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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, (Reconhecido pelo Decreto Federal Nº


75.233, D.O.U. de 17.01.1975), ministrado e certificado pela Universidade Estadual Vale do
Acaraú UVA, e administrado mediante convênio, pela Faculdade Metropolitana da Grande
Fortaleza - FAMETRO (Credenciada pela Portaria nº 220/02, D.O.U. de 29.01.02).

CRISTIANY COSME LINHARES

A IMPORTANCIA DO SIMPLES NACIONAL PARA A


MICROEMPRESA

Fortaleza – Ceará

2011
CRISTIANY COSME LINHARES

A IMPORTANCIA DO SIMPLES NACIONAL PARA A


MICROEMPRESA

Monografia apresentada ao Curso de Graduação


em Ciências Contábeis, como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Bacharel, pela Universidade
Estadual Vale do Acaraú.

Orientador (a): Profa. Ms. Luciene Santos Lima

Fortaleza – CE

2011
CRISTIANY COSME LINHARES

A IMPORTANCIA DO SIMPLES NACIONAL PARA A


MICROEMPRESA

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis, como parte


dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel, pela Universidade Estadual Vale do
Acaraú.

Monografia aprovada em _____/_____/_____

Banca Examinadora:

________________________________________
Profa. Luciene Santos Lima – Mestre
Orientador (a)

________________________________________
Membro (a)

________________________________________
Membro (a)

________________________________________
Prof. Otacílio Valentim Andrade
Coordenador do Curso
Dedico essa monografia, primeiramente a Deus, e a todos aos meus familiares, que
estão sempre presente em minha vida.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os professores e alunos da Faculdade UVA / FAMETRO, os


quais contribuíram para minha formação pessoal e profissional.
”Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para
atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu.Existem, por certo, atalhos sem números e
pontes,e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua
própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por
onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o"

(Nietzsche)
RESUMO
Essa pesquisa foi elaborada com a finalidade de estudar se o simples nacional pode
possibilitar mais condições de trabalho para os empreendedores e levar sua empresa à frente.
Dando maior incentivo através da simplificação de suas obrigações. Podendo centralizar o
recolhimento dos tributos por meio de conhecer melhor a sua atividade de trabalho, no
período de março a junho de 2011. A metodologia utilizada para a pesquisa é exploratória,
utilizando como procedimento pesquisa bibliográfica em relação ao assunto abordado. Quanto
à abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa. Como resultados finais respondem-se que
o simples nacional veio incentivar as pessoas criativas e corajosas a entrarem no perigoso
mundo brasileiro dos negócios. O trabalho proporcionou a elaboração de uma visão geral das
opções de enquadramento de empresas no regime de tributação Simples Nacional.

Palavras-chave: Simples nacional. Microempresa. Tributos.

ABSTRAT

This research was developed with the aim of studying the simple national conditions
may enable more work for entrepreneurs and take their businesses forward. Giving
further encouragement through the simplification of its obligations. Being able to
centralize the collection of taxes by better understanding their work activity in the
period from March to June 2011. The methodology used for research and exploratory,
using bibliographic research procedure in relation to the subject matter. As for
addressing the problem, and qualitative research. As final results responds that the mere
national has encouraged creative and courageous people to enter the dangerous world of
Brazilian businesses. The work provided the elaboration of an overview of options for
framing companies in the taxation regime Simples Nacional.
Key - words: Simple country. Microenterprise. Taxes
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................10
1.1. Problema............................................................................................................................10
1.2. Objetivos ...........................................................................................................................10
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................................10
1.3. Organização da Pesquisa ...................................................................................................10

2 TRIBUTO ............................................................................................................................12
2.1 Conceito e características de tributo ..................................................................................12
2.1.1 Espécies de tributos ........................................................................................................13
2.1.2 Tributos Federais, Estaduais e Municipais .....................................................................14
2.2 Sistema Tributário Nacional ..............................................................................................15

3 MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ......................................17


3.1 O contexto da MPE no Brasil ............................................................................................17
3.1.1 Definição de pequena empresa no Brasil .......................................................................17
3.1.2 A micro e pequena empresa e os novos desafios ............................................................21
3.1.3 Gestão das micro e pequenas empresas ..........................................................................24

4 SIMPLES NACIONAL ......................................................................................................26


4.1 Regulamentação do Simples Nacional ..............................................................................27
4.2 Atividades admitidas no Simples Nacional .......................................................................30
4.3 Recolhimento do Simples Nacional ..................................................................................31

CONCLUSÕES .....................................................................................................................33

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................34
10

1 INTRODUÇÃO

O planejamento tributário é de total importância para as empresas, pois a alta carga


tributária tem representado um significativo montante financeiro, o qual tem interferido no
resultado econômico das empresas. Diante de um mercado cada vez mais competitivo e
complexo grande parte das empresas, com a intenção de se estabilizar no mercado procuram
benefícios, diminuição de impostos, para que possam aumentar seu ciclo de vida.

A maior dificuldade de quem abre uma empresa, não é só a alta carga tributária, mas
também o desconhecimento dessa carga. Para diminuir o peso da carga tributária para as
micro e pequenas empresas, foi criado o simples nacional para beneficiar as micro.

Esse sistema veio de maneira simples é de forma esclarecedora para dar maior
assistência às micro e pequenas empresas dando maior habilidade profissional para quem
trabalha na área.

1.1 PROBLEMA

De que forma o simples nacional veio para ajudar as empresas?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O simples nacional pode possibilitar mais condições de trabalho para os


empreendedores e levar sua empresas à frente. Dando maior incentivo através da
simplificação de suas obrigações. Podendo centralizar o recolhimento dos tributos por meio
de conhecer melhor a sua atividade de trabalho.

1.3 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA

O relatório da pesquisa possui cinco capítulos: Introdução, Tributo, Microempresas e


empresas de pequeno porte, Simples nacional e Conclusão.

