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Elementos de projeto Introdugéo Aelaboracéo do projeto elétrico de uma instalacéo industrial deve ser precedida do conhecimento dos dados relativos as condigdes de suprimento e das caracteristicas funcionais da indiistria em geral. Normalmente, o projetista recebe do interessado um conjunto de plantas da indstria, contendo, no minimo, os seguintes detalhes: Planta de situagao ‘Tem a finalidade de situar a obra no contexto urbano Planta baixe de arquitetura do prédio Contém toda a area de construcio, indicando com detalhes divisionais os ambientes de producio industrial, escritérios, dependéncias em geral e outros que compdem o conjunto arquitetonico. Planta baixa do arranjo das méquinas (/ayout) Contém a projecao de todas as méquinas, devidamente posicionadas, com a indicago dos motores @ alimentar ou dos painéis de comando que receberio a alimentaco da rede, Plantas de detathes Devem conter todas as particularidades do projeto de arquitetura que venham a contribuir na definigo do projeto elétrico, tats como: + Vistas e cortes no galpéo industrial + Detathes sobre a existéncia de pontes rolantes no recinto de produgdo, «+ Detalhes de colunas e vigas de concreto ou outras particularidades de construcéo. + Detathes de montagem de certas méquinas de grandes dimensées © conhecimento desses e de outros detalhes possibilita ao projetista elaborar corretamente um excelente projeto executivo. E importante, durante a fase de projeto, conhecer os planos expansionistas dos dirigentes da empresa e, se possivel, obter Getalhes de aumento efetivo da carga a ser adicionada, bem como o local de sua instalacéo, Qualquer projeto elétrico de instalacéo industrial deve considerar os seguintes aspectos 8) Flexibilidade # a copacidade de admitir mudancas na localizacéo das maéquinas € equipamentos sem comprometer sertamente as instalacées existentes, b) Acessibilidade Exprime a facilidade de acesso a todas as maquinas e equipamentos de manobra. ¢) Confiabilidade E a forma pela qual se projeta um sistema elétrico industrial que propicie o maior nivel de disponibilidade dos equipamentos de producio. A confablidade pode ser tratada de forma qualitativa quando se estudam as falhas do sistema suas consequéncias na produc0. A confiabilidade também pode ser abordada de forma quantitativa quando se estuda 0 nimero de defeitos no sistema elétrico por falha de projeto, o tempo de interrupcéo no fornecimento de energia devido a essas falhas, os ‘custos de manutenco associados, além das perdas devido a restricdo da producéo. 4) Continuidade © projeto deve ser desenvolvido de forma que 2 instalago tenha o minimo de interrupeao total ou em qualquer um de seus circuitos. Para isso, muitas vezes € necessaria alguma redundancia de alimentaco da industria ou de qualquer dos setores de producéo, © projetista, sem ser especialista no ramo da atividade da indiistria que projeta, deve conhecer © funcionamento de todo 0 ‘complex industrial, pois isto lhe possibilita um melhor planejamento das instalagdes elétricas. Figura 1.1 Edificagao industrial Uma indistri Figure 1.1, A area industrial normalmente € composta por diversos setores de producéo, a depender do tipo de atividade da de forma geral, é compreendida por uma area industrial e uma area administrativa, conforme esté mostrado na indistria, como, por exemplo, uma indistria t&xtil, objeto do nosso Exemplo de Aplicacio Geral: setor de batedouro, setor de cardas, setor de conicaleiras, setor de filatérios, setor de tecelagem (teares) etc. JA a rea administrativa é composta por diferentes setores, tats como escritérios de geréncia, auditério, refeitérios, arquivos ete Neste capitulo serdo abordados diversos assuntos, todos relacionados ao planejamento de um projeto de instalacio elétrica ‘industrial Normas recomendadas ‘Todo e qualquer projeto deve ser elaborado com base em documentos normativos que, no Brasil, slo de responsabilidade da AssociagSo Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Cabe, também, seguir as normas particulares das concessionéries de servico publico ou particular que fazem 0 suprimento de energie elétrica da rea onde se acha localizada a indtistria. Estas normas néo colidem com as normas da ABNT, porém indicam ao projetista as condiges minimas exigidas para que se efetue o fornecimento de energia a inddstria, dentro das particularidades inerentes 20 sistema elétrico de cada empresa concessionéria, ‘A Companhia Energética do Cearé (Coelce), concesstonéria exclusiva deste estado, possu um conjunto de normas técnicas que cobre todo tipo de fornecimento de enereia elétrica para os varios niveis de tenséo de suprimento. Existem também normas estrangeiras de grande valia para consultas, como, por exemplo, a norte-americana National Electrical Code (NEC). A adogo de normas, além de ser uma exigéncia técnica profissional, conduz a resultados altamente positivos no desempenho ‘operativo das instalacdes, garantindo-thes seguranca e durabilidade, ‘As normas que devem ser mais utilizadas nos projetos de instalacées elétricas industrials s& + NBR 5410 - Instalagdes elétricas de baixa tensio; + NBR 14039 - Instalagdes elétricas de média tenséo de 1 2 36 KY; «NBR 5413 - Iluminaco de interiores ~ NBR 5419 - Protecdo de estruturas contra descargas atmosférica: Além das normas citadas, 0 projetista deve conhecer as normas técnicas brasileiras ou as normas técnicas internacionais IEC (International Electrotechnical Commission) quando da falta das normas brasileiras relativas as especificagées dos materiais € utilizados em seu projeto elétrico, tais como as normas de cabos, transformadores de poténcia, equipamentos que seré transformadores demedida, painéis elétricos, conectores etc. Dados para a elaboragao do projeto O projetista, kém das plantas anteriormente mencionadas, deve conhecer os seguintes dados: Condigées de fornecimento de energia elétrica Cabe & concessionéria local prestar ao interessado as informacdes que the so peculiares: © Garantia de suprimento da carga, dentro de condicées satisfatérias + Tenso nominal do sistema elétrico da regio onde esta localizado o empreendimento industrial. = Tipo de sistema de suprimento: radial, redial com recurso etc. + Restrigées do sistema elétrico (se houver) quanto & capacidade de fornecimento de poténcia necesséria a0 empreendimento. + Capacidade de curto-circuito atual e futuro do sistema, + Impedincia equivalente no ponto de conexio. Caracteristicas das cargas Estas informacSes podem ser obtidas diretamente do responsivel pelo projeto técnico industrial ou por meio do manual de especificacies dos equipamentos. Os dados principais sao: 2) Motores + Poténeia nominal; + Tenso nominal; + Corrente nominal + Frequéncia nominal: + Himero de polos + Mimero de fases + Ligagées possiveis + Regime de funcionamento. b) Fornos a arco + Poténcia nominal do forno; + Poténcia de curto-circuite do forno + Poténcia do transformador do forno, + Tense nominal; + Frequéncia nominal; + Fator de severidade. ¢) Outras cargas ‘Aqui ficam caracterizadas cargas singulares que compdem a instala¢o, tals como maquinas de soldas, fornos de inducéo, aparelhos de raios X industriais, méquinas que séo acionadas por sistemas computadorizados, cuja variacao de tenso permitida seja minima €, por isso, requeiram circuitos alimentadores exclusives ou até transformadores préprios, e muitas outras cargas tidas como especiais que devem merecer um estudo particularizado por parte do projetista, Concep¢o do projeto Esta fase do projeto requer muita experiéncia profissional do projetista, Com base nas suas decisées, 0 projeto tomara forma e corpo que conduzir8o ao dimensionamento dos materiais e equipamentos, estabelecimento da filosofia de protecSo e coordenacio ete De forma geral, a titulo de orientas projeto elétrico. , podem-se seguir os passos epontados como metodologta racional para a concep¢éo do Divisio da carga em blocos Com base na planta baixa com a disposic8o das maquinas, deve-se dividir a carga em blocos. Cada bloco de carga, também denominado Setor de Carga, deve corresponder @ um quadro de distribuigéo terminal com alimentacéo, comando € protecéo individualizados Aeescolha dos blocos de carga, em principio, € feita considerando-se os setores individuats de produco, também denominados Setores de Produgo, bem como a grandeza de cada carga de que so constituides, para avaliacdo da queda de tenséo. Como Setor de Producao, cita-se 0 exemplo de uma indistria téxtil, em que se pode dividir a carga em blocos correspondentes aos setores de batedores, de filatérios, de cardas etc. Ja na indiistria metal-mecénica, os setores de produco slo identificados como setores de estampagem, de compressores, de solda (ponteadeiras), laminacéo etc. Quando um determinado setor de producéo ocupa uma érea de grandes dimensies, pode ser dividido em dois ou mais blocos de carga, dependendo da queda de tenséo 2 que estes ficariam submetidos, dado o seu afastamento do centro de comando, ‘Também quando um determinado setor de produso esta instalado em recinto fisicamente isolado de outros setores, deve-se tomé-lo como bloco de carga individualizado. CCabe aqui considerar que se podem agrupar varios setores de producéo em um sé bloco de cargas, desde que a queda de tensio nos terminais delas seja permissivel. Isto se a, muitas vezes, quando da existéncia de maquinas de pequena poténcia. Localizagao dos quadros de distribuigao de circuitos terminais 0s quadros ou paingis de distribuicdo de circuitos terminais devem ser localizedos em pontos que satisfacam, em geral, as seguintes condicées: + No centro de carga Isso quase sempre ndo € possivel, pots © centro de carga muitas vezes se acha em um ponto fisico inconveniente do Setor Elétrico; isto €, 0 quadro de distribuigio fica instalado entre as méquinas, difcultando ou interrompendo o fluxo normal de produgao. + Préximo A linha geral dos dutos de alimentaco (canaletas, eletrocalhas etc.) = Afastado da passagem sistematica de funcionérios + Em ambientes bem iluminados + Em locais de fécil acesso + Em locais no sujeitos a gases corrosivos, inundacSes, trepidactes etc + Em locais de temperatura adequada (Os quadros de distribuigo normais so designados neste livro como Centro de Controle de Motores (CCM) quando nestes forem instalados componentes de comandos de motores, Séo denominados Quadros de Distribuiggo de Luz (QDL) quando contenham ‘componentes de comando de iluminacéo, Localizagao do quadro de distribuic&o geral Deve ser localizado, de preferéneia, no interior da subestacao ou em area contigua a esta. De uma maneira geral, deve ficar préximo das unidades de transformaco a que esté ligedo. E também chamado, neste livro, de Quadro Geral de Forga (QGF) © quadro de distribuicéo geral que contém os componentes projetados para seccionamento, protecio e medicao dos circuitos de distribuico, ou, em alguns casos, de circuitos terminais. Caminhamento dos circuitos de distribuigao e circuitos terminais Os condutores devem ser instalados no interior de eletrodutos, eletrocalhas, canaletas etc. 0 caminhamento desses dutos deve satisfazer determinadas condicdes, de forma a manter a seguranca da instalacao e do recinto onde esto instalados. + Os circuitos elétricos, quando instalados nas proximidades de instalacdes néo elétricas, devem manter um afastamento em relacdo as referidas instalacdes nao elétricas, de forma a garantir que a intervencdo em uma delas no represente risco de danos para eles, + Os circuitos elétricos no devem ser instalados nas proximidades de canalizacdes que produzem vapores e outras fontes de calor que possam causar danos as instalacdes elétricas, a ndo ser que se interponham anteparos que garantam a integridade dessas instalacées, + Os cireuitos elétricos que caminharem junto a canalizacSes que possam produzir condensacéo (sistema de climatizaci vapor) devem ser instalados acima dessas canalizacées. Localizagao da subestago E comumo projetista receber as plantas do empreendimento com a indicacio do local da subestacao. Nestes casos, a escotha ¢ feita fem funcao do arranjo arquiteténico da construcao. Pode ser também uma deciséo visando a seguranca da indiistria, principalmente quando o seu produto é de alto risco. Porém, nem sempre o local escolhido & o mais tecnicamente adequado, ficando a subestacio central, as vezes, muito afastada do centro de carga, o que acarreta alimentadores longos e de seco elevada. Estes casos so mais frequentes quando a indiistria é constituida de um iinico prédio e é prevista uma subestacao abrigada em alvenaria, As indistrias formadas por duas ou mais unidades de producéo, localizadas em galpGes fisicamente separados, conforme a Fioura 1.2, permitem mator flexibilidade na escolha do local tecnicamente apropriado para a subestacéo. Em tais casos, é necessério localizar a cabine de medico que contém os equipamentos ¢ instrumentos de medida de energia de propriedade da concessiondria proximo a via piblica, Essa disténcia varia de acordo com a norma da empresa concessionéria de energia elétrica. Contiguo ao posto de medic3o deve ser localizado 0 Posto de Protecdo Geral (PPG) de onde derivam os alimentadores primarios para uma ou mais subestagées localizadas préximo ao centro de carga, H 5 P, Ps 8 I 225 kVA 750 VA Py os \ eooival! BS i ial as | 5 i ag | gy ae \ A is] as Poste | Bf Py Be a soon | entrada | f g Rade da concessionaria Figura 1.2 Indistria formada por diversos galpdes. 