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{quanto lidam com os fendémenos humanos numa perspectiva| Duramente externa (comportamentos). A distingao entre umas ‘outrasciéncias decorra da natureza do seu objecto. Enquanto (que as citncias da natureza lidam com um mundo de objectos, flheio ao homem, cognoscivel na sua exterioridade e redutivel Seis gerais, as cleneiae do expiritolidam como mundo da cul- tura,comae significagdes que os homens aribuem as coisas, com ‘9 modo come eles se apropriam espiritualmente delas. Este ‘undo nfo 6 nso éexternamentecogroseive, como nto pode ser encerrado em leis gers, pos cada acto cultural tem signifi- Cadostnicos, que so se desvendam a partis de uma actvidade ‘spiritual arientaca para os valores que ele encerra (endo para ‘eu invslacro comportamental externo) (Qualquer tentativa de fundar a procura dos valores juridi- os na residade do dieito constitisia um salto metodel6gico {mpossvel entre o mundo do dever sere 0 mundo do sr. “Asconsequéncias dogmdticas destes pontos de vista sobre ‘a autonomia do jaridco eda actividade intelectual que dele se ‘seupasse foram varias. Por um lado, abalaram 0 anti-metafisismo dominante,re- Iintroduvindo ideas como a de direito natural em versdes rl- siomas (como o jusnaturalisme catlico, de fundo neo-tomista), ‘em versdesIniizadas, "Por outro lado, no plano mais estritamente metodologico, abalaram o cientismo dominant insinuando a ideia de que dia haver modelo intelectuais diferentes dos das cienciasf- co-naturais e mais adequados para taro direito, Por xem plo, modelos que wtlizassem np 0 metodo dedutive (que est vvana base da ideia de subsungio™), mas métodos de aborda- gem caruistca (como 0 que nha sido utlizado pela topics”) ‘modelos que idassem nao com a nosio mecanicsta de causali- dade, em que um enémena se explica pelos antecedentes (0g, Scere ou do vhs: Mh, 15,95 mV 633 CttarJrin Europe 25 _explicar um contrato ou tim comportamento pelo contetdo das Vontades dos agentes), mas, por exemplo, coma de finalidade (oe. explicar um contato oa comportamento pelas suas final- ads socais 3" modelos que se baseassem nua lgica espe “ica gies unica os dednitica [eos valores); modelos que pho recuzissem a interpretagso (de ura norma, de um acto je Fico) a uina investignsao do substracto psicoldgico desse acto, nas que descubyam o eu sentido “humano" ou ej, a.constla {lo de valores que lemos nesse acto ou que the imputaros Uependentemente da intencio subjectiva dos agentes, ete. Por outro lado, levaram a tentativas de "purificagio” do saber juriico, distinguindo cuidadosamente os aspectos jurc- oe das questdes, dos seus aspects politicos, por um lado, e 50 {o-picologicos, por outro, Os juristas deveriam produzir um Sincursa que se fundamentasse asi proprio e que evitasse con taminar o discursojuridic com consideragdes de orcem politi Co-ideoldgica ou empirco-sociologica,Foiestaa linha condatora ‘da Teoria pr do dveito (ene Rechslelre, formulada pelo juris ta austriaco Hans Kolsen 8.46. apogen do fermalismo.A Teoria pura do direito Como se viu (inf, 844.),0 positivism sociologico, que dominos pensamento juidico europeu a partir des anos "70 do século XIX, fez da ertica a0 formalismo da pandecistica 0 3B dm la quest na tase interpreta tpt ou fi ‘Gecpenurninrpnresogorjries (bom acos esos Sov com arses dade cas. simmons sa Woven sua a cozete divers da metodo. ued ewan aargumena gio Ves he rman (4.6 Cada © Bat, tan ple desea “agen aia (© Kano U Rug nga Rau Ina, 28 2k i apecvaent sv Gea parepls Aisne Sire (925) Rie Recs (27) = Terence gaa sa Ltr 1978, 116, Wher, 198 62.8, Faun 1 1020 % ‘Antje Manuel Heepanhs ‘principal cavalo