A Introdução é composta pela justificativa, problema, objetivos gerais e específicos,


organização da pesquisa e metodologia utilizada. A metodologia utilizada para a pesquisa é
exploratória, utilizando como procedimento pesquisa bibliográfica em relação ao assunto
11

abordado. Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa.

As seções que abordam sobre Tributo, Microempresas e empresas de pequeno porte, e


Simples nacional são compostos por pesquisas em sites, textos, dissertações monográficas,
material adquirido em cursos, palestras e entrevistas em relação ao assunto abordado.
Consiste na análise de textos e autores que escreveram sobre o tema, em seus diversos
ângulos.

O presente trabalho também apresenta a resolução do problema questionado e a


confirmação dos objetivos alcançados.

Na Conclusão, são descritos 3 tópicos básicos: as conclusões propriamente ditas, o


sumário da contribuição do texto e estudos futuros. A Conclusão não é um resumo do
trabalho, mas da conclusão obtida no estudo, apresentada de forma objetiva e concisa. A
contribuição se for incluída, pode descrever os critérios de análise e organização utilizados e
como esses critérios auxiliaram na compreensão e na organização do domínio. Trabalhos
futuros descreverão estudos que foram considerados interessantes após essa pesquisa inicial,
mas que, por limitação de tempo ou de interesse, não foram realizados neste trabalho.

As Referências apresentam todas as fontes utilizadas para a realização da pesquisa.

2 TRIBUTO
12

2.1 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DE TRIBUTO

A seguir são apresentados alguns conceitos e características de tributo que, por


possuírem sua definição apresentada pela própria lei, não são elementos de grandes
discussões, o que, no âmbito de leis tributárias, é um fato incomum.

Tributo é o vínculo jurídico entre o Fisco e o Contribuinte, decorrente de um fato


lícito previsto em lei, tendo por objeto uma prestação pecuniária. Os tributos formam a
receita da União, dos Estados e Municípios e abrangem impostos, taxas, contribuições e
empréstimos compulsórios; eles podem ser diretos ou indiretos. No primeiro caso, são os
contribuintes que devem arcar com a contribuição, como ocorre no Imposto de Renda. Já os
indiretos incidem sobre o preço das mercadorias e serviços (OLIVEIRA, 2009).

Existem vários conceitos de tributos, além do definido no art. 3º do CTN, pois o


tributo, também de forma geral, refere-se à designação de normas e obrigações tributárias,
tendo em vista que as penalidades pecuniárias ou as multas não se incluem no conceito de
tributo.

O Código Tributário Nacional (BRASIL, 2000), art. 3º, define tributo:

“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se


possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

Dessa forma, verifica-se que tributo é a ligação que existe entre o cidadão e o
Governo já prevista na Lei, a qual determina que alguma coisa deverá ser paga ao Governo;
destacam-se do texto legal alguns fragmentos que merecem considerações:

a) prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir:


pagamento obrigatório em dinheiro ou em algum bem que possa se transformar em dinheiro;

b) que não se constitua sansão de ato ilícito: que não seja uma multa por alguma
infração à lei, exemplo: multa por excesso de velocidade não é tributo, é sansão;

c) instituída em Lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente


vinculada: prevista na Lei e cobrada sobre alguma coisa que se possa avaliar, por exemplo, o
Imposto de Renda Pessoa Física tributa o salário das pessoas que ganham acima de
13

determinado valor; o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) recai


sobre a propriedade dos veículos, etc.

De acordo com o art. 97 do Código Tributário Nacional; somente a lei pode


estabelecer:

i. A instituição de tributos, ou a sua extinção;


ii. A majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos arts. 21,26,39,57
e 65;
iii. A definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto
no inciso I do 3º art. 52, e do seu sujeito passivo;
iv. A fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos
arts.21,26,39,57 e 65;
v. A cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nelas definidas;
vi. As hipóteses de execução, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de
dispensa ou redução de penalidades.

Dessa forma, a legislação tributária do Brasil define o tributo como sendo toda
prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada (definição do art. 3.º do CTN).

2.1.1 Espécies de tributos

Como se verifica, de acordo com os art. 145, 148 e 149 da Constituição Federal - CF,
o sistema tributário está distribuído entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, os quais estão identificados também em três espécies de tributos, impostos, taxas,
contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições sociais.

De acordo com o art. 145 da CF as espécies tributárias que compõem o sistema


tributário brasileiro são cinco:

Imposto É um tributo cuja exigência não tem qualquer vínculo com uma atividade específica do
estado.
Taxa A taxa, ao contrário do imposto, tem a característica de ser cobrada em decorrência de
prestação de serviços específicos do estado, de forma efetiva ou potencial, isto é, a
característica básica de taxa impede que esta seja cobrada sob a base de cálculo de
imposto já existente.
Contribuição de Pode ser cobrada para o custeio de obras públicas.
melhoria
Contribuição É um tributo cobrado para custeio de atividades paraestatais e pode ser: social, de
especial intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias econômicas ou
profissionais.
14

Empréstimo É um tributo que somente poderá ser instituído pela União por meio de lei
compulsório complementar, nos casos de calamidades públicas ou guerra externa, ou seja,
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
QUADRO nº 1 – Espécies Tributárias
FONTE: Adaptado de Bonfim (2007, p. 38)

Segundo Bonfim (2007), “as taxas e contribuições de melhoria têm pouco


significado, tanto no que se refere ao montante arrecadado quanto ao impacto causado ao
contribuinte. Os impostos representam, de fato, o instrumento de que o Estado dispõe para
angariar recursos para gerir a administração pública e permitir investimentos em obras
públicas.”

2.1.2 Tributos Federais, Estaduais e Municipais

De acordo com Bonfim (2007) no Sistema Constitucional Tributário brasileiro, as


rendas tributárias são divididas proporcionalmente pelos entes de Direito Público do país:
União, Estados e Municípios. Basicamente, existem dois métodos de divisão das rendas
tributárias estatuídas pela CF/88: por competência e por produto.

