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Metodologia da Pesquisa:

Análise e Apresentação de Dados

Curso de Especialização em
Gestão Estratégica de
Segurança Pública- pós-
graduação lato sensu.

Diego Filipe Cordeiro Alves


diegofcalves@gmail.com
Introdução

 Os termos “Dados, Informação e


Conhecimento” são presentes em nosso
cotidiano;
 Ouvimos muito sobre processamento de
dados, sistemas de informações e gestão do
conhecimento, muitas vezes usados como
sinônimos;
 Portanto: qual a diferença entre Dados,
Informação e Conhecimento?
 De maneira genérica podemos indicar:
DADO INFORMAÇÃO CONHECIMENTO

Informação produzida
Observações sobre o Dados dotados de
e processada.
mundo e seu estado; relevância, significado
Inclui reflexão, síntese;

Requer unidade de
Facilmente análise;
estruturado; obtido; Exige consenso Difícil estruturação;
passível de obtenção quanto ao significado; Dificilmente
por máquinas; Exige intervenção transferido;
transferível humana;

Ex: Reflexões a
Ex: Dados de um
Ex: Série Histórica de respeito das
temperatura local
dados de temperatura mudanças dos
obtidos por
compilados e exibidos; padrões de
termômetro;
temperatura
Fonte: Davenport. 1998
Davenport, T. Conhecimento Empresarial.1998. Elsevier.
Tipos de Conhecimento
 Conhecimento Prático, empírico
 Compreensão da realidade de caráter prático, gerado
pelas experiências de cada sujeito.

 Conhecimento teológico;
 Conhecimento dogmático, cuja aceitação depende de fé.

 CONHECIMENTO CIENTÍFICO
 Conhecimento sistemático gerado da necessidade de se
conhecer e compreender fenômenos que nos cercam.
Conhecimento de caráter objetivo, sujeito à
comprovação e à replicabilidade.
Conhecimento Científico
 Em função de suas características próprias e de
seus objetivos, o conhecimento científico é
construído a partir de investigação e pesquisa
conduzidos de acordo com métodos específicos.

 Todo trabalho científico precisa indicar os


elementos essenciais:

 OBJETIVO; ABORDAGEM; MÉTODO;


PROCEDIMENTOS
Metodologia de Pesquisa

 Quanto ao objetivo da pesquisa, tem-se:

 Pesquisa Descritiva
 Procura retratar as características do objeto estudado.
 Geralmente se estrutura em exposição do problema, classificação,
interpretação e análise.
 Pesquisa Exploratória
 Procura identificar, em caráter preliminar, um fenômeno, trazendo novas
informações, hipóteses.
 Muito usada em áreas com pouco nível de estruturação do conhecimento
ou em pesquisas em inovação.
 Pesquisa Explicativa
 Busca encontrar os fundamentos para um fenômeno, suas causas ,
motivos, efeitos.
 Geralmente exigem pesquisas e levantamentos experimentais;
Metodologia de Pesquisa
 Quanto à abordagem

 Abordagem Qualitativa
 O autor busca os conceitos, princípios e relações entre os fenômenos
estudados.
 Abordagem de caráter mais subjetivo, uma vez que os critérios não são
numéricos.
 Abordagem Quantitativa
 Se caracteriza pela aplicação de técnicas estatísticas na análise dos dados;
 Busca medir relações entre variáveis e fenômenos;
 Restringe ao aspecto da informação que pode ser medido, quantificado.
 Abordagem Quali-quantitativa
 Abordagem mista entre quantificação e qualificação.

