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Diagramas de Esforcos Solicitantes Edgard §. Almeida Neto Escola Politécnica da USP 18 de Abril de 2012 Contetido 1 Determinagio dos Esforgos Solicitantes 1.1 Equagéos Diferenciais de Equilforio 12 Tracadio dos Diagramas de Estado por ‘Trechos 1.3 Carregamento Distribuido em Barras Inclinadas 14 Barras Curvas . .. tenes e8e 15. Vigas Poligonais Bidimensionais 16. Pérticos e Quadros Tri-Articulads L7_Vigas Poligonais Tridimensionais 1 Determinagao dos Esforgos Solicitantes 1.1 EquagGes Diferenciais de Equilfbrio pte) I + Pele ep Fig. 1: Trecho reto submetido a uma carga transversal Consideremos um trecho de comprimento infinitesimal d de uma barra prismética subme- tida a uma carga distribufda transversal p(z), Fig. 1. Sejam M, Ve M os esforcos solicitantes na segio A eaquerda do trecho e dN, dV e dM os acréscimos dos esforgos na secio & direita. equilibrio estatico do trecho indicado na figura fornece as seguintes equagdes: DR=0 {-wswany-o = av vA {v-par-(v +av) 2% 5 aM SMa & ‘em que o momento §(d2)? é de ordem superior e pode ser desprezado frente aos demais. ‘A primeira equacéo mostra que a forca normal é constante no trecho ¢ as demais podem ser expressas por {10+ vas—pas — (or sam) =0 oe enominadas epuacées diferenciais de equilério de uma barra rea. ‘As Eqs. (1) permitem determinar os esforgos solicitantesem barrasretassujitas @ qualquer carga p(z) contimia. Quando p(z) é nulo ou constante, as fungies V(z) ¢ M(z) so imediatas fos diagramas podem ser tragados a partir dos valores das fungbes nas extremidades dos techos sem a necessidade de explicitar suas expresses, Fig. 2 a al y rom ff : co ‘_— Fig. 2: Variagio dos dingramas de V e M. Exemplo 1 Determine as expresses dos es forgos solicitantes empregando as equagdes di- ferenciais de equilfbrio. Edgard 8. Almeida Neto [versio preliminar] Agosto de 2011 Souugio — Resolvendo a equacio diferencia! $f = —p(z), temos —wsen = aM dil og HZ hon 66, aCe) = EE cen + C40 4G ‘As constantes de integragio so obtidas a partir das condigées de momento fetor mulo ‘as extremidades, MQ)=0 > G=0, M)=0 > G=0. Loge, Dy. nf Problema 1 Trace os diagramas de estado para a viga em balango ao lado. 1.2 Tragado dos Diagramas de Estado por Trechos O cankesments de como oes states vasa nm treo de bara pont trageon or agraen de ex's pes els na sua neem Memo pares caepanens dio x Fe 3 pleat tga 0 daguan de omeaio se Catal ae eters Nase thon acum do moments ¢ ada por (a) = Pg 4 (Ma = Ma ce) -Bets (MEZA cm que Mg # Mp oo momen eos as ees extent lists de Bmpregando arose a hls oes endo agrann go sts pase © desenhe a linha tracejada ligando os momentos Ma ¢ Mp, lembre-se que os momentos fletores so desenhados do lado tracionado; + » partir do ponto médio da linha tracejada © perpendicularmente uo eixo da barra, ‘marque dois pontos no sentido de p distantes ©: Fig. 8: Trecho submetido a um carregamento uniforme, ‘* no meio do trecho, a parébola passa pelo primeiro ponto e a tangente & peralcla 8 linha tracejada; «nas extremidades, a parabola é tangente aos segmentos pontilhados que ligam o segundo onto aos momentos My e Mp » Exemplo 2 Trace os diagramas de J UTTTT forga cortante e momento fletor para 4 7 xy 2 Vign 20 lado. Fig. E2: Barra seta Sowugio i P {EEE tT +o SIL (45 ef ne * Fig, E21: Esforgos nas seqoes. Edgard $, Almeida Neto [versio preliminar] Agosto de 2¢11 Ra=5 ‘ ‘ , na { Rat-otxt & $ R= ; me, ent oe (omit) a {nto f LOE + Dingramas de efongos soictantes {Tig B21 iostrao elculo dee eforgoeslitants nas soles extremas dos trechoa Os momentos Ma,e Mp foram obtics trasferindo os esoroe pare ae egies correopondenizs. Conhecdas as formas dos dingramas¢ oe valores de txitemidade ramos os diagranascoforne a. E22, ‘+ Momento fletor méximo (© momento maximo ocorre na seco em que dM é V(2) =0, ou soja woe Fig, B2-2 Digramas de estado, Exemplo 3 Trace os diagramas de ae estado © determine a segéo em que i tua o maximo momento