Você está na página 1de 65
CQISAS QUE NAO FAZEM OdITHIe2 7 re 51420) ‘Nn POR QUE HOMENSTEM PEITOS? e POR QUETEMOS FE? POR QUE MORREMOS? PARA QUE SERVE 0 SEXO? ¢ POR QUE OS HUMANOS TEM CONSCIENCIA? ema U NID MSU CURaePUAe EO O ms ONO ene sy r1y EDITOR Fart dade SICTOR CIT, ‘nba reat abe Ca estrone cs Mes nate et Reh Prat). Thana Soa Ca ie Pry net Giz eter rae ada Coa mr Goan cna Tals Ch Ses ee Rn sa Cin ‘Sere detadagta ales Zn mor ar Pangoneae tana isis serene a ian ono Sow staan ‘SecrtournteGtns saree ins hagas Poet ri Oem oi rw i can 20 Mao eer omeoann Soa EE Gru as ara NM Fe fame a sou Sige emer mn es ‘Sosacusar See fae ea Sh vse hemo WL FIPP Pawn Fanaa havens RC esdene tacts Gana his verter a Ti Dis Dre Sas Og ‘Me Cat Sen le AO LEITOR Fome de descoberta Pessoas priticas e chatas costumam dizer que a necessidade é a ie da invengéo, mas nunca se lembram de que, antes de inventar as coisas, & preciso saber como elas funcionam, para isso é indis- Pensével a virtude completamente nao prética da curiosidade. E tal virtude se estende principalmente aquilo que as pessoas préticas e chatas consideram CO poema a de Caras Drumman Andrade, lusTRagao ‘29.6O1SAS OLE NAO FAZEN SENTIDO m 39 POR QUE O CEU E AZUL? COINCIDENCIA ENTRE ONDAS DA LUZ SOLAR E PARTICULAS DA ATMOSFERA GERAM 0 FIRMAMENTO ANIL QUE TODOS CONHECEMOS E AMAMOS, texto crovana ctrarot ‘Nao, nao é porque ele reflete os ‘oceanos, como muito desavisado 4d saiu repetindo por a. Trata-se de um efeito provocado pela dispersio da luz solar através da camada de gases que envolve o nosso planeta. Mas, para enten: der como isso funciona, é preciso primeiro lembrar de duas caracteristicas da luz A primeira & que a luz se movimenta em ‘ondas ~ mimisculas, 6 bem verdade, im. perceptiveis aos nossos olhos. A segunda & que a luz solar, por ser branca, é na verda- cde uma mistura de varias outras cores, as visiveis, que podemos observar quando se forma um arco-fris, e as que ficam nas faixas do infravermelho e do ultravioleta, que esto além da nossa capacidade visual. Cada uma dessas cores corresponde a uma ‘onda com um determinado comprimento. A.azul tem um dos menores comprimentos de onda dentro do espectro visivel. A ver metha é a que possui o maior deles. Pois bem: quando a luz.do Sol chega & Terra, ela esbarra na atmosfera e nos mi Thares de mindsculas particulas de ar pre- sentes ali, Grosso modo, o que vemos é uma espécie de reflexo da luz ao cruzar com esas particulas. Quando o alvo onde a luz ‘40m 29 COKSAS QUE NAO FAZEN SENTIOD bate tem uma dimensao compativel com seu comprimento de onda, parte da energia da luz ¢ absorvida, fazendo suas cargas vibrar e emitir de novo a radiacao, Como os tons de azul tém os menores comprimentos de onda, eles so 0s tinicos compativeis com essas pequenas particulas, que entio absorvem essa luz e a rebatem, espalhando o azul para todos os lugares. Por isso 0 eéu 6 azulado durante o dia, J ao entardecer, como o Sol passa a iluminar a Terra com um angulo mais oblt- quo, a luz tem de atravessar a atmosfera Por uma disténcia maior. sso faz com que a fracao de azul seja diluida de tal modo ‘que nao conseguimos vé-la mais, abrindo ‘espaco para enxergarmos apenas os tons mais vermelhos que, por terem um com- primento de onda maior, se espalham me- nos. Outro fator que influencia a cor do céu € comum nas grandes cidades do mundo: a poluicao do ar. Quanto mais houver par- ticulas em suspensao na atmosfera—além das que naturalmente fazem parte dela ~, mais aluz azul é espalhada, aumentando ‘ vermelhidio no pér-do-sol, como se pode notar na comparagao entre um entardecer em So Paulo e outro no interior. @ MARTE provavelmente tem um céu de coloragéo alaranjada ou avermelhada, por : causa de sua atmostera fina e das f paticulas de poeira presentes nea Rebatendo e espalhando COMO AS