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Rio de Janeiro
2014
©2014 ESG
Este trabalho, nos termos de legislação
que resguarda os direitos autorais, é
considerado propriedade da ESCOLA
SUPERIOR DE GUERRA (ESG). É
permitido a transcrição parcial de textos
do trabalho, ou mencioná-los, para
comentários e citações, desde que sem
propósitos comerciais e que seja feita a
referência bibliográfica completa.
Os conceitos expressos neste trabalho
são de responsabilidade do autor e não
expressam qualquer orientação
institucional da ESG
_________________________________
Assinatura do autor
68 f.: il.
Transformation is a process that changes thought patterns and generates new skills
and concepts. The Brazilian Army (EB) is promoting this process, supported by
technology and focusing on those areas that influence the performance of its
constitutional mission. Transformation has established the need to alter the Army’s
current science and technology system whose central focus has been the creation of
the Center for Science and Technology for the Army in Guaratiba (PCTEG). The new
system, Science, Technology and Innovation of the Army (SCTIEx), will be based on
a future-oriented vision while constantly looking for innovation and the development
of technologies that may generate state-of-the art defense products attuned to the
needs of the ground forces. Some results of the transformation have already been
manifested through the Army’s strategic projects. These projects, along with the new
SCTIEx, will provide opportunities to strength the Industrial Defense Base that will
help create jobs, promote the training of staff and foster the absorption of sensitive
technologies developed at the national level or obtained through technology
transfers. It should be noted that these opportunities would ultimately contribute to
the development of the country and the strengthening of national power; this will
promote the achievement of our National Objectives including the defense of national
sovereignty. This study aims to present the contributions of the new SCTIEx to the
transformation process of the Brazilian Army. The investigation also identifies the
contributions that SCTIEx and the transformation of the Army may bring during the
period from 2008 to 2030 that will help guarantee national sovereignty.
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................
14
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................
18
2.1 POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA (PND) .............................................................
18
2.2 ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA (END) .......................................................
20
2.3 LIVRO BRANCO DE DEFESA NACIONAL (LBDN) ..................................................
22
2.4 METODOLOGIA DA SISTEMÁTICA DE PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO DO EXÉRCITO (SIPLEx) ................................................................
23
2.5 CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................
24
2.5.1 Ciência .....................................................................................................................
24
2.5.2. Tecnologia ...............................................................................................................
25
2.5.3. Inovação...................................................................................................................
25
2.5.4. Sistema ....................................................................................................................
25
2.5.5. Soberania Nacional .................................................................................................
27
3 PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO .....................
29
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................
29
3.2 ANTECEDENTES .....................................................................................................
30
3.3 PROJETO DE FORÇA – PROFORÇA......................................................................
31
3.4 PROJETOS ESTRATÉGICOS DO EXÉRCITO – PEE .............................................
33
3.4.1. SISFRON – Sistema de Monitoramento de Fronteira ...........................................
33
3.4.2. PROTEGER – Sistema Integrado de Proteção de Estruturas
Estratégicas Terrestres ..........................................................................................
34
3.4.3. Projeto Defesa Cibernética.....................................................................................
34
3.4.4. Projeto GUARANI ....................................................................................................
34
3.4.5. Projeto Defesa Antiaérea ........................................................................................
35
3.4.6. Projeto ASTROS 2020 .............................................................................................
36
3.4.7. Projeto de Recuperação da Capacidade Operacional – RECOp .........................
36
3.5 A TRANSFORMAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO E A GARANTIA DA
SOBERANIA NACIONAL ..........................................................................................
37
4 PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DO SISTEMA DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO EXÉRCITO .................................................................................
41
4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................
41
4.2 ANTECEDENTES – UMA TRANSFORMAÇÃO RECENTE .....................................
41
4.3 O ATUAL SISTEMA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO EXÉRCITO .......................
43
4.4 O NOVO SISTEMA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO
EXÉRCITO ...............................................................................................................
48
4.4.1. Concepção da Transformação do SCTEx .............................................................
48
4.4.2 Projeto de Transformação do DCT/OM ................................................................
50
4.4.3 Projeto de criação e implantação do Polo de Tecnologia da
Informação – PTI .....................................................................................................
