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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

O Procedimento
07 Comum Ordinário

7.1 – Introdução

Noções Gerais
Noções Iniciais:
No processo de conhecimento o procedimento pode ser comum ou especial. Será comum quando não
houver disposição específica regulando o seu procedimento. O procedimento comum divide-se em
ordinário ou sumário de acordo com a competência fixada pela matéria ou o valor da causa. O
procedimento comum ordinário pode ser dividido didaticamente em quatro fases:

1) Fase Postulatória:
A fase postulatória vai do recebimento da petição inicial até a resposta do réu, inclusive, com o
pedido do autor e a defesa do réu. Nesta fase as partes vêm a juízo formular suas pretensões,
apresentando os motivos de fato e de direito para a formação da convicção do juiz (CPC, arts. 282 a
318).

2) Fase Ordinatória:
A segunda fase ocorre logo após a resposta do réu, com as medidas preliminares e a decisão de
saneamento. Nesta fase, o juiz faz um exame especial da regularidade do processo, ordenando
diligências e suprindo eventuais nulidades ou irregularidades. Pode também extinguir o processo sem
julgamento do mérito (CPC, arts. 319 a 331).

3) Fase Instrutória ou Probatória:


Esta fase compreende a realização das audiências e a produção de provas (CPC, arts. 332 a 457).

4) Fase Decisória:
Compreende o momento da decisão do juiz, após o encerramento da instrução, estando o processo
completo e devidamente instruído (CPC, arts. 458 a 475).

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7.2 – O Pedido do Autor

A Petição Inicial
Noções Iniciais:
O direito de invocar a tutela jurisdicional do Estado para decidir sobre uma pretensão manifesta-se
em concreto por meio da petição inicial. A petição é um ato formal e através dela o autor provoca o
exercício da jurisdição requerendo a tutela jurisdicional.

1) Requisitos da Petição Inicial:


A petição inicial deve conter os seguintes requisitos relacionados no art. 282 do Código de Processo
Civil:
ƒ o juiz ou tribunal, a que é dirigida (endereçamento: serve como critério de fixação para
competência);
ƒ os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
ƒ o fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir);
ƒ o pedido, com as suas especificações (objeto da ação);
ƒ o valor da causa;
ƒ as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados (o autor deve
especificar as provas com que irá demonstrar a veracidade dos fatos constitutivos de seu
direito);
ƒ o requerimento para a citação do réu.

O Valor da Causa:
Para toda causa deverá ser atribuído um valor, mesmo que ela não tenha conteúdo patrimonial
ou quando não seja possível estimar um valor (inestimável). Conforme o art. 259 do Código
de Processo Civil, o valor da causa é o valor do pedido e será:
I – Na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros vencidos até a
propositura da ação;
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos
eles;
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal;
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento, modificação ou
rescisão de negócio jurídico, o valor do contrato;
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas pelo autor;
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial para
lançamento do imposto.

A doutrina distingue os requisitos da petição inicial em intrínsecos dos extrínsecos. São


requisitos intrínsecos os elencados no art. 282. São requisitos extrínsecos a procuração; os
documentos indispensáveis à propositura da demanda; a guia de custas e a cópia para instruir
o mandado ou a carta citatória.

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2) Documentos Indispensáveis:
Além dos requisitos do art. 282, no procedimento comum ordinário, a petição inicial deve vir
acompanhada, em princípio, dos documentos indispensáveis à propositura da ação (CPC, art. 283),
bem como dos destinados à prova das alegações (CPC, art. 396). A resposta do réu, da mesma forma,
deve vir também acompanhada, da prova documental (CPC, art. 396). Documentos indispensáveis
são os que servem de base para o pedido, como a certidão de casamento na ação de separação judicial
ou o título executivo na ação de execução. A falta de documento indispensável pode acarretar o
indeferimento da inicial (CPC, arts. 284, parágrafo único, e 295, VI). A falta de documento apenas
probatório pode prejudicar o êxito da demanda, sem contudo impedir a viabilidade da ação.

Mandato:
A petição inicial deve ser acompanhada do instrumento de mandato conferido ao advogado que a
subscreve, cujo endereço nela deverá ser declarado, para fins de sua intimação.

O art. 39 do CPC exige que da inicial conste o endereço do advogado. Tem-se admitido,
porém, que o endereço do advogado conste apenas da procuração.

Redação:
A inicial deve ser redigida de maneira lógica e compreensível, de modo que o réu possa entender o
pedido e contestá-lo. Não é indispensável que o autor cite o artigo de lei em que se baseia, pois o juiz
conhece a lei (narra mihi factum dabo tibi jus). Assim, não deveria haver nenhuma importância o
engano na indicação do artigo de lei aplicável ou na denominação da ação.

Vícios da Petição:
Recebendo a petição inicial e estando ela em ordem, com o cumprimento de todos os requisitos, o
juiz ordenará a citação. Não estando de acordo, porém, poderá haver:
ƒ emenda à inicial: verificando que a inicial apresenta defeitos e irregularidade capazes de
dificultar o julgamento do mérito, o juiz determinará que o autor a emende, ou a complete, no
prazo de 10 dias (não sendo atendida a diligência para promover a emenda o juiz indeferirá a
inicial);
ƒ indeferimento: quando o vício da inicial for insanável (CPC, art. 295).

Apesar de ter recebido a inicial, no começo do processo, pode o juiz vir a rejeitá-la
posteriormente, até a sentença. Depois da citação, não pode mais o autor modificar o pedido
ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu (art. 264). Mas pequenos erros materiais
podem ser corrigidos a qualquer tempo, desde que isso não modifique a inicial.

