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Guia de Demonstrações Financeiras


Exercício de 2017
Sua empresa atualizada com as normas
contábeis brasileiras e internacionais
Acesse este e outros conteúdos em www.deloitte.com.br
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Índice

Mensagem do CEO ...................................................................................................... 3

IFRSs - Normas internacionais de relatório financeiro ....................................................... 4

Regulamentação contábil - Práticas contábeis brasileiras ................................................ 16

Assuntos emergentes no mercado ............................................................................... 22

Blockchain - Um Divisor de Águas para a Contabilidade .......................................... 23

Robótica em Finanças - A Automação que Muda o Jogo ........................................... 25

Gestão Integrada de Riscos: um Desafio para as Empresas em 2017 e 2018 .............. 28

As Principais Novidades de Governança Corporativa ............................................... 31

Programa de Integridade .................................................................................... 33

Programa de Compliance para Entidades Financeiras ............................................. 34

IFRS 17 - Contratos de Seguro ............................................................................ 36

Os Principais Impactos da Instrução CVM nº 577 para a Indústria de Fundos de


Investimento ................................................................................................ 38

Os Principais Impactos das Instruções CVM nº 578 e nº 579 –


Fundo de Investimento em Participação ............................................................ 45

Regulamentações específicas por setor - CVM, instituições financeiras e outras .................. 50

Assuntos tributários - Principais temas editados em 2017 ............................................... 78

Fiscalização Eletrônica – Estudos de Caso ............................................................ 93

Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/2017 ........................................................... 102

A Lei Complementar nº 160/2017 e a Guerra Fiscal ............................................... 105

Contabilidade internacional - Normas contábeis norte-americanas .................................. 107

Índices de mercado - 2017 e 2016 ............................................................................. 119


Mensagem do CEO

Tenho a satisfação de apresentar, em nome de todos os sócios de


nossa área de Audit & Advisory, mais uma edição do tradicional
“Guia de Demonstrações Financeiras da Deloitte” – material que,
com o Modelo e o Checklist de Demonstrações Financeiras, já se
tornou referência no Brasil.

Esta publicação tem como objetivo trazer as mais recentes


atualizações nas diretrizes das International Financial Reporting
Standards (IFRSs), as normas contábeis internacionais que
padronizam e elevam o grau de confiança e comparabilidade das
informações financeiras divulgadas ao mercado.

As atualizações nas normas refletem o propósito de


aperfeiçoamento constante da contabilidade para prover
referências técnicas ajustadas às novas necessidades e
expectativas de órgãos reguladores e agentes de mercado,
favorecendo a transparência e as melhores práticas corporativas.

É importante destacar também o recente avanço da tecnologia


nessa área, com seus impactos em termos de processos mais
eficientes, transparentes, assertivos e prospectivos, que
aproximam a abordagem da contabilidade da realidade digital
contemporânea.

As empresas que atuam no Brasil, com seus atuais desafios


econômicos e de mercado, bem como com sua complexidade
regulatória, têm muito a ganhar com o pleno conhecimento e a
correta implementação das novas normas contábeis.

Este Guia traz também artigos que abordarão uma diversidade de


temas emergentes que têm impactado a contabilidade, como
robótica, automação, blockchain, novas legislações e
regulamentações.

A Deloitte, que está presente no Brasil desde 1911, renova o seu


compromisso histórico de participar ativamente da evolução da
contabilidade, a fim de contribuir com o aprimoramento da
transparência e da maturidade do nosso ambiente de negócios.

Boa leitura!

Altair Rossato
Chief Executive Officer (CEO) da Deloitte

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  3


IFRSs
Normas internacionais
de relatório financeiro

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  4


Obs. Embora as IFRSs permitam a adoção antecipada, as práticas contábeis adotadas no Brasil não
permitem a adoção antecipada dos pronunciamentos anteriormente às respectivas datas de vigência
mandatórias.

IFRSs novas e revisadas para as  Alterações à IAS 7 - Iniciativa de


demonstrações financeiras anuais de Divulgação.
2017 e exercícios subsequentes
 Alterações à IAS 12 - Reconhecimento de
Esta seção contém o resumo dos normativos Impostos Diferidos Ativos para Perdas a
emitidos ou revisados, cujas alterações Realizar.
passaram a vigorar em 2017 e/ou em
exercícios subsequentes, como segue:  Alterações à IFRS 12 incluídas nas
Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-
 Visão geral das alterações às International 2016.
Financial Reporting Standards (IFRSs) com
adoção obrigatória a partir do exercício a Alterações à IAS 7 - Iniciativa de Divulgação
findar em 31 de dezembro de 2017. (Aplicáveis para períodos anuais iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2017)
 Visão geral das IFRSs novas e revisadas,
ainda não obrigatórias (mas com adoção As alterações requerem que a entidade
antecipada permitida) para o exercício a forneça divulgações que permitam aos
findar em 31 de dezembro de 2017. Nesse usuários das demonstrações financeiras
sentido, a discussão a seguir reflete as avaliar as mudanças nos passivos resultantes
IFRSs emitidas em ou antes de 31 de de atividades de financiamento, incluindo
março de 2017. mudanças que envolvem e não envolvem
caixa.
Ao preparar as demonstrações financeiras
para o exercício a findar em 31 de As alterações são aplicáveis
dezembro de 2017, as companhias prospectivamente. As entidades não são
precisam considerar e divulgar o possível obrigadas a apresentar informações
impacto da adoção das IFRSs novas e comparativas para períodos anteriores quando
revisadas emitidas pelo International adotam as alterações pela primeira vez.
Accounting Standards Board (IASB) após
31 de março de 2017, porém antes da Alterações à IAS 12 - Reconhecimento de
autorização para emissão das Impostos Diferidos Ativos para Perdas a
demonstrações financeiras. Realizar (Aplicáveis para períodos anuais
iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017)
Alterações às IFRSs com adoção
obrigatória para períodos anuais As alterações esclarecem o seguinte:
iniciados em ou após 1º de janeiro de
2017 1. As perdas a realizar decorrentes de um
instrumento de dívida mensurado ao valor
As seguintes alterações às IFRSs tornaram-se justo para o qual a base de cálculo
obrigatórias no ano corrente. As alterações, permanece determinada ao custo dão
em geral, trouxeram a necessidade da adoção origem a diferenças temporárias
retroativa (isto é, valores comparativos devem dedutíveis, independentemente se o titular
ser reapresentados), com algumas alterações do instrumento de dívida espera recuperar
requerendo aplicação prospectiva. o respectivo valor contábil por meio de
venda ou uso, ou se for provável que o

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IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

emissor liquide todos os fluxos de caixa alguns dos ativos da entidade em valor
contratuais. acima do seu valor contábil se houver
evidência suficiente de que é provável que
2. Ao avaliar se lucros tributáveis estarão a entidade conseguirá fazê-lo.
disponíveis para que a diferença
temporária dedutível possa ser utilizada e 4. Ao avaliar a disponibilidade de lucros
quando a legislação tributária restringe a tributáveis futuros suficientes, uma
utilização de perdas à dedução de lucros de entidade deve comparar as diferenças
um tipo específico (por exemplo, perdas de temporárias dedutíveis com os lucros
capital somente podem ser compensadas tributáveis futuros, eliminando as deduções
com ganhos de capital), uma entidade fiscais resultantes da reversão daquelas
avalia a diferença temporária dedutível em diferenças temporárias dedutíveis.
conjunto com outras diferenças
temporárias dedutíveis daquele tipo, mas As alterações são aplicáveis
separadamente de outros tipos de retrospectivamente.
diferenças temporárias dedutíveis.

3. A estimativa de lucro tributável futuro


provável pode incluir a recuperação de

Alterações à IFRS 12 incluídas nas Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016


(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017)

As Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016 incluem alterações em várias IFRSs, estando
uma delas em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017. Consulte
a página 14 a seguir para obter um resumo das outras alterações contidas neste documento
que ainda não estão em vigor.