Segundo Soares Jr. (2007), a Constituição em vigor assim distribui, entre os diversos
níveis de governo, a competência de estabelecer os tributos:

Compete à União instituir imposto sobre:


 Importação de produtos estrangeiros;
 Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
 Rendas e proventos de qualquer natureza;
 Produtos industrializados;
 Operações de créditos, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
imobiliários;
 Propriedade territorial rural;
 Grandes fortunas.
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
 Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos:
 Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação;
 Propriedades de veículos automotores.
Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
 Propriedades predial e territorial urbana;
 Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre
imóveis, ressalvadas as exceções legais;
 Serviços de qualquer natureza.

Em nosso país, cada nível de governo tem o direito de instituir os impostos e


contribuições que lhe são constitucionalmente atribuídos e que pertençam à sua competência
tributária privativa. A atual Carta Magna define claramente as competências tributárias de
15

cada esfera de governo não havendo, em princípio, possibilidade de sobreposição de


competências em relação aos impostos e à maioria das contribuições.

Por outro lado, é comum às três esferas de governo a competência para instituir taxas
(pelo exercício do poder de polícia e pela utilização de serviços públicos), contribuição de
melhoria e contribuição para custeio da previdência e assistência social de seus servidores.
Compete à União, com exclusividade, o direito de instituir empréstimos compulsórios, bem
como o de instituir outros impostos expressamente não compreendidos em sua competência
tributária, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprio dos discriminados pela Constituição.

2.2 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

O Sistema Tributário Nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional nº


18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal, e
nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis
estaduais, e em leis municipais (OLIVEIRA, 2009).

Verifica-se, pois, que o Sistema Tributário é entendido como sendo o complexo


orgânico formado pelos tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e
normas que os regem. Por consequência, pode-se concluir que o Sistema Tributário Brasileiro
é composto dos tributos instituídos no Brasil, dos princípios e normas que regulam tais
tributos.

A Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, dispõe sobre o Sistema Tributário 16


Nacional (STN) e institui normas gerais de direito tributário aplicável à União, aos Estados e
aos Municípios. A referida legislação foi alterada pela Lei Complementar nº 118, de 09 de
fevereiro de 2005. Essa Lei regula com fundamento na Emenda Constitucional nº 18, de 1º de
dezembro de 1965, o Sistema Tributário Nacional e estabelece, com fundamento na
Constituição Federal de 1988 (CF/88), nas normas gerais de direito tributário aplicáveis à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva
legislação complementar, supletiva ou regulamentar (BONFIM, 2007).

No entanto, o pacto federativo constitui uma das cláusulas pétreas da vigente


Constituição brasileira. Isso quer dizer que a Federação não pode ser abolida, nem mesmo por
16

meio de Emenda Constitucional, uma vez que o legislador constituinte elevou a forma
federativa de Estado à condição de elemento indispensável para a estabilidade da nação.

De acordo com Oliveira (2009), entende-se Sistema Tributário Nacional como


complexo orgânico formado pelos tributos instituídos em um país ou em região autônoma, e
os princípios e as normas que os regem.

A Constituição Federal estabelece a autonomia política, administrativa e financeira


dos entes federativos. A concessão destas três autonomias pressupõe a atribuição de
competências tributárias privativas para os três níveis de governo (União, Estados/Distrito
Federal e Municípios), a instituição de princípios tributários e de limitações ao poder de
tributar, bem como a adoção de regras sobre a repartição de receitas tributárias.

O conjunto de regras constitucionais que atribuem competências tributárias aos


diversos entes federativos estabelece princípios tributários, limitam o poder de tributar, e
dispõem sobre a repartição de receitas tributárias que constituem a base do Sistema Tributário
Nacional.

3 MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (EPP )


17

3.1 O CONTEXTO DA MPE NO BRASIL

Para se discutir a atual importância das Micro e Pequenas Empresas- MPEs, levando
em conta abordagens conceituais, desafios à implantação e consolidação destes negócios, e a
legislação especifica que atua para sua gestão, construíram-se os seguintes itens.

3.1.1 Definição de pequena empresa no Brasil

A uniformidade da micro e pequena empresa no Brasil parece explicitam. Mas, na


realidade, o complexo cenário no quais os negócios estão inseridos permite a construção de
entendimentos sob variadas classificações. Chér (2004) esclarece que, na maioria das vezes,
os negócios dessa categoria são classificados conforme o número de empregados. Tem-se
aceitável compreensão por parte de diferentes entidades definidoras a seguinte divisão:
microempresa, aquela que tem até 10 empregados; pequena, até 100; média, até 500; e
grande, acima de 500 empregados.

Segundo Martinelli e Joyal (2003), essa classificação em função da aplicação de


mão-de-obra se manifesta inconsistente, uma vez que não equivale a uma regra para todos os
empreendimentos de várias naturezas. No caso de uma empresa de construção civil, por
exemplo, poderá apresentar muitos empregados, fato que a classifica como uma grande
empresa. Mas não apresentaria faturamento equivalente que justificaria tal porte. A
classificação quanto o porte do faturamento considera o volume de recursos obtidos durante o
período de um ano.

É nesse sentido, que Filion (1999) adverte que esta classificação por faturamento
pode variar em função dos setores pesquisados, abrangendo desde a extração e tratamento de
minerais, passando pelos diversos tipos de empresas (metalurgia, de transporte, de mobiliário,
de papelão, química, alimentar, gráfica e outras). Este critério também requer ponderações,
haja vista a grande variedade de tipos de empreendimentos que impede uma generalização.

La Rovere (1999) acrescenta que as MPE´s podem ser estabelecidas de várias


maneiras, dependendo da forma como o capital é repartido entre os proprietários. As MPE´s
se estabelecem, em sua maioria, no formato de sociedade por quotas, com responsabilidade
limitada ou não; quer dizer, elas são constituídas através de Contrato Social, sendo seu Capital
Social representado por quotas. A responsabilidade dos sócios quotistas no investimento é
limitada ao montante do Capital Social investido, razão pela qual é a forma mais comum de
18

constituição jurídica de empresas existentes. Também são verificadas empresas sob a


configuração de sociedades anônimas de capital fechado, as quais não possuem ações
negociadas em bolsa de valores. Essas empresas obrigatoriamente devem publicar suas
Demonstrações Financeiras e Contábeis Anualmente.

