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b r u n o c ava

murilo duarte costa corrêa


[orgs.]

pensar a

séries de pop filosofia


e políti
ca
Copyright © 2018, D’Plácido Editora. Editora D’Plácido
Copyright © 2018, Os Autores. Av. Brasil, 1843, Savassi
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Plácido Arraes Tel.: 31 3261 2801
CEP 30140-007
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Tales Leon de Marco W W W. E D I TO R A D P L A C I D O. C O M . B R

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Catalogação na Publicação (CIP)


Ficha catalográfica
Pensar a Netflix: séries de pop filosofia e política. CAVA, Bruno; CORRÊA, Murilo
Duarte Costa [Orgs.] -- Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2018.

Bibliografia.
ISBN: 978-85-8425-xxx-x

1. Direito. 2. Filosofia do Direito. 3. Filosofia Política. I. Título. II. Autor

CDU340.12 CDD340.1
SUMÁRIO

E M A LTA 7

1. CRÍTIC A E CÍTRIC A 9
Bruno Cava
Murilo Duarte Costa Corrêa

S É R I E S D I G N A S D E M A R ATO N A 15

2. MR. ROBOT: C APITALISMO E ESQUIZOFRENIA 17


José Antonio R. Magalhães

3. DARK E A ESTÉTIC A DO ANACRONISMO:


OS ANOS 1980 SOB CUSTÓDIA 41
Marcio Tascheto da Silva

4. SORE GA ORE NO NINDÔ DA: NARUTO,


KAGEMARU E OS C AMINHOS DO NINJA 53
Jeudiel Martínez

5. THE WIRE: A METRÓPOLE ENTRE


MÁQUINAS E DESVIOS ABERRANTES 75
Alexandre F. Mendes
Luiz Felipe Teves

6. O EXTRATIVISMO IDENTITÁRIO EM BLACK MIRROR 99


Moysés Pinto Neto

7. UMA DISTOPIA PELA METADE 113


Ariel Pennisi
8. TWIN PEAKS: O PALÁCIO DAS CORTINAS 127
Bruno Cava e Julie Nunes

9. JEITOS DE INSTAURAR O REAL: DIREITO E


FICÇÃO EM AMERIC AN VANDAL 157
Murilo Duarte Costa Corrêa

10. “ESSES PRAZERES VIOLENTOS TÊM FINS


VIOLENTOS”: WESTWORLD, DIALÉTIC A
E A POLÍTIC A DA CONSCIÊNCIA 183
Allan M. Hillani

11. OZARK: ONDE A JUSTIÇA É IMPOSSÍVEL 201


Renan Nery Porto

ORIGINAIS NETFLIX 211

12. MERGULHAR NA NETFLIX: DUAS DÚVIDAS E UMA


TESE NA ÉPOCA DA SUBJETIVAÇÃO STREAMING 213
Andityas Soares de Moura Costa Matos

S É R I E S AC L A M A DA S P E L A C R Í T I C A 229

13.POR QUE FAZEMOS POP FILOSOFIA? 231


Bruno Cava
Murilo Duarte Costa Corrêa

CRÉDITOS 257
E M A LTA
CRÍTICA E CÍTRICA 1

Bruno Cava e Murilo Duarte Costa Corrêa

Há que ser absolutamente moderno! Foi o grito de guerra de


Arthur Rimbaud no capítulo final de “Uma estação no inferno”,
ao se despedir da literatura. Tinha à época 19 anos. O poeta afirma
violentamente o imperativo modernista no mesmo movimento que
nega o moderno como tradição possível. O moderno não pode
ser questão de constituir uma história, um acúmulo sucessivo de
experiências. Eis aí a mesma fome do absoluto que acomete Paulo
Martins, o poeta militante de Terra em Transe, filme de Glauber Ro-
cha de 1967 que procede por uma mobilização total e anárquica
do inconsciente colonial. Deleuze definiu a modernidade pela
“potência do simulacro”, ressalvando que à filosofia não cabe ser
moderna a todo custo. É preciso sê-lo, com efeito, absolutamente.
Destacar da modernidade aquilo que retorna contra ela própria, que
a desestabiliza como bloco sucessivo de tempo e cadeia organizada
de signos. O que Nietzsche chamava de intempestivo: o fantasma
do eterno retorno, a reinvenção de um tempo que elude o presente
para reconquistar o passado e a crença no futuro. É assim que a Pop
Art levou o modernismo para além da vertigem do simulacro, to-
mando consciência do próprio movimento infundado, absolutamente
moderno em relação a qualquer modernidade relativa, seja ela a dita
cultura popular, pop ou populista.
O Nietzsche da Segunda Consideração Intempestiva que se pergun-
ta sobre a utilidade e a desvantagem da História para a vida nunca
foi mais urgente para combater um tempo em que o materialismo
histórico-dialético permanece dialético e historicista, mas abjura o

