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Fortaleza – Ceará
2011
CRISTIANY COSME LINHARES
Fortaleza – CE
2011
CRISTIANY COSME LINHARES
Banca Examinadora:
________________________________________
Profa. Luciene Santos Lima – Mestre
Orientador (a)
________________________________________
Membro (a)
________________________________________
Membro (a)
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Prof. Otacílio Valentim Andrade
Coordenador do Curso
Dedico essa monografia, primeiramente a Deus, e a todos aos meus familiares, que
estão sempre presente em minha vida.
AGRADECIMENTOS
(Nietzsche)
RESUMO
Essa pesquisa foi elaborada com a finalidade de estudar se o simples nacional pode
possibilitar mais condições de trabalho para os empreendedores e levar sua empresa à frente.
Dando maior incentivo através da simplificação de suas obrigações. Podendo centralizar o
recolhimento dos tributos por meio de conhecer melhor a sua atividade de trabalho, no
período de março a junho de 2011. A metodologia utilizada para a pesquisa é exploratória,
utilizando como procedimento pesquisa bibliográfica em relação ao assunto abordado. Quanto
à abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa. Como resultados finais respondem-se que
o simples nacional veio incentivar as pessoas criativas e corajosas a entrarem no perigoso
mundo brasileiro dos negócios. O trabalho proporcionou a elaboração de uma visão geral das
opções de enquadramento de empresas no regime de tributação Simples Nacional.
ABSTRAT
This research was developed with the aim of studying the simple national conditions
may enable more work for entrepreneurs and take their businesses forward. Giving
further encouragement through the simplification of its obligations. Being able to
centralize the collection of taxes by better understanding their work activity in the
period from March to June 2011. The methodology used for research and exploratory,
using bibliographic research procedure in relation to the subject matter. As for
addressing the problem, and qualitative research. As final results responds that the mere
national has encouraged creative and courageous people to enter the dangerous world of
Brazilian businesses. The work provided the elaboration of an overview of options for
framing companies in the taxation regime Simples Nacional.
Key - words: Simple country. Microenterprise. Taxes
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................10
1.1. Problema............................................................................................................................10
1.2. Objetivos ...........................................................................................................................10
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................................10
1.3. Organização da Pesquisa ...................................................................................................10
2 TRIBUTO ............................................................................................................................12
2.1 Conceito e características de tributo ..................................................................................12
2.1.1 Espécies de tributos ........................................................................................................13
2.1.2 Tributos Federais, Estaduais e Municipais .....................................................................14
2.2 Sistema Tributário Nacional ..............................................................................................15
CONCLUSÕES .....................................................................................................................33
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................34
10
1 INTRODUÇÃO
A maior dificuldade de quem abre uma empresa, não é só a alta carga tributária, mas
também o desconhecimento dessa carga. Para diminuir o peso da carga tributária para as
micro e pequenas empresas, foi criado o simples nacional para beneficiar as micro.
Esse sistema veio de maneira simples é de forma esclarecedora para dar maior
assistência às micro e pequenas empresas dando maior habilidade profissional para quem
trabalha na área.
1.1 PROBLEMA
1.2 OBJETIVOS
2 TRIBUTO
12
Dessa forma, verifica-se que tributo é a ligação que existe entre o cidadão e o
Governo já prevista na Lei, a qual determina que alguma coisa deverá ser paga ao Governo;
destacam-se do texto legal alguns fragmentos que merecem considerações:
b) que não se constitua sansão de ato ilícito: que não seja uma multa por alguma
infração à lei, exemplo: multa por excesso de velocidade não é tributo, é sansão;
Dessa forma, a legislação tributária do Brasil define o tributo como sendo toda
prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada (definição do art. 3.º do CTN).
Como se verifica, de acordo com os art. 145, 148 e 149 da Constituição Federal - CF,
o sistema tributário está distribuído entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, os quais estão identificados também em três espécies de tributos, impostos, taxas,
contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições sociais.
