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° 2011 feces oes (isaac lol. P 207 | 8.36, 0.182, INS 1. Consiveragoes Ao tratar do tema da igualdade nto ambito do processo civil, Camelutti afirmava que “a desigualdade, por desgraca, constitui nio a excecio, mas a regra’.! O perfeito equilibrio entre as partes seria uma raridade, E as imimeras raxbes de desigualdade entre elas influiriam, com frequéncia, sobre a efiedel, do contraditério.* Longe de ser um problema hoje resolvido, a questo trai. dla por Carnleutti assume, atualmente, especial relevancia. E que, no Estado Democritico de Diteito, mult se tem falado acerca do contraditéro, 0 qua, inegavelmente ¢ o principal pilar de uma concepeto democritica de processo, Porém, sem a utilizagao constante de mecanismos que visem a diminulr a de. sigualdade dentro do processo, ndo 36 o contradit6rio, mas também os demais direitos fundamentais que formam o denominado processo justo, correm o ris co de se tornarem artificiais? e ‘ao das partes no processo.* ufictentes para assegurar a efetiva participa. 1 Ganenir, Francesc, Ess de dercho pres, Ta,Sanago Sens Mento. Buenos Aires: Ejea, 1952. vol. 1, p. 97. i 2. Camseurn, Francesco, Derecho y prceto. Tid. Samago Sens Melend, Buenos fires: Ee, 1971 . 294, Conforme Cars, “ens que em ene a she ques raise dexguldae ent as pares sinfnine ve enn fqalibode oes ee chs ¢ malta do ques polracce Rie oi atc ou simple ita ou existe de crpulon mien cee ce aioridade de defesoy sto rates mua iequentes ute ne do contraditério” (Idem, ibidem). ai % Conforme Rui Portnova, “sem que as pares estejam em gualdade de condicoes de Postular seus direitos, ocontraditrio ¢ uma farsa" (Pomtanova, Rui. Princes do Porto Alegre: Liveria do Advogado, 2005, p47) 4. Segundo Calamandrel, “ndo basta que diant do juis eter duas partes em contra- to, de modo que o ju a5 azdes das duas; mas ¢necessério também em condigio de paridade nao meramente {que pode querer dizer meramente te6rica), mas que exista entre eles umes r igualdade pretca, que quer dizer parade téencaetaruhém patidade econo: | j i } | doa distribuicdo dinamica dos onus probatorios, os prazos processuais dife- renciados para a Fazenda Piblica, as tutelas de urgencia eas chamadas tutelas espectica. No presente trabalho, as desigualdades processuais serio analisedas em face do modelo cooperative de processo. A idela central, portanto, ¢a de demor rar como 0s deveres de cooperacio do juiz para com as partes podem servir como elemento redutor das desigualdades no processo. Para tanto, ¢ impres- indivel, em um primeiro momento, definir a ideia de igualdade com a qual sera desenvolvido o tema. E o que se passa, de imediato, a fazer, 2. DA IGUALDADE NO EsTabo LiberAt CLASSICO A IGUALDADE No Estado. Democrénico ve Diretro 4s concepebes adotadas acerca do igual e do desigual resultam na estru- ture da propria sociedade e do seu Direito.* Isso para o processo tem reper- cussoes muito relevantes, uma vez que 0 processo civil reflete a organizagao politica em que esta inserido,” a qual tera um efeito imediato na distribuicao de poderes de direcio da causa entre as partes € ojuiz.* Assim, o conceito de mica” (Catananons, Piero. Processo e democraciza. Opere Guridiche, Napoli: Mora no, 1956. p. 680). 9. A nogdo de um presence ensalo, 6. Rosa, André Vicente Pies. Igualdade. In: Baanir0, Vicente de Paulo (coord). Dictond- Tio de ilosofia do direto, Sto Leopoldo: Unisinos, 2006. p. 456 7. Conforme Angela Espindola: “trtar sobre jurisdicdo, sue concepeo € sua funglo & também diseutir sobre o perfil do Estado. Antes de se defender um sentido de jrisdi 0, € preciso observar o Estado que se possui” (Eseinvoua, Angela Arado da: Superazao do racionalisino no process civil enquanto candi de posi lo cooperative de processo sed melhor delineads no item 4 do 1a desconhecida e constrairo dro processual civil do Estado Demooratico de Direito. Tese de Doutorado. S20 Leopoldo, Universidade do ‘Vale do Rio dos Sioos, 2008. p. 93). No mesmo sentido, Maknont, Luiz Guillerme, preciso navegar em direo & 2. ed. Sto Pavlo: Malheires, 1996; Dasuucse, Mitjan ca del process, Trad. Andrea Novas linhae do processo iia ¢ del potere~ Analist compar € Fabio Rata, Bolagos: I Mulino, 2005. 