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materialismo axiomaticamente. E esse materialismo negado não é o
dos fatos brutos, mas o dos fluxos de intensidade mutante segundo
os quais o real opera. Por outro lado, este também é o tempo cuja
forma régia de pensamento se define pela maximização de uma
teoria crítica que, de bom grado, se resume em crítica desprovida de
teoria - o que torna preciso exercitar a teoria como uma renovada
espécie de calma ars contemplativa, mantendo a crítica na mais baixa
intensidade possível: na imanência do campo social, das formações
atualizadas crivadas por binarismos, linhas de segmentariedade e
linhas de fugas por todos os lados. É aí que se passa da crítica teó-
rica à efetiva práxis de uma teoria cítrica - a contemplação segundo
os modos de um juízo suspenso ou dissolvido dá origem a uma
possibilidade de crítica ainda mais insidiosa e radical, que atesta sua
pertença ao real fazendo série com ele. No entanto, o fundo comum
dos historicismos sem matéria (impotentes diante da vida) e das crí-
ticas sem teoria (impotentes diante do pensamento) é o platonismo
diante da ação dos artistas imitadores e das suas imagens monstruosas.
No diálogo O Sofista, Platão tenta encurralar os falsos filósofos.
Se os poetas e artistas tinham que ser expulsos da cidade ideal platô-
nica porque, ao fabricar cópias, distorciam-nas deliberadamente em
relação aos modelos, o sofista era o filósofo que utilizava os mesmos
efeitos de deturpação na linguagem, incapaz de chegar ao Conceito
ou de resvalar nas formas essenciais (Eidos ou Ideia) definidoras do
Ser. Para Platão, era preciso então definir um critério para separar
o joio do trigo e selecionar o que era boa filosofia comprometida
com o ideal da verdade e o que seria apenas exercício de estilo ou
jargão pós-moderno, comprometido com demagogias de auditório,
floreios retóricos e effets de manche. Daí a necessidade de vincular o
pensamento a uma transcendência que lhe fosse interna. É a filoso-
fia celeste que postula a Ideia para servir de medida e padrão ouro
de valor, a fim de julgar as cópias boas e as ruins, como também as
más, descomprometidas com a verdade. Dessa guilhotina idealista
se inicia a história de um longo erro que se poderia resumir, grosso
modo, em Crítica: a mania da Ideia, a obsessão em levar os signos a
um tribunal para que suas pretensões sejam propriamente sopesadas
e sentenciadas: com que direito?
Toda a obra de Platão é um tremendo esforço para dobrar
o mundo num céu repleto de ideias-valores que possa ordenar
aquele, de cima para baixo, livrando-o do caos, da desordem,