de batalhae orientou o saber jurdico para ‘um discurso de tipo saciologico, em que o ditito era dissolvi- dlonnos factossocais” eo proprio discursojuridico corria oris- ‘co dese dissolverno disewts0 sociologic, Esteideal de "purif- facto” do metodo juriico foi levado as timas consequlneins pelo jurista austiaco Hans Kelsen, na chamada Teoria pura do direito (eine Rechtslehre) Kelsen considerou o direito como um especial sistema de ‘novmas, cj fundamento no estava noutros sistemas Norns tivos, como areligido ou a moral: mas também nio estava na fordem dos fatos (por exemplo, numa politica, na utilidade). Ou Soja, uma norma uridica no teria vigencia por ser moral ou at sms porque e apenas porque é uma norma juridica, i, confor” :me ao direto. Ser conforme ao diseito¢,afinal, ser obrigatoria fem vietude do comando de uma norma superior. Dai que odi- ‘eito constitua uma piramide normativa (Stuhr) n0 topo {a qual se encontra a Constituigao, Mas como a propria Const tuicdo carece de um fundamentojaridico, a constracio terica de Kelsen obsiga a pressupor uma “norma fundamental” (Grundnoym), que valida a Constituigao,e cujo conteado pode- 1a ser assim formulado- "Toda a norma juidicalegitima (i, ‘estabelecida de acordo como direito) deve ser observada’- Uma rorma destas ¢ autoweferencal, ou sje, aplica-se a i mesma; «com st, legitima-se ast propria ea todas as outras ‘A teoria pura do diteitotevea virtude de, num periodo de intenso debate poitico-ideolopico (08 anoe'30 a'50 do sécalo XX), fersublinhado a autonomia do saber juridco ea sua relate vvaindisponiilidade em relagio aos projctos de poder. Nessa medida, culminow as preocupades da pandecistica em estabe- lecer que nem tudo quanto @ querido pelo poder, atl ao povo ‘ow a uma classe, ou funcional em relagao a um objetivo social ‘automaticamente aceite como justo (te, conforme ao dieit). 1A jurisdicidade parece decorrer de valores internos ao disearso do direito, valores que a vontade politica ou a ubiidade social ‘nfo podem substitu "Neste sentido, embora se possaacusar a teoria para do Citra Juridica Europele seito de aceitar como diteito tudo o que provém da vontade do Estado, oceto é que o seu sentido mais profundo éo de consti- tuirum manifesto contra os totalitarimos poitcos da seu tem po, que, num sentido ou noutr, procuravam funcionalizar 0 ‘zeta em relagso as conveniéncias do poder, legitimande-o 8 [partir de consideracoes politica, como o dominio de clase (s- falinisma) ou as neceseidadesvitais de uma raga (nacional-so- cialismo). Ha quem pense que este manifesto ¢ ainda ttl com ‘wa outro tipo de funcionalizacbes do direito, nomeadamente, a tendéncia parajustificar coma usta as medidas formal ou in- formalmente correctas- de um poder legitimado pelo voto, ou as medidas dirigidas a consecugio de finalidades de deserwvol- vimento social ow econsmico." 8.4.6.1. A reacgio ant-sociologista em Portugal Em Portugal, manifest-se uma fescoio anti-sociologist 2 partirda segunda década do ste. XX, de que ¢ pioneiro Mane Paulo Meréa (1889-1976), professor de Historia do Direito em Coimbra, numa conferéncia at proferida em 1910, publicada depois sob o significative titulo “Idealismo e dieito”* Nesta ‘cura intervencio, que desempenhou um papel deisivo no meio juridico portugués, descreviase 0 positvismo como tuma cor rente redutora, que impunha como tinico meio de acesso rea- idade a razio cientifica (monismo),desconhecendo que o esp Fito humano dispde de uma multpicidade de formas (desde 8 [acgd0 ate A intuigso ea reflexso espietual) de a apreender. E enunciavarse a desumanizacao a que tinha conduzido o dog ‘matismo cientista das correntes