0 processo para a localizacéo do centro de carga, que deve corresponder a uma subestacio, é definido pelo célculo do baricentro dos pontos considerados como de carga puntiforme e correspondentes poténcia demandada de cada galpfo industrial com suas respectivas distancias em relaco & origem - no caso, 0 posto de protecao geral - conforme as Equacées (1.1) (1.2). Ademanda de cada galpSe deve ser conziderads como um ponte localizade na subestagie correspondente. 0 esquema de coordensdas da Figura 1.3 é referente & indistria representada na Figure 1.2. (ty P+P,+ P+ Pah YixP+¥)xP+¥,xP,+¥,xPy+ YexP, Prh+h+h+k (1.2) Para exemplificar, considerar as poténcias e as distancias indicadas nas Figuras 1.2. 1.3. 60% 225+ 150%500+ 200x750 +320 300+ 320% 1,000 x 225+ 500 +750 + 300+ 1,000 >X=235,8m, 401.000 + 60% 500+ 110300 + 150«225+150x750 i 225+ 500 +750 + 300+ 1.000 > Y=29,8m ‘As coordenadas Xe Y indicam 0 local adequado da subestacdo, do ponto de vista da carga. 0 local exato, porém, deve ser decidido tomando-se como base outros parémetros, tas como proximidades de depdsitos de materiats combustivets, sistemas de resfriamento de dgua, arruamento interno etc Aeescolha do niimero de subestacdes unitarias deve ser baseada nas seguintes consideracdes: © Quanto menor a poténcia da subestacao, maior é o custo do kVA instalado em transformaco; + Quanto maior é 0 niimero de subestacées unitérias, maior é a quantidade de condutores primérios; = Quanto menor € 0 nimero de subestacdes unit maior é a quantidade de condutores secundérios dos circuitos de distribuicao. ria 09 See AE cesar ence naaene i enn Nee: Dai pode-se concluir que € necessério analisar os custos das diferentes opcées, a fim de se determinar a solucio mais econémica, Estudos realizados indicam que as subestagdes unitarias com poténcias compreendidas entre 750 € 1.000 kVA so consideradas de menor custo por kVA instalado, Definig&o dos sistemas 1.4.6.1 Sistema primario de suprimento Aalimentacio de uma indistria é, na grande matoria dos casos, de responsabilidade da concessionéria de energia elétrica. Por isso, © sistema de alimentacéo quase sempre fica limitado as disponibilidades das linhas de suprimento existentes na area do projeto. Quando a industria é de certo porte € a linha de producéo exige uma elevada continuidade de servico, fax-se necessério realizar investimentos adicionais, buscando recursos alternativos de suprimento, tais como a construgo de um novo alimentador ou @ aquisigéo de geradores de emergénc: ‘As indiistrias, de maneira geral, séo alimentadas por um dos seguintes tipos de sistema a) Sistema radial simples E aquele em que o fluxo de poténcia tem um sentido tinico, da fonte para a carga. Eo tipo mais simples de alimentacéo industrial e também é 0 mais utilizado. Apresenta, porém, baixa confiabilidade, devide @ falta de recurso para manobra quando da perda do circuito de distribuic sistemas, por conter somente equipamentos convencionats e de larga utilizacéo. A Figura | 4 exemplifica este tipo de sistema, geral ou alimentador. Em compensacio, © seu custo é 0 mats reduzido, comparativamente 20s outros b) Radial com recurso E aquele em que o sentido do fluxo de poténcia pode ser fornecido a partir de duas ou mais alimentagées. Dependendo da posicio das chaves interpostas nos circuitos de distribuic&o e da flexibilidade de manobra, conforme a Figure 1.5, este sistema pode ser operado como: + Sistema radial em anel aberto + Sistema radial seletivo Esses sistemas apresentam uma maior confiabilidade, pois a perda eventual de um dos circuitos de distribuico ou alimentador nfo deve afetar significativamente a continuidade de fornecimento para a grande parte das industrias, No entanto, alumas inddstrias, apés uma interrupcao, mesmo que por tempo muito curto - como, por exemplo, pela atuaco de um religador ajustado para um sé disparo -, levam um tempo muito elevado para voltar a produzir na sua capacidade plena, as vezes até 3 horas, como no caso de induistrias de cimento, notadamente aquelas que possuem maquinas do seu sistema produtivo operando com alto grau de automacéo. bana : Industria Subsstagio AR Traneformador de dietribuigso Figura 1.4 Esqueme de ststema racial simples Barra 1 Create de GstIbUgaO 7 Industria + SE ‘Chave NA ou NF route de astribulgao 2 Bias Transformador de distribuigao Figure 1.5 Esquema de sistema radial com recurso. Os sistemas com recurso apresentam custos elevados, devido ao emprego de equipamentos mais caros e, sobretudo, pelo dimensionamento dos circuitos de distribuico, que devem ter capacidade suficiente para suprir individualmente as cargas quando da saida de um deles, Esses sistemas podem ser alimentados de uma ou mais fontes de suprimento da concessionéi segundo caso, melhorara a continuidade de fornecimento, Diz-se que o sistema de distribuicio trabatha em primeira contingéncia quando a perda de um alimentador de distribuicSo nao afeta o suprimento de energia. Semethantemente, em um sistema que trabalha em segunda contingéncia, a perda de dois alimentadores de distribuigéo néo afetaria o suprimento da carga. Consequentemente, quanto mats elevada é a contingéncia de um sistema, maior é 0 seu custo. ‘© que, no 1.4.6.2 Sistema primdrio de distribuigéo interna Quando a indistria possui duas ou mais subestacées, alimentadas de um tinico ponto de suprimento da concessionaria, conforme visto na Ficura 1.2, pode-se proceder 8 energizacao destas subestacdes utilizando-se um dos seguintes esquemas: a) Sistema radial simples Ja definido anteriormente, pode ser tracado conforme a Figura 1 6. b) Sistema radial com recurso Como a definido, este sistema pode ser projetado de acordo com a ilustracao apresentada na Ficurs 1.7, em que os pontos de ‘consumo setoriais possuem alternativas de suprimento através de dots circuitos de alimentacéo, Cabe observar que cada barramento das SE é provide de disjuntores ou chaves de transferéncia automaticas ou manuais, podendo encontrar-se nas posigées NA (normalmente aberto) ou NF (normalmente fechado), conforme a melhor distribuigéo da carga nos dois alimentadores. Exemplificando uma condico usual, podemos operar esse sistema com a seguinte configuracéo: chaves ligadas: A.B; C-D; E-F; H; I-J; chave desligada: G. Nesse caso, 0 sistema opera em anel aberto. Fechando-se a chave G, 0 sistema ‘operaria na configuracao em anel fechado. Para operar dessa forma, & necessério que sejam aplicadas em todas as chaves relés de proteco direcionais, com exceco das chaves A-B. 1.4.6.3 Sistema secundério de distribuigéo A distribuiggo secundéria em baixa tenséo em uma instalacdo industrial pode ser dividida em: 1.4.6.3.1. Circultos terminais de motores Em uma definicao mais elementar, 0 circuito terminal de motores consiste em dois ou trés condutores (motores monofésicos ou bifasicos e trifésicos) conduzindo corrente em uma dada tensdo, desde um dispositivo de protecdo até o ponto de utilizacao. A Figura 1.8 mostra tracado de um circuito terminal de motor. z Setor 1 sey Medipao e | Setor2 ATID "protecto ger | SE 1 Setors se3 Poste d@ entrada Figure 1.6 Example de distribugao do sistama radial simples. Rede da concessionéria [| [set ae Ise 1S: Mediga0 protosao geral a Poste de entrada Figura 1.7 Example de distribuiggo de sistema primario radial com recurso. ~__Rede da concessionéria Os circuitos terminais de motores devem obedecer a algumas regras basicas: + Conter um dispositive de seccionamento na sua origem para fins de manutencZo. O seccionamento deve desligar tanto 0 ‘motor como o seu dispositive de comando. Podem ser utilizados: - Seccionadores + Interruptores ~ Disjuntores Contactores ~ Fusivets com terminais apropriados para retirada sob tensio, ~ Tomads de corrente (pequenos motores) + Conter um dispositive de protecéo contra curto-circuito na sua origem, + Conter um dispositive de comando capaz de impedir uma partida automatica do motor devido & queda ou falta de tens a partida for capaz de provocar perigo. Neste caso, recomenda-se a utilizagao de contactores + Conter um dispositive de acionamento do motor, capaz de reduzir a queda de tenso na partida @ um valor igual ou inferior @ 10% ou de conformidade com as exigncias da carga. ~ De preferéneia, cada motor deve ser alimentado por um circuito terminal individual. + Quando um circuito terminal alimentar mais de um motor ou outras cargas, os motores devem receber protecio de sobrecarga individual. Neste caso, a proteséo contra curtos-circuitos deve ser feita por um dispositive unico locatizade no Inicio do circuito terminal capaz de proteger os condutores de alimentaco do motor de menor corrente nominal ¢ que néo atue indevidamente sob qualquer condicSo de carga normal do circuito + Quanto maior a poténcia de um motor alimentade por um circuito terminal individual, & recomendével que cargas de outra natureza sejam alimentadas por outros circuitos ‘So consideradas aplicagdes normais, para as finalidades das prescrigdes que se seguem, as definidas a seguir, para atendimento a NBR 5410: © Cargas de natureza industrial ou similar Motores de inducdo de gaiola trifésicos, de poténcia superior a 150 kW (200 cv), com caracteristicas normalizadas conforme NBR 7094. CCargas acionadas em regime 51 e com caracteristicas de partida conforme @ NBR 7094. + Cargas residenciais e comerciais Motores de poténcia inicial nao superior a 1,5 kW (2 cv) constituindo parte integrante de aparelhos eletrodomésticos & eletroprofissionais. ‘Circuito de distribuigao ‘Administragao Mt M4 Circuito terminal Girouito terminal Rede da concessionaria Figura 1.8 Exemplo de eistribuigso de sistema secundério. 1.4.6.3.2 Circuitos de distribuigéo Compreendem-se por circuitos de distribuigo, também chamados neste livro de alimentadores, 0s condutores que derivam do Quadro Geral de Forea (QGF) e alimentam um ou mais centros de comando (CCM e QDL). Os circuitos de distribuicd carga.e as correntes de curto-circuito devem ser protegides no ponto de origem por disjuntores ou fusiveis de capacidade adequada & Os circuitos de distribuic3o devem dispor, no ponto de origem, de um dispositivo de seccionamento, dimensionado para suprir a maior demanda do centro de distribuico e proporcionar condicBes satisfatérias de manobra 1.4.6.3.3, Recomendagées gerais sobre projeto de circuitos terminals ¢ de distribuicéo No Capitulo 3, discute-se a metodologia de calculo da seco dos condutores dos circuitos terminais e de distribuicéo. Aqui fornecidas algumas consideracdes praticas a respeito do seu projeto: + Amenor secio transversal de um condutor para circuitos terminats de motor e de tomadas é de 2,5 mm? + Amenor secio transversal de um condutor para circuitos terminats de iluminacio é de 1,5 mm’ + Nido devem ser utilizados condutores com seco superior a 2,5 mm’ em circuits terminais de iluminagao ¢ tomadas de uso geral, com exceco dos circuitos de iluminacao de galpes industriais. + Devem-se prever, quando conveniente, uma capacidade reserva nos circuitos de distribuigo visando a0 aparecimento de futures cargas na instalagéo + Devem-se dimensionar circuitos de distribuicSo distintos para luz e forea © Deverse Uimnensionar un circuity de distribuigge dist lo pera vada carga com capacidade igual ou superior a 10 A. Nesse caso, deve-se admitir um circuito individual para cada uma das seguintes cargas: chuveiro elétrico, aparelho de ar condicionado, torneira elétrica, méquina de lavar roupa e maquina de lavar louca. «As cargas devem ser distribuidas o mais uniformemente possivel entre as fa + Ailuminagéo, de preferéncia, deve ser dividide em vérios circuttos terminais. + © comprimento dos circuitos parciais para iluminaco deve ser limitado em 30 m. Podem ser admitidos comprimentos superiores, desde que a queda de tensio seja compativel com os valores estabelecidos pela NBR 5410 e apresentados no Capitulo 3 1.4,6.3.4 Constituicéo dos circuitos terminals e de distribui S80 constituidos de: a) Condutores isolados, cabos unipolares e multipolares, b) Condutos: eletrodutos, bandejas, prateleiras, escada para cabos etc. Aplicagio de quaisquer dos dutos utilizados pelo projetista deve ser acompanhada de uma anélise dos metos ambientes nos quais sero instalados, conforme sera discutido na Seco 1.5. © dimensionamento dos dutos deve ser feito segundo 0 que prescrave o Capitulo &. 