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ipee cede advan Baur Sone ee Estado ¢ Constituicao ~ 15 DAVID SANCHEZ RUBIO ENCANTOS E DESENCANTOS DOS DIREITOS HUMANOS DE EMANCIPAGOES, LIBERTACOES E DOMINACOES TRADUGAO Ivone Femandes Moreilho Lixa ‘elena Henkin, A we Algjandiro Rosillo, Juan Antorio Senen Cordero, José Emilio Palacios Esteban, Alvaro Sénchez Bravo, Azael Rangel Lépez, Lola Cubells Paule César Cor- 2a Booges, Caio Jestis Granduque, Oscar (virrey del maiz) de la Tome y de Lara, Jefferson Celos, Helena Henkin y ‘Asier Martinez de Bringas. Nao posso deixar de acrescer- tar a este lista, sob minha condigio de “NEDAfectado”, fos/as membros queridos/as do Nacleo de Estudos de Direito Altemativo (NEDA) da UNESP-Franca. Sem to- das elas, cnvinuaria 2 caminhar neste mundo como wm morto-viro, desperdigando continuemente experitncias & Por fin, ro devo deixar de econhece infitamente a mesingo en por Roberto Faleios, amigo carnal e de [uu eiteeuempenho pore que ete lv fsse publica Jovte Bani pals Liviana do Advogado Falfor e pe Saimeni, « uasto de Jose Las Bolan, a qual tsbérn Sguadege pelo intorese de que meu castehano fsse & fresco cr portugues, em um pls que tanto amo come 0 Brest Tonndm devo agradecmentossinceros 2 vore Fer ance Morale Una ¢« Hielena Henkin pees cateases {he veram a0 fazer a traducho voluntaia do lvzo. Seri, Setembro de 2012 itulol Desafios contemporaneos do direito: diversidade, complexidade e direitos humanos: 1. Introdugio ‘Ao longo deste escrito, pretende-se abordar os desa- fos do direito frente aos diversos problemas que atualmen- testo colocados pormundo globalizado e, ocasionakmente, Gigitalizado. Dizia Oscer Wilde que apenas poderia falar de nada porque eré 0 Ginico que poderia falar um pouco. ‘Nesie caso, nao se pretende, com tanta ironica humildade, falar de nada, mas falar de algo, de um pouco mais sobre ‘0 direito modemo ¢ sobre direitos humanos, iniciando de juma conereta intuigéo que, como premissa, pode servir ‘como ponto de partida, que € o seguinte: 0 imnginsrio jurt- ico ¢ 0 paradigras juridico gecralizad e oficial que predomina tent nosso contexto cultural seassenta ent alguns ios, em ideias tcortceitos que se colacam como grandes obstaeulos limites parat folucionar os desofos da sociedade global que alguns gostare de ‘Ghartar de “sociedae da informagao” nicialmente, destacam- ‘se, no mifnimo, trés obsticulos, impedimentos ou limites que se manifestam em forma de mal estas que compreer der interativa e interzelacionalente: a) epistemolégico; b) axiolégico; o) cultures. seu de expicaresses limites; paraleamente cont A oS orma de anecipesto, sere =presen contonth os, comm tara sere de eoporcablidades que tas, come, Gesat p devest assur © ncOrpOrat PAT 9 emai Jeeta, Sto quatro ¢ exio vinculadoe 8 superay cee sel Sspevoqao oo poltic, do istrico e do necesel dace gona e chamaraatergao osvstre jus aReAeS nang yoagun Fleszera Flore: sermon pensamento complexe, relacional ein tendiecipinue: ee srnaz uma ractonalidade iia de vida «sobre © vive ett tomo uma éicareprodutiva.e de resisten= Fee er feck 20 sofrimentohumano €cOm a Conv: endin arbiental: 3. Unlizer um paradigm pluraista de drei: Uineogporar a plastuniversidade ee intercukuralide- de do mundo aoa extucos juries. None quasto desafo, detevnowemes a compreenclet corn Steecos humanco, Tanto a homanidade como St ae etram em ua situaglo de doence ter 2 aca Goran de ind sade ¢eorfer PeTig0s onto- Pinal Aatbes Bosca sun propria exslencia, Como tra Mae a coke Ouse, nurse needs car um passive easto, Cinura que realmente aposte em direitos fensibidade © Cugue, em nivel global, para todos, inv amaos Ue ones juridics eprofissionats do dlieito, cluinde os fbbcianem relagio ales ean seu reconhecimen- somos rales roporse wma pespectiva Complexae ‘Sireutaral de diventos humanos 2.Limites e obstéculos do imaginsrio juridico 2.1, Limitesepistemologicos Pam deatacar alguns obst4culos epistemoldgicos do penasmente juridico modemo, recorreremos @ um conto TIA partir dete, mostrar-se-é de que maneira nosso me _ envio aS imaginério juridico se orienta, constantemente, pelo que Pagar Morin tem chamado de paradigma da simpticidade Gua dualiza, hierarquiza, ampita e reduz a realidade em feral, nao apenas de direito, apesar de que « globalidade Berndial ¢ Gs distintos processos de globalizagio que dao Rontedido a exsa globalizagao reclamarm por outros direcio- SGinentos, outras responsabilidades e outros fins ao fend- Phono jurfdice, Como desafies, nesta situagao de assimetris Emplcidade, desigualdade, perigo e colapso mundial, 0 Sathico, elasional, comploxo, corporel e 0 sécio-hist6rico coven asiguirir maior protagonismo no interior da reali- dade juridies. ‘O conto £0 seguinte: Em um povoado da india, cince velhos stbios ¢ ce- gos discutiam sobre o que era uin clefante. Nunca haviarm Soaido tocar ea urn ¢ em suns vidas jamais haviem er Pontado 0 extraordinario animal. Solicitaram as pessoas: Go povoedo que hes trouxessem um elefante de verdade. GuenaS colocaram o animal diante deles, cada sébfo tocou GAs Gas partes do compo do raro espécime, Um tocou 9 fuboc disse gue oelefante era como wma corda; outro aps ‘pou uma oriha e comentou que era como um cobertor; Pebrceiro kexou as costas ¢ disse que paresia um muro; © Quatto acariciou as pernas e disse que acreditava que era Eto uma coluna; € finalmente, o tiltimo sibio a tocar & fromba oconsiderou como uma serpente. Vamos imaginar que odireito 0 elefante. Da maneira coino o interpretamos a partir do paradigms da simplick- Sade temos # tendéncia de separar e segmentar as diver- Sas paries que compoem o mundo juridico e dividir sua SSnpplexa ¢ plural realldade. Com isto provocamos ume soctnicis de corsunicagio entre seus distintos elementos. Basta, por exemplo, apenas observarmos, salvo raras exce- oes, 0 didlogo, vinculo e relagBes que se estabelecem entre Casitas disciplinas ov matérias nos Cuss0s de Direito tambén ss que ocorrerem entre os diversos saberes jU- ioe € outta eifnciag, tal como entre as ciéneins uma Tar eas demnais. Por outro lado, é curioso observar come SERS eicainieatee é gmarcante a dusBncia de didlogo entre os especialistas em ‘race humanos e os civilistas; e por outzo, como é fecha- dere maicagao e retroalimentac2o entre os peralistas € ce A kracionalistas com 0s jusfil6sofos e historladores do Peete. Sem ainda considerarmos a falta de comunicacao aes. aireito das universidades ¢ o mundo social ex que Site constrét Definitivamente, nos encontramos em meio zea fragmentacao dos saberes estabelecidos entre sabios augue que aereditam possuirem a verdade e@ soluceo pars tudo. ‘Entre outras razbes, esta situagto se deve em 18280 20 predominio de uma cultura Iigit-formal caxtesiana ue Pic, separa e abstral o mundo jurfdico em distintos ni — Reditz o direito a0 dizeito estatal, ignorando outras expresses juridicas nfo estatals(plcraliomo furidico) © etm sereditando que direito ¢ somente norsna ou inst fuisdo, sendo esta uma pesada heranca do positivismo fr Shed. O resultado a absolutizacio da lei edo Estado, bem eiStoa burocratizacao de sua estrutura; também se reduz: $PeiBer juridico A pura légica aralitica e normativa, igno- oar conexdes entre 0 juridico,o ético € © politico, nso Tbonae do ponto de vista externo do dizeito, mas também internamente. nGepara, sem capacidade de autocsitica, o pubico do privado, com consequéncias negativas que, como garantine, ‘Poscuen os direitos humancs a partir de wma perspective Ee alia as racionalidades instrumental ¢ mercadoldgica, Sen lado, ¢ patriarcel ov machista, de outro, Também Separa.o juridico do politica, das relacoes de poder do ‘SP igmorando as estruturas relcionais assimétrices © de- Sigutis entee os seres umancs. Ainda, separa a pratice Se ae (gem relagao a0s direitos humanos € a dimenséo pré-rioladora da pos-violadore dos mesmos, somente ot Preocupanco e dando unicamente importancia a esta dt. Pre eracja, sequela que admite que direitos humanos se Feivindicar pela via judicial a pavib SaNcie RUBIO _ Finalmente, abstrai o mundo juridieo do _contexto soctocultural no qual se encontra eque o condicions. Nesta see anna um esvaziamento e solamentodohumano + diiricensto corporal, individuas com nomes e sobrene sua. de necessidades sujeitos que produzem realidades, rae scrados assim, sores sem ateibutos, fora de contextoe coneihinados as suas proprias producbes sScio-histéricas, sion gto © mercado, 0 Estado, 0 capital © © proprio aa eorngpetral a tal nivel que, nés juristes, acreditamos cee eas padprias ielas, categorize, coneeltos © WoT85 se oime garam os fatos. Como uma espécie de endeus- 0 Tigdenieo, confundimos as ideias com a realidade Tent Ptgontece aos sdbios cegos hindus, nfo perceDe- Tal Soo elefanie nao vive nem habite boladamente ers moe digo, mes age © se relaciona com cutros elefantss ¢ reeera cnirnais em habitat e contexte do qual é parte 2.2. Limites avioldgicos ‘Do ponto de vista dos obsticules axiologicos, $80 tts as reflerbes que se deseja vessaltar e possuern forte cone: So com o afirmado anteriormente: @) Convivemos com um mal causado pelas concep: oes juapositivisas e jusnatuclists do direito, Devido 20 Seeidvitmo,estabetecou-se uma cultura formalista (Ue oy Posi l emiealto como simples técnica d= reguilagio cons: wende ° impesta por uma autoridade concreta, O Estado a anto inguitulgno contraliza a capacidacle de producie ena mito co Poder Judieidrio acaba sendo seu principal Soke interpeetativo. Desta forma, 08 valores e Principios CreRe aperbe podem ser reconhecides como verdadeiros Se eeioe inetrumentos estatzis e/u judicisis, Com o sur ralismo, defensor da imutabilidade dos valores oo sae etabelécimento prévio, acaba por descontextuali- oe Fe Stepartelos do conjunto de zelacbee © acdes hima wer ado as que realmente ox constroem ¢ Thes contre Uignilicedo, azo sendo de competéncia exclusiva de vena cespes Sizer o queé a liberdade, a igualdede Eamgaetinnes oem 2 20 Mietace naman. © jumatralatio orale co va: ieee ee nee merce eens socltlchitorcamente produaides O reuliedo@cnrora Sed ianstes b uscsaade a sternpaae elses) vidio digsidade se interpreta partir de Putincas tbatrtizanel e formats slbeas ignortndovse os tempos, Se eapagon trios humance urs (para ua coien Biapocnias oot jepsunvoeas Calcoetianieel aon, teeta ei ages oceras fetta ente © ber Genttico ets valobee dic e moma, Se rea as oe ees ira dels fide) de Soponvanildade gece refasgs Beanies pallens dbuaroithde too de leroes rare Ga qfstia «overrun slartiaico petro eG 3s Gebtek eeaereeenunmcne argrets ten Exponent pifice c determitadas exprenes de ner. cio de poder’ fina, eases reducinismosacabam por el- Sie eee cae ee ect oad Ue conetrals creche diversoe mundos axtlegics (ese Oeentidor| oseraal 0 Didina, oeconomc, Chundica © Gnioeocanate ‘em tereeo lugar rats do contexts do imaging: seen Se cottons eee ee fequtnca de mercuntisepho e manelariaagto de oda a arcoie da vida, oe fragrertam, oo destroen «or sed Wee ice cae eee neue, onan © de cbteres de mibaino benefice eevrin © Sear cpanel canes Sises cute. Rerdences au estonia Ca ec Side social eambiental Meso doponte desta reco, Se sees oo duane pricyas o: emlonet Hebei reas pecs oe Uaioe mmc zo. Todos nés acbameo senco potenciairene supeitos malian foc peceda du Gunns poli, Serente ten 2 pavib sine gun ¢ delinquentes, e maigainda (com maior intensidade) diferentes, os que nil fazem parte de nosso horizonte de vide. Limites culturais Finalmente, encontramo-nos diante de um duplo processo de reducio ocidentalocéntrica: juntamente com a hegemonia liberal individualista ¢ imposta uma homo- ‘genlzacao em todas as (instincias) ordens da vida sob 6 padrio do capital, da cultura monista-estatal e do saber ox Facionalidade técnico-cientifica, A referéncia (padr8o/modelo) cultural cam que se interpreta e se atua no mundo fol estabelecida por um modelo de ser Rumano masculino, branco, propfietéro, maior de idade, europeu, cristio e com 0 ito de genhs- dor (vitorioso). Neste sentido, pode-se afirmar que os mesmos direitos humanos pasiam a ser uma expécie de temo com gravata construido para um corpo conereto sem que se permita ou permita-se seletiva e aleatoriamente, 0 reconhacimento ou existéncia de outres corporalidades (indigenas, femininas, negras, camponesas, trabalhadores, nfioproprictarios, ete), Oridente pesca a ser oreferente de humanidade a partir de um determinado ponto de vista tanto epistemologico (eiéncia) como cultural (liberalism) Seu proprio imaginarie e horizonte de sentido sobre 0 po- IMtico, a ideia de democracia, o modo de produzit e distei- buir 6s bens que satisfazem as necessidades humans, a ‘maneira de relacionar-se com os demais e com a natireza se converter nos tinicos referentes validos e verdadeiros. Consolida-se um sistema de valores prioritrios ara um coletive financeiro, bancario e governamental dominante (os donos do capital) e uma conereta raneia decompreender a divisto social, nica, econdmica,sexval @ cultural do trabalho, exchtindo, ignorando e dessruindo. ouitias Formas ou expressies E sobre tal estrutura simbélica, constituinte e signifi cadora que se “normalizan” e natusalizamn to essimetias Scrat porien Heaven doco i 2 ‘edesigualdades socioculturais, ¢ por esta ra2i0, n30 é pos- sivel 6 direito ser reduzido a mero instrumento técnico de controle e regulacao. £ ocultada, invizibilizada e ignora- daa face colonizadors e imperialista da cultura moderna @suas expressdes racionais, epistemoligices © normative. (Lander, 2000). 3. Allgumas propostas ¢ desafios 3.1. Assumir um pensamento compiexo, relacionalle interdiseiplinar Frente a um pensamento simples e estreito, que re- duz e abstzai a diversidade do real, hi que se cultivar um pensamento que saiba dlstinguir relacionelmente, porém. flo separar, 03 elementos que constituern a realidade ju ridica. A interdisciplinariedade, o inter-relacional e inte ative, dialogicamente, devem ser incorporacos 8 cultura dodireito, © “elefante do conto” é a soma de todas partes fe rauito mais (a soma de relagoes com seu entomno © com outros atores de mundo animal e cultural). Atualmente, estamos experimentando_processos sociopoliticos ¢ socioaconémicas de transformasso c de reestruturagao do capitalismo dentro de um contexto de globalizacio do munclo organizado por diferentes expres Sees que conferem cistintos contetidos (processo de glo- balizagio cultural, militar, econdmico, politico, etc). Esta realidade afeta radicalmente o papel, @ funcionalidade e 0 lance do direito positive tanto no ambito interno como ‘em sua relagso externa com outras manifestagbes de poder, de construgao de realidade e de criacao narmativa (fené- menos de pluralidade normativa). Novos atores © novos acontecimentos tanto internacionais, nacionais como locais. reconfiguram as mesmas fontes do direito, tornando-as, complenas. © paradigma epistomologico e racional cient fico da simplicidade e téenico formal estatal se mostra ca rentee insuficiente. 30 paw SANCHO wer No imbito das novas ciéncias, desde mead 10 XX, esté-se produzindo uma revolugto centifica equiva- Jente & ocoreida nos tempos de Newton, A complexidade da globalizacao mundial se aproxima da complexidade do feal através de maltiplos desdobramentos no campo da cibemética, da epistemologia genética, da computacio, dos sistem:s autorregulados, adaptatives © autopoistico, das ciéncias da comunicagii, das ciéncias da organizacio e docaosdeterminista, da nanotecnologia e das ciéncias da, biodiversidade (Gonzalez Casanova, 2008).O progresso de todas estas ciéncias do complexo altera profundamente a divisto ea articulagio do trabalho intelectual, das ciéncias humanas (incluindo a jurfaica), das ciencias em geral, das técnicas e das artes. A partir delas, € quebrado 0 sentido, da disciplina compreendida como autoritarismo © dog- matismo, substitulcio por cancepgoes como contingencia, indeterminismo, caos, entropico e nenguentrOpico” Sko imposias tanto as concretitudes como 2s particularidades, dos fendinenos, entendidos agora multidimensionalnente, «¢ assim éafetada a subjetividade do observavel. Conceitos como atratives, 08 fractais* as esteukuras dissipativas © a rosiliéncia, incidem e insistem na importaneia de “apren- der a aprender” sabendo coordenar o mundo do macro com 0 mundo do micro; o geral e as totalidades com as pparticularidades. A estrutura do real se interpreta a partie do mulltiescalar, da interatividade, da incertara, do azar e da interrelarao entre ordem, desordem ea organizagao ins- ‘divel de todos sous elementos? z A neguentropie ou nepentrapie, também chaniada evirapis nogetive © sintropin, eee ae erence Acer ee Ve Sep eins (eguimiscpeceate scenes tar sft teeth torte dynamic beeen eel aree earn fe emuneipagocsteragbes# demainngte 31 k iy ceriene rotons aor mule Seo tcs cneeen a orc open lonely ‘Snplonospeesute muta ebiigads'e ever er conte dost ecapladcs no unc do tee pra que,com ele Senge pedis pon evobar« daptirae fos ves ee for Edger Morin Hembero Maturans, Frncico Valery, EiSiry‘ Cll Mann, Pablo Gonos Casanova, Norbert Wriee Cceeg: von Been, ges goto, tas fuel Walleiol, Sanur Amity hcao Neves Rolando arch, Hoeven dy Sonn Sang Oncas Copan Ups Filho Jove Eduardo Fars, Niki Cutonann, van icy Fran Hinkelamer, Cais Retepe, Mickel Pouca Fone Boucien Mion Santos, Pee Meneses, Joaquin Eresemn Hosen ln Gallas, Uictuna Chant ae Mart bu albere Warat, esto antonio de ln Tore Rie Fe Alsace edie, Nomnen Sloramn Alfaro, atoms Eivicg Wetter Chstvetne Walsh, Donna J. Haraway, ost Brotioet,igneco blac Ral Foret Beancou simone Palas Eagar Lander, Anand atte Ane Eel ginto, Wale! signa, sebiwe fees Votan Shiva Eausedo Guaync, Wclth mites, Acie hay, Eralquo Lal Castors tsira,AnaEather Cava, Marcos ethan, Joss Aru Sesatt de Fenton muse cnt {om anigade como poneamento compoxo™ ‘Famed Basccona: Cedi, 