ONDAS DE LUZ PINTAM 0 NOSSO CEU. ‘Ao chegar as partes mals altas da nossa atmostera, a luz solr é branca, mas sso significa que, na verdade, ofa 6 uma mistura de todas as cores do arcs, além de alas de radiagdo qu 103608 alos nda Captam. Deomerimenta Cocecey v Cada uma das cores do ‘Acontece que a uz azul espectro luminoso tem um temo comprimento de comprimento de onda onda exato para ser carcteristico,o qual pode Y)—esnathasa em todas as ser determinado pela regdes pelas mo distancia entre duas da nossa atmosfera durante cristas” da ondulagéo 0 dia, o que leva & nossa luminosa corespondente percepgdo de um cu azul nrooRAFico ‘29.001SAS OLE NAO FIZEM SENTIOO mat PARA QUE SERVE O SEXO? SEXO E GOSTOSO, NAO HA QUEM NAO GOSTE. DELE RESULTAM NAO APENAS SENSACOES BACANAS, MAS BEBES. SO QUE HA UMA PEGADINHA BIOLOGICA NESSA HISTORIA: PRAZER E POSSIVEL OBTER DE INUMERAS MANEIRAS, E.0 SEXO NAO EAUNICA FORMA DE UMA ESPECIE SE REPRODUZIR. POR QUE, ENTAO, PRATICA-LO? TRES PRINCIPAIS IDEIAS — NAO NECESSARIAMENTE EXCLUDENTES — TENTAM EXPLICAR ESSE PARADOXO. Sexo ajuda a evolugao Avariabilidade genética, desde que no cause efeitos colaterais ruins, pode ser ‘uma mao na roda para a evolugdo. O sexo rmistura as caracteristcas genetiens de pai fe me, Portanto, aumenta as chances de surgir ume combinacao mais eficiente para a espécie, que vaiser selecionada. Na Teprodugo assexuada, 6 hi mudanca por ‘caso, quando ha alguma alteragao no DNA, Esses eventos so mais rarose aris~ cados, pois podem fazer surgir alguma alteragdo maligna para 0 organismo, Sexo corrige erros no D Se 0s genes dos pais so o rascunho, os do filho serdo a verso passada a limpo. Se hhouve algum erro de DNA no pai ou na mie, a mistura genética que surge com 0 sexo pode permitir que ele seja corrigido, Isso porque, na hora de produair um des. cendente via reprodugio sexuada, o DNA dos ancestrais dos dois lados é “recombi- nado” ~ eles trocam pedagos. O que estava cerrado em um pode ser consertado pelo “backup” do outro (0 amor nao ¢ lindo?). Em organismos que nao fazem sexo, esse tipo de correcio sé é realizado pelos ‘mecanismos internos de cada individuo, E, mais cedo ou mais tarde, prineipalmen tecom o envelhecimento ou com oestres- se ambiental, tais salvaguardas falham. itusraagho nur Sexo ajuda a escapar de parasitas A reproduco sexuada tem como prin: cial objetivo misturar as caracteristicas do pai e da mae. E isso serve para muito ‘mais coisas do que apenas estimular a corujice da familia como bebé. A mistura genética aumenta as diferencas entre os individuos, e isso serve como um fator protetor para a espécie como um todo. (Os microorganismos que se reproduzem assexuadamente, por exemplo, apresen- tam bem menos diversidade genética. A ‘mesma arma (ou remédio) que serve para atacar uma bactéria “mae” é capaz de detonar as bactérias “filhas”, que sio pou- comais do que meras cépias da original Isso é muito mais diffeil de acontecer entre humanos exatamente porque faze- ‘mos sexo. Na prtica, a mistura genética confunde o parasita que est esperando para capturar um bebé recém-nascido, Se o causador de doengasjé aprendeua viver no organismo da mde, precisa comecar tudo de novo se quiser pegaro flho. normalmente no fazem sexo, mas as vezestrocam DONA entre si, usando para f0 u tipo rudimentar de “penis Pe uey Pu v ‘Quem recama de estar na seca” quando fica ‘algum tempo sem sexo nunca oui falar dos bdelddes:animaizinos que vive hi uns 100 milhdes de anos sem i ara a cama Por tudo que 0s ontistas sabem e pela mais pura Nica, um Dicho qu passou tanto ‘tempo se reproduzindo apenas pela forma assewatla jd deveria ter sido extnto ou estar prestes aver seu DNA ‘se desiniegrar com 0 excesso de mutagbes. Mas os bdeloies,veja oe8, desafaram tudo isso e seguem vivendo em ambientes ids, como musgos, pogas