As melhorias anuais incluem as alterações a uma série de IFRSs, resumidas a seguir:

Norma Objeto da alteração Detalhes

IFRS 12 - Divulgações de Esclarecimento do A IFRS 12 esclarece que uma entidade não


Participações em Outras escopo da norma precisa fornecer informações financeiras
Entidades resumidas sobre participações em
controladas, coligadas ou joint ventures
classificadas como (ou incluídas em um
grupo de alienação classificado como)
mantidas para venda.
As alterações esclarecem que esta é a
única concessão das exigências de
divulgação da IFRS 12 para referidas
participações.
As alterações são aplicáveis
retrospectivamente.

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IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

IFRSs novas e revisadas não obrigatórias IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (revisada


(mas que podem ser adotadas em 2014) (Aplicável para períodos anuais
antecipadamente) para o exercício a iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018)
findar em 31 de dezembro de 2017
Em julho de 2014, o IASB finalizou a revisão
A lista a seguir traz as IFRSs novas e revisadas da contabilização de instrumentos financeiros
ainda não obrigatórias (mas que podem ser e emitiu a IFRS 9 (revisada em 2014), que
adotadas antecipadamente) para o exercício a contém exigências para: (a) classificação e
findar em 31 de dezembro de 2017 (*): mensuração de ativos e passivos financeiros;
(b) metodologia de redução ao valor
 IFRS 9 - Instrumentos Financeiros. recuperável; e (c) contabilização geral de
hedge. A IFRS 9 (revisada em 2014) vai
 IFRS 15 - Receita de Contratos com substituir a IAS 39 - Instrumentos
Clientes e Correspondentes Financeiros: Reconhecimento e Mensuração,
Esclarecimentos. quando estiver efetiva.

 IFRS 16 - Arrendamentos. Fase 1: Classificação e mensuração dos


ativos e passivos financeiros
 Alterações à IFRS 2 - Classificação e
Mensuração de Transações Envolvendo Com relação à classificação e mensuração, o
Pagamentos Baseados em Ações. número de categorias de ativos financeiros
nos termos da IFRS 9 foi reduzido; todos os
 Alterações à IFRS 10 e IAS 28 - Venda ou
ativos financeiros reconhecidos, que
Contribuição em Ativos entre Investidor e
atualmente estejam incluídos no escopo da
Associada ou Joint Venture.
IAS 39, serão posteriormente mensurados ao
custo amortizado ou ao valor justo nos termos
 Alterações à IAS 40 - Transferências de
da IFRS 9. Mais especificamente:
Propriedade para Investimento.
 Um instrumento da dívida que: (a) seja
 Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-
mantido de acordo com um modelo de
2016.
negócios, cujo objetivo seja coletar os
 IFRIC 22 - Transações em Moedas fluxos de caixa contratuais; e (b) tenha
Estrangeiras e Adiantamentos. fluxos de caixa contratuais que
correspondam, exclusivamente, aos
(*) O IASB também divulgou Alterações à pagamentos do valor principal e de juros,
IFRS 4 - Aplicação da IFRS 9 - sobre o valor principal em aberto, deve ser
Instrumentos Financeiros com a IFRS 4 - mensurado ao custo amortizado (líquido de
Contratos de Seguro, em vigor para qualquer baixa para redução ao valor
períodos anuais iniciados em ou após 1º recuperável), a menos que o ativo seja
de janeiro de 2018; designado ao valor justo por meio do
resultado.

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IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

 Um instrumento da dívida: (a) que seja abrangentes” crie ou aumente um


mantido de acordo com um modelo de descasamento contábil no resultado. As
negócios, cujo objetivo seja atingido, tanto variações no valor justo atribuíveis ao risco de
mediante a coleta de fluxos de caixa crédito do passivo financeiro não são
contratuais quanto por meio da venda de posteriormente reclassificadas no resultado.
ativos financeiros; e (b) cujos prazos De acordo com a IAS 39, o valor total da
contratuais do ativo financeiro gerem, em variação no valor justo do passivo financeiro
determinadas datas, fluxos de caixa que designado como valor justo por meio do
correspondam, exclusivamente, aos resultado deve ser apresentado no resultado.
pagamentos do valor principal e de juros
sobre o valor principal em aberto, deve ser Fase 2: Metodologia de redução ao valor
mensurado ao valor justo por meio de recuperável
outros resultados abrangentes, a menos
que o ativo seja designado ao valor justo O modelo de redução ao valor recuperável da
por meio do resultado. IFRS 9 reflete as perdas de crédito esperadas,
em vez das perdas de crédito incorridas, nos
 Todos os outros instrumentos da dívida termos da IAS 39. De acordo com a
devem ser mensurados ao valor justo por abordagem de redução ao valor recuperável
meio do resultado. na IFRS 9, não é mais necessário que um
evento de crédito tenha ocorrido antes do
 Todos os investimentos em títulos reconhecimento das perdas de crédito. Em vez
patrimoniais devem ser mensurados no disso, uma entidade sempre contabiliza as
balanço patrimonial ao valor justo, sendo perdas de crédito esperadas e as variações
os ganhos e prejuízos reconhecidos no nessas perdas de crédito esperadas. O valor
resultado, exceto se um investimento em das perdas de crédito esperadas deve ser
título patrimonial não for mantido para atualizado em cada data das demonstrações
negociação, nem uma contrapartida financeiras para refletir as mudanças no risco
contingente for reconhecida por um de crédito desde o reconhecimento inicial.
comprador em uma combinação de
negócios; nesse caso, uma opção Fase 3: Contabilização de hedge
irrevogável poderá ser adotada no
reconhecimento inicial para mensurar o As exigências gerais de contabilização de
investimento ao valor justo por meio de hedge trazidas pela IFRS 9 mantêm os três
outros resultados abrangentes, sendo a tipos de mecanismo de contabilização de
receita de dividendos reconhecida no hedge da IAS 39. Por outro lado, o novo
resultado. normativo trouxe maior flexibilidade no que
tange aos tipos de transações elegíveis à
A IFRS 9 contém ainda exigências para a contabilização de hedge, mais especificamente
classificação e mensuração dos passivos a ampliação dos tipos de instrumentos que se
financeiros e exigências de baixa. Uma qualificam como instrumentos de hedge e os
importante alteração com relação à IAS 39 tipos de componentes de risco de itens não
refere-se à apresentação das variações no financeiros elegíveis à contabilização de
valor justo de um passivo financeiro hedge. Adicionalmente, o teste de efetividade
designado ao valor justo por meio do foi revisado e substituído pelo princípio de
resultado atribuíveis a mudanças no risco de “relacionamento econômico”. A avaliação
crédito daquele passivo. De acordo com a retrospectiva da efetividade do hedge não é
IFRS 9, essas variações são apresentadas em mais necessária. Foram introduzidas
“Outros resultados abrangentes”, a menos que exigências adicionais de divulgação
a apresentação do efeito da mudança no risco relacionadas às atividades de gestão de riscos
de crédito do passivo em “Outros resultados de uma entidade.

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IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

O trabalho relacionado a macro hedge do IASB  IAS 18 - Receita.


ainda está na fase preliminar. Um documento
de discussão foi emitido, em abril de 2014,  IAS 11 - Contratos de Construção.
para coletar pontos de vista e orientações
preliminares do mercado, de reguladores e  IFRIC 13 - Programas de Fidelização de
outros. O período para comentários sobre tal Clientes.
documento findou em outubro de 2014. Esse
 IFRIC 15 - Contratos para Construção de
projeto encontrava-se em análise na data em
Imóveis.
que este guia foi elaborado.
 IFRIC 18 - Transferências de Ativos de
Disposições transitórias
Clientes.
A IFRS 9 (revisada em 2014) é aplicável para
 SIC 31 - Receita - Transações de Permuta
períodos anuais iniciados em ou após 1° de
Envolvendo Serviços de Publicidade.
janeiro de 2018, sendo permitida a adoção
antecipada. Se uma entidade optar por adotar
Conforme sugerido pelo título da nova Norma
a IFRS 9 antecipadamente, ela deve adotar
de Receita, a IFRS 15 irá cobrir apenas as
todas as exigências contidas na IFRS 9 ao
receitas resultantes de contratos com clientes.
mesmo tempo, exceto por aquelas
Nos termos da IFRS 15, um cliente de uma
relacionadas à:
entidade é uma parte que celebrou contrato
com a entidade para obter mercadorias ou
5. Apresentação dos ganhos e das perdas do
serviços que correspondem à produção das
valor justo, atribuíveis a mudanças no risco
atividades ordinárias da entidade mediante
de crédito dos passivos financeiros
pagamento de contraprestação.
designados ao valor justo por meio do
Diferentemente do escopo da IAS 18, o
resultado, cujas exigências uma entidade
reconhecimento e a mensuração da receita de
pode adotar antecipadamente sem adotar
juros e receita de dividendos resultante de
as outras exigências na IFRS 9.
investimentos de dívida e títulos patrimoniais
6. Contabilização de hedge - uma entidade não fazem mais parte do escopo da IFRS 15.
pode optar por continuar a adotar as Portanto, eles fazem parte do escopo da
exigências de contabilização de hedge da IAS 39 (ou da IFRS 9, se a IFRS 9 for adotada
IAS 39 em vez das exigências da IFRS 9. antecipadamente).