51
4.4.4 Projeto de criação e implantação do Polo de Ciência e Tecnologia do
Exército em Guaratiba – PCTEG ............................................................................
53
4.4.4.1 O Novo Instituto Militar de Engenharia (IME) ............................................................
54
4.4.4.2 Instituto Militar de Tecnologia (IMT) ..........................................................................
55
4.4.4.3 Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e suas OMDS .............................................
56
4.4.4.4 Centro de Avaliações do Exército (CAEx) .................................................................
57
4.4.4.5 Agência de Gestão e Inovação (AGI) ........................................................................
57
4.4.4.6 Centro de Desenvolvimento Industrial (CDI) .............................................................
57
4.4.4.7 Incubadora de Empresas de Defesa com Base Tecnológica (IEDBT) ......................
58
4.5 O NOVO SCTIEX E A GARANTIA DA SOBERANIA NACIONAL .............................
59
5 CONCLUSÃO. ..........................................................................................................
61
REFERÊNCIAS ........................................................................................................
64
14
1 INTRODUÇÃO
4
Os VT são: Recursos Humanos; Educação e Cultura; Doutrina; Ciência e Tecnologia; Engenharia;
Gestão, Orçamento e Finanças; Logística; e Preparo e Emprego.
16
5
Até o ano de 2013 a SIPLEx era conhecida como Sistema de Planejamento do Exército.
17
6
Para um maior detalhamento a respeito dos outros VT, recomenda-se a leitura do livrete “O Processo
de Transformação do EB” (BRASIL, 2010).
18
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Conforme foi destacado, nesta seção será realizada uma breve revisão das
principais referências que fundamentam tanto o processo de Transformação do EB
quanto o do SCTEx, além de serem apresentados conceitos que servirão de base
para o entendimento do trabalho. As referências específicas, relacionadas a cada
seção, serão apresentadas ao longo do seu texto.
8
Flexibilidade – característica de uma força que dispõe de estruturas com mínima rigidez preestabelecida,
o que possibilita sua adequação às especificidades de cada situação de emprego.
9
Adaptabilidade – característica de uma força (ou de seu comandante e integrantes) que permite seu
ajuste para fazer frente às constantes mudanças da situação e do ambiente operacional.
10
Modularidade – característica de uma força que permite aos comandantes adotar estruturas de
combate “sob medida” para cada situação de emprego.
11
Elasticidade – característica de uma força que, dispondo de adequadas estruturas de Comando e
Controle e de Logística, permite-lhe variar o poder de combate pelo acréscimo ou supressão de
estruturas, com oportunidade.
12
Sustentabilidade – característica de uma força que lhe permite durar na ação, pelo prazo que se fizer
necessária, mantendo suas capacidades operativas, resistindo às oscilações do combate.
22
Introduzida nos idos de 1985, essa forma de planejamento tem como escopo
o gerenciamento da Instituição e se constitui em efetiva ferramenta de planejamento
e de apoio à decisão do Comando do Exército. Tem por marco legal a Constituição
Federal, a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, alterada pela Lei
Complementar nº 117, de 2 de setembro de 2004, e pela Lei Complementar nº 136,
de 25 de agosto de 2010, as Políticas Nacionais de Defesa e Militar de Defesa, as
Estratégias Nacionais de Defesa e Militar de Defesa, a Concepção de
Transformação do Exército e a Diretriz Geral do Comandante do Exército. Dessa
forma, a SIPLEx está alinhada com os diplomas legais de instâncias superiores,
além de estar em condições de subsidiar a proposta da Instituição para o Programa
Plurianual do Governo Federal (BRASIL, 2014a).
A atual SIPLEx, aprovada pela Portaria no 250-EME, de 23 de dezembro de
2013, é realizada em sete fases. A fase 1 – “Missão” apresenta a Missão, Visão de
Futuro e Valores do Exército. A fase 2 – “Análise Estratégica” apresenta o Diagnóstico
Estratégico e os Cenários Prospectivos. A fase 3 – “Política Militar Terrestre (PMT)”
apresenta os Objetivos Estratégicos de curto, médio e longo prazos a serem atingidos,
24
2.5.1 Ciência
Ciência é o conjunto organizado dos conhecimentos relativos ao universo,
obtido por meio de uma investigação científica, envolvendo seus fenômenos naturais,
ambientais e comportamentais, podendo ser pura ou aplicada.