socologica. “Sabo inluxo t- nico das citncias naturais~escreve Meréa (7) -"a vida trans- portaraoseu centro de gravidade para o objective" [eitagies de chiller), eentetanto do o que se passa ma alma do individao ‘STarandoaequljur contol erdco ds medidas digas a ase de- senotvimer como martes de orm ant progre © intr 113 = Asin Manuel espn {ora considerado como acesséri, a sua flicdade ea sua situa- ‘io tornaran-se cada vex mais indiferentes, o“sujeito” toma se cada vez mais um elemento desdenhavel, uma "gota de {gua no aceana’.O positiviema, numa palaves,escavizara o hhomem as coisas; o moderno idealismo “rehabilita © homer", ressuscilando, sob uma nova forma, oidealantyopocentrico” "No campo do direto, esta nova atengio aos valores levou 2 uma revalorizagao do “jusidico”, ou sea, dos elementos pro- priamente normativos do dizeto, no sentido -j antes (supra, 3.46.) seferdo- de uma “purificacto” do conceito de dreto, ‘excluindo dele os momentos nfo normatives, nto logico-acio- rals ou, mesmo mais radicalmente, nao legals (nao positives, -mas agora no sentido de estranlhos ao direito positive}, Este movimento conduzou a uma revalorizagta coconcel tualismo pandectista ou aadapcie de urna orientagto postvis- talegalista, Em Portugal, ajurisprudéncia dos conceites (ou “método Juridica”) ol nicialmonte restabeleida, como je disse (lsu >pra,83.21),no dominio do direto privado, seu campo origina- Fo de cultara, a partir do magisterio de Guilherme Moreira (1861-1822). No direito public, adquire direito de cidade um ppouco mais tarde (f sup, ib): mas, a partir dos anos’20,cons- fitui o métoda inspirador das monogratias mais ambiciosas, fn ds ies sets de Dt (om nore, ind de um han ‘ge wim tale tran do data an) © tio, ‘0 plaaisme" no ipo (A propenta de em ro de "nip ih 7 te hans ‘oops dem prune (pando otros profesorer Se deta como Marco eSouse ata de Nenad, Cacia da Nata Magahie Colle {eleamprometd nelutantpiiestonnantmayio vgoesda ex tensa retin anos indtiulade uo dopa papas yo ‘Some. Seo ito de Maru, Positsmo «wena Di ‘yon 0913, Our evista conto msm endo a Agim de Lee: no Comte Sobre ete rovient Ribera, 1951 ee, 1S, TT "Sore tode ste movment, por mo, orga 1958 utara rin Earopeia © nomeadamente das teses dos concursos universtiios (Maga- thses Collage, Manuel Rodrigues, Marcelo Caetano, Cabral de Monesda, Afonso Queit). ‘Uma outa inna de reacgio antsociologista foi ado posi- tivismo legalista, Pode dizer se que um acentuado respeito ¢ apagamento pperante a lei caracterizou continuamente a doutrina juridica Portuguesa durante os séculos XIX e XX. Varios factoes 0 ex Dlicam Por um lado, 08 velhes topicos legalistas da reforma pombalina do ensino uridico de 1772 (ef. supra, 75), combin ios js no stculo XIX, com os dogmas do Estado democratic, {gue tdentificavam a li com a vontade popular Por outro lado, Ssreceios de agravamento do arbitrioe subjectivisme jusbiise os. Dor fim, o ideal de substitwigso de uma regulagio politico doologica(correspondente a0 periodo de instabilidade politica {do primeira constitucionaisme, 1834-1851) pela regulacio “neu twa’ do Estedo (correspondente ao clima de “estabilizagso” politica promovido pelos grupos dirigentes depois de 1850; [Boneragio", de 1851; "rtativismo politico). “A partir de 1925, apazecem noves elementos favorsveis 20 positvismo lgalista. ‘O mais importante foi a leituraestatalsta a que conduzia sama certa versio do positivism socol6gico, ao insistirnaideia dequeo Estado constituin a forma politica do organismo nacio- hal, cabendlo-Ihe a racionalizagio da organizacao social global, tna perspectva das formas mais elevadas da solidariedade (cf supra, 8:44.) ‘O