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da apoliticidade. Esse empenho diligente do filósofo aparece
sistematicamente em seus diálogos. Há um zelo meticuloso, um
esmero incansável por colmatar quaisquer fissuras, aparar as pon-
tas e reacondicionar os excedentes, como se Platão enfrentasse a
todo o momento um inimigo sorrateiro. Logo em seu encalço,
uma espécie de duplo obscuro precisa ser contra-argumentado,
refutado e mantido sob controle, sob pena do edifício como um
todo vir abaixo. De olho na posteridade, Platão ergue barricadas
aos rivais de seu tempo e do futuro. Mas na mesma medida em
que o filósofo teve cuidado de blindar sua obra monumental,
terminou por suscitar um inimigo inesperado, um duplo interior,
que atesta essa preocupação maníaca e lhe revela pela negação
as próprias rachaduras.
Não teria sido por isso, talvez, que o cristianismo tenha transado
tão bem com o platonismo? O homem foi criado à imagem e à se-
melhança de Deus. Separado, contudo, na origem pela incidência do
pecado primeiro, o homem conservou a imagem divina, mas perdeu
a semelhança com Ele. Daí derivam os muitos procedimentos pelo
que as doutrinas cristãs prometem a religação com o Deus perdido:
a imitação de um modelo de vida, a união extática, a transubstancia-
ção. Nesse sentido, o mais traiçoeiro inimigo do edifício dogmático
cristão, o Diabo não é o negativo de Deus, como uma realidade
maniqueia invertida. O Diabo, na realidade, é o próprio Deus, porém
levado à potência do simulacro. O crente que se compromete com a
fé pressente como Lúcifer não está distante, como há uma palpitação
na sombra pronta a pular a primeiro plano, à menor oportunidade,
ao menor descuido. Descomprometido com a verdade, Satanás vive
nas imagens sem vínculo com uma medida ou padrão ouro que o
pudesse julgar. Desligou-se não exatamente da realidade de Deus,
mas de seu modelo, de sua corte judicativa.Vive assim além do bem e
do mal, algazarra dos demônios, um Duplo em que divino e natural
se confundem, Deus sive Natura.
Nietzsche, ao escrever o Anticristo, não nega Cristo nem busca
simplesmente destruir o cristianismo como uma má ideia. Nada mais
longe da filosofia dionisíaca do que atacar as coisas reais em nome
de valores mais altos ou profundos: o “verdadeiro x”. O Anticristo,
em vez disso, afirma duas vezes Cristo, a primeira vez para destituir
o fundamento da semelhança, a segunda para reafirmá-lo renovado,
absolutamente moderno. Em Crepúsculo dos ídolos, Nietzsche expõe

11
como a tentativa de fundar um reino das essências em oposição ao
reino das aparências está fadada à própria dissolução da fronteira
entre os reinos. Toda vez que Platão se posiciona para desmascarar
o sofista e denunciar essa filosofia descomprometida com a verdade,
se levarmos até as últimas consequências o procedimento crítico
platônico, o próprio terreno de onde Platão ataca o sofista termina
ficando sem chão. O filósofo da verdade não pode evitar ser con-
sumido pelo próprio fogo que conjurou, pois o feitiço chamejante
escapa ao controle. A tentativa de abolir o mundo das aparências
conduz à autoabolição das essências. Daí que, assim como o duplo de
Platão é o próprio sofista - Sócrates-sofista -, o platonismo batizado,
quando levado ao eterno retorno, não é outro senão Cristo-Dioniso,
a multiplicidade-simulacro, Legião, Belzebu (o Senhor das Moscas).
Está restituído o direito aos simulacros, a dignidade das cópias e suas
adulterações e perversões.
O mesmo se passa com os ideais modernos, o platonismo pós-
-moderno. A Crítica, quando conduzida ao extremo de sua mania
depressiva (nunca verdade o bastante!), não deixa de reconhecer a
própria inutilidade da crítica, reduzida a mal da paisagem, a fatalismo
e ironia pós-moderna. O pós-modernismo, na realidade, irrompe dos
libelos acusatórios do próprio pós-modernismo. Eis aí por que nos
reivindicamos absolutamente modernos. Se o platonismo é o inimigo
necessário a ser revertido, se as ideias modernas são os móveis que
sempre devemos deslocar e destituir do chão, então não há como
evitar a imersão no simulacro. A afirmação alegre da imagem sem
semelhança, do espetáculo sem infraestrutura, do caos criativo que
não é indiferenciado, mas o poder da dissimilitude, da nuança, da
multidão de semióticas. A grande leveza de Dioniso, Serafim Ponte
Grande ou Chacrinha arremessando abacaxis. Só assim poderemos
ser absolutamente modernos: insinuando um duplo fugidio por den-
tro dos temas correntes. Para fazer variar a potência do Pop em seu
desvio mínimo, a pequena diferença que faz toda a diferença.
Mas o que é fazer um duplo - esse efeito de expressão do
pop que prova a banalidade desmontável do juízo ao dissolver os
sentidos do capital citricamente, em associação diferencial com seus
circuitos? Fazer um duplo não é espelhar um elemento, nem ex-
plorar o clichê como repetição, mas arrancar do procedimento de
repetição fagulhas de diferenças mínimas capazes de destronar o
modelo. Fazer um duplo condiz com o paciente trabalho, político