Na pesquisa pura, não existe vinculação a objetivos práticos imediatos, ou
seja, sua finalidade é uma compreensão dos fenômenos envolvidos que poderá ser,
ou não, de interesse futuro. Na aplicada, o cientista está interessado nas
consequências de suas novas descobertas, não sendo desenvolvida de forma
aleatória, pois está vinculada a um objetivo prático específico. Algumas vezes,
porém, o pesquisador não se encontra preparado, técnica ou economicamente, para
13
Os recursos demandados pelas NGE devem ser atualizados no Módulo de Planejamento do Sistema
de Informações Gerenciais e Acompanhamento (SIGA-Plj), que é uma ferramenta coorporativa de
Tecnologia da Informação na qual são lançadas as necessidades de recursos financeiros, mantendo o
planejamento estratégico aderente ao planejamento administrativo financeiro.
25
2.5.2 Tecnologia
Conforme apresentado por Longo (2004, p. 3), tecnologia “é o conjunto
organizado de todos os conhecimentos científicos, empíricos ou intuitivos empregados
na produção e comercialização de bens e serviços”. Destaca-se a necessidade do
domínio desses conhecimentos empregados para chegar-se às tecnologias. Esse
domínio é que permite elaborar e, se for o caso, aprimorar as instruções necessárias à
produção dos bens e serviços. O conhecimento não está nas instruções. Estas
apenas indicam como fazer (know how) e não porque fazer (Know why) determinada
ação para se chegar ao produto desejado. Essa resposta, na realidade, está
armazenada nos cérebros das pessoas (LONGO, 2004 apud MERQUIOR, 2011).
Longo (2004, p. 4) assinala, ainda, que o conjunto de conhecimentos
específicos formalizado em instruções necessárias para à produção de bens e
serviços pode ser negociado, por tratar-se de um bem privado, sendo relevante a
aceitação de sua propriedade pelo sistema econômico.
2.5.3 Inovação
A inovação, que pode ser incremental ou de ruptura, significa a solução de
um problema tecnológico utilizada pela primeira vez, compreendendo a introdução
de um novo produto ou processo no mercado em escala comercial tendo, em geral,
positivas repercussões socioeconômicas. A inovação incremental melhora o produto
ou o processo, mas não altera sua essência. Por sua vez, a de ruptura, devido ao
salto tecnológico conseguido, implica mudanças nas características dos setores
produtivos nos quais é utilizada (LONGO, 2004).
2.5.4 Sistema
Segundo Blanchard (1998, p. 6), “sistema é um conjunto de componentes
inter-relacionados que atua de forma integrada com o objetivo de desempenhar uma
função específica para atender a uma determinada necessidade operacional”.
Tendo em vista ser o presente trabalho relacionado a um dos sistemas de
CT&I de Defesa do Brasil, é relevante ressaltar a definição de Sistema de Ciência,
Tecnologia e Inovação de Interesse da Defesa Nacional (SisCTID), apresentada na
26
14
Jorge Sabato popularizou, na América Latina, a visão de que o desenvolvimento científico e tecnológico
de um país dependeria da ação de três atores principais: Estado, universidades e empresas.
15
Modelo formulado por Etzkowitz e Leydesdorff e apresentado em “Emergence of a triple helix of
university,industry, government relations”.
27
pelos três modelos do TH: o modelo Hélice Tripla I – caracterizado pelo controle do
governo ser mais forte e foi questionado pela tendência de inibição das iniciativas
ascendentes; o modelo Hélice Tripla II – no qual as relações obedecem melhor à
lógica de mercado, mas mantêm os limites institucionais dos atores; e o modelo
Hélice Tripla III – no qual a universidade assume o papel principal na geração de
inovação tecnológica, por sua tradicional missão de ensino e de pesquisa básica ser
forçada a alterar-se para agregar o fomento à formação de empresas e ao
desenvolvimento tecnológico e regional.