fictor posi- tip Fig, B3: Vign bi-apoiada. stn) Sowugio 6 reve | sim ot i > 7 Ko Loa ‘ = (HP =—) ass te Fig. BSA: Eoforgos ns sete. + Reags 1 {Rat Ro=6, na {6x25+6-Rax6=0, oN (oat) np {25x 6-0x3546=0, ‘+ Asetapas de construgio dos diagramas de estado (ou de esforgassolicitantes) estdo indicadas nas Figs. E31 € B32. ‘+ © momento fletor méximo ovorre no trecho entro as seqées a ¢ b da Fig, B32, 125m. Bdgard S. Almeida Noto {versio preliminar) Agosto de 2011 Fig. E32: Digramas de estado, Problema 2 Trace os diagramas de estado para a viga ao lado e determine os valores ex stem nije ae fremos do momento fetor. ft bor) Re Mao =44KN tm, Myig = —16KN mn, a BNE aim Exemplo 4 Trace os diagramas de Ie . estado e determine a segio em que aA te atua 0 méximo momento fletor, Fig. E4: Barra com carga linear, Souugio {Rat Rom —h, no { RaxTs6x5-+6-8044 802 Mrs = M(2,799) = 9,129. MO) = vie) Fig. E41: Bsforgos nas sogbes, > RA=-5KN, Rp = -9kN. (omit) a {0024548 x9-10x540%7=0 ‘© Célovlo do momento fletor maximo Ve@= 5+ 20 5 2a 250m, oe scutes et fora do itera page sxr4 St : 6 T3428 T4484 2=1,7%5m Mrsix = M(I,75) = 10,125 km Fig, E43: Maas em CB. Edgard S, Almeida Neto [versio preliminar] Agosto de 2011 Fig. B4-4: Digramas de estado. 1.3 Carregamento Distribufdo em Barras Inclinadas 1.4 Barras Curvas 1.5 Vigas Poligonais Bidimensionais Exemplo 5 Trace os diagramas de 7 eatado para vign poigonal da gues. 4 ES Vige poligonal sovugko » {Ha—aP =3P > Hy=aR, +{ Ra—P-2P—P4P-2P=0 > Ra=sr, a M+ Po+4Pat Pa-2Po+6Pa=0 + Ma=-l0R @ INm we 10 a? t+ typi J Fig. E5-1: Esforgos nas verdes. Exemplo 6 Trace os diagramas de estado para a viga poligonal da figura, Sourgio oP Fig. E6: Viga poligonal engastads. Edgard S. Almeida Neto [versio prefiminar] Agasto de 2011 u 2 = { Ho +3=0, He {<1 * He oo o 1{Rp-2-4=0 = Re=6N, ae ‘a of -Mo42x946-9x444x9=0 => Mp =30Nen, mon Exemplo 7 Trace os diagramas de Sl wine =i) cetado pera. vign polignal Bapol . ~ TTT] ‘ada 20 Indo. + . (verify Ap [90-94 +6x5-2x240+4x4=0. * t= im te * Fig. BT: Viga poligonal biapoiada, soweio ay ay Hy a t5en, 1{ Bathe = 50 out cineis tpese Rp= 18 5kNm, va { 80440450 4-45 x 15 Ra x5=0 Aawdiaiien (vert) wp { -80+31,5 5440-50 «1-45 x15 se = in 3 asisjo sh = as im tm a, e+ wo Iso os y{lt ese ws c+be +, He = = ns aeons ue Fig. BT: Bsforgos nas soqdes, @s Fig. B62: Digenas de tad, Taian Edgard S. Almeida Neto [versio preliminar) Agosto de 2011 : as. a 8s Fig. E7-2: Digramas de estado. Problema 3 Trace os diagramas de estado para a viga poligonal a0 lado. aw/m 13 at le 1.6 Pérticos e Quadros Tri-Articulados Problema 4 Trace os diagramas de estado para o portico tri-articulado da figura. Utilize a condigiio de momento fletor nulo na articulagéo ©, juntamente com as equagdes de equilorio para determinar as quatro reagées de apoio. 22. “ 1.7 Vigas Poligonais Tridimensionais ‘Nas estruturas reticuladas tridimensionais, 6 conveniente adotarmos a representagao vetorial ara of momentos na seco transversal. Desse modo, usarcmos frequentemente a regra da mio direita para tragar of diagramas de momentos iletores. tragado dos diagramas de forca cortante ¢ momento fletor requer atengio especial por ccousa da representagio simultanea de duas componentes, Adicionalmente, a convengio de sinal da forca cortante depende do observador e a forga pode trocar de sinal com a simples mudanga de diregio do eixo da barra, ue Exemplo 8 Trace os diagramas de estado para a viga poligonal ao lado. Souvcio Reagdes de apoio As equagées de equiltbrio permitem obter as reagGes no engaste. ® » Fig. 4: Reagdes de apoio: (a) inedgnitas, (b) valores obtidos, Edgard 8. Almeida Neto [versio preliminar] Agosto de 2011 Sacto A DeH0 (R=0 + R=0 Kw Ses Bs [abe OF eszic YA-0 {R,+2=0 3 Ry =—2kN Sesto Bs fl cto Yin-0 {-1+R,=0 = R= thn Yo Mor=0 (1K 2- 2x44 My = Mz =2kNm SoMpy=0 (-1x34M,=0 = M=31Nm YoMoe=0 (M.