2802 Lar ute sts nee pra etc de f= er Batel PS So Es mere exon clang Sc Wael Bina sienna dca Nate Ckra 300 Seebear gaan fae Goeting aaret etalon Sere fee) rn de ose tev bard: Wai ‘Meine oes Rater Reermare Mes Ef prniio teen Meco isda rad: fore Bigs Altman 368 do mem soe nn bo. ‘Gare Prancinc Ef lel soncimenia Tarokng: Babe, 199: Matar, Tone Eermical epee tomar ie hued BE ERSRSP EUS hee Vanda Manns ps nee dma Se I'l accor oe so Bg iy a San ee BE HIER PoC nade nace: Plo ats Harney, Dee) Gisele veh Moda. Cie, ime sob peasant eg Sian So ts Sn ane Me fe arc) gna Cache Bef Corer do 32 Davib SANCHEZ RUBIO _-ssiusicial scandal uci (O imaginario positivista, formal e estatal co dirsito ¢ derrubado com este novo paradigma da complexidade. Se 2 simplicidade fragmenta, divide e nBo se comunica com Se saberes, como O° sabios hindus do conto, neste momen: fond que se aposter pela interasso einterdisciplinariedade das racionalidades, Ngo se trata apenas de se abrir para outras disciplinas e enfrentar a resistencia académica ¢ das Corporagtes, Os horizontes das disciplines devem se abs a partirde seu interior. Ampliax a comunicabilidade de to- as as partes do real. Nao é unicamente o dlireito que se folacions com a economia, ética e/ou politica, mas no inte- Hor do juridico ha elementos econdmices, politicos, cult fais, étcos e de genero. Omesmo ocorre com o restante dos CSpagosem que se desenv olvem as relacces humanas, ‘Todo objeto de investigacao recupera os contextos em ‘questo inseridos. Neles s20 eruciaise tempo, os ritmos, 05 espagos, as corporalidades e os sujeitos que (re)significam constantemente a 7eclidade em diferentes niveis ou escalas, de maneira tal que nunca poderto ser controladas em sua totalidade. Por iiltimo, as novas cifneias falam da passagem de uma epistemologia do “criado” para una heurfstica da “Cringe”. No campo juridice, deparamo-nos com uma cigncia do direito em cringio constante, um direito dina nico, mutivel, resignificado, como processo Permanent: Endo estético; delineado por institulcoes, normas, atores, 6/01 suicitos, agdes, procedimentos e valores sdcio e Wisto- Heamente construiéo. 3.2, Adotar uma racionalidade e uma de vida ¢ do vive Por outro lado, 6 urgente © necessério explicitar o hi gara partir do qual se Valora ea partir de onde os cien- Estes, pensadores, pesquisadores eespecalistas do dircito Se comprometem, Ja se falou acerca da situagdo de enfer Tiacendey Administracin Poca, 2010 Esclnego gue nperas nono is posits ae enue vote vgmesge Secure eco x midade quase terminal do planets. Como chaifa 4 aten- G20 0 Blosoto costaviquerho Eciardo Stwe-Femandes, Rumanidade © o planeta Terra expersmentam wna sere de perigos onolopicose, inclusive colapsos mands. © thotemento das desiganiclades, a expanse Ge umn cultora imperialista ede guetaz a degradesio do meio ambiente © ‘ destrulgho da biodiversidade terrorismo intemactonal o trafico de armas, de drogas e de pessoas, a homofobia: 0 Gao ao aiferente;» cultura sactiial cesta e toda classe de Furdamenvalismos; o maltrato aos iigrantes, 0 incre- mento da culture individulistaegotsta e comesmistay eto So alguns dos sintomas e tambem algumas provas man festas (Saxe-Ferndncies, 2005). Queira se ow mio, todos 05 teres humanos porsuern certs reeponsabilidade, Ninguem Por esasraa0es, no hi comoser recusado ocompro- isso com 9 human, com sues condisbes de exstencia © Comm a natsters. Por tal razso, & rlevante a construgho Se sim pensamenio critica e de ua ica da vida edo vivo, ne ligh« construlda pelo geriaimento de libetagae de Fron Hinkelammen ¢ Ensigie Dusse, através do eitrio «do Principio de produgéo, xeprecucao e desenvolvimento da ide humane (Dussel, 1598; Hinkslamamert, 198; 1996; 1998) Nao bstante,conjuntamente sho vérios ox reference Axiolégicos que, de forma imperativa ou extras prévios Norteadores,ceveriam ser levados ez conta nas anises Soclais estas — Desde logo, o prinefpio da diligéncia (“agéncia”) humana defeadito pelo comentarst police shteno He lio Gallardo. Rtomando 0 fxito da modernidade sobre a capacidade de ind\vidaatizagio oor sepens, ocompro- ‘idseo e a sersbilade com o human se taduz na di Postgto e impulto de lutar pela ciagao de condigdes que Permitem a fodo ser humano dot de sentido (ibiaira, Fev, cultura socal, poco, econdmico, nico) sas Prprine produsser « slagbes as guais nao controla em Fin totalidade, Semelhanteideia ¢ expresen por Jooautn 0 rls da riguoan huranao Qual delercle a por sbilidade'de reago de toda pessoa as relagses em que se ‘encontrs, a partir do propriocritério de dignidade humana (que adquire sentido e se desenvolve em cada contexto cul tral, tico, social e politico (Herrera Flores, 2005). ‘A partir desta aposta pelo humano,o direito e sua for- aa de conhecimento devem se tomar maisafetivo esolids- fo, atento As necessidades e corporalidades humanas sem excegdes. Tedo ser humano, com names e sobrenomes, de- vem ter @ possibilidade de constrair e reconstruir mundos fem todas as dimens5es da vide. Com este compromisso, se di um passo adiantenace pacidacie de saber dividir e sensibilizar-se pelo sofrimen- fo do liom sapiens-demers. Isto pode se teadwziz através do denominado imperative entegdrico contra as vitimizagées, préprio do pensamento critica e de libertagao retomado por Franz Hinkelammert a partic das concepgoes marxs- fas © fato de jogar por terrae denunciar qualquer situa- ‘loom que seres humanos sejarn denegrides, humilhados ¢ vilipendiados, implica uma opg30 por aqueles que 880 produzidos como Vitimas (vitimizados) por mei de 16- gicas ¢ dinamicas de dominacio, discriminacao, exclusao fe marginalizacgo, dando conta tanto analiticamente das catisas ¢ condicionantes que as produzem como contri buindo, colaborando e participando da geragio de dins- micas, préticas e processo que as enfrentem. A dlmensao reflexiva acompanharé 2s proprias Iutas libertérias com sous atores que pretendem desvitimizar-se e ganhar au- toestima. Neste sentido, nao se pode esquecer que 2s relagtes Iumanas com nossos semelhantes, com a matureza ¢ com ngs mesmos podem ser desenvolvidas por meio de duas inns un augta aeeon i x- Forettoceegorcoclic joge prem ders relagnenque n amem sf m ‘hte eer uM pavib SANE RUBIO. & indmicas ou légicas: a de emancipagSbe libertaglo;ea de Sominagao e império.” ‘As dindmicas de emancipagzo se estabelecem através de relagbes nas quais os seres humanos se tratam entre si como sujeitos, de forma reciproca e horizontalmente, soli- Gario, de acormpanhamento € de respelto. Estas l6gica per- item ao ser humano viver e possibilita a capacidade de Conferir sentido 2 realidade e “fazer edesfazer” mundos. Possibilita a geréncia ea riqueza humana. "As dinSmicas ou logicas de dominago e imperialistas sso aqueles que estruturam relagSes nas quais os seres hu- ‘mance sio discriminados, interiorizados, marginalizadcs e/ Sueliminacios, sendo consideradoscomo objetos. Nelas, per~ Gesea solidariedede, o acompanhamento e @ horizontalida- Ge, € estabelacemn-se processas hegeménicos e hierérquicos Colonizadores nos quais tudo é manipulavel e prescindivel a pertir da superioridade de uns sobre outros. ‘As relagSes humans se organizam, canalizam ¢ re- conduzem através de uma série cle medingBes einstituigoes humans s6cio e historicamente produzidas. No ocidente, @ Estado, o ciretio, a cl8ncia, a ideia de contrato social, @ {greje, ae religibes, direitos humanos, os processos de de- Hhocratizacio, etc, s8o algumas das produsoes institucio- ‘ais utilizades, entre outras coisas, para proteger, garantir Grdem e certezas, resolver os conflitos sociais, prevenix @3 ‘meagas, satisfazer as necessidades humanas, et. © As instituigies se encarregam de regular 0 conjunto ‘de processos relacionais que se desenvolvem em um grupo Sodial, em urna comunidade ou em uma sociedade. A re- gulagdo pode estar imbufda dedinimicas de emancipasio, Guando mantém ¢ abre espacos de reconhecimentos como Shjeltos diferenciados que particioam de determinadias re- Ges de reconhecimentos como sujeitos diferenciados que ‘patticlpam em determinadas redes de relacBes, ou podem for extruturadas segunda l6gicas de dominagao e imperia- is tista quando permite que alguns seres humanos tratem OS demas como objetos, surgindo distintss formas de humi- thagio, abandono, clesprezo e subjulyasto. “Aculturajuridica e do mundo do direito em geral de- vem ineorpors: este imperative categérico contra as Viti Ullzagbes pare saber distinguir os distintos processos que Scasionam as condicses para sermos reconhecidos come Svjeltos ou para ser reconhecido como objetos er todas Gsleras da ignificagao humana (de gonero, sexual, étnico, politico, cultural, racial... Analisarefalarsobre proprieda- Re intelectual, direlto econdmico, Lex mercatoria, mediaglo, Conclliagso, arbitragem, sociedade da informacto, direito [Shoral diveiio urbanistico, diceito bioenergetico, direito tribulatio, ensino juridico, administrasso