8, Danaea, Mirjan R. Op. cit, p. 38, 43 PRoceEssO, IGUALDADE E COLABORACAO Os deveres de esclarecimento, prevencao, consulta e auxilio como meio de reducdo das desigualdades no processo civil ‘ Icon Raarz 00s SaNtos Especialsta em de bireto Processual (Ghi~ ABDPC: Mestre em Dieta na Unisinos Assessor de Oesembargadr no TRS, ‘sx 00 Deen: Processua Ci versosenfoques no sbito ch bings 2s corsaquence the fundementa fundsmentalagardade de right to equal conditions between the litigants tes. 0 ate do presente is raised The moto of this paper isto address trabano € ode tratar da reducio dos desigual-- the reduction of inequalities inthe tt process aes do processo a partir dos deveres de coo- though the duties of cooperation assigned to Pergo dos ques esta incumbindo ojuz frente the judge before the igants Thus, promet Ss partes Dessa forma apromogsocaigualdade equality in the cil process doesnot incr in the no care o rc de descambar em arbitareds- danger of reveling an arbitrary ato affecting es Oude comprometer a imperciidade do juz, the mparisty of te judge, because it ecencs 13 medida em que os referidos deveres devern Ser apliedos indisciminadamente. tendo como reflea,conforme 0 caso, a redugan da des- ualdades no process el Paunnns-cunve Paridade de condigbes -Deve- _Keenowast Pasty of conditions ~ Duties of 'esdecooperasza~ iqualdade cooperation ~ Equality be Paocesso 2071 ® RePRo 19: Jgualdade que presidiu os primordios do Estado Liberal nao pode ser 0 mes. ‘mo que constitulu o Estado Social e, muito menos, o Estado Democriticn de Diteito? AA forma como a igualdade vem concebida no Estado Liberal Clissico tem origem no reptidio as desigualdades que marcaram 0 Estado Absolutisa." valorizagio do individuo em razdo de sua origem e classe socal, junto de acen- os Privilégios existentes na epoca, formaram o ambiente propieio para o Alorescimento da ideia que os homens deveriam ser tratados de forma lgual. Ao ser proclamado, com a Revolugdo Francesa, que 0s homens nascem e per- ranecem livres ¢ iguais em direitos, se est, portant, suprimindo os privlé- gios do clero e da nobreza, sendo acertado dizer que “antes da tevolurto, os franceses eram muito mais desiguais em direito que na relidade, enquanto Gut com a revolusdo se suprime a desigualdade em direitos, porém nto na realidade’. Nao se tratava, pois, de verifcar se os homens eran, em essencia, 'guais. Importava apenas que a lei hes desse o mesmo tratamento,” garantin. do, assim, o ideal da igualdade.* 9. Ross, André Vicente Pires. Op, cit, p. 457. 10. Segundo Carlos S. Fayt, no Estado Absolutist, “os valores vinculados a ondem ¢ a seguranca cram considerados mais importantes que a liberdade. A bugucsia recites, a estabilidade de protecdo para relizar suas atividades. A ordem serena lograrse mediante a concentragia do poder as lo parlamento, po. sem esses poderes deveriam ser, por natureza ilimitados, Sem autoridade ihiminde g {governance estavaimpedide de impor a paz assegurara ordem. Os valoessuprenes So, assim, a pa, a seguranca, a order. Os desvalores, por conseguite,a rer. anarquia, a desordem* (Fart, Carlos S. Ei abslutisma. Bucmos aire: bi ‘Omebe, 1967. p, 21). 11, Rosa André Vicente Pires. Op. cit, p. 457. 12, Panui, Jose Maria Rodriguez. Histor Revolucion Francesa 8, ed. Madd: UCM 13, Ross, Amdté Vieente Pires, Op. cit, p. 458, coma-se uma garantia aoe cldaddes é bem tetratado por Paulo Fereira da Cunha “no plano feuais, as trevas de velhos direitos escritos em papéis gat eados pesadisstmos, todos parecem ser, na {el pensamento juridico: de Herd arial Complutense, 1996, vl wala 1.304 m-flo preses com ex # ito se aparentam com as grlhetas dos condenads que io, direito¢ wtopl: do juridico-con cional nas utopias polities, Coime ra Ed, 1996. p. 334), | | j | | cettennnstannntntteae os os homens no nascem iguais ema forca, em riqueza, em inteligenc ia, em espirito ¢ em talento: mas as desigualdades desaparecem perante ‘uma abstragao das caracteristicas reais das pessoas, o que se dé, no nediante ao reconhecimento de direitos iguais para todos."” A 3. A concept formal da igualdade revels od sun pune com odsenvahimento Litas Mok pics Umactoaes ai qersacomee ty gota trie que del decorion vol cinhesprinctpas to qpal haa um clo wlreao d ato desta oe da ofl el, integrate ent 4 convicgto de que o Estado ndo pode arr disting eure os sue is 9 # esto a ps ec