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30/09/2016

GESTÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Considerações Iniciais
MELHORIA • Saneamento Básico no Brasil
CONTÍNUA
Políticas
– 60 milhões de Brasileiros (9,6 milhões de domicílios) não
Análise Crítica
pela
dispõem de coleta de esgoto. Localizam-se principalmente:
Administração
Planejamento  Bolsões de pobreza das grandes cidades;
Avaliação
e
Ação Corretiva
Implementação  Cidades com menos de 20.000 habitantes;
e
Operação
 Regiões Norte e Nordeste.

• Saneamento Básico no Brasil


 Quase 75% de todo o esgoto sanitário coletado nas Representação espacial do
cidades é despejado "in natura", o que contribui índice de atendimento total de
coleta de
decisivamente para a poluição dos cursos d'água esgotos, distribuído por faixas
urbanos e das praias; percentuais, segundo os
estados brasileiros
 O esgotamento sanitário requer, portanto, não só a Fonte:SNIS(2014)

implantação de uma rede de coleta, mas também um


adequado sistema de tratamento e disposição final.

• Efluentes Líquidos Domésticos • Efluentes Líquidos Domésticos


– Águas residuárias provenientes da utilização de água potável – Composição: Água:99,9% e Sólidos:0,1%
em zonas residenciais e comerciais;
– Sólidos: Substâncias orgânicas:70% e inorgânicas:30%
– Caracterizados pela grande quantidade de matéria orgânica,
– Substâncias Orgânicas: proteínas, carboidratos, gorduras;
nutrientes (nitrogênio e fósforo) e microorganismos;
– Substâncias Inorgânicas: Areia, sais e metais;
– Podem conter microorganismos patogênicos provenientes de
indivíduos doentes (propagação de doenças de veiculação
hídrica);

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• Efluentes Líquidos Industriais • Efluentes Líquidos Industriais


– Águas residuárias provenientes das indústrias; – Temperatura elevada, provocando desequilíbrios ecológicos no
– Podem apresentar produtos químicos que impossibilitem a sua corpo receptor;
coleta no mesmo sistema coletor do esgoto doméstico; – Nutrientes em excesso, causando a eutrofização da água;
– Composição: bastante variada dependendo da indústria; – Um mesmo processo industrial pode apresentar grande
– Presença de compostos químicos tóxicos e metais pesados; variabilidade nos efluentes dependendo da matéria-prima
utilizada, do processo empregado e do nível tecnológico da
empresa.

Componentes do Sistema de Esgotos


• Sistemas de Esgotos Sanitários
– Esgoto é o termo utilizado para caracterizar os despejos • Coletores
provenientes dos diversos usos da água;

– Esgotos sanitários: despejos líquidos constituídos de esgotos • Interceptores


domésticos e industriais lançados na rede pública e corpos
hídricos;

• Coletores • Interceptores: canalizações de grande porte que interceptam


– Coletor Predial: canalização que conduz os esgotos sanitários o fluxo dos coletores com a finalidade de proteger cursos de água,
dos edifícios; lagos, praias, etc, evitando descargas diretas
– Coletor de esgotos ou coletor secundário: canalização que – emissário: conduto final de um sistema de esgotos sanitários,
recebe efluentes dos coletores prediais; destinado ao afastamento dos efluentes da rede para o ponto
– Coletor Tronco: canalização principal de maior diâmetro, que de lançamento (descarga), sem receber contribuições no
recebe os efluentes de vários coletores de esgotos, percurso;
conduzindo-o a um interceptor e emissário.

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• Interceptores: • Interceptores:
– Estações elevatórias: instalações eletromecânicas para elevar – Sifões Invertidos: canalizações rebaixadas que funcionam sob
os esgotos sanitários, com o objetivo de evitar o pressão, destinadas à travessia de canais, obstáculos como
aprofundamento excessivo das canalizações, proporcionar a rodovias, ferrovias, etc;
transposição de sub-bacias, a entrada nas estações de – Órgãos complementares: obras e instalações complementares
tratamento ou a descarga final no corpo d’água receptor; que compreendem poços de visita (câmaras de inspeção,
também utilizados como elementos de junção e de mudança
de declividades) e tanques flexíveis;

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Coleta
• Interceptores:
– Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs): têm por objetivo
reduzir a carga poluidora dos esgotos sanitários antes de seu
lançamento no corpo de água receptor;
– Obras de lançamento final: destinadas a descarregar de forma
conveniente os esgotos sanitários no corpo de água receptor.