Indeferimento:
A petição inicial será indeferida nas hipóteses do art. 295 do Código de Processo Civil, caso em que
o processo será extinto, sem a apreciação do mérito. O momento para o indeferimento da inicial
poderá ser determinado em qualquer etapa do processo, por tratar-se de defeito substancial,
reconhecível a qualquer tempo e grau de jurisdição. Segundo entendimento dominante do STJ é
possível o indeferimento parcial da petição inicial (ex: exclusão de litisconsorte). Da sentença de
indeferimento caberá apelação no prazo de 15 dias, facultado ao juiz no prazo de 48 horas reformar a
sua decisão. Em regra o juiz pode se retratar pois a apelação tem efeito devolutivo (devolve ao
próprio órgão prolator, antes de subir ao Tribunal).

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Art. 295 - A petição inicial será indeferida:
CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL I - quando for inepta;

II - quando a parte for manifestamente ilegítima;

III - quando o autor carecer de interesse processual;

IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5º);

V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou
ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento
legal;

Vl - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284.

No que se refere à prescrição, convém observar que o juiz só pode decretar a prescrição de
ofício no caso de direitos não patrimoniais. Se a lide versar sobre direitos patrimoniais, deve
ele aguardar a provocação da parte (CPC, art. 295, § 5°).

Inépcia da Inicial:
Inepta é a petição inicial que não expõe de forma clara a pretensão do autor. Os seus vícios referem-
se ao pedido, à causa de pedir e à incongruência entre eles. ). Mas não se considera inepta a petição
inicial quando, apesar de não ser um modelo de técnica, permite a preparação da defesa sem
dificuldade para o réu.

Art. 295 - ..............................................................................................................................................


CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL Parágrafo único - Considera-se inepta a petição inicial quando:

I - Ihe faltar pedido ou causa de pedir;

II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;

III - o pedido for juridicamente impossível;

IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

Cumulação de Pedidos:
É permitida a cumulação de pedidos contra o mesmo réu, ainda que entre eles não haja conexão. O
autor pode formular dois ou mais pedidos, no mesmo processo, contra o mesmo réu ou contra vários
litisconsortes passivos, se for o caso. Mas, para que se admita a cumulação de pedidos, é necessário
que sejam compatíveis entre si, que seja competente o mesmo juízo e que um só tipo de
procedimento seja adequado para todos os pedidos (CPC, art. 292). Quando, para cada tipo de
pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á cumulação, se o autor empregar o
procedimento ordinário (CPC, art. 292, § 2°). Isso porque o procedimento ordinário é o que oferece a
mais ampla possibilidade de defesa possível.

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A Citação do Réu
Noções Iniciais:
A citação é o ato pelo qual o réu é chamado para responder os termos da demanda. Após a
verificação do juiz e a petição inicial cumprir todos os requisitos, este deverá ordenar a citação do réu
para responder (CPC, art. 285). Do mandado constará que, não sendo contestada a ação, se
presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor.

Modalidades de Citação:
O Código de Processo Civil prevê as seguintes modalidades de citação:
ƒ pelo correio (arts. 222 a 223): consiste na regra geral, mas o autor pode requerer de outra
forma;
ƒ por oficial de justiça (arts. 225 e 226): é uma forma pessoal (considerada longa manus do juiz);
ƒ por hora certa (arts. 227 a 229): é uma variação da citação por oficial de justiça e ocorre
quando houver suspeita de ocultação do réu; o oficial avisa a alguém de conhecimento do réu e
marca hora para citá-lo, se o réu não comparecer a citação é feita em pessoa diversa do réu;
(essa citação se completa com a expedição de uma carta);
ƒ por edital (arts. 231 a 233): ocorre quando o réu se encontra em lugar incerto, não sabido ou
inacessível; ocorre também quando a pessoa é desconhecida ou indeterminada;
ƒ por meio eletrônico: hipótese incluída pela Lei 11.419/2006, mas ainda depende de
regulamentação.

Citações Reais e Presumidas:


As citações podem ser reais ou presumidas. As citações reais são aquelas recebidas pessoalmente
pelo réu ou por quem o represente, dando a certeza sobre o ato. São modalidades de citação real a
feita por oficial de justiça ou pelo correio. Nas citações presumidas (ou fictas) não existe a certeza de
que o ato tenha sido realmente do conhecimento do réu. Há apenas uma presunção sobre o seu
conhecimento sobre a ação. São modalidades de citação presumida a citação por edital e a citação por
hora certa.

Falta de Citação:
A ausência ou a nulidade de citação é um defeito insanável que gera nulidade absoluta do processo.
Entretanto, o comparecimento espontâneo de réu supre a falta ou a nulidade da citação (CPC, art.
214).

Dispensa da Citação:
Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida
sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e
proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada (CPC, art. 285-A). Se o autor
apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 dias, não manter a sentença e determinar o
prosseguimento da ação (CPC, art. 285-A, § 1º). Caso seja mantida a sentença, será ordenada a
citação do réu para responder ao recurso (CPC, art. 285-A, § 2º).

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Efeitos da Citação:
A citação válida produz efeitos processuais (prevenção, litispendência e litigiosidade do objeto
discutido em juízo) e materiais (constituição do devedor em mora e interrupção da prescrição):
ƒ Prevenção do juízo: Fenômeno pelo qual o órgão judicial fixa sua competência e exclui a dos
demais.
ƒ Indução de litispendência: A litispendência ocorre quando se repete uma ação idêntica a outra
já ajuizada (pendência de uma lide). O processo prevalecerá onde ocorreu a primeira citação e
será extinto onde a citação se realizou por último.
ƒ Litigiosidade do objeto: a coisa que esta sendo disputada no processo torna-se litigiosa. Se esta
for vendida após a citação ocorrerá a chamada alienação de coisa litigiosa e a sentença
proferida entre as partes estenderá seus efeitos ao adquirente que irá sofrer os efeitos da
sentença como se fosse parte.
ƒ Constituição do devedor em mora: a citação constitui o devedor em mora (não adimplente de
suas obrigações).
ƒ Interrupção da prescrição: com a citação, a prescrição será considerada interrompida.