=0 + M=0 Esforgos solicitantes A Fig. 5 ilustra 0 emprego do teorema do corte para caleular os ‘esforgos slicitantes. As orientagfos das socéas transversais nas extremidades dos trechos ‘determinam o sentido de caminhamento ao longo da viga poligonal. No caso, as segBes foram percorridas na ordem A, By, Ba, Ci, C2 & D, 18} Os esforgos soliitantes esto indicados na frente das soqdes de acordc com 0 cami ‘nhamento escolhido. ») A idéia de perspectiva 6 roforgada pela representagio dos esforcos na secéo. ¢) A regra da més dircita deine os sentidos dos vetores momentos nas seqSes e deter rina o lado tracionado pelos momentos fetores. 4) Bsforcos em uma seco sio transmitidos para a socio seguinte juntamente com ‘sforgos aplicados nos trechos de barra e nés da estrutura delimitados pelas sog6es, €) Os esforgos solleltantes nas segSes Junto acs apoios devem estar em equilfbrio com ‘as roages nestes apoios, Diagramas de Estado No tragado dos diagramas de esforgos solicitantes algunas cconvengies devem ser seguidas, Fig, 6 8) Os sinais ovom sor indicados nos diagramas de N,V © Mz, mas devern ser omitidos no diagrama de M, ) A forga cortante 6 positive quando ela tende a girar a segio no sentido horrio. Se ‘2s orientagdes que definem 0 ponto de vista! no estiverem indicadas, considera-se fo ponto de vista da porspectiva ©) Os diagramas das componentes de V e de M si sempre tragados nos planos em que as componentes atuam. 4) Os diagramas de momento fletor sio sempre desenhados no lado tracionado das Darras. Wer inion do ponto de vista no Bvemmplo 9 @an Fig. 6: Diagramas de Estado. Eclgard . Almeida Neto [verséo preliminat] Agosto de 2011 rea 8 Esforgos solicitantes A Fig. 8 apresenta o eéleulo dos esforgos solictantes,obtides fa partir das extremidades lives da estrutura. As sogdes foram percorridas na ordem A, Cy; B, Cy; Cp, Dis E, Fi, Fas Dy eG. Exemplo 9 Trace os diagramas de estado para a viga poligonal ao lado. sowsio Reagies de apoio \ 3x “| : Fig. 7: Reagies de apoio: (a) inedgnitas, (b) valores, Fig. 8: Céleulo dos esforcos solcitantes nas segbes de extremidade Diagramas de estado Os diagromes sio construdos a parte dos valores nas segies cextremas dos trechos. As componentes das forcascartants © dos momentos fltares so 0 (R=0 + Re=0 sempre tragados nos planos em que elas atusmn, Ua forga cortante pesitiva tende = | ‘Sar uss nosetdo born de acodo com am pono de wate tabi, Quando DhH0 (38-54% = 3 Ry =28N | tide ponte de vata da pempectiva dove or wan (ast poban © pont de 0 {--1847-9494R,-0 a ita nda pos lhe’ eae como da pepo a Repare na Fig. 9 que as hachuras nos diagramas so usadas para indicar a directo | emo que so mettidos os valores dos esforgos solictantes. las ajudam na visualiaacio 0 {15x3-7%349x1,5+M,=0 > M,=~-37,5kNm contribuindo para o efeito tridimensional ° {axs+ {6x5415% E+ BXA-SKAEM, =O => My = —50,5kNm > M,=-90k%m Edgard S. Almeida Neto [versio preliminar) Agosto de 2011 19 G2) ka @iNm Fig. 9: Diagramas de Estado. Ey Exemplo 10 Trace os diagramas de esforgos solicitantes na barra EP da estrutura ao lado e determine o valor da méxima forga normal no trecho curva CD, ‘Means em mm Sowugio Diagramas na barra EF ‘A resolugio ¢ imediata se obtivermos os esforgos solicitantes na seco E e depots ealeu larmos of esforgos ua sexo F do engastamento, conforme mostra a Fig. 10, Segio B: (eonvengéo da Resisténcin dos Materiis) Neo T= 44x 100-8 x 100 Ve=4Nn Von 48+ 00mm aN +4 x 100 = 400N mm (tracions lado direito) ‘Uma vex obtidos os esforgos nus segSes, tragamos os dlagramas para o trecho EF. Medides em im Fig. 10: Esforgos solicitantes no trecho EF. Edgard S. Almeida Neto [versio preliminar] Agosto de 2011 a 2 Forga normal em CD ‘A expressto da forga normal 6 obtida a partir dos esforgos solicitantes na seciio C. De acordo com Fig. 11, 0 arco e todos esforgos neleaplicados estio contides no plano 22. Logo, Fig. 11: Esforgos solicitantes no trecho CD. [Apenas por curiosidade apresentamos os diagramas completos na Fig. 12. Fig. 12: Diagramas de esforgos solicitantes.

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