esto Iga: Sendo oun igus, devemserconsitrados como igus 7 co da et Eas conepetoserd charade de igualdae formal fguldnde rent ae onigiadeprante se Ros, nde Vicente Pte Op. pars) 16, Jou, Oe. Le principe eat devant ll en dit allemand Pas sono 2, 1992 p37 ue imac istic tere al est 11. Cans, Jus Ramen. Frit prokld: una aprosimaci diodes derecho y del estado, Madi: Trott, 1997p. 13. Ao al Juric polite da moderidade juan Ramon Capea aia qu peragBernecessras pars concer os membros da popuagae com des sicas esas sas, Anda que todos 3 sade ho (ro ela ares igual conte tm siste em prescindlir de todas estas qual fave pose mento dept vast de sus guaiades como seres humanos para asumito papel decides te preinde una segunda opraio de doar «ests ses Sem {sum reyatinento de dbeton Rouen» dacs des cad cos (.) part set cladios oe sere humanosj despa de fever de uns los eden a Der mao seoioas Sige revestem de cit, p. 113) 51 52 Fens 0 Procsso 2011 » RePeo 192 ] leracdo as diferentes posicdes sociais" pois o nas no sentido formal.” lo Liberal, que era regido exclusiva. Fr gue a sociedade se desenvolvesse sob umm ass mente pela Tei, acabow por transfigurar o seu proprio objetivo de garantir a Tegal ou mediante a protecdo de uma lei que, sem tratar de m liberdade, O exereicio de na pratica,estava, na desiguais, tornou os iguais em came ¢ o3s0 mais desiguais ainda” * Nao havia, rmaioria das vezes, submet sroprio modelo po- por conseguinte, como dar vida a uma sociedade igualitéria.® 20 € econdmico, 0 que Nelson Saldanha, a “desnaturara ideia lberdade por dara deixa para a famosa pergunta de Proudhon: ‘Oa est la erte du non proprietaire?’ (Onde estéa liberdade do no proprietatio)?"™® A lei era, pois, mpregnada,na sua essenca, pela generalidade, visando assegurar 8 imparcialidede do poder frente aos cidadaos, que, por serem “igus iam ser tratados sem discriminacao" - somente insecamente igual para todos! ire os individuos. Afi- hha uma propensio em is”, deve- do ser chamada de lei Facto, no objetivo de passividade, 0 que da az0 & Ientidao e ao abuso, uma vez que as partes e seus defensores tornam-se srbitros praticamente famente com essa posicgdo passiva do juiz, 0 processo resta infenso a valores, refletindo a neutra- lidade do Estado, co todas as possiveis ideologias e, em ido como um ga na Sociedade de Estas da Prussia, por exempl ‘marcada por uma acen- twada desigualdade. Nese sentido, Ch ; Wiollscliger, firma: "Parte essencial dos privilegios arstocraticos rao foro privilegiado dos trbunais superiores, At desioms og nobres ser acusados, a fim de ter assogurado o julgamento atreves de sece Belo menos, de juises com formagio adequadt Para os processes contrac ram competentes os tribunals de primeira instincia(oibunals das cided, 4 (aibunais rurais da co: Segundo os estados podia permit esclaece Danguesa através de comparagao do volume ores e nos de prime se distribuia de igual forma dos nal, a exigen dia de certeza juridicae o acolhimento do principio da igualdade abstrata das Dé-se primazia & tutela pecuniaria, uma vez que, sendo todos os bens iguais, poderiam ser transformados em dineiro, restando impensivel uma tutela especifica® No ambito da prova, esta € distribuida de forma esttica, tes nobres ow dos processos nas tribunals supe~ 4 prestagdo da justia, por parte do Estado, nao sas camadas da sociedade estruturada por esa vas sto ainda agudizadss pela qualificacdo totalmente avidos de Jutzes nobres ou com formacao Juridica, fornecam nequele ores cond 2. #0 competente do direito, (.) Quanto menot era o rectao a i restagio a justi que ofereci. Pelocontriro, a eerta nos tk rethor ai onde a nobreza dela mais necessitava, A compet 3 _genizaczo de Michelangelo Bovero, Trad, do direitoeram directamente proporcionais® (Wou sents ee +, 2000. p. 299. na prestagéo ds justigae n frequéncia dos processos civis na so. 26, 27 Carlos Alber Alvato de. Do forms 2 ed. Sto Paulo: 2003, p. 41, 28, Suwa, Ovidio A. Baptista da. Sto Paulo: Ed. RT, 1997. p.1 29, Ouvema, Carlos Alberto Alvaro de. Do formalismo..cit, . #3 30. Conforme Luiz Guilherme Marinoni, "se todos sto iguais-e esa igualdade deve ser preservada no plano do contrato nd ba razto par a {incisive do juiz diante da inadimplemento, para espectfca (ou 6 adimplemento in natura). Seo principio da igualdade formal atua da 19, Maninom, Luiz Guilherme, Técnica proc 2004, p36. 