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Ocorre então a divisão do território em capitanias, que iam do litoral até o limite
estipulado pelo Tratado de Tordesilhas, um modelo de colonização que tinha obtido
sucesso na Ilha da Madeira e em Cabo Verde, na África. A primeira divisão forma a Ilha
de São João, colocada sob responsabilidade de Fernando de Noronha em 1504. A
iniciativa de colonização utilizando este modelo respondia à necessidade de proteção
contra invasores, sobretudo franceses.
O sistema foi bom para a Coroa, que amealhava os lucros, mas nem tanto para os
donatários. Estes enfrentavam desde o início grandes dificuldades, tendo de desenvolver
a colônia com poucos recursos, prejudicados pela distância de Portugal e fustigados por
ataques indígenas.
Por conta dessas dificuldades, o modelo não funcionou como o esperado. Vingaram
apenas duas Capitanias: Pernambuco e São Vicente. O fracasso do modelo não fez com
que a Coroa mudasse seu posicionamento e a estrutura administrativa da colônia. A
abolição da hereditariedade foi o primeiro passo nesse sentido, ocorrendo apenas em
1759, definido pelo Marquês de Pombal.
As capitanias hereditárias existiram até 1821. À medida que iam fracassando, voltavam
às mãos da Coroa Portuguesa e eram redimensionadas, gerando novas estruturas de
administração. O ato de redimensionar as fronteiras das capitanias hereditárias moldou
alguns estados litorâneos atuais.
Bibliografia
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/cap_hereditarias.html
http://mapas.ibge.gov.br/escolares/publico-infantil/brasil/capitanias-hereditarias.html
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/uma-questao-de-limites-1