Longo e Seidl (1999, p. 355) assinalam que o modelo teórico de TH é
baseado na experiência de países que se encontram na vanguarda do
desenvolvimento científico-tecnológico desconsiderando-se, portanto, as variações no
nível de interações dos três elementos, decorrentes do estágio de desenvolvimento de
cada um deles. Sendo assim, em países em desenvolvimento e retardatários na
geração autóctone de tecnologias, há de se esperar uma pró-atividade muito maior
por parte do Estado, orientando as estratégias, bem como a existência de empresas
nacionais que demandem, de um robusto sistema de CT&I, a geração de
conhecimentos, a fim de que a TH possa existir e apresentar resultados satisfatórios.
Costa (2012, p. 33) destaca que, no relacionamento entre Estado / Governo
– estrutura produtiva (indústria) – infraestrutura científico-tecnológica (academia) – a
visão comum, a articulação balanceada, a perfeita definição dos propósitos e da
natureza do relacionamento, a cooperação e confiança mútuas mostram-se
estratégias eficazes para que sejam atingidos os objetivos e resultados
estabelecidos. A visão sistêmica, portanto, parece ser a mais indicada.
Merquior (2011, p. 19) assinala que “tão mais simples será a manutenção da
intangibilidade de uma nação, quanto mais meios houver à sua disposição, ou de
uma forma bem realista e pragmática, que busque ser uma potência”, concluindo
que Soberania e Poder possuem um forte grau de relacionamento. Sendo assim, há
de se buscar o fortalecimento das expressões do Poder Nacional para que seja
mantida ou ampliada a capacidade de se garantir a Soberania do País.
O manual ESG (ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA, 2014, p. 34) define
Poder Nacional como a “capacidade que tem o conjunto de Homens e Meios que
constituem a Nação para alcançar e manter os Objetivos Nacionais, em conformidade
com a Vontade Nacional”. Para facilitar o entendimento sobre o tema, o estudo do
Poder Nacional é dividido em cinco expressões: Política, Econômica, Psicossocial,
Militar e Científica e Tecnológica.
Na visão de Sardemberg (2004, p. 215), soberania significa “a capacidade
do Estado de fazer respeitar, por todos os atores, sua jurisdição sobre o conjunto do
território nacional e, no plano internacional, ter seu status reconhecido pelos demais
Estados”. Tal conceito é, portanto, intrinsecamente dependente do Poder Nacional.
Em seu artigo, o precitado autor destaca que, de acordo com o Relatório do Projeto
do Milênio – Força Tarefa sobre CT&I (Millennium Project task Force on Science,
Tecnology and Innovation), das Nações Unidas, a capacidade científica e
tecnológica é uma das variáveis principais que explica a inserção de um país em
círculos privilegiados das negociações internacionais. Apresenta como exemplo os
EUA, cujo esforço financeiro em CT&I equivale à quase metade do esforço mundial
e a mais da metade no caso de CT&I aplicadas ao campo militar.
Finalmente, Cruz (2004, p. 310) afirma que no século XXI a efetiva
soberania das nações será definida pela capacidade que elas têm de trabalhar com
o conhecimento – gerá-lo, usá-lo e modificá-lo. Destaca que para que se tenha
algum domínio sobre o conhecimento, não basta possuir uma base educacional –
vigorosa desde o nível fundamental ao superior – e um sistema de pesquisa
acadêmica eficiente. É necessário, além disso, ter-se um sistema de inovação
tecnológica baseado nas empresas, por meio da pesquisa e do desenvolvimento, e
suportado pelo Estado, por intermédio de apoio e subsídios, semelhantes aos
praticados nos países desenvolvidos. Soberania, portanto, pressupõe
desenvolvimento científico-tecnológico, econômico e social exigindo uma atenção
prioritária à educação e à busca do conhecimento.
29
16
O Setor Estratégico Cibernético é de responsabilidade do Exército, conforme indicado na END.
30
3.2 ANTECEDENTES
18
Estas capacidades são as mesmas apresentadas no Manual de Fundamentos EB20-MF-10.102
o
Doutrina Militar Terrestre, 1. ed. 2014, p. 3-4, aprovado pela Portaria n 003-EME, de 2 de janeiro
de 2014, e no LBDN.