Leone (1999), explica que é comum que a direção, nas micro e pequenas empresas,
fiquem entregue aos proprietários. As grandes empresas, por sua vez, freqüentemente
procedem à contratação de administradores profissionais para dirigi-las.

Além destas tentativas de definições, pode-se observar o fato de que um negócio


empresarial é considerado pequeno ou médio, de acordo com determinado atributo — para
um gênero ou setor da atividade econômica —, com o objetivo de atender uma finalidade
específica, poderá também ser concebido como grande, ao se levar em consideração algum
outro critério, setor ou objetivo organizacional; e porque o universo que compreende as
pequenas e médias empresas é significativamente amplo, em virtude de o país possuir
reconhecidas dimensões continentais e, ao mesmo tempo, apresentar intenso e heterogêneo
desenvolvimento regional (ALVIM, 1998, p. 28).

Conferi-se, dessa forma, que existem muitas tentativas para se classificar as pequenas
e médias empresas, que ponderam o número de funcionários e o critério de faturamento, já,
segundo Carasotto Filho e Pires (1998), nenhum deles atende inteiramente o imperativo de
uma diferenciação que leve em conta as particularidades regionais, os ramos de negócios, o
maior ou menor emprego de mão-de-obra e a abrangência dessas empresas.

Logenecker et al (2005) ampliam que a procedência do capital na pequena empresa


pode ser identificada na economia familiar, em empréstimos obtidos por linhas especiais de
crédito, ou nas reservas particulares dos sócios. A empresa torna-se o meio de vida do
proprietário e a condição de reinvestimento é muito baixa, pois a inquietação maior é com a
sobrevivência particular ou da sua família, embora ele reconheça a necessidade de manter
certa margem de lucro no negócio. Quando amplia as operações, a resposta sobre o
investimento é maximizada e o reinvestimento faz parte da rotina de planejamento. A relação
do proprietário com o modo de produção demonstra uma separação rudimentar entre os
processos técnicos e as atividades administrativas. Em uma MPE, geralmente, o proprietário
envolve-se tanto nas atividades de produção como nos administrativos.
19

As estruturas organizacionais observadas por La Rovere (2005) mostram que as


pequenas empresas apresentam um organismo burocrático com um único nível hierárquico.
Ao crescer, desenvolvem uma estrutura elementar, baseada nas funções de produção,
comercialização e administração de pessoal. Referido autor ainda acrescenta que o tipo de
administração dessas unidades confunde-se com a própria companhia, quando o proprietário
(diretor-geral e fundador) desempenha uma direção unipessoal e autoritária, coordenando as
áreas operacionais e tomando todas as decisões. Para desenvolver o negocio, o pequeno
empresário implanta uma divisão real do trabalho e inicia a procura por profissionais
habilitados para comandá-lo e gerenciá-lo.

La Rovere (2001) ensina que nas MPE´s o nível de assistência organizacional


costuma ser muito limitado, e os sistemas de controles serem estabelecidos de forma
individual. Essa realidade sugere que sejam adotadas orientações profissionais que colaborem
para possíveis expansões nos sistemas de decisão, quer operacional quer estratégica de forma
a permitir um desenvolvimento da atuação da empresa por meio da delegação, conforme
princípios previamente estabelecidos pelo proprietário.

Sobre as políticas de administração de pessoal implantadas nas MPE´s, esse mesmo


autor adverte que elas costumam não ser normalizadas. Quer dizer, mesmo sendo realizadas
de forma legal, geralmente negócios de pequeno porte não formalizam uma normatização
interna sobre condutas e procedimentos por meio de manuais ou regulamentos internos. Mas,
quando ocorre desenvolvimento de tais negócios, verifica-se maior controle e lógica na forma
de atuação no mercado, tomando como base critérios técnicos e os custos operacionais, assim
tornando-se organizações mais formais.

Identifica-se que, geralmente, as pequenas empresas oferecem um único produto ou


serviço para negociação. Conforme Arantes (2005), o estabelecimento desses produtos ou
serviços é motivado por questões momentâneas do mercado, não necessitando ainda de
produtos ou serviços complementares. A produção é limitada à quantidade de vendas e utiliza-
se de processos técnicos simples. O sucesso desse produto ou serviço provoca o aumento da
produção e o incremento da cobertura do mercado por meio do oferecimento de uma linha de
outros produtos ou serviços complementares. Essa elevação do leque de produtos/serviços
ofertados passa a exigir da empresa maior responsabilidade quanto às preocupações com a
qualidade e garantias dadas aos consumidores. Uma tecnologia simples e satisfatória para a
fabricação dos produtos dirigida pelo proprietário pode ser a única atividade da pesquisa e
20

20

desenvolvimento feita na pequena empresa, havendo, claro, uma preocupação quanto à


melhora de produtos e processos.

Com relação à esfera de atuação, Batalha (2003) mostra que a pequena empresa atua
geralmente no seu próprio espaço geográfico. Aponta-nos também que ela está preocupada em
ter matérias primas de fácil aquisição e transporte e que as pequenas empresas, muitas vezes,
aproveitam de produtos ligados a outras organizações para vender seu produto, o que a coloca
numa condição de subsidiaria de grupos maiores, embora preserve sua existência própria,
procurando cada vez mais espaço para garantir sua sobrevivência. O mesmo autor identifica
que as alternativas estratégicas da pequena unidade estão associadas às necessidades do
proprietário e não especificamente às exigências da empresa.