7.3 – A Resposta do Réu

Noções Gerais
Noções Iniciais:
Com a citação válida, surge o ônus para o réu de oferecer a sua defesa contra os fatos e direito
alegados pelo autor. Citado, terá o réu 15 dias para apresentar a sua resposta (art. 297). Na citação
pessoal ou com hora certa, o prazo começa a correr da juntada aos autos do mandado cumprido (art.
241, I), ou da juntada da precatória (art. 241, IV). Se forem vários os réus, o prazo só começa a correr
depois da juntada do último mandado (art. 241, II), e será em dobro (30 dias) caso tenham
procuradores diferentes (art. 191). Não se deve confundir o início do prazo como início da contagem
do prazo

Manifestação do Réu:
São situações que podem ocorrer após a citação:
ƒ reconhecimento jurídico do pedido (rendição);
ƒ omissão do réu (revelia);
ƒ contestação;
ƒ exceção;
ƒ reconvenção

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A contestação e a reconvenção são juntadas aos autos principais. As exceções (de
impedimento, suspeição e incompetência relativa) são autuadas em apenso aos autos
principais.

Reconhecimento do Pedido:
O reconhecimento do pedido consiste na admissão, pelo réu, da procedência de fato e de direito da
pretensão do autor. Reconhecido o pedido extingue-se o processo, com julgamento de mérito (arts.
269, II, e 329). Tanto o reconhecimento e a confissão exigem a disponibilidade do direito e a
capacidade plena das partes, mas o reconhecimento difere da confissão, pois esta última é apenas um
meio de prova, referente apenas a fatos e não ao pedido.

A Revelia (Inatividade Processual)


Noções Gerais:
A revelia é a situação na qual o réu que não contesta a ação.

Confissão Ficta:
Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados pelo autor (CPC, art. 319).
Essa presunção se refere aos fatos afirmados pelo autor, mas é uma presunção relativa, pois o juiz
não é obrigado a acolher fatos inverossímeis, exagerados ou dispensar os pressupostos processuais ou
condições da ação. Também não haverá essa presunção:
ƒ quando há litisconsórcio unitário e um dos litisconsortes contesta (nesse caso a sua defesa
aproveita os demais;
ƒ quando os fatos versarem sobre direitos indisponíveis, como nas ações de estado civil e
capacidade das pessoas;
ƒ se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere
indispensável à prova do ato;
ƒ nas ações em que a Fazenda Pública é ré;
ƒ quando o aviso sobre os efeitos da revelia não constar do mandado de citação.

Ocorrendo a revelia, o juiz pode determinar a realização de provas, pelo autor, a fim de
esclarecer os fatos narrados na inicial, se sobre eles ainda tiver dúvida.

Prazos:
Outro efeito da revelia é que os prazos fluem independentemente de intimação, a partir da publicação
de cada ato decisório. O revel poderá, entretanto, intervir depois no processo em qualquer fase,
recebendo-o no estado em que se encontra (CPC, art. 322).

Alteração do Pedido:
Ainda que ocorra revelia, o autor não poderá alterar o pedido, ou a causa de pedir, nem demandar
declaração incidente, salvo promovendo nova citação do réu, a quem será assegurado o direito de
responder no prazo de 15 dias (CPC, art. 321).

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A Contestação
Noções Gerais:
Na contestação o réu se opõe em juízo à pretensão do autor. É a defesa do réu à ação do autor. Por ela
o réu exerce, na sua plenitude, o direito de contradição, ou defesa, em face da ação e pretensão do
autor. A defesa do réu, apresentada na contestação, pode ser formal ou de mérito.

Defesa Formal:
A defesa formal é apresentada quando não se verifica o correto preenchimento dos requisitos formais
de admissibilidade da ação. São chamadas também de defesas processuais e devem ser alegadas antes
da abordagem do mérito pela contestação. Dividem-se em peremptórias (extinguem o processo) e
dilatórias (atrasam, mas não extinguem o processo). São espécies de defesas formais:
ƒ inexistência ou nulidade de citação (pressuposto de existência);
ƒ incompetência absoluta (pressuposto de validade);
ƒ inépcia da inicial;
ƒ perempção;
ƒ litispendência;
ƒ coisa julgada;
ƒ conexão;
ƒ incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
ƒ convenção de arbitragem;
ƒ carência da ação;
ƒ falta de caução ou de outra prestação.

Defesa de Mérito:
A defesa do réu pode ser voltada aos fatos constitutivos alegados pelo autor. A defesa contra o mérito
refere-se à matéria de fato e de direito em julgamento e subdivide-se em direta e indireta.

Defesa de Mérito Direta:


Dirige-se contra o pedido, nos seus fundamentos de fato e de direito. Pode ela:
ƒ negar o direito;
ƒ negar a existência dos fatos;
ƒ negar a forma de ocorrência dos fatos;
ƒ negar as consequências jurídicas pretendidas pelo autor.

Defesa de Mérito Indireta:


Será indireta quando, não obstante verdadeiros os fatos, opõe ao direito pleiteado pelo autor outros
fatos, que o impedem, o extinguem ou lhe obstam os efeitos.

Procedimento:
Na contestação o réu deve impugnar especificadamente cada um dos fatos narrados na petição inicial,
expondo as suas razões e indicando as provas que pretenda produzir. Presumem-se verdadeiros os
fatos não impugnados, salvo se não for admissível, a seu respeito, a confissão, se a petição inicial não
estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato, ou se

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estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto (CPC, art. 302). O advogado
dativo, o curador especial e o representante do Ministério Público podem contestar de modo
genérico, não se aplicando a eles a regra quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos (CPC,
art. 302, parágrafo único). Em princípio, deve o réu juntar à contestação todos os documentos que irá
usar no processo (CPC, art. 396).