positivismo socioldgico era, naturalmente, passvel de coutrasletueas, que desvalorizavam o direito do Fstado pera eos “mecanismos juridicas espontancos”, os “equibtios pr ticoa”, 0 "diteito da vida" Lido neste sentido, o sociologismo teria suportado uma politica do drei anti-legaista, descentea- lizadora, que reconheceste ocarScte riativo da jurisprudéncia ‘= aman Paato Mert, "0 plane" nadir pablo” pono oysi2 27722 46 Antini Manuel Hespnta eda doutrina. Ena verdad foi esta a orientacio que, do ponto dle vista te6rco,lgitimou 0 discursojuridico anti-democratico ‘eant-parlamentar do “Integraismo Lusitano", que protagoni- zava a uta da “Alma Nacional” contra a "ditadra Centraiza- ‘dors, estrangeiradaejacobina” da Repablica " Depois da con- {guists do poder, na sequénecia do golpe de Estado de 28 de Maio {de 1925 ("Revolucso Nacional origem do "Estado Novo"). fo pensamentojuridico conservador mudou, no entanto, desen- tio, aderindo cada vex maisas tses(opestas esta leitura “ins ‘shicionalista”) da Wdentificacao entre 0 “dreto da Nagao" e 0 "direito do Estado”, pois 0 Estado, sobretudo agora, nao seria endo. propria Nacio organizada ™ Aguiloa que antes secha- -mava “insttuicoes primaias” era agora engolido pelo Estado; Odircito plural” estatizase a angio do Estado = que. pen- samento conservador inka identificado, na esteira do pensa- _mento pré-revolucionario de Antigo Regime, como a “justia”, no sentido de “realizagao da harmonia entre corpos politicos auténomos" -ransforma-se, progressivamente, na manutencio ‘a ordem®" No dominio da politica do dizeto, esta politica“ ei” manifesta-se, nomeadamente, em reformaslegislativas| visando a certeza do dititoe a "dignificacao” da justia” ‘TORS Pedi dtp lta soe gil oe she tr pg do ands Nov, Roa 1956 “Sica 1, 5 at como eid ona as as am ov Uiga dia tlrma do Codigo 198, sabe ose re "Lime Manuel de Andrade “Sobre arecnieevelugh do de peade ovtgoss Ba Fac Be Coimbra 23156) 6 0a rou dos ae Senos do. como meio de dscns em 9D, bem Come adidas endorses mente pier il dustin (Re forma usa de 1 algo de prs ct de 99), sob po liter dng Est Nowe, Mant Rodrigues con tals a, ston 153 ai tara frien Boren “ Este nove legalismo influenciou também as concepts sobre a fungao do furista (e do profesor de direito), 0 modelo slofurista deveriaseraquele implicitamente proposto por Fezas Vital (1882-1953) - professor de dzeto pablico em Coimbra, com ‘muita notoriedade nos anos’ 308" aquando do elogiode umneo- Tega[-]paracle,comojurista fora das nrmas queridasesan- cionadas pelos governantes, no ha direito[..} Toda a eit ‘a do diteto-vigente ser, portanto, no enitica de jurists, mas ‘de moralista, de sociologo, de politico, de filosofo[.]. Ao juris ta, como fal, incumbe portanto apenas interpretare eduzit a sistema estas normas[legas] procurando a sua explicagio Io- fica em constructs juridicas abstracts, certo, mas 6 lgiti- nas se assentes m realidades e em factos"** Na pratica, isto implicava um controle politico bastante estreto sobre o ensino tuniversitario do direito. Em 1940, Jaime Gouveia, professor da Faculdade de Direto de Lisboa foi afastado em virtude de ter feito citcas nas las & Concordata com a Santa Se; 0 mesmo fconteceu, por razies semelhantes, a Barbosa de Magalies, professor da mesma Faculdade, alguns anos depois. ‘Mas o legalism reflectiu-se ainda, tanto nos problemas clissicos da interpretacao da lei ede integracao das lacunas, Como em questoes mals particulars da dogeatica do direito privado, No dominio da interpretagso, provocou uma certaten- encia para a defess da interpreta subjectiva*® No dominio dda integragio, porsua vez, originow uma desconfianga extrema