1.4.6.4 Consideragées gerais sobre os quadros de distribuicéo Os quadros de distribuicdo devem ser construidos de modo a satisfazer as condicdes do ambiente em que sero instalados, bem ‘como apresentar um bom acabamento, rigidez mecénica e disposico apropriada nos equipamentos e instrumentos. Os quadros de distribuigo - QGF, CCM € QDL - instalados, abrigados e em ambiente de atmosfera normal devem, em geral, apresentar grau de protecao IP40, caracteristico de execuco normal. Em ambientes de atmosfera poluida, devem apresentar grau. de protec 1P54 ou acima, de conformidade com a severidade dos poluentes. Estes so vedados e nfo devem possuir instrumentos © botdes de acionamento fixados exteriormente As principais earactaricticas dos quadras da dictribuicte 2.000 m. Presenga de agua Apresenga de umidade e agua = ADI = AD2: = ADS: = AD4 = ADS: Ape: = AD?: fator preocupante na seleco de equipamentos elétricos. A classificacao ¢: a probabilidade de presenca de agua é desprezivel; Possibilidade de queda vertical de agua; Possibilidade de chuva caindo em uma dire: ‘em angulo de 60° com a vertical; possibilidade de proje¢o de égua em qualquer direcio; possibilidade de jatos de gua sob pressio em qualquer direcéo; possibilidade de ondas de Sgua; possibilidade de recobrimento intermitente, parcial ou total de gue; ~ AD8: possibilidade total de recobrimento por agua de modo permanente. Presenca de corpos sélidos A poeira ambiente prejudica a isolacao dos equipamentos, principalmente quando associada a umidade. Também a seguranca das pessoas quanto & possibilidade de contato acidental implica o estabelecimento da seguinte classificagéo: + AEI: no existe nenhuma quantidade apreciavel de poeira ou de corpos estranhos; + AE2: presenga de corpos sdlidos cuja menor dimensao ¢ igual ou superior a 2,5 m; + AE3: presenga de corpos sélidos cuja menor dimensao é igual ou inferior a 1 mm; + ABA: presenca de poeira em quantidade apreciavel. Presenca de substancias corrosivas ou poluentes Estas substancias so altamente prejudicials aos materials elétricos em geral, notadamente as isolagdes. A classificacio desses ambientes & - AFI: a quantidade ou natureza dos aspectos corrosivos ou poluentes néo é significativa; = AF2: presenca significativa de agentes corrosivos ou de poluentes de origem atmosférica: + APS: agées intermitentes ou acidentais de produtos quimicos corrosivos ou poluentes; = AF4: ago permanente de produtos quimicos corrosivos ou poluentes em quantidade significativa. Vibracdes As vibracées so prejudiciais a0 funcionamento dos equipamentos, notadamente as conexdes elétricas correspondentes, cuja classificagéo é + AHT: fracas: vibrages desprezivets; + AH2: médias: vibraces com frequéncia entre 10 € 50 Hz e amplitude igual ou inferior a 0,15 mm; + AH: significativas: vibragées com frequéncia entre 10 e 150 Hz e amplitude igual ou superior a 0,35 mm. Radiagées solares Aradi , principalmente a ultravioleta, altera a estrutura de alguns materiais, sendo as isolacées & base de compostos plasticos ‘as mais prejudicadas. A classificacao é + ANT: desprezivel + AN2: radiacio solar de intensidade e/ou duracio prejudicial Raios Os raios podem causar sérios danos aos equipamentos elétricos, tanto pela sobretenséo quanto pela incidéncia direta sobre os referidos equipamentos. Quanto a classificacio, tem-se: + AQ: desprezivel; = AQ2: indiretos - riscos provenientes da rede de alimentagé = AQ3: diretos - riscos provenientes de exposicdo dos equipamentos. Resisténcia elétrica do corpo humano ‘As pessoas esto sujeitas 20 contato acidental na parte viva das instalagdes, cuja seriedade da lesdo esté diretamente ligada as condigdes de umidade ou presenca de dgua no corpo. Aclassificagio neste caso é: = BBI: elevada - condigéo de pele seca = BB2: normal - condicdo de pele dmida (suor) + BB3: fraca - condico de pés mothados; BB4: muito fraca - condi¢o do corpo imerso, tais como piscinas e banheiros. Contato das pessoas com potencial de terra ‘As pessoas, quando permanecem em um local onde hé presenca de partes elétricas energizadas, esto sujeitas a riscos de contato com as partes vivas desta instalacao, cujos ambientes sao assim classificados: Anorma estabelece a classificagio de outros tipos de ambientes que a seguir sero apenas citados: C1: nulos - pessoas em locafs no condutores; C2: fracos - pessoas que nao correm risco de entrar em contato sob condicdes habituais com elementos condutores que no estejam sobre superficies condutoras; C3; frequentes - pessoas em contato com elementos condutores ou se portando sobre superfictes condutoras; C4: continuos - pessoas em contato permanente com paredes metélicas e cujas possibilidades de interromper os contatos so limitadas Presenca de flora e mofo; Choques mecénicos; Presenga de fauna; Influéncias eletromagnéticas, eletrostéticas ou ionizantes; Competéncia das pessoas; Cond jes de fuga das pessoas em emergénci 5 processadas ou armazenadas; Materiats de construcéo; Estrutura de prédios. Natureza das mate Influéncias eletromagnéticas, eletrostaticas ou ionizantes « Fenémenos eletromagnéticos de baixa frequéncia: conduzidos ou radiados. + Fenémenos eletromagnéticos de alta frequéncia: conduzidos, induzidos e radiados: continuos ou transitérios. ~ Descargas eletrostaticas, + RadiagGes ionizentes Descargas atmosféricas © Despreziveis: < 25 dias por ano + Indiretas: > 25 dias por ano - riscos provenientes da rede de alimentagéo. « Diretas: riscos provenientes das exposig jes dos componentes di instalacSo. Os projetistas devem considerar, no desenvolvimento do projeto, todas as caracteristicas referentes aos meios ambientes, tomando as providéncias necessérias a fim de tornar 0 projeto perfeitamente correto quanto a seguranca do patriménio e das pessoas qualificadas ou néo para o servigo de eletricidade. © leitor deve consultar @ NBR 5410 para conhecer detathadamente a classificacdo das influéncias externas do meio ambiente que devem ser consideradas no planejamento, na concepcio na execuso dos projetos das instalacées elétricas. Graus de protecao Refletem a proteco de invélucros metélicos quanto a entrada de corpos estranhos e penetracio de Ventilaco ou instalaco de instrumentos, pelas juncées de chapas, portas etc. ua pelos orificios destinados & ‘As normas especificam os graus de proteco através de um cédigo composto pelas letras IP, seguides de dots nimeros que significa: a) Primeiro algarismo Indica 0 grau de protecSo quanto & penetracio de corpos sélidos e contatos acidentais = 0- sem protesdo; + 1-compos estranhos com dimensBes acima de 50 mm, + 2+ compos estranhos com dimensées acima de 12 mm: + 3 corpos estranhos com dimensées acima de 2,5 mm + 4-comos estranhos com dimensées acima de 1mm; «5 -protego contra aciimulo de poeta prejudicial a0 equipamento; + 6 protecZo contra penetracio de poeira b) Segundo algarismo Indica 0 grau de proteco quanto & penetracéo de égua internamente ao invélucro: + 0+ sem proteséo: + 1 +pingos de égua na vertical + 2-pingos de gua até a inclinago de 15° com a vertical: + 3+ dgua de chuva até a inclinacéo de 60° com a vertical; «4+ respingos em todas as direcbes, + 5+ Jatos de égua em todas as direcdes; + 6+ imersio temporaria + 7-imerséo: + 8+ submerséo, Com as varias combinacdes entre os algarismos citados, pode-se determinar o grau de protecao desejado para um determinado tipo de invélucro metalico, em funcio de sua aplicacao em uma atividade especifica. Porém, por economia de escala, os febricantes de invélucros metélicos padronizam seus modelos para alguns tipos de grau de proteco, sendo os mais comuns os de erau de protecéo IPS4, destinados a ambientes externas, e 05 de grau de protecéo 1P23, utilizados em interiores. Os graus de protec3o séo aplicados a quaisquer tipos de invélucros metélicos: paingis elétricos, motores elétricos, geradores ete. Protecao contra riscos de incéndio e explosao As indistrias, em geral, esto permanentemente sujeitas a riscos de incéndio , dependendo do produto que fabricam, so bastante vVulneréveis @ explosdes @ que normalmente se segue um incéndio. Para prevenir essas ocorréncias existem normas nacionats € internacionais que disciplinam os procedimentos de seguranca que procuram eliminar esses acidentes, Julga-se oportuno citar os diversos itens @ seguir discriminados e que constam da norma NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego. + Todas as empresas esto obrigadas a manter diagramas unifilares das instalacdes elétricas com as especificacées do sistema de aterramento. = 0 Pront pel +E obrigatério que 0s projetos de quadros, instalacées e redes elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de rio de Instalagdes Elétricas deve ser organizado e mantido pelo empregador ou por pessoa formalmente designada smpresa e deve permanecer a disposi¢ao dos trabalhadores envolvidos nas instalacdes e servicos em eletricidade. circuitos que possuam recursos para travamento na posico desligado, de forma a poderem ser travados e sinalizados. © memorial descritive do projeto deve conter, no minimo, os itens de seguranca: Especificaro das caracteristicas relativas @ protecéo contra choques elétricos, queimaduras € outros efeitos indesejéveis: Exigéncia de indicaco de posicio dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos (Verde - “D” - Desligado; e Vermetho = "L" = Ligado). Descrigo do sistema de identificacdo dos circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, controle, prote¢do, condutores e os préprios equipamentos ¢ estruturas, esclarecendo que tais identificagses deverdo ser eplicadas fisicamente nos componentes das instalacdes. Recomendacées de restricées e adverténcias quanto 20 acesso de pessoas aos componentes das instalacées.. Precaugdes aplicavels em face das influéncias ambientats. © principio funcional dos elementos de proteco constantes do projeto, destinados & seguranca das pessoas. Descrigo da compatibilidade dos dispositivos de protec3o, + Somente sero consideradas desenergizadas as instalacées elétricas liberadas para servico mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequancia abaixo: + Seccionamento, - Impedimento de reenergizacéo - Constatacio de auséncia de tensio + Instalago de aterramento tempordrio com equipotencializagao dos condutores dos circuitos ~ Instalago da sinalizago de impedimento de energtzacéo. + O estado de instalacéo desenergizado deve ser mantido até a autorizacéo para reenergizacio, devendo ser reenergizada respeitando a sequéncia dos procedimentos abaixo: - Retirada de todas as ferramentas, equipamentos e utensilios. - Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores néo envolvidos no processo de eneratzacéo. - Remocao da sinalizacéo de impedimento de energizacio ~ Remogéo do aterramento temporério da equipotencializacao e das protegies adicionats. - Destravamento, se houver, ¢ religacao dos dispositivos de seccionamento. + Osprocessos ou equipamentos suscetivets de gerar ou acumular eletricidade esta dispositivos de descarga elétrica, + Nas instalacies elétricas das dreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incéndio ou explosdes devem ser adotados dispositivos de protecéo complementar, tais como alarme e seccionamento automético para prevenir sobretensées, sobrecorrentes, fugas, aquecimentos ou outras condigées anormats de operacao. ica devem dispor de protecéo especifica e Formulagao de um projeto elétrico Antes de iniciar um projeto de uma instalaco industrial, © projetista deve planejar o desenvolvimento de suas aces de forma a evitar 0 retrabalho, desperdicando tempo e dinheiro. A seguir, serao formuladas orientagées técnicas, de forma didética, para o desenvolvimento racional de um projeto de instalac&o industrial Fatores de projeto Na elaboraco de projetos elétricos, é necesséria a aplicacdo de alguns fatores, denominados fatores de projeto, visando economicidade do empreendimento. Se tais fatores forem omitidos, a poténcia de certos equipamentos pode alcangar, desnecessariamente, valores muito elevados. ‘or de demanda E 9 relaco entre a demanda maxima do sistema e a carga total conectada a ele, durante um intervalo de tempo considerado. Acarga conectada & a soma das poténcias nominais continuas dos aparelhos consumidores de energia elétrica, © fator de demanda é, usualmente, menor que a unidade. Seu valor somente é unitério se a carga conectada total for ligeda simultaneamente por um periodo suficientemente grande, tanto quanto o intervalo de demanda ‘A Equacéo (1.3) mede, matematicamente, o valor do fator de demanda, que € adimensional D, R, F, = Date 03) ‘aac demanda maxima da instalago, em kW ou kVA; Proes potancia da carga conectada, em kW au kVA Para um projeto industrial com carga instalada de 1.500 kW, cuja curva de demanda esta indicada na Fiure |.10, pode-se daterminar o fator de demanda no valor de: ATabela |. fornece os fatores de demanda para cada grupamento de motores e operaco independente Demanda maxima: Demanda média—— Demanda 70,0. z 4 5 i 2000 Se wand st oe ¥ 8 $88 88 sg¢seg38228 3 Ge SER EE SEER ELE Esa LS is oessiaina Figura 1. 