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Jornalista e assessoria de imprensa: ética e

profissionalismo

Aluno(a): Paloma Demetrio de Azevedo

Professora: Iraê Mota

Turma? 1401

Caruaru – PE

2017
Jornalista e assessoria de imprensa: ética e profissionalismo

A informação é a matéria prima de quaisquer veículos de comunicação e


precisa corresponder aos padrões de clareza, ser ética, ter conteúdo de
relevância para a sociedade, e quem tem o papel de buscar e publicar
informações com essas qualidades são os jornalistas que atuam nos veículos
de comunicação, por isso, o bom relacionamento entre jornalistas e
assessores, teoricamente falando, é um dos pilares para uma boa
comunicação integrada.

A assessoria de imprensa identifica conteúdos relevantes sobre o seu cliente


para que esses dados possam ser transformados em noticia e, busca estreitar
o relacionamento entre o cliente e a imprensa, fazendo com que o interesse
pela cobertura de determinados assuntos com o objetivo de transmitir as
mensagens-chave para os públicos de interesse e, com isso, fortalecer a
reputação das empresas perante a opinião pública e gerar crescimento nos
negócios.

Porém, existem pontos que permeia os dois lados, que são a ética e o
profissionalismo entre os profissionais da área, gerando um debate sobre o
assunto. Existem os que defendam que jornalista e assessor seguem o mesmo
padrão ético ensinado nas entrelinhas da sua graduação, como também existe
os que defendem a tese que ‘’jornalista e assessor de imprensa são profissões
diferentes. ’’

Antes de qualquer julgamento temos que parar para analisar um ponto


intrigante relacionado à ética e profissionalismo nas duas vertentes: assessor-
jornalista; nem sempre a ética profissional corresponde a do patrão, ou seja,
independente da sua função, se ele trabalha em TV, rádio, prefeitura, jornal
impresso ou site, sempre terá a ética apresentada pelo contratante, onde o
contratado terá que cumpri-la. Caso ele não seja de acordo com a ética da
‘’empresa’’ ele tem todo direito de pedir demissão ou nem se permitir a
oportunidade de trabalhar em tal lugar, pois viola as suas convicções dentro do
seu romantismo teórico.

É muito fácil apontar a falta de ética de um assessor de imprensa dizendo que


ele divulga apenas a verdade que favorece o seu assessorado porque ele paga
o salario daquele profissional. O jornalismo de uma forma obscura e indireta
trabalha dessa maneira. Ou será que todo jornalista trabalha com fatos sem
interesses pessoais da empresa pra quem produz? Afinal o salario de um
jornalista é pago diretamente pelos leitores que tem acesso a verdade ou pela
empresa que ele produz?
Chegamos ao ponto chave da discursão, onde existe um abismo ético no
jornalismo, mas não profissional. Não existe uma autonomia, uma regra
totalmente ética para exercer o jornalismo e nem temos como sustentar a
vertente da imparcialidade no ramo. Cada empresa tem sua conduta, sua
independência e seus interesses, onde os seus funcionários seguem,
exercendo o seu profissionalismo, defendendo o seu trabalho e crescendo
profissionalmente.

Em alguma experiência de trabalho, na assessoria de imprensa de políticos e


de instituições públicas onde trabalhei durante 2 anos e meio, assumo
claramente que já fiz vista grossa em determinados momentos para defender o
meu emprego e também já fui ‘’orientada’’ pelo meu assessorado a omitir
certos fatos e filtrar algumas informações que o favorecessem, mas sempre fui
bem vista pelo meu lado profissional.

Portanto não existe uma questão ética de como se portar como jornalista ou
assessor de imprensa, o que nós jornalistas, temos que ser profissionais e
seguir a ética moralista que é ‘’não fazer mal a ninguém mas fazer bem ao meu
trabalho’’.

O que realmente deve ser discutido não é somente a ética no dia-a-dia desses
profissionais, mas sim o poder econômico e o jogo de interesses que
conseguem manipular todos os profissionais que manipulam a mídia e o
conteúdo que chegam ao publico. O jornalismo em si é tomado por interesses
pessoais, impessoais, privados, públicos, claros e até obscuros onde todos os
profissionais da área, querendo ou não, participam de todo esse processo.

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