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LAYSA COSTA

A INCLUSÃO DAS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA


REGULAR DA REDE PÚBLICA: rede de ensino estadual de São Luis.

São Luís
2013
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 04
1.1 Área....................................................................................................... 04
1.2 Assunto................................................................................................. 04
1.3 Tema...................................................................................................... 04
1.4 Problema............................................................................................... 04
1.5 Objetivos............................................................................................... 04
1.5.1 Geral...................................................................................................... 04
1.5.2 Específicos ............................................................................................ 04
1.6 Justificativa ......................................................................................... 05
2 LEVANTAMENTO TEÓRICO................................................................ 06
3 METODOLOGIA.................................................................................... 10
3.1 Tipo de pesquisa.................................................................................... 10
3.2 Instrumentos Técnicos de coleta de dados........................................... 10
3.3 Universo e Amostra............................................................................... 11
3.3 Procedimentos de análise de dados...................................................... 11
4 RECURSOS........................................................................................... 12
5 CRONOGRAMA.................................................................................... 12
REFERÊNCIAS .................................................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO

1.1 Área

Educação

1.2 Assunto

Síndrome de Down

1.3 Tema

A inclusão das pessoas com Síndrome de Down na escola regular da


rede pública.

1.4 Problema

Como incluir a pessoa com Síndrome de Down na escola regular da rede


pública?

1.5 Objetivos

1.5.1 Objetivo geral

Compreender como se dá a inclusão de crianças com Síndrome de Down


na escola regular da rede pública.

1.5.2 Objetivos específicos

- Conhecer o que é Síndrome de Down.


- Verificar quais os fatores que facilitam ou dificultam a inclusão de
pessoas com Síndrome de Down na escola regular da rede pública.
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1.6 Justificativa

Muitos questionamentos estão sendo feitos quanto à inclusão, e por


emergir em diversas discussões da área educacional foi que este tema surgiu, com o
intuito de investigar como está sendo o processo de inclusão de crianças com
Síndrome de Down na escola regular da rede pública.

Sendo assim, é visível a necessidade de verificar como acontece a


inclusão na escola da rede pública, observando o aprender das crianças com
Síndrome de Down e refletir sobre o efetivo papel da inclusão em nossas escolas.

Por outro lado, [...] atualmente, no ensino regular, a criança deve adequar-
se a estrutura da escola para ser integrada com sucesso. O correto seria
mudar o sistema, mas não a criança. No ensino inclusivo, a estrutura
escolar é que se deve ajustar às necessidades de todos os alunos,
favorecendo a integração e o desenvolvimento de todos, tenham NEE ou
não (SCHWARTZMAN, p.253).

Segundo Voivodic (2008) “[...], quando a criança com Síndrome de Down


frequenta escolas regulares, tem ganhos significativos não só em seu
desenvolvimento social, mas também em seu desenvolvimento cognitivo [...]”. Porém
a criança com Down só terá êxito se estiver em um ambiente tranquilo, agradável,
pois a partir do momento em que se sentirem rejeitadas, os efeitos serão prejudiciais
ao seu desenvolvimento.

A sociedade vem passando por diversas transformações e com isso a


educação também sofre com essas mudanças, com os constantes processos de
aprendizagem. Atualmente há um grande número de crianças NEE (Necessidades
Educativas Especiais), que necessitam ser incluídas em escolas regulares, pois
fazem parte desta sociedade, onde o diferente tem o seu lugar amparado por lei.

Inseridos e assistidos em todos os parâmetros do seu desenvolvimento, a


pessoa com Síndrome de Down, terá uma melhor adaptação no meio do seu
convívio. Diante disso, estará apto a assumir com responsabilidade, tarefas que lhe
darão satisfação e realização.
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2. LEVANTAMENTO TEÓRICO

2.1. Síndrome de Down (SD)

De acordo com Smith e Wilson (1976), a trissomia 21, causa da SD, afeta
sempre o desenvolvimento e funcionamento do cérebro, sendo ele responsável pelo
controle de muitos aspectos da evolução, como a coordenação motora, os cinco
sentidos, a inteligência e muitos aspectos do comportamento.