10Fontos importantes de ume curva de carga. Tabela 1.1 Fatores de demands 1-10 70 - 80 11-20 60-70 21-50 55-60 51-100 50-60 ‘cima de 100 45-35 1.8.1.2 Fator de carga E a razio entre @ demanda média, durante um determinado intervalo de tempo, e a demanda maxima registrada no mesmo periodo. © fator de carga, normalmente, refere-se a0 periodo de carga diéria, semanal, mensal e anual. Quanto maior ¢ 0 periodo de ‘tempo ao qual se relaciona o fator de carga, menor é 0 seu valor; isto é, 0 fator de carga anual & menor que o mensal, que, por sua vez, é menor que o semanal, e assim sucessivamente. © fator de carga é sempre mafor que zero e menor ou igual @ unidade. 0 fator de carga mede o grau no qual a demanda maxima foi mantida durante 0 intervalo de tempo considerado; ou ainda, mostra se a energia esta sendo utilizada de forma racional por parte de uma determinada instalacéo. Manter um elevado fator de carga no sistema significa obter os seguintes beneficios: + Otimtzagio dos investimentos da instalacéo elétric + Aproveitamento racional da energia consumida pela instalacéo; + Reduce do valor da demanda pico. 0 fator de carga didrio pode ser calculado pela Equacio (1.4). Dus D, (14) © fator de carga mensal pode ser calculado pela Equacio (1.5). G oa 13) 730xD, “oo Gon ~ consumo de energia elétrica durante o periado de tempo considerado; Ogi,“ demanda maxima do sistema para o mesmo periodo, em kW; nia ~ demanda média do periodo, calculada pela integragao da curva de carga da Figura 1.10, 0 equivalente 20 valor do lado do retangulo de energia correspondente 20 eixo da ordenada. A drea do reténgulo é numericamente igual 20 consumo de energia do periodo. Ou ainda, a soma das dreas da curva de carga acima da reta que define a demanda média deve ser igual & soma das éreas abaixo da referida reta. Relativamente & curva de carga da Figura | 10, 0 fator de carga rio da instalacio é Dau _ 350 aD 30 0,51 Com relagio ao fator de carga mensal, considerando que © consumo de energia elétrica registrado na conta de energia do més ‘emitida pela concessionaria foi de 232.800 kWh, pode-se calcular o seu valor diretamente da Equagéo (1.5): 232.800 730% Dye, 730680 Ey 0,47 Dentre as préticas que merecem maior aten¢o em um estudo global de economia de energia elétrica esté a melhoria do fator de carga, que pode, simplificedamente, ser resumida em dois itens = Conservar o consumo e reduzir a demanda ~ Conservar a demanda e aumentar o consumo. Essas duas condicSes podem ser reconhecidas pela andlise da Equacéo (1.5). Cada uma delas tem uma aplicacéo tipica. A primeira, que se caracteriza como a mais comum, ¢ peculiar aquelas indistrias que iniciam um programa de conservaco de energia, mantendo @ mesma quantidade do produto fabricado. £ bom lembrar neste ponto que, dentro de qualquer produto fabricado, es contida uma parcela de consumo de energia elétrica, isto é, de kWh, € nfo de demanda, KW. Logo, mantida a producio, deve-se ‘atuar sobre a reducdo de demanda, que pode ser obtida, com sucesso, através do deslocamento da operacio de certas maquinas ara outros intervalos de tempo de baixo consumo na curva de carga da instalacao. Isso requer, em geral, alteraco nos turnos de servico e, algumas vezes, o dispéndio de adicionais na mao de obra par a legislagéo trabalhista, tender Analisando agora o segundo método para se obter a melhoria do fator de carga, isto é, conservar a demanda e aumentar 0 consumo, observarse que ele é destinado 20s casos, por exemplo, em que determinada indistria deseja implementar 05 seus planos de expansio e esteja limitada pelo dimensionamento de algumas partes de suas instalacdes, tais como as unidades de transformacéo, barramento ete Sem necessitar de investir na ampliaco do sistema elétrico, o empresério poder aproveitar-se da formaco de sua curva de carga e implementar o novo empreendimento no intervalo de baixo consumo de suas atuais atividades, Além da vantagem de no necessitar de fazer investimentos, contribuira significativamente com a melhoria de seu fator de carga, reduzindo substancialmente o prego da conta de enereia cobrada pela concessionéria. Além dessas préticas citadas, para a melhoria do fator de carga so usuais duas outras providéncias que dio excelentes resultados: 8) Controle automético da demande Esta metodologia consiste em segregar certas cargas ou setores definidos da indistria e aliments-los através de circuitos expressos comandados por disjuntores controlados por um dispositive sensor de demanda, regulado para operar no destigamento dessas referidas cargas toda vez que a demanda atingir o valor maximo predeterminado. Nem todas as cargas se prestam para atingir esse objetivo, pois néo se recomenda que 0 processo produtivo seja afetado. Pelas caracteristicas préprias, as cargas mats comumente selecionadas sio: + sistema de ar condicionado; + estufas; + fornos de alta temperatura + cémaras frigorificas. Mesmo assim, & necessério frisar que a seleco dessas cargas deve ser precedida de uma anélise de consequéncias préticas resultantes deste método, Por exemplo, 0 desligamento do sistema de climatizacio de uma industria téxtil por um tempo excessive poderd trazer sérias consequéncias quanto & qualidade de producao. Os tipos de carga anteriormente selecionados séo indicados para tal finalidade por dois motivos bésicos. Primeiro, porque a sua Inércia térmica, em geral, permite que as cargas sejam desligadas por um tempo suficiente grande sem afetar a producio, Segundo, Por serem normalmente constituidas de grandes blocos de poténcia unitaria, tornando-se facilmente controlaveis. b) Reprogramagio da operagéo das cargas Consiste em estabelecer horérios de operacéo de certas méquinas de grande porte ou mesmo certos setores de producéo ou, ainda, redistribuir 0 funcionamento destas cargas em periodos de menor consumo de energia elétrica. Essas providéncias podem ser impossiveis para determinadas inddstrias, como aquelas que operam com fatores de carga elevados - tal como a indistria de ccimento -, porém perfeitamente factiveis para outros tipos de plantas industria. © controle automético ds demands ¢ a reprogramaco da operacio de cargas séo préticas ja bastante conhecidas das indiistrias, desde o inicio da implantacdo das tarifas especiais como a horossazonal, a tarifa verde ete. 1.8.1.3 Fator de perda E a relacdo entre a perda de poténcia na demanda média e a perda de poténcia na demanda méxima, considerando um intervalo de tempo especificado, © fator de perda nas aplicagdes praticas é tomado como uma fun¢io do fator de carga, conforme a Equacéo (1.6). F, = 0,30xF, +0,70xF? (1.6) Enquanto 0 fator de carga se aproxima de zero, o fator de perda também o faz. Por outro lado, quando o fator de carga se aproxima de 1,0, 0 fator de perda segue a mesma trajetoria. Assim, quando o sistema elétrico esté operando com o seu fator de carga minimo, as perdas elétricas so minimas. Por outro lado, quando o fator de carga atingir o seu valor maximo, naquele sistema, as perdas elétricas nessa condicBo s8o méximas. Para a curva de carga da Figura 1.10, 0 fator de perda diario vale: ,30 * 0,47 + 0,70 x 0,47" = 0,29 1.4 Fator de simultaneidade E a relagdo entre a demanda maxima do grupo de aparelhos e a soma das demandas individuats dos aparelhos do mesmo grupo, num intervalo de tempo considerado. 0 fator de simultaneidade resulta da coincidéncia das demandas maximas de alguns aparelhos do frupo de carga, devido a natureza de sua operaco. 0 seu inverso ¢ chamado de fator de diversidade. ‘A plicacdo do fator de simultaneidade em instalacdes industrials deve ser precedida de um estudo minuctoso, a fim de evitar 0 subdimenstonamento dos circuitos e equipamentos. do decréscimo do fator de simultaneidade, em geral, depende da heterogeneidade da carga Ataxa de vari © fator de simultaneidade é sempre inferior & unidade, enquanto o fator de diversidade, considerado o inverso deste, é sempre superior a 1 A Tabela 1.2 fornece os fatores de simultaneidade para diferentes poténcias de motores agrupados e outros aparethos. Tobela 1.2 Fatoras de simultanaldede DR Sey Aparelhos (ev) A rt Motores: 3/422,8 | 0,85 0,80 0.75 0,70 0.60 0s 080 0.40 Notores: 3015 0.85 0,80 0.75 075 0,70 068 088 0.48 Notores: 20 a 40 0,80 0,80 0.80 07 085 0.60 0.60 0.50 Acima de 40 0,90 0,80 9,70, 0,70 0.65 0685 0.65 0.60 Retificadores 0,90 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,70 0,70 Soldadores 0,45 045 0.45 0.40 0,40 0,30 0,30 0,30 Fornos resistives 1,00 1,00 7 a - Fornos de inducéo 4,00 4,00 : : - 1.8.1.5 Fator de utili ago E 0 fator pelo qual deve ser multipticada a poténcia nominal do aparetho para se obter a poténcia média ebsorvida por ele, nas condicées de utilizacéo. A Tebcla 1.3 fornece os fatores de utilizacéo dos principats equipamentos utilizados nas instalacées elétricas industriats Na falta de dados mais precisos, pode ser adotado um fator de utilizacSo igual a 0,75 para motores, enquanto, para aparelhos de ‘luminaco, ar condicionado e aquecimento, o fator de utilizaco deve ser unitario. Tobela 1.3 Fatores de utilicasio PUTT Psat Fornos a resistencia 1,00 Secadores, caldeiras etc. 1,00 Fornos de inducéo 1,00 Motores de 3/48 2,5 cv 0,70 Motores de 3 2 15.ev 083 Motores de 20 a 40 cv 0,85 ‘Acima de 40 cv 0,87 Soldadores 1,00 Retificadores 1,00 Determinagao de demanda de poténcia abe 20 projetista a decisio sobre a previsio da demanda da instalac carga e do tipo de operacio da indiistria Ha instalacSes industriais em que praticamente toda carga instalada esta simultaneamente em operacdo em regime normal, 2 qual deve ser tomada em funcéo das caracteristicas da como ¢ 0 caso de indistrias de fios e tecidos, No entanto, ha outras industrias em que ha diversidade de operacdo entre diferentes setores de producio. £ de fundamental importancia considerar essas situacées no dimensionamento dos equipamentos. Em um projeto de instalagao elétrica industrial, além das éreas de manufaturados, hé as dependéncias administrativas, cujo projeto deve obedecer &s caracteristicas normatives quanto a0 nimero de tomadas por dependéncia, ao niimero de pontos de luz por circuito etc Nessas condigées, 2 carga prevista em um determinado projeto deve resultar da composiclo das cargas dos setores industrials e das ies administrativas. Quando o projetista nfo obtiver informacées razoaveis sobre a operacéo simulténea ou no dos setores de carga, sugerem-se as seeuintes precausées + Considerar a carga de qualquer equipamento de utilizago na poténcia declarada pelo fabricante ou calculada de acordo com a tenséo nominal ¢ @ corrente nominal, expressa em VA, ou multiplicar o resultado anterior pelo fator de poténcia, quando se conhecer, sendo, neste caso, a poténcia dada em W. + Sea poténcia declarada pelo fabricante for a universal fornecida pelo equipamento de utilizaco, como ocorre no caso dos motores, deve-se considerar o rendimento do aparelho para se obter a poténcia absorvida, que ¢ valor que se deve utilizar para determinar o valor da carga individual demandada. 