19
Fase 2 – “Análise Estratégica”, que apresenta um diagnóstico estratégico do EB e os cenários
prospectivos, permaneceu com classificação sigilosa.
33
20
O CCOMGEx, uma das organizações do SCTEx, coordena e acompanha, tecnicamente, a
implantação da 1ª fase do Projeto. Existe a expectativa de serem gerados 12 mil novos postos de
trabalho, em diversos níveis de formação.
34
SISFRON 11.992,00 298,00 (1) 2012-2028 7.939 (2) DCT-CTEx-CAEx- (1) Pode ser
CCOMGExCDS- contingenciado
(2012-2014) CITEx-DF-DSG (3) (2) Implantar o
Subsistema de
Sensoriamente e
Apoio a decisão
(3) Existem outras OM,
além das OM do DCT
21
O valor do orçamento de defesa, no Brasil, em 2012, foi de R$ 17,2 bilhões, considerando-se
custeio e investimentos. Disponível em <http://www.defesabr.com/MD/md_recursos.htm>. Acesso
em 2 jun. 2014.
41
22
As Instruções Gerais para o Funcionamento do SCTEx, IG 20-11, aprovada pela Portaria Ministerial
o
n 270, de 13 de junho de 1994, foi o primeiro documento que apresentou a organização geral do
SCTEx, por meio de missão, objetivos e organização. Está em vigor, porém desatualizada.
42
23
Macroprocessos: Pesquisa Científica; Desenvolvimento Experimental; Assessoramento Científico-
Tecnológico; Aplicação do Conhecimento e das Tecnologias Dominadas; e Gestão de Recursos
Humanos (Brasil, 2007, p. 11).
24
À época o Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx) e o Centro de desenvolvimento de
Sistemas (CDS) eram subordinados à SCT.
25
Permite que no âmbito do DCT, projetos e atividades de C&T possam ser gerenciados pelo
Departamento e executados por integrantes de várias OMDS/DCT.
26
Permite que no âmbito do DCT, projetos e atividades de C&T possam ser gerenciados pelas
OMDS/DCT e executadas por seus próprios integrantes.
43
27
As ações previstas no antigo PBCT hoje estão inseridas nos anexos dos SIPLEx 3 e 4 e a necessidade
de recursos é inserida no planejamento do EB, por meio de sistema corporativo com esta finalidade.
44
28
Disponível em: <http://www.dct.eb.mil.br>. Acesso em: 20 jun. 2014.
45
29
Empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa, por intermédio do Comando do Exército, sendo
o DCT o Órgão de Ligação.
46
30
O CITEx e suas doze OMDS – sete Centros de Telemática de Área e cinco Centros de Telemática
articulados em todo o território nacional – compõem o Sistema de Telemática do Exército (SisTEx).
31
Espaço cibernético é o ambiente que oferece o suporte para interação entre pessoas, organizações
e instituições.
32
Fábrica Presidente Vargas (FPV) – Piquete, SP; Fábrica de Itajubá (FI) – Itajubá, MG; Fábrica de
Juiz de Fora (FJF) – Juiz de Fora, MG; Fábrica de Estrela (FE) – Magé, RJ; e Fábrica de Material de
Comunicações e Eletrônica (FMCE) – Rio de Janeiro, RJ.
48
bem como o seletivo mercado internacional. Em 2014, foi certificada pelo MD, como
Empresa Estratégica de Defesa (EED), recebendo o título de “Primeira Empresa de
Defesa do Brasil”. Dentre seus diversos PRODE destaca-se o Fuzil de Assalto 5,56mm
IA2, que deverá ser adotado pelas três FA (REVISTA VERDE-OLIVA, 2014, p. 51).
39
As instalações do Polo serão construídas na área do 7º Centro de Telemática de Área (7º CTA),
OMDS ao CITEx.
40
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR ISO/IEC 38500:2009), Tecnologia da
Informação é definida como os recursos necessários para adquirir, processar, armazenar e
disseminar informações. TI é sinônimo de “Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)” e
inclui “Tecnologia da Comunicação (TC)”.
41
O CITEx e o 7º CTA permanecerão em suas instalações atuais. Destaca-se que o CITEx possui
vários “caminhos” de integração lógica com o 7º CTA.