Processos de Tratamento
• Classificação quanto a eficiência das unidades • Tratamento preliminar
– Tratamento preliminar
Se dá por meio de grades e caixas de areia, visando à retenção
– Tratamento primário
dos sólidos em suspensão (galhos e demais materiais mais
– Tratamento secundário grosseiros, como terra, areia e gordura decantáveis) que deve
– Tratamento terciário ser posteriormente conduzido para aterros sanitários

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• Tratamento primário • Tratamento secundário


-Remoção de sólidos finos suspensos que não decantam;
Decantação simples por meio da ação da força da gravidade ou
-Filtração biológica;
por precipitação química, o que requer o uso de equipamentos.
-Processos de lodos ativados (colônias de
Nesse estágio é gerado o lodo primário que deve ser
microorganismos mantidas em contato com o líquido);
manuseado com cuidado e tratado por processos de secagem
ou incineração antes da sua disposição no solo. -Decantação intermediária ou final;
-Lagoas de estabilização.

• Tratamento Terciário

Quando o lançamento dos efluentes tratados se der em corpos


d’água importantes para a população, seja porque deles se
capta a água para o consumo, seja porque são espaços de
lazer, recomenda-se também o tratamento terciário seguido de
desinfecção, via cloração das águas residuais.

• Classificação quanto aos meios empregados na remoção


ou transformação das características dos esgotos
– Remoção de sólidos grosseiros em suspensão;
• Classificação quanto a presença de oxigênio
– Remoção de sólidos grosseiros sedimentáveis;
– Processos Aeróbios
– Remoção de óleos, graxa e substâncias flutuantes análogas;
 A decomposição é feita por bactérias aeróbias que consomem o
– Remoção de material miúdo em suspensão;
oxigênio dissolvido existente na água;
– Remoção de substâncias orgânicas dissolvidas, semidissolvidas e
finamente divididas;  A matéria orgânica é convertida em gás carbônico, água e biomassa
(lodo);
– Remoção de odores e controle de doenças transmissíveis
 Exemplos: lagoas de estabilização, lagoas aeradas, etc.

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• Classificação quanto a presença de oxigênio


– Processos Anaeróbios
 A decomposição anaeróbia além de transformar a matéria orgânica em
gás carbonico, água e biomassa, promove a formação de gases como o
metano e gás sulfídrico;
 A produção de biomassa (lodo) é significativamente menor;
 Exemplos: reatores anaeróbios, filtro anaeróbio, etc.

-Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (UASB)


Representação esquemática de um sistema de tratamentos anaeróbio do tipo UASB

• Tratamentos mais utilizados no Brasil


-Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (UASB);
-Filtro Anaeróbio;
-Lagoas de Estabilização; Representação esquemática de um sistema de filtro anaeróbio
-Lagoa Aerada;
-Lodos Ativados;
-Filtro Biológico.

Lançamento de Efluentes Experiências Inovadoras


• Formas potenciais de reuso •Grãos e Flores produzidos a partir do esgoto: UFRN/Prosab.
. As águas do esgoto, se forem devidamente tratadas, podem cultivar milho
Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos
Esgotos Domésticos e Industriais
Esgotos Industriais hidropônico para alimentar o gado com produtividade maior do que os
métodos convencionais;
URBANOS AQÜICULTURA RECREAÇÃO
RECARGA
DE AQÜÍFEROS
AGRICULTURA INDUSTRIAL . Os nutrientes presentes nas águas
residuárias funcionam como adubo
e provocam crescimento da produção;
NÃO ESQUI AQUÁTICO, PROCESSOS OUTROS
POTÁVEL
POTÁVEL NATAÇÃO
CANOAGEM, ETC.
PESCA
. Os pesquisadores da UFRN utilizaram
filtros anaeróbios no tratamento
dos esgotos.
DESSEDENTAÇÕES POMARES FERRAGENS, FIBRAS CULTURAS INGERIDAS CULTURAS
DE ANIMAIS E VINHAS E CULTURAS APÓS INGERIDAS
COM SEMENTES PROCESSAMENTOI CRUAS
Cultivo de milho hidropônico
para forragem

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