Imposto É um tributo cuja exigência não tem qualquer vínculo com uma atividade específica do
estado.
Taxa A taxa, ao contrário do imposto, tem a característica de ser cobrada em decorrência de
prestação de serviços específicos do estado, de forma efetiva ou potencial, isto é, a
característica básica de taxa impede que esta seja cobrada sob a base de cálculo de
imposto já existente.
Contribuição de Pode ser cobrada para o custeio de obras públicas.
melhoria
Contribuição É um tributo cobrado para custeio de atividades paraestatais e pode ser: social, de
especial intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias econômicas ou
profissionais.
14
Empréstimo É um tributo que somente poderá ser instituído pela União por meio de lei
compulsório complementar, nos casos de calamidades públicas ou guerra externa, ou seja,
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
QUADRO nº 1 – Espécies Tributárias
FONTE: Adaptado de Bonfim (2007, p. 38)
Segundo Soares Jr. (2007), a Constituição em vigor assim distribui, entre os diversos
níveis de governo, a competência de estabelecer os tributos:
Por outro lado, é comum às três esferas de governo a competência para instituir taxas
(pelo exercício do poder de polícia e pela utilização de serviços públicos), contribuição de
melhoria e contribuição para custeio da previdência e assistência social de seus servidores.
Compete à União, com exclusividade, o direito de instituir empréstimos compulsórios, bem
como o de instituir outros impostos expressamente não compreendidos em sua competência
tributária, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprio dos discriminados pela Constituição.
meio de Emenda Constitucional, uma vez que o legislador constituinte elevou a forma
federativa de Estado à condição de elemento indispensável para a estabilidade da nação.
Para se discutir a atual importância das Micro e Pequenas Empresas- MPEs, levando
em conta abordagens conceituais, desafios à implantação e consolidação destes negócios, e a
legislação especifica que atua para sua gestão, construíram-se os seguintes itens.
É nesse sentido, que Filion (1999) adverte que esta classificação por faturamento
pode variar em função dos setores pesquisados, abrangendo desde a extração e tratamento de
minerais, passando pelos diversos tipos de empresas (metalurgia, de transporte, de mobiliário,
de papelão, química, alimentar, gráfica e outras). Este critério também requer ponderações,
haja vista a grande variedade de tipos de empreendimentos que impede uma generalização.
Leone (1999), explica que é comum que a direção, nas micro e pequenas empresas,
fiquem entregue aos proprietários. As grandes empresas, por sua vez, freqüentemente
procedem à contratação de administradores profissionais para dirigi-las.
Conferi-se, dessa forma, que existem muitas tentativas para se classificar as pequenas
e médias empresas, que ponderam o número de funcionários e o critério de faturamento, já,
segundo Carasotto Filho e Pires (1998), nenhum deles atende inteiramente o imperativo de
uma diferenciação que leve em conta as particularidades regionais, os ramos de negócios, o
maior ou menor emprego de mão-de-obra e a abrangência dessas empresas.
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Com relação à esfera de atuação, Batalha (2003) mostra que a pequena empresa atua
geralmente no seu próprio espaço geográfico. Aponta-nos também que ela está preocupada em
ter matérias primas de fácil aquisição e transporte e que as pequenas empresas, muitas vezes,
aproveitam de produtos ligados a outras organizações para vender seu produto, o que a coloca
numa condição de subsidiaria de grupos maiores, embora preserve sua existência própria,
procurando cada vez mais espaço para garantir sua sobrevivência. O mesmo autor identifica
que as alternativas estratégicas da pequena unidade estão associadas às necessidades do
proprietário e não especificamente às exigências da empresa.
Sabe-se que o mercado da micro e pequena empresa é limitado. Mesmo que esses
negócios consigam atender uma esfera geográfica mais ampla, o número de clientes é
reduzido. Conforme Chér (2004), os meios de distribuição adotados por esses negócios
costumam limita-se somente a venda direta ou a um reduzido percurso de intermediários,
enquanto que o sistema de negociação e venda está diretamente vinculado ao proprietário ou a
pessoa vinculada diretamente a ele. No processo de crescimento, é necessária ampliação da
equipe de vendas.