1.8.2.1 Consideragées gerais a) Huming 0 + Acarga de iluminaco deve ser determinada por meio de critérios normativos, especialmente os da NBR 5413. + Considerar a poténcia das lampadas, as perdas e o fator de poténcia dos equipamentos auxiliares (reator) quando se tratar de lémpadas de descarga. b) Pontos de tomadas + Em salas de manutengao e salas de equipamentos, tais como casas de méquinas, salas de bombas, barriletes € locais similares, deve ser previsto, no minimo, um ponto de tomada de uso geral a que deve ser atribuida uma poténcia igual ou superior a 1.000 VA. + Quando for previsto um ponto de tomada de uso especifico, deve-se atribuir uma poténcia igual 8 poténcia nominal do ‘equipamento ou & soma das poténcias dos equipamentos que devem utilizar o respectivo ponto de tomada. Quando nao for possivel conhecer as poténcias exatas dos equipamentos a serem ligados nese ponto de tomada, devem ser adotados os seguintes critérios: ~ _Atribuir a0 ponto de tomada a poténcia nominal do equipamento ou a soma dos equipamentos que podem ser alimentados por ele. ~ Alternativamente, pode ser atribuida ao ponto de tomada a capacidade do circuito projetado, a partir da tenso do circuito e da corrente de projeto ~ 05 pontos de tomada de uso especifico devem ser localizados, no maximo, a 1,5 m do ponto onde esté prevista a localizacao dos respectivos equipamentos. ~ Os pontos de tomada destinados a alimentaco de mais de 1 (um) equipamento devem ser providos de uma determinada ‘quantidade de tomadas adequada 20 nimero de equipamentos a serem utilizados, 1.8.2.2 Cargas em locais usados como habitagéo Devem ser utilizados os seguintes critérios para compor a carga instalada a) b) Mluminagéo + Em cada cémodo ou dependéncia de unidades habitacionais deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com poténcia minima de 100 VA, comandado por interruptor de parede. + Como alternativa a previséo de carga feita através da NBR 5413, podem ser aplicados os seguintes requisitos: ~ Em cémodos ou dependéncias com area igual ou inferior a 6 m” deve-se prever uma carga minima de 100 VA. - Em dependéncias com érea superior a 6 m® deve-se prever uma carga minima de 100 VA para os primeiros 6 m* de drea, acrescendo-se 60 VApara cada 4m’ ou fraglo. Pontos de tomadas + Embanheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatério. + Em cozinhas, copas e copas-cozinhas, no minimo, uma tomada para cada 3,50 m ou fracao de perimetro, acima de cada bancada, e devem ser previstas pelo menos duas tomadas de corrente no mesmo ponto ou em pontos distintos. Em varandas, deve ser previsto, no minimo, um ponto de tomada. + Em cada um dos demats cémodos ou dependéncias de habitacio, devem ser adotados os seguintes procedimentos: ~ Prever um ponto de tomada quando a area do cémodo ou dependéncia for igual ou inferior a 2,25 m?, permitindo que o onto de tomada seja externamente posicionado até 80 cm da porta de acesso a drea do cémodo ou dependéncia -Prever um ponto de tomada se a area for superior a 2,25 m? e igual ou inferior a 6 m? ~ Sea érea for superior a 6m’, prever uma tomada para cada 5 m ou fracdo, de perimetro, espacadas tao uniformemente uanto possivel. + As tomadas de corrente devem ser atribuidas as seguintes poténcias: Para tomadas de uso geral, em banhetros, cozinhas, copas, copas-cozinhas e areas de servico, no minimo 600 VA por tomada, até 3 (trés) tomadas e 100 VA por tomada para as excedentes, considerando os referidos ambientes separadamente. Quando 0 ntimero de tomadas no conjunto desses ambientes for superior a 6 (sets) pontos, adotar pelo menos 600 VA por tomada até dois pontos ¢ 100 VA por ponto excedente, considerando cada um dos ambientes separadamente. ~ Para as tomadas de uso geral, nos demais cémodos ou dependéncias, no minimo, 100 VA por tomada 1.8.2.3 Cargas em locais usados como escritério @ comércio As prescrigdes anteriores podem ser complementadas com as que se seguem: + Em dependéncias cuja érea seja igual ou inferior a 37 m?, a determinaco do nimero de tomadas deve ser feita segundo as duas condigdes seguintes, adotando-se a que conduzir ao maior valor: Uma tomada para cada 3 m ou fracao de perimetro da dependéncia - Uma tomada para cada 41m? ou fraco de érea da dependéncia, + Em dependéncias cuja érea seja superior 2 37 m?, 0 ntimero de tomadas deve ser determinado de acordo com as seguintes condicées: = Olto tomadas para os primeiros 37m’ de area ‘Trés tomadas para cada 37 m? ou fracao adicional. + Utilizar um nimero arbitrério de tomadas destinadas ao uso de vitrines, demonstracio de aparelhos e lig de lampadas especificas + Deve-se atribuir a poténcia de 200 VApara cada tomada. Em ambientes industriais, o nlimero de tomadas a ser adotado ¢ funcéo de cada tipo de setor. Para facilitar 0 projetista na composicao do Quadro de Carga, as Tabelas 1 4.@ 1.5 fornecem a poténcia de diversos aparelhos de uso comum. Conhecida a carga a ser instalada, pode-se determinar a partir da Tabela 1.8 a demanda resultante, aplicando-se sobre a carga inicfal os fatores de demanda indicados, Com esse resultado, aplicar as equagées correspondentes. Como regra geral, a determinacao da demanda pode ser assim obtida: a) Demanda dos aparethos Os condutores dos circuttos terminats dos aparelhos devem ser dimenstonados para a poténcia nominal dos aparelhos. b) Demanda dos Quadros de Distribuicao Parcial Entende-se por Quadro de Distribuico Parcial os Quadros de Distribuico de Luz (QDL) € os Centros de Controle de Motores (CCM). Tebele 1.4 Cergas nominets eproximades de aperalhes em gerat ‘Aparethos Aquecedor de dgua central * de 50 2 200 litros 1.200 w * de 300 a 350 litros 2.000 W * 400 litros 2.500 W Aquecedor portétil de ambiente 700 a 1.300 W Aspirador de pé 250 a 800 W Cafeteira 1.000 w Chuveiro 2,000 a 5.300 W Congelador (Freezer) 350 2 500 VA Copiadora 1.500 6.500 VA Exaustor de ar (doméstico) 300 2 500 VA Ferro de passar roupa 400 a 1.650 W Fogo residencial 4,000 a 6.200 W Forno residencial 4.500 W Forno de microondas (residencial) 1.220W Geladeira (residencial) 150 a 400 VA Lavadora de roupas (residencial) 650 a 1.200 VA Lavadora de pratos (residencial) 1.200 a 2.800 VA Liquidificador 100 a 250 VA Secador de roupa 4,000 a 5.000 W Televisor 150 a 350 W Torradeira 500 a 1.200 W Torneira 2.500 a 3.200 W Ventilador 2.500 VA, Tabela 1.5 Cangas nomninais aproximadas de aparelhos de ar condicionade Bree LUO Pore Co rent 7 ai keal 7 7.100 1775 1,10 3,00 9.000 5,20 8.500 2.125 1,50 4,00 12.000 7,00 10.000 2.500 1,65 5,00 15.000 12.000 3.000 1,90 6,00 18.000 14.000 3.500 2,10 7.50 22,500 18.000 4.500 2,86 8,00 24,000 21.000 5.250 3,08 10,00 30.000 27.000 6.875 3,70 12,50 37.500 30.000 7.500 4,00 15,00 45,000 17,00 51.000 20,00 60.000 Tabels 1.6 Fetores de demenda para ilumin¢o 2 tomades Prec) ‘Auditério, sales para exposigao e semelhantes 100 Bancos, lojas e semelhantes 100 Barbearias, sales de beleza e semelhantes 100 Clubes e semethantes 100 8,70 10,40 13,00 13,90 18,90 21,70 26,00 29,50 34,70 ‘ecciecn verliones a a a Escritério (edificios de) 100 para os primeiros 20 kW e 70 para o que exceder Garagens comerciais e semelhantes 100 Hospitais e semethantes 40 para os primeiros 50 kW e 20 para o que exceder Hotéis e semethantes 50 para os primeiros 20 kW - 40 para os seguintes 80 KW - 30 para o que exceder de 100 kW Igrejas © semelhantes 100 Residéncias (apartamentos residenciais) 100 para os primeiros 10 kW - 35 para os seguintes 110 kW e 25 para o que exceder de 120 kW Restaurantes e semethantes 100 Inicialmente, determina-se a demanda dos aparelhos individuais multiplicando-se a sua poténcia nominal pelo fator de utilizaco ou rendimento. No caso de motores, deve-se considerar os seus respectivos fatores de servico, de utilizacéo e rendimento, ‘A demanda é entdo obtida somando-se as demandas individuals dos aparethos e multiplicando-se o resultado pelo respectivo fator de simmullaneidade entre o> eparethu> corideradus, ‘Tratando-se de projeto de iluminaco utilizando lampadas a descarga, é conveniente admitir um fator de multiplicaco sobre 2 poténcia nominal das lampadas, a fim de compensar as perdas préprias do reator € as correntes harménicas resultantes. Esse fator pode ser considerado igual a 1,8 (para reatores eletrénicos de batxo fator de poténcia, acrescido da corrente de alto conteiido harménico € da corrente obtida considerando o rendimento da lémpada) ou outro valor inferior, em conformidade com a especificaco do fabricante dos aparelhos. Alternativamente, pode-se determinar a poténcia absorvida pelo conjunto lampada-reator considerando-se 2 poténcia nominal da lampada (W), @ perda chmica nominal do reator (W), 0 fator de poténcia do reator € 0 rendimento médio do conjunto lampada-reator no valor médio de 0,85. Apoténcia final absorvida pelo conjunto lampada-reator determinada pela Equaco (1.7). + (By xtaa)? 127) 0,85) (Pw xtaa) (va) an Paar = 1 smpada, em W; Py poténcia nominal da ,,~ perda Shmica nominal do reator, em W; .- angulo do fator de poténcia do reator; em valores médios, tem-se: = 66" - para reatores eletromagnéticos néo compensados: fator de poténcia igual a 0,40; * = para reatores eletromagnéticos compensados: fator de poténcla igual a 0,92; para reatores eletrénicos com fator de poténcia natural: fator de poténcia igual a 0,50: |4" - para reatores eletrénicos com alto fator de poténcia: fator de poténcia igual a 0,97. ‘Assim, uma lampada fluorescente tubular de 110 W, utilizando reator eletrénico com fator de poténcia natural e perdas hmicas nominais de 15 W, absorve da rede de energia elétrica uma poténcia de: any ; Pou 0,85) 7 (Pwx tga) 110+15)" 2 \ +(15tg(60°)) \ Das) 7 (AS=tg(60")) 150VA. ¢) Demanda do Quadro de Distribuigéo Geral E obtida somando-se as demandas concentradas nos Quadros de Distribuic&o Parcial e Centro de Controle de Motores e aplicando-se 0 fator de simultaneidade adequado. ‘Quando néo for conhecido esse fator com certa preciséo, deve-se adotar o valor unitério. E conveniente informar-se, junto aos responsaveis pela indiistria, dos planos de expansao, a fim de prever a carga futura, detxando, por exemplo, reserva de espago na subestacao ou reserva de carga do transformador. De posse do conhecimento das cargas localizadas na planta de /ayout, pode-se determinar a demanda de cada carga, aplicando- se 05 fatores de projeto adequados: a) Motores elétricos * Caleulo da poténcia no eixo do motor Poy = P, x Fig (EW) P,~ poténcia nominal do motor, em cv; Fi fator de utilizago do motor; P.. - poténcia no eixo do motor, em cv. » Demanda solicitada da rede de energia 736 1xFy kVA F.- fator de poténeta de motor: n= rendimento do motor. b) Huminagéo administrativa e industrial ‘Ademanda € determinada pela Equago (1.10) D, 1.000 i -emmviein de wadin sin tin Verein: Tx Pau)* Sw ggyay (1.8) (19) (1.10) Pax.“ poténcia absorvida por tipo de lampada, conforme @ Equacdo (1.7), de acordo com o projeto de iluminacéo; Pays = poténcia absorvida pelas tomadas, de acordo com o projeto de iluminacéo. ¢) Outras cargas Ademanda deve ser calculada considerando as particularidades das referidas cargas, tais como fornos a arco, maquinas de solda, camaras frigorificas etc Para que o leitor tenha melhor entendimento dessa pratica, deve acompanhar o Exemplo de Aplicagéo (1.1), Exemplo de aplicagio (1.1) Considerar uma industria representada na Figura 1.11, sendo os motores (1) de 75 cv, os motores (2) de 30 cv e os motores (3) de 50 cv, Determinar as demandas dos CMI, CCM2, QDL e QGF e a poténcia necesséria do transformador da subestacéo. Considerar a carga de ilumina¢o administrativa e industrial indicada na planta baixa da Ficurs 1.11. Tedos os motores séo de indugo, rotor em gaiola e de IV polos. Foram utilizados reatores eletrénicos com fator de poténcia natural e perda éhmica de & W para as lampadas de 32 W. Para as lémpadas de 400 W, vapor metélico, foram utilizados reatores eletromagnéticos compensados com perda de 26 W. 8) Demanda dos motores + Matores elétricos tipo (1) re H poecomee Pony, eee L NTM: 40 \T] R D Setor de carga 2 i Setor de i & carga 1 t -— Rede daconcessionaria LF: lampada fluorescente_L.INC.: lampada incandescent (aleroica) PROJ: projetor NIME numero da tomadas monotasicas PREAT: perdareator NTT: numero de tomadas tifésicas Figure 1.11 Planta industrial. Apoténcia solicitada no eixo do motor para o fator de utilizacio de Fi» = 0,87 (Tabela 1.3), vale: Por, 5 75% 0,87 = 65, 25 cv (poténcia no etxo de 1 motor) A demanda solicitada da rede para o rendimento do motor no valor de n = 0,92 (Tabela 6.3) vale: p, ~ 95:25%0,736 = (demanda solicitada da rede para 1 motor, em kW} L O52 SEW Pi ) Ademanda solicitada da rede para o fator de poténcia do motor no valor de F, = 0,86 (Tebela 6.3), vale: 52,2 D,, = 2:2 _ 60,7 kVA (demands solicitada da rede para 1 motor, em kVA) ™” 0,86 + Motores elétricos tipo (2) Peary = Py * Pan Apoténcia solicitada no exo do motor para o fator de utilizaco de F., = 0,85 (Tabela 1.3), vale: Pei = 30 0,85 = 25,5 cv (poténcia no eixo de 1 motor) ‘A demanda solicitada da rede