Portanto, o tamanho da empresa tem ligação direta com a capacidade do empresário


em administrá-la: uma organização continua pequena porque o seu dirigente não tem vontade
ou condições de crescer. Ao quantificar as lacunas que existem entre a disponibilidade atual
de recursos e uma disposição futura mais desejável, fornecem as bases para o plano de
obtenção desses meios, escalas de prioridades etc., servindo também para as revisões da
estratégica escolhida, imprescindíveis face às mudanças que suportam as condições internas,
bem como o ambiente externo da empresa.

Sabe-se que o mercado da micro e pequena empresa é limitado. Mesmo que esses
negócios consigam atender uma esfera geográfica mais ampla, o número de clientes é
reduzido. Conforme Chér (2004), os meios de distribuição adotados por esses negócios
costumam limita-se somente a venda direta ou a um reduzido percurso de intermediários,
enquanto que o sistema de negociação e venda está diretamente vinculado ao proprietário ou a
pessoa vinculada diretamente a ele. No processo de crescimento, é necessária ampliação da
equipe de vendas.

Por fim, concilia-se com Leone (1999), ao comentar que devido às grandes
dificuldades de se criar um padrão genérico e aceitável que qualifique as organizações de
acordo com o porte, principalmente pelas diversas possibilidades de combinação de variáveis,
o exame das estruturas particulares das pequenas e médias empresas evidencia determinadas
características bem marcantes e diferenciadas, tendo o tamanho como uma constante para se
verificar as composições de seus recursos organizacionais dirigindo-os ao alcance de todos os
envolvidos com a organização.
21

3.1.2. A micro e pequena empresa e os novos desafios

A participação das MPEs na economia brasileira pode ser demonstrada através de


diferentes critérios. O Gráfico 1 a seguir, aponta que é vasto o número de negócios
classificados como MPEs, bem como são nestes onde se enquadra mais da metade das
oportunidades de ocupação para a comunidade. Ao mesmo tempo em que esses negócios,
apesar de volumosos, contribuem com apenas 20% do produto interno bruto – PIB. Tal
diferença entre volume e retorno financeiro caracteriza o grande desafio enfrentado pelas
MPEs para sua sobrevivência.

Gráfico 1 - As Mpes na Economia Brasileira em 2005

Fonte: SEBRAE, 2005, on-line

Mas, numa avaliação sobre o contexto das MPEs, no Brasil, é necessário atentar para
o perfil dos empreendedores, dado que o empreendedorismo é reflexo das condições e
características estruturais da economia de um país. No Brasil é possível observar que apenas
14% dos empreendedores possuem formação superior e mais de 50% estudaram somente até o
ensino médio (BASTOS JÚNIOR, 2005b).

Segundo informativos/relatórios do Sebrae (2004), a fragilidade dos negócios pode


ser resultado da falta de preparo e formação por parte dos empreendedores. Os dados apontam
que 14% dos empreendedores possuem formação superior, e que mais de 50% desses
pequenos empresários estudaram somente até o ensino médio. Aliado a isso é informado o
22

índice de que mais de 50% das novas empresa encerram sua atividades em até 4 anos,
destacando-se a falta de preparo e conhecimento gerenciais um dos principais motivos
(SEBRAE, 2004).

Outro fator estrutural é o desemprego que, aliado à precariedade dos serviços de


bem-estar, faz com que grande parte da população que não possui emprego formal seja
forçada a buscar alternativas de sobrevivência através da implantação de negócios próprios.
Esse fator contribui para a configuração do perfil do empreendedorismo no Brasil –
empreendedorismo motivado por necessidade. Pois, mais de 50% dos empreendimentos são
iniciados pela busca de sobrevivência do seu fundador (MINITI, 2005).

Dessa forma, com base no que atualmente se conhece acerca da lógica do


Desenvolvimento Sustentado como sendo a proposta para o crescimento dos negócios o
século XXI, não se pode ignorar as MPEs e o seu potencial para o desenvolvimento de cada
comunidade, de cada local que compõem a nação brasileira.

Segundo Pinheiro (2004), Desenvolvimento Sustentado compreende a preservação, a


longo prazo, dos recursos naturais e ambientais, que não pode ser feita sem que haja,
simultaneamente, um desenvolvimento econômico, social e político-institucional, que
beneficie, em particular, os mais desfavorecidos. Portanto, verifica-se que as MPEs podem ser
empregadas como instrumentos desse desenvolvimento, por mais da sua capacidade de
geração de trabalho nas variadas comunidades espalhadas pelo Brasil. E, por isso, deve ser
estimulada a sua expansão, gerando efeito multiplicador na economia do País.

Gimenez (1993) salienta que qualquer unidade produtiva razoavelmente aparelhada


defende a melhor aplicação de seus recursos humanos e materiais ao alcance das metas para
as quais se dirige, operando num ambiente de forte concorrência e, às vezes, essas habilidades
não são totalmente explícitas. As micro e pequenas empresas têm algumas peculiaridades
específicas e sabendo administrá-las, independentemente do período de existência da
empresa, caracteriza-se melhor o negócio, distinguindo-o dos demais.

Segundo Martinelli e Joyal (2003, p. 68), o primeiro grupo de vantagens das


empresas menores reúne os seguintes elementos:

* flexibilidade: se acomodam rapidamente a situações novas;


23

* mobilidade: se adaptam com facilidade às exigências do mercado no sentido de produzir


novas linhas de produtos ou serviços;

* decisões rápidas: não perdem tempo com reuniões e burocracia, o que facilita a tomada de
decisões;

* contato direto com os clientes: cumpre com agilidade e facilidade os compromissos com o
mercado consumidor e fornecedor em função da flexibilidade e mobilidade;

* informalidade comportamental: as relações possibilitam união de esforços, uma vez que são
mais pessoais e familiares;

* sentimento de grupo: proporcionam mais participação por parte dos empregados nas
decisões da empresa, em função da informalidade comportamental;

* baixo ponto de equilíbrio: os custos fixos são menores e as variáveis têm melhores
condições de diminuição, uma vez que o resultado de lucro é conseguido com maior
facilidade;

* independência e liberdade de decisão e ações: uma vez que não devem justificativas ou
pedidos de licença para nenhum órgão externo, os objetivos e metas são definidos pelos
próprios empresários;

* maior criatividade e iniciativa: são, geralmente, mais abertas às novidades;

* volume reduzido de investimentos: há mais capital destinado a pesquisa de novos produtos e


tecnologias, uma vez que com os custos fixos menores;

* gastos gerais minimizados: as obrigações são menores.