e polfticas publi- Cas, direiio internacional, direito penal, criminalizacao € rdtica judicial, direto ambiental, direito do consumidor, Birelta da crianga e adolescente, dreito do idoso (da tercei- a idade), etc. partir de logicas de inclusfo e rechagando Dexclusto, potencializaria o avango para um mundo aten- to bs diverse situaghes de injustica e barbécie. ‘Com a articulaglo entre seres humancs, agées, meios ce mediagbes, ha que se prestar atencio quando se reificam {bs produgoes uinavas sobre Os propos eres humancs Guiguando sso realmente os seres humanos 0 referente Ge qualquer emancipacao e libertacio. A partir do direito pode see deve-se lutar contra expressio de subintegragio eer subvalorecdo des pessoas (por exemplo, em materia Ge subeldadani Ou de migracao em situagoes precéries) ‘Como juristas, devemos seber para que e para quem se in- terpreta sto ulilizados os sistemas juridicos e de que nor- gna protege ou enfrenta as desigualdades. ‘No espaco onde se produzem relagbes de dominio ou hierdequier exclidentes, hé que se visibilizar as estruturas de desigualdade e assimétricas nas que determinados cole- fivos titam & mereé de grupos de poder e sistemas que si0 Hransfostnadas em sdolos € fotiches endeusados que esto fauna da condigdo Ausnana. Particularmente, no capitalis- ‘mo, grande parte da culpe meio-lim ea obtengao do maximo beneficio que, entre ou tras coisa, produz e amplia uma sociedade global de ga- nhadores ¢ perdedores. ‘Tal como se antecipou, para que © ser humane possa produzir e reproduzir mundos, deve viver. Por esta razao, deve assuimir e incorporar uma racionalidade e uma ética ds vida edo vivo, uma ética que saiba resistir de forma sen- ‘sivel e compromatida com o sofrimento humano, Todo ser humano deve viver sem ser sacrificado nem se mozto por um valor, um ideal, uma instituicio, enfim, uma produ- ‘a0 ou eriagao humana. A vida humana nfo sobrevivesem Aatureza. Muito podem-nes ensinar os povos incigenas ‘© outras culturas ancesteais para que possamos aprender lumna ecocultusa epistemoldgica (Soldrzano Alfaro, 2010) € um biocentrisma antropoldgico em que todos nds terhamos 8 possibilidade de viver. A produgio, reproducao ¢ desenvolvimento da vida um criterio de realidade: para que © ser humano possa sentir, respieas, falar, comunicar, criar, recriar, significar © resignificar mundos, deve viver. Per esta ra74o, partimos da consideracéo de que a vida humana 6 0 fundamento interno da realidede, A vida humana (nio abstratamente consicerada) funciona como critério de julgamento detoda fs80, tanto sobre a que a produ, reproduz e desenvolve emo sobre a que a aniquila ou cegrada. Nos referimos 2 ehh como fim, nao como iim programa que se pode cumprir ou se fracascer, Trata-se mais de coneligao para qualquer coisa, agaa ou eventa que estd dentro dos marcos da reali- dade histérica do ser hurnano. Sem a vida dos sujeilos, nso |d discussio, nem tazio, nem valoragio, nem sentimento (Elinkgslamert y Mora, 2006)" Os ordenamentos juridicos a ee eee hin cnc pn rs ee Sohne eer tact ye cele! teeadce See rae meee ae pavib SANCHEE RUNG e direitos humanos guardam relagio com a administracto da vide eda more de todas as pessoas do planets, com no- nes ¢ sobrenomes. Este ponto de construgto de uma cién- Gia e uma cultura juridica responsdvel que alia condigdes Ge existencia humana com anatureza. ‘Ainda, por sugestio demeu querido amigo Leonardo Wandell, fago aqui quase uma traducao literal do email que me enviou comentando este trabalho, para projetar e Visualizar melhor este principio de producto, reprodugeo fe desenvalvimento no se pode debxar de lado a impor- tancia da temitica das necessidades e potencialidades que ypossui esta categoria, apesar dos equivocos e riscos que ‘carroge om si Somos sujeitos necessitados © queremos realizar rossas necessidedes © nos tornamos cada vez mais ricos Gm necessidades. Esta categoria, como assinala Wandelli, ‘pode sera que expresse melhor @ mediacao entre os sujei Tose bens reconnecides a partir do ponto de vista juridi- cornormativo. On direitos 80 medicamentos para os bens (incluindo objetoe e relagdes), que satisiazern as necessida- des individuals ecoletivas. Talvezisto nos permita superar ‘© paredoxo do direito modero sem fundamento. A’ vida Rumana eo mundo natural em que est inserida s40 os fandamentos que limitam a mange de possibilidade de formas de vida dignas, Nem tudoé posstvel. Da vida como Gailerio de realicade 6 que se extral o principio de produ- Go, reprodugao © desenvolvimento da vida humana. A Vida €0 devido” 33.0 paradigma pluraliste de direito (Quito desafio para a cultura juridiea é 0 de incorporar ‘6 paradigma do pluralismo jurfdico frente ao paradigma ‘Gripen conina sito oo princpiod vids humana Qualquer oo ou pol sreiuinepmonda cove eid Soe trem can opto polar cendes tertile ge cngionns homage pean de * aman enc covet elke ethdeem andes de 2 2eaipomes toergbe domi 39 46 sno frida. Ja comentainos que a cescente cE Plesdade do mando contemparineo ests colocando em Eiuagio de cise o Estado, o que afta eeu principal intra mento de contol: o direitoestatal Sua soberaria politica Juridica erth endo amencada e dininutds porque fal pro” ressivamente perdendo o controle Ga coertnca sstenica de suas leis, Osocidlogo ejusiésafobrssilers José Eduae- io Faria assnala que 0 fstacto nto possi mais como nao substiuir ap nornss abstatas, genérias e impessoais por Formas pariccinres, eapeciices ¢ “Hinalistass tendo que Submeter seu ordenamento jurdico A competéncia de Ou: tros ordenamentos. E encontramonos em tna suas de policentrlsmo ou polisistémica normative de onde o die Fetto estatal perce sua centralidade e concorre com justigns ‘rormatividades paralclas, multas das quais,porem no Silene, dominadas por sim logics fnanctiva eercentste 4 capitalisne (ana, 2001) [Neste sentido, as normastxadicionais atentadas em tenses dehomogenteldade, promulgades com bese nos Principios da impestoalicade, generaldade © abstragto € Se rigor scmintco, organizadas a partir de um sistema Uruldio, lg, fechado ehlerarguizad,coerente, em i unas @ antinomian, aio excensivamente simples para dar conta da plutalidade das situactes socials econbmicss € cilluras cada ves mais diferencias, A complendade so- cioccondeniene a crescente desigualdade dos conilios, lan to nivel supranacional como tnfrasiatal, como tembern zo interior do proprio direlts postive estatal, sosteam 8 Perdida capacidade de regular « isciplinar nosexe coc Undone o strgimento de outras espressdes de plurlidade Juridica rompem o monopélio estatal. Novasfontesdedireito novossujetoseatoresem todas a excalas expacais (seals, egionais, nacional, globas) € novosdicettedessfiam a wnieinde ehegemoniacodirelic ‘stata, tomendo-eineuficlentee deficient, © surguncnto, Sentro da processo de globalizagio, ce modelos herarguie cos de dicete,evidencia a exiaténcia de formas civersas analisar. A melhor shaneirade visualizar o direito manifes to de policentrismo normativo ¢ 0 paradigma do pluralis ‘mo juridico. Defendide por autores como Antonio Cazlos Wolkmer, Jesus Antonio de la Torre Rangel. Boaventurs de Sousa Santos, Oscar Correas, Edgardo Ardila, German Palacios, Alejandra Médici, Alfonso de Julios Campuzano eopréprio José Eduardo Faria, 0 contexto global manifesta Suas especificidades regionals, como € 0 caso da América ‘Latina, territ6rio perliérico do capitalismo. Por esta 4740, merecem mengao especial no apenas os dispasitives nor mnativos da lex mercatoria, mas também as nagdes © povos indigenas que, desde os tempos ancestrais, tem desenvol- vido seus préprios sistemas juridicos de regulacio social e, desde 1492, vem enfrentando o imaginario politico, econé- ‘ico e cultural procedente da Europa ¢ FE.UU ‘A questao € que a estrutura normativa do direito po- sitive formal moderno no inicio de século XX1 € pouco elicaz, sobretude, para solucionar e atender os problemas relacionados as necessidades especificas das sociedades periférieas. Na América Latina, a nova fase de desenvolvi- ‘mento do capitalismo e seu processo de expansio através de estratégias de dominagio pelas nacdes mals poderosas intensifica a sangria dos mercados dos pafses mais fragels epobres e, increment os niveis de desigualdade e contra- digao social, Entre outras coisas, provoca uma crise de leg timidade ¢ funcionamento da justiga baseada na primazia Tyre otra do plural Jd, Wott, Antoni Calo Plone rice Fae de reel del Deco Sev AAD. De (oe {ss mang de David Strcher Rab, Woe Ato Car Vrs Ne, fate Sia sie Coe Ropes Sone reece aes, sre Goyoetin/ SRA ta Staats, Sorento wine er nrme ava emnresoesta rae/ a e See Seat ete aeneres ‘rips ome Ae Pca Aa Tee ite ces ans utean naors bore oe {Sm tn Spe bata em gwar dee pluralisime que toda snilive jurfdica deve perceber € 4a avit SANSHEZ RUBIO ‘Scemacagen Wrage Someta a £ ¢ exthisividade do modelo estatal de direite'e nos valores Individualistasliberais, crise