para o rendimento do motor no valor de n = 0,90 (Tabela 6 3) vale: 25,5%0,736 Pn 9.90 = 20,85 kW (demanda solicitada da rede para 1 motor, em kW) ‘A demanda solicitada da rede para o fator de poténcia do motor no valor de F, = 0,83 (Tabela 6.3), vale: 20,85 Pe= 083 = 25,1 KVA (demanda solicitada da rede para 1 motor, em kVA) + Notores elétricas tipo (3) Pom = Pa Fin Apoténcia solicitada no eixo do motor para o fator de utilizagéo de Fin = 0,87 (Tabels 1.3), vale Pom = 50 x 0,87 = 43,5 cv (poténcia no etxo de 1 motor) Ademanda solicitada da rede para o rendimento de motor no valor de n = 0,92 (Tabela 6.3) vale: _ 43,530,736 0,92 D, = 34,8 kW (demands solicitade da rede para 1 motor, em kW) ‘Ademanda solicitada da rede para o fator de poténcia do motor no valor de F, = 0,86 (Tabels 6.3), tem-se: 34,8 on O86 40,4 KVA (demanda solicitada da rede para 1 motor, em kVA) b) Demande dos Quadros de Distribuicao = Centro de Controle de Motores - CCM Dons = Not ® Do * Fant Nor = 10 Font ® ,65 (Tabela 1.2) Dons = 10 % 60,7 * 0,65 = 394.5 kVA + Centro de Controle de Motores = CCM2 Doenz = Noo Dz ® Fant * Nag % Ds Figs Nya = 5 ,65 (Tabela 1.2) e) Fang = 0,70 (Tabela 1.2) Dooma £10 % 25,1 % 0,65 + 5 x 40,4 0,70 = 304,5 VA Demanda de poténcia do Quadro de Distribui¢ao de Luz ou QDL (32+38) 2 = +(8xt9(60°))* = 491 Pot fg as | *(8xta(60")" = 49VA ampadas fluorescentes + Lampadas de descargas +(26xt9(23°))’ = 501 VA administrativa (200 W) 140% 200 9 593.37 < 20,000 W (fator de demanda: 100 5; veja Tabels 1.6) + Tomadas monofésicas da area da subestacéo (200 W) 200 = 333,3 W < 20.000 W (fator de demanda considerado: 100 %) © Tomadas monofésicas da area industrial (200 W) P,,, ~ 40% 200 9 60 = 1.600 w (fator de demanda considerado: 60 %) 3 Oo + Tomadas trifasicas da drea industrial (30 A ou 20 kW) Prot = (10 * 20.000) 0,30 = 60.000 W = 60 kW (fator de demanda considerado: 30 2) Nota: Considerar o fator de poténcia das cargas das tomadas igual & unidade. = Demanda final do sistema de iluminaco De acordo com a Equacéo (1.10), tem-se: pg, = Elian) Paw ~~ 1.000 3(380x 49 + 120x501 +1249) +(9.333,3 +333,3 + 1.600 + 60.000) D, = 1.000 79.328 +. 71.266,6 = 150,6 KVA (poténcia tri 1.000 Day d) Demanda no Quadro de Distribui¢8o Geral ou QGF (demanda maxima) e) Poténcia nominal do transformador Podem-se ter as seguintes solucies: ~ 1 transformador de 1.000 kVA. + 2 transformadores de 500 kVA, em operaco em paralelo. A primeira sol fo economicamente a melhor, considerando-se tanto 0 custo do transformador e dos equipamentos necessarios & sua operaco, bem como o das obras civis. Aprincipal restricéo é quanto ao nivel de contingéneia devido & queima do transformador, ja que néo € facilmente encontrada esta poténcia em qualquer estabelecimento comercial especializado, principalmente em locais distantes dos grandes centros urbanos, ficando, neste caso, a instalaclo sem condicdes de operacio. ‘A segunda soluco € mais cara, porém a queima de uma unidade de transformaco permite a continuidade do funcionamento da indiistria, mesmo que parcialmente. Além do mais, so transformadores mais facilmente comercializados. f) Céleulo do fator de demanda Pose = 10 * 60,7 + 10 x 25,1 +5 40,4 150, 210,6 kVA Formagao das curvas de carga ‘Apesar de a determinaco correta dos pontos da curva de carga de uma planta industrial somente ser possivel durante o seu funcionamento em regime, deve-se, através de informac do ciclo de operacio dos diferentes setores de producio, idealizar, aproximadamente, a conformacéo da curva de demanda da carga em relaco 20 tempo, a fim de determinar uma série de fatores que poderfo influenciar o dimensionamento dos vérios componentes elétricos da instalacfo. As curvas de carga das plantas industrials variam em funco da coordenaco das atividades dos diferentes setores de produco e do periodo de funcionamento diério da instalago. Assim, € de interesse da geréncia adm rativa manter controlado o valor da demanda de pico, a fim de diminuir 0 ‘<5 ek i a aii. NA igi a kal idk Sl: Ah ihe ck, aan a a. de certas maquinas para hordrios diferentes e diversificando-se, assim, as demandas. Para se determinar a curva de carga de uma instalaco em oper: 0 & necessario utilizar-se dos diversos equipamentos disponiveis para essa finalidade. Um dos equipamentos muito utilizados € de tradigéo no mercado € 0 SAGA 4000, mostrado na Figura 1.12, Em geral, esses equipamentos armazenam durante o periods de medicao diversos parametros elétricos (tenséo, corrente, fator de poténcia, poténcia ativa, reativa e aparente etc.) e que sio transportados para um microcomputador através de um software dedicado. Os dados assim armazenados no microcomputador podem ser utilizados pelo Excel, através do qual se obtém 0s gréficos de curva de carga, em conformidade com a Figura 1.13, A Figura 1.13 representa, genericamente, uma curva de carga de uma instalago industrial em regime de funcionamento de 24 horas. Na elabo 10 de um projeto elétrico industrial, ¢ de fundamental importancia que 0 projetista formule a curva de carga provével da instalacéo através do conhecimento das atividades dos diferentes setores de producéo, o que pode ser obtido com os tecnicos que desenvolveramo projeto da indiistria. De posse do conhecimento das cargas localizadas na planta de /ayout e dos periodos em que cada setor de producao estd em operacio parcial ou total, pode-se determinar a curva de demanda de carga, elaborando uma tabela apropriada que contenha toda a carga.e as devidas consideraces ja abordadas. Como exemplo, observar a Tebela 1.7, preenchida com base nos célculos de demanda assim definidos: 8) Demanda dos motores * Célculo da demanda ativa (kW) Nip ¥ Blin ® E, x 0,736 Da = = xF,(kW) (1.11) a Np quantidade de motores; Poms poténcia nominal do motor, em cv; F+ fator de utilizagdo; FF, fator de simultaneidade; n= rendimento © Célculo da demanda aparente (kVA) D. b) Demande da iluminagao Conforme determinado pela Equacao (1.10). = Na xP, Pig XF, x 0,736 1*F, xF,(kVA) (1.12) Tampa Mostrador digital NM. supote de ixagao Terminais de tensao corrente Alicate amperimétrico Dispositivo de acoplamento para transferéncia de dados Cabos de ligagao entre os alicates € 0 aparelho Figura 1, 12€quipamento de madiglo. Tebela 1.7 Levantamento de carga ewk i 3 [0A 638 | OM | 090 KOH HD9 HOA 98 89 8 wont «| [omen oms| oe ao sos) a I ret { ! = 15m [eas est |oms| eso ap rs9 as 7 suc)» | om | oss mat a a oy Sei | on t ceo Tt ra En Pr eC) a ‘69 30 95/om 5 tm a) 16 [wel an ow aa aH] Ae) ea 89 @3 | om “ee ono ia tea ‘ma as nas oro noe Tere T Demanda 10000 900.0 800.0 700.0 600.0 500.0 4000 300.0 2000 1000 Demanda (kW) oot sessssseesss88e888888888 sfggeRsgeRgsseRsgeReseRseRs Horas Figura 1.13Cuva de carge de uma hnetalagSo industrial axistente, Exemplo de aplicacéo (1.2) Um projeto industrial € composto de cargas motrizes e de iluminacéo, cujas cargas instaladas e provavels intervalos de utilizago, fornecidos por um especialista em projeto de producio da referida indistria, esto contidos na Tabels |.7. Elaborar a curva de carga horéria da instalacéo. 2) Demanda dos motores el ‘cos ~ Demanda dos motores elétricos do Setor A Ny Pg XF, X0,736 ¥ Dy xF, (kW) _ 15x 25x0,85x 0,736 Dy 0,88 0,60 = 160,0 kW (demanda solicitada da rede) No < Pan XF, X0,736 1xF, xF, (kVA) _ 1525x0,85x 0,736 ae 0,880.84 0,60 = 190,4 kVA (demanda solicitada da rede) + Demanda dos motores elétricos do Setor B _ 20% 15x0,83% 0,736 2 0,86 x 0,55=117,2 kW (demanda solicitada da rede) _ 20% 150,830,736 Dy 0,86%0,75 0,55 = 156,3 kVA (demanda solicitada da rede) 0 célculo para os demais motores segue o mesmo procedimento. b) Demands da iluminagéo De acordo com a Equac%o (1.7), temos as demandas dos conjuntos luminérias fluorescentes + reator a partir da Tabels 2.4 parao setor administrativo e area industrial, respectivament 3249) 0,85 ) fluorescentes de 32 W e o respectivo reator) 8.018, 74 VA = 38,0 KVA+3 = 12,6 KVA/fase (para as 750 lampadas Paratn = 750%: { + (9xtg(60"))* 17,3) Pines = 450%, Sea +(17,3xtg(18,2°))° = 67.442,70VA = 67,4 KVA+3= 22,4 kVA/fase (para as 450 Jampadas fluorescentes de 110 We o respectivo reator) +(45xtg(18,2°))” =74.869,57 VA =74,8 kVA +3 = 24,9 kVA/fase (para as 143, lampadas vapor metélico de 400 W e o respectivo reator) F 4004.45) Panga = 38%, | Paina 085) vapor metilico de 400 W e o respectivo reator) +(45xtg(18,2°))? = 19.902,06 VA = 19,9 KVA+3 = 6,6 KVA/fase (para as 38 lampadas A Tobela 1.7 mostra todos os resultados das demandas parciais e total, Observar que os valores em kVA do sistema de ‘luminagao foram tomados dos resultados anteriores. Finalmente, a curva de carga pode ser conhecida computando-se todas as cargas, em conformidade com a Tobcla 1.9 € representada na Figura 1.14. 1.800 41600 1.400 1.200 41000 800 600 Demanda (kW) 400 200 kVA, 1 a 5 6 7 8 9101 1213 14 15 1617 Horas Figure 1.14 Curva de carga das demandas ativas (kW)e total (kVA). Tensao de fornecimento de energia 18 19 20 21 22 23 24 E de competéncia da distribuidora de energia lecal informar ao interessado a tenso de fornecimento de energia para a unidade consumidora, observando-se os seguintes requisites: 75 KW. Fornecimento em tensio priméria de distribuicéo inferior a 69 kV: quando a carga inst Fornecimento em tenso secundéria em rede aérea: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior @ fa na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda a ser contratada pelo interessado para 0 fornecimento for igual ou inferior a 2.500 kW. + Fornecimento em tenséo primaria de distribuicao igual ou superior a 69 kV: quando a demanda a ser contratada pelo interessado para o fornecimento for superior a 2.500 kW. + Adistribuidora poderd estabelecer a tensio de fornecimento diferente daquela estabelecida anteriormente quando ocorrer uma das seguintes condicoes ~ Aunidade consumidora operar equipamento que, pelas caracteristicas de funcionamento ou poténcia, possa prejudicar a qualidade do fornecimento a outros consumidores. = Quando houver conveniéncia técnica e econémica para o subsistema elétrico da distribuidora, desde que haja anuéncia do ‘consumidor. Tabela 1.8 Plantha para determine da curva de carga 100 1600 3690 | 1600 4 aos amt oe | 08 . wz 42 w20m2 2 w2 w2/w2 w2 wa w2w2 wa w2_w2 Wa 163163 S63 AMS GS NGS IGS SKS ISHS ISAS IS GS ES S155 w iy im) imj vm) iy im7_va7 17/7 vay a7 way | ay im7 © ae T ISLS ASKS SLE ASKS ALE SLE SKE Ss AS ASAS SSAS AS ASKS KS > 1789 59 759 259 59 759 29 9 RO ZO 759 P59 B59 D9 59 HI TSO B59 759 59 TKD WA 204 B74 2 BPA /BTA aa BTA aVA awa aA ATA wri ara Bra wa wa wa ws ws wa Tw 5 wa say m7 997 m7 m7 m7 m7) m7 yay m7 BP My 9a BT HT w Bi no no 2 mo 0 mn OP OD DSO ee Ws 98 96 9s 9s VS 9S VS TS TS TS TE TS aw mio IMO 1250 1ak0 128O 12kO 140 12KO HRD AO 1aRD BO TRO wa Mas 1S Les LORS 1S TKS Les 1S Oss Tees Tes SN GW PRY Wan War WaT War Wa WRT en war er war vex war mar var vas ar par Par ae BWA WAS 145 645 16S 105 OLS 54S WHS MKS OLS Ios ToS SKS InAs IwKS IAS eas | As sts ts Ue MSE USE UKE UKE WEE USE UE USE TeS6 155 RE USS USE We use ee Hid SD 540 910 940 | 540 940 S40 | 54> | 94D sup B49 stp mo sun Bo Lo BD mS amg Sos 508 508 585A SOR BA HOR 508 308 SB 38 wa ms m9 m9 ms m9 m9 us| m9 m9 m9 \9 mS a) 1060160 ISO SASSO SD ASD ASO) SO 35D imp 2 88 88 88 08 G8 Gs GS Gs OF Gs Os OA GE Bs OF OS OF Bs GE BS OF GA OE US 0 Twn 3 #393 3/83/03 03/03 03 03/83 03 HS 83 03 3/83/83 43/93 HI 93-313 “rmapy 2 i040 Aok0 iene imo amo ko Ro Oke me mR HO Hoo SOLO Sega m6 Sogo no| ego ono] uO Sono uO Rd | sono von 1 65 65 65 86s 8 ss 6s 65 65 eB BS WA 65 656565) 65 65 ss) es) 6s es es es arm items mot 1.8.5 Sistema tarifario brasileiro sistema tarifario brasileiro deve ser de conhecimento obrigatério de todos os profissionais da area de eletricidade, principalmente daqueles que trabatham diretamente com projetos elétricos. Um resumo desse sistema definido pela Resoluco 414/2010 da ANEEL (Agéncia Nacional de Energia Elétrica) é dado a seguir. Inicialmente, a legislacdo define quatro diferentes tipos de horério de consumo durante o intervalo de um ano: 8) Horério de ponta de carga Corresponde a0 intervalo de trés horas diérias consecutivas, defini sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a area de concessio, exceto aos sébados, domingos, terca-feira de Carnaval, Sexta-feira da Paixéo, Corpus Christi e 05 feriados nacionais definidos pela legislacé 5 pela distribuidora, considerando a curva de carga do seu b) Horério fora de ponta de carga E 0 periodo composto pelo conjunto das horas dirias consecutivas e complementares aquelas definidas no horério de ponta 0 hordrios