Por fim, concilia-se com Leone (1999), ao comentar que devido às grandes
dificuldades de se criar um padrão genérico e aceitável que qualifique as organizações de
acordo com o porte, principalmente pelas diversas possibilidades de combinação de variáveis,
o exame das estruturas particulares das pequenas e médias empresas evidencia determinadas
características bem marcantes e diferenciadas, tendo o tamanho como uma constante para se
verificar as composições de seus recursos organizacionais dirigindo-os ao alcance de todos os
envolvidos com a organização.
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Mas, numa avaliação sobre o contexto das MPEs, no Brasil, é necessário atentar para
o perfil dos empreendedores, dado que o empreendedorismo é reflexo das condições e
características estruturais da economia de um país. No Brasil é possível observar que apenas
14% dos empreendedores possuem formação superior e mais de 50% estudaram somente até o
ensino médio (BASTOS JÚNIOR, 2005b).
índice de que mais de 50% das novas empresa encerram sua atividades em até 4 anos,
destacando-se a falta de preparo e conhecimento gerenciais um dos principais motivos
(SEBRAE, 2004).
* decisões rápidas: não perdem tempo com reuniões e burocracia, o que facilita a tomada de
decisões;
* contato direto com os clientes: cumpre com agilidade e facilidade os compromissos com o
mercado consumidor e fornecedor em função da flexibilidade e mobilidade;
* informalidade comportamental: as relações possibilitam união de esforços, uma vez que são
mais pessoais e familiares;
* sentimento de grupo: proporcionam mais participação por parte dos empregados nas
decisões da empresa, em função da informalidade comportamental;
* baixo ponto de equilíbrio: os custos fixos são menores e as variáveis têm melhores
condições de diminuição, uma vez que o resultado de lucro é conseguido com maior
facilidade;
* independência e liberdade de decisão e ações: uma vez que não devem justificativas ou
pedidos de licença para nenhum órgão externo, os objetivos e metas são definidos pelos
próprios empresários;
Para Matinelli e Joyal (2003, p. 69) as prerrogativas das micro e pequenas empresas
são de caráter operacional, como a seguir:
* facilidade para alterar planos e programações: seguem com mais facilidade as tendências,
especialmente as de mercado, tão logo essas comecem a mostrar sua força;
* agilidade perante a concorrência: diminuem com facilidade os custos finais dos produtos
e/ou serviços, uma vez que conseguem reduzir os custos;
Para isto, segundo Gimenez (1993), a organização deve ser avaliada detidamente e os
resultados podem indicar que a empresa é considerada marginal, ou seja, a empresa pode não
possuir nenhum traço diferencial, nem resquício de criatividade, nada que lhe confira uma
vantagem competitiva considerável. A maioria das organizações informais nunca ultrapassa
sua pequena dimensão, permitindo a seu proprietário-gerente viver com certa independência
em troca de grande sacrifício e de algumas exigências de trabalho, com freqüência, mais duras
do que as que poderia oferecer-lhes um emprego em outra empresa.
Muitas dessas empresas marginais nascem como resultado de uma intuição simples
que leva a pessoa empreendedora a julgar-se capaz de fazer o mesmo que outros, mas de
forma melhor. Assim, nos setores do mercado onde as barreiras de entrada são pouco
importantes (confecções, calçado, móveis, brinquedos de plástico), é fácil encontrar zonas
geográficas nas quais se desenvolveu certa concentração de pequenas empresas de uma
determinada atividade, surgidas de operários que se tornaram independentes e acabaram
criando eles mesmos suas próprias firmas (FILION, 1999).