20, Saunaniia, Nelson. O que ¢ 0 Liberalismo? ‘tudes de drt pabicoetoria po Manson, Luiz Guilherme, Curso de proces Ed. RT, 2006. vol. 1. p. 27 22, Zaonenersey, Gustavo, El derecho di Gascon Abellin, Madrid Fd sdieao e exeeugto na tradigao nmano-candnica, 2. ed Ley, derechos, Justicia. 3. ed. Trad. Marina supe assegurada a cucela Tress, 1999, p. 29, imnobilidade, encampada no art. 333 do CPC. justamente um processo ch sabilidade frente &s partes, seja no andamento do processo, seja na ay do direito. Doureiin Nacions Estes sao somente alguns aspectos relevantes do proeesso Estado Liberal Classico. la, © que corrobora um regime de irrespon. ido Social, comecam a avultar algumas mudangas, na medida Apattir do em que a igualdade deixa de ser apenas um ponto de partida, para ser, também, uum objetivo a ser alcangado. Os homens no s6 tém o direito de sere ato € do processo, o juiz somente poderia conferit 20 ‘angio pecuniria teria a funcao de igualizar os bens ¢ lusive os bens ~ 0 quais p " para pensar em tutela espectfica, No dite ss necessidades, pos, se fo em cuidar de mancira diferenciada deter dessa forma, a incorporacio efetiva da questao da igualdade como um 105 0 seu efetivo goz0" (Técnica Soctie de do proprio a ser buscado, garantindo juridicamente as condicdes mi Majo, “na doutrina juriica do oi ‘oda prevalencia da condemnato pecuniara (.). Ho da reintegragao in 61). Segundo Adolfo Di a, formas de satis x igstssimas doutrinas do nus dinamico da prova eda sit probate dabolica. In; Fux, L (coords). Proesso e C osa Moreira, Sao Pal: Ed Conforme Mowresau s Nake Juton, Nelson; Axsuma Ace Wat io: estes em homenagem ao Professor jose Carles Ber ‘spublans ¢ anced contigo apo Ro ocr srs nanos gue ‘nem seu rigor” (Monresquieu, Bardo 5 97. Cleo Os eran ocd lhe, nao asst sen tm que vivemos dre sobctae Jo Fence trad do pode ‘to das Leis. S20 Palo: Essa concepgio de u ‘oncebica. Com a Revoluci #que é uma classe almente técnica, amancira Julgasse contririo sos ideais da revo. baseando-se em Platdo, mas F 0 sistema da separacto dos podezes, ps tratados sualmente, mas também de se tornarem mais iguais. Ganha destaque ac le igualdade material, concebida no sentido do tratamento diferenciado a evita oaprofundamen- a de situagbes concretas dessemelhantes, tendo ern vi wo das desigualdades realmente existentes na sociedade,” Com 0 advento do Estado Democratico de Direito a igualdade ¢ assumida como um objetivo do proprio Estado. Nao basta a limitagao ou promogao da atuacio estatal, sendo referendada a transformagde do status quo." Tem-se, sistemas jurtdics da Europa eda America Latina, Trad, Cisso Casagrande. Porto Al Safe, 2009; Tan =o problema da lade profissional, es (.) 2 doutrina dares ea patologia ‘momento logico no raciocinia judicial. A sua nica, técnica, rigorosa das regras pré-c des ~ ndo delxa espago nem para © poder decisios ravés dos melos de impugnagia (..) 0 juiz ulado 2 uum rigoroso dever de obedienciae de lealdada nos confrontos com © soberano (.) mas a soberania ¢ incompatvel com a responsablidade: 0 juz functo nario ndo € responsivel frente &s partes, mas somente frente ao soberano” (Pica Nicola; Grou, Alessandro. La vesponsabitta del giudie, Milano: Giutfre, 195. p 10-15). idré Vicente Pites, Op cit, p. 459. Dra, Guitherme Machado. O sentido juridico do principio da igualdade: perspectiva luso-brasileira, Revista Brasileira de Divito Constitucion Moaus, José Luis Bolean de; Srazce, Lenio Luiz, Ciencia po do, Porto Alegre: Livraria do Advogaco, 2000. p. 91 teora gral do ester 56 Revs oe Procsso 2011 # RePRo 192 cere Pee aura Naconat ida ao cidadio ea comunidade.”” Ha, por assim dizer, uma sintese das feses anteriores (Estado Liberal de Direito e Estado Social de Diteto), “agregande construgio das condigdes de possibilidades para supriras lacunas anteriores representadas pela necessidade do resgate das promessas da modernidade™.” A ‘gualdade vai, entao, concebida, consoante o préprio Preambulo da Consttus ‘so brasileira, como valor supremo a ser assegurado no Estado Demmocratico de Direito, Ganha destaque a concepcao material de igualdade, sem descuidar-se dla igualdade formal, vindo ambas a bazar a conformacto do processo civil 4 perspective esttia da igualdade, portanto, toca diretamente ao le seve impossibltado de edit leis que poss mento de- Sigua a skuagOesiguais ou trtamento igual a situagoes desiguas " Mans se sce estabelecerdiferengas de tatamento sempre que howver wine yoke Cjeao objetiva e razodvel adequada @ uma fnaidade-" A igualdade, coacan to dever de tatamento igualitaro, poranto, s6 surge quando, pats elec determinada fnalidade, os sujeitos s4o comparados por erteriosrelevantes ¢ ongruentesrelativamente&fnaldade em questao No entanto, nem sempre € possivel atingira igualdade no processo me- ciate Formulas abstratas. Por mais que legsladortenteestabelecer condi, 3. 