Fonte: https://www.andrefontenelle.com.br/tipos-de-pesquisa/
Acessado em 22/08/2018
Metodologia de Pesquisa
 Quanto aos procedimentos
 Pesquisa Bibliográfica;
 Procedimento mais comum.
 Pesquisa tendo como fontes livros, artigos e outros textos;
 Pesquisa Documental;
 Utiliza documentos não científicos como fontes. Cartas, jornais, fotografias, diários,
livros contábeis, etc;
 Estudo de Caso;
 Busca identificar e retratar de maneira profunda aspectos de um determinado
grupo, indivíduo, ambiente, fenômeno;
 Pesquisa Experimental;
 Padrão das investigações de laboratório. Busca-se manipular variáveis para avaliar o
impacto de uma sobre a outra;
 Pesquisa Ex Post Facto;
 Método similar ao experimental. Entretanto, neste caso o fato já é ocorrido e não
há controle sobre as variáveis. Busca-se avaliar após o fato como uma variável
interferiu na ocorrência de um fenômeno.
Metodologia de Pesquisa
 Quanto aos procedimentos

 Pesquisa de Campo;
 Contato direto do autor com a realidade estudada. Busca-se identificar os
fenômenos em seu ambiente, sem qualquer controle pelo pesquisador;
 Pesquisa de Levantamento;
 Visa conhecer os comportamentos de uma população. Esse procedimento
é feito mediante a consulta direta, por questionários ou outras formas;
 Pesquisa-ação;
 Pesquisa de campo na qual o autor pessoalmente se envolve, propondo
ações, projetos e soluções;
 Pesquisa Participante
 Muito similar à pesquisa-ação. Nesta modalidade, entretanto, o autor não
necessariamente interfere na realidade, estando focado em proporcionar
um maior conhecimento do grupo sobre sua situação;
 Diante da exposição, propõe-se como objetivos
da aula:

 Parte 1: Formas de representação de dados:


 Tabelas, quadros, gráficos e mapas;
 Tipos de Gráfico

 Parte 2: Survey:
 Amostragem;
 Tabulação e Representação de Dados;
 Os principais métodos de representação de
dados utilizados em pesquisas científicas são:

Quadros Tabelas

Gráficos Mapas*

*Especialmente úteis em áreas do conhecimento que lidem com fenômenos espaciais


Tabelas e Quadros
 Tabelas e Quadros facilitam a compilação, leitura e
compreensão dos fenômenos em estudo, já que
apresentam dados de maneira resumida e prática;
 Tabelas e Quadros se diferem quanto à
formatação e ao conteúdo.
 Nas tabelas o conteúdo central apresentado é
NUMÉRICO. As demais informações adquirem
caráter complementar.
 Quanto à formatação, as tabelas possuem abas
laterais abertas e os quadros suas laterais
fechadas.
Tabelas e Quadros

 Fonte:https://bibliotecafea.com/2012/09/21/tabela-e-quadro-diferencas/
Tabelas e Quadros
Quadro 3 - Autores com maior número de artigos publicados
Autores Número de Artigos
Alexandre Magno Alves Diniz 20
João Francisco de Abreu 19
Cássio Eduardo Viana Hissa 12
Solange Terezinha de Lima Guimarães 12
Herbe Xavier 10
Lívia de Oliveira 10
Oswaldo Bueno Amorim Filho 8
Ailton Mota de Carvalho 7
Silvio Carlos Rodrigues 7
Alecir Antônio Maciel Moreira 6
Carla Juscélia de Oliveira Souza 5
José Flávio Morais Castro 5
José Irineu Rangel Rigotti 5
Leônidas Conceição Barroso 5
Luiz Eduardo Panisset Travassos 5
Ralfo Matos 5
Carlos Magno Ribeiro 4
Eduardo Marandola Jr. 4
Jony Rodarte Gontijo Couto 4
Ruibran Januário dos Reis 4
Vanderlei de Oliveira Ferreira 4
Vânia Rúbia Farias Vlach 4
Wagner Barbosa Batella 4
Wolney Lobato 4
Tabelas e Quadros (Nuvem de Palavras)
Nuvem de Palavras

https://www.wordclouds.com/
Mapas
Gráficos
 Os gráficos são representações visuais
utilizados para se exibir valores ou dados
numéricos;
 Suas funções são diversas, sendo as mais
usuais:
Demonstrar Demonstrar Destacar Comparar
Padrões Tendências Informações Realidades
Gráficos
Gráficos
Gráficos