de ponta e fora de ponta devem ser propostes pele distribuidora para aprovacio da ANEEL. €) Perfodo imide E 0 periodo que abrange as leituras de consumo e demanda extraidas entre o primetro dia do més de dezembro até o dia 30 de abril, totalizando cinco meses do ano. d) Periodo seco E o periodo que abrange as leituras de consumo e demanda extraidas entre 0 primeiro dia do més de mato até o dia 30 de novembro, totalizando sete meses do ano. A partir da definicio desses horérios foi montadi ‘que compreende seguintes segmentos: strutura tariféria vigente do Grupe A (tenséo igual ou superior a 2,3 kV) a) Terifa azul E a modalidade tariféria caracterizada pela aplicacio de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilizacao do dia e 0s periodos do ano, assim como de tarifas diferenciadas de demanda de poténcia, de acordo com as horas de utilizagao do dia, + Demanda ‘Um prego para o horério de ponta de carga do sistema elétrico da concessionaria - Um prego para o horério fora de ponta do sistema elétrico da concessionaria. © valor da demanda faturada nos horérios de ponta e fora de ponta ¢ o maior entre os valores: Demanda contratada ~ Demande registrada * Consumo - Um prego para 0 horério de ponta de carga em periodo timido. ‘Um prego para o horério fora de ponta de carga em periode imido. ~ Um prego para o horério de ponta de carga em periodo seco. ‘Um prego para o horério fora de ponta de carga em periode seco. b) Tarifa verde £ a modalidade tariféria caracterizada pela aplicacéo de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilizacio do dia e os periodos do ano, assim como de uma iinica tarifa de demanda de poténcia. = Demanda - Um prego para o horério de ponta e fora de ponta de carga do sistema elétrico da concessionéria, © valor da demanda faturada é o maior entre os valores: ~ Demanda contratada Demanda registrada + Consumo ‘Um prego para 0 horério de ponta de carga em periodo imido. ~ Um prego para o horério fora de ponta de carga em periodo timido. Um preco para o horario de ponta de carga em periodo seco, Um preco para o horério fora de ponta de carga em periodo seco, €) Tarifa convencional E a modalidade tariféria caracterizada pela aplicacdo de tarifas de consumo de energia elétrica e de demanda de poténcia, independentemente das horas de utilizaco do dia e dos perfodos do ano * Demanda Um prego tinico para o horério de ponta e fora de ponta de carga do sistema elétrico da concesstonéria, © valor da demanda faturada é o mator entre os valores: Demanda contratada Demanda medida 10 & da maior demanda medida em qualquer dos 11 ciclos completos de faturamentos anteriores, quando se tratar de lunidade consumidora rural ou sazonal faturada na estrutura tariféria convencional. + Consumo Um preco tinico para o horério de ponta e fora de ponta de carga. d) Tarifa de ultrapassagem E a terifa diferenciada a ser aplicada & parcela de demanda que superar as respectivas demandas contratadas em cada segmento horossazonal para a tarifa azul ou demanda inica contratada para a tarifa verde. (0s consumidores ligados em alta-tensio com demanda igual ou superior @ 50 kW poderdo ter opcdes tariférias conforme o critério a seguir: + Tense de fornecimento maior ou igual a 69 KV © qualquer demanda: tarifa azul + Tensdo de fornecimento inferior a 69 kV demanda igual ou superior a 300 kW: tarifas azul e verde + Tensio de fornecimento inferior a 69 kV e demanda igual ou superior @ 50 kW: tarifas azul, verde e convencional Aaplicagio das tari 1s de ultrapassagem se realiza quando a demanda registrada é superior @ demanda contratada de acordo com as seguintes condigées: + Tarifa azul 5 & para unidades ligadas em tenséo igual ou superior a 69 KY. 10% para unidades ligadas em tenséo inferior a 69 KV com demanda contratada superior @ 100 kW. 20 & para unidades com demanda contratada de 50 até 100 kW. + Tarifa verde 10 % para unidades com demanda contratada superior a 100 KW. 20 % para unidades com demanda contratada de 50 até 100 kW. Para se escolher a tarifa adequada para o empreendimento é necessério realizar um estudo do fator de carga da instalaco e ‘dentificar os horérios durante o dia do uso da energia elétrica. Pode-se, de forma geral, orientar 0 empreendedor na escotha da tarifa adequada, considerando os seguintes ponto: + Em instalacées com fator de carga muito elevado, tal como ocorre com as indistrias do setor téxtil pesado, ¢ mais vantajoso utilizar a tarife azul, 38 que o preco médio da energia na tarifa verde € normalmente superior 80 preco médio praticado na terife azul. + Em instalacdes com fator de carga igual ou inferior a 0,60, tal como ocorre em indiistrias de fabricaco de pecas mecénicas estampadas e similares, é mais vantajoso utilizar a tarifa verde, J8 que © prego médio da energia na tarifa azul é normalmente superior ao preco médio praticado na tarifa verde. + Em instalagdes com fator de carga igual ou inferior @ 0,80 © superior 2 0,60, tal como ocorre no segmento téxtil de confec¢o, € mais vantajoso utilizar a tarife convencional, §& que o prego médio da energia na tarifa verde € normalmente superior ao prego médio praticado na tarifa convencional. + Em instalagdes que no operam no horério de ponta de carga, tais como muitas indtistrias do ramo metal-mecénico, & indiferente a escotha da tarifa azul ou verde, pois o valor médio da energia é exatamente igual, devendo-se, no entanto evitar 0 uso da tarifa convencional, j4 que 0 prego médio da energia nessa modalidade tariféria € normalmente superior 20 preco médio praticado nas tarifas azul ou verde. + Em instalagdes que néo operam no horério de ponta de carga, mas que esporadicamente necessitam avancar a sua operacéo no horario de ponta, é mais vantajoso utilizar a tarifa verde comparativamente com a tarifa azul, para evitar pagar 0 ¢elevado custo da demanda de ponte. + Em instalacGes industriais de pequeno porte & normalmente vantajoso utilizar a tarifa convencional, ja que o prego médio da tarifa de energia de baixe tenséo sempre superior a0 preco médio da energia na modalidade convencional. Conceito de tarifa média © preco médio da tarifa é um precioso insumo no controle das despesas operacionais de um estabelecimento industrial, notadamente aqueles considerados de consumo intensivo de eletricidade, tats como indiistrias siderirgicas, indistrias de frios etc. Para que se possa determinar o preco médio da tarifa de energia elétrica é necessério que se disponham das tarifas cobradas pela companhia fornecedora de energia da érea de concesséo onde esta localizado o estabelecimento industrial. Como se sabe, as tarifas de energia elétrica no Brasil séo diferentes para cada tipo de empresa que explora o servico de eletricidade. As Tabelas 1.9 2 1.11 fornecem 05 valores médios das tarifas de energia elétrica brasiletras, ano-base de 2013. Com base no fator de carga mensal pode-se determinar prego médio pago pela energia consumida em funcio do Grupo Terifério ‘a que pertence a unidade consumidora: 8) Grupo tarifério convencional A tarifa média pode ser calculada a partir da Equacfo (1.13) ou através da planiiha de Exemplo de Aplicacio (1.4). dlculo eletrénica da Tabels 1.12, vista no ™D P= +1C 1.13} mE 730 oe TC- tarifa de consumo de energia elétrica, em RS/KWh; TL - terife de demanda de energia elétrica, em RS/kW. Tabela 1.9 Tarifas médias naclonals de energla elétrica ~ Tarifa azul (ano 2013) Creer cee POUCA COTE LL Err yey Coat Tens rors Fora deponta | Hora Irrigeda 120,47 2,24 0,37345 | 0,37345 | 0,22632 0,22632 ten: At - 230,0 kV (Comercial; Serv. outros) A1=230,0kV (Industrial) 1,12, 0,472,240 + 0,37345 | 0,37345 | 0,226320,22632 A3 - 69,0 KV (Comercial ery oxke 6,03 1,76 12,06 3,51 0,34037 0,34037 020748 0,20748 A3- 69,0 kV (Agua, Esgoto 5.12 1,50 10,25 2,98 0,28931 0.17636 0,17636 eSaneam.) A3-69,0KV (Industrial) 6,03 1,76 12,08 3,51 -0,34037 0,34037 0,20748 0,20748 A3 - 69,0 KV (Poderes Publicos) 6,03 1,76 12,06 3,51 0,34037 | 0,34037 | 0,20748 0,20748 A3 - 69,0 KV (Rural 3.91 1,14 7,81 2,28 0,22061 0,22061 | 0,13448 013448 0.01494 0.01494 Irrigante e Aquicultura) A4- 13,8 KV (Comercial e 25,05 7,93 50,11 15,86 0,353010,35301 | 0,21947 0,21947 Serv. outr.) Ad-13,8KV (Industrial) 25,05 7,93 50,11 15,86 0,353010,353010,21947 0,219.47 A4- 13,8 KV (Poderes ; 25,05 7,93 50,11 15,86 035301 0,353010,21947 0,21947 Pablicos) A4- 13,8 kV (Rural) 16,24 5,14 32,48 10,28 0,22881 0,22881 0.14225 014225 Ad- 13,8 kV (Agua, Esgoto Saneamento) 21,30 6,73 42,60. 13,48 0,30006 0,30006 0,18654 0,18654 Tabels 1. 10Tarifas médias nacionats de energis elétrica - Tarifa verde (ano 2013) Corea Pe erg ney eran) Lesa ey ECE reer rere ‘d= 13,8 KV (Comercial, 774 15,48 0.94050 0,940500,21898 0.21898 Serv. outr.) Ad~13,8 KV (Industrial) 7,74 15,48 0.94050 0,94050 «0.21898 0,21898 A4=13,8 KV (Poderes 174 15,48 0.94050 0,94050 «0.21898 0.21898 Piblices) 4-13, KV 774 15,48 0.94050 0,94050 0.21898 0,21898 (Residencial) Ad- 13,8 kV (Agua, 6,73 13,48 0,79942 | 0,79942 018613 | 0,18613 Esgoto e Saneam.) Ad + 13,8KV (Rural 5,02 10,03 0,60960 0,60960-0,14193 | 0,14193 Irrigante e Aquicultura) Tebela 1.11 Tarifas médias neclonals de energla elétiica - Tarif convencional {ano 2013), Convencional - Alta-Tenséo PRU OeLCyL CEEOL) Bry Ce Onur) Cori) ‘A4~ 13,8 kV (Comercial, Serv. outr.) 022878 Ad 13,8KY (Industrial) 0,22878 [Ad 13,8kV (oderes Piblicos) 24st 49,01 0.22878 Aa 13,8kV (Residencial) 24551 01 0.22878 ‘Ad~ 13,8kV (Rural lrrigante Aquicultura) 15,89 31,76 0,14828 ‘Ad~ 13,8 KV (Agua, Esgoto e Saneam.) 20,84 41,66 0,19446 Exemplo de aplicagio (1.3) As Figuras 1.15 © 1.16 representam a situacio operativa didria de uma planta industrial, respectivamente, antes e depois da aplicacéo de um estudo de melhoria do fator de carga, conservando © mesmo nivel de producBo. Determinar a economia de ‘energia elétrica resultante considerando que o consumidor esteja pagando a Tarifa Convencional Ad - industrial. A energia ‘consumida no periodo de 1 més vale, em média, 100.000 kWh, a) Situagio anterior adogio das medidas para melhoria do fator de carga. + Fator de carga 100.000 om 730270 + Valor da conta de energia Considerando-se 0 valor da tarifa industrial em R$/kWh da planitha de calculo eletrénica da Tabcls |.11, tem-se: «Tarifa de consumo fora de ponta: TC = R§ 0,22878/KWh; «Tarifa de demanda fora de ponta: TD = RS 24,51 /KW. Logo, a fatura correspondente vale: 100.000 x 0,22878 + 270 x 24,51 RS 29.495,70 + Prego médio pago pela energia consumida Pode ser calculado pela Equacéo (1.13): 24,51 Foe grep 7ap * 0122878 = RS 029593/KWh = R$ 295,93/MWh b) Situacao posterior a adogio das medidas para melhoria do fator de carga Fator de carga 8 s Fone Valor da conta de energia F,= 100.000 x 0,22878 + 200 x 24,51 = RS 27,780,00 Demanda 3000 2500 1600 100.0 & (a9) epuewea 500 .00:00'60 00:00:80 00:00:20 00:00:90 00:00:90 00:00:00 00:00:80 00:00:20 00:00:10 00:00:00 0:00:62 00:00:22 0:00:42, (00:00:02 00:00:61, 00:00:81 00:00:21 00:00:91, (00:00:91, 00:00:45 o-00'e1 0:00:24 0:00:14 00:00:01 00:00'60 F00'00'80, Horas Figure £.15 Curva de carga néo otimizada «Prego médio pago pela energia consumida 24,51 Fee 7a* 0122878 = RSO,27074/kWh = RS270,74/ MW + Economia percentual resultante _ 295,93 270,74 270,74 AF 100 =9,3% E notéria a diferenca da conta de energia elétrica paga pela empresa e, consequentemente, o reflexo nas suas despesas operacionais, permitindo que 0s produtos fabricados nessas condigdes apresentem uma maior competitividade no mercado, principalmente se nele & expressiva a parcela de energia elétrica no custo final de producéo. Outra forma de calcular 0 valor da tarifa média do Grupo Tarifério Convencional é através da Tabela |. 12. Demanda 50,0 200.0 1600 100.0 Domanda (kW) 50,0 Sse iemen ene) a anelslaacia = inne aces SRREERSERSRRSE SR $R22828 8 ene oon nese mC mS CeSES Horas Figura 1.16 Curva de carga otimizada. Exemplo de aplicagio (1.4) ‘Uma indiistria de pequeno porte apresenta uma sis ificativa regularidade no consumo e demanda de energia elétrica ao longo do ‘ano. O consumo médio mensal foi de 73.920 kWh e a demanda média faturada foi de 200 kW. Determinar o valor do preco médio da energia, sabendo-se que ela pertence ao grupo tarifério Ad - convencional a) Grupo tarifé io convenctonal Pela planilha de calculo eletrénica, mostrada na Tabela 1.12, pode-se determinar 0 preco médio da energia, cujo valor é de RS 295,09/MWh = valor obtido a partir da relaco entre o montante anual pago nas faturas de energia, em RS/ano, e o consumo anual de energia em MWh/ano, ou seja: (RS 261.761,01/ano) + (887.040 kWh/ano) x 1.000. b) Grupo tarifério verde ‘As tarifas médias de energia elétrica do Grupo Terifério Verde devem ser tomadas em um intervalo de tempo de 12 meses para cobrir 05 periodos secos (maio a novembro) e timidos (dezembro a abril), cujas tarifas so bastante diferenciadas. 