que surgiu noinieio do séeulo afeta as nagdes indigenes De mesma forma que existem relacbes sociais de eman- ipacdo e de dominacao, surgem expresses do direito es- tatal e de direito nao estatal que absorvem estas mesmas Aegicas. Podemos nos deparar com normas juridicas esta- fais autoritérias e discriminadoras e com normas juridicas ‘omunitérias ou coletivas nfo estatais com forte carga de Violéncia despotica, mas também s8o produzidas, em am- bos os casos, normas que reconhecem e garantem direitos hhumanos ou de espaces de dignidade. Além de saber anz- sar qualquer expansao de pluraridade do direito, também 1a que se desencantar com # recuperagioe consolidacao de toda manifestacdo juriclia, sea estatal ou no movida por ddinfenicas emancipadoras. Esta € a linha defendida, por ‘exemplo, por Antonio Carlos Wolkmer ao propor a busca de uma visto jurfdice mais plurelista, democrétics © enti- dogmatics que reflta melhor e dé conta do novo contex- toem que se encontram os paises latino-americanas e que ‘tenda os coletivos cuja experiéncia de vida émaisdesigual (Gioos dominados, os vitimizados, 0s “de baixo”). A partir de ums nova postura militante e comprometida, 0 autor ‘posta no projeto de win “novo” direito, transformando-o ‘em instincia a servigo da justica. da emancipagao ¢ da dig- nificacto dos seres humanos (Wolkmer, 2003a), Sua pro- Posta parie de uma nogio de phuralismo juridico, caprz de Yeconbtcer elegitimar normas extras efnfacsitais, engenctras Por earbicisse necessidntes provenientes de novasatores socials, € ‘copaz de cater a reprosentagdes logs de seciedaes emerges ‘marendes por estratures de igualdades precirias ¢ puiverizadas Por espogos de conto permanente (Welker, 2008). 1¢ mesma linha do plurslismo emancipador, Jess Antonio de Ta Torre Rangel essinala, dentro da dispu- ta pelo poder jurisdicional entre o Estado e outros atores Socials, 4 raza0 dos povos indfgenas em sua lula pela re- Supemsgo de sua meméria, pelo saber histérico Ge suas telvindicegSes © coloea em yearcha procescas socials que a avin SAN? RUBIO. ceriam coriceltos ¢ realidades para a construcio de condi- (oes de dignidade humana signifieada a partir do ndfgena Edo campesinato, Opove desenvolveem suadispatae Tuta, 2 capacidade de decieso de contrapoder capaz de procuzir Fealldade. Autoalirmasio, autoconsciéncia e reivindicacto Ga identidade camponesa ¢ indigena sintetizam tanto as, priticas juridico-libertadoras que produzem solidariedade Eomo conceita distinto do politico como servico eabertura ‘so outro (De la Torre Rangel, 2010). Em fancio do considerado, a cultura deve assimilar «¢ incorporar o paracigma pluralista de direito por duas, TazGes fundamentais: ) porque permite uma melhor terpretacio da complexidade dos atuais acontecimentos, que 0 contexto da globalizacdo esté provocande sobre 0 mundo juridico; eb) porque em sua versio emancipado- 12,0 direito tanto estatal como nao estatal pode ser instru- mento a servico doe coletivos mis desprotogides © mais Valneriveis Isto , hé que se ter clareza de que no existem insténcias salvadoras que possam manter a margem as in- Auancias das relagoes de poder. As normas juridicas ¢ 0 fenOmeno juridico se encontram em um continue proces so de significasao e ressignificagzo. A luta por nominé-lo © construf-lo de maneira emancipaciora ou dominadora n&o. desaperece nunca Mesmo assim, fazendo ume projecto de visto nor- mativa pluralista ¢ de direito no campo das garantias de direitos humanos de forma libertadora e emancipadora, pposlemos nos encontrar a escala local, nacional, regional @ internacional e/ou global, com mecaniemos de} juridicas estatais e mecanismos de protecdo jurélica no estatal (por exemplo, através de sistemas de resolucao e reconhecimento do cardter indigena), , além disso, com instrumentos de garantias de direitos humanos nao Juri Aicos, ou aeja, de corte social, econémico, cultural, 6tnico, sexual libidinal, etc ativados por instincias quenzosanex- clusivemente judiciais nem estateis (delineadas por lutas, Gurls dapamtinenorat (mine etna timate denon a3. framas 02 Conjunto de agdes relagBes humanas coletives = movimentos saciais ~ e cotidianas — individuais e di. fries ~ de teiprocidade e horizontalidacles desenrolades, em todoe 08 espacos sociais). Ox teja, © que afirmamos € que existe mecanismos multiesalares de garantias de direitos humans de carster juridico estatal, uridico n80 estatal e80juridico (socioeconémico, cultural, sexual, po- ‘tico--) <0 traca 2 linha de pensamento de Fielio Gellar~ do de que direitos rumanos sao para toclo momento e em todo higer. 3.4.4 Pluridtersidade e multiculturalidade do mundo No qiediz respeito a uma escala mundial, temos.no contexio 20 globalieagao, uma multiculturalidede mito dara. E évi9 ¢ claro que existe diferentes tipos de 50- siedades multiculturais. E também um fato da factualid: de vida cu éxistencia de uma pluralidade de culturas no mundo ena Noss, propria area geografica, Isto tem conse- gutnclas negatives (problemas t canis de identideds coexisticia Com base na distingaa nés/eles ou outs), ras também positivas. E € neste espago que a cultura ju ridica tom que saber como se mover. © fato multicultural dere toms 0 como dena inl 0 ah, como ela 0 Programa, como exigéncis legal que ful 3 ras reall Span Sina noiten Doe conten numa humanidade que deve caminhar junto para conquis- tar e recosecer gp Hireltos plmamente huinanos © para toes, som exec i Este £0 derradelto desatio propesto ara a imagioa- 0 juridka:a incorporagto coneciente eexplicta do malic culturalisono muncio, sem incorver em situagies ideas ‘ideals. Os procescon de globslizagio, acompanihades Pelesnovistecndiogias imemet manaportee, como sviee, trens, car705 ¢ bareos, telefonia, etc.), a internacionalizagio docapitalopotencial para ummeiorinlerchmblodeldciase pessoas em interface, algumas er condigbes mots pre. do queouttts,6 queconta para as diferentes expressbes: a caw SaNCHEZRIBIO 1 1 4 * ‘humano koexistirem na vida cotidiana, néo apenas a di tincia. Além disso, as sociedades lntino-americanas $0 sociedades pés-coloniais, ras quais cocxster diferentes visoee de mundo e direitos consuetudinarios a lado dos ancestrais presezvaos por grupos indigenss, quillorbolas, ‘camponeses, seres urbanos, bem como cori diferentes cul: ‘Curiosamente, neste contexte latinoramericano, 0 que esté acontecendo em alguns dos paises capitalistas atrase ‘dos como Bolivia, Equador e Venezuela, apesar de adotar 4 estruitura juridico-politico constitucional e garante da tradigao europela e “USAmerican” uma nova reviravolta aberta, senco produzido nao somente @ pluralismo juriai co, mas também do multiculturalismo. Através do cons- titucionalismo latino, a chamada Nova Americana se ve formada por multiestados com alguma a‘inidade, pacém com Perspectivas politica diferentes. No caso do Brasil, também constitucionalizam se direites étnicos ecoletivos, sendo assim reconhecida uma série de novos direitos re- lacionades com 2 dimensao multinacional multigtnice de sua sociedade. E um processo de mistura cultural 20 lado do paradigms moderno que nao € 0 Unico a estabe- ecet _garantias Juridlcas © polfticas. Juncaram-se outres racionalidades ¢ outras epistemologias tradicionalmente silenciadas © marginalizadas cujo reconhecimento se faz recessério. Estes direitos estio normalmente relacionados 3 grupos indigenas coletivos e/ou de asceadéncia africana (por exemplo, o dieito A terra, 0 direito & autodetermina- S40 € autonomia, os direitos culturais, educaczo, lingua, fradigées © costumes) que sistematicamense foram subme- clos 2 uma hist6ria trAgica de resistencia, desappropriacio, genoeidio e barbie. Também o novo constitucionslismo Tatino-americano incorpora em seus institutos ambientais direitos que protegem a biodiversidade eo meio ambien- te, também estreitamente ligados a antigas cultures. Nesee sentido, ne Constituigao equatoriana, © meio ambiente é Sujelto dedireito e,como tal, deveser garantido, protepido emantide (Medici, 2010), {t somopugionIbrageere soap 45 od i830, 08 processos de globslizacie afetam mui- Gov instituigoes twadiconalmente aesociadas 2 tos Gp Ome de Estado Nacional dentro da tac: POs eenidade: democracin, dicetos bumanos € ¢ ghe ip omesto de cidadania. A explicagao do elemento PrOfigetl a ny questionamento, uma cite © wins snufd dite Inatituigoes ou conceit. red sp 408 mais proeminentes desafio do pluralismo éa rodtitigracko, Bete € um daqueles tipicos processos tp fiibem coloca B prove todas a8 sociedad, ea "185 de direito e democraticas. O movimento: em Fy atititin de pessoas, como um fato relacionado 20 teat italia, degafia nosso senso ético de conviven- allot ereconecimento de dignidade humana. Faz a! feabuica de uma concepaBo everente de cidadania con #9sdizejtog humanos. A imigragto evidenciaas ‘5996 os limites de nosn cultura odidenta! legal # tamanoe e nogio de cdadania, propicianio sie de