Gráfico de Rede

No exemplo acima o gráfico de rede foi construído a partir das arestas


(contribuições) e nós (instituições de pesquisas).
O gráfico acima (grafo) mostra as conexões entre diferentes instituições
de pesquisa;
Gráficos (Organogramas e Fluxogramas)
Gráficos
 Os gráficos, assim como as tabelas e gráficos, fazem
parte de nosso cotidiano, sendo utilizados em jornais,
propagandas, anúncios, relatórios;

 Dentre as vantagens de se utilizar um gráfico podemos


citar:
 Facilidade de Leitura;
 Facilidade de Comparação;
 Acompanhamento de Séries Históricas;
 Entretanto, nem todo tipo de gráfico é adequado ao
tipo de análise proposta e aos dados disponíveis.
Atenção deve ser dispensada, ao se confeccionar um
gráfico, às escalas dos dados, sua forma de implantação
e o design escolhido.
Tipos de Gráficos
 Gráfico de Barras/Colunas:

A altura das barras mostra a


frequência dos dados;

Permite a comparação visual


entre diferentes realidades;

Não deve ser utilizado para


informações complexas;

Pode ser utilizado para séries


históricas;

Fonte:https://www.matematica.pt/util/resumos/tipos-graficos-estatisticos.php
Tipos de Gráficos
 Gráfico de Barras/Colunas Agrupadas:
Para cada valor há um
agrupamento de barras;

Permite a comparação visual


entre diferentes realidades;

Utilizado geralmente para


variáveis complementares

Pode ser utilizado para séries


históricas;

Fonte:https://www.matematica.pt/util/resumos/tipos-graficos-estatisticos.php
Tipos de Gráficos
 Gráfico de Linhas:
Linhas de evolução temporal de
Um fenômeno.

Permite a comparação visual


entre diferentes realidades;

Gráfico mais apropriado para


séries históricas

Não deve ser utilizado para


variáveis não contínuas.

Permite facilmente a identificação


de padrões gerais nos dados;

Fonte:https://www.matematica.pt/util/resumos/tipos-graficos-estatisticos.php
Tipos de Gráficos
 Gráfico de Barras

Barras Horizontais
indicam a frequência do
fenômeno;

Muito utilizados para a


criação de
Rankings.

Permite facilmente a
comparação
Tipos de Gráficos
 Gráfico de Pizza - (Diagrama de Setores)
Mostram a composição de um
determinado fenômeno em
categorias.

Servem para identificar


predominância de uma
determinada classe em relação
às demais;

Não devem ser utilizados para


séries extensas;

Não podem ser utilizados para


séries históricas.

Melhor utilizados para uma


análise de composição de
fenômeno ao invés de
comparativa
Fonte:https://www.matematica.pt/util/resumos/tipos-graficos-estatisticos.php
Tipos de Gráficos
 Barras ou Colunas Empilhadas

Mostram a composição de um
determinado fenômeno em
categorias.

Servem para a comparação de


uma composição de fenômeno;

Priorizam distribuição relativa


(percentual) em detrimento de
valores.

Fonte da Imagem:https://pt.stackoverflow.com/questions/192317/gr%C3%A1fico-
Tipos de Gráficos
 Histograma
Utilizado para dados
quantitativos e contínuos;

Gráfico de frequência;

Mostra a distribuição dos


dados pelas classes
selecionadas;

Construção mais trabalhosa;

Fonte:https://www.matematica.pt/util/resumos/tipos-graficos-estatisticos.php
Tipos de Gráficos
 Diagrama de Dispersão
Mostram a relação entre
duas variáveis;
Utilizados para revelar
padrões de distribuição
de dados e de relações
entre os mesmos;
Utilizados para muitos
pontos de dados;
Servem para avaliar a
correlação de variáveis;
Variações na escala
podem levar a
interpretações errôneas
da relação entre as
variáveis;
Tipos de Gráficos
 Coeficiente de Correlação
A correlação linear é uma medida de associação linear entre variáveis, que pode ser
definida pelo coeficiente de correlação de Pearson (r), que descreve quão bem uma
linha reta se ajustaria através de nuvem de pontos.