0 DIRETO FUNDAMENTAL A IGUALOADE NO PROCESSO cv O dircito fundamental a igualdade (art. 5%, I, da CF/1088 e art, 125, CPC) apresenta-se no processo em duas perspectivas. Do ponto de vista e Lico, diz respeito a estruturacto do processo, 0 qual devers ser organizado de forma isonomica, evtando privilégios ¢ corigindo eventuals desigualdades « partir da previsao de técnicas processuais que poss Perspectiva dinimica, por sua vez, a igualdade relacioma-se adireeao do pro cesso, que deverd assegurara paridade de tratamento as partes *® Ido “Martos, Sergio Luts Wetzel de. Devido procesto legal e proto de direitos. Porto Ale are: Livraria do Advogado, 2009. p. 210. les del proceso. Bercelonat J. M. Rosch, 42, Pico 1 Junoy, Joan, Las gorantas const 1997. p. 132. 45, Amu, Humberto, Teoria da igualdade tribwaria, So Paulo: Malheitos, 2008. p. 42 Conforme Humberto Avila “a igualdade preserva so se completa quendo estao pre sentes os seguintes elementos: sujeits, critério ou medida de comparacio, elemento indicarivo da medida de comparacio e finaidade. A igualdade ¢ «relacdo ene esses ~ a clementos (..) a igualdade pode, portanto, ser defini relagio entre 37. Idem, p. 94 dois ou mais sueitos, com base em medida(s) ou crit por meto de elemento(s) indicators), que serv 38. Siatce, Lenio Luis. Hermenéuticajurtdicee (om) crise: wna exploracdo hermendulca da construc do areto, 6, ed. Porto Alegre: Livatia do Advogsdo, 2005. 39, Awano pe Ouveia, Carlos Alberto: Mien, Da ageral do process civil pare geral do di vol. 1, p 33 4%. Relatvamente a estrtura do processo, podem ser colhidos alguns exeimplos men ‘tonades por Barbosa Moreira: “assim, por exemplo, as regras sobre mpenineree ¢ suspeisio do juz (ars. 134 135) inspiramse, 8 evidencia, no propo de ovnee i ' ; } 7 | 4 i } i i { j Sp cei sates me eee ' 1 i | ‘ i ' | i | | de processo civil: teoria comparagio(..) 0 essencial¢ que sem wma diferenca real, concretament processual civil. $a0 Palo: Alas, 2010. = a diferenciagdo normativa € arbitra. (..) No entanto, nao basta ter existéneia pata ida. E preciso que, alem disso ela sejapertinente ‘a finalidade que justifica sua utliagia (..) Pata saber como comparsr dois sueltos € preciso, antes, saber finalidade da comparacto. (..) A medida de comparagzo uth lizada s6 pode ser aquela que mantenha uma relagao de pertinéncia com a fnalidade useada pela diferenciagio(..) A questi da igualdade sé se completa com a inrodu= 80 do elemento indicativo da medida de comparacdo e com a exigéncia de (47) relagio de congruencis nao so entre ele ‘comparacio, como entre a medida de comperacao (op. ct, p. 42-48). Adotando ara o tratamento da igualdade, especificamente para 0 proceso ‘outa perspectva ps Francisco Glauber Pessoa Alves enumerates criterios para averguat se etd ba vendo ou nao quebra de igualdade no processo: (a) o primeiro¢ elemento tomado ‘como fator de desigualagio;(b) 0 segundo € a existéncia de correlacio logic sbatats > erigido em critério de discrimen e a disparidade estabelecida ‘dco diversficado; (c) 0 tereeio € a consondncia desta correlagio logica com os interesses absorvidos no si (Aww, Francisco Glauber Pessoa. O prin br que medida de comparagio se tigantes gozar de favorecimento presu LO art, 333, parsgrafo Unico, I, averba de nula a convengto 11s da prova, quando torna “excessivamente dif *: busca a norma obstat ao rompimento do equilbrc entre to delicada materia, conforme ocorteria se 0 contratante mals nente impor © pacto, prevalecendo-se da situagdo de necessidade do uro,Espectalmente importante so os coroldis do principio em to que se relere a preservacio da garanta so contraditéro na atividade de instructor ort 998 exer ta de preceituar