Ponsibilidades © epgbes para consteuit ama tum? at ato. © ato de crar expayos de humanidads © muti serie todan epettendo ns diferere dchtfedtfindendg a vida vale sempre a pena em qual- ext ivenle social e cultural. Para isso, o direito pode cat se em. ferramenta de teconhecimento Feet FAX’ iP8iNdtio legal deve promover propostas inter- iss Bite ae Ertcros de rqueze Feconhecenco © cailiZom®. Todos devem ser capazes de dar significado agi P85 producdes e possuir a capacidade de inte Hav fousrelacoes g pars de aiversidasdeeultaral = ast’ oi Politica, juridica, eosnémica, etc. Que melhor 20 [Spelt garantir as dferengas, reconhecendoy opm com a iversidade cultural, Ha um ditedo 2-8 We exqpresea lego mreito bem: “cada um A sa ent", 0528patistas deixam isso claro com a expresséo_ ite? Ode cazbam mulios mundos"” wthe—feBover taco iso €interessante promaver es- i508 ¢ Pluritépicos que possam abri-se ac oulro, cf Davib SANCHEZ RUBIO, a so diferente, em particulafnos Estados que se dizem multi- acini (como Bola Equador e Bras. Emboraenistam imuitas propostas multicnlturais, a defendida neste traba- Iho € a que podemos chamar de intercultteralidage plurtver~ salismo de confiubneta ow séco-histrica, tal qual as linhas de Pensamento definicas por Peter McLaren, Catherine Welsh EHerera Joaquin Flores, um interculturalismo erica ede re- ‘isiéncia (Herrera Flores, 2000; Walsh, 2010; McLaren, 2000), ‘Trate-se de um compromisso com o fértil cruzamento en- tre culturas e diferentes formas de saber, considerando que todas as culturas s80 incompletas, constnaidas por signos, saberes e significagdes que permmanentemente transfor ‘mam as telagdes sociais, culturais e institucionais, e nestas elacdes $80 edificados os significados. Para este tipo intereulturalidade cansidera-se que cada cultura € impreg: ‘da por varias cultures e racionalidades, e que devemos defender a igualdade na diferengs, combinando aunbos os principios em toda situagio que produza @ desigualdade. Os dois imperativos categéricos que sintetizam ber sio os indicados por Boaventura de Sousa Santos: a) temos Oo ditelito de sermos iguais quando a diferenga nos inferio- Fiza, eb) temos 0 direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza. Estas categorias desafiam a oposicdo igualdede-di- ference e passam a defender 2 complementaridade entre ambos frente a desigualdade da dominaczo ou assimetria Aiscriminatéria no modo de ser, fazer, no conhecimento e hg estar, As controvérsias sd0 resolvidas buscando-se crit ros de emancipagao que permilam um proceso continuo, aberto, ftinerante e em tansito a partir das experiéncias © Contextos das pessoss (particulartsmos tenses dle universalida 4), prineipalmente aguicles em estao em condicao de su- bosdinasao, vulnerabilidade e vitimizacso, distinguindo diferenciando, por um lado, aquelas politicas de abestura ‘para a humanizagso e, por outro, as politicas de fechamen- fb (endo em conta as dindmicas de exclustio ede desuma- Plzagio), Uma interclturatidade-multiculturalidade que Fan ignore as relagges de poder e as preiensdes de hege Seatpate menace : 47 monia de uma cultura ou grupos sobre outros em todos bh nivels (epistemolgica, axioiogica, ideolégica). Em sin- face, spaces de Farmaco de seres huimanes como sujeitos ‘piutais; mas sem cair em uma funcionalidade que conso~ ida imagindrios hegemonicos imaginario pré-definides e Préestabelecides (como podem ser 03 estabelecidos pelo Eztado-Nacgo, segundo 2 logica do capital e de cultura pa- ‘area. 4. Uma proposta intercultural e complexa de direitos humanos Finalmente, 0 ponto culminante do considerado, se estabelece uma proposta de pensamento complexo ¢ inter~ Cultural projetadio para campo mais especifico dos direitos rumanos, como elemento transversal c recorrente no mein Hoda dlencia, do conhecimento eda atividade humana em geal = Primero, hé um imaginéio simplificado e reduzido sobre direitos humanos. Nossa cultura de direitos huma- hos, jf dissemos, € baseaco em um alto graui de analfabe- lems, Concentra-se na dimnensio por-violada e é baseaclo ho un patadigia esatal, ignorando a dimensio preven iva « pré-violadora ou seja, aquela que existe antes de ser ‘olada, Sem que neste momento se discuta em profuncli- Yadeo que se tems fazer €ampliar o olhar ea maneira de Conceber direitos humanos. Devemos confrontar a eldssica Separagdo entre teorla e prética,o que édito eoqiie é feito Stambém enfrentar o controle que, a partir do par Sasimplicidade, reduz os direitos humanos a tecrias filo- Séficas, normas, instituigoes juridices e efiedcia jurscica do Estado. Entre outras coisas, pode afudar muito apostar em uma nogao de dizeltos humanos entendidos como processes Usaberture ¢eonsolidacio de espacos de lute por diversas formas entender « dignidate humana e como forma de acessar a Dens quesatisfazesn necessidades humanas eque, em gerel, & sto por stemas de Valores ¢ posigdes em selaso 0 et Geto $5 (eterera Flores, 2009). Sera musito wil zrnpliar © tes eetly g olhara partic do paradigma da complexidade Sea el pate ag hutas dos movirnentos S0ci4s que 0 e telaciona) Fgnificam a partir das lutes cotidianss ind CTBARI, Gin corno as distintas formas de eficécia © g- victuals Gerionmente cts de cazdter jurdico ato estatal Fane gino as gurentias e politicss socials, Também deve em epicaada § convocasao e comscincia de ume cultura Ser ealblidade sociopopula: de cireitos humanos populs- Setieitos tumanos que nfo estzja baseada emuma tnt Be isersdo ou forma de vida humana. Portanto, sueitos So renee capecidade de relacicnalidade, dos entornos ¢ aaeee temporns em que se situam, sas espiitzalidades Seat de logics de corinaglo imperialsta owe ema. {Bato e Hberiacio que deve ser incorporada aa enslise Joriica (p.e.exclusto /inclusao) Ein segundo lugar, como jé dito, os direitos huma- nos sa ume cepécie de termo, palet6 ¢ gravata: voce tem BRE acer ou colocar todos os homo sapiens, incluindo uC cies homens e mulheres que nso precisam vsi-lo mas Sten outra maneira de conceber Foupas ou Pe=que seus cae ear figuras ou espiritualidades nio se encabeam neste Saree te Yorma (Genches Rubio, 2007, 2010) Fredomina mietonapindsio exceasivamente eurocéntrico ¢ near que, sree Be ese virtudes e elementos positives, acaba por ShEiiccer uma cultura extremamente ancstesiada © ca eeltan uina Unica forma hegemonica do se: humane: funstritda pelo proprio Ocidente em sua trajetSria © pele sore le meadesnidede burgueta liberal (outra perspecti- aera oe Jubre os dineitos humans er Senent de Frutos, 2007). “Neto ne tata de demunctar o problema que existe em concaber Sicellos humanos a partir de wma concep¢ao de SonseRlamnente simplisin, estreite ereduzida, mas incorpo- ras emnenig cultural ¢ relacionedo & universalidade do Fane eitinae a dizeitos hamanos, cea ensino, analise ea. Ee poll carregar em si um condicionante rnulto SeoSMiclonadas ‘por contextos materais hegerOricos 48 onvib Sn See omits ag negativo por sua dimens#o e peso eurocéntrico, De nosso Panto deWista, ¢ ideia de direitos humance oficiaimente Ritlia e mais difundida ma cultura tanto das pessoas de Zenso comum como no Ambito des operadores jusidices © SSbrigos académicos, nfo 80 provoca uma certa indoléncia, Soclldade e passividede, como também consolida a sepa Siodo, Hadieinalmente recontieciia entre teoria e pratica, TSinbem pare de um imaginarioconfinado 8 cultura o dental. a . Por estas razbee, quando se fala em estudlos € saberes sobre‘on dretos hurtanos, hf quese incorporar o elemen to interculturel para evitar continuar partcipando na his- {Saiea concolidacio da discriminuyto © silenciamertto das Sxltuaras € grupos humanos cujos imagindsios, formas de Genser, vide estes, sitmos e tempos so muito diferen- Eo do ethos sociocultural do. Ocizente. Com malor razio quando se considera o contexte ala], marcado pela glcba- Tacdo que amplion os espagas de troca, contatoe soci Iidede pluricultual ‘Alem disso, historicamente, a ideta dos direitos hue anos estd intinamente ligada #9 processo de expansio Tn todo ¢ mundo pela cilfura ocidental. A historia oci- Santat exe replcta de processos fnternos e externos de co- Tonialisenos ¢ imperaliemos, onde cletivos ou grupos que ‘Muintinnm a sua iluencia e proteger suas tradigbes, foram. “ftinas de discriminacao polltles, econOmica de todos 08, Upon tecnleas de clinimatto e extrminio genocida. Ape- sro ‘sou componente emanciputdrio, seu contexto de Sesenvolvirnento do munde também teve uma face de do- ‘Stinaclo, Por esta sarao, existem auitas culhuras e grupos “Bless ¢ povosineigenas que nae confiam emt figuras 3850 Sadas a processos de conquista, roubo, saques, pilhagens Ceatread Questlonam ov direitos humanos como possivel SsEtincia universal que posse darconta de todas as expres- toes cultureis relacionados aos Heats de libertaclo, eman- Gipagio e dignidade hemana. Para compreender melhor acerca das distintas po- sigdes que podem ser adotadas sobre