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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ET-300/2009 R-04
APRESENTAÇÃO
Esta Especificação Técnica ET-300 R-04, cancela e substitui a ET-300 R-03 e está baseada na
Padronização e Especificação de Poste de Concreto Armado para Rede de Distribuição de Energia
Elétrica da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
Os postes para subestações e linhas de distribuição de alta tensão estão baseados nas
necessidades pertinentes aos respectivos padrões de estruturas.
Elaboração:
José Deusimar Ferreira Normas e Procedimentos
Revisão:
Raquel Santos Gondim Normas e Procedimentos
Equipe de Consenso:
Antônio Ribamar Melo Filgueira Normas e Procedimentos
Keyla Sampaio Câmara Normas e Procedimentos
Felipe Leite Cardoso dos Santos Normas e Procedimentos
Apoio:
Pedro Paulo Menezes Neto Normas e Procedimentos
Sandra Lúcia Alenquer da Silva Normas e Procedimentos
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II
POSTES DE CONCRETO ARMADO Revisão
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AGO/2009
ÍNDICE
1 OBJETIVO ..................................................................................................................................................1
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS .................................................................................................................1
2.1 NORMAS BRASILEIRAS ...................................................................................................................................1
2.2 NORMAS DA COELCE .....................................................................................................................................1
3 REQUERIMENTO DE QUALIDADE...........................................................................................................1
4 CONDIÇÕES DE SERVIÇO .......................................................................................................................2
5 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS E CONSTRUTIVAS ..............................................................................2
5.1 PROJETO GERAL ...........................................................................................................................................2
5.2 NUMERAÇÃO SÉRIE .......................................................................................................................................2
5.3 POSTES PADRONIZADOS ................................................................................................................................3
5.4 ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS .....................................................................................................................4
5.5 IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................................................................................5
5.6 ACABAMENTO................................................................................................................................................6
5.7 FUROS ..........................................................................................................................................................6
5.8 ATERRAMENTO ................................................................................................................................................6
5.9 TOLERÂNCIAS ...............................................................................................................................................7
6 CONDIÇÕES TÉCNICAS ...........................................................................................................................7
6.1 FABRICAÇÃO .................................................................................................................................................7
6.2 ELASTICIDADE ...............................................................................................................................................7
6.3 RESISTÊNCIA À RUPTURA ...............................................................................................................................8
6.4 ARMADURA ...................................................................................................................................................8
6.5 ABSORÇÃO DE ÁGUA .....................................................................................................................................8
7 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA TÉCNICA ..........................................................................................8
8 INSPEÇÃO E ENSAIOS .............................................................................................................................9
8.1 GENERALIDADES ...........................................................................................................................................9
8.2 RELATÓRIO DE ENSAIOS ..............................................................................................................................10
8.3 CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO .....................................................................................................................11
8.4 INSPEÇÃO GERAL ........................................................................................................................................11
8.5 VERIFICAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE .................................................................................................11
8.6 ENSAIOS .....................................................................................................................................................11
8.7 PLANOS DE AMOSTRAGEM PARA INSPEÇÃO GERAL E PARA ENSAIO DE ELASTICIDADE......................................13
8.8 PLANOS DE AMOSTRAGEM PARA OS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À RUPTURA, COMPRIMENTO E AFASTAMENTO DE
ARMADURA, ABSORÇÃO DE ÁGUA E MOMENTO FLETOR (MA)....................................................................................15
8.9 INSPEÇÃO POR ATRIBUTO ............................................................................................................................16
9 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ......................................................................................................................16
10 ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE ..............................................................................................16
11 PRAZO DE ENTREGA .............................................................................................................................16
12 GARANTIA ...............................................................................................................................................17
13 ANEXOS ...................................................................................................................................................17
ANEXO A: PLANILHA PARA CONTROLE DE PRODUÇÃO DIÁRIA .................................................................................18
DESENHOS .........................................................................................................................................................19
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1 OBJETIVO
Estabelecer os requisitos mínimos aplicáveis ao fornecimento de Postes de Concreto Armado (não
protendido), de eixo retilíneo, seção duplo “T” ou circular, destinados ao uso no sistema elétrico da
Coelce.
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Para fins de projeto, matéria-prima, qualidade, fabricação, ensaios, inspeção e transporte os postes
de concreto armado a serem fornecidos devem satisfazer as exigências desta Especificação, e no
que não a contrarie, às seguintes normas em suas últimas revisões
2.1 Normas Brasileiras
NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento;
NBR 5427, Guia para aplicação da norma NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na
inspeção por atributos;
NBR 5732, Cimento Portland comum - Especificação;
NBR 5733, Cimento Portland de alta resistência inicial - Especificação;
NBR 5738, Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova;
NBR 5739, Concreto - ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos - Método de Ensaio;
NBR 6118, Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento;
NBR 6124, Determinação da elasticidade, carga de ruptura, absorção de água e da espessura do
cobrimento em postes e cruzetas de concreto armado - Método de Ensaio;
NBR 7211, Agregado para Concreto - Especificação;
NBR 7480, Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação;
NBR 8451, Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica- Especificação;
NBR 8452, Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica - Padronização.
2.2 Normas da Coelce
DT-068, Transporte de Postes e de Resíduos de Concreto.
As normas mencionadas não excluem outras reconhecidas que assegurem qualidade igual ou
superior a elas, desde que o proponente cite em sua proposta as partes ou normas aplicáveis.
Caso julgue necessário, a Coelce pode exigir do Proponente o fornecimento de cópias das normas
adotadas por este.
Em caso de dúvida ou contradição, tem primazia esta Especificação, em seguida as normas
recomendadas e finalmente, as normas apresentadas pelo Proponente.
3 REQUERIMENTO DE QUALIDADE
O Proponente deve demonstrar que tem implementado e funcionando em fábrica um sistema de
Garantia de Qualidade com programas e procedimentos documentados em manuais.
A Coelce se reserva o direito de verificar os procedimentos e a documentação relativa à fabricação
dos postes de concreto armado e o fabricante se obriga a colocar a sua disposição estes
antecedentes.
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4 CONDIÇÕES DE SERVIÇO
Os postes de concreto armado devem ser apropriados ao uso em clima tropical, atmosfera salina,
exposta a ação direta do raio do sol, fortes chuvas, devendo receber tratamento adequado para
resistir as condições ambientais da Tabela 1.
Tabela 1: Condições Ambientais
Características Coelce
Altitude Máxima (m) 1.000
Temperatura Mínima (°C) +14º
Temperatura Máxima (°C) +40º
Temperatura Média (°C) +30º
Umidade Relativa Média(%) > 80
Pressão Máxima do Vento (N/m²) 700
Nível de Contaminação (ABNT IEC/TR 60815) Muito Alto (IV)
Nível de Salinidade (mg/cm² dia) > 0,3502
Radiação Solar Máxima (wb/m²) 1.000
Tabela 5: Características dos Postes de Concreto Armado de Seção Duplo “T” até 12 m
Resistência Momento Dimensões ( mm )
Nominal Rn fletor
Comprimento Nominal no Massa
Nominal (daN) plano de Rn Aprox. Face A Face B
Item Tipo mínimo (2) MA T+20
L ± 0,005 (4) (kg) F±20 J± 0 e±15 M ± 15
(daNxm) (3) -5
(m) (1)
Face Face Face Face Topo Base Topo Base
A B A B a±5 A±5 b±5 B±5
01 07 D 50 100 127 179 328 120 232 100 170
02 D 75 150 119 164 470 120 264 100 190
75 1000 1500 1525 2000
03 09 150 300 129 180
B 750 140 392 110 290
04 300 600 258 360
05 D 75 150 115 155 600 120 288 100 205
06 150 300 120 164
B 980 140 434 110 320
07 10,5 300 600 239 327 1475 1150 1650 3025 3000
08 B-1,5 500 1000 652 890 1240 182 476 140 350
09 B-4,5 1000 2000 2444 3477 1840 266 560 200 410
10 B 150 300 111 149
1210 140 476 110 350
11 B 300 600 222 298
12 12 B-1,5 500 1000 618 829 1520 182 518 140 380 2775 1300 1800 4525 4500
13 B-4,5 1000 2000 Nota (*) 2100 266 602 200 440
14 B-6 1500 3000 4741 6431 2600 308 644 230 470
NOTAS:
1: As massas são aproximadas e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida a sua
observância, inclusive na inspeção;
2: Valores mínimos para distância do plano de aplicação de Rn a Topo do Poste:
Face A cavada = 100 mm. Face B lisa = 100 mm.
3: Os valores de MA foram obtidos experimentalmente;
4: Valores de resistência nominal em outras direções vide Desenho Nº 300.01;
5: Número do desenho de referência: 300.06.
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Tabela 6: Características dos Postes de Concreto Armado de Seção Duplo “T” uso em SED
Resistência Dimensões (mm)
Comprimento Nominal Rn Massa
Face A Face B
Item Nominal Tipo (daN) Aprox.
e±5 t±5 v±5 q±5
L ± 0,05 (m) (kg) Topo Base Topo Base
Face A Face B
a±5 A±5 b±5 B±5
01 4,5 270 266 200
B 300 600 140 110 1500 1525 2250 2250
02 6 400 308 230
NOTAS
1: As massas são aproximadas e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida a sua
observância, inclusive na inspeção.
2: Número do desenho de referência: 300.07.
NOTAS:
1 As massas são aproximadas e não possuem sentido normativo, não devendo ser exigida a sua
observância, inclusive na inspeção;
2 Nesses tipos de postes não são utilizados estribos para se galgar poste;
3 Dimensões da cota “D” – vide Desenho Nº 300.08 e 300.09.
5.5 Identificação
a) Deve ser gravado, de forma legível e indelével no concreto, em baixo relevo, com profundidade
entre 2mm e 5mm, antes da cura total, do topo para a base, as seguintes informações, conforme
desenho 300.11:
– Número de série do poste;
– Data (dia, mês e ano) de fabricação;
– Comprimento nominal (m);
– Resistência nominal (daN);
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6 CONDIÇÕES TÉCNICAS
6.1 Fabricação
Na fabricação dos postes os componentes devem ser verificados segundo as seguintes normas:
a) Cimento - conforme prescreve a NBR 5732 ou NBR 5733;
b) Agregado - conforme prescreve a NBR 7211;
c) Água - destinada ao amassamento do concreto e isenta de teores prejudiciais de substâncias
estranhas, conforme NBR 6118;
d) Aço - as barra utilizadas para a armadura devem obedecer a NBR 7480, com exceção das
características de dobramento. Admitem-se outros tipos de aço desde que suas propriedades
características sejam suficientemente estudadas por laboratório idôneo e previamente aprovados
pela Coelce;
e) Concreto - para controle da resistência característica à compressão do concreto, devem ser
obedecidas as NBR 5738 e NBR 5739. A tensão de ruptura à compressão do concreto aos 28
dias de cura, não deve ser menor que 31,60 MPa, que corresponde a um Fck de 25,00 MPa
associado a um desvio-padrão de 4,00 MPa, conforme a seguir:
fcj = fck + 1,65Sd
onde:
fcj : resistência à compressão na idade de J dia (3, 7, 14, 21, 28 e 96 dias) [ MPa];
fck : Resistência Característica à Compressão do concreto [MPa];
Sd : Desvio-padrão (Adotar igual a 4,00 MPa);
Logo:
fcj = 25,00[MPa] + 1,65 * 4,00[MPa]
fcj = 31,60[MPa]
6.2 Elasticidade
6.2.1 Flechas
Os postes submetidos a uma tração igual à resistência nominal não devem apresentar flechas, no
plano de aplicação dos esforços reais, superiores a:
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a) 5% do comprimento nominal, quando a tração for aplicada na direção de menor resistência (face
A - cavada) no poste seção duplo “T”;
b) 3,5% do comprimento nominal para as demais situações.
6.2.2 Flecha residual
A flecha residual, medida depois que se anula a aplicação de um esforço correspondente a 140% da
resistência nominal no plano de aplicação dos esforços reais não deve ser superior a:
a) 0,5% do comprimento nominal, quando a tração for aplicada na direção de menor resistência
(face A - cavada) no poste seção duplo “T”;
b) 0,35% do comprimento nominal para as demais situações.
6.2.3 Trincas
Todos os postes submetidos a uma tração igual à resistência nominal não devem apresentar trincas,
exceto as capilares.
As trincas que aparecerem durante a aplicação dos esforços correspondentes a 140% da resistência
nominal, após a retirada deste esforço, devem fechar-se ou tornar-se capilares.
6.3 Resistência à Ruptura
A resistência à ruptura não deve ser inferior a 2,2 vezes a resistência nominal. Os postes simétricos,
de seção duplo “T”, têm na direção de menor resistência, uma resistência igual a 50% da indicada
para a direção de maior resistência.
6.4 Armadura
6.4.1 Cobrimento
Qualquer parte da armadura longitudinal ou transversal deve ter cobrimento de concreto com
espessura mínima de 15mm, com exceção dos furos, quando deve ser observado o item 5.7 “b” e da
armadura transversal dos postes duplo “T” onde admite-se 10mm.
6.4.2 Afastamento
O afastamento entre barras, bem como os transpasses nas emendas, pode ter disposição especial,
cuja eficiência seja comprovada pelos ensaios previstos nesta Especificação. As extremidades da
armadura devem estar localizadas a 20mm da base e do topo do poste, admitindo-se uma tolerância
de ± 5mm.
6.5 Absorção de Água
O teor de absorção de água do concreto do poste não pode exceder um dos seguintes valores:
a) 6,0% para a média das amostras, inclusive quando se tratar de uma única amostra;
b) 7,5% para o corpo de prova individual.
8 INSPEÇÃO E ENSAIOS
8.1 Generalidades
8.1.1 Os postes devem ser submetidos a inspeção e ensaio pelo fabricante, em presença do
inspetor da Coelce, de acordo com as normas recomendadas e com esta Especificação.
8.1.2 A Coelce se reserva o direito de inspecionar e ensaiar os postes, no período de fabricação, na
época do embarque, ou a qualquer momento que julgar necessário. Para tal, devem ser propiciadas
todas as facilidades quanto ao livre acesso aos laboratórios, dependências onde estiverem sendo
fabricados os postes, etc., bem como fornecer pessoal qualificado a prestar informações e executar
os ensaios.
8.1.3 O Fabricante deve informar a Coelce, com antecedência mínima de 15 dias úteis a data que os
postes estão prontos para inspeção. O período de ensaios deve estar incluso no prazo de entrega
dos materiais. Qualquer alteração na data da inspeção deve ser comunicada a Coelce com um
prazo mínimo de 72 horas. O não atendimento, por parte do fabricante, a estes prazos de
comunicação, gerando uma inspeção improdutiva, a Coelce reserva-se o direito de cobrar do
Fabricante, os custos referentes a transportes e diárias do seu inspetor, caso tenham sido custeadas
pela Coelce.
8.1.4 O local de inspeção dos postes deve ser coberto, a fim de que as condições meteorológicas
não impossibilitem a realização dos ensaios.
8.1.5 O Fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem necessárias para a realização dos
ensaios ou contratar, às suas expensas, laboratório previamente aceito pela Coelce. A aparelhagem
deve estar devidamente aferida por laboratório idôneo aprovado pela Coelce.
8.1.6 No caso do inspetor da Coelce ser convocado e os postes não estiverem prontos para
inspeção, ou o local da inspeção não oferecer condições de ensaios ou haja rejeição na inspeção, a
nova visita do inspetor é custeada totalmente pelo fabricante.
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8.1.7 O custo de controle de qualidade da fabricação e dos ensaios corre por conta do Fabricante.
As repetições, quando solicitadas pela Coelce, correm por conta desta somente se os postes forem
aprovados. Em caso contrário, correm por conta do Fabricante.
8.1.8 Todos os postes submetidos a ensaios destrutivos nas porcentagens fixadas nesta
Especificação devem ser custeados pelo Fabricante
8.1.9 A aceitação do material pela Coelce, com base nos ensaios ou nos relatórios que os
substituam, não exime o Fornecedor de sua responsabilidade em fornecer o material em plena
concordância com o Pedido de Compra e com esta Especificação, nem invalidará qualquer
reclamação por parte da Coelce devido material inadequado ou defeituoso.
8.1.10 A rejeição dos postes em virtude de falhas constatadas na inspeção não exime o Fornecedor
de sua responsabilidade de fornecer os mesmos no prazo de entrega estabelecido no Pedido de
Compra.
8.1.11 Caso o poste seja rejeitado na inspeção, o Fornecedor deve corrigir as falhas indicadas no
relatório de inspeção sem ônus para a Coelce. Uma vez efetuadas todas as correções solicitadas no
relatório de inspeção, o fabricante deve comunicar a Coelce a nova data de inspeção.
8.1.12 Se a gravidade da falha tornar impraticável a entrega pelo Fornecedor na data prevista, ou se
tudo indicar que o Fornecedor não será capaz de satisfazer aos requisitos exigidos, a Coelce
reserva-se o direito de rescindir o contrato e o Fornecedor estará sujeito às penalidades aplicáveis
ao caso.
8.1.13 No caso da Coelce dispensar a presença do Inspetor para acompanhar os ensaios, o
fornecedor deve apresentar além dos Relatórios de Ensaios, a garantia da autenticidade dos
resultados devidamente assinada pelo responsável técnico do seu Controle de Qualidade.
8.2 Relatório de Ensaios
8.2.1 Deve ser apresentado um relatório completo, em 5 (cinco) vias, dos ensaios efetuados, com as
indicações necessárias à sua perfeita compreensão. O relatório de ensaios, a ser providenciado pelo
Fornecedor, deve conter no mínimo as seguintes informações:
– Nome da Coelce;
– Nome do Fornecedor;
– Número do Pedido de Compra;
– Descrição sucinta dos ensaios;
– Indicação das normas técnicas, métodos, instrumentos e constantes utilizadas;
– Tamanho do lote, número e identificação das unidades ensaiadas;
– Data de início e fim dos ensaios;
– Data de emissão do relatório;
– Nome do laboratório onde os ensaios foram executados;
– Nomes legíveis e assinaturas do responsável técnico do Fornecedor e do inspetor da Coelce.
8.2.2 Depois da Coelce examinar o relatório, uma das cópias deve ser devolvida ao Fornecedor,
aprovando ou não os postes.
8.2.3 No caso da Coelce dispensar a presença do inspetor na inspeção e ensaios, o Fornecedor
deve apresentar, além do referido relatório com os requisitos exigidos normalmente, a garantia de
autenticidade dos resultados. Esta garantia pode ser dada num item do mencionado relatório ou
através de um Certificado devidamente assinado por um funcionário categorizado e responsável do
Fornecedor.
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8.2.4 Em qualquer dos casos, o Fornecedor deve apresentar um certificado, atestando que o
material fornecido está de acordo com todos os requisitos desta Especificação e conforme as
modificações ou acréscimos apresentados nos modelos ou propostas.
8.3 Condições de Recebimento
Para o recebimento de um lote de postes, devem ser realizados pelo inspetor da Coelce, em
amostras escolhidas pelo mesmo, em cada lote apresentado para inspeção, os seguintes
procedimentos:
a) Inspeção geral;
b) Verificação do controle de qualidade;
c) Ensaios.
8.4 Inspeção Geral
Antes de iniciar os ensaios, o inspetor deve fazer uma inspeção geral, para comprovar se os postes
estão de conformidade com os elementos característicos requeridos, verificando:
a) Acabamento;
b) Dimensões;
c) Furação (posição, diâmetro e desobstrução);
d) Identificação.
8.5 Verificação do Controle de Qualidade
Devem ser apresentados ao inspetor os relatórios dos ensaios de controle de qualidade dos
materiais, conforme as normas relacionadas no item 6.1.
É assegurado ao inspetor o direito de presenciar a realização dos ensaios de controle de qualidade
e acompanhar todas as fases de fabricação.
8.6 Ensaios
Os ensaios são destinados à verificação de:
a) Momento fletor no plano de aplicação dos esforços reais (MA);
b) Elasticidade;
c) Resistência a ruptura;
d) Cobrimento e afastamento da armadura;
e) Absorção de água;
f) Insumos.
Os postes duplo “T” simétricos devem ser ensaiados mecanicamente tanto na direção de maior
como na de menor resistência observando o item 6.3.
8.6.1 Momento Fletor no Plano de Aplicação dos Esforços Reais (MA)
O poste deve satisfazer as exigências do momento fletor no plano de aplicação dos esforços reais
MA, descrito abaixo, quando ensaiado conforme descrito na NBR 8451:
– H = Altura útil do poste (acima do solo);
– d = Distância do plano de aplicação dos esforços reais ao topo do poste;
– WA = Momento resistente do poste no plano de aplicação dos esforços reais;
– WB = Momento resistente do poste na seção superior do engastamento;
– ME = Momento fletor, devido à resistência nominal (Rn), na seção superior do engastamento.
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O momento fletor nominal que o poste deve resistir, no plano de aplicação dos esforços reais é dado
por:
WA
MA = 0,9 × ME
WB
Conhecidos MA, “d” e a distância “dV” do plano de aplicação dos esforços virtuais ao topo do poste,
dada por:
HMA − dMB
dV = onde MB = 0,7 × ME
MB − MA
O desenho nº 300.04 apresenta os diagramas dos momentos fletores nominais devido ao esforço
virtual nominal e à resistência nominal. Todo poste deve ser dimensionado de modo a atender o
diagrama de momentos fletores nominais resultantes, em cada direção considerada.
8.6.2 Elasticidade
O poste deve satisfazer às exigências de flechas e trincas previstas no item 6.2 quando ensaiado
conforme a NBR 8451.
8.6.3 Resistência à Ruptura
O poste deve satisfazer às exigências de resistência à ruptura previstas no item 6.3 quando
ensaiado conforme a NBR 8451.
8.6.4 Cobrimento e Afastamento da Armadura
O poste deve satisfazer às exigências de cobrimento e afastamento da armadura previstas nos itens
6.4 e 7.4 quando ensaiado conforme a NBR 6124.
8.6.5 Absorção de Água
O poste deve satisfazer às exigências de absorção de água previstas no item 6.5 quando ensaiado
conforme a NBR 6124.
8.6.6 Ensaios dos Insumos
O fabricante deve disponibilizar o resultado dos ensaios dos insumos para ser feito o rastreamento e
o acompanhamento da fabricação dos produtos finais, conforme Anexo A – Planilha para Controle
de Produção Diária.
O fabricante deve apresentar, no momento da inspeção,a Planilha para Controle de Produção Diária
e os ensaios relacionados a seguir, sobre o tipo de insumos utilizados na produção dos postes de
concreto fornecidos a Coelce. Estes ensaios devem ser diários e coerentes com o dia da produção
dos postes de acordo com o número de série da mesma.
a) Areia
– Granulometria (DMC, MF)
– Massa específica;
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– Massa unitária;
– Controle e correção da umidade.
b) Brita
– Granulometria (DMC, MF)
– Massa específica;
– Massa unitária;
– Controle e correção da umidade.
c) Cimento
– Classificação;
– Pasta de consistência normal;
– Inicio e fim de pega;
– Finura.
d) Água
– Origem;
– Composição química com teores de sais e cloretos;
– PH;
– Dureza;
– Presença de matéria orgânica.
e) Aço
– Tração com gráficos;
– Dobramento.
f) Corpos de Prova
– Absorção;
– Resistência ou Fck.
8.7 Planos de Amostragem para Inspeção Geral e para Ensaio de Elasticidade
8.7.1 O tamanho da amostra ou séries de tamanhos de amostras, bem como o critério de aceitação
do lote, para o ensaio de elasticidade e para inspeção geral devem estar de acordo com as Tabelas
8 e 9.
8.7.2 Para analisar a aceitação ou rejeição de um lote, a Coelce inspecionará os postes segundo as
categorias de inspeção.
Os postes serão classificados em bons ou defeituosos, estes últimos terão a graduação crítico,
grave ou tolerável.
Consultando-se os critérios de aceitação e rejeição da Tabela 8 para os ensaios de elasticidade e os
da Tabela 9 para os ensaios gerais, o lote deve ser aceito ou rejeitado.
Caso o lote seja aceito, o fabricante deve realizar a pintura da base dos postes em uma cor diferente
da cor do poste. Para facilitar a rastreabilidade dos postes, os lotes já liberados pela inspeção
devem ser identificados em cores diferentes.
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equivalente ao dobro da primeira, sem qualquer ônus para a Coelce, e no caso de qualquer outra
falha ocorrer, todo o lote sob inspeção deve ser rejeitado.
8.8.4 Para verificação do teor médio de absorção de água retiram-se 4 corpos de prova de cada
poste que foi submetido ao ensaio de ruptura.
8.8.5 A verificação da espessura do cobrimento e do afastamento da armadura deve ser feita em 5
pontos ao longo do comprimento de cada poste submetido ao ensaio de ruptura.
8.9 Inspeção por Atributo
Para qualquer consideração adicional sobre determinação de planos de amostragem, devem ser
consultadas as NBR 5426 e NBR 5427.
9 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
9.1 Todos os postes rejeitados nos ensaios de recebimento, integrantes de lote aceitos, devem ser
substituídos por unidades novas e perfeitas, pelo Fabricante, sem qualquer ônus para a Coelce.
9.2 A aceitação de um determinado lote pela Coelce não exime o Fabricante da responsabilidade de
fornecer os postes em conformidade com as exigências desta Especificação e nem invalida as
reclamações que a Coelce possa fazer a respeito da qualidade do material empregado e/ou
fabricação dos postes.
9.3 A critério da Coelce, o Fabricante pode apresentar certificados na execução do controle de
qualidade da fabricação.
9.4 No caso de rejeição de um lote é permitido ao Fabricante reagrupar os postes na presença do
inspetor e submetê-los a nova inspeção nas mesmas condições da realizada anteriormente.
10 ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE
10.1 O acondicionamento e a preparação para embarque também estão sujeitos à aprovação pelo
inspetor. O material deve ser acondicionado de modo a garantir um transporte seguro em quaisquer
condições e limitações que possam ser encontrados. O sistema de acondicionamento deve ser tal
que proteja todo o material contra empenos, quebras, danos e perdas, desde a saída da fábrica até
o momento de sua chegada ao local de destino. O acondicionamento será considerado satisfatório
se o material se encontrar em perfeito estado à sua chegada ao destino.
10.2 Os postes com comprimento até 23 metros devem ser entregues no almoxarifado da Coelce,
ou em outro local do Ceará indicado no Pedido de Compra, cabendo ao Fabricante a
responsabilidade pelo acondicionamento, embarque, transporte e desembarque naquele local.
10.3 Os postes com comprimento acima de 23 metros devem ser entregues em local do Estado do
Ceará designado pela Coelce, cabendo ao Fabricante a responsabilidade pelo acondicionamento,
embarque naquele local, e se for o caso, emenda por transporte de barras naquele local.
10.4 No acondicionamento, manuseio e transporte dos postes devem ser observadas as
recomendações contidas na Decisão Técnica DT-068 na versão mais atualizada.
11 PRAZO DE ENTREGA
O prazo para entrega do material deve ser contado a partir do aceite do Pedido de Compra.
O Fornecedor deve considerar, no prazo de entrega, os dias para análise dos desenhos pela
Coelce, sendo que os dias excedentes a este período, pela eventualidade de um atraso na análise,
podem prorrogar a data de entrega por igual número de dias. No entanto, é de inteira
responsabilidade do Fornecedor, o tempo necessário para reanálise dos desenhos que não tenham
sido totalmente aprovados por estarem em desacordo com esta Especificação.
Código
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET-300
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12 GARANTIA
12.1 Os postes fornecidos devem possuir perspectiva de vida útil de, no mínimo, 35 anos.
12.2 O fabricante deve indicar claramente em sua proposta o prazo de garantia e no que consiste a
mesma.
12.3 O prazo mínimo de garantia aceito pela Coelce é de 2 (dois) anos a contar da data de entrega
do equipamento em seu almoxarifado.
12.4 A garantia deve abranger defeitos de projeto, material e fabricação.
12.5 Durante o período de garantia, todos os custos referentes a reparos, carga, descarga, seguro,
frete, etc., eventos estes associados a defeitos apresentados no poste, são de responsabilidade do
Fabricante. Se necessário, o poste deve ser substituído.
12.6 Caso seja detectada falha de fabricação ou projeto do poste, a fabricante deve substituir todas
as unidades do lote, instaladas em campo ou em estoque, sendo responsável por todos os custos
desta operação como: transporte, retirada dos postes instalados, instalação dos novos postes,
custos dos novos postes etc.
13 ANEXOS
Anexo A: Planilha para Controle de Produção Diária
Desenhos:
– 300.01: Poste de Concreto Armado Duplo "T" Tipo B - Coeficientes para Redução de Resistência
Nominal;
– 300.02: Poste de Concreto Armado Duplo "T" Tipo B - Massas, Volumes, Dimensões e Posições;
– 300.03: Poste de Concreto Armado Duplo "T" Tipo D - Massas, Volumes, Dimensões e Posições;
– 300.04: Gráficos de Momentos Fletores Nominais;
– 300.05: Poste Circular para Iluminação Pública Especial;
– 300.06: Poste de Concreto Armado Duplo "T" para Redes de Distribuição e Subestações;
– 300.07: Poste de Concreto Armado Duplo "T" para Subestações;
– 300.08: Poste para Linhas de Distribuição de Alta Tensão e Telecomunicações;
– 300.09: Valores da Aba G do Poste;
– 300.10: Marca de Engastamento;
– 300.11: Modelo de Registro de Identificação de Poste Duplo "T".
Código
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET-300
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NOTAS
1 O envio desta planilha é de responsabilidade do fabricante e deve ser enviada no ato da solicitação da
inspeção.
2 A inspeção deve ser marcada no intervalo de 5 a 10 dias úteis, após o recebimento da solicitação (via e-
mail)