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API 579-1/ASME FFS-1 - Parte 9

Avaliação de Defeitos Planares


(Trincas) – Nível 2

Hervandil Sant’Anna – Petrobras (hmsantanna@petrobras.com.br)


Alguns Exemplos de Falhas
3

Alguns Exemplos de Falhas


4

Alguns Exemplos de Falhas


Brittle / Ductile Transition Curves
120 140 Brittle / Ductile Transition Curves 190
120 140 190
A36 Steel
A36 Steel A36 Steel
A36 Steel 120 163
100 120 163
100

Impact Energy (ft-lbs)

Impact Energy (Joules)


100 136

Impact Energy (ft-lbs)

Impact Energy (Joules)


Titanic 100 136
80
% Shear Fracture

80 Titanic
Longitudinal
% Shear Fracture

Longitudinal
80 108
Titanic
80 Titanic Longitudinal
108
60 Titanic
Transversal Titanic Longitudinal
60 Transversal
60 81
60 81
40 Titanic Transversal
40 Titanic Transversal
40 40 5454
Transition
Transition
20 Temperatures
Temperatures
20 20 20 2727

0 0 0 0
-50 -500 0 50 50 100 100 150 150 -100 0 0 100 200
Temperature (degrees o
C) o -100 100 200
Temperature (degrees C) o
Temperature( (oC)
Temperature C)
5

Alguns Exemplos de Falhas


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Alguns Exemplos de Falhas


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Alguns Exemplos de Falhas


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Alguns Exemplos de Falhas


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Alguns Exemplos de Falhas


0

Alguns Exemplos de Falhas


1

Alguns Exemplos de Falhas


2

Alguns Exemplos de Falhas


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Alguns Exemplos de Falhas


4

Alguns Exemplos de Falhas


5

Alguns Exemplos de Falhas


6

Por que as Estruturas Falham?

• Projeto mal concebido;


• Construção mal executada;
• Operação fora dos limites estabelecidos;
• Aplicação de novos projetos ou materiais que produzem efeitos não esperados.
7

Por que as Estruturas Falham?


Mecânica da Fratura
• A mecânica da fratura compreende um modelo físico/matemático que estabelece relações
entre as combinações críticas dessas três variáveis:
Tensão X Dimensão do defeito X Tenacidade

18
Mecânica da Fratura

19
Mecânica da Fratura
• Força motora X Resistência à propagação:
– A força motora - (tensão + defeito + geometria) - tenta propagar o defeito;
– A resistência à propagação - (material) - tenta resistir à força motora.

20
Mecânica da Fratura

• Tensão na ponta da trinca: • Tenacidade à fratura:


– O coeficiente de intensidade de tensões – O valor de K na falha é uma medida da
(K) “mede” as tensões na ponta da tenacidade à fratura:
trinca, a força motora:

21
Mecânica da Fratura

Fratura
Fratura

 

22
Introdução

• NÍVEL 1: Avaliação passa / não passa – baseado em gráficos que relacionam comprimento
admissível X temperatura;

• NÍVEL 2: Avaliações básicas de mecânica da fratura – baseado no diagrama FAD;

• NÍVEL 3: Avaliações complexas de mecânica da fatura – baseado em análises numéricas de


componentes com trincas explicitamente modeladas.

23
Introdução
• A Parte 9 apresenta procedimentos para avaliar se equipamentos pressurizados contendo
defeitos tipo trinca (“crack-like flaws”) estão adequados para operação sem falhar por fratura
frágil ou por colapso plástico;
• Critério de aceitação baseado no Diagrama de Avaliação de Falha (FAD);
• Defeitos tipo trinca são defeitos planares predominantemente caracterizados por um
comprimento e uma profundidade São classificadas como: superficiais (“surface breaking”);
embebidos (“embedded”); passantes (“through-wall”).
• Exemplos de defeito planares: trincas planares, falta de fusão e falta de penetração em
soldas, corrosão localizada do tipo “groove” (com raio muito pequeno), etc;

• Defeitos volumétricos também podem ser considerados como defeitos planares. Exemplos:
poros alinhados; inclusão de escória; mordeduras; sobreposições.
24
Introdução

• Diagrama FAD:

𝐾
𝐾𝑟 =
𝐾𝑚𝑎𝑡

𝜎𝑟𝑒𝑓
𝐿𝑟 =
𝜎𝑦
25
Introdução

• A Parte 9 pode usada para avaliar o risco de fratura frágil de um componente (item 9.1.5),
utilizando:
– Trinca superficial padrão;
– Altura igual à 25% da espessura do componente;
– Comprimento igual à 6 vezes essa altura.