A IFRS 9 contém disposições transitórias Conforme mencionado anteriormente, a nova


específicas para: (a) a classificação e Norma de Receita tem um único modelo para
mensuração de ativos financeiros; (b) a tratar as receitas de contratos com clientes.
redução ao valor recuperável de ativos Seu princípio básico é que uma entidade deve
financeiros; e (c) a contabilização de hedge. É reconhecer receitas para demonstrar a
recomendável ler a IFRS 9 para mais detalhes. transferência das mercadorias ou os serviços
prometidos aos clientes em um valor que
IFRS 15 - Receita de Contratos com Clientes reflita a contraprestação que a entidade
(Aplicável para períodos anuais iniciados em espera receber em contrapartida a essas
ou após 1º de janeiro de 2018) mercadorias ou serviços.

A IFRS 15 estabelece um único modelo


abrangente a ser utilizado pelas entidades na
contabilização das receitas resultantes de
contratos com clientes. Ela irá substituir as
normas e interpretações relacionadas a
receitas a seguir na sua data de vigência:

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IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

A nova Norma de Receita introduz uma abordagem de reconhecimento e mensuração de


receitas composta por cinco passos:

A nova Norma de Receita introduziu uma grande obstáculo para que a


orientação muito mais prescritiva, com relação contraprestação variável seja reconhecida
aos seguintes assuntos: como receita, isto é, a receita apenas é
reconhecida na medida em que seja
 Se um contrato (ou série de contratos) não extremamente provável que uma reversão
contém mais de uma mercadoria ou significativa do valor das receitas
serviço prometido e, em caso positivo, acumuladas reconhecidas não irá ocorrer
quando e como as mercadorias ou os quando a incerteza relacionada à
serviços prometidos devem ser separados. contraprestação variável é
subsequentemente resolvida.
 Se o preço da transação, alocado a cada
obrigação de desempenho, deve ser  Quando os custos incorridos na obtenção
reconhecido como receita ao longo do de um contrato e os custos incorridos no
tempo ou em um determinado período de cumprimento de um contrato podem ser
tempo. Nos termos da IFRS 15, uma reconhecidos como ativo.
entidade reconhece receitas quando uma Divulgações abrangentes também são
obrigação de desempenho é cumprida, isto exigidas pela nova Norma.
é, quando o “controle” das mercadorias ou
dos serviços relacionados à obrigação de Em abril de 2016, o IASB emitiu os
desempenho específica é transferido para o Esclarecimentos sobre a IFRS 15 em resposta
cliente. Diferentemente da IAS 18, a nova ao feedback recebido pelo Grupo de Transição
Norma não inclui orientação separada para Conjunto para Reconhecimento de Receitas
“vendas de mercadorias” e “prestação de do IASB|FASB, que foi organizado para
serviços”; em vez disso, a nova Norma abordar possíveis problemas relacionados à
requer que as entidades avaliem se as implementação da IFRS 15 e da norma
receitas devem ser reconhecidas ao longo correspondente ao US GAAP, tópico 606 do
ASC. Esclarecimentos sobre a IFRS 15:
do tempo ou em um determinado período
de tempo, não obstante se as receitas  Identificação das obrigações de
referem-se a “vendas de mercadorias” ou desempenho: ao fornecer fatores
“prestação de serviços”. ilustrativos para consideração ao avaliar se
as mercadorias ou os serviços prometidos
 Quando o preço da transação inclui um
são distintos.
componente de contraprestação variável,
como esse fato irá afetar o valor e o prazo  Consideração de principal versus agente:
de reconhecimento das receitas. O conceito ao esclarecer que uma entidade deve
de contraprestação variável é abrangente; avaliar se é a parte principal ou o agente
o preço da transação é considerado como para cada mercadoria ou serviço distinto
variável em virtude de descontos,
prometido ao cliente, e ao alterar e
abatimentos, restituições, créditos,
redefinir os indicadores para avaliar se
concessões nos preços, incentivos, bônus
uma entidade é a parte principal ou o
de desempenho, penalidades e arranjos de
agente.
contingências. A nova Norma introduz um

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IFRSs
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 Orientação sobre a aplicação de modificada, que corresponde a adotar a


licenciamento: ao determinar se a licença norma retroativamente apenas em contratos
confere aos clientes o direito de usar a que não correspondam a contratos concluídos
propriedade intelectual (“PI”) (o que na data da adoção inicial (por exemplo,1º de
resultaria no reconhecimento de receitas janeiro de 2018 para uma entidade com final
naquele momento) ou o direito de acessar do exercício em 31 de dezembro). Os
a PI (o que resultaria no reconhecimento Esclarecimentos sobre a IFRS 15 introduzem
de receitas com o passar do tempo), uma ainda recursos práticos adicionais para
entidade deve determinar se: (i) suas entidades que fazem a transição para a
atividades atuais devem alterar IFRS 15 com relação a: (i) modificações
significativamente a forma ou a contratuais ocorridas antes do início do
funcionalidade da PI, ou (ii) a capacidade primeiro período apresentado, e (ii) contratos
do cliente de obter benefícios da PI resulta que foram concluídos no início do primeiro
substancialmente dessas atividades ou período apresentado.
depende delas.
IFRS 16 - Arrendamentos (Aplicável para
Diversas entidades de diferentes setores períodos anuais com início em ou após
serão provavelmente afetadas pela IFRS 15 1º de janeiro de 2019)
(pelo menos até um determinado nível). Em
alguns casos, as mudanças podem ser A IFRS 16 oferece um modelo abrangente
substanciais e podem exigir mudanças nos para identificação de acordos de
sistemas de Tecnologia da Informação - TI e arrendamento e seu tratamento nas
controles internos existentes. As entidades demonstrações financeiras de arrendatários e
devem considerar a natureza e a extensão arrendadores. Ela irá substituir as normas e
dessas mudanças. interpretações a seguir, relacionadas a
arrendamentos, a partir da sua data de
Para mais informações, favor consultar as vigência:
publicações da Deloitte (IFRS in Focus e IFRS
Industry Insights) que enfatizam as  IAS 17 - Operações de Arrendamento
implicações práticas da IFRS 15 a diversos Mercantil.
setores. Essas publicações podem ser
baixadas em http://www.iasplus.com/en/tag-  IFRIC 4 - Determinação se um Acordo
types/global. Mais informações relacionadas Contém um Arrendamento.
aos Esclarecimentos sobre a IFRS 15 estão
 SIC 15 - Arrendamentos Operacionais -
disponíveis na publicação IFRS in Focus da
Incentivos.
Deloitte em
http://www.iasplus.com/en/publications/globa
 SIC 27 - Avaliação da Substância de
l/ifrs-in-focus/2016/ifrs-15-clarifications.
Transações que Envolvam a Forma Legal
de um Arrendamento Mercantil.
A IFRS 15, em conjunto com os respectivos
esclarecimentos emitidos em abril de 2016, é
aplicável a períodos anuais iniciados em ou
após 1º de janeiro de 2018, sendo permitida
a adoção antecipada. As entidades podem
optar por adotar a norma retroativamente ou
utilizar uma abordagem de transição