expresis verbs auditncia Go a sempre que qualquer das partes requeiraajuntada de documento ass awies socal do proceso civil moderno e o papel do juz e das partes na direcdo ¢ na do process, Temas de dieto processual. Sao Paulo: Sraiva, 1994.3 stre) 0 do io Jurtdco da iguadade e 0 process civil ro. Rio de Janeiro: Forense, 203. p. 242) 58 Resta os Proctsso 2011 © RePro 192 soes para diminuir as desigualdades, muitas Vezes € somente a luz do caso concreto que sera possivel aquilatar a medida da desigualdade entre as partes Isso ndo quer dizer que as normas abstratamente concebidas nao possam ser, vir de ponto de partida para promogto da igualdade. Porém, nessa perspectiva inamica, a igualdade estd diretamente igada & atvidade do juiz,* 9 qu omando as normas processuais como ponto de partida, passa a desempe- nhar um importante contraditorio nao se spel no afa de manter o equilibrio processual, Afinal, o ntifica com igualdade estatica, puramente formal, das partes no processo.** Ness perfil dinamico, costuma-se referir a igualdade como diveito funda- mental & paridade de armas, que, na ligdo de Trocker, co! lum aspecto da nogao mais ampla de um processo équo frente a um independente e parcial Parece mai tui nada mais que ‘ibunal adequada, de qualquer sorte, a adogio do termo paridade de condigées, dada a advertencia de Barbosa Moreira, no sentido de que a expressio paridade de armas denota, com forga demasiada tum concepeao de processo como duel," Exige-se, ness linha, que as partes sejam postas em absoluta paridade de condigbes,* ce modo que ambas tenham tagdes.”” Nao significa, entre ‘1m que as partes estiverem diante da mesma realidade, igualdade de si lidades de atuar e também de estarer sujeitas 2 mesinas . Paridade absoluta, mas, sim, na medida 1agdes Processuais.° O importante ¢ que diferengas eventuais de tratamento sejam Jostificaveis racior * 6 46 47 #. 50, mente, a luz de eritérios de reciprocidade e de modo a Marres, Sérgio Luis Wetzel de, Op. ct, p. 210 Ganvoven, Ada Trocxee, N costituzione e il giusto proceso in ‘materia civile: profil generali, Rivista Trimestrale di Divito Provedure Cove 55/396 Batsose Monti, José Carlos, La igualdad de las partes en el proceso civil, Temas de direito processual. Sto Paul: Saraiva: 1989, 4 série, p. 70. note, Minanea, Jorge. Constieugfo e processo ci Basnoss Monsin, José Carlos, La igualdad ‘Naty Juwior, Nelson. Principe do processo ch ad. RE, 1999. p27 a Consttuicdo Federal. Sto Paulo evitar, sefa como for, qu pares” Tem-se adh porta um deslocamento do onus probandi, segunda forem as circunstancias ‘aso, em cujo mérito aquele pode cair, vg, cabeca daquele que esta em me- Inores condigbes tecnicas, profissionais ou fiticas para produzi-las, independen. te da condiggo de autor ou dk de determinada alegagao de fato nao tenha condigées de provar a sua veracidac proceder, garante-se aig ca dos Onus probatérios. distribuir de forma isonomica modo a p realizado um dizeito que se apresen sndado ou tratar-se de fatos constit -as0 a parte onerada pela prova 4 parte desonerada esteja em melhores condigdes de ass ide substancial através de uma distribuigdo dinar ‘Também, 0 instituto da antecipacao da tat peso representada pelo t 30 tenha de esperar o final do processo para ver muito provavel no seu tir que 0 autor Como forma de mitigar as desigualdades no processo tem-se enfatizado a necessidade de munir o juiz de poderes, exercendo, assim, um papel mais ativo* Nesse sentido, cobra-se uma participacao efetiva e conjunta 56 Caan, Mario, Proceso ¢ garanzie della persona, Milano: Gill, 1982. vol. 2, p. 19.20. 5 (orgs), Carga probatoras dinamicas. Santa Fe: Re. Dinzal Culzoni, 2004. p. 19-20. No mesmo sentido, ver Pexonso Gi, Ma Aesplazamiento del onus proband y la doctrina de las cargas probatorias Revista Electronica 1. Na dovtrina nacional, ver Canes, Artur Thompsen rico da prova~ Coleco Carlos Alberto Alvaro de Olivtra. Estudos de proces Ce ‘icdo, Porto Alegre: Livraria do Advogada, 2010, vo. 1. Dal’Aenos Jowion, A Janyr Distibuigdo dinamica dos onus probatoros. Revista Juridica 280/5-20, antes, Artur Thompsen, Op. ct, p. 86 (Ouveima, Carlos Alberto Alvaro de; Mi Conforme Luiz Guilherme Marinoni, “a técnica antecipads nada m ‘ca de distribuigia do onus do tempo do process. (..)" Nesse sen de que o tempo do processo € um onus obriga o leg ‘éenicas processuais destinadas 2 distrib lador fi posta no ine. It do art. 273, quando d tcipateria poderia ser concedida em caso de abuso dedi exo, Daniel. Op. cit, p.35, que wma téc- o,‘a percepeao 2 pensarem em Taruffo, en r Aroca de que tante fazer algummas consideragSes. Michel ‘ teselangada principalmente por Franco Cipriani e Mont discrepante da da condicao desigual de uma das partes.