26
Fatores de Influência nas Avaliações

• Escolha das propriedades mecânicas dos materiais;


• Escolha da taxa de crescimento;
• O tempo entre inspeções;
• O modo final da falha;
• Interação entre mecanismos de dano.

27
Aplicabilidade e Limitações (Níveis 1 e 2)

• O projeto do equipamento está de acordo com códigos reconhecidos;


• O equipamento não opera em regime de fluência;
• Os efeitos de carregamento dinâmico não são significativos (ex: impacto, terremoto, golpes
de aríete, etc);
• As condições de carregamento não resultam na propagação da trinca.

28
Informações Necessárias para a Avaliação

• Dados de projeto do equipamento;


• Histórico de manutenções e operações;
• Temperatura de referência do material;
• Caracterização do defeito.

29
Informações Necessárias para a Avaliação

• Cálculo das Tensões:


– Tensões primárias:
• Para cada caso de carregamento, calcular considerando equipamento sem defeitos;
• Se aplicável, considerar eficiência de junta igual a 1,0;
• Linearizar a componente de tensão normal à descontinuidade nas parcelas de membrana primária
(Pm) e flexão primária (Pb);
• Alguns modelos requerem polinômios de grau 4:

30
Informações Necessárias para a Avaliação

• Cálculo das Tensões:


– Tensões secundárias:
• Em geral são difíceis de serem determinadas, podendo ser consideradas como primárias;
• As tensões de soldagem devem ser calculadas conforme o Anexo 9D.

31
Informações Necessárias para a Avaliação

• Tensões Primárias:
– Resultam do carregamento externo;
– Contribuem diretamente para o colapso plástico;
– Aparecem nos eixos Lr e Kr do diagrama FAD;

• Tensões Secundárias:
– Tensões internas localmente auto-equilibrantes; 𝐹
𝜎= 𝜎 = 𝐸 × 𝛼 × ∆𝑇
– Relaxam com as deformações plásticas; 𝐴
– Não contribuem diretamente para o colapso plástico;
– Aparecem apenas no eixo Kr do diagrama FAD.

32
Informações Necessárias para a Avaliação

• Propriedades mecânicas do material:


– Determinar a tensão de escoamento e o limite de resistência, utilizados para avaliar os
efeitos de possíveis deformações plásticas, estimar as tensões residuais e avaliar a
tenacidade à fratura: obter as propriedades mínimas na temperatura de avaliação;

• Tenacidade à fratura:
– Utilizar a metodologia descrita no Anexo F, que possui equações para o cálculo da
tenacidade com dados de ensaio de Charpy ou sem dados de ensaio de Charpy (“Lower
Bound”).

33
Informações Necessárias para a Avaliação – Tenacidade à Fratura

34
Informações Necessárias para a Avaliação – Método “Lower Bound”

• Método indexado para determinar a tenacidade a fratura quando inexistem dados de ensaios:

• No final da década de 60 foram realizados diversos ensaios de tenacidade, observando-se


algumas tendências:

35
Informações Necessárias para a Avaliação – Método “Lower Bound”
• Passo 1: Com base na especificação do material, determinar a respectiva Curva de Isenção de
Teste de Impacto:

36
Informações Necessárias para a Avaliação – Método “Lower Bound”
• Passo 2: Determinar a temperatura de referência (Tref):

𝐶 𝐶𝑉 − 𝐶𝑉−𝐿𝑆 𝜃°𝐹 − 32
𝑇𝑟𝑒𝑓 = 𝐷 + ∙ 𝑙𝑛 𝑓𝑡 − 𝑙𝑏; 𝑘𝑠𝑖; °𝐹 𝜃°𝐶 =
2 𝐶𝑉−𝑈𝑆 − 𝐶𝑉 1,8
2 1 𝑀𝑃𝑎 = 0,15 ksi
2 3𝜎𝑦𝑠 − 27 𝜎𝑦𝑠
𝐶𝑉−𝑈𝑆 = + 𝑘𝑠𝑖; 𝑓𝑡 − 𝑙𝑏
5𝜎𝑦𝑠 20

2
𝐾𝐼𝑑−𝐿𝑆
𝐶𝑉−𝐿𝑆 = 𝑘𝑠𝑖; 𝑓𝑡 − 𝑙𝑏
15

𝐾𝐼𝑑−𝐿𝑆 = 27𝑘𝑠𝑖

114 °𝐹 → 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝐴


76 °𝐹 → 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝐵 𝐶 = 66 °𝐹
𝐷=
38 °𝐹 → 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝐶
12 °𝐹 → 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝐷

37
Informações Necessárias para a Avaliação – Método “Lower Bound”

• Passo 3: Calcular o coeficiente de intensidade de tensões (tenacidade à fratura):

𝐾𝐼𝐶 = 36,5 + 3,084𝑒𝑥𝑝 0,036 𝑇 − 𝑇𝑟𝑒𝑓 + 56 𝑀𝑃𝑎 𝑚; °𝐶

𝐾𝐼𝑅 = 29,5 + 1,344𝑒𝑥𝑝 0,026 𝑇 − 𝑇𝑟𝑒𝑓 + 89 𝑀𝑃𝑎 𝑚; °𝐶

Limites superiores:
– 110 𝑀𝑃𝑎 𝑚 : materiais de química desconhecida;
– 220 𝑀𝑃𝑎 𝑚 : materiais com baixo teor de enxofre (< 0,01%) ou com fator JTE < 150.

𝑁
1 𝑀𝑃𝑎 𝑚 = 1000
𝑚𝑚3

38
Informações Necessárias para a Avaliação – Dimensionamento dos Defeitos
• Determinar as dimensões das descontinuidades → comprimento “2c” e altura “a”. Se
necessário, as regras de interação e recategorização devem ser aplicadas:

• Se a trinca superficial tiver


altura desconhecida, pode ser
utilizada a seguinte regra (item
9.3.6.3(a)(2):

𝑎 = 𝑚í𝑛 𝑡; 𝑐

39
Informações Necessárias para a Avaliação – Dimensionamento dos Defeitos
• Correção da orientação:

40
Informações Necessárias para a Avaliação – Dimensionamento dos Defeitos
• Determinação do defeito equivalente:

41
Informações Necessárias para a Avaliação – Dimensionamento dos Defeitos
• Regras de interação:

42
Informações Necessárias para a Avaliação – Dimensionamento dos Defeitos
• Regras de recategorização:

43
Etapas para Avaliação Nível 2

44
Etapas para Avaliação Nível 2

• Passo 1: Avaliar as condições operacionais, determinando as pressões, temperaturas e outros


carregamentos críticos que serão avaliados:

45
Etapas para Avaliação Nível 2

• Passo 2: Determinar a distribuição de tensões no local da trinca com base nos casos de
carregamento determinados no Passo 1, separando-as nas seguintes categorias:
– Tensões primárias;
– Tensões secundárias;
– Tensões residuais;

• Passo 3: Determinar a tensão de escoamento e o limite de resistência para as condições


consideradas no Passo 1 (temperaturas);

• Passo 4: Determinar a tenacidade à fratura – Kmat;

• Passo 5: Determinar as dimensões da descontinuidade, considerando as regras de interação e


recategorização, se necessário;

46
Etapas para Avaliação Nível 2

• Passo 6: Calcular a tensão de referência para as tensões primárias – 𝜎𝑟𝑒𝑓 𝑃


– baseada na
distribuição de tensões primárias e nas dimensões da trinca (Passos 2 e 5 respectivamente):

47
Etapas para Avaliação Nível 2

• Passo 7: Calcular a razão de carga (a abscissa do diagrama FAD) - 𝐿𝑃𝑟 - usando a tensão de
referência calculada no Passo 6 e a tensão de escoamento determinada no Passo 3:
𝑃
𝜎𝑟𝑒𝑓
𝐿𝑃𝑟 =
𝜎𝑦𝑠
• Passo 8: Calcular o coeficiente de intensidade de tensões decorrente das tensões primárias -
𝐾𝐼𝑃 - usando a distribuição de tensões e as dimensões da trinca determinadas nos Passos 2 e
5, respectivamente. Se 𝐾𝐼𝑃 < 0, definir 𝐾𝐼𝑃 = 0:

48
Etapas para Avaliação Nível 2

• Passo 9: Calcular o coeficiente de intensidade de tensões decorrente das tensões secundárias


e residuais - 𝐾𝐼𝑆𝑅 - usando a distribuição de tensões e as dimensões da trinca determinadas
nos Passos 2 e 5, respectivamente. Se 𝐾𝐼𝑆𝑅 < 0, definir 𝐾𝐼𝑆𝑅 = 0;

• Passo 10: Calcular o fator de interação plástica -  - para a altura “a” e para meio
comprimento “c” da trinca:
– Passo 10.1: Calcular o parâmetro 0:
𝑎𝑒𝑓𝑓 𝑐𝑒𝑓𝑓
Φ0 = Φ0 =
𝑎 𝑐
2 2
1 𝐾𝐼𝑆𝑅 1 𝐾𝐼𝑆𝑅
𝑎𝑒𝑓𝑓 =𝑎+ ∙ 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎 𝑐𝑒𝑓𝑓 =𝑐+ ∙ 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎
6𝜋 𝜎𝑦𝑠 6𝜋 𝜎𝑦𝑠
2 2
1 𝐾𝐼𝑆𝑅 1 𝐾𝐼𝑆𝑅
𝑎𝑒𝑓𝑓 =𝑎+ ∙ 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎 𝑐𝑒𝑓𝑓 =𝑐+ ∙ 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎
2𝜋 𝜎𝑦𝑠 2𝜋 𝜎𝑦𝑠

49
Etapas para Avaliação Nível 2

– Passo 10.2: Calcular o coeficiente de intensidade de tensões para as tensões secundárias


e residuais corrigido - 𝐾𝐽𝑆𝑅 :
𝐾𝐽𝑆𝑅 = Φ0 ∙ 𝐾𝐼𝑆𝑅

– Passo 10.3: Se 𝐾𝐼𝑃 = 0, definir Φ = Φ0 e passar ao Passo 11. Caso contrário, se 𝐾𝐼𝑃 ≠ 0,
calcular o parâmetro Χ e proceder ao Passo 10.4:
𝐿𝑃
𝑟
Χ = 𝐾𝐽𝑆𝑅 ∙
𝐾𝐼𝑃

50
Etapas para Avaliação Nível 2
– Passo 10.4: Determinar o parâmetro  a partir da Tabela 9.3:

– Passo 10.5: Calcular o fator de interação plástica - :


Φ = Φ0 ∙ 𝜉 51
Etapas para Avaliação Nível 2
• Passo 11: Determinar a razão de tenacidade (a ordenada do diagrama FAD) usando a
equação a seguir:
𝐾𝐼𝑃 + Φ𝐾𝐼𝑆𝑅
𝐾𝑟 =
𝐾𝑚𝑎𝑡
• Passo 12: Determinar a linha de corte para 𝐿𝑃𝑟 . Avaliar os resultados, plotando o ponto 𝐾𝑟 ; 𝐿𝑃𝑟
no diagrama FAD. Se cair dentro da área do diagrama, o defeito é considerado aceitável pelo
Nível 2. Observar que os valores de 𝐾𝐼𝑃 e 𝐾𝐼𝑆𝑅 podem variar ao longo da frente da trinca.
Portanto, é recomendável repetir o cálculo para diferentes localizações na frente da trinca:

52
Etapa Extra: Mecânica da Fratura Probabilística

σ 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝐹𝐴𝐷


𝑃𝐹 =
σ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠

53
Exercício
• Em uma inspeção periódica, foi detectada uma trinca paralela à solda de ligação entre a
calota e o costado, na superfície interna de um vaso de pressão. A remoção da trinca
atrasaria o prazo da parada, pois seria necessário encher a região removida com solda, que
por sua vez exigiria a realização de tratamento térmico. É possível retomar a operação do
equipamento sem a remoção do defeito?
Dados do Equipamento:
– Código de projeto: ASME VIII Divisão 1 (2007);
– Material: SA-285 gr. C: ys = 205 MPa; uts = 380 MPa;
– Pressão de projeto: 10 MPa;
– Temperatura de projeto: 100°C;
– Temperatura de operação: 15°C;
– Diâmetro interno: 2000 mm;
– Tratamento térmico de alívio de tensões: sim
– Carregamento cíclico: não

Dados da inspeção: trinca paralela à solda circunferencial. Comprimento estimado pelo


ensaio de PM: 320 mm; profundidade avaliada pelo ensaio de US: 10 mm
54
Exercício - Solução
• Passo 1: casos de carregamento considerados:
– P = 10 MPa;
– T = 15°C;
• Passo 2: distribuição de tensões no local da trinca:
– Tensões primárias:

55
Exercício - Solução

• Passo 2:
– Tensões primárias:

𝜎0 = 153,23 𝑀𝑃𝑎
𝜎1 = −110,18 𝑀𝑃𝑎

𝜎1 −110,18
𝜎𝑚 = 𝜎0 + = 153,23 + = 98,14 𝑀𝑃𝑎
2 2
σ1 −110,18
σb = − = − = 55,09MPa
2 2

56
Exercício – Solução

• Passo 2:
– Tensões secundárias:

Q=0

57
Exercício - Solução

• Passo 2:
– Tensões residuais: calculadas de acordo com o Anexo 9D. O equipamento foi submetido
ao TTAT, a trinca é paralela à solda e as propriedades mecânicas são as mínimas
tabeladas na temperatura ambiente, portanto, as seguintes equações devem ser
avaliadas:
𝑟 = 𝜎 + 69 𝑀𝑃𝑎 = 205 + 69 = 274 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑦𝑠 𝑦𝑠

𝜎 𝑟 𝑥 = 0,2𝜎𝑦𝑠
𝑟 = 0,2 × 274 = 54,8 𝑀𝑃𝑎

• Passo 3: Determinar a tensão de escoamento e o limite de resistência na temperatura de


avaliação:
– A temperatura de avaliação é T = 15°C. As propriedades mecânicas mínimas tabeladas,
nessa temperatura, são:
ys = 205 MPa
uts = 380 MPa

58
Exercício - Solução

• Passo 4: Determinar Kmat para a temperatura de avaliação. Não há dados de teste de


impacto, portanto, utilizar Método Lower Bound (Anexo 9F, parágrafo 9F.4.2):
– Material SA-285 gr.C: pela Tabela 3.2 da Parte 3 → Curva A
– Temperatura de referência: ys = 205 MPa = 30,75 ksi
2
2 3 ∙ 30,75 − 27 30,75
𝐶𝑉−𝑈𝑆 = + = 42,7 𝑓𝑡 − 𝑙𝑏
5 ∙ 30,75 20
2
27
𝐶𝑉−𝐿𝑆 = = 3,2 𝑓𝑡 − 𝑙𝑏
15
𝐷 = 114°𝐹
𝐶 = 66°𝐹
𝐶𝑣 = 15 𝑓𝑡 − 𝑙𝑏
66 15 − 3,2
𝑇𝑟𝑒𝑓 = 114 + ∙ 𝑙𝑛 = 85,8°𝐹 = 29,9°𝐶
2 42,7 − 15

59
Exercício - Solução

• Passo 4:
– Determinar Kmat = KIC para T = 15°C:
𝑁
𝐾𝐼𝐶 = 36,5 + 3,084𝑒𝑥𝑝 0,036 15 − 29,9 + 56 = 50,1 𝑀𝑃𝑎 𝑚 = 1583
𝑚𝑚3
𝑵
𝑲𝒎𝒂𝒕 = 𝟓𝟎, 𝟏 𝑴𝑷𝒂 𝒎 = 𝟏𝟓𝟖𝟒
𝒎𝒎
• Passo 5: Determinar as dimensões da descontinuidade:

a = 10 mm
2c = 320 mm
t = 50 mm

10 𝑚𝑚
= 0,2 < 0,8 → 𝑛ã𝑜 é 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑡𝑒𝑔𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜
50 𝑚𝑚

60
Exercício - Solução
• Passo 6: Calcular a tensão de referência 𝜎𝑟𝑒𝑓
𝑃
:

Tensão de Referência: Modelo 9C.5.13


Ri= 1000 mm
Ro= 1050 mm
t= 50 mm
a= 10 mm
2c= 320 mm
Pm= 98.14 MPa (9C.79)
Pb= 55.09 MPa (9C.80)

alpha= 0.152381 (9C.83)


tau= 0.047619 (9C.85)
x= 0.2 (9C.86)
teta= 0.125664 (9C.88)

A= 0.096117 (9C.84)
Phi= 1.558749 (9C.82)
Z= 1.015758 (9C.81)

Sref= 128.4704 MPa (9C.78) 61


Exercício - Solução

• Passo 7: Calcular a razão de carga:


𝑃
𝜎𝑟𝑒𝑓 128.47
𝐿𝑃𝑟 = = = 0,627
𝜎𝑦𝑠 205

• Passo 8: Calcular o coeficiente de intensidade das tensões primárias - 𝐾𝐼𝑃 :

 [rad]

62
Exercício - Solução
• Passo 8:
Coeficiente de Intensidade de Tensões Primárias: Modelo 9B.5.14
beta= 0 rad (9B.95) beta= 1 rad (9B.95)
s0= 153.23 MPa s0= 153.23 MPa
s1= -110.18 MPa s1= -110.18 MPa
pc= 10 MPa pc= 10 MPa
t/Ri= 0.05 t/Ri= 0.05
a/c= 0.0625 a/c= 0.0625
a/t= 0.2 a/t= 0.2
A00= 0.280277 A00= 0.2802768
A01= 2.041351 A01= 2.0413508
A02= -0.95775 A02= -0.957752
A03= -1.45642 A03= -1.4564195
A04= 2.916945 A04= 2.9169446
A05= -2.10467 A05= -2.104667
A06= 0.512978 A06= 0.5129783
A10= 0.017166 A10= 0.0171658
A11= 0.21576 A11= 0.2157598
A12= 2.472779 A12= 2.4727789
A13= -3.92016 A13= -3.9201614
A14= 4.117793 A14= 4.1177933
A15= -3.25633 A15= -3.2563293
A16= 1.072331 A16= 1.0723311
G0= 0.280277 (9B.196) G0= 1.232712 (9B.196)
G1= 0.017166 (9B.197) G1= 0.7193382 (9B.197)
Q= 1.015092 (9B.15) Q= 1.01509187 (9B.15)

KIP_0°= 252.4083 N/mm^1.5 (9B.195) KIP_90°= 1031.21263 N/mm^1.5 (9B.195)

63
Exercício - Solução
• Passo 9: Calcular o coeficiente de intensidade das tensões secundárias e residuais - 𝐾𝐼𝑆𝑅 :
Coeficiente de Intensidade de Tensões Secundárias: Modelo 9B.5.14
beta= 0 rad (9B.95) beta= 1 rad (9B.95)
s0= 54.8 MPa s0= 54.8 MPa
s1= 0 MPa s1= 0 MPa
pc= 10 MPa pc= 10 MPa
t/Ri= 0.05 t/Ri= 0.05
a/c= 0.0625 a/c= 0.0625
a/t= 0.2 a/t= 0.2
A00= 0.280277 A00= 0.2802768
A01= 2.041351 A01= 2.0413508
A02= -0.95775 A02= -0.957752
A03= -1.45642 A03= -1.4564195
A04= 2.916945 A04= 2.9169446
A05= -2.10467 A05= -2.104667
A06= 0.512978 A06= 0.5129783
A10= 0.017166 A10= 0.0171658
A11= 0.21576 A11= 0.2157598
A12= 2.472779 A12= 2.4727789
A13= -3.92016 A13= -3.9201614
A14= 4.117793 A14= 4.1177933
A15= -3.25633 A15= -3.2563293
A16= 1.072331 A16= 1.0723311
G0= 0.280277 (9B.196) G0= 1.232712 (9B.196)
G1= 0.017166 (9B.197) G1= 0.7193382 (9B.197)
Q= 1.015092 (9B.15) Q= 1.01509187 (9B.15)

KIS_0°= 101.0379 N/mm^1.5 (9B.195) KIS_90°= 444.384488 N/mm^1.5 (9B.195)

64
Exercício - Solução

• Passo 10: Calcular o fator de interação plástica -  (foi feito cálculo para =90°)

Fator de Interação Plástica (phi=90°):


Sys= 205 MPa
LrP= 0.627
aeff= 10.53486 mm (9.14) ceff= 160.534861 mm (9.14)
phi0= 1.026395 (9.12) phi0= 1.00167005 (9.12)

KJSR= 385.726 N/mm^1.5 (9.15)


X= 0.23453 (9.16)
csi= 1.131 (Tabela 9.3)
Phi= 1.160852 (9.17)

65
Exercício - Solução

• Passo 11: Calcular Kr (=90°):


𝐾𝐼𝑃 + Φ𝐾𝐼𝑆𝑅 1031,2 + 1,16 ∙ 375,8
𝐾𝑟 = = = 0,93
𝐾𝑚𝑎𝑡 1584

• Passo 12: Plotar no diagrama FAD:


𝜎𝑦𝑠 + 𝜎𝑢𝑡𝑠 205 + 380
𝜎𝑓𝑙𝑜𝑤 2 2
𝐿𝑃𝑟 (𝑚á𝑥) = = = = 1,427
𝜎𝑦𝑠 𝜎𝑦𝑠 205

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