Brunoni (1999) caracteriza a SD, como a principal causa genética da


deficiência mental, e foi à primeira síndrome associada a uma alteração
cromossômica. Um importante órgão afetado pela SD é o cérebro.

Segundo Schwartzman (1999), a Síndrome de Down é marcada por


muitas alterações associadas, que são observados em muitos casos. As principais
alterações orgânicas, que acompanham a síndrome são: cardiopatias, prega palmar
única, baixa estatura, atresia duodenal, comprimento reduzido do fêmur e úmero,
bexiga pequena e hiperecongenica, ventriculomegalia cerebral, hidronefrose e
dismorfismo da face e ombros.

Segundo Pueschel (2002), essa falha na divisão celular pode ser


ocasionada em um desses três locais: nos espermatozoides, no óvulo ou durante a
primeira divisão celular após a fertilização, e não raramente (20 a 30% dos casos),
como resultante de um erro de divisão no espermatozoide, sendo neste caso,
obviamente, ocasionado pelo pai. Os demais 70 a 80% estariam ligados à mãe.

Para Lorenzini (2002), o desenvolvimento da criança com SD é bastante


específico e as alterações características em geral irão interferir diretamente na sua
capacidade de realizar algumas atividades. Os distúrbios associados que podem
estar presentes são alterações sensoriais, problemas cardiorrespiratórios e
ortopédicos, podem interferir na aquisição motora.

É importante deixar claro que a Síndrome de Down não é uma doença e


ninguém pode falar, portanto, que a criança vai sarar com tratamentos específicos. A
Síndrome de Down é uma condição de vida do individuo, um estado biológico
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alterado, em decorrência de anormalidades cromossômicas. Assim, quem porta


essa síndrome. (MARTINS, 2002).

De acordo Schwartzman (1999), referente ao comportamento e ao padrão


de desenvolvimento que a criança com Síndrome de Down apresentará, é
importante ressaltar que não há um padrão estereotipado e previsível em todas as
crianças afetadas, uma vez que tanto o comportamento quanto a inteligência não
dependem exclusivamente da alteração no cromossomo, mas como o restante do
potencial genético, bem como, das importantes influencias provindas do meio.

2.2. Inclusão

O termo inclusão tem sido usado com múltiplos significados. Em um dos


extremos, encontram-se os que advogam a inclusão como colocação de todos os
alunos, independentemente do grau e tipo de incapacidade, na classe regular, com a
eliminação dos serviços de apoio de ensino especial. Em outro extremo, o conceito
de inclusão parece ser utilizado apenas para renomear integração, considerando
que o melhor é a colocação do aluno com deficiência na classe regular, desde que
se enquadre aos pré-requisitos da classe. (VOIVODIC, 2008, p. 25)

A Inclusão surgiu de movimentos anteriores à década de 1960,


defendendo eixos que se formaram a partir de quatro vertentes. Segundo Voivodic
(2008) a emergência da psicanálise, a luta pelos direitos humanos, a pedagogia
institucional e o movimento de desinstitucionalização manicomial abriram o foco para
a inclusão e para debates sobre concepções dos seres humanos.

Esse conceito de inclusão também pode ser encontrado na antiga Lei de


Diretrizes e Bases (Lei nº 4.024/61), no seu artigo 88, quando pretende “adequar” e
enquadrar a educação da pessoa considerada deficiente, dentro do possível, na
educação regular. No ano de 1996 o Centro Nacional de Educação Especial –
CENESP – de Brasília definiu a integração como um dos princípios básicos da
Educação Especial. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº
9394/96) estabelece, no seu artigo 58, que a educação escolar dos alunos com
necessidades especiais deve acontecer preferencialmente na rede regular de
ensino.
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Baseado no preceito de que cada indivíduo, com sua singularidade,


devem usufruir o bem comum, intensifica-se, na sociedade atual, a discussão em
torno do novo conceito, denominado inclusão, definido por Mader (1997), como um
paradigma que considera a diferença como algo inerente na relação entre os seres
humanos.