Preliminares:
Na contestação, deve o réu levantar as preliminares que tiver, antes de entrar no mérito da questão
(CPC, art. 301). A preliminar é uma defesa processual direta, referente aos pressupostos processuais
e às condições da ação. As preliminares estão relacionadas nos arts. 301 e 267, IV, IX, X e XI, do
Código de Processo Civil (inexistência ou nulidade da citação, incompetência absoluta, inépcia da
petição inicial, etc.). Alguns autores chamam as matérias preliminares de objeção. Se o réu levantar
alguma preliminar, ou alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do pedido do autor, será este
ouvido, no prazo de 10 dias (CPC, art. 326).

A Exceção
Noções Iniciais:
É lícito a qualquer das partes arguir, por meio de exceção, a incompetência (CPC, art. 112), o
impedimento (CPC, art. 134) ou a suspeição (CPC, art. 135). As exceções de impedimento e de
suspeição são meios pelos quais a parte, denunciando a falta de capacidade subjetiva do juiz, provoca
seu afastamento da relação processual.

Através da exceção se alega a incompetência relativa. A competência absoluta deve ser


alegada na contestação sem preliminar (CPC, art. 301).

Procedimento:
A exceção pode ser formulada pelo réu no prazo de 15 dias da citação (CPC, art. 297). Pode também
ser arguida, por qualquer das partes, dentro de 15 dias da data do fato que motivou a exceção (CPC,
arts. 304 e 305). A exceção deve ser formulada em peça autônoma, vez que é processada em
separado. Na exceção de incompetência, a petição pode ser protocolizada no juízo de domicílio do
réu, com requerimento de sua imediata remessa ao juízo que determinou a citação. Recebida a
exceção, o processo ficará suspenso até que seja definitivamente julgada.

A exceção tem caráter instrumental. Forma um processo separado do processo principal, mas
a este apenso, provocando um incidente processual. Recebida a exceção, o processo ficará
suspenso, até que seja definitivamente julgada.

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A Reconvenção
Noções Gerais:
A reconvenção é uma ação incidente que o réu pode mover contra o autor dentro do mesmo processo
e tem como fim obter uma sentença. Equivale a um verdadeiro contra-ataque, no qual o réu além de
contestar o pedido, ajuíza uma demanda contra o autor aproveitando-se do processo já instaurado.

A reconvenção tem natureza jurídica de ação.

Legitimidade:
A reconvenção pode ser proposta por qualquer um dos réus, observadas as regras sobre
litisconsórcio.

Pressupostos:
A reconvenção deve atender os pressupostos do art. 315 do Código de Processo Civil, ou seja, deve
ter conexão com a ação principal, competir ao mesmo juiz e permitir o mesmo rito processual.

Art. 315 - O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja
CÓDIGO DE conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
PROCESSO CIVIL
Parágrafo único - Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar
em nome de outrem.

Procedimento:
A reconvenção apresenta um procedimento próprio com características próprias:
ƒ A reconvenção deve ser apresentada em peça autônoma e simultaneamente com a contestação
(arts. 297 e 299). Pode haver reconvenção sem contestação, mas nesse caso não deixa ficar
caracterizada a revelia.
ƒ A petição inicial da reconvenção deve preencher os requisitos do art. 282 do Código de
Processo Civil.
ƒ É vedada a emenda à reconvenção, pois embora ela seja uma peça autônoma, a exigência de
simultaneidade com a contestação impede tal providência.
ƒ O réu, ao ser apresentada a reconvenção, adquire o nome de reconvinte e o autor o de
reconvindo.
ƒ O reconvindo não é citado, mas intimado, na pessoa de seu procurador, para contestá-la em 15
dias (art. 316).
ƒ Não é aceita a reconvenção de reconvenção, vez que a reconvenção é forma de defesa
exclusiva do réu.
ƒ A reconvenção é julgada juntamente com a ação, na mesma sentença (art. 318).
ƒ A reconvenção pode ser indeferida liminarmente. Do indeferimento liminar da reconvenção
cabe agravo de instrumento, vez que se trata de decisão interlocutória, que não põe termo ao
processo.

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7.4 – A Fase Ordinatória

O Saneamento do Processo
Noções Iniciais:
Após a fase postulatória, ocorre uma fase intermediária de ordenamento do processo, na qual o juiz
faz uma avaliação, ordenando certas providência preliminares, se for o caso (CPC, art. 323). Estas
providências são preliminares em relação ao julgamento conforme o estado do processo. O despacho
saneador do juiz é uma decisão interlocutória

Se houver reconvenção, exceção, declaratória incidental ou citação de litisconsorte necessário


(além de outras hipóteses), as providências preliminares poderão ser feitas após o
encaminhamento desses incidentes.

Medidas:
Nas providências preliminares, poderá o juiz tomar as seguintes medidas:
ƒ conceder o direito de réplica, no prazo de 10 dias, para o autor se manifestar sobre a
contestação do réu quando forem alegados fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do
pedido (CPC, arts. 326 e 327), ou quando alegada matéria preliminar (nulidade de citação,
incompetência absoluta, litispendência, etc.);
ƒ suprir nulidades sanáveis, se houver (CPC, art. 327);
ƒ mandar que as partes indiquem (especifiquem) as provas desejadas (CPC, art. 324);
ƒ determinar a intimação pessoal do representante do Ministério Público, se for o caso (CPC,
arts. 84, 236 § 2°, e 246).

O despacho saneador é uma decisão interlocutória e desafia recurso de agravo.