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IFRSs
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Identificação de arrendamentos Caso um arrendatário opte por não aplicar as


exigências da IFRS 16 a arrendamentos de
A IFRS 16 aplica um modelo de controle à curto prazo (por exemplo, aquele que não
identificação de arrendamentos, distinguindo inclua uma opção de compra e possua prazo
entre arrendamentos e contratos de serviços de arrendamento inicial de 12 meses ou
com base na possibilidade de haver um ativo menos) e arrendamentos de ativos de baixo
identificado controlado pelo cliente. O controle valor, o arrendatário deve reconhecer os
é verificado se o cliente detém: pagamentos de arrendamento associados
àqueles arrendamentos como despesa pelo
a) O direito de obter substancialmente todos método linear durante o prazo do
os benefícios econômicos de uso de um arrendamento ou outra base sistemática,
ativo identificado. similar à contabilização atual de
arrendamentos operacionais.
b) O direito de controlar o uso daquele ativo.
Contabilização do arrendador
A norma fornece orientações detalhadas para
determinar se essas condições estão sendo Diferentemente da contabilização do
atendidas, inclusive casos nos quais o arrendatário, as exigências da contabilização
fornecedor tem direitos de substituição do arrendador da IFRS 16 permanecem
substantivos e nos quais decisões relevantes substancialmente inalteradas em relação à
sobre como e por que o ativo é utilizado são IAS 17, que continua a requerer que o
predeterminadas. arrendador classifique o arrendamento como
arrendamento operacional ou financeiro.
Contabilização do arrendatário
Adicionalmente, a IFRS 16 também fornece
A IFRS 16 introduz alterações significativas na
orientação sobre a contabilização de
contabilização do arrendatário: ela exclui a
transações de venda e relocação. Divulgações
distinção entre arrendamentos operacionais e
abrangentes também são exigidas pela nova
financeiros nos termos da IAS 17 e requer que
Norma.
um arrendatário reconheça um ativo de direito
de uso e uma obrigação de arrendamento no Devido à importância das transações de
início do arrendamento para todos os arrendamento na economia, diversas
arrendamentos, exceto arrendamentos de curto entidades de diferentes setores serão afetadas
prazo e arrendamentos de ativos de baixo pela IFRS 16. Em alguns casos, as mudanças
valor. podem ser substanciais e podem exigir
mudanças nos sistemas de TI e controles
O ativo de direito de uso é inicialmente
internos existentes. As entidades devem
mensurado ao custo e posteriormente
considerar a natureza e a extensão dessas
mensurado ao custo (sujeito a determinadas
mudanças.
exceções) deduzido da depreciação e das
perdas por redução ao valor recuperável Para mais informações, favor consultar as
acumuladas, ajustado para qualquer publicações da Deloitte (IFRS in Focus e IFRS
remensuração da obrigação de arrendamento. Industry Insights) que enfatizam as
implicações práticas da IFRS 16 a diversos
A obrigação de arrendamento é inicialmente
setores. Essas publicações podem ser
mensurada ao valor presente dos pagamentos
baixadas em http://www.iasplus.com/en/tag-
de arrendamento que não são efetuados
types/global/newsletters/ifrs-industry-insights.
naquela data. Posteriormente, a obrigação de
arrendamento é ajustada pelos juros e
pagamentos de arrendamento, bem como pelo
impacto das modificações de arrendamento,
entre outros fatores.

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IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

A IFRS 16 é aplicável para períodos anuais 3) A modificação de pagamento baseado em


iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019, ações que altera a transação de liquidado
sendo permitida a adoção antecipada para em caixa para liquidado por meio de
entidades que apliquem a IFRS 15 na data de instrumentos de títulos patrimoniais deve
aplicação inicial da IFRS 16 ou antes. O ser contabilizada como segue:
arrendatário pode aplicar a IFRS 16 por meio
da abordagem retrospectiva integral ou de (i) O passivo original é baixado.
uma abordagem retrospectiva modificada. Se
a última abordagem for selecionada, a (ii) O pagamento baseado em ações
entidade não é obrigada a reapresentar as liquidado por meio de instrumentos de
informações comparativas, e o efeito títulos patrimoniais é reconhecido na
acumulado da aplicação inicial da IFRS 16 data de modificação do valor justo do
deve ser apresentado como ajuste aos lucros instrumento de títulos patrimoniais
acumulados iniciais (ou outro componente do concedido na medida em que os
patrimônio, conforme apropriado). serviços foram prestados até a data de
modificação.
Alterações à IFRS 2 - Classificação e
Mensuração das Transações de Pagamentos (iii) Qualquer diferença entre o valor
Baseados em Ações (Aplicável para períodos contábil do passivo na data de
anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de modificação e o valor reconhecido no
2018) patrimônio deve ser imediatamente
reconhecida no resultado.
As alterações esclarecem o seguinte:
As alterações são aplicáveis para períodos
1) Ao estimar o valor justo de pagamentos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de
baseados em ações liquidados em caixa, a 2018, sendo permitida a adoção antecipada.
contabilização dos efeitos de condições de As disposições específicas de transição são
exercício e não exercício deve seguir a aplicáveis.
mesma abordagem atribuída aos
pagamentos baseados em ações liquidados Alterações à IFRS 10 e IAS 28 - Margem de
por meio de instrumentos de títulos Venda de Ativos entre um Investidor e sua
patrimoniais. Coligada ou Joint Venture (Aplicável para
períodos anuais iniciados em ou após data a
2) Nos casos em que a lei ou o regulamento ser determinada)
requer que uma entidade retenha uma
quantidade específica de instrumentos de As alterações lidam com situações em que
patrimônio equivalente ao valor monetário ocorre uma venda ou contribuição de ativos
da obrigação fiscal do empregado para entre um investidor e sua coligada ou joint
atender ao passivo fiscal do empregado venture. A IAS 28 e a IFRS 10 foram alteradas
que é então remetido para a autoridade conforme segue:
fiscal (normalmente em espécie), ou seja,
A IAS 28 foi alterada para refletir o seguinte:
o acordo de pagamento baseado em ações
apresenta “uma característica de
 Ganhos e perdas resultantes de transações
liquidação de forma líquida”, esse acordo
envolvendo ativos que constituem um
deve ser classificado como liquidado por
negócio entre um investidor e sua coligada
meio de instrumentos de títulos
ou joint venture são reconhecidos
patrimoniais desde que o pagamento
proporcionalmente às participações do
baseado em ações tivesse sido classificado
“investidor empresa não relacionada” na
como liquidado por meio de instrumentos
coligada ou joint venture.
de títulos patrimoniais caso não tivesse
incluído característica de liquidação de
forma líquida.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  13


IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

 Ganhos e perdas de transações seu projeto de pesquisa sobre o método de


descendentes envolvendo ativos que equivalência patrimonial. A adoção antecipada
constituem um negócio entre um investidor dessas alterações também é permitida.
e sua coligada ou joint venture devem ser
Alterações à IAS 40 - Transferências de
reconhecidos na íntegra nas
Propriedade para Investimento (Aplicáveis
demonstrações financeiras do investidor.
para períodos anuais iniciados em ou após 1º
A IFRS 10 foi alterada para refletir o seguinte: de janeiro de 2018)

 Ganhos e perdas resultantes da perda de As alterações esclarecem que uma


controle de uma controlada que não transferência para, ou a partir de, propriedades
contenha um negócio em uma transação para investimento exige uma avaliação sobre
com uma coligada ou joint venture que seja se uma propriedade se enquadra, ou deixou de
contabilizada utilizando o método de se enquadrar, na definição de propriedade para
equivalência patrimonial são reconhecidos investimento, apoiada por evidências
no resultado da controladora apenas observáveis de uma mudança no uso. As
proporcionalmente às participações do alterações esclarecem, ainda, que as situações
“investidor empresa não relacionada” nessa descritas na IAS 40 não são abrangentes e que
coligada ou joint venture. Da mesma forma, uma mudança no uso é possível para
ganhos e perdas resultantes da propriedades em construção (ou seja, uma
remensuração de investimentos retidos em mudança no uso não se limita a propriedades
alguma antiga controlada (que tenha se concluídas).
tornado coligada ou joint venture
As alterações são aplicáveis para períodos
contabilizada pelo método de equivalência
anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de
patrimonial) ao valor justo são reconhecidos
2018, sendo permitida a adoção antecipada.
no resultado da antiga controladora
As entidades podem adotar as alterações de
proporcionalmente às participações do
forma retrospectiva (se for possível sem o uso
“investidor empresa não relacionada” na
de percepção posterior) ou prospectiva. As
nova coligada ou joint venture.
disposições de transição específicas são
Em dezembro de 2015, o IASB adiou aplicáveis.
indefinidamente a data de vigência dessas
alterações, que dependerão do resultado do

Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2014-2016


(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018)

As Melhorias Anuais incluem as alterações a uma série de IFRSs, resumidas a seguir. O


documento também inclui alterações à IFRS 12 - Divulgações de Participações em Outras
Entidades, em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017 (vide
página 6 anterior para obter detalhes).