Sassaki (1997, p.43) salienta que o movimento de inclusão social tem por
objetivo uma sociedade realmente para todas as pessoas, sob a inspiração de novos
princípios. Dentre os princípios citados pelo autor, destacam-se: “celebração das
diferenças, direito de pertencer, valorização da diversidade humana, solidariedade
humanitária, igual importância das minorias, cidadania com qualidade de vida”.

2.3. Escola

Fonseca (2004) traz a educação psicomotora para dentro do contexto


escolar, a fim de desenvolver práticas de caráter preventivo e educativo que
garantam o desenvolvimento integral da criança com deficiência ou, neste caso, com
SD, nas várias etapas de seu crescimento, possibilitando a formação e estruturação
da representação de cada pessoa em relação ao seu corpo.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 e a Conferência


Mundial sobre a Educação para Todos de 1990 deixam claro que todas as pessoas
têm a garantia do direito à educação. Também a Declaração de Salamanca vem
assegurar e garantir ainda mais esses direitos às pessoas com necessidades
especiais, deixando claro que a escola deve oferecer os serviços adequados
atendendo assim a diversidade da população. A Declaração de Salamanca
estabelece normativamente que se:

Apresente linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais [...]


inspira-se na experiência nacional dos países participantes e nas
resoluções, recomendações e publicações do sistema das Nações Unidas e
de outras organizações intergovernamentais, especialmente as normas
Uniformes sobre a Igualdade de oportunidades para pessoa com deficiência
(BRASIL, 1994, p. 17).

Ainda sobre a Declaração de Salamanca (apud MEC, 1994), esta institui,


como princípio, que:
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 Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a


oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;
 Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades
de aprendizagem que são únicas;
 Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais
deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta à vasta
diversidade de tais características e necessidades;
 Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à
escola regular, que deveriam acomodá-los dentro de uma pedagogia centrada
na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades;
 Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios
mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
mais acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando
educação para todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva
à maioria das crianças aprimoram a eficiência e, em ultima instância, o custo
da eficácia de todo o sistema educacional. (SALAMANCA, 1994.)

O direito estabelecido de educação para todos (Lei Federal de 1988) e


sua efetivação do acesso e permanência da criança com necessidades especiais. As
escolas devem acolher todas as crianças independentes de suas condições físicas,
intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. O desafio que enfrentam as
escolas integradoras é o de desenvolver uma pedagogia centralizada na criança,
capaz de educar com sucesso todos os meninos e meninas inclusive os que
possuem deficiências graves. O mérito dessas escolas não está só na capacidade
de dispensar educação de qualidade a todas as crianças; com sua criação, dá-se
um passo muito importante para tentar mudar atitudes de descriminação, criar
comunidades que acolham a todos e sociedade integradoras (SALAMANCA, 1994.
p. 18).
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3 METODOLOGIA

A metodologia que será utilizada neste projeto é a pesquisa bibliográfica e


de campo. Na pesquisa bibliográfica, serão utilizados livros, artigos e documentos
eletrônicos. Já na pesquisa de campo será utilizada a entrevista que será aplicada
na escola da rede pública com a direção da escola, professores, familiares.

3.1 Tipo de Pesquisa

Nesta pesquisa será utilizada a pesquisa descritiva que tem como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno
ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. (GIL 2012, p. 42)

Segundo Gil (2012, p. 44) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com


base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho
dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes
bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como
pesquisas bibliográficas.

Segundo Trugillo (1982, p. 229), a pesquisa de campo “não deve ser


confundida com a simples coleta de dados (este último tipo corresponde à segunda
fase de qualquer pesquisa); é algo mais que isso, pois exige contar com controles
adequados e objetivos preestabelecidos que discriminam suficientemente o que
deve ser colocado”.

3.2 Instrumentos Técnicos de Coleta de dados

No sentido de atender aos objetivos propostos será utilizada como


instrumento a entrevista semiestruturada com a direção escolar, professores e pais
de alunos com Síndrome de Down, sobre a permanência dos mesmos na escola de
ensino regular da rede pública.