** A intensificagao «ste, no impeto de dirimir as desigualdades, nao acabe se tornando setores pontuais do processo ci ‘0 do dnus da prova,® em muitos um juis com poder PePio 192 entdo, que desigualdades repercutam no nao scria admissivel que se chegasse a uma submetida a julgamento to somente em razio igistrado, evitando que arbitrario, ese os relevantes esforgos doutrinarios no s como a questio envolvendo a dinamiza- dos Santos. Pores nsrutéres do jul. Sao Paulo: Ed, RT, ia, © autor afrma que “o procsso nao € um jogo, em que 6 tumento de justiga, com o qual se pretende tema. Consequentem de promover a igualdade material entte as partes, dado o receto mprometer sua imparcialidade. Ou entdo, quando exerce seus pederes em prol da parte que esté em situacdo desvantajosa acaba gerando igual des ainda maiores, favorecendo demasiadamente o polo mais fraco da re processual Por isso, a deta de um jutz ativo deve ter em mira a colaboragao deste com as partes, de modo que juz ativo nao signif passivos." E, sob este aspecto, na medida em que o processo passa no seu Amago a pauta da colaborack jente profievo para tornar menores as desigualdades entre os sujeitos processus, s © julgedor utilize elementos eminentemente subjetives. Isso 0 tornar ido de idades para colaborar com mpleta com a introducto da leance da verdade dam Aquestio apenas ida de comparagao © com, or via de consequéncia, do juizo de fato (.) Conver ina dos Gus probatérios © ‘mais aproximado possivel da verdad as partes” (op. cit, p. 8-85). (61. Baosa Mossi, Jos Carlos. Saneamento do processo ¢ audienca prel 40/127. Ainda conforme Barbosa Moi ‘nip tem como cont samento do papel das acliminagio, ou sequer a redugio, das garantias a que faze ponsabilidade que sobre las pesa” (Bakaoss Moneta, José Ci cit p. 147), 6 62 Resta oe Procsso 2011 * R&P 4. 0 moné.o cooPERATIVO DE PROCESSO: OS DEVERES DE ESCLARECIMENTO, PREVENCAO, CONSULTA E AUXILIO COMO MECANISMOS PARA & REDUCAO DA DESIGUALOADE PROCESSUAL 4, portanto, uma notivel imbricacdo entre igualdade e colaboracio, que tende a guiar a organizagto do processo, o que fol bem percebido por Eduardo Grasso em ensaio seminal a respeito do assunto.* O enfoque dado a materia atualmente pela doutrina permite melhor delinear essa relagao entre igualdade ¢ colaboracio, temiticn que ird permear as proximas linhas do presente en Na tradigio juridica liberal, 0 juiz, durante a instrugao da causa, estéacima das partes (super partes), no somente em razio da sua autoridade, mas sim. plesmente porque seria inconcebivel que o magistrado desenvolvesse atividade andloga, na substancia e objeto, aquela exercida pelas partes. E, nessa senda, 0 juiz teria o papel de moderador, atuara como um arbitro, restando exe 4 possibilidade de concebé-lo no mesmo nivel que os demais su 0 praces- De fato, caminhando pelo paradigma liberal do processo, é possivel situar- -se facilmente em um modelo no qual as partes s40 as figuras centais e 0 juiz uum personagem passivo e desinteressado." Afigura-se inegavel que o papel do Juiz €a sua relacto com as partes acaba variando de acordo com as ideologtas dominantes na organizacao do Estado. Assim, enquanto o liberalismo clissico, de inspiracdo burguesa, construiu um processo dominado pelas partes e ca. racterizado pela passividade do juiz,* as varias ideologias liberais, de caréter 62. Gansso, Eduardo, La collaborezione nel process civil, 21/580.500. 