Norma Objeto da alteração Detalhes

IFRS 1 - Eliminação de isenções As alterações eliminam determinadas isenções de


Adoção Inicial das de curto prazo para curto prazo na IFRS 1, pois o período de reporte
International adotantes iniciais ao qual as isenções eram aplicáveis já transcorreu.
Assim, essas isenções não são mais aplicáveis.
Financial
Reporting
Standards (IFRSs)

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  14


IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro

Norma Objeto da alteração Detalhes

IAS 28 - Avaliação de uma As alterações esclarecem que a opção feita por


Investimentos em coligada ou joint uma organização de capital de risco e outras
Coligadas e Joint venture ao valor justo entidades semelhantes para mensurar
investimentos em coligadas e joint ventures ao
Ventures
valor justo por meio do resultado está disponível
separadamente para cada coligada ou joint
venture, e essa escolha deve ser feita no
momento do reconhecimento inicial da coligada ou
joint venture.
Com relação à opção feita por uma entidade que
não seja uma entidade de investimento (“EI”) para
manter a determinação do valor justo aplicado por
suas coligadas e joint ventures constituídas como
EIs ao aplicar o método de equivalência
patrimonial, as alterações fornecem
esclarecimentos semelhantes de que essa escolha
está disponível para cada coligada ou joint venture
operando como entidades de investimento.
As alterações são aplicáveis retrospectivamente,
sendo permitida a adoção antecipada.

IFRIC 22 - Transações em Moedas A Interpretação especifica que a data da


Estrangeiras e Adiantamentos (Aplicável para transação é a data na qual a entidade
períodos anuais iniciados em ou após 1º de reconhece inicialmente ativos ou passivos não
janeiro de 2018) monetários resultantes do pagamento ou
recebimento de contraprestação antecipada.
A IFRIC 22 aborda como deve ser definida a Em caso de vários pagamentos ou
“data da transação” com o objetivo de recebimentos antecipados, a Interpretação
determinar a taxa de câmbio aplicável ao requer que a entidade determine a data da
reconhecimento inicial de um ativo, despesa ou transação para cada pagamento ou
receita quando a contraprestação daquele item recebimento de contraprestação antecipada.
tiver sido paga ou recebida antecipadamente
em moeda estrangeira, resultando no registro A Interpretação é aplicável para períodos
de ativos ou passivos não monetários (por anuais iniciados em ou após 1° de janeiro de
exemplo, depósito não reembolsável ou receita 2018, sendo permitida a adoção antecipada. As
diferida). entidades podem adotar a Interpretação de
forma retrospectiva ou prospectiva. As
disposições de transição específicas são
aplicáveis à adoção prospectiva.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  15


Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  16


Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras

Como parte do processo de harmonização com deliberações da CVM devem ser seguidas
as Normas Internacionais de Relatório pelas companhias de capital aberto e as
Financeiro (IFRSs) e das práticas contábeis, o resoluções do CFC devem ser seguidas por
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) todas as outras entidades, devendo-se avaliar
continua com o seu compromisso de emitir os cada caso para aquelas entidades sujeitas a
pronunciamentos, as orientações e as regulamentação específica, como as
interpretações técnicos à medida que novas regulamentadas pelo Banco Central do Brasil
normas internacionais são emitidas ou (BACEN), pela Superintendência de Seguros
revisadas. Privados (SUSEP), pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), pela Agência
O quadro a seguir contempla os Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e
pronunciamentos, as orientações e as pela Agência Nacional de Energia Elétrica
interpretações técnicos editados pelo CPC e as (ANEEL).
respectivas deliberações da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) e resoluções do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que
os aprovaram. Deve ser observado que as

Agenda Conjunta de Regulação CVM e CPC - Atualizada até 15 de novembro de 2017 (Fonte: www.cpc.org.br)

Pronunciamentos
ANEEL ANS
CVM CFC BACEN/CMN SUSEP ANTT
CPC Descrição IASB (Resolução (Resolução
(Deliberação) (Resolução) (Resolução) (Circular) (Resolução)
Normativa) Normativa)
Estrutura Conceitual para a NBC TG - Estrutura
605/14 322/13
CPC 00 (R1) Elaboração e Divulgação de Framework 675/11 Conceitual - 4.144/12 517/15 -
Manual Anexo I
Relatório Contábil-financeiro 1.374/11
3.847 e
Redução ao Valor Recuperável NBC TG 01 (R3) - 605/14 322/13
CPC 01 (R1) IAS 36 639/10 3.566/08 517/15 3.848/12
de Ativos DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
Efeitos das Mudanças nas 3.847 e
NBC TG 02 (R2) - 605/14 322/13
CPC 02 (R2) Taxas de Câmbio e Conversão IAS 21 640/10 4.524/16 517/15 3.848/12
DOU 22/12/16 Manual Anexo I
de Demonstrações Contábeis Manual
3.847 e
Demonstração dos Fluxos de NBC TG 03 (R3) - 605/14 322/13
CPC 03 (R2) IAS 7 641/10 3.604/08 517/15 3.848/12
Caixa DOU 22/12/16 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
NBC TG 04 (R3) - 605/14 322/13
CPC 04 (R1) Ativo Intangível IAS 38 644/10 4.534/16 517/15 3.848/12
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
Divulgação sobre Partes NBC TG 05 (R3) - 605/14 322/13
CPC 05 (R1) IAS 24 642/10 3.750/09 517/15 3.848/12
Relacionadas DOU 01/12/14 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
Operações de Arrendamento NBC TG 06 (R2) - 605/14 322/13
CPC 06 (R1) IAS 17 645/10 - 517/15 3.848/12
Mercantil DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
Subvenção e Assistência NBC TG 07 (R1) - 605/14 322/13
CPC 07 (R1) IAS 20 646/10 - 517/15 3.848/12
Governamentais DOU 20/12/13 Manual Anexo I
Manual
Custos de Transação e 3.847 e
IAS 39 NBC TG 08 - 605/14 322/13
CPC 08 (R1) Prêmios na Emissão de Títulos 649/10 - 517/15 3.848/12
(partes) 1.313/10 Manual Anexo I
e Valores Mobiliários Manual
3.847 e
Demonstração do Valor NBC TG 09 - 605/14 322/13
CPC 09 - 557/08 - - 3.848/12
Adicionado (DVA) 1.138/08 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
NBC TG 10 (R2) - 605/14 322/13
CPC 10 (R1) Pagamento Baseado em Ações IFRS 2 650/10 3.989/11 517/15 3.848/12
DOU 01/12/14 Manual Anexo I
Manual
NBC TG 11 (R1) - 605/14
CPC 11 (R1) Contratos de Seguro IFRS 4 563/08 - 517/15 - -
DOU 20/12/13 Manual
3.847 e
NBC TG 12 - 605/14 322/13
CPC 12 Ajuste a Valor Presente - 564/08 - 517/15 3.848/12
1.151/09 Manual Anexo I
Manual
Adoção Inicial da Lei
NBC TG 13 - 605/14 322/13
CPC 13 nº 11.638/07 e da Medida - 565/08 - 517/15 -
1.152/09 Manual Anexo I
Provisória nº 449/08