FIGUEIREDO FILHO, Dalson Brito; JUNIOR, José Alexandre Silva. Desvendando os


Mistérios do Coeficiente de Correlação de Pearson (r). Revista Política Hoje-ISSN:
0104- 7094, v. 18, n. 1, 2010.
Tipos de Gráficos
 Coeficiente de Correlação – Pearson (r)

1 Bisquerra, R.; Sarriera, J. C. & Martinez, F. (2004). Introdução à


estatística: enfoque informático com o pacote estatístico SPSS.
Porto Alegre: Artes Médicas.
Tipos de Gráficos
 Gráfico Polar ou de Radar
Usado para fenômenos cíclicos.
Permite a comparação entre
diferentes conjuntos de dados;

Usado para comparar diferentes


composições de fenômenos.

Tem limitada visualização e


construção mais complexa
Tipos de Gráficos
 Gráfico de barras combinado com linhas:
No gráfico ao lado foram
Renda Per Capta utilizadas colunas para a
1600
1400
representação da renda
1200
per capta municipal em
1000 2010 de uma série de
800 municípios.
600
400
200
Foi adicionada uma
0 sequência de dados como
linha a fim de comparação.

Utilizou-se o valor da
Renda Per Capta Média média como parâmetro,
permitindo verificar, dentro
da sequência,
Quais dados se afastam da
média.
 Como escolher o Tipo ideal de gráfico?
 Define-se:
 O que se deseja mostrar?
 Quantas variáveis?
 Qual o público?
Objetivo Mais Indicados
Comparar Valores ao Barras; Linhas; Dispersão
longo do tempo
Mostrar a composição de Pizza; Barras e Barras
algo empilhadas
Mostrar a distribuição Dispersão, barras e linhas
Mostrar a tendência Linhas
Mostrar a relação entre os Dispersão e Linhas
dados
http://blog.coletum.com/tipos-de-graficos/
Parte 2: Survey:
 Amostragem;
 Tabulação e Representação de Dados;
Métodos Qualitativos e Quantitativos
QUANTITATIVO: Survey
Os métodos de pesquisa podem ser quantitativos (survey,
experimento, etc) ou qualitativos (estudos de caso, grupo focal
etc).

Ambos os tipos possuem vantagens e desvantagens. Pode-se


eleger mais de um método aliando-se o qualitativo e o
quantitativo.

Abordaremos o método survey, especialmente questionários:


- características gerais,
- amostragem,
- elaboração do instrumento e estratégia de aplicação,
- validade e confiabilidade e análise de dados.
Survey
Definições e características gerais
A pesquisa survey é apropriada como método de pesquisa
quando:

- Se deseja responder questões do tipo “o quê?”, “por


que?”, “como?” e “quanto?”, ou seja, quando o foco de
interesse é sobre “o que está acontecendo” ou “como e
por que isso está acontecendo”;
- Não se tem interesse ou não é possível controlar as
variáveis dependentes e independentes;
- O ambiente natural é a melhor situação para estudar o
fenômeno de interesse;
- O objeto de interesse ocorre no presente ou no passado
recente.
Survey
Momentos de coleta dos dados
Quanto ao número de momentos ou pontos no tempo
em que os dados são coletados, a pesquisa pode ser:

- Longitudinal: a coleta dos dados ocorre ao longo do


tempo em períodos ou pontos especificados,
buscando estudar a evolução ou as mudanças de
determinadas varáveis ou, ainda, as relações entre
elas;
- Corte-transversal: a coleta dos dados ocorre em um
só momento, pretendendo descrever e analisar o
estado de uma ou várias variáveis em um dado
momento (SAMPIERI et all, 1991).
Survey
Amostra
A melhor amostra é a representativa da população ou
um modelo dela (FINK, 1995).

Contudo, nenhuma amostra é perfeita, o que pode


variar é o grau de erro.

Definição da amostragem: probabilística ou não


probabilística.