Conforme os autores Lüdke e André (1986), a entrevista semiestruturada,


representa um dos instrumentos básicos para a coleta de dados, dentro da
perspectiva de pesquisa qualitativa em educação.
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A entrevista semiestruturada se desenrola a partir de um esquema


básico, porém não aplicado rigidamente, permitindo que o entrevistador faça
as necessárias adaptações. (LÜDKE, ANDRÉ, 1989, p.34).

3.3 Universo e Amostra

A pesquisa será realizada na cidade de São Luis, na escola da rede


pública e a entrevista será realizada com 6 crianças sem Síndrome de Down
matriculadas em turmas com aluno com Síndrome de Down, com a direção escolar,
professores e pais de alunos com Síndrome de Down.

3.4 Procedimentos de Análise de Dados

Para a realização desta pesquisa, será utilizada a análise qualitativa.


Conforme Minayo (2012, p.27), a análise qualitativa é mais do que a classificação de
opiniões, mas sim a descoberta de códigos sociais a partir do levantamento dessas
opiniões. Alega também, que a pesquisa não se encerra, pois toda investigação
produz conhecimento e indagações novas.
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4 RECURSOS

VALOR/
MATERIAL QUANTIDADE TOTAL R$
UNITÁRIO R$
Papel A-4 1 R$ 14,00 R$ 14,00
Tinta/ impressão 2 R$ 15,00 R$ 30,00
Digitação 0 0 0
Normalização 0 0 0
Correção de português 0 0 0
Encadernação 1 R$ 2,00 R$ 2,00
Canetas 2 R$ 1,00 R$ 2,00
TOTAL 6 R$ 32,00 R$ 48,00

5 CRONOGRAMA

ATIVIDADES ABRIL MAIO JUNHO


Escolha da área de pesquisa X
Identificação do assunto dentro da área X
Problematização do assunto X
Definição do tema X
Criação os objetivos X
Definição da metodologia X
Levantamento bibliográfico X
Leituras X
Elaboração da Justificativa X
Redação X
Digitação e Normalização X
Entrega do Projeto X
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REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial


na educação básica/ Secretaria de Educação Especial – MEC, 3ª edição: SEESP,
2001.
____. Declaração de Salamanca Linhas de Ação sobre Necessidades Educativas
Especiais. Brasília: Corde,1994. p.17

BRUNONI, Mills in: SCHWARTZAMAN, J. S.; Colaboradores. Síndrome de Down.


São Paulo: Mackenzie, 1999.

FONSECA, V. da. Psicomotricidade: Perspectivas multidisciplinares. Porto


Alegre: Artmed, 2004

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002, p 42-44

LORENZINI, M. Brincando a brincadeira com a criança deficiente. São Paulo:


Manoele, 2002.

LÜDKE, M., ANDRÉ, M.E.D. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São


Paulo: EPU, 1986. p.34

MADER, G. Integração da pessoa portadora de deficiência: a vivência de um


novo paradigma. In: MANTOAN, M. T. E. (Org.) A integração de pessoas com
deficiência: contribuições para a reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon, 1997.

MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. A inclusão escolar do portador da síndrome


de Down: o que pensam os educadores?Natal, RN: EDUFRN, 2002.

MINAYO, Maria Cecilia de Souza (Org); DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES,


Romeu. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes,
2012. p.27

PUESCHEL, S. M. Síndrome de Down: guia para pais e educadores. Campinas:


Papirus, 2002.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos.


4ed. Rio de Janeiro. Editora WVA. 1997. p. 43

SMITH, D. W.; WILSON, A. A. El niño con síndrome de down. Buenos Aires:


Editorial Médica Panamericana, 1976. Trad. Flora Slaki.

SCHWARTZAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie, 1999. p.253

TRUJILLO, Ferrari A. Metodologia da Ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy,


1974. p.229

VOIVODIC, Maria Antonieta M.A. Inclusão Escolar de Crianças com Síndrome de


Down. Petrópolis, RJ: Vozes: 2008. p. 25

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