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  17


Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras

ANEEL ANS
CVM CFC BACEN/CMN SUSEP ANTT
CPC Descrição IASB (Resolução (Resolução
(Deliberação) (Resolução) (Resolução) (Circular) (Resolução)
Normativa) Normativa)
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensuração
CPC 14 (*) (*) (*) (*) (*) (*) (*) (*)
e Evidenciação (Fase I),
transformado em OCPC 03
3.847 e
NBC TG 15 (R3) - 605/14 322/13
CPC 15 (R1) Combinação de Negócios IFRS 3 665/11 - 517/15 3.848/12
DOU 01/12/14 Manual Anexo I
Manual
575/09, 3.847 e
NBC TG 16 (R1) - 605/14 322/13
CPC 16 (R1) Estoques IAS 2 alterada pela - 517/15 3.848/12
DOU 20/12/13 Manual Anexo I
624/10 Manual
3.847 e
NBC TG 17 - 605/14 322/13
CPC 17 (R1) Contratos de Construção IAS 11 691/12 - - 3.848/12
1.411/12 Manual Anexo I
Manual
Investimento em Coligada,
3.847 e
em Controlada e em NBC TG 18 (R2) - 605/14 322/13
CPC 18 (R2) IAS 28 696/12 - 517/15 3.848/12
Empreendimento Controlado DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
em Conjunto
3.847 e
NBC TG 19 (R2) - 605/14 322/13
CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto IFRS 11 694/12 - 517/15 3.848/12
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
NBC TG 20 (R1) - 605/14 322/13
CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos IAS 23 672/11 - 517/15 3.848/12
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
NBC TG 21 (R3) - 605/14 322/13
CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária IAS 34 673/11 - 517/15 -
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
3.847 e
NBC TG 22 (R2) - 605/14 322/13
CPC 22 Informações por Segmento IFRS 8 582/09 - 517/15 3.848/12
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
Políticas Contábeis, Mudança 3.847 e
NBC TG 23 (R1) - 605/14 322/13
CPC 23 de Estimativa e Retificação de IAS 8 592/09 4.007/11 517/15 3.848/12
DOU 20/12/13 Manual Anexo I
Erro Manual
3.847 e
NBC TG 24 (R1) - 605/14 322/13
CPC 24 Evento Subsequente IAS 10 593/09 3.973/11 517/15 3.848/12
DOU 20/12/13 Manual Anexo I
Manual
Provisões, Passivos 3.847 e
NBC TG 25 (R1) - 605/14 322/13
CPC 25 Contingentes e Ativos IAS 37 594/09 3.823/09 517/15 3.848/12
DOU 01/12/14 Manual Anexo I
Contingentes Manual
3.847 e
Apresentação das NBC TG 26 (R4) - 605/14 322/13
CPC 26 (R1) IAS 1 676/11 - 517/15 3.848/12
Demonstrações Contábeis DOU 22/12/16 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
NBC TG 27 (R3) - 605/14 322/13
CPC 27 Ativo Imobilizado IAS 16 583/09 4.535/16 517/15 3.848/12
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
Propriedade para NBC TG 28 (R3) - 605/14 322/13
CPC 28 IAS 40 584/09 - 517/15 3.848/12
Investimento DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
Ativo Biológico e Produto NBC TG 29 (R2) - 605/14
CPC 29 IAS 41 596/09 - - - -
Agrícola DOU 06/11/15 Manual
3.847 e
NBC TG 30 - 605/14 322/13
CPC 30 (R1) Receitas IAS 18 692/12 - 517/15 3.848/12
1.412/12 Manual Anexo I
Manual
Ativo Não Circulante Mantido 3.847 e
NBC TG 31 (R3) - 605/14 322/13
CPC 31 para Venda e Operação IFRS 5 598/09 - 517/15 3.848/12
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Descontinuada Manual
3.847 e
NBC TG 32 (R3) - 605/14 322/13
CPC 32 Tributos sobre o Lucro IAS 12 599/09 - 517/15 3.848/12
DOU 22/12/16 Manual Anexo I
Manual
3.847 e
NBC TG 33 (R2) - 605/14 322/13
CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados IAS 19 695/12 4.424/15 517/15 3.848/12
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
Exploração e Avaliação de
CPC 34 IFRS 6 - - - - - - -
Recursos Minerais (**)
NBC TG 35 (R2) - 605/14
CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas IAS 27 693/12 - 517/15 - -
DOU 26/12/14 Manual
NBC TG 36 (R3) - 605/14 322/13
CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas IFRS 10 698/12 - 517/15 -
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Adoção Inicial das Normas
NBC TG 37 (R4) - 605/14 322/13
CPC 37 (R1) Internacionais de IFRS 1 647/10 - 517/15 -
DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Contabilidade
Instrumentos Financeiros: 3.847 e
NBC TG 38 (R3) - 605/14 322/13
CPC 38 Reconhecimento e IAS 39 604/09 - 517/15 3.848/12
DOU 01/12/14 Manual Anexo I
Mensuração Manual
3.847 e
Instrumentos Financeiros: NBC TG 39 (R4) - 605/14 322/13
CPC 39 IAS 32 604/09 - 517/15 3.848/12
Apresentação DOU 22/12/16 Manual Anexo I
Manual

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  18


Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras

ANEEL ANS
CVM CFC BACEN/CMN SUSEP ANTT
CPC Descrição IASB (Resolução (Resolução
(Deliberação) (Resolução) (Resolução) (Circular) (Resolução)
Normativa) Normativa)
3.847 e
Instrumentos Financeiros: NBC TG 40 (R2) - 605/14 322/13
CPC 40 (R1) IFRS 7 684/12 - 517/15 3.848/12
Evidenciação DOU 06/11/15 Manual Anexo I
Manual
NBC TG 41 (R1) - 605/14 322/13
CPC 41 Resultado por Ação IAS 33 636/10 - 517/15 -
DOU 17/04/14 Manual Anexo I
Contabilidade e Evidenciação
CPC 42 em Economia Altamente IAS 29 (**) (**) (**) (**) (**) (**) (**)
Inflacionária
Adoção Inicial dos
NBC TG 43 - 605/14 322/13
CPC 43 (R1) Pronunciamentos Técnicos IFRS 1 651/10 - 517/15 -
1.315/10 Manual Anexo I
CPCs 15 a 41
NBC TG 44 - 322/13
CPC 44 Demonstrações Combinadas - 708/13 - - - -
DOU 26/06/13 Anexo I
Divulgação de Participações NBC TG 45 (R2) - 605/14 322/13
CPC 45 IFRS 12 697/12 - 517/15 -
em Outras Entidades DOU 06/11/15 Manual Anexo I
NBC TG 46 (R1) - 605/14 322/13
CPC 46 Mensuração do Valor Justo IFRS 13 699/12 - 517/15 -
DOU 01/12/14 Manual Anexo I

Receita de Contrato com NBC TG 47


CPC 47 IFRS 15 762/16 - - - - -
Cliente DOU 22/12/16

NBC TG 47
CPC 48 Instrumentos Financeiros IFRS 9 762/16 - - - - -
DOU 22/12/16

Contabilidade para Pequenas


IFRS for NBC TG 1000 (R1)
CPC PME e Médias Empresas com - - - - - -
SMEs DOU 01/11/16
Glossário de Termos

(*) Pronunciamento atualizado, correspondente à orientação técnica OCPC nº 03, que deixa de ter aplicabilidade após a edição dos pronunciamentos técnicos CPCs
38, 39 e 40.

(**) Pronunciamento ainda não editado pelo CPC.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  19


Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras

Interpretações
ANEEL ANS
CVM CFC BACEN/CMN SUSEP ANTT
CPC Descrição IASB (Resolução (Resolução
(Deliberação) (Resolução) (Resolução) (Circular) (Resolução)
Normativa) Normativa)