FINK, A. The Survey Handbook. 1995


Survey
Amostra Probabilística
A principal característica da amostra probabilística é o fato
de todos os elementos da população terem a mesma
chance de serem escolhidos, resultando em uma amostra
representativa da população. Implica em utilizar a seleção
randômica ou aleatória dos respondentes, eliminando a
subjetividade da amostra.

A probabilidade de participar da amostra é conhecida,


podendo ser aleatória simples (sortear em uma tabela de
números aleatórios), sistemática (definir um critério de
acesso à lista e de quantos em quantos números será retida
a escolha) por grupos, subgrupos, ou por etapas (PERRIEN,
CHÉRON & ZINS, 1984).
PERRIEN, J; CHÉRON, E.J; ZINZ, M. Recherche en marketing: méthodes et décisions.
Montreal, 1984, 615p
Survey
Amostra Não Probabilística
A amostra não probabilística é admitida por algum tipo
de critério e nem todos os elementos da população
têm a mesma chance de ser selecionados, o que torna
os resultados não generalizáveis.

Guardando suas limitações, esse tipo de amostra pode


ser conveniente quando os respondentes são pessoas
difíceis de identificar (criminosos, p. ex.) ou grupos
específicos (pacientes) ou quando há algum tipo de
restrição na pesquisa (orçamento por exemplo).
Survey
Amostra Não Probabilística
6 tipos de amostra não probabilística:

- Por conveniência: participantes são escolhidos por estarem


disponíveis (intencional );
- Mais similares ou mais diferentes: os participantes são escolhidos
por julgar-se que representam uma situação similar ou, inverso,
muito diferentes;
- Por quotas: escolhidos de maneira não aleatória e
proporcionalmente considerando um determinado critério
(subgrupos);
- Bola de neve: participantes iniciais indicam novos participantes;
- Casos críticos: participantes são escolhidos em virtude de
representarem casos chave para o foco da pesquisa;
- Casos típicos: os participantes são escolhidos por representarem a
situação típica, não incluindo extremos.
Survey
Tamanho da Amostra
O tamanho da amostra se refere ao número de
respondentes necessário para que os resultados
obtidos sejam precisos e confiáveis, e que o aumento
do tamanho da amostra diminui o erro.

Naturalmente essa tendência tem limites, a partir de


certa quantidade não se tem mais uma forte
contribuição agregada por coletar-se maior número de
questionários.
Survey
Tamanho da Amostra

Tamanho da amostra

- Erro amostral +
Survey
Tamanho da Amostra - População
Qual é a sua população?

Quando falamos em população, referimo-nos ao conjunto total de pessoas


que deseja entender (sua amostra serão as pessoas dessa população que
acabarão realmente respondendo o seu questionário).

Por exemplo,
Se estiver se perguntando qual é a melhor estratégia de marketing para seu
produto no Brasil, sua população será de residentes no Brasil.

Se está tentando entender quantos dias de férias as pessoas que trabalham


para a sua empresa gostariam de ter, a sua população será formada por todos
os funcionários da empresa.

Uma vez que a população esteja definida, é necessário saber quantos


indivíduos compõem (aproximadamente) esta população.

Disponível em: https://pt.surveymonkey.com/mp/sample-size/ Acessado em: 22 Ago. 2018


Survey
Tamanho da Amostra
O quanto é suficiente?
O tamanho da amostra deve ser estabelecido
considerando alguns aspectos:
- se o universo é finito ou infinito;
- o nível de confiança estabelecido (usualmente 95%);
- o erro permitido (normalmente não superior a 5%);
- proporção em que a característica foco da pesquisa
se manifesta na população.
Survey
Grau de Escore
Tamanho da Amostra confiança
desejado
z

Fórmula para cálculo da amostra:


80% 1,28

85% 1,44
Tamanho da amostra =

90% 1,65

N = tamanho da população
e = margem de erro (formato decimal)
95% 1,96
z = escore z (é o número de desvios padrão entre
determinada proporção e a média.
p = É a proporção que esperamos encontrar. Como
regra geral, usaremos p=50% se eu não tenho 99% 2,58
nenhuma informação sobre o valor que espero
encontrar.
Survey
Tamanho da Amostra - Exemplo
Fórmula para cálculo da amostra: Grau de
confiança
Escore z

desejado

80% 1,28

Tamanho da amostra = 85% 1,44

90% 1,65

N = tamanho da população = 41700 95% 1,96


e = margem de erro (formato decimal)
z = escore z (é o número de desvios padrão entre
99% 2,58
determinada proporção e a média.
p = É a proporção que esperamos encontrar. Como
regra geral, usaremos p=50% se eu não tenho Tamanho da amostra =
nenhuma informação sobre o valor que espero
encontrar. 381 questionários
Survey
Taxa de Resposta
Nem todo mundo que receber seu questionário irá
respondê-lo

A porcentagem de pessoas que de fato respondem


um questionário quando o recebem é chamada de
taxa de resposta.

Estimar sua taxa de resposta ajuda a determinar o


número total de questionários que você terá que
enviar para obter o número necessário de
questionários respondidos.
Survey
Taxa de Resposta
Taxas de resposta variam enormemente de acordo com uma variedade
de fatores tais como: sua relação com o seu público alvo, o tamanho e
a complexidade do questionário e até mesmo o assunto do
questionário.

Segundo Marconi; Lakatos (2006, p. 203), em média, os questionários


expedidos pelo pesquisador alcançam 25% de devolução.

Para questionários online em que não há relação alguma com o


respondente, uma taxa de resposta entre 20 e 30% é considerada
altamente eficiente. Uma taxa de resposta de 10 a 15% seria uma
estimativa mais segura ou conservadora caso uma população nunca
tenha sido abordada (SURVEYMONKEY, online).

Disponível em: https://pt.surveymonkey.com/mp/sample-size/ Acessado em: 22 Ago. 2018


Survey
Taxa de Resposta
Então, para quantas pessoas devo enviar meu questionário?

Razão entre a amostra e a taxa de resposta.

Amostra
Taxa de resposta

EXEMPLO:
Assim, por exemplo, se precisa que 381 respondentes para uma pesquisa cuja
população seja o efetivo da PMMG e cerca de 25% das pessoas que receberam o
questionário deverão, de fato, respondê-lo, então precisa enviá-lo a 381/0,25
policiais, ou seja: 1524 pessoas.

Disponível em: https://pt.surveymonkey.com/mp/sample-size/ Acessado em: 22 Ago. 2018


Survey
Instrumento - Questionário
Questionário é um instrumento de coleta de
dados constituído por uma série ordenada de
perguntas, que devem ser respondidas sem a
presença do entrevistador (MARCONI; LAKATOS,
2006).
Junto com o Questionário deve-se enviar uma
nota ou carta explicando a natureza da
pesquisa, sua importância e a necessidade de
obter respostas (MARCONI; LAKATOS, 2006).
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico: procedimentos
básicos, pesquisa bibliografia, projeto e relatório, publicações e trabalhos
científicos. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Survey
Instrumento - Questionário
Preocupações ao formular um questionário :

- O que se quer saber? (PROBLEMA DA PESQUISA)


Um objetivo bem delimitado torna mais fácil a formulação de
questões mais claras. É necessário, portanto, verificar se os
dados que o questionário vai trazer são pertinentes ao tema
da pesquisa, considerando que o questionário é apenas
ferramenta de coleta de dados.

- Qual o público-alvo?
Idade, condição socioeconômica, padrões culturais, região
geográfica e nível de escolaridade, por exemplo, devem ser
analisados para adaptação da linguagem
Survey
Instrumento - Questionário
Processo de Elaboração
Organização: tipos, ordem, grupo de perguntas,
formulação.
Conhecer o assunto: o pesquisador deve dividir
o assunto numa lista de temas e elaborar 2 ou 3
perguntas para cada um.
Os temas escolhidos devem estar de acordo
com os objetivos geral e específico da pesquisa.
Survey
Instrumento - Questionário
Processo de Elaboração
Se for muito longo causa fadiga e desinteresse;
se curto demais, corre o risco de não oferecer
suficientes informações.