0 célculo da tarifa média pode ser conhecido através da Tabela 1.13. ‘Tebele 1. 12Céleulo do custo anual médio da tarifa de energia elétrics Grupo tarifério convencional rn ce BO eee a} PCLT CTC POUT Lue ce Total/ano 887.040 - 261.761,01 ‘Total mensal - R$/més. (21.813,42 ‘Tarifa média mensal - RS/MWh (295,09 Exemplo de aplicagao (1.5) Considerando a indiistria tratada no Exemplo de Aplicacio (1.4), determinar o valor do preco médio da energi para a condig de a mesma pertencer 20 Grupo Tarifério Ad - industrial - horossazonal verde. Observar que a energia gasta mensalmente & @ mesma nos Exemplos de Aplicagéo (1.4) ¢ (1.5). ‘Tebela 1. 13Determinacio do custo anual médio da tarifa de energia elétrica - Grupo tarifério verde Br aed Pre aad POO d COL Comm) Demanda 774 : : 2 200,0 : : 1,548,00 18.576,00 Fat Consumo Ps : : 7 : 62.320 436.240 13.646,83 95.527,84 Consumo = : 940,50 : 7 : 11.600 81.200 10.909,80 76.368,60 Consumo aa e 218,98 5 5 - 62.320 311.600 13.646,83 68.234,17 Consumo PU : 940,50 : 5 : 11,600 58,000 10,909,80 54.549,00 Total /ano 387.040 : 313.255,60 ‘Total mensal - RS/més 26.104,63, Tarifa média mensal - RS/MWh 353,15 ‘Tobele 1. 14Determinago do custo anual médio da tarifa de energia elétrica - Grupo tarifério verde BO I c TPT DUO) Peer Con Comm) Demanda 7,74 - - 12 200,0 - - 1.548,00 18.576,00 Fat Consumo a : : ri - 64.680 | 452.760 | 14.163,63 99,145.38 Consumo oe : 940,50 : 7 : 9.240 | 64.680 | 8.69022 60,831.54 Consumo - 210,98 : 3 - 4680 | 323.400 | 14.163,63 70.8 Feu Consumo o : 940,50 : 5 - 9.240 | 46.200 | 8.690,22 43.451,10 Total /ano 887.040 + 292.822,16 Total mensal - R§/més 24.401,85 Tarifa média mensal - RS/MWh 330,11 io da energia, cujo valor & de ro preco m Pela planilha de célculo eletrénica, mostrada na Tubela | 13, pode-se determi RS 353,15/MWh, obtido a partir da relacdo entre o montante anual pago nas faturas de energia, em RS/ano, ¢ 0 consumo anual de energia em MWh/ano, ou seja: (RS 313.255,60,92/ano) = (887.040 kWh/ano) x 1.000. Se, por exemplo, fosse possivel a indistria realizar a transferéncia de parte do consumo da hora de ponta de carga para fora de ponta, mantendo 0 consumo médio anual no valor de 887.040 kWh, conservando, portanto, a mesma producfo industrial, © reco médio da energia seria de R$ 330,11/MWh, de conformidade com a Tabels 1.14, observando uma redurao no prego médio de aproximadamente 6,98 &. Se, por outro lado, toda a producio no horério de ponta migrasse para o periodo fora de ponta, conforme visto ne Tabel 1.15, @ prego médio da energia seria de RS 239,92/MWh, obtendo-se, assim, uma reduréo no preco médio da conta de energia no valor de 37,6 % em relacdo & condigéo anterior. ‘Tobele 1. 15 Determinagao do custo anual médio da tarifa de energia elétrica - Grupo tarifario verde Creu eri) Peery Per Oued DCU cy ec Go eel ccd een ce Demanda 774 : : 12 20,0 : : 1.548,00 18.576,00 Fat Consumo : 218,98 - 7 : 73.920 517.440 16.187,00 113.309,01 FPS. Consumo : 940,50 : 7 - o 0 0,00 0,00 Ps Consumo : : 5 : 73.920 369.600 16.187,00 | 80.935,01 FPU Consumo 5 940,50 a 5 3 ° 0 0,00 0,00 Pu Total/ano 887.040 : 212.820,02 Total mensal - RS/més 17.735,00 Tarifa média mensal - R§/MWh 239,92 As tarifes médias de energia elétrica do Grupo Tarifério Azul devem ser tomadas em um intervalo de tempo de 12 meses para ‘cobrir os periodos secos (mato a novembro) e timidos (dezembro a abril), cujas tarifas so bastante diferenciadas. 0 célculo da tarifa média pode ser conhecido através da planilha de célculo eletrénica da Tebels |. 16, elaborada para o Exemplo de Aplicacao (1.6). ‘Tebela 1. 16 Determinago do custo anual médio da tarifa de energia elétrica - Grupo tarifério azul Horos: [sts | mr | ime |__| ee Go CD eid en ra nts | ry) Demanda -P 0,470 : - 2 8,900,0 - : 4.183,00 50.196,00 Demanda 1,120 : : 2 3.600,0 : : 4.032,00 48.384,00 Consumo a : 226,32 : 7 : 4.063.000 28.441.000 | 919.538,16 6.436.767,12 Consumo 2 : 373,45 : 7 : 905.600 6.339.200 | 338.196,32 2.367.374,24 Consumo ru : 226,32 : 5 : 4.063.000 20.315.000 | 919.538,16 4.597.690,80 Consumo a : 373,45 : 5 : 905.600 4.528.000 | 338.196,32 1.690.981,60 Total/ano '59.623,200 : 15.191.393,76 Total mensal - RS/més 1.265.949,48 Tarifa média mensal - RS/MWh 254,79 Exemplo de aplicagao (1.6) Uma industria, atendida por uma subestacio de 230 kV/10 MVA, apresenta uma significativa regularidade no consumo e demanda de energia elétrica ao longo do ano. 0 consumo médio anual foi de 3.063.000 kWh no periodo fora de ponta de carga e de 405.600 kwh no periodo de ponta de carga, sendo a demands média faturada de 8,900 kW fora de ponta e de 3.600 kW no periodo de ponta, Determinar o valor do preco médio da energia desse estabelecimento industrial. © consumidor pertence 20 Grupo Tarifario At - industrial - horossazonal azul. Através da planilha eletrénica, mostrada na na Tabela 1.16, pode-se determinar o preco médio da eneraia, cujo valor é de RS 254,79/MWh - valor obtido a partir da relaco entre o montante anual pago pela indiistria nas faturas de energit R§/ano, e o consumo anual de energia em MWh/ano, ou seja: (RS 15.191.393,76/ano) + (59,623,200 kWh/ano) x 1,000. létrica, em Roteiro para a elaboracdo de um projeto elétrico industrial Um projeto de instalacao elétrica industrial é desenvolvido em diferentes etapas, como se segue: Planejamento Consiste inicialmente em conhecer a concepco do projeto industrial e todos os dados técnicos dispor refere a carga e as condigSes operacionais, Nessa etapa o projetista jé deve estar de posse de todas as plantas de que necessita para o desenvolvimento do projeto. Também jé deve buscar entendimentos com a concessionaria local para analisar a questo da conexio e 05 requisites normativos que a concessionaria estabelece, is das maquinas no que se Projeto luminotécnico © projeto luminotécnico dos ambientes administratives e industrials deve ser a primeira a realizado seguindo os procedimentos do Capitulo 2. a ser desenvolvida, 0 que pode ser Determinagao dos condutores Apartir do projeto luminotécnico, o projetista ja pode determinar a seco dos condutores dos circuitos terminals e de distribuigao Como o projetista, nessa etapa, jé definiu a localizaco dos Centros de Controle de Motores (CCM) ¢ da(s) subestacSo(Ses) com os respectivos Quadros Gerais de Forca (QGF), deve determinar a seco dos condutores dos circuitos termi js e de distribuicZo. A metodologia de célculo esté apresentada no Capitulo 3 DeterminagSo e correcao do fator de poténcia Conhecendo as cargas ativas ¢ reativas, 0 projetista ja dispée de condigées para determinar 0 fator de poténcia horario da instalacdo e determinar a necessidade de poténcia capacitiva para manter o fator de poténcia nos limites da legislacdo, que pode ser feito através do Capitulo 4 Determinagao das correntes de curto-circuito Conhecidas todas as secBes dos condutores e jé tendo defi da rede de alimentacio, devem ser determinadas as correntes de curto-circuito em cada ponto da instalaco, notadamente onde Instalados 0s equipamentos e dispositives de proteco. A metodologia de célculo esté explanada no Capitulo 5 concepeéo da distribuicéo do sistema, bem como as caracteristicas set DeterminacSo dos valores de partida dos motores ‘Trata-se de conhecer as condicées da rede durante a partida dos motores, a fim de se determinarem os dispositivos de acionamento deles ¢ 05 elementos de protecdo, entre outros, 0 Capitulo 7 detalha o procedimento de célculo e analisa as diferentes situagdes ara as condigdes de partida, Determinacao dos dispositivos de protecao e comando Apartir dos valores das correntes de curto-circuito e da partida dos motores, deve-se elaborar 0 esquema de protecio, iniciando-se ree ci hii a Giese A: ee i ang ego: Ch MORIA TNE dispositivos de protecao para sistemas primarios e secundérios. CAlculo da matha de terra © célculo da malha de terra requer 0 conhacimento prévio da natureza do solo, das correntes de falta fase-terra e dos tempos de atuacdo correspondentes dos dispositives de protecéo. 0 Capitulo 11 expe 2 metodologia da determinacSo da resistividade do solo, traz a sequéncia de célculo que define os principais componentes da malha de terra e mostra 2 obtencéo da resisténcia de matha Diagrama unifilar Para o entendimento da operacéo de uma instalacSo industrial & fundamental a elaboraco do diagrama unifilar, no qual devem estar representados, no minimo, 05 seguintes elementos: + Chaves fusivets, secctonadores e disjuntores com as suas respectivas capacidades nominats e de interrup¢o, bem como 03 transformadores de corrente e cabos. + Indicagéo da secéo dos condutores dos circuitos terminals ¢ de distribuicgo e dos respectivos tipos (monofésico, bifésico € triffésico), © Dimensév da segdu dus barren (03 de> Quadrus de Distribuigio + Indicacéo da corrente nominal dos fusiveis + Indicacéo das correntes de ajuste dos relés, da feixe de ajuste e do ponto de atuacéo + Poténcia, tenses priméria e secundéria, tapes e impedincia dos transformadores da subestacio + Para-raios, muflas, buchas de passagem ete + Transformadores de corrente e potencial com as respectivas indicacées de relaclo de transformacéo. = Pasigo da medigo de tenséo e correntes indicativas com as respectivas chaves comutadoras, caso haja. + Lampadas de sinalizacéo. AFigure 1.17 mostra um diagrama unifilar como exemplo. Memorial descritivo E importante a elaboraco do memorial descritivo, contendo informacées necessérias a0 entendimento do projeto. Entre outras informagées, devem constar: + Finatidade do projeto + Endereco comercial da indtistria e 0 endereco do ponto de entrega de energia + Carga prevista e demanda justificadamente adotada + Tipo de subestacdo (abrigado em alvenaria, blindado, a0 tempo). + Protec e comando de todos os aparethos utilizedos, desde o ponto de entrega de energia até o ponto de consumo. + Caracteristicas completas de todos os equipamentos de protegao e comando, transformadores, cabos, quadros etc. + Memorial de catculo + Relagio completa de material. + Planitha orcamentéria Os dispositivos nao relacionados devem, também, ser indicados conforme a especificagao menciona Deve-se ressalter © importincie que deve ser dada & especificaczo dos materiats, tanto no que diz respeito as suas caracteristicas técnicas quanto mecénicas e dimensionais. ‘As empresas comerciais escolhidas pelo interessado do projeto para apresentarem propostas de fornecimento desses materiais deverdo basear as mesmas nas caracteristicas apresentadas. Caso contrério, durante a abertura das propostas poderao surgtr conflitos entre os concorrentes, os quais dificilmente seréo sanados, devido @ inexisténcia de qualificagéo dos materiais requisitados. Simbologia ‘Todo projeto de instalacio elétrica requer a adoco de uma simbologia que represente os diversos materiais envolvides. Existem varias normas nacionais e estrangeiras que apresentam os simbolos representativos dos materiais elétricos utiltzados em instalagdes correspondentes: 0s simbolos mais empregados atualmente so os da ABNT, apresentados na Tabclo 1.17 de forma resumida. No entanto, a literatura de fabricantes de equipamentos e dispositivos oriundos de outros paises conserva, em geral, a simbologia de origem Dentro de um mesmo projeto deve-se sempre adotar uma tinica simbologia, a fim de evitar dividas e interpretacdes erréneas ‘As normas da ABNT as quais todos os projetos devem obedecer, a fim de que seja assegurado um elevado padrao técnico na operacio da instalaco, podem ser encontradas & venda nas representacdes estaduais da ABNT ou em sua sede situada na Av. Paulista, 726 - Séo Paulo, 01310-000 - Tel: (11) 3142-8928, 1 —puevaio tipo wiuda de 121: 2 chave uel ncaa ce tuo de 100 A/5 AV, 3 - mua terial de 100 ASK 4 cabo |ecado on PVC par 1 WY, odo 25 m5 - Yanformador de corene pa medio, ass 15K; 6 -taneformador de pte para ‘medio, classe 15 HV ~ 1200/15 V7 —bucha de pssagem axtema xtra, 1004/15 WB chave seclonadera pos 100 N15 Ke 9" wanslomador ce corente para pote: dn rls ial se sobrecorane de fae «de nato, 10 dsr trpsar a pagan yl oxteaus op epedury sored ug pens ‘pc oper 207 FRABPATT OO MOR "TH 6 a oo o a bo » a oe ° * 3 os 2 7 7 = = + + ([EtbRS { pare ooosepuesy 2 maou aye 0p enon, 19 04 oue24 29 np HED lng ou cron mgac3 pos ean] a 8 jas op oxbu2690 jonas ojoaus op ogtva530

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