Julgamento Conforme o Estado do Processo


Noções Iniciais:
Cumpridas as providências preliminares, ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá
julgamento conforme o estado do processo (art. 328). A expressão “julgamento conforme o estado do
processo” tem o sentido determinação de rumo, devendo o juiz tomar um entre três caminhos
possíveis:
ƒ extinguir o processo com ou sem julgamento do mérito;
ƒ julgar antecipadamente a lide;
ƒ determinar o prosseguimento regular do processo (decisão de saneamento).

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A extinção do processo com ou sem julgamento do mérito, e o julgamento antecipado da lide
são dados por sentença. A decisão de saneamento é uma decisão interlocutória. O Código
define a sentença como sendo o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não
o mérito da causa (CPC, art. 162, § 1.°). E a decisão interlocutória é definida como ato pelo
qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente (CPC, art. 162, § 2°).

Extinção do Processo:
O juiz extinguirá o processo desde logo, por sentença, sem julgamento do mérito, se ocorrer qualquer
das hipóteses do art. 267, como indeferimento da petição inicial, falta de pressupostos processuais ou
de condições da ação, abandono da causa, litispendência, coisa julgada etc. (CPC, arts. 267 e 329).
Também extinguirá o processo desde logo, por sentença, porém com julgamento do mérito, se houver
reconhecimento do pedido, transação, decadência, prescrição ou renúncia (CPC, arts. 269, II a V e
329).

No que se refere à prescrição, convém lembrar que o juiz só pode decretar a prescrição de
ofício no caso de direitos não patrimoniais. Se a lide versar sobre direitos patrimoniais, deve
ele aguardar a provocação da parte (CPC, art. 219, § 5°).

Julgamento Antecipado da Lide:


O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença desde logo, se achar que o processo já
está maduro para tanto, ou se ocorreu o efeito da revelia. Considera-se que o processo está
amadurecido para um julgamento antecipado se a questão de mérito for unicamente de direito, ou,
sendo de direito e de fato, não houver necessidade de produzir prova (CPC, art. 330). Desde que
existente nos autos prova suficiente para formar a convicção do julgador sobre a verdade do fato
controvertido, dispensável se torna a colheita de outra qualquer, estando o juiz em condições de
dirimir de pronto o litígio, com o julgamento antecipado da lide. Ocorrendo o julgamento antecipado
da lide, fica prejudicada a tentativa de conciliação.

Audiência Preliminar
Noções Iniciais:
A audiência preliminar (conciliatória) é determinada pelo art. 331 do Código de Processo Civil, na
redação dada pela Lei nº 10.444/2002, com a finalidade de proporcionar uma tentativa de conciliação
entre as partes.

Art. 331 - Se não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e versar a causa
CÓDIGO DE sobre direitos que admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a realizar-se no prazo
PROCESSO CIVIL de 30 (trinta) dias, para a qual serão as partes intimadas a comparecer, podendo fazer-se representar
por procurador ou preposto, com poderes para transigir. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de
7.5.2002)

O juiz designará a audiência preliminar no prazo de trinta dias, contados da conclusão dos autos ao
juiz, após a contestação e sua respectiva impugnação. Será admitida a audiência preliminar quando:
ƒ não for caso de extinção do processo (art. 329) ou de hipótese de julgamento antecipado da lide
(art. 330);

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ƒ a causa admitir transação, ou seja, for referente a direitos disponíveis, suscetíveis de
conciliação.

Direitos disponíveis:
São aqueles cujo titular tem capacidade para transacionar, sem nenhum impedimento.
Nas ações que envolvem bens públicos e nas de estado, os direitos são indisponíveis.

Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias da causa


evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá deixar de designar a audiência
preliminar e desde logo, saneará o processo e ordenará a produção de provas (CPC, art.
331, § 3º).

Conciliação:
Obtida a conciliação, esta será reduzida a termo e homologada por sentença (CPC, art. 331, § 1º). Se
não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos controvertidos, decidirá as questões processuais
pendentes e determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e
julgamento, se necessário (CPC, art. 331, § 2º).

7.5 – A Instrução do Processo

A Audiência de Instrução e Julgamento


Noções Iniciais:
Na fase ordinatória, além das medidas preliminares e a decisão de saneamento, é designada dia e hora
para ocorrer a audiência de instrução e julgamento. Essa audiência é o ato processual público que
permitirá o juiz coletar as provas e ouvir as partes para fundamentar a sua sentença.

Publicidade:
A audiência é pública, salvo no caso de segredo de justiça, em que se realizará a portas fechadas (art.
444). Correm em segredo de justiça os processos em que o exigir o interesse público ou que digam
respeito a casamento, filiação, separação, conversão em divórcio, alimentos e guarda de menores (art.
155).

Conciliação:
No início da audiência o juiz tentará a conciliação das partes quando cabível, porém a interferência
do juiz não pode ser coativa. O termo de conciliação, assinado pelas partes e homologado pelo juiz,
terá valor de sentença (CPC, art. 449).

Procedimento:
No dia e hora designados, o juiz declarará aberta a audiência, mandando apregoar as partes e os seus
respectivos advogados (CPC, art. 450). Ao iniciar a instrução, o juiz, ouvidas as partes, fixará os

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pontos controvertidos sobre que incidirá a prova (CPC, art. 451) e a seguir passará à produção das
provas. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao do réu, bem como ao órgão
do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de 20 minutos para cada um, prorrogável por 10,
a critério do juiz (CPC, art. 454).

Produção das Provas:


As provas serão produzidas na audiência nesta ordem (CPC, 452):
ƒ o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, podendo ser
livremente inquiridos pelas partes;
ƒ o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu;
ƒ finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.

A audiência é una e contínua. Não sendo possível concluí-la num só dia, o juiz marcará o seu
prosseguimento para dia próximo (CPC, art. 455).