Referência: conter de 20 a 30 perguntas e


demorar cerca de 30 minutos para ser
respondido (não é fixo).
Survey
Instrumento - Questionário
Pré-teste:

Depois de redigido, o questionário precisa ser testado antes


de sua utilização definitiva, aplicando-se alguns exemplares
em uma pequena população escolhida.

A análise dos dados, após tabulação, evidenciará possíveis


falhas existentes: inconsistência ou complexidade das
questões, ambiguidade ou linguagem inacessível, perguntas
supérfluas ou que causam embaraço ao informante...

Verificadas as falhas, o questionário deverá ser reformulado.

O pré-teste pode ser aplicado mais de uma vez.


Survey
Instrumento - Questionário
Pré-teste:

Serve também para verificar se o questionário


possui três importantes elementos:

- Fidedignidade: qualquer pessoa que o aplique obterá sempre


os mesmos resultados.
- Validade: os dados recolhidos são necessários à pesquisa.
- Operatividade: vocabulário acessível e significado claro.
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:

Quanto à forma:
- Abertas
- Fechadas
- Múltipla escolha
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:
Questões abertas: também chamadas de livres ou não limitadas,
permitem ao informante responder livremente, usando
linguagem própria e emitir opiniões.

Possibilitam investigações mais profundas e precisas, entretanto,


apresentam alguns inconvenientes: dificulta a resposta ao
próprio informante, que deverá redigi-la, o processo de
tabulação, tratamento estatístico e a interpretação.
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:
Questões fechadas: também chamadas limitadas ou de
alternativas fixas, são aquelas em que o informante escolhe uma
única resposta dentre duas opções fixas, via de regra.

Este tipo de pergunta, embora restrinja a liberdade de respostas, facilita o


trabalho de tabulação.
Dicotômica Tricotômica
Você acha que deveria ser permitido
Você acha que deveria ser permitido ou
ou não aos divorciados mais de um
não aos divorciados mais de um
casamento?
casamento?
( ) Sim
( ) Sim
( ) Não
( ) Não
( ) Não sei
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:
Questões de múltipla escolha: são questões fechadas, mas que
permitem uma série de possíveis respostas:

Perguntas com mostruário: “tipo leque”. As respostas possíveis


são estruturadas junto à pergunta, devendo o informante
assinalar uma ou várias delas.
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:
Questões de estimação ou avaliação: consistem em emitir um
julgamento através de uma escala com vários graus de
intensidade para um mesmo item. As respostas sugeridas são
quantitativas e indicam um grau de intensidade crescente ou
decrescente.

Qual a capacidade da propaganda Qual sua percepção sobre a


eleitoral influenciar no seu voto? qualidade do seu serviço prestado?

( ) Baixa ( ) Excelente
( ) Média ( ) Bom
( ) Alta ( ) Médio
( ) Ruim
( ) Péssimo
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:
Questões de estimação ou avaliação
Escala de Likert - Dentre as várias escalas existentes para medir
atitudes, uma das mais utilizadas em pesquisas é a escala Likert.
Foi criada pelo educador e psicólogo Rensis Likert em 1932,
quando recebeu seu Ph.D. em psicologia pela Universidade de
Columbia.
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:
Questões de estimação ou avaliação
Escala de Likert
Uma escala tipo Likert é constituída por questões que o
respondente além de concordar ou não, apresenta o grau de
intensidade das respostas (CUNHA, 2007; ALEXANDRE et al.,
2003).
Survey
Instrumento - Questionário
Classificação das Perguntas:
Questões de estimação ou avaliação
Escala de Likert –
Oliveira (2001) aponta como vantagem da escala Likert:
- o fornecimento de direções sobre a posição do respondente
em relação a cada afirmação

desvantagem da utilização desta escala


- que está associada ao problema de interpretação, devido às
diferentes opções de resposta, que acabam confundindo o
respondente.
Survey
Instrumento - Questionário
https://pt.surveymonkey.com

Google Forms (Formulários Google)


https://drive.google.com/drive

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