Para Matinelli e Joyal (2003, p. 69) as prerrogativas das micro e pequenas empresas
são de caráter operacional, como a seguir:

* inventividade e experimentação: servem como laboratório para a implantação de novas


idéias e produtos, os quais uma grande empresa é impossibilitada de testar;

* antecipação ao mercado: os pequenos dirigentes tanto acompanham como se antecipam ao


mercado, possibilitando com isso percepções inovadoras colocadas;
24

* atenção aos detalhes: podem atender a encomendas de produtos diferentes ou variedades de


pedidos, com grande variedade de padrões;

* facilidade para alterar planos e programações: seguem com mais facilidade as tendências,
especialmente as de mercado, tão logo essas comecem a mostrar sua força;

* agilidade perante a concorrência: diminuem com facilidade os custos finais dos produtos
e/ou serviços, uma vez que conseguem reduzir os custos;

* maior controle da produção: em função da ausência de complicadas etapas de coordenação


exigidas pela produção em massa, modificam os prazos normais do processo produtivo,
cumprindo jornadas ampliadas;

* facilidade em alterar a produção: as instruções não percorrem os longos canais de comando


de uma grande empresa, resultando em providências imediatas;

* versatilidade: as mudanças são realizadas rapidamente e com custos baixos.

La Rovere (2003) explica que a gestão das MPEs é um fator importante,


principalmente no início de atividade da empresa, exigindo a dedicação exclusiva de seu(s)
proprietário(s), pois, favorece o auto conhecimento da empresa (preços, custos, renovações de
produtos, concorrência e etc) e diminui as chances do negócio ser encerrado..

3.1.3 Gestão das micro e pequenas empresas

Segundo Hamel e Prahalad (1999), a dinâmica empresarial, aliada à dinâmica do


mercado pode trazer a idéia do crescimento, baseada na premissa de que as micro e pequenas
empresas são um estágio limitado para se alcançar, um dia, o estado de grande empresa.

A administração e as dificuldades de gerenciamento decorrentes da possibilidade de


desenvolvimento tendem a gerar um grande risco, pois o crescimento resulta em mudanças
tanto no tamanho como na forma da organização da empresa. O tamanho de uma empresa
provoca impactos sobre os seus empregados, sobre a sociedade e sobre a própria organização
empresarial. Existe maior tensão e o processo de despersonalização pode conduzir ao
descontentamento dos indivíduos, apesar de estas conseqüências negativas serem
parcialmente aliviadas pela presença de grupos informais. Por outro lado, o tamanho provoca
25

impactos sobre a própria empresa, impondo problemas relacionados com controle,


coordenação e comunicações (FILION, 1999).

Guiando-se por estes motivos e pelo desejo de conservar o empreendimento sob


controle, Hamel e Prahalad (1999) informam que o caminho pode ser a conservação na
categoria de micro ou pequena empresa, mas considerando a distinção e o potencial
verdadeiro como base estratégica para o sucesso.

Para isto, segundo Gimenez (1993), a organização deve ser avaliada detidamente e os
resultados podem indicar que a empresa é considerada marginal, ou seja, a empresa pode não
possuir nenhum traço diferencial, nem resquício de criatividade, nada que lhe confira uma
vantagem competitiva considerável. A maioria das organizações informais nunca ultrapassa
sua pequena dimensão, permitindo a seu proprietário-gerente viver com certa independência
em troca de grande sacrifício e de algumas exigências de trabalho, com freqüência, mais duras
do que as que poderia oferecer-lhes um emprego em outra empresa.

Muitas dessas empresas marginais nascem como resultado de uma intuição simples
que leva a pessoa empreendedora a julgar-se capaz de fazer o mesmo que outros, mas de
forma melhor. Assim, nos setores do mercado onde as barreiras de entrada são pouco
importantes (confecções, calçado, móveis, brinquedos de plástico), é fácil encontrar zonas
geográficas nas quais se desenvolveu certa concentração de pequenas empresas de uma
determinada atividade, surgidas de operários que se tornaram independentes e acabaram
criando eles mesmos suas próprias firmas (FILION, 1999).
26

4 SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e


Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei
Geral – Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

A idéia do Simples Nacional originou-se da necessidade de unificar, dentro do


possível, a complexa legislação tributária atualmente aplicável às Micro e Pequenas Empresas
– MPEs nos âmbitos federal, do Distrito Federal e dos estados e municípios.

Nesse sentido, o sistema Simples Nacional ou Supersimples, como também é


conhecido, pretende substituir todas essas legislações. Com isso, a Lei Geral visa facilitar a
vida dos empresários, sócios e administradores de MPEs e também o trabalho dos
contabilistas e advogados que assessoram essas empresas.

Todos são obrigados a conhecer as legislações que envolvem as MPEs, seja em razão
do local em que estejam estabelecidas, seja pelas negociações intermunicipais e interestaduais
que acabam por envolver diferentes normas.

Em âmbito federal, as MPEs convivem com a Lei do Simples, Lei nº 9.317/96, que
concede benefícios tributários às MPEs, e com o Estatuto das MEs e EPPs, Lei nº 9.841/99,
que prevê vantagens nas áreas trabalhista, previdenciária, creditícia, mercadológica, etc.

Segundo Sebrae (2007), os estados que se recusaram a aderir ao Simples Federal,


incluindo o ICMS à mesma sistemática de recolhimento dos impostos e contribuições
federais, acabaram por fazer suas próprias leis de incentivo às MPEs. Como resultado, as
MPEs passaram a conviver com várias normas diferentes.