Adiamento da Audiência:
A audiência poderá ser adiada (CPC, art. 453):
ƒ por convenção das partes, caso em que só será admissível uma vez;
ƒ se não puderem comparecer, por motivo justificado, o perito, as partes, as testemunhas ou os
advogados.

Sentença:
Encerrados os debates, proferirá oralmente o juiz a sentença desde logo ou chamará os autos à
conclusão, para proferimento da decisão por escrito, no prazo de 10 dias.

Abertura, com pregão das partes e respectivos advogados


È
Tentativa de conciliação
È
Esclarecimento do perito e dos assistentes técnicos, se requeridos
È
Depoimentos pessoais do autor e do réu
È
Inquirição das testemunhas
È
Debates
È
Sentença, desde logo ou em 10 dias

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7.6 – A Antecipação da Tutela

Noções Gerais
Noções Iniciais:
O instituto da antecipação da tutela possibilita ao autor, desde que preenchido os requisitos legais,
obter antecipadamente os efeitos do provimento jurisdicional que somente seria alcançado com o
trânsito em julgado da sentença definitiva de mérito. O objetivo da antecipação da tutela é
proporcionar uma maneira de afastar os danos decorrentes da demora no julgamento do processo,
mas o autor não é responsável objetivamente pelas eventuais perdas e danos causados pela tutela a
ele antecipada se a sentença lhe for desfavorável. A antecipação da tutela é concedida liminarmente
baseada na prova documental trazida pelo autor na inicial, mas pode ser também concedida no curso
do processo. A antecipação pode ser total, quando antecipa a totalidade do provimento final
postulado pelo autor, ou parcial, quando a antecipação limita-se a alguns efeitos da tutela definitiva.

A antecipação da tutela possui caráter precário. Ela pode ser revogada ou modificada a
qualquer tempo no curso do processo, em decisão fundamentada.

Legitimidade:
A antecipação da tutela não é concedida de ofício, devendo ser sempre requerida pelo autor. Também
poderá requerê-la o assistente simples (não se opondo o assistido) e litisconsorcial, o opoente, o
denunciante, o réu quando da reconvenção, o réu nas ações dúplices e de pedidos contrapostos e
ainda, o Ministério Público na qualidade de parte e de custus legis.

Requisitos Obrigatórios:
Ainda que possível em casos excepcionais, o deferimento liminar da tutela antecipada não dispensa o
preenchimento dos requisitos legais, sendo estes a prova inequívoca e a verossimilhança da
alegação. Importante a regra que estabelece não ser possível a concessão da tutela antecipada se for
verificada a existência de perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.

A prova inequívoca nada mais é do que a prova preconstituída, fundada num certo grau de
probabilidade (quando o fato depende de prova), o que não impede seja a tutela antecipada
postulada com base em simples alegações, quando se tratar de matéria exclusivamente de
direito, que não careça de prova. A alegação cuja verossimilhança se exige deve ser apoiada
em prova robusta, que se afigura em um estágio intermediário entre a certeza e a dúvida.

Requisitos Alternativos:
Certos requisitos devem ser conciliados alternativamente com os requisitos obrigatórios. São estes:
ƒ fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação (natureza cautelar);

Embora neste caso esteja presente a natureza cautelar, a tutela antecipada não deve ser
confundida com a tutela cautelar. Na cautelar visa-se assegurar o resultado útil do processo
principal. Portanto, trabalha com cognição sumária e, por sua vez, não viabiliza a satisfação
do direito. De modo contrário, na tutela antecipada, não se pretende assegurar o resultado útil
do processo principal e sim, a própria satisfação do direito afirmado.

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ƒ abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (natureza sumária);
ƒ quando um ou mais pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso: a
antecipação poderá ser concedida toda vez que um ou mais dos pedidos cumulativos feitos pelo
autor na inicial permaneçam incontroversos após a contestação (poderá ser deferida também
parcialmente, em relação à parcela do pedido que reste incontroversa).

7.7 – Despesas Processuais e Honorários

Sucumbência
Considera-se sucumbente, ou vencida, a parte que perdeu a questão, numa sentença ou numa decisão
interlocutória. De acordo com o princípio da sucumbência, o vencido paga as despesas do processo e
honorários advocatícios da parte contrária (na decisão interlocutória, só as despesas) (CPC, arts. 20 e
35). A jurisprudência não tem aplicado a sucumbência no mandado de segurança, na ação popular e
nas ações de jurisdição voluntária. A sucumbência é requisito essencial nos recursos, pois só o
vencido, de modo total ou parcial, tem legitimidade para recorrer. Quem não foi vencido, pelo menos
parcialmente, não tem do que recorrer.

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura/MG – 2005) Na audiência preliminar, não obtida a conciliação, o juiz:


( ) a) declarará saneado o processo ordenando a produção das provas orais e designará a
audiência de instrução e julgamento.
( ) b) fixará os pontos controvertidos, decidirá as questões prejudiciais pendentes e, se
necessário, designará audiência de instrução e julgamento.
( ) c) decidirá as questões processuais pendentes e, não havendo provas a serem produzidas,
fará o julgamento antecipado da lide.
( ) d) fixará os pontos controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes,
determinará as provas a serem produzidas e, se necessário, designará audiência de
instrução e julgamento.

02 - (Magistratura/MG – 2005) Considera-se inepta a petição inicial quando:


( ) a) a parte for manifestamente ilegítima.
( ) b) o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa.
( ) c) o autor carecer de interesse processual.
( ) d) contiver pedidos incompatíveis entre si.

03 - (Magistratura/RS – 2003) Sobre a petição inicial, considere as assertivas abaixo.


