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 RESUMO NÃO REVISADO

INTRODUÇÃO

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ÁUDIO

Gravação de áudio em estúdio é a forma de se captar analogicamente ou digitalmente as


performances sonoras praticadas dentro de um determinado espaço / sala / ambiente.
Organizando-as
as de forma “artística” e técnica com o intuito de se produzir uma faixa de
áudio que pode ter diversos fins.

A organização de todas as faixas de áudio gravadas (tracks


( / canais) através de ajustes
de volume, panorama (distribuição no espaço stereo – L / R) equalização e efeitos
fazem parte de um processo que nomeamos Mixagem. Em um dos aspectos
fundamentais da mixagem – que já temos de ficar atentos desde o início do
procedimento de microfonação / gravação – é a relação entre as Fases Sonoras.
Sonoras

Fase / Inversão de Fase: Termos


ermos usados para descrever a posição de uma onda sonora
em relação à outra onda. Duas ondas idênticas estariam ‘em fase’ quando suas ‘cristas’
e ‘depressões’ se correspondem. E as ondas que estariam ‘fora
‘fora de fase’ são quando suas
‘cristas’ e depressões’ se encontram de maneira espelhada, por exemplo, uma ‘crista’
encontra / anula um ‘vale’. Segue abaixo um exemplo gráfico:
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Outro conceito importante do áudio é a Frequência. Imagine a corda de uma guitarra,


por exemplo, quando tocada passa a vibrar a um determinado número de repetições. A
quantidade de vezes em que ela vibra por segundo é a sua frequência que, formalmente
nomeada “hertz” pelo cientista alemão Heinrich Rudolph Hertz. A unidade é escrita
“hertz”, com o ‘h’ minúsculo. E sua abreviatura usada é “Hz”, com o ‘H’ maiúsculo.

Por exemplo, uma corda de um violão que vibra 82 vezes por segundo está produzindo
a frequência de 82Hz. O ouvido humano só pode ouvir uma determinada faixa de
frequências. De 20Hz – ou vinte vibrações por segundo (abaixo desta frequência não é
possível ouvir, a partir daí temos apenas a sensação física dessa massa sonora) – até
20kHz – ou 20000 vibrações por segundo.

Ruído: No senso comum, a palavra ruído significa barulho, som ou poluição sonora não
desejada. No áudio o ruído pode ser associado à percepção acústica, por exemplo, de
um “chiado” característico – ruído branco1, por exemplo, que seria um tipo de ruído
produzido pela combinação simultânea de sons de todas as frequências – ou aos
“chuviscos” na recepção fraca de um televisor. De forma parecida à granulação de uma
foto, quando evidente, também tem o sentido de ruído. No processamento de sinais o
ruído pode ser entendido como um sinal sem sentido (aleatório), sendo importante a
relação Sinal / Ruído na comunicação. Na teoria da informação o ruído é considerado
como portador de informação.

Normalmente o ouvido humano dá preferência às frequências médias, por isso,


“inventaram” o Ruído Rosa, que é um “boost” nas extremidades, gerando assim uma
uniformidade de volume entre às frequências.

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O adjetivo branco é utilizado para descrever este tipo de ruído em analogia ao funcionamento da luz
branca, dado que esta é obtida por meio da combinação simultânea de todas as frequências cromáticas de
20Hz a 20kHz.
O ruído branco, por conter sons de todas as frequências é frequentemente empregado para mascarar
outros sons (imagine o seguinte exemplo: numa conversação entre duas pessoas, seu cérebro consegue
captar claramente a voz do interlocutor e compreendê-la. Mesmo três ou quatro interlocutores isso ainda é
possível. Entretanto, se 1000 pessoas falam simultaneamente, não há como seu cérebro captar uma voz
isoladamente. O efeito de 1000 falando simultaneamente, assim como o de um ventilador que é ligado em
seu quarto para mascarar as conversa entre duas pessoas no quarto ao lado, ajuda a ilustrar algumas das
aplicações do ruído branco). Acredita-se que o ruído branco quando ouvido em volume baixo seja
relaxante e por isso ele costuma a ser utilizado em consultórios dentários e clínicas de psicologia para
acalmar os pacientes. Pode ser usado também para acalmar bebês recém-nascidos.

Matheus Ferro Matheus matheusferro@ymail.com


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O ruído rosa caracteriza-se por manter a potências (energia) igual entre todas as oitavas
sonoras (e também em qualquer outra escala logarítmica). Em termos de uma banda de
frequência constante, o ruído rosa decai numa razão de 3dB por oitava. Em altas
frequências o ruído rosa nunca se torna dominante tal qual o ruído branco que possui
energia constante em função da frequência (o ruído branco é rico na programação de
altas frequências).

O sistema auditivo humano percebe as frequências conforme a escala de Bark2 e tem


alta sensibilidade nas frequências de 2 a 4kHz. A percepção da diferença entre o ruído
rosa e o ruído branco é facilmente perceptível aos ouvidos humanos mesmo
considerando que as maiores diferenças encontram-se nos extremos do espectro de
frequências.