Algumas dessas legislações estaduais que prevêem regime tributário diferenciado e


favorecido às MPEs, notadamente em relação ao ICMS:

- Alagoas: Lei nº 6.271, de 3 de outubro de 2001.

- Bahia: Lei nº 7.357, de 4 de novembro de 1998.

- Ceará: Lei nº 13.298, de 2 de abril de 2003.

- Minas Gerais: Lei 15.219, de 7 de julho de 2004.


27

- Paraná: Lei nº 8.084, de 5 de junho de 1985.

- Pernambuco: Lei nº 11.515, de 29 de dezembro de 1997.

- Rio Grande do Sul: Lei nº 7.999, de 7 de junho de 1985.

- Rio de Janeiro: Lei nº 3.342, de 29 de dezembro de 1999.

- Santa Catarina: Lei nº 11.398, de 8 de maio de 2000.

- São Paulo: Lei nº 10.086, de 19 de novembro de 1998.

Vários municípios também possuem normas de incentivo às MPEs, embora grande


parte deles, diferentemente do que fizeram os estados, tenha preferido aderir à Lei nº 9.317/96
(Simples Federal), permitindo que as pequenas empresas prestadoras de serviços recolham
mensalmente o Imposto Sobre Serviços (ISS) juntamente com os tributos federais, por meio
do Documento de Arrecadação Unificado Simples (DARF).

Sem dúvida o Simples Nacional da Lei Geral ficou mais complexo se compararmos
ao Simples da Lei nº 9.317/96. A justificativa é que a sistemática adotada pelo Simples
Nacional foi a forma encontrada para se estabelecer justiça tributária não só às MPEs, como
também aos estados e municípios, conforme participação desses no Produto Interno Bruto
(PIB) (SEBRAE, 2007).

No que diz respeito às MPEs, a complexidade do Simples Nacional decorre da


necessidade de se desonerar essas empresas de tributos que não deveriam recolher, como nos
casos de substituição tributária e exportação.

Não obstante, ciente de que a MPE possa ter alguma dificuldade em calcular sua
tributação, o legislador estabeleceu no § 15 do art. 18 que será disponibilizado sistema
eletrônico para realização do cálculo simplificado do valor mensal devido referente ao
Simples Nacional.

4.1 Regulamentação do Simples Nacional

O Simples Nacional passa a vigorar somente no dia 1º de julho de 2007. Da


publicação da Lei Geral (14/12/2006) até a metade do ano de 2007, foi o prazo negociado
28

pelo Ministério da Fazenda com os congressistas, de modo que pudessem regulamentar em


tempo vários dispositivos da Lei Geral.

Como regra, o Simples Nacional adota os mesmos parâmetros de limite de receita


bruta anual que as MPEs, quais sejam:

- Microempresa (ME): receita bruta igual ou inferior a R$ 240 mil;

- Empresa de Pequeno Porte (EPP): receita bruta superior a R$ 240 mil e igual ou
inferior a R$ 2,4 milhões.

No entanto, para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS na forma do Simples


Nacional, a Lei Geral estabelece exceções à regra aos estados que tiverem participação no
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de até 5%. A opção feita pelo estado vincula os
municípios nele localizados.

Sebrae (2007) comenta que trata-se de medida facultativa, isto é, o estado decidirá se
adota os limites acima ou se opta por um dos limites a seguir, de acordo com sua participação
no PIB:

I – Estado com PIB inferior a 1% poderá estabelecer o limite de receita bruta anual
de até R$ 1,2 milhão.
II – Estado com PIB entre 1% e 5% poderá estabelecer o limite de receita bruta
anual de até R$ 1,8 milhão.
III – Estado com PIB igual ou superior a 5% obriga-se a adotar o limite normal de
receita bruta anual (SEBRAE, 2007, p.34).

A adoção desses limites pelo estado vale somente para efeito de recolhimento do
ICMS e do ISS na forma do Simples Nacional em seus respectivos territórios.

O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de


arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);


II – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), exceto importação;
III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
IV – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), exceto
importação;
V – Contribuição para o PIS/Pasep, exceto importação;
VI – INSS, a cargo da pessoa jurídica. Com exceção de certas prestadoras de
serviços conforme veremos oportunamente;
29

VII – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS);
VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) (SEBRAE, 2007, p.36).

As MPEs optantes pelo Simples Nacional também estão dispensadas do pagamento:

- Das contribuições instituídas pelas entidades de serviço social autônomo, dentre elas o
Sebrae, o Senai, o Senac, o Sesi, o Sesc, o Senat etc.

- Da contribuição sindical patronal instituída pela CLT.

- Das demais contribuições instituídas pela União.

Permanecem obrigatórios os demais tributos de competência da União, dos estados,


do Distrito Federal ou dos municípios, não dispensados expressamente acima, entre eles: IOF;
Imposto de Importação; PIS, Cofins e IPI na importação; Imposto de Exportação; IPTR; INSS
relativo ao empregado e ao empresário; CPMF; FGTS; ICMS e ISS em regime de substituição
tributária e na importação; etc.

Não poderá recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a


empresa:

I – que explore atividade de prestação de serviços de assessoria creditícia. Exemplo:


factoring;
II – que tenha sócio domiciliado no exterior;
III – de cujo capital participe entidade da administração pública;
IV – que preste serviço de comunicação;
V – que possua débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual
ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
VI – que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
VII – que seja geradora, transmissora ou distribuidora de energia elétrica;
VIII – que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e
motocicletas;
IX – que exerça atividade de importação de combustíveis;
X – que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas,
cigarros, armas, bem como de outros produtos tributados pelo IPI com alíquota
maior que 20% ou com alíquota específica;
XI – que preste serviços de cunho intelectual, de natureza técnica, científica,
desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem
como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer
tipo de intermediação de negócios;
XII – que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
XIII – que realize atividade de consultoria;
XIV – que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis (SEBRAE, 2007,
p.37).
4.2 ATIVIDADES ADMITIDAS NO SIMPLES NACIONAL
30

Observa-se que a pessoa jurídica somente poderá ingressar no Simples Nacional se


exercer uma das atividades abaixo ou se a exercer em conjunto com outras atividades também
admitidas. Logo, se, por exemplo, uma empresa exerce uma das atividades prevista no § 1º
(admitida no sistema), e outra que esteja expressamente vedada (conforme item anterior), não
poderá usufruir do Simples Nacional.