crregos. lis, existem 400 especies dees. ‘Qual o segredo? Em verde ter das copies de cada cromossomo, como a gent, esses bichinhos tm 4, afiema 0 pesquisador David M. Welch, que trabaha no Laboratrio de Biologia Marina do Instituto ‘ceanogrético Woods Hole. Ao que parece, em algum momento do passado distante, 0s ‘romassomos dos belies duplcaram, gerando os animals que confecemas hoje. Com 4 cbpias de cada gene em mos, a espécie & capaz de corgi 8 deeitos agendtios ediminul sua exposi¢ao aos riscos da vida sem sexo. € como se tvessem absorvido a grande vantagom da reprodugéo sexuac: seu DNA6 corigdo interamente, sem que haja necassidade de um acesalamento, a ~~ TEM CONSCIENCIA? MILHOES DE ESPECIES VIVEM SUPERBEM SEM SE RECONHECER NO ESPELHO - MAS SO NOS SOMOS MANIPULADORES TAO SOFISTICADOS. texto crovana GIRARDI | 7~ Juntamente com a linguagem, tal: vez a consciéncia de si mesmo, dos a préprios atos e dos outros seja uma das iiltimas barreiras que separam de al- guma maneira os seres humanos do resto dos animais. Quando questionado sobre a origem da consciéncia humana, o bidlogo alemao Ernst Mayr, considerado o Darwin do século 20, respondeu com simplicidade: ela veio da consciéncia dos animais. Se gundo ele, nao ha justificativa para consi- deré-la propriedade exclusiva da espécie humana, Trata-se de uma caracteristica moldada pela evolugao. E é o que fica com- provado com formas rudimentares de no- a0 do proprio corpo, observadas entre grandes primatas e outros mamiferos (veja quadro nesta pdgina). Ha décadas a ciéncia busca explicar 0 que nos faz dife reentes dos nossos parentes mais préximos, os chimpanzés, Afinal, ele fo capazes de rir, jé foram flagrados crian- do aliangas para derrubar um macho lider ‘até mesmo em situagdes em que parece se colocar no lugar do outro, coisa que se imaginava ser exclusivamente humana, CABEGAO Em algum grau, essas caracteristicas sao, indicio de uma forma rudimentar de.cons ciéncia -ditam os estudiosos de com: portamento animal. Os bichos tém iiocaq_ Diante de um espelno, um cachorro apenas ficria latindo para o“outo cio" ‘Apart dos 18 meses de vida, orém, toda pessoa & capaz dese recorhocer das coisas a que tém acesso e se do conta de eventos no ambiente. Mas como inferir se tém autoconsciéncia? A teoria mais acei ta é que essa propriedade é fruto da evo- lugao do sistema nervoso e s6 teria sido obtida com o aumento do cérebro ~ e 0 surgimento da linguagem. Foi no Homo sapiens que 0 cértex, camada superior do cérebro, atingiu seu desenvolvimento mé: ximo. E ¢ justamente essa drea a respon: sével por atividades mentals consideradas “nobres”, como consciéncia, linguagem e raciocinio. O nosso cértex, contudo, é s6.a verso mais exagerada de uma tendéncia que jé pode ser detectada entre outras criaturas do grupo dos mamiferos, ‘wustaagho Arresposta mais direta para a pergunta cima entdo é: porque os humanos tém um cérebro grande e complexo. Mas por que le se desenvolveu assim? Levando espe cificamente a consciéncia em consideragao, a resposta pode ser a nossa vida social extremamente complexa, cheia de alian- (as, viradas de mesa e traigbes. A necessi le de estar um passo & frente dos outros, de antecipar as jogadas de companheiros e adversérios, teria aumentado significa tivamente nosso processamento cerebral E, para entender a cabeca dos outros, nada ‘melhor do que usar a nossa compreensio de nés mesmos como um “modelo” deles. Nasceria, assim, a autoconsciéncia. @ Cee unr v 29.COISAS QUE NAO FAZEMSENTIOO mL 48, US$ 300 MILHOES 6 0 valor aproximado anual de doagdes para cardade feitas nos UA, 0 pais do mundo que mais faz esse tipo de contribuicdo aos, ‘Moisésrecebe os 10 ‘Mandamentos no Sina: ép ‘im; histria, eto visto, n ‘REFUGIADOS da atua Palestina costumavam ir parao Egito quando havia grandes secas,o que poderia ‘ser uma inspiragdo para o Exodo, POR QUE HA TAO POUCAS EVIDENCIAS HISTORICAS DO ExoD0? MOISES TERIA LEVADO MILHARES DE PESSOAS A TERRA PROMETIDA. MAS, NO DESERTO E EM ISRAEL, NAO HA SINAIS DE UMA GRANDE MIGRAGAO. A Biblia esté repleta de imagens inesqueciveis, mas pouca gente discorda de que uma das mais, fortes é a de Moisés usando seu cajado para abrir o mar Vermelho econduziruns 600 mil srclta rumoaliberdade. © con- senso entre os historiadores, no entanto, é que a fuga dessa multdao do Egito munca aconteceu ou, pelo menos, deu-se numa escalainfinitamente menor, Em vez de serem escravos libertos e con- Auistadores de uma nova terra, os israclitas, ancestrais dos ju. G8 deus, eriam surgdo lentamente na prépria Palestina, cristalizan- do-sea partir de povos que sem- pre estiveram naquela regio. DE NOMADES A ESCRAVOS Sé para refresear a meméria de quem nunca assistiu 0 Principe do Egito, vale lembrar como o Antigo Testamento relata © surgimento do povo de Israel. Segundo as Escrituras, uma familia de pastores némades que vagava pela terra de Canad {onde hoje ficam Israel e a Palestina) se refugiou no Egito para escapar da fome € da seca. Os egipcios os receberam bem Porque José, filho de Jacé (0 patriarca da familia, também chamado de Israel), era 0 primeiro-ministro do fara6. Passaram. se 400 anos e a familia se tornou um povo numeroso, Com medo de que eles tomassem 0 poder, os egipcios os escra- vizaram. Inspirado por Deus, um lider carismatico chamado Moisés forgou 0 faraé a libertar os israelitas e eles volta- Tam para Cana, exterminando os habi- tantes da terra e tomando-a para si imica, ferramentas, cultura — tudo sugere que os israelitas eram quase iguais aos seus vizinhos. Acontece que ese roteiro parece ter mais furos que um queio suigo. Para comesar, nenhum documento egipcio ou de outros povos do antigo Oriente Médio traz qual quer mengio a José, ao faraé que 0 “em- pregou” ou a fuga em massa dos isralitas. “Isso € um problema grave. O argumento de que os egipcios nfo registravam derro- tas €falso: a saida de um pequeno grupo nem era um revés,e eles relatavam derro tas, im, mesmo quando diziam que nha sido um empate’,afirma Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ri- beirdo Preto (SP). Amengéio mais antiga a Israel fora da Biblia data mais ou menos do ano 1200, vem ~ironicamente ~de um documento egipcio e fala de um povo jé instalado em Canaa. Num monumento, 0 faraé Merneptah diz que “Israel esté des- truido, sua semente no existe mais" ni tidamente um exagero da parte do monar- ca egipcio, que diza ter vencido Israel Embora a Biblia diga que Moisése seu povo passaram 40 anos vagando pelo deserto do Sinai, os arqueoléges nao acha ram nem sinal deles na area durante a ép0ca - por volta de 1300 a.C. - em que © Bxodo teria ocorrido, O grande proble ma, porém, vem dos dados obtidos na prépria terra de Canad, Segundo Israel Finkelstein, arquedlogo da Universidade as, idioma e ‘TEXTO REINALOO JOSE LOPES de Tel-Aviv, os assentamentos que vo dar origem as cidades israelitas comecam a parecer nas montanhas da Palestina em toro de 1200 a.C. Sao pequenas vilas rurais e pastoris que apresentam exata ‘mente o mesmo tipo de cultura material ~cerdimica, ferramentas, maneira de cons truir as casas etc. ~ presente nas cidades costeiras de Canaa. Ora, a Biblia diz que os habitantes dessas cidades, os cananeus, eram um povo inimigo e total- mente diferente dos israelitas. Mas 0 que a arqueologia in- dca é que 0 préprio povo de Israel era uma dissidéncia dos cananeus ~ gente que teria se estabelecido em novas vilas nas montanhas por raz6es que ainda néo foram totalmente esclarecidas. Outros indfcios de que a hipétese da origem cananéia esta certa sao lingtisti os: o hebraico, lingua em que foi escrito 0 Antigo Testamento, é quase igual 20 idioma