Bit Rate: É a taxa de transferência de bits. Normalmente é medida em kbit/s, ou seja,


quantos pacotes de 1000 bits são transmitidos por segundo durante a utilização de um
arquivo. Músicas ou vídeos que utilizam uma quantidade maior de kbit/s tendem a ter
uma qualidade maior do que aquelas com menor quantidade.

Dynamic Range / Bit-depth: É a taxa de amostragem. 24 ou 16 bits. Está relacionado à


quantização da faixa dinâmica do áudio, ou seja, o volume. Quanto maior a taxa de bit,
melhor é a qualidade das nuances do áudio. A taxa de bit padrão dos CD’s de áudio é de
16bit’s, porém devemos sempre gravar, mixar e masterizar com a maior taxa de bit’s
possível, que é 24bit’s. Isso é para chegarmos ao final de todo o processo com uma
qualidade boa e só então quando estivermos na última etapa da masterização faremos a
redução novamente para 16bit’s com um Dither ou Dithering (pequeno ruído aplicado
para minimizar erros de quantização). Cada bit corresponde a 6db de faixa dinâmica,
portanto gravando em 16bits você terá 96dB de faixa dinâmica e gravando em 24bits
você terá 144dB de faixa dinâmica.

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A escala de Bark é uma escala psicoacústica proposta por Eberhard Zwicker em 1961. Ela foi nomeada
após Heinrich Barkhausen ter proposto a primeira medição subjetiva de intensidade sonora.
A escala varia de 1 a 24 e corresponde a 24 bandas críticas de audição. As frequências base da escala de
Bark de audiometria são em Hz: 20, 100, 200, 300, 400, 510, 630, 770, 920, 1080, 1270, 1480, 1720,
2000, 2320, 2700, 3150, 3700, 4400, 5300, 6400, 7700, 9500, 12000, 15500.

Matheus Ferro Matheus matheusferro@ymail.com


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Obs.: O ruído mínimo de fundo é chamado Noise Floor e volume máximo é chamado
de Onset of Distortion. A Dynamic Range (ou faixa dinâmica) é a extensão de volume
entre o ruído de fundo e o volume máximo.

Sample Rate: No desenvolvimento de um som de áudio para computadores ou de


telecomunicações, a taxa de amostragem é o número de amostras de um som que são
tomadas por segundo para representar o evento digitalmente.

Quanto mais amostras tomadas por segundo, mais preciso a representação digital do
som pode ser. Por exemplo, a taxa de amostra de áudio com qualidade de CD é de
44.100 amostras por segundo (44.1kHz) e de DVD é de 48.000 amostras por segundo
(48khz).

Ex: 1 minuto de áudio em 44.1 e 16bits tem em média 5mb. O mesmo período de áudio
em 48khz e 24 bits têm 7,5mb.

Nível (level – volume) e decibéis: Um som acústico tem um volume determinado, o


que podemos chamar de seu nível. Quando ela é transduzida em um sinal elétrico, não
tem um volume, porque a eletricidade é silenciosa, mas ainda tem um nível.

Quando os instrumentos são misturados em um console de mixagem ou numa


plataforma de áudio, cada um é fixado em um determinado nível. O nível pode ser
medido em decibéis3 (dB). Então, se estamos falando de um som acústico que viaja no
ar, o sinal de um microfone, uma gravação em um gravador de fita, um disco de vinil,
uma trilha sonora do filme, etc., sempre podemos descrever em termos de nível de
decibéis.

 A duplicação do nível é de 6 dB;


 A redução para metade do nível é -6 dB;
 A quadruplicação do nível é 12 dB;
 Um aquartelamento de nível é -12 dB.

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Sem decibéis nós teríamos que medir entre newtons por metro quadrado, volts, nanowebers por metro,
etc. É muito mais fácil falar em termos de decibéis.

Matheus Ferro Matheus matheusferro@ymail.com


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Headroom: Termo usado para definir o quanto de volume e massa sonora um


amplificador, geralmente valvulado, pode oferecer sem distorcer demais o som.

Exemplo  2 amplificadores de 35W: um azul e outro amarelo.

Quando solta 20W no amarelo, ele começa a distorcer.

Quando solta 30W no azul, ele começa a distorcer.

O azul tem mais Headroom que o amarelo.

O nível médio ou mínimo de Headroom depende do gênero que esta sendo mixado
(Samba ou Heavy Metal, por exemplo). Usualmente deixar a MIX baixa, em torno de -6
ou -3dB. Ter cuidado com os transientes (picos indesejados).

Ondas:

 SineWave (Senóide)

 TriangleWave

 Square Wave (2 valores: 0 e 1 – registro de informações digitais)

 SawtoothWave (Todos os harmônicos)

Matheus Ferro Matheus matheusferro@ymail.com

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