direitos hunanos 5a = cofBiderando suas origens © possibilidades a serem uni- somtimerte compartilhadas, ou pelo maior nimero de Ngfnniss e estilos de vide, seguidamente vamos lembrar Eee fosicbes descritas no capitulo segundo. Delas de- finde Sipe de educecto paraa cidadasiaem ess2nciain- Pemeltusal ou multicultural queremos destacar (Donnely, 1984): a) Em primeiro lugar, esto as posigoes que defen- dem » argumento de que todas a culturas tm processos aeTute e verses sobre dignidade relacionada a direitos Seen so Portanto, todas devern ter em conta e fazer cco senna Giierentes lutas, todas participa de seu processo SEES Srugto e cada contexto cultural hd que se perceber e desis ae diferentes lutas e expresses que na maioris das eee form silenciadas, invisibilizadas e ocultadas; ‘S) Em segundo, ha os que consideram que somente a Ita pels digauiede humana no Ocidente tem sido tradu- HERPOtno direitos humanos. Todas as culturas possuem aMerontes concepgdes de dignidade humana, mas nem to- sae toncebem sob a forme de direitos humanos. © que fa que ser feito 6 encontrar os denominadores comuns & kclescas entre direitos humanos produzidos no Oxidente eT erequivalententes isomérficos que possuem wm estégio Seuin ou nivel de imporéincia equivalente nas culturas que os defencem. Considerando essas duas posigoes, assinala Raul Be- tancourt Fornet que o: direitos ramanos representam una hergleibesteciora para a humanidade, nso senso motivo Se ecto para teconhecer 0 seu contetido emancipats- eo int de ter sua origem historica no seio do Ocidente. Pare 0 filosofo cubano-alemio, direitos humanos nfo s80 watt auto native que tinha erescido mais no terreno cultu~ iT curopeu. Sao expressoes de sua tradigao alteenativa li JReadon, Representa sim uma conquista que tem que Pad obtida na e pela luta pela propria coltura contra ib rasiotncias dos paderes estabelecidos como fetores de Shdem social e politica Pomet-Betancourt, 2001), SRG Re ieee snes st Da mesma forma ecoan 25 palavras de Dieter Sen- ghaas quando deuncia que a isiGria europeia tem sido Siete uh exemplo de antipatia do que simpatia peles di altos hurnanos, Por esta razio, € abeurdo defender aideia Ge que lam sido a stn propria logica interna que levou 8 onguist dees. Em sintese, para Fornet-Betancourt, ahistria dos dt reitos humanos é parte da cultura de meméria deliberasao I pari das reagbes originadas nas experiéncias humanas Siblsdadas, Trancmite tlm expttulo historico de memsza Iibertadora que & incorporeda na luta dos seres Rumanos ‘oprimidos que sofremn injustigas. "O) Fm teeeiro, encontramos posigies que afimam ques Osdiente nto ctiou nem a ideia ounem o concelto de Giretics humancs, mas somente uma forma discursiva, f- {onstica e institucional de slstematizé-los e desenvolvé-ios, Sem ser exclusiva, mas que se tomou hegerdnico, © belga Christoph Eberhard observa que a histria ‘dental fom suas falhas, tem seconhecido direites hu- frames através da sua cultura e histGria encontranco em bua tradigao algo universal (0 respeito a vida humana € Fleal de faterridade irmaram suas raizes nomnais profun- Go da experiéncia humans) Por esta rz4o, ha para des- ‘CSustruira visto ocidental dos direitos humanos, negando Soa universalidace, mas enriquecer este enfoque airavés Se diferentes perspectivas culturzis, com o objetivo de nos Sproximarmos gradualmente = uma prética intereltural bs direitos numanos, como forma de abertura para novos ortzontes de-vida boa para todos (Eberhard, 2002). ‘Em ambos os casos, como assinala Boaventura de Sousa Sentos, hé que se partir da premissa de que todas e culturns slo incompletas e preblemstices nas suas cor peo, algumas mats amplas que outras, algumas sto aos deeciprocidade mals largos do que outros, mais Shervo 20 teconiveclmento come sujelto seres humanos {Gousn Gentes, 2006), So estes as verabes que devern ser {fcorporadas em qualquer programa de pesquisa ou plo- ito que vise promaver um espinto e atitude ealmer 52 avin Sante ROIS snterepltural econhecimento 4s diferencas eque enrigue= inter done emancipatirio em que os eireitos hamanos Ego tocalizados ‘Como uma alterativa exemple, e fialmente, uma atersativa snutedologiea © pedagogica para o lmaginsio teas capas ce expla e que sais do"beco sem sata” jusidico caper of Gali ou paricularidade dos direitos ha- sore so agouri eta de eincorpora em eu PIO- ee er Saatgugno tanto a presenca de varias cultar2s, Fras oe esiivos grupos hamanos e distintas Vises corn aeepsc de unidade a que axpiram, constcuidas ceases es socials propries, que podem set dife- através de reiibtorees ene st-Cada contesto Vat Acar" rents ea ngio baiversidade. Mas ha que ser realizado 0 Stes jo postures essencialistas que aparecem tanto NOS Gitano Pesuitaras Iocais comme mos globus © hegemdni- diseurios «coo ng plunversalim crico de coniltacia id um conhecido proverbio que diz: quando e dedo ponte pts otololla para dedo.. ina mais ole seria cient eg al ctor: cope (Marcos, 1987). Set too OU ines Par polices euctives era materia Ge ieitos Rams SoBe nas Paver situayse no marco teorco que defende & Meee ite de wena icin de universaidade expansionist ‘dels enijgnd'e exeludente, como ume ids de particu ayer faced € looieda que os rejeit por conte de wim dari ano estreto fechado. E por isso que se 0 panto Seer ai cm teres atilizacio € tolo, marco em que SE oe eee cquivocndo porgue apenas existe wih sole um Sasa ay ma afareira de apontar para 0 cét, Na eo sor eridale humana existe varice ss ¢ stelas, ee ea Gados que apontarn e também distintos tax rare dapagos- F sempre muito ensiquecedor © que pode Bere fcc nos que imaginasm e criam munis, por mals ‘fecentes que sejare dos nosso. fh aceltactot desen pluralidade de posigoes nfo tem porque considera: ineviavéla total incomunicablidace © Pat comeitc as celturas © corto € due Poserems GS sep aee Eu Geran ein que sera impocsivel eatsbelecer So canancoagten iengtes 3 é *-vasos comunicantes”, porém haverd outras em que é pos sivel encontrar “pontos de encontro”. Apesar de tudo, @ certo é que o conhecimento e valoragio de outras formas de vida a partir do condicionamento provocado por nossa ‘mesma cultura é um empreendimento complicado pelos obstaculos ideolégicos e prejuizes limitantes, porém existe toda uma ampla gama de tonalidades de sentido acerca da emancipacao humana. Estamos situados em zonas con pletamente obscuras e cegas para nossos olhos, de evider fe incomensurabilidade porque suas bases $40 edificadas sobre paradigmas origina, absolutamente proprios ¢ imposst- eis dé sere reducides a uma unidade bisica (Giner y Scare. zzini, 1996). Mesma assim, existem esferas de penumbra € de pouca claridade, mas que podem ser traciuzidas e apro- priscas pelos nossos prépzios paradigmas, E, finalmente, Sxistem espagos de intensa luz, comensurdvel e de plens compreensao intercultural. [Neste sentido, Raimon Pansikar aposta pela urgéncia ce necessidade de um horizonte aberio que veja © compre: fenda a tendéncia do ser humano para a unidade e unfoersal- dade, porém que seja consciente que existe outros povos com outros horzontes. Em que pese aspirarmos abrogé- “los, nos damos conta tanto de seu carater sempre esquivo ‘como sua abertara constitutiva. O transcultural nao esté 56, porém. Sempre nos depararas com elementos e faces da realidade impenetravels, inclusive a propria razao hu- ‘mana (Panikar, 1999), contucio também haverd elementos de ligagio ¢ concorréncia intercultural, que expressam 05 frutos de inseminacoes emituas, mas em contextos itineran- tes e erm movienento. Por outro lado, 08 processes de escollas e mudangas relacionados « direlies humanos sempre s30 situagbes, 5° constroem por préticassociaise tramas em cada momenioe lugar, experiéncies de projegio de universalidade. O fecha- mento ou abertura do outro, do ciferente, se realiza através de agues humanas e pode ser apreendido simbdlica © di curstvamente, Seber valorar as particulandades sencio cons- og ratzea nko impede a busca de referentes 54 DAVID SANCHEZ RUBIO ies transculturais trens-historices que, em ada momento lugas se gera ese regenera em funcio de praticas humanas, Mabier Ebceberria nos fala de uma universalidade tersione- Gia de porticularidade, a partir de onde se inver-relacionam e faccosnm os imaginazios, as distintas cosmovistes e diversas Concepsoee de mundo (Etxeberria, 1997). Porém estas nas- Gem a partir de situacdes e testermunhos scciais © cultursis, Por esta razao, talver seja melhor falar de particularidades concreias tonsiznadas de uriversalidade, com projesio de ge eralidede © que se expressam segundo es tramas socials, ‘Gaboradas por cada cultura. Tratar-se-ianode um universe Tisreo mas de wen pluralismo de confiuéncia, dberto a partir de suas distintas origens a um permanente difloge e a um can- Hinue processo de construcio sem imposicées etnocéntricas ce homogeneizadas, Este expirito deveria orientar odesenho de qualquer politica