3.847 e
605/14
ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão IFRIC 12 677/11 ITG 01 - 1.261/09 - - 3.848/12 -
Manual
Manual
Contrato de Construção do 605/14
ICPC 02 IFRIC 15 612/09 ITG 02 - 1.266/09 - - - -
Setor Imobiliário Manual
Aspectos Complementares IFRIC 4,
ITG 03 (R1) - 605/14
ICPC 03 das Operações de SIC 15 e 717/13 - - - -
DOU 20/12/13 Manual
Arrendamento Mercantil SIC 27
Hedge de Investimento
483/14 605/14
ICPC 06 Líquido em Operação no IFRIC 16 616/09 ITG 06 - 1.259/09 - - -
Anexo IV Manual
Exterior
Distribuição de Lucros in ITG 07 (R1) - 483/14 605/14
ICPC 07 IFRIC 17 717/13 - - -
Natura DOU 20/12/13 Anexo IV Manual
Contabilização da Proposta 3.847 e
483/14 605/14
ICPC 08 (R1) de Pagamento de - 683/12 ITG 08 - 1.398/12 - 3.848/12 -
Anexo IV Manual
Dividendos Manual
Demonstrações Contábeis
Individuais, Demonstrações
3.847 e
Separadas, Demonstrações ITG 09 - 483/14 605/14
ICPC 09 (R2) - 729/14 - 3.848/12 -
Consolidadas e Aplicação DOU 28/11/14 Anexo IV Manual
Manual
do Método de Equivalência
Patrimonial
Interpretação sobre a
Aplicação Inicial ao Ativo
3.847 e
Imobilizado e à Propriedade 483/14 605/14
ICPC 10 - 619/09 ITG 10 - 1.263/09 - 3.848/12 -
para Investimento dos Anexo IV Manual
Manual
Pronunciamentos Técnicos
CPCs 27, 28, 37 e 43
Recebimento em
483/14 605/14
ICPC 11 Transferência de Ativos dos IFRIC 18 620/09 ITG 11 - 1.264/09 - - -
Anexo IV Manual
Clientes
Mudanças em Passivos por
483/14 605/14
ICPC 12 Desativação, Restauração e IFRIC 1 621/09 ITG 12 - 1.265/09 - - -
Anexo IV Manual
Outros Passivos Similares
Direitos a Participações
Decorrentes de Fundos de ITG 13 (R1) - 483/14 605/14
ICPC 13 IFRIC 5 717/13 - - -
Desativação, Restauração e DOU 20/12/13 Anexo IV Manual
Reabilitação Ambiental
Cotas de Cooperados em
605/14
ICPC 14 Entidades Cooperativas e IFRIC 2 717/13 - - - - -
Manual
Instrumentos Similares
Passivos Decorrentes de
Participação em um
605/14
ICPC 15 Mercado Específico - IFRIC 6 638/10 ITG 15 - 1.289/10 - - - -
Manual
Resíduos de Equipamentos
Eletroeletrônicos
Extinção de Passivos
ITG 16 (R1) - 483/14 605/14
ICPC 16 Financeiros com IFRIC 19 717/13 - - -
DOU 20/12/13 Anexo IV Manual
Instrumentos Patrimoniais
3.847 e
Contratos de Concessão: 605/14
ICPC 17 SIC 29 677/11 ITG 17 - 1.375/11 - - 3.848/12 -
Evidenciação Manual
Manual

Custos de Remoção de
Estéril (Stripping) de Mina ITG 18 -
ICPC 18 IFRIC 20 714/13 - - - - -
de Superfície na Fase de DOU 28/11/14
Produção

ITG 19 -
ICPC 19 Tributos IFRIC 21 730/14 - - - - -
DOU 01/12/14
Limite de Ativo de Benefício
Definido, Requisitos de ITG 20 -
ICPC 20 IFRIC 14 731/14 - - - - -
Custeio (Funding) Mínimo e DOU 28/11/14
sua Interação

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  20


Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras

Orientações
ANEEL ANS
CVM CFC BACEN/CMN SUSEP ANTT
CPC Descrição IASB (Resolução (Resolução
(Deliberação) (Resolução) (Resolução) (Circular) (Resolução)
Normativa) Normativa)

561/08,
OCPC 01 Entidades de Incorporação 605/14
- alterada pela CTG 01 - 1.154/09 - - - -
(R1) Imobiliária Manual
624/10
Esclarecimentos sobre as Ofício-Circular Carta 3.847 e
605/14
OCPC 02 Demonstrações Contábeis de - CVM/SNC/SEP CTG 02 - 1.157/09 - DECON 3.848/12 -
Manual
2008 nº 01/2009 001/09 Manual
Instrumentos Financeiros:
Ofício-Circular 3.847 e
Reconhecimento, 605/14
OCPC 03 - CVM/SNC/SEP CTG 03 - 1.199/09 - - 3.848/12 -
Mensuração e Evidenciação Manual
nº 03/2009 Manual
(CPC 14 R1)
Aplicação da Interpretação
Técnica ICPC 02 às Entidades 605/14
OCPC 04 - 653/10 CTG 04 - 1.317/10 - - - -
de Incorporação Imobiliária Manual
Brasileiras
3.847 e
605/14
OCPC 05 Contratos de Concessão - 654/10 CTG 05 - 1.318/10 - - 3.848/12 -
Manual
Manual
Apresentação de
CTG 06 -
OCPC 06 Informações Financeiras - 709/13 - - - - -
DOU 26/06/13
pro Forma
Evidenciação na Divulgação
dos Relatórios Contábil- CTG 07 -
OCPC 07 - 727/14 - - - - -
-financeiros de Propósito DOU 01/12/14
Geral
Reconhecimento de
Determinados Ativos e
Passivos nos Relatórios
Contábil-financeiros de
Propósito Geral das CTG 08 -
OCPC 08 - 732/14 - - - - -
Distribuidoras de Energia DOU 12/12/14
Elétrica Emitidos de Acordo
com as Normas Brasileiras e
Internacionais de
Contabilidade

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  21


Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras

Assuntos emergentes
no mercado

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  22


Assuntos emergentes no mercado

Blockchain
Um Divisor de Águas para a Contabilidade
Por Paschoal Baptista, sócio de consultoria em blockchain da Deloitte, e Fábio Perez,
diretor do CFO Program da Deloitte

A
recém-criada tecnologia blockchain O sistema contábil foi pensado e construído
consiste em um livro-razão público, com o objetivo de impossibilitar, ou ao menos
íntegro, sem intermediários e com inviabilizar, a manipulação e falsificação de
custos insignificantes na sua utilização. informações. Para alcançar esse objetivo é
fundamental a existência de mecanismos de
Essa tecnologia permite provar a integridade controle mútuos, com pesos e contrapesos.
de registros e arquivos eletrônicos com
extrema facilidade por meio de uma chave Os esforços nesse tipo de controle são
criptografada. Essa chave tem como base sistemicamente duplicados e exigem a
algumas variáveis, tais como informações do elaboração de documentações e controles
arquivo, data e hora do registro, chave do contábeis periódicos. Essas atividades
último arquivo registrado e login dos usuários consistem principalmente em tarefas manuais,
envolvidos, entre outras. de difícil automatização, com muita interação
humana e, portanto, passíveis de erros. Hoje
Os registros sequenciais das chaves são em dia, este parece ser o sacrifício necessário
agrupados em blocos, que por sua vez são para ter e transmitir dados contábeis
reunidos em uma cadeia, o que dá origem ao confiáveis e íntegros.
nome dessa tecnologia: blockchain.
Neste contexto, o uso do blockchain na
Esses blocos de informações devem ser contabilidade é extremamente promissor, pois
registrados em mais de um ambiente para que ele pode ser utilizado desde a simplificação
qualquer alteração possa ser recuperada com dos cumprimentos dos requisitos regulatórios
os backups criados. até o fortalecimento da confiabilidade das
informações.
Qualquer tentativa de fraude em um
documento causa a alteração de duas O grande salto: como o blockchain pode
variáveis que afetam a chave do registro: melhorar a prática contábil atual
data/hora e informação do arquivo. Uma nova
chave é gerada, como uma variável do O método de partilha dobrada revolucionou a
registro posterior, o que impossibilita que esse contabilidade durante o período do
registro seja alterado. Renascimento, resolvendo o problema dos
gestores em saber se eles poderiam confiar
Essa tecnologia tem o potencial de em seus próprios livros contábeis.
transformar drasticamente indústrias inteiras.
As mudanças impactarão de maneira No entanto, para ganhar a confiança dos
disruptiva quase todas as indústrias, públicos de interesse externos e de auditores
principalmente as de serviços financeiros. independentes, os departamentos financeiros
das empresas veem-se obrigados a dedicar
Estágio atual do uso da tecnologia na recursos internos por longos períodos de
contabilidade tempo na execução de atividades contábeis.