I - O Juiz deve indeferir a petição inicial por inepta, por lhe faltar pedido.
II - Indeferida a petição inicial, o autor poderá agravar, facultado ao juiz, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, reformar sua decisão.
III - É permitida a cumulação de pedidos, num único processo, contra o mesmo réu, ainda
que entre eles não haja conexão.
Quais são corretas?
( ) a) Apenas I
( ) b) Apenas II
( ) c) Apenas III
( ) d) Apenas I e III
( ) e) I, II e III

04 - (Magistratura/RS – 2000) O saneamento do processo constitui


( ) a) decisão interlocutória que desafia o recurso de agravo.
( ) b) acolhimento das preliminares de defesa processual deduzidas pelo réu.
( ) c) deferimento da prova requerida pelas partes.
( ) d) fixação dos pontos controvertidos da lide.
( ) e) despacho ordinatório.

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05 - (Magistratura/RS – 2000) Assinale a assertiva correta.
( ) a) O revel não pode se manifestar nos autos.
( ) b) A revelia acarreta a procedência da ação em cujo processo for declarada.
( ) c) Sempre que o réu não contestar a ação, haverá o efeito da revelia.
( ) d) Ocorrendo revelia, o autor poderá alterar o pedido.
( ) e) O revel poderá intervir em qualquer fase do processo.

06 - (Magistratura/RS – 2000) Tício, inquilino de Caio, propõe contra este ação de procedimento
ordinário, visando a se ressarcir de danos pessoais causados, segundo alega, por agressão
física do locador. Caio não contesta a ação a tempo (a peça não foi entregue em cartório
por erro do escritório de seu advogado), mas ingressa atempadamente com reconvenção,
alegando infração do regulamento do edifício por Tício, em virtude de comportamento
escandaloso deste no episódio e, por conseguinte, afronta ao contrato de locação, que o
obrigava, pedindo em consequência o despejo do locatário. Neste caso, o Juiz
( ) a) não aceita a reconvenção porque não houve contestação.
( ) b) não admite a reconvenção porque a causa de pedir de ambas as ações não coincide.
( ) c) admite a reconvenção, entendendo estarem preenchidos os pressupostos do art. 315 e
respectivos parágrafos do Código de Processo Civil.
( ) d) não admite a reconvenção porque ela não tem o mesmo procedimento da ação.
( ) e) não admite a reconvenção porque entende não coincidirem os pedidos de ambas as
demandas.

07 - (Magistratura/SP - 176) “F” propõe ação de indenização contra “S”, pedindo a condenação deste
ao pagamento de indenização por danos patrimoniais no montante de R$ 10.000,00 (dez
mil reais). Pessoalmente citado, o réu não contestou a ação. Chamado a se manifestar, o
autor requereu aditamento de seu pedido para nele incluir o de condenação do réu a
reparação de dano moral, no valor estimado de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O juiz deverá
( ) a) deferir o aditamento e sanear o processo, designando audiência para permitir, ao autor,
a prova do dano moral alegado.
( ) b) indeferir o pedido, porquanto não pode haver modificação do pedido após a citação.
( ) c) deferir o aditamento e, considerando a revelia, julgar desde logo a demanda.
( ) d) deferir o pedido, determinando nova citação do réu.

08 - (Ministério Público/MG – 46) Nos termos do art. 273 do CPC que dispõe sobre a tutela
antecipada é incorreto afirmar que sua concessão deve observar:
( ) a) estar demonstrada a verossimilhança da alegação, a prova inequívoca do direito e o
perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, sendo o provimento de natureza
cautelar.
( ) b) estar demonstrada a verossimilhança da alegação, a prova inequívoca do direito e
manifesto propósito protelatório do réu, sendo o provimento de natureza sumária – não
cautelar.
( ) c) ser executável provisoriamente conforme sua natureza, pela impossibilidade de
revogação ou modificação.
( ) d) ser possível o provimento parcial quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou
parcela deles, mostrar-se incontroverso.
( ) e) ser possível, pelo princípio da fungibilidade, se o autor, a título de antecipação de
tutela, requerer providência de natureza cautelar, o provimento da medida cautelar em
caráter incidental do processo ajuizado.

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09 - (Ministério Público/MG – 43) Assinale a opção incorreta:
( ) a) se o autor, a título de antecipação da tutela, requerer providência de natureza cautelar,
poderá o juiz quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar
em caráter incidental do processo ajuizado;
( ) b) a tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos
cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso;
( ) c) o juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da
tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença
da verossimilhança da alegação;
( ) d) não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do
provimento antecipado;
( ) e) a tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão
fundamentada.

10 - (Ministério Público/MG – 40) É incorreto afirmar:


( ) a) que comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade da citação e sendo esta
decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado foi
intimado da decisão;
( ) b) que o juiz dará curador especial ao réu revel citado por hora certa;
( ) c) que ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando
autorizado por lei;
( ) d) que o adquirente ou o cessionário de coisa ou de direito litigioso não poderá ingressar
em juízo, substituindo o alienante ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária;
( ) e) que o réu, na contestação, pode formular pedido em seu favor, desde que fundado em
fatos.

11 - (Ministério Público/MG – 40) Assinale a opção correta:


( ) a) não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do
provimento antecipado;
( ) b) o juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da
tutela pretendida, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da
verossimilhança da alegação;
( ) c) o juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da
tutela pretendida, desde que, haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação; ou fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto
propósito protelatório do réu;
( ) d) a tutela antecipada não poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo;
( ) e) todas as alternativas acima estão certas.

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12 - (Ministério Público/SP – 82) Deferida a presença do perito e assistentes na audiência de instrução
e julgamento, para esclarecimentos, perito e assistentes
( ) a) serão ouvidos, antes da oitiva das testemunhas, podendo ser livremente inquiridos
pelas partes.
( ) b) serão ouvidos na audiência, após os depoimentos pessoais, podendo ser livremente
inquiridos pelas partes.
( ) c) poderão ser dispensados de prestar esclarecimentos pelo Juiz presidente, se este, após
a produção da prova oral, tiver formado sua convicção pessoal a respeito das provas.
( ) d) serão ouvidos na audiência, antes dos depoimentos pessoais e responderão aos
quesitos de esclarecimentos formulados pelas partes.
( ) e) serão ouvidos na audiência, após os depoimentos pessoais, podendo ser inquiridos,
inclusive, sobre novos quesitos formulados pelas partes.

13 - (Procurador/RR – 2006) A respeito da petição inicial no processo de conhecimento, é incorreto


afirmar:
( ) a) Independentemente de manifestação do réu, poderá o juiz indeferir a petição inicial se
verificar desde logo a decadência legal.
( ) b) O não atendimento à determinação judicial para promover a emenda da petição inicial,
poderá acarretar o seu indeferimento.
( ) c) É facultado ao autor não indicar qualquer valor para a causa, quando não tiver
condições de estabelecê-la inicialmente.
( ) d) Havendo pedidos incompatíveis entre si, a petição inicial será inepta.
( ) e) Poderá o autor alterar o pedido antes de citado o réu, desde que pagas eventuais custas
acrescidas por conta da alteração.

14 - (Procurador/S. Paulo – 2002) No que tange à antecipação da tutela, pode-se afirmar que
( ) a) antecipar os efeitos da tutela pretendida pelo autor nem sempre corresponde a
antecipar os efeitos de eventual sentença de procedência.
( ) b) haja vista a antecipação dos efeitos da sentença, o recurso cabível é a apelação, a fim
de preservar o direito da outra parte.
( ) c) possui a característica da não-precariedade, podendo ser revogada somente quando do
proferimento da sentença.
( ) d) o autor é responsável objetivamente pelas eventuais perdas e danos causados pela
tutela a ele antecipada se a sentença lhe for desfavorável.
( ) e) caracterizado o propósito protelatório do réu, o juiz poderá antecipar os efeitos da
tutela pretendida, a requerimento do autor.

15 - Não é necessário constar da petição inicial


( ) a) o valor da causa;
( ) b) o juiz ou tribunal a que é dirigida;
( ) c) a indicação das provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
( ) d) o nome das testemunhas, se o procedimento for ordinário.
( ) e) o requerimento para a citação do réu.

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16 - Sobre tutela antecipada, é correto afirmar que:
( ) a) concedida tutela antecipada no curso de uma ação de conhecimento, o juiz não poderá
nem revogá-la nem modificá-la, por força da preclusão;
( ) b) se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar,
poderá o juiz, quando presentes os requisitos da tutela cautelar, deferir a medida
cautelar em caráter incidental do processo ajuizado;
( ) c) a tutela antecipada poderá ser concedida de ofício em qualquer hipótese;
( ) d) a decisão sobre a antecipação de tutela deverá ser sempre fundamentada, salvo nos
casos em que o réu puder sofrer prejuízo irreparável ou de difícil reparação;
( ) e) por se equiparar ao julgamento antecipado da lide, após o juiz decidir acerca da tutela
antecipada, deverá o processo ser extinto com julgamento do mérito.

17 - Assinale a alternativa indicativa da ordem da produção das provas em audiência.


( ) a) Tentativa de conciliação, depoimento do autor, depoimento do réu, esclarecimentos
periciais.
( ) b) Esclarecimentos periciais, depoimentos do autor, depoimento do réu, oitiva de
testemunhas.
( ) c) Tentativa de conciliação, esclarecimentos periciais, depoimento do autor, depoimento
do réu.
( ) d) Depoimento do autor, depoimento do réu, oitiva de testemunhas, esclarecimentos
periciais.

18 - Relativamente à audiência preliminar de conciliação, prevista no artigo 331 do Código de


Processo Civil, pode-se afirmar corretamente:
( ) a) Se versar a causa sobre direitos que permitam transação é obrigatória a audiência
preliminar de conciliação.
( ) b) Deve ser realizada posteriormente ao saneamento do feito, no qual o juiz fixa os
pontos controvertidos e fixa as questões processuais pendentes.
( ) c) Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias da causa
evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo, sanear o
processo e ordenar a produção de provas.
( ) d) É obrigatória em todos os litígios, ainda que as circunstâncias da causa evidenciem sua
improbabilidade. A sua não realização, mesmo quando não admitida a transação,
constitui grave ofensa ao princípio do devido processo legal.

19 - Não se classifica como matéria preliminar a alegação de


( ) a) coisa julgada.
( ) b) prescrição.
( ) c) incompetência absoluta.
( ) d) inépcia da inicial.

20 - A reconvenção deve ser apresentada


( ) a) simultaneamente com a contestação.
( ) b) dentro do prazo da contestação mas não necessariamente simultânea a ela.
( ) c) depois da contestação, caso não sejam acolhidas as preliminares arguidas.
( ) d) antes da contestação, devendo o juiz, com base nos argumentos lançados na
reconvenção, decidir sobre a necessidade de apresentação de contestação.

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Gabarito

01.D 02.D 03.D 04.A 05.E 06.C 07.D 08.C 09.C 10.E

11.A 12.D 13.C 14.E 15.D 16.B 17.B 18.C 19.B 20.A

Bibliografia

„ DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO „ INSTITUIÇÕES DE DIR. PROCESSUAL CIVIL


Greco, Vicente Dinamarco, Cândido Rangel
Saraiva Malheiros

„ PRIMEIRAS LINHAS DE DIR. PROCESSUAL „ TEORIA GERAL DO PROCESSO E PROCESSO DE


CIVIL CONHECIMENTO
Santos, Moacyr Amaral Barroso, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos
Saraiva Saraiva

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Direito Processual Civil


07 – O Procedimento Comum Ordinário

Atualizada em 10.12.2011

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