Ressalta-se então, na íntegra, os parágrafos 1º e 2 º do art. 17, da Lei Geral da Micro


e Pequena Empresa que relaciona as atividades admitidas no Simples Nacional:

§ 1º As vedações relativas a exercício de atividades previstas no caput deste artigo


não se aplicam às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades
seguintes ou as exerçam em conjunto com outras atividades que não tenham sido
objeto de vedação no caput deste artigo:
I – creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental;
II – agência terceirizada de correios;
III – agência de viagem e turismo;
IV – centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte
terrestre de passageiros e de carga;
V – agência lotérica;
VI – serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus, outros
veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos agrícolas;
VII – serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos
automotores;
VIII – serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas;
IX – serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de
informática;
X – serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em residências ou
estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e reparação de
aparelhos eletrodomésticos;
XI – serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar-
condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em
ambientes controlados;
XII – veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, e mídia
externa;
XIII – construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma
de subempreitada;
XIV – transporte municipal de passageiros;
XV – empresas montadoras de estandes para feiras;
XVI – escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais;
XVII – produção cultural e artística;
XVIII – produção cinematográfica e de artes cênicas;
XIX – cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;
XX – academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
XXI – academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;
XXII – (VETADO);
XXIII – elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos,
desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;
XXIV – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
31

XXV – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas,


desde que realizados em estabelecimento do optante;
XXVI – escritórios de serviços contábeis;
XXVII – serviço de vigilância, limpeza ou conservação;
XXVIII – (VETADO).
§ 2º Poderão optar pelo Simples Nacional sociedades que se dediquem
exclusivamente à prestação de outros serviços que não tenham sido objeto de
vedação expressa no caput deste artigo (SEBRAE, 2007, p.39).

Como pudemos observar, os incisos XXII e XXVIII foram vetados por ato do
Presidente da República. As atividades vetadas foram: decoração e paisagismo; e
representação comercial e corretoras de seguros.

A base de cálculo do tributo é o valor sobre o qual o contribuinte aplica uma alíquota
e encontra o valor do tributo devido. Tanto a base de cálculo como a alíquota devem estar
previstos em lei. No caso do Simples e do Simples Nacional, a base de cálculo é o valor da
receita bruta mensal. Suas alíquotas são os percentuais previstos nas tabelas que variarão
conforme a soma das receitas brutas acumuladas.

4.3 RECOLHIMENTO DO SIMPLES NACIONAL

Os tributos devidos, apurados na forma do Simples Nacional, deverão ser pagos:

I – por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê Gestor;

II – segundo códigos específicos, para cada espécie de receita discriminada;

III – enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia útil da primeira
quinzena do mês subseqüente àquele a que se referir;
IV – em banco integrante da rede arrecadadora credenciada pelo Comitê Gestor.

Na hipótese de a MPE possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples


Nacional dar-se-á por intermédio da matriz.

Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, ele será definitivo e deverá ser
deduzida a parcela do Simples Nacional a ele correspondente, que será apurada tomando-se
por base as receitas de prestação de serviços que sofreram tal retenção, não sendo o montante
recolhido na forma do Simples Nacional objeto de partilha com os municípios.
32

Serão consideradas inscritas no Simples Nacional as MEs e EPPs regularmente


optantes pelo regime tributário de que trata a Lei no 9.317/96, salvo as que estiverem
impedidas de optar por alguma vedação imposta por essa Lei Geral.
33

5 CONCLUSÃO

A pesquisa foi elaborada com a finalidade de estudar se o simples nacional pode


possibilitar mais condições de trabalho para os empreendedores e levar suas empresas à
frente. Dando maior incentivo através da simplificação de suas obrigações. Podendo
centralizar o recolhimento dos tributos por meio de conhecer melhor a sua atividade de
trabalho, no período de março a junho de 2011.

A partir do que foi exposto, diante das coletas de dados e análises realizadas, é
possível inferir que o Simples Nacional cumpre em parte o objetivo declarado pelo Governo.
Apesar da simplificação dos impostos, ou seja, todos em uma só guia chamada DAS, ainda
existem alguns acompanhamentos que precisam ser feitos pelos contribuintes como, por
exemplo: ICMS antecipado, ICMS substituição tributária, retenção do ISS, como também
algumas obrigações acessórias que não foram extintas tornando-se maior a carga de trabalho
para a empresa, como: DIEF e DDS.

Reportando-nos ao objetivo geral, foi possível estudar se o simples nacional pode


possibilitar mais condições de trabalho para os empreendedores e levar sua empresas à frente,
no período de março a junho de 2011. Referida observação se deu a partir de uma pesquisa
bibliográfica.

À problemática da pesquisa, que questiona de que forma o simples nacional veio


para ajudar as empresas? Responde-se que o simples nacional veio incentivar as pessoas
criativas e corajosas a entrarem no perigoso mundo brasileiro dos negócios.

O trabalho proporcionou a elaboração de uma visão geral das opções de enquadramento


de empresas no regime de tributação Simples Nacional. Para trabalhos futuros sugere-se
pesquisar se as opções de enquadramento de empresas no regime de tributação Simples
Nacional ajudaram o Simples Nacional a cumprir em parte com o objetivo declarado pelo
Governo e impactaram positivamente a economia do País.
34

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_________. Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008. Lei que altera a Lei
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de 1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil,
8.029, de 12 de abril de 1990, e dá outras providências. Brasília: Senado Federal, 2008.

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