A digitalização do sistema contábil ainda é A tecnologia blockchain pode representar o


incipiente se comparada com as demais áreas próximo passo revolucionário para a
empresariais que já foram massivamente contabilidade pois, em vez de manter registros
impactadas pelos avanços tecnológicos. separados com base em recibos de
Podemos citar, por exemplo, as áreas transações, as empresas podem escrever suas
comerciais ou de manufatura. Parte dessa transações diretamente em um registro
lentidão deve-se às restrições regulatórias comum e criar um sistema de registros
extremamente complexas que tangem essa contábeis duradouros e interligados.
área, bem como os requisitos de risco,
confiabilidade e integridade.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  23


Assuntos emergentes no mercado

Dado que todas as entradas contábeis seriam E a digitalização dos registros em papel traz a
públicas e criptografadas, falsificá-las ou necessidade de diversas medidas preventivas.
destruí-las para ocultar atividades ilegais seria Sem surpresas, muitas empresas evitam
praticamente impossível ou inviável. O implementar um sistema holístico de
processo é semelhante a uma transação arquivamento eletrônico, embora tenham
verificada por um tabelião, só que de forma consciência dos benefícios por conta dos
eletrônica. As empresas seriam beneficiadas recursos humanos e tecnológicos necessários.
de várias maneiras. Por exemplo, a
padronização permitiria aos auditores A tecnologia blockchain representa uma
verificarem uma grande quantidade de dados solução simples para o armazenamento dos
importantes das demonstrações financeiras de arquivos fiscais no ambiente contábil. Ao
forma automatizada, e o custo e o tempo registrar um arquivo em um ambiente
necessários para conduzir uma auditoria controlado por blockchain a alteração dele
diminuiriam consideravelmente. Dessa forma, torna-se inviável dada a integridade dessa
os auditores poderiam empregar o tempo tecnologia, conforme explicado anteriormente.
economizado em áreas que agregam mais
valor à empresa, como em transações muito Outra oportunidade viável a curto prazo é a
complexas ou na elaboração de controles utilização da tecnologia blockchain na criação
internos. de contratos inteligentes (smart contracts). É
possível determinar que funcionalidades
Primeiros passos para a contabilidade podem ser executadas automaticamente sob
com base no blockchain certas condições. Por exemplo, uma fatura
pode ser paga automaticamente após o
A criação de um registro conjunto entre as sistema verificar se os bens entregues foram
empresas para todas as entradas contábeis é recebidos de acordo com as especificações
o objetivo final de um processo evolutivo, mas previstas no contrato e se o montante
não é essencial para o uso da tecnologia. O necessário está disponível na conta bancária
blockchain já pode ser utilizado para criar uma da empresa.
fonte confiável, extremamente útil no cenário
atual. Conclusão

Essa tecnologia pode ser gradualmente Uma contabilidade de qualidade só existe com
integrada aos procedimentos contábeis para informações íntegras. E a tecnologia
garantir a integridade dos registros na blockchain tem o potencial, a curto e a longo
obtenção de trilhas de auditoria prazos, de aumentar substancialmente a
completamente rastreáveis até que as integridade dos seus registros.
atividades de auditoria e contabilidade sejam
totalmente automatizadas. O uso dessa tecnologia tende também a
aumentar a automatização de processos e a
Um exemplo é a necessidade de manter os reduzir os custos de processamento e os
registros imutáveis. Na maioria dos casos, a riscos atrelados a erros humanos. A
regulamentação brasileira exige prova da incorporação do blockchain aos processos já é
imutabilidade dos registros contábeis por cinco viável e deve virar gradualmente realidade
anos. O risco de modificação despercebida é nas grandes empresas nos próximos anos.
visto como baixo nos recibos em papel, mas
os arquivos eletrônicos - que não existem
fisicamente - são especialmente vulneráveis.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  24


Assuntos emergentes no mercado

Robótica em Finanças
A Automação que Muda o Jogo
Por Fábio Perez, diretor do CFO Program da Deloitte, e Maurício Castro, diretor de
consultoria em RPA da Deloitte

0
que vem à mente quando você escuta adotaram a terceirização para endereçar
a palavra “robô”? Talvez uma figura diversas necessidades de finanças poderão
pop, como o R2-D2 de “Star Wars” ou perceber que grande parte dessas tarefas
o Arnold Schwarzenegger em “O pode agora ser controlada ou substituída por
Exterminador do Futuro”. Podem ser também RPA.
braços robóticos amarelos enormes girando
em uma linha de montagem de automóveis. Desmistificando a RPA
Ou ainda um desses robôs de entrega de
encomenda que andam pelas ruas de cidades A tecnologia RPA consiste em um software
americanas. Em qualquer um dos casos, você relativamente simples e barato que se utiliza
provavelmente associou o robô a alguma de outros programas (do mesmo nível de
entidade física, um substituto do ser humano interface com o usuário), não requer nenhum
feito de metal ou plástico e com diversos hardware específico e se encaixa bem em
componentes eletrônicos: móvel, dedicado a quase todos os ambientes de TI. Um robô
uma tarefa específica, um pouco exótico e pode custar cerca de um terço de um
provavelmente caro. empregado terceirizado.

Chegou a hora de os Chief Financial Officers Essa tecnologia tem a capacidade de fazer o
(CFOs) deixarem de lado essas percepções, mesmo que uma pessoa sentada em frente a
porque os robôs que estão se tornando parte um computador: apertar teclas, mover o
integral da função financeira não possuem mouse em certos campos de um programa,
nenhuma semelhança com as descrições copiar e colar, mover dados de um lugar para
anteriores. Pelo contrário, eles aparecem na outro, fazer pesquisas e cálculos e apertar
forma de tecnologia denominada Robotic “enviar”, entre outros comandos básicos.
Process Automation (RPA) (“automação de
Para ter um robô funcionando é preciso
processos e robótica”, em tradução livre).
especificar em detalhes as instruções que
Esses robôs são softwares feitos para serão automatizadas e configurar esse roteiro
automatizar uma vasta gama de processos no software de RPA. Será criado então um
que tendem a ser repetitivos, com grande repositório central com as tarefas de diversos
volume, baseados em regras bem definidas e robôs e o monitoramento de suas atividades.
com muito trabalho manual. A RPA tem sido
Os robôs podem estar em um servidor central
descrita como uma macro de planilha
da empresa ou na nuvem. Em ambos os
turbinada, mas isso seria o mesmo que
casos, eles interagem diretamente com
comparar o computador de bordo de um carro
quaisquer programas necessários para fazer o
a veículos totalmente autônomos. De maneira
trabalho. Os usuários corporativos
simplificada, a RPA replica qualquer ação que
normalmente resolvem as exceções ou os
um ser humano faria com o mouse ou teclado
agravamentos que podem aparecer enquanto
em qualquer aplicativo do seu computador. A
os robôs fazem a parte “suja” do trabalho.
RPA consegue tanto abrir e-mails e seus
anexos como coletar estatísticas de mídias
A RPA já poupa um volume substancial de
sociais e tomar decisões condicionadas. Em
tempo e dinheiro das empresas. Em alguns
finanças isso se traduz, por exemplo, na
casos, observamos que a RPA é 15 vezes mais
gravação de registros diários, na reconciliação
rápida e eficiente que seres humanos,
de contas contábeis e até na auditoria de
oferecendo uma oportunidade de redução de
relatórios de despesas.
custo de pelo menos 15%. Essa redução pode
chegar a 90%, dependendo das características
A RPA é comparável a um braço robótico
da função para a qual a RAP for utilizada.
amarelo enorme no chão de fábrica, pois ela
possibilita a automação de tarefas braçais
intensas, só que de uma forma razoavelmente
mais simples e barata. As empresas que
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  25
Assuntos emergentes no mercado

O que a RPA consegue fazer? serviços compartilhados pode usar a RPA


para automatizar tarefas e permitir que a
 Abrir e-mail e anexos. equipe se concentre na entrega de insights ou
 Logar em programas corporativos ou da na obtenção de novos níveis de serviço.
web.
 Mover arquivos e pastas. Fazendo a RPA acontecer
 Copiar e colar.
 Preencher formulários. Quando o assunto é alavancar o potencial da
 Ler e escrever em banco de dados. RPA, temos geralmente duas situações:
 Buscar dados da web. empresas que criaram projetos-piloto e agora
 Conectar aos Application Programming querem escalar o uso da tecnologia, e
Interfaces (APIs) de sistemas. empresas em estágios recentes de exploração
 Fazer cálculos. das suas possibilidades.
 Extrair dados estruturados de documentos.
 Coletar estatísticas de mídias sociais. Se a sua organização se encaixa na segunda
 Seguir regras/decisões condicