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Traçado normal

 O papel de registro do ECG tem o desenho


quadriculado.
 São pequenos quadrados de 1 mm de cada
lado.
 A abscissa marca o intervalo de tempo
(1mm = 0,04s ou 40ms)
 O traçado pela caneta é feita a uma
velocidade padrão de 25mm/s, regitrando
as oscilações de potencial de acordo com
o momento elétrico.
 A ordenada marca a voltagem (1mm = 0,1
mV)

- 1 quadradinho = 0,04 seg ou 40 ms x


0,1mV
- 1 quadradão = 0,2 seg ou 200 ms x 0,5mV
 Para interpretar o ECG precisamos saber a
calibração
 No aparelho devidamente ajustado,
acionando-se o botão de calibração, a
agulha deflexiona 10mm ou 1 mV.
 É importante para avaliar patologias como
HVE que aumentam a amplitude do
complexo QRS. Em eletrocardiográficos
de fita, o complexo QRS pode não caber
no papel (o médico pode calibrar para N/2
para melhor avaliar a patologia).

Calibração padrão: N = 10mm = 1mV

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
# Para saber se a velocidade adotada é a
padrão (25mm/seg), contar 5 quadradinhos.
# Se contar 10 quadradinhos a velocidade é de
50mm/seg.
# É importante saber porque o ECG normal
pode parecer um bloqueio de ramo.

 Verificar a presença de onda P, complexo


QRS e onda T
 Saber se o ritmo: ver distância entre ondas
“R” do complexo QRS = intervalos RR

 Determinar a FC:
 Contar a quantidade de quadradinhos entre
2 intervalos R-R
 1 quadradinho = 0,04 seg
 1 min = 60 seg = 1500 quadradinhos
 Exemplos:
- 15 quadradinhos = FC = 1500/15 = 100bpm
- 3 quadradões = FC = 300/3 = 100bpm
 Esse cálculo só serve se o ritmo estiver
regular

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
5 quadradões
300/5 = 60 bpm 2 quadradões
300/2 = 150 bpm
 O traçado inicia-se com a onda P, onda da
ativação atrial.
 É uma deflexão de morfologia
arredondada, simétrica, de pequena
amplitude e que precede imediatamente
todos os complexos QRS.

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
 A duração, medida entre os ramos inicial e
final, é no máximo de 100ms.
 A amplitude, medida entre a linha de base
e o ápice, é no máximo de 2,5mm
(0,25mV).
 A polaridade é positiva em D1-D2-aVF e
de V2 a V6; é também positiva, na maioria
das vezes, em D3-aVL.
 Em V1 pode ser difásica, tipo positivo/
negativo, com a fase negativa muito
pequena.
 Em aVR é sempre negativa.

A despolarização total do átrio é a soma das


despolarizações no AD e AE.

 O segmento PR é o segmento da linha de


base ou isoelétrica que conecta o final da
onda P ao início do complexo QRS.
 Ocorre pelo retardo que o NAV dá para
que o átrio despolarize
 Corresponde ao tempo que o estímulo leva
para alcançar os ventrículos após a
despolarização atrial.
 Verificar se está na linha de base

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
 É o intervalo medido entre o início da
onda P e o do QRS.
 Corresponde ao tempo que o impulso
cardíaco leva para despolarizar os átrios,
percorrer as vias de condução internodais,
o nódulo AV, o feixe de His e ramos até
alcançar os ventrículos.
 Varia de um mínimo de 120ms até o
máximo de 200ms.
 Dentro desses limites, o iPR será menor
nas taquicardias e maior nas bradicardias.
 Bloqueio Atrioventricular (BAV): causa
aumento do intervalo PR

Mínimo: 120ms (3 quadradinhos)


Máximo: 200ms (5 quadradinhos)

 Corresponde à despolarização ventricular.


 É uma deflexão de morfologia espiculada
e de inscrição contínua.
 A duração, medida entre o início e o
término da deflexão, tem como limite
máximo de 120ms.
 Bloqueios de ramo: complexo QRS
alargado.
 A amplitude é variável.

QRS<120ms

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
 “ECG de pequena amplitude ou de baixa
voltagem”: quando o tamanho do QRS,
medido entre o ápice e o vértice da
deflexão, não ultrapassa 5mm nas
derivações periféricas ou 8mm nas
precordiais.
 A forma muda de acordo com a derivação

 A polaridade e a morfologia do QRS são


variáveis: em geral, nos adultos observa-se
um padrão mais ou menos constante nas
derivações precordiais, tipo:
 rS em V1 e V2
 RS em V3 e V4
 qRs em V5 e V6.
 Já nas derivações periféricas, as deflexões
são muito diversificadas, em virtude das
rotações e posições elétricas.

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
 Observar que foge ao padrão de
derivações precordiais (V1-V6)
 Este é um ECG de necrose cardíaca
1) Duração da onda Q>30ms
2) A amplitude da onda Q > 3mm ou 1/4 do
QRS
# isso não vale para aVR

 Ao se observar uma onda Q alargada em


D3, deve-se registrá-la novamente, com o
paciente em inspiração profunda. Se a
onda Q não se modificar, é dita patológica,
ou, ao contrário, se a onda Q diminuir ou
mesmo desaparecer, é dita não-patológica,
sendo então consequente às rotações
elétricas.

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
 O eixo elétrico (SâQRS) situa-se na
maioria das vezes entre 0º e +90. Aceita-se
como limites máximos variações entre
-30° e +120°.

D1: positivo
aVF: positivo
D3: positivo
Eixo elétrico entre +30º e +60º

A normal B
supradesnivelado
C
infradesnivelado
D variante
normal
(repolarização
precoce)
 Ponto J é o ponto que marca a junção entre o final da deflexão QRS e o início do
segmento ST.
 Deve estar no nível da linha isoelétrica (ou linha de base) do traçado.

 O

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
segmento ST (sST) corresponde à fase inicial da repolarização ventricular.
 É o segmento de linha que segue e une o complexo QRS à onda T.
 Deve estar no nível da linha isoelétrica de base do traçado.
 Discretos desníveis não refletem, necessariamente, estados patológicos, ocorrendo em
indivíduos simpaticotônicos ou vagotônicos e naqueles que apresentam uma variação do
normal, denominada de repolarização precoce.
 Entretanto, em princípio, qualquer supradesnível ou infradesnível, deve ser
cuidadosamente avaliado, pois pode corresponder a um IAM.

Ponto J acima da linha de base:


Repolarização precoce em IAM com supra de segmento ST / “ST suprado”
vagotônicos e pacientes jovens
 A onda T corresponde à repolarização ventricular,
em sua quase totalidade.
 Morfologia:
 Ligeiramente arredondada
 Assimétrica: fase ascendente mais lenta e a
descendente mais rápida
 Amplitude: varia, mas sempre menor que a
amplitude do complexo QRS
 Onda T simétrica e pontiaguda pode ser encontrada
nos indivíduos vagotônicos ou naqueles com
insuficiência coronariana.
 A duração é de difícil mensuração, pois nem sempre
é identificado o ponto de transição entre o final do
segmento ST e o início da onda T. Habitualmente,
não se mede a duração da onda T.

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
A Normal
B Em tenda
C Invertida

Onda T pontiaguda e simétrica é


sempre patológica

 A polaridade é positiva em D1-D2-aVF e de V2 a


V6.
 É positiva, na maioria das vezes, em D3-aVL-V1.
 É sempre negativa em aVR.
 Nos obesos e nos brevilíneos, a onda T pode estar
negativa em V1-V2, correspondendo a uma
variação do normal.
 Nas crianças e adolescentes, normalmente a onda T
se apresenta negativa de V1 a V4, sendo então
denominada de onda T infantil ou juvenil.

(+) V3-V6, D1-D2-D3, AVF, AVL


(-) AVR

Hipercalemia (K+>7,5)

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
 O intervalo QT (iQT) é o intervalo de tempo entre o
início do complexo QRS e o fim da onda T.
 Corresponde à duração total da sístole elétrica
ventricular.
 Varia com relação à FC.
 Existem tabelas que o correlacionam ou corrigem de
acordo com as diversas frequências, sendo então
denominado de intervalo QT corrigido (QTc).
 Para esse cálculo, utiliza-se mais frequentemente a
fórmula de Bazett:
QTC  iQT ( seg ) R  R ( seg )
# a onda T
geralmente não é medida porque é difícil definir seu
início e seu fim

H<450 e M<470
 De modo prático, utilizamos a tabela ao lado.
 O iQT pode estar prolongado em diversas
condições, como idade avançada, vagotania,
bradicardia, sofrimento miocárdico, efeito de certos
antiarrítmicos, especialmente os do grupo la.
 Pode estar diminuído em simpaticotonia,
taquicardia e pelo efeito de certos medicamentos,
em especial os digitá- licos. Distúrbios eletrolíticos
também o modificam.

Relação entre FC e QTC

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
Dispersão do intervalo QT
 Indica a existência de tempos de recuperação distintos do miocárdio ventricular, ou seja,
uma variabilidade temporal na repolarização ventricular.
 O aumento dessa variabilidade induzido por diversas cardiopatias diminui o limiar de
excitabilidade da fibra cardíaca, facilitando o aparecimento de arritmias.
 A dispersão do intervalo QT é calculada pela diferença entre o maior e o menor
intervalo QT, medidos em todas as 12 derivações do ECG.
 Uma definição do corte para valor normal não está totalmente estabelecida, variando
entre 65 e 100ms, segundo os diversos estudos.
 Diferenças acima de 100ms aumentam o risco de arritmias, podendo ser utilizado
como índice de estratificação e preditor de taquicardia e fibrilação ventricular, se
relacionado, principalmente, com a síndrome isquêmica aguda do miocárdio.
 A onda U corresponde à repolarização tardia das
fibras de Purkinje.
 Nem sempre esta onda é visualizada, porém, quando
presente, é mais facilmente identificada nas
derivações V2-V3-V4, após o término da onda T.
 Não tem significado patológico.
 Morfologia: arredondada, duração curta, baixa
amplitude, simétrica.
 O inverso, isto é, duração e amplitude aumentadas,
correlaciona-se com hipopotassemia grave.
 Em uma mesma derivação, a polaridade da onda U
deve ser coincidente com a polaridade da onda T.
Polaridade diferente é sinal de anormalidade, como
a insuficiência coronariana.
 Após a onda T ou após a onda U, quando esta
existir, segue-se uma linha isoelétrica ou linha de
base do traçado, que representa a

Repolarização tardia das fibras de


Purkinje
Repolarização demoradas dos mm
papilares
Potenciais residuais tardios do
septo
Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV
Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais
Pós-potenciais de atividade gatilho

1) Tem onda P? (despolarização


atrial)
2) Tem o QRS? (despolarização
ventricular)
3) Ritmo cardíaco
(regular/irregular)
4) FC: intervalor R-R
5) Durações (P, intervalo PR,
QRS, intervalo QT)
6) Amplitude das ondas P, QRS e
da T
7) Alterações morfológicas
8) Eixo elétrico do QRS
9) Conclusão

Onda P: duração de 100ms - amplitude de 0,25mV


Segmento PR: 120 a 200ms
QRS: duração <120ms - amplitude: 5 a 20mV para derivações frontais 8 a 30mV para derivações precordiais

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