53, O que nto significa dizer, contudo, que a colaboracao: i Dirto Proessuale nas tenha 0 conde de pro- Em que pese no sjaalvo 3s fundamentals que com 0S espectos, também no ‘contraitério~a partir do dever a jrisdicional adequada © ditezo proceso e a aplicagio dos deveres de prevencio, esclarecimento e auxtl, 64. Guasso, Eduardo, Op. cit, p. 595, 65. Phino, Junior Alexandre Moreira. O regime procesval experimental pe 1asi7a, (66. Segundo Giovanni Tarello, todas as lepslages processuat Juma strie de principios, que dio lugar a um modelo processual togues, RePro ico, © qual, segun Dour Nacionat io ou de orientagao democrética e social concusiram a umn processo participado pela atividede do julgador* lar, portanto, com a questio da distribuicdo das posicdes das partes «edo érgio judicial,® mostra-se imperioso, no Estado Democratico de Direito, a adogao de um modelo de organizagto processual, no qual, seguindo a linha preconizada por Eduardo Grasso, o juiz desenvolva o didlogo no mesmo nivel das partes. Reclame-se, portanto, para equacionar problema da divistia do trabalho entre o juiz eas partes,” um modelo cooperativo de proceso,” » qual ensaio, cumpre destacar os seguintes: 2 demanda judi lar, que a pode jogar como quise, por fins privados, ainda q rho processo civil (Taat19, Giovani. I problema del nel primo quarto del secolo vigente codice italiano dt p 1, Re; ERLE process cl ori: sulla formazione del divitto processuale 980. . 15-17) ra de, Aspectos do novo processo evil portugues. RF 338/150. 18, Otivmna, Carlos Alberto Alvaro de. Do formalismo... cit. p. 134 69. Grasso, Eduardo. Op. cit, p. 609. 70, Basnost Morrie, Jose Carlos, O problema da “divisto do trabal "entre jure partes: 3 dene + concep de um modelo coopera il Milero na une de doorement. Segundo ost. c poco copealive pute daca que Evado tem co dver pmol pro. plcar condiges pars oprziao de una sosedade lesa slr, fndado {oe etna digeade ca pros homana, Indu, secede cl e nad cba or ocupar sim posites coordenadasO drctow ser eoneretado€ un Conta cm a urs pra tore were todo frame proven send nooncts Cima pers aaeto a dogo dacooperto ne proceso que implica desea ture necsartnente 4 esto de devs de cond nt paras pares come part ogo oslo Cdeveres de esclarecimertoconmts, reensto«wunlc)© ju em seu papel ‘elimenslonado scunindo una dla pote oss pare a conduao 0 proceso, no diioge proces, senda, cntad, simon quand dele Sncass A boule tse obervada no proce por tlos sess arlene ene ‘spurt, ene as pre eos eee outa ates), ea ow fae, ue se june subj parasealzagto de um proceso lel A vedade ainda que proces 21, ¢um obeve coe sence interna nequivocamente to proces, nde ente um local destaque 63 64 sto capazes de atingir o melhor resultado do processo, da ai do: rocesso, possi de Ges pars lo proprio érgio julgadon” dena de ser meio de lita opines Passando a signifcar,nesse ambiente de cooperacio, eonforme Anewin st Passo Cabral, um pressuposto do proprio julgamente do jutzo,"* “subs n. 2. 14. % % 7. 78 Douraix Nacionat a cooperacio fica na base de uma “comunidade de trabalho" entre as partes € dor.” Nesse contexto, o processo justo" deve ser um processo coopera formado pela boa-fé." tanto no seu aspecto subjetivo, quanto objetive se da constatacdo que nem as partes, nem o cooperacao, a necessidade de trabalhare ms a0 processo de forma ativa es 79. Gowan, Lucio Grassi de. A fungo legimador do subjetva no proceso cv bras. ReP 0, Conforme Carlos Alberto Alvaro de Ol do process justo plo da cooperagio inter inclo que ‘suas possiveis decisdes” ' formula ms cendrio demoersti- fornecendo um aspecto diseussivo ao p ional do didlo, FOcesso € c CCP/1986),& publicidade so da sentenca (art 93, IX, CF/1988), a assisten € 134, CF/1988) e duracao razosvel do processo( dai, fere-se nosso perfil constitucional de processo 4o processo cll e parte geal do direito processua ci +P. 28) 81, A propésito, Luigi Paolo Comoglioafirma que os direitos iandamentais do processo ——— Justo sto “os mais caros valores de civilidade juridica,colocados como bast do mo demo Estado Democritico de Dieito. Propries para salvaguarda efetiva daqueles va lores ~no quadiro geral dos direitos inviolaveis do homem, que cada Estado moderno ‘io eri, mas reconhecee garante— consente de dar corpo aos indelévets componentes 0s da propria nogio de justo processo’, fezendo assim que 0 individuo como pes, 508 sea sempre considerado 0 centro dos scontecimentos pessosis que o envolvemn, como sujeito de d tresses, persegui-l” (Colaborageo ‘Sto Paulo: Fd RT, 2009 p. 102), solidariedade e 4 paricipacao. ‘spectos contribuem para que s ‘odo que nao se excluer, mas se eomplerentens Cama, Antonio do Passo, Nulidades no processo moderne conn

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