fem relagao a qualquer teoria que owtorgasse ao jurista um pou- ‘ode liberdade em face dale, desconfianga que explica oul positivieme de Marcello Caetane, quando apostrofava a “juris- ‘ae cle Cr, 195,619 28 eb acta (638,800, «Seog lo rf Jou Tella de Magalies Cala" en Bot a, Ov Cain rato 1939 35. =f Manuel de Andrade, “Sobre a mente clue do dro privado por Tugute, Bl fo Dir Came 220915) 245: Manat oapue, “Di ae potrde na sesso cameroratve do conti do, Poli, ‘root tbo, 1984778 padéncia dos interestes, mesmo na versio moderadaentlo ‘Moptada pela doutrina nacional (mss do sterrste alerts egaia des intreses ct spre 843)" de flea © simon gona cena ent a0 uz de aatonornia de apreciago do caso concet, pret iow tambem a acetagao pan dovtrinn dominate de novae figura da dogmatca de dreto privadoque justamente, me. tam para ojuiz a aprecagto da usteza ca slugio concreta ou tuna neta deconcretizagio “activa” dos princpios gers Era lo que se passava coma dowrina do “abuso de dirt" *com a teoria da imprevisdo™ou com admseto da elevanciajurid- ade clssulas gris (Como, 0. bf) 85, Asescolas enti ‘As aqui denominadas ecole ccs ti como asso fundamental de ques norma judas conan po pigs univers eee ine segue, policemen fee Et Peo que ane eto, npoiacompreender fancon ‘en dito dose) em sc pr he ‘nda on ee compromisos sodas polices am com & Witenes dciminalesdeincrensee a ic Seine ei en oat SE aeiae sana sneered ng conta ein, 4 avaliag pelo ju. " = SUSE ESNet ice acrocndom se Sonlktegenenetatanmes ene tinge npr raped te on fScie gf Uparar ein sebmee Seite phiaren ear at Safe penetrance ee ‘estas ltimas, a interho ritca é mais forse, a ular jr Europe 8.51.0 sorolgjsme marsista ‘ssico no dominio do diteito K. Mars (1818-1889) foi, desde o século passa at hoje, © inspirador mais continuo da entica a0 pensamento juridico de- "Marx no fot um jurist, nam sequer se dedicou especial mente erica do direto, Fo, sso sim, um cientsta social ‘onsador politico que, nos quadzos de uma interpretacio gio- Pala sociedad, fortemente critica do status quo, se pronunciow também sobre odieit. ‘Como sesabe, Marx empreendew aguloa que chamou um estado centfico das sociedades humanas do qual conctui que ‘S processo historico era explicave pela dinamnica gerada pela Sqsigao dle grupos soiais ("clases") cujaexisténeia confit crrexplicada pelo facto de o controle da produsao dos bens “nateriais estar desigualmente repartido entre os homens. Do Facto de uns possuirem esse controle e outros estarem dele pri tacos decorcera uma dinsmica social (“uta de classes") na qual Tiitsee dominente tentava manter perpetuar a sua posicao hhagemonica, contra os esforgos da classe dominada para se caaurcipar, Nesta luta “total, todos os meios, desde o poder SHonomtco at ideologia, eram utlizados. Pelo que, em it: ha invtincia, todas as manifestagdes da historia do homem se ‘xplicariam por esta fenato fundamental gerada pela forma de craniza socielmente a produgao ("modo de produrio”). ut [Ge ctneses 86 tera fim com tia repartigao igualitaia do com {roleda produgao,garantida por uma apropriagdo colectiva dos tnelos de produgio ("socialismo"), Com isto se atingiria ures ociedade sem classes de onde estaia excluido o dominiode uns homens sobre os outros. ‘Para algza de uma explicasso global da historia humana, Marx forneceu ainda uma teoria mais aprofundada do estadio Mtual de evolugdo da sociedade (0 “eapitalismo”, caracteriza~ opela apropriagio privada dos meios de produ e pela dis- trtnigaotdo produto social por meio dos mecanismos do “mer- cade’), Do ponte de vista politico, o marxismo é por isso, para

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