de pesquisa dos direitos hhumenos. For este ¢ outros motivos, todo confito intercultural io deve ser tratado como problema incémocio erejeitavel, nas oxatamente ao contréno, como um desagio de trocas com que hi que se conviver para que a vida no perca sua Ginamicidade. Evidentomente, quando se esta falando de dreas de concorréncia, de preocupagbes isomérficas ma fuas, de pontos ou pardmetros transculturais © de equive- Jentes hemcoméeficos inteligiveis, ha riscos cle imposigoes egeménicas ¢ de duplos discursos exeludentes sparece- rema cada instante. A partir daf € que esta pluridiversida- de dialdgica e de confluencia ssjam tA difceis de construir fe seja neceesirio fazer referBncia Aquila dimensio da ree fidade @ parr da qual podem ser conhecides os proses- sos de consirucio, enconuies e conflios interculturais que ‘provocim situagies de marginalizacio, discriminagso e Exclusso sovial em todas as esieras e dimensGes. Este lugar repleto de riscos, incertezas, avangos € retrocesso, pode- nos encontré-los em distinias versoas sobre a dignidade e 2 figura de direltos humanos que possa articular e ensinar tema intengio de homogencizer com uma iciela de unida- de, sento seapeitando as diferencas.e suesbases relacionals, ehistérieas, Scoteepeges Hsctesedooingien 55 Sein payee ert 2 supiSa ‘seonyiss oft 2 siaapyay ‘Seorurpup ‘saueTPSO ‘geystioquoiy 083 ‘sepiaayuooes SPEPRUEP! Se “VSURIONP fe “euoge 2 [esisagun stews ogsiea ens tia sonny SOaPE “yp sop spassye ‘yesnyjnosoqut eaydadszod wise ere “eisiper opdezedas ap 9 apepriqnoyumwosut ap sopezstrtr -o1oninsu} a sooquguiaiiay sodedse saqueurozed seunde wea, Gras anb sojuopusssapucd 9 enysiuopeutssy ‘seisy NEI TES Gemysod ep uspie sqeur apeparzeprjos ap 2 ovSedioueura Bp soquos ulepiap anb (euporew oviendod a suze Sur ‘ebujsour ‘euoiiput opsejidod amu ‘zeBn] 0 opunes ‘ojduraxa sod) seSueRe ap Oe sNUISUOD ap EaayYod euEN ZeHD eras] “(EaULUgOUNPUT NO EoTRUDLOILS “e>TUGOIMO 79 TTnugsorsue ogsiaa e elas) souisyersussss Ws Te) Was Se Sehuniopip se apumese aap O42 3abe onjquie o anb epeUrsse Xnazip Arua} ssuaprue> ooqis ofloSepad o “,2x1a1403} ap, eosepad, ap ons9u09 0 ODUEZIAN “wuEpHiCS 9 PUIG eymupepp Sp o¥Sou eu ejareg as 3 eDUgNGUOD ap [esieant shpanyd apeprreamnouyuy soumeunuouap anb enURTSIES 9p ewoseped cum agdosd uasey>p “eameuiay[e OWo> ‘suSuaaayRp sep pemmyin> 2 jesochusay-obed -s9 onsaurauonrisod 0 9 soncajuce 50 wWUz0UT “SOPEDTTUET Jeyussardas ap oueurni[ 9pod 0 opunas sepmzsu00 9 SeP “enpoad azuswesHojsiy 9 070s wassoy Op epEZyfeIMIEL 2 epeimuimapard 9569599 FUN BPE 95 OWGD SEPLIAIONE Sep ogsezstepussse eum woonard anb -}2 “syerees ’o19493 Dp ‘sjerser ‘soonina sovtanip 2 fesnayn> eSuazayp 2 ae) BER Teyua epuanbse ap owsyje amount “ope| ONO 16 weSopeprogrsadse suns e wspuayy Ogu 2 somquye was souRwuny So125 wo WapDALOD 28 SO3f—KS So “jeune ‘anb 9 euiajqord © "seni ops ~ sootietse “SOUFEL ‘SsousSypin saquepuadseposye ‘so2uEq 29 ‘Jemnes “Tea qeper ‘exnne oFmpuos ens ap auapvadapur ‘seossed 32 3niua Temyeu apeprend ap o¥sou ep opurued “spepanos ‘umn 9p sozqursu 40 SOP0) ap sovarTp ap owuaumpaxuora (ou apepiend ep anzed e souwumny soxauip =p e123 apod 9¢ “ejetueumy TeaqH; = qeanyjnonymu: ap odp onfeuud FRR Po a = o wea * Soop sod wasgoe SOD 62 ord Sar eb wow on a sap 5 tezuolestom sod iieqioe spyprnsy ap sagbrpuoy wo ‘on "opsaibe =P Sessg 9 Buena sesoa owo> ao 20d vepentuoLep Shustttnamopimus 9p sama ete buonSaA wae PI ‘Diou. anuapumpeien ofedeped @ soquason semion Teed potudbo v myuny eousmuerenuomo “sum “Bioap so unepusosdass 2s ousoo eu} 9 opumdog senwooussop no /2 waugnyucs ap sien soss9p— onjun oe un "cn svat s0 pues os iuasus op Soktod BaRsta ab ‘a sono paavey smu‘ ojuerumloo soses mae [based Yow sub uo sein aos sosedap sou eougpod Sop ov outa ons oui Q sentn> sana ontunedas Sopbesrumuion 9p srugons fret ou oanias sm cct Suis sod wy Ops sagodo 9p pepe via oSUIa9e Y Tupulsal, of oud oeL sxpse> op warns 95s Shep enw ovey saan Septeucsso seased opal ho cneyses on {oon ar apepisontp vox ap nest 2'Yestimin opsjuos epey owes wpe Wa Tepria 9 sees fat cas apvoniiep 2p 2 soveuny Souattp 9p sop! © ‘Ghens maen og sesine ap seam saiueqpInbe » SUslefP Deruinpad anh ‘owporsogseos seadoud sep spies. Sep Grassues reader onb © apepiun op sogwumart » sogea kina curs ‘ogbemparyes » sere sees to09 Sea Seldnieutap eosorsed won modsovuy aap 9 epnunsse [So anop eegngu> ap esnyaso}ur wena qenqutdsa o 9 oorusgisida 0 ‘oonng co syeanjd sop sare 9 sete: seoguBle"T sopod Sour sore sopor® ssp ap aPePlena! wo wa Tad HE Autod @ ab sn sodvdbo won wrap © oat 2 Teanito suap eounnguoo ap» esaatuminfa ope Sip pupuadhs ep aed eupanarv Ops gab S2u0%1 9 sos Shaqrop sued e ony svomed sep oyrussis 9 cue “Tuy cramusstiduos op sed wsswonuasep 23. wsoreu an steams sopeosrdta owo> sear orate Opss Ou pur cours sapeprrennnm ap souaefe) opuenb “sh SMos bod sed soutinod oped on wa Pome = Shade ater go que pce dua stand nents Se tes acess ene uecimentc reciproce, to. s bela smentedecgrter vs es tee comics pore ctaloga eeceea operate AS Ubtbem, nque possbibia © porcalar para que eer ae SA oreo clam anen cine pene eter Slike asta fora, corpora cement dc ere SS fanbco tote Bene de os ats Se anon pris lca pemen ee Tumanidade @ sem logicas caribels ou assielacionis. 5S. Os caminhos que se abrem nfo a tna pgtthinhos que se abrem nfo apenas devem ser em res deen ca dgesaole dominates umn for eat ou poe deans lees or eto os por uma ths Deites. 114 que se Buscar espayos de inteerealdade, de = mudangas equitatives de enriquecimentos re SEyReee_ que demonstrem que as pontes nao sao apenas set oS Rumanos constrocm ¢ falam a parts de s, para oEiidamente retornarmos a nossa case, mas para que uns S808 incorporem aportes espintuais e materials de for~ sicipadora de tal maneira que sejam parte de nosso. Pioatise cle construgso de identidade de ampliagao em, um aMZacso em nossos lugares de vida. Nao se trata cle Taniewem imposta ou hegemdnica, mas de identidades Moprecduzidas a partir de interversalidades sem hegemo- ‘iss (ou a menos possi velo) som Remogelaaybes 5. Conclusio Parg a axl%9 encerrar ¢ conciuindo brevemente, 20 $62! Plein, com a explctagho fein ao ts limites oa $Petseslos do imaginsrio jaraice moderna © com quatre {Howls colocadon tom a propostaitereuturel de Geltes ‘humasos ag quis expreasir ancecssdade de que o diet $2 cultura jutdica vacr vealtdade que om encode en ual {ize parte debee de aur excuaivtmente tana cried ‘ReulasAo Vacia de valores contaminantese produrides so. Storicamente, ben nivel epistemolopcn, aiclogicn 58 Bupecuariem a to gnirente esse cultura analfabeta em direitos humanos que Bibliografia Dee tae Rang Jenson, bray ach Mies june Leer eae neincgee hee me loans ‘Donacky, ork, Der Phmon ia: to ye pte, Mes "ale Coiba, 398 ‘ua EE eso a int yb xan vp Gasca (ook Wentant tultcrts 9 eches mam, Mada: ‘Byki Insts itmaconal de Socal uric de Ot 32 bari Sar Lar hm reno ied eo feAragen for . Paula Jose Euan E doe ovo late, Maa Tots, 2001 Fometetancowt Real Maca unt lof trata bo: Dee de Be Ga Martins ai, Teor ite vp de dca nes Gingr, Selondior,Scareranl, Rinedo, Uvivrsnidad v diercia.A Madea ara < Saora 3396 eee Ploeg iene dx io Fen de dn ot eee Se Bro 200, se Pianola: Pande < emepagoes ites domnayes Feros items pare Soceatn: Sanfost Bator Acie, 2008 El yro stn Sar one DEL, 188m Sgro hos y scaler! acter ya best Se Jot: DEL Emap emperor. St et DEL 1986 bait eres yadda. Sn oe 15 Nera Hany os na conan pues Sen Jot DEL 26 ‘aides Eg) ace der cry cr ss Ba Marcos Sutcomendsnte.“Enesentes interac”, Ain 04997 [Médich Algundro “Tearin conatneciona giro Aecolorial raretves 3 sim ‘Boliay fowls tiatng sprveteaa ve ora de lg Pale Bowne: Ase UNMAP. 200. Pav Fane, un Soma La einer dee al ——Sitecdngs urea Slenanes: 28, San Eatin, 199. ‘Since abi, Dav. Find dyed inion aorta Cra oS ‘eotumie, 0 epee rs humane Sols: MAD, 200. 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Quendo ‘ima pessoa more estamos diante da morte de na reall Sede, ua perda definitive ireverstvele que ndo ce repe- fe Cade set humano €tnico, singular ineubstituvel. as spesar ditto, proprio Batman, spolande-e em Viadimit Sinkalevite, sdtrsia que nea fla morte ¢ poraders do ‘mesmo poder de revelaghoexcsrecimento ou ensino, Nao igual ao desaparecimento definisve de um eatanho ou esconhecido come de alguém querido ou proxi, et ainda a pereepsfo que cada im tosh sobre sua propria nor te: Nem tarmpouce posal as meamnas conse ubhclas 5e a ‘morte de uma pessoa a quem adrniramos ou gostamas por ‘érias razbes ou um ser humano andrime gue nso conhe- cemos ots conhecemon mula Pouca. 'A segult, no vamos falar de morte nem seus signi ficados, mas so contri, sobre 0 velor da vide humana Conereta, com seus notes e sobrentmes as Yelagoes Com Valitvel ce streraneess ae een ee eae {e22rd). Nae googie th voice. © ses a co oie SEER oon o . avib Sani Rtn

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