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antes de ser ontológico, de instaurar diferenças mínimas, para usar
uma expressão de David Lapoujade.
Sua condição é reverter também o sentido dos materialismos,
para que desertem o lastro histórico e assumam o ponto de vista
dos devires, abandonando a lógica dialética em prol da lógica das
multiplicidades (dos simulacros). Esse é o sentido do absolutamente
moderno de Arthur Rimbaud: o absolutamente está mais do lado
do virtual e de suas heterogêneses do que da homogeneidade do
conjunto dos fatos.
Contudo, só se pode fazer um duplo ao preço de pinçar um
elemento circulante e escandi-lo em uma série. Prova disso é que,
como quisera Deleuze, o serial parece esconder-se sob o processo
de regressão indefinida do platonismo - processo cujo sentido vai
da cópia menos similar à mais similar (como na crítica adorniana
à obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica), e da mais
similar ao seu suposto modelo. Uma forma serial implica, já, uma
realidade da ordem do multisserial. Por isso, qualificar uma imagem
como simulacro não passa da expressão judicante de uma consciência
interessada que toma por referência um modelo qualquer - que do
ponto de vista de uma teoria cítrica, é uma imagem entre as imagens,
desprovida de qualquer valor de verdade superior.
Correndo o risco de fazer um filho pelas costas de Platão, é
preciso reconhecer que toda homogeneidade projetada sobre uma
determinada série não é mais que aparência. As diferenças, mesmo
mínimas, percorrem as séries, fazem séries, produzem séries de sé-
ries de séries... Mesmo o mais especular dos duplos que toma para
si a tarefa crítica de nomear o real e assegura a convergência entre
palavras e coisas implica “a propriedade de ser sempre deslocada
em relação a si mesma”, dirá o Deleuze de Logique du Sens (1969).
É esse deslocamento sempre em variação, essa heterogênese
excessiva entre séries múltiplas que remetem sem cessar uma à outra
e, nesse processo, se afetam e fazem variar, que Pensar a Netflix - um
livro que não deveria ser lido como livro (embora o possa), mas visto
como uma série - se propõe a perscrutar e distender. Assim como
a popfilosofia faz série com a política, a Netflix constitui um campo
de provas e um registro especulativo que permite estimar as forças
do campo social se, como quisera Félix Guattari, o inconsciente
social está maquinicamente afogado nas semióticas. Na Netflix, nos
seus circuitos capitalísticos e espetaculares, circulam elementos de

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desejo e crença, intensidades sociais, políticas e semióticas tanto
quanto estes formam a matéria emaranhada do campo social. Pensar
a Netflix: séries de popfilosofia e política é uma forma de abordar os
elementos do campo social e quem sabe agenciá-los com a senha
de uma teoria cítrica.

14
C R É D I TO S

Alexandre F. Mendes
Professor Adjunto da Faculdade de Direito da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro - UERJ, onde participa do cineclube A
Hora Azul. Doutor em Direito pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro - UERJ (2012). Publicou, com Bruno Cava, os seguintes
livros: A vida dos direitos.Violência e Modernidade em Foucault e
Agamben (Agon, 2008) e A constituição do comum: antagonismo,
produção de subjetividade e crise no capitalismo (Revan, 2016).
Organizou com Giuseppe Cocco o livro: A resistência à remoção
de favelas no Rio de Janeiro. Instituições do comum e resistências
urbanas: a história do Núcleo de Terras e Habitação e a luta contra
a remoção de favelas no Rio de Janeiro (2007-2011), Revan, 2016.
Organizou com Ricardo Nery Falbo e Michael Teixeira o livro: O
fim da narrativa progressista na América do Sul: entre impasses e
alternativas constituintes, Editora Associada, 2016.
Allan M. Hillani
Graduado em Direito (UFPR), Mestre em Teoria e Filosofia
do Direito (UERJ) e, atualmente, Doutorando em Teoria e Filosofia
do Direito (UERJ). Autor de Na urgência da catástrofe: violência e capi-
talismo (Gramma, 2018). Desenvolve pesquisa em marxismo, teoria
crítica e filosofia política contemporânea. Lattes: http://lattes.cnpq.
br/1994063430836462. Contato: allanmh92@gmail.com.
Andityas Soares de Moura Costa Matos
Graduado em Direito, Mestre em Filosofia do Direito, Doutor
em Direito e Justiça, todos pela Faculdade de Direito e Ciências
do Estado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e

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Pós-Doutor em Filosofia do Direito pela Universitat de Barcelona
(Catalunya), com bolsa da CAPES. Doutorando em Filosofia pela
Universidade de Coimbra (Portugal). Professor Adjunto de Filosofia
do Direito e disciplinas afins na Faculdade de Direito e Ciências do
Estado da UFMG. Membro do Corpo Permanente do Programa de
Pós-Graduação em Direito da Faculdade de Direito e Ciências do
Estado da UFMG. Professor Visitante na Facultat de Dret de la Univer-
sitat de Barcelona entre 2015 e 2016. Professor Residente no Instituto
de Estudos Avançados Transdisciplinares – IEAT/UFMG entre 2017
e 2018. E-mails: vergiliopublius@hotmail.com e andityas@ufmg.br
Mais artigos em: https://ufmg.academia.edu/AndityasSoares
Ariel Pennisi
Ensaísta, professor (Undav, Unpaz, Fuc, ISFD), editor (Red
Editorial), autor de “Papa Negra” (2011) e “Gloalización. Sacraliza-
ción del mercado” (2001), coautor de “Stirner: filosofia para perros
perdidos” (2018) e co-organizador de “Linchamientos; la policía
que llevamos dentro” (2015), todos publicados em língua espanhola.
Conduz e coproduz “Coordenadas para uma história argentina da
agitação” na rádio FM La Tribu (Buenos Aires) e o programa de TV
digital “Pensando a coisa”, no Canal Abierto (Argentina).
Bruno Cava
Professor de cursos livres no Rio de Janeiro, lecionando em
instituições como Museu da República, Cinemateca Museu de
Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM e Casa de Rui Barbosa,
blogueiro do quadradodosloucos.com.br e editor da Revista Lugar
Comum. Participa da rede Universidade Nômade há mais de dez
anos, com quem empreende copesquisa de movimentos e lutas ur-
banas. Escreveu, entre outros livros,A multidão foi ao deserto (São
Paulo: Annablume, 2013), traduzido ao espanhol pela ed. Quadrata
e Pie de los Hechos (2016). Agora em 2017, está lançando em co-
autoria com Alexandre Mendes o livro A constituição do comum
(Rio de Janeiro: Revan).
Jeudiel Martínez
Sociólogo da Universidad Central de Venezuela, ensaísta, escritor,
roteirista de comics, professor convidado na Universidad Central de Vene-
zuela, autor de “El nudo y el fantasma” (2011),“Para una pragmática del
Homicidio”,“Más allá del espectáculo” (2017) e vários artigos e ensaios

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sobre política venezuelana e cultura pop. Editor Literário da coleção de
quadrinhos Ayacucho Ilustrada, da Fundación Biblioteca Ayacucho.
José Antonio R. Magalhães
Doutorando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro, com área de concentração em Teoria do Direi-
to, Ética e Construção da Subjetividade. Mestre em Direito pelo
Programa de Pós-Graduação em Direito da Faculdade Nacional de
Direito, Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016), com área
de concentração em Teorias Jurídicas Contemporâneas, na linha de
pesquisa Direitos Humanos, Sociedade e Arte, mediante apresentação
da dissertação “Direito,Violência e Manifestações: Instituição, Inter-
pretação e Ruptura a partir de Jacques Derrida”, sob orientação da
Profª Juliana Neuenschwander Magalhães e coorientação da Profª
Carla Rodrigues.. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito
da Universidade Federal de Pelotas (2011) mediante a apresentação
do trabalho “A Tese da Única Resposta Correta em Dworkin”, sob a
orientação do Prof. Oscar José Echenique Magalhães. Realizou estágio
de docência na disciplina de Teoria do Direito I, na Faculdade Nacional
de Direito, sob a orientação do Prof. Alexandre Bernardino Costa.
Julie Nunes
Cineasta e figurinista, publica regularmente críticas e ensaios
pelos sites Claquete e CinePop, participa do canal de Youtube Ho-
razul. Graduada em Cinema.
Luiz Felipe Teves
Mestre em Teoria e Filosofia do Direito pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro - UERJ (2016). Graduado em Direito pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2013). É membro
do corpo editorial e revisor da revista Lugar Comum: Estudos de
Mídia, Cultura e Democracia (ISSN 1415-8604). Integra o Grupo
de Pesquisa Direito, Mobilizações Sociais e Território (UERJ) e o
Laboratório de Pesquisa Interdisciplinar em Teoria Social/Teoria
Política e Pós-Estruturalismo (UEPG). Linhas de pesquisa: Filosofia,
Teoria política, Direito e Cidade. Participa do cineclube A Hora Azul.
Marcio Tascheto da Silva
Graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria/
UFSM (2002), Mestre em Educação pela Universidade Federal de

259
Santa Maria/UFSM (2005) e Doutor em Educação pela Universi-
dade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS (2016). Atualmente é
professor Assistente I na Universidade de Passo Fundo/UPF, no Curso
de Pedagogia, Coordenador da Divisão de Extensão da Universidade
de Passo Fundo/UPF , Coordenador do Programa UniverCidade
Educadora UPF, Coordenador do Projeto Hospedaria da Arte, Mem-
bro do Movimento Brasileiro de Cidades Educadoras/SP, Avaliador
de Tecnologias de Educação Integral na Secretaria de Educação
Básica/SEB/MEC, Membro do grupo de editoria da revista Lugar
Comum/UFRJ, pesquisador do grupo de pesquisa Arte, Corpo, En-
signo CNPQ/CAPES, pesquisador da rede Universidade Nômade.
Moysés Pinto Neto
Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do
RS (2010-2013) com período-sanduíche no Centre for Research in
Modern European Philosophy (Kingston - UK). É também mestre
em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (2006-2007), Especialista em Ciências Penais pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2005) e
possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (1998-2003). Conselheiro do Instituto
de Criminologia e Alteridade (ICA). Atualmente é Professor da UL-
BRA (2009-) e UNIVATES (2014-). Pesquisa nas áreas: metafísicas
contemporâneas, ecologia, tecnologia, materialismos, biopolítica,
pensamento de Jacques Derrida, psicanálise, ciências cognitivas e
interfaces interdisciplinares acerca da violência.
Murilo Duarte Costa Corrêa
Professor Adjunto de Teoria Política da Faculdade de Direito
e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas da
UEPG, Mestrado e Doutorado. Affiliated researcher da Faculty of Law
and Criminology da Vrije Universiteit Brussel, Bélgica, onde realizou
estágio de pós-doutorado sobre a filosofia do campo social em Gilles
Deleuze sob a supervisão de Laurent de Sutter. Doutor (USP) e
Mestre (UFSC) em Filosofia e Teoria Geral do Direito. Coordena
o Laboratório de Pesquisa Interdisciplinar em Teoria Social/Teoria
Política e Pós-Estruturalismo (LABTESP, PPGCSA/UEPG). Escre-
veu, entre outros livros, Direito e Ruptura: ensaios para uma filosofia do
direito na imanência (Juruá, 2013) e Filosofia Black Bloc (Circuito, 2018).

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Renan Nery Porto
Ensaísta e poeta baiano vivendo no Rio de Janeiro. Faz mestrado
em filosofia do direito na UERJ. Contribui com a rede de pesqui-
sadores Universidade Nômade. Desenvolve pesquisa interdisciplinar
entre filosofia política, direito e literatura. Durante a graduação,
pesquisou a relação entre poder instituinte e poder instituído a
partir da relação que a personagem Dona Flor tinha com Vadinho
e Teodoro na obra de Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos.
No mestrado, pesquisa sobre as implicações éticas da ambiguidade
da escrita de Guimarães Rosa para o pensamento sobre a experi-
ência da justiça. Publicou poemas nas revistas Escamandro, R. Nott
Magazine, Libertinagem, Babel, e seu livro de estreia será publicado
ainda em 2018 pela editora Urutau, com o título O Cólera A Febre.

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