dos povos vizinhos. Sem falar no préprio nome Israel: ele termina com 0 nome do deus cananeu El, enquanto os israelitas adoravam Javé, diz a Biblia Anda pairam, no entanto, algumas diividas. Por que diabos o povo de Israel inventaria uma origem escrava e estran- geira para si proprio? E como explicar a origem genuinamente egipcia do nome de Moisés? Para alguns especialistas, isso indica que um pequeno grupo de fugitivos do Egito se incorporou, de fato, a0 grupo maior de cananeus que deu origem a Israel, de forma que sua historia de libertacdo virou parte das narrativas sobre o surgimento dos israelitas. @ ‘29.601SAS OLE NAO FAZEMSENTIOO mM 49 ) Ebem dificil ver alguma fungéo na PARA QUE 2? veers ‘grosso conhecida como apéndice. S E R V E 0 Ela pode inflamar com relativa facilidade, causando uma dor de arrepiar os cabelos. a 2 E, quando isso acontece, o tinico trata- A Pp EN D I Cc E A LEM mento é sua retirada cirdrgica ‘Como sem o apéndice as pessoas vivem muito bem, obrigado, imaginou-se por D E Cc AU S A R muito tempo que ele era mesmo inttil — seria apenas algo que foi importante para nossos ancestrais, mas que perdeu A p EN D J CITE Ds fungio a0 longo da evolugdo, como 0 © dente do siso. Nao passaria de uma sobra da época em que éramos herbivoros e MUITA GENTE QUASE MORRE POR CAUSA DE Pr eee ‘ De * oe rot. c .. oot C ‘ - c v \ 08 ‘ eo c c . Cc c ee : or v of b re. Como a substancia praticamente de- nad de tempo, em portugués claro. v ¢ ~__saparece ao ser dilufda em agua, aefi- Outro baque ocorreu alguns meses de- cdcia do tratamento sempre foi bastan- pois, naquele mesmo ano, quando a \ ~ te questionada. Para os defensores da _ revista médica britanica The Lancet \ homeopatia, aexplicacdo esta em uma praticamente declarou guerracontraa ©. (_ suposta “meméria da égua”, na qual homeopatia. Acompanhando um estu- c c ficaria preservado o potencial terapéu- do que concluiu que os beneficios do c & { tico do medicamento. Um trabalho tratamento se restringem ao efeito plax c Oc Publicado em 2003 na revista cientifiea cebo, a revista publicou um editorial = «© Physica A mostrou que, ao ser congela- _intitulado 0 Fim da Homeopatia. Nele, ‘ wc c do, um copo com cloretos de sédio ede _ 0s editores da publicacdo se diziant \ x “litio diluidos em Agua até quase desa- _surpresos com o fato de o debate con- ote c c parecerem apresentou diferencas es-\ tinuar mesmo depois c c . fruturais a0 ser comparado com um de“150 anos de resul- Sinai de Qué-aS jedades © \ copo de gua pura. A avaliacdo foi fei- , tados desfavordveis”. ss aa = ¢ X \ tapor meio de uma técnica conhecida _Pesquisadores da ferapéuticas sao “lembradas “pela como termoluminescéncia, quedetecta Universidade de Ber- qua acabaram sendo desmentido: uma revisio de 110 . c ~ AGUA FRIA testes clinicos que analisavam o efeito & c c Em 2005, no entanto, uma pesquisa de produtos homeopéticos para doen- oes \ publicada na revista especializada Na- cas que iam de infecgdes respiratdrias oOo. ture jogou agua fria, com 0 perdio do\ adores pés-cirirgicas. Acomparagio ¢ ‘ trocadilho, nessa crenga. Os pesquisa- em todos os casos era com placebos. 0 ‘ ‘ ores, iderados por RJ. Dwayne Miller, que os cientistas notaram é que pacien- C c c da Universidade de Toronto (Canad4), tes dos dois grupos apresentaram re- \ demonstraram que defatoadguacon- sultados bastante semelhantes~aho- = © = KC Segue armazenar as propriedades de < meopatia nio se mostrou melhor que c \ substdneias diluidas nela até sumirem. 0 placebo para curar alguém. Se ela ‘Mas somente por 50 femtossegundos _ funciona para algumas pessoas, a res- . 3 \ "(1 femtossegundo equivale a1 bilioné- ponsabilidade seria da mente do a c paciente, nao do remédio. @ c c ssimo de milionésimo de segundo) - um c c DILUIR uma substanca, em geal,

Você também pode gostar