53
43
Documento não disponível por ser um documento interno de uso da Equipe de Projeto.
55
O IMT, ainda em fase de concepção, poderá ser uma divisão do novo IME.
Destinar-se-á à formação e especialização de técnicos e tecnólogos civis e militares
em áreas de interesse do SCTIEx e da Base Industrial de Defesa (BID). Esses
profissionais apoiarão as atividades dos diversos laboratórios de ensino, pesquisa e
de certificação, bem como as atividades que demandem pessoal com perfil técnico-
44
300 (trezentos) na Graduação, 540 (quinhentos e quarenta) no Mestrado e 90 (noventa) no Doutorado.
56
45
Informações retiradas do EVTE do PCTEG (BRASIL, 2013j).
59
PCTEG trará para mudança do perfil econômico daquela área, trazendo progresso e
melhoria nas condições sócio-econômica de vida das pessoas.
Uma grande preocupação dos responsáveis pela implantação do PCTEG é
manter ou melhorar a qualidade de vida no bairro de Guaratiba, conciliando sua
implantação com a preservação do ecossistema da área, o que é um fator de
fortalecimento, no campo psicossocial, fundamental para a integração do Polo com a
população. Neste sentido, deve ser assinalado que a presença e a ocupação do
local destinado às suas instalações, já realizada pelo EB, desde 1979, têm se
caracterizado como fator de garantia da preservação ambiental na medida em que
confronta as pressões urbanas e imobiliárias existentes na região (BRASIL, 2013j).
Além disso, é importante assinalar que o PCTEG será um grande agregador e
impulsionador da realização de um conjunto de obras e serviços de infraestruturas
básicas, gerando empregos em toda a área do Polo e circunvizinhas, a exemplo das
localidades do Recreio, da Barra da Tijuca, de Campo Grande etc. Igualmente, é
importante destacar que a formação de engenheiros e tecnólogos de alto nível, por
intermédio do IME e do IMT, responderá às expectativas governamentais no que diz
respeito a atender às necessidades existentes no mercado de trabalho em todo o
Brasil. Portanto, os empregos gerados no Rio de Janeiro e a oferta de engenheiros e
tecnólogos para o mercado de trabalho, em âmbito nacional, reforçarão as expressões
científico-tecnológica, econômica e psicossocial do Poder Nacional (BRASIL, 2013j).
Pelo exposto, pode-se inferir que o PTSCTEx, que em última instância, faz
parte do processo de Transformação do EB, não é um programa orientado
exclusivamente para a Força. Conforme assinalado em Longo e Moreira (2010, p. 4)
ele tem as características de um programa mobilizador, por ser capaz de
“arregimentar, aglutinar, organizar e pôr em movimento o potencial nacional
disponível numa ação política, visando o desenvolvimento social, econômico e/ou
militar do país.” Assim, o PTSCTEx é um programa do Exército para o Brasil estando
perfeitamente caracterizado como um Programa do Estado Brasileiro.
61
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
______. Livro Branco de Defesa Nacional. Brasília, DF, 2013c. Disponível em:
<http://www.defesa.gov.br>. Acesso em: 12 fev. 2014.
LONGO, Waldimir Pirró e. Conceitos básicos sobre ciência e tecnologia. In: ______.
Ciência e Tecnologia: alguns aspectos teóricos. Rev. atual. Rio de Janeiro: ESG,
2004. Disponível em: <http://www.waldimir.longo.nom.br/publicacoes.html>. Acesso
em: 10 jun. 2014.
PRADO FILHO, Hildo Vieira. Base Industrial de Defesa – BID: um modelo para
atender às necessidades da Força Terrestre. Trabalho de Conclusão de Curso
(Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército)-Escola de Comando
e Estado-Maior do Exército, Rio de Janeiro, 2008.
REVISTA VERDE-OLIVA. Brasília, DF, ano 40, n. 217, ago. 2013. Especial.
Trimestral. ISSN 2178-1265.
REVISTA VERDE-OLIVA. Brasília, DF, ano 40, n. 223, abr. 2014. Trimestral. ISSN
2178-1265.