático, o docente deve estabelecer uma análise
problematizadora que possibilite aos alunos um olhar amplo e crítico a partir de
contexto histórico-social, político, relações de forças intrínsecas, intencionalidades e
vertente ideológica que nos transformam naquilo que somos, e mormente estimular a
questão foucaultiana, o que fazemos com aquilo que fazem de nós? São esses os
aspectos que favorecerão os recursos transmidiáticos na construção e ampliação do
entendimento de temas como representação social, imaginário social, ambos
constituintes da identidade profissional. Espera-se, com este estudo, oferecer subsídios e
inquietações para novas investigações sobre o tema.

Referências

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identidade profissional [tese de doutorado]. São Paulo: Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo; 2012.

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Pratten, R. Getting stated in Transmedia Storytelling. A practical guide for beginners.

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http://www.insite.pro.br/2012/abril/mulhermaravilha_segundaguerra_eua.pdf
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