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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO

Processo nº 000012-34.2017.5.05.0412 RTOrd

MC. INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., por seu advogado que esta subscreve,
nos autos da Reclamação Trabalhista proposta por M.S., qualificado nos autos
em epígrafe, inconformado com r. Acórdão da 5ª Turma deste Egrégio Tribunal,
vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor
RECURSO DE REVISTA, com fundamento nas alíneas “a” e “c” do art. 896 da
CLT, de acordo com as razões anexas à presente.

O preparo foi devidamente realizado com recolhimento do depósito


recursal e as custas processuais (cf. ID nº 5edf3cab).

Pelo que requer a intimação da parte contrária para que possa


contrarrazoar no prazo legal, após, remessa das razões anexas para o Colendo
Tribunal Superior do Trabalho.

Termos que,

Pede deferimento.

Ilhéus – Bahia, 15 de maio de 2017.

Advogado

OAB/__ nº______________

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RAZÕES DO RECURSO DE REVISTA

RECORRENTE: MC. INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

RECORRIDO: M.S.

Processo nº 000012-34.2017.5.05.0412 RTOrd

Origem: TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO.

EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TTRABALHO

COLENDA TURMA

1. Os fatos

O acórdão modificou a sentença para determinar que o adicional de


insalubridade deve ser calculado sobre a remuneração do empregado.

2. O Direito

O presente apelo também é cabível pela letra “a” do art. 896 da CLT.

Indica como acórdão divergente o adotado pela 2ª Turma do TRT da 3ª


Região:

Adicional de insalubridade – base de cálculo. Constituição. A nova


Constituição Federal não alterou a base de cálculo do adicional de
insalubridade, no inciso XXIII do art. 7º, para que seja calculado
sobre o valor da remuneração (Ac. un. da 2ª Turma do TRT da 3ª
Região, RO 3.738/89, j. 3.4.90, Rel. Juiz José Menotti Gaetani, Minas
Gerais II, 4.5.90, p. 559/60, in Repertório IOB de Jurisprudência nº
11/90, caderno 2, p. 179, ementa 2/3.833)

O adicional de insalubridade é calculado sobre o salário-mínimo (art. 192


da CLT).

Esclarece o inciso XXIII do art. 7º da Lei Maior “adicional de


remuneração para atividades insalubres, na forma da lei”. O cálculo do
adicional de insalubridade continua a ser feito sobre um determinado valor
previsto na legislação ordinária, mas não sobre a remuneração.
Há que se entender que o sentido da palavra remuneração a que se
refere a Carta Maior é o do verbo remunerar, e não propriamente a
remuneração de que trata o artigo 457 da CLT.

O STF entende que o adicional de insalubridade deve ser calculado


sobre o salário-mínimo enquanto não houver lei tratando do tema.

O inciso XXIII do art. 7º da Constituição não prevê que o adicional de


insalubridade incida sobre a remuneração.

Logo, houve violação do artigo 192 da CLT. E cabível o Recurso de


Revista pela alínea “c” do art. 896 da CLT.

3. Pedido

Espera que o presente apelo seja conhecido pelas letras “a” e “c” do art.
896 da CLT e provido, reformando-se o r. acórdão, determinando que o
adicional de insalubridade incida sobre o salário-mínimo.

Termos que,

Pede deferimento.

Ilhéus – Bahia, 15 de maio de 2017.

Advogado

OAB/___nº_________________

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