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4 SIMPLES NACIONAL
Todos são obrigados a conhecer as legislações que envolvem as MPEs, seja em razão
do local em que estejam estabelecidas, seja pelas negociações intermunicipais e interestaduais
que acabam por envolver diferentes normas.
Em âmbito federal, as MPEs convivem com a Lei do Simples, Lei nº 9.317/96, que
concede benefícios tributários às MPEs, e com o Estatuto das MEs e EPPs, Lei nº 9.841/99,
que prevê vantagens nas áreas trabalhista, previdenciária, creditícia, mercadológica, etc.
Sem dúvida o Simples Nacional da Lei Geral ficou mais complexo se compararmos
ao Simples da Lei nº 9.317/96. A justificativa é que a sistemática adotada pelo Simples
Nacional foi a forma encontrada para se estabelecer justiça tributária não só às MPEs, como
também aos estados e municípios, conforme participação desses no Produto Interno Bruto
(PIB) (SEBRAE, 2007).
Não obstante, ciente de que a MPE possa ter alguma dificuldade em calcular sua
tributação, o legislador estabeleceu no § 15 do art. 18 que será disponibilizado sistema
eletrônico para realização do cálculo simplificado do valor mensal devido referente ao
Simples Nacional.
- Empresa de Pequeno Porte (EPP): receita bruta superior a R$ 240 mil e igual ou
inferior a R$ 2,4 milhões.
Sebrae (2007) comenta que trata-se de medida facultativa, isto é, o estado decidirá se
adota os limites acima ou se opta por um dos limites a seguir, de acordo com sua participação
no PIB:
I – Estado com PIB inferior a 1% poderá estabelecer o limite de receita bruta anual
de até R$ 1,2 milhão.
II – Estado com PIB entre 1% e 5% poderá estabelecer o limite de receita bruta
anual de até R$ 1,8 milhão.
III – Estado com PIB igual ou superior a 5% obriga-se a adotar o limite normal de
receita bruta anual (SEBRAE, 2007, p.34).
A adoção desses limites pelo estado vale somente para efeito de recolhimento do
ICMS e do ISS na forma do Simples Nacional em seus respectivos territórios.
- Das contribuições instituídas pelas entidades de serviço social autônomo, dentre elas o
Sebrae, o Senai, o Senac, o Sesi, o Sesc, o Senat etc.
Como pudemos observar, os incisos XXII e XXVIII foram vetados por ato do
Presidente da República. As atividades vetadas foram: decoração e paisagismo; e
representação comercial e corretoras de seguros.
A base de cálculo do tributo é o valor sobre o qual o contribuinte aplica uma alíquota
e encontra o valor do tributo devido. Tanto a base de cálculo como a alíquota devem estar
previstos em lei. No caso do Simples e do Simples Nacional, a base de cálculo é o valor da
receita bruta mensal. Suas alíquotas são os percentuais previstos nas tabelas que variarão
conforme a soma das receitas brutas acumuladas.
III – enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia útil da primeira
quinzena do mês subseqüente àquele a que se referir;
IV – em banco integrante da rede arrecadadora credenciada pelo Comitê Gestor.
Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, ele será definitivo e deverá ser
deduzida a parcela do Simples Nacional a ele correspondente, que será apurada tomando-se
por base as receitas de prestação de serviços que sofreram tal retenção, não sendo o montante
recolhido na forma do Simples Nacional objeto de partilha com os municípios.
32
5 CONCLUSÃO
A partir do que foi exposto, diante das coletas de dados e análises realizadas, é
possível inferir que o Simples Nacional cumpre em parte o objetivo declarado pelo Governo.
Apesar da simplificação dos impostos, ou seja, todos em uma só guia chamada DAS, ainda
existem alguns acompanhamentos que precisam ser feitos pelos contribuintes como, por
exemplo: ICMS antecipado, ICMS substituição tributária, retenção do ISS, como também
algumas obrigações acessórias que não foram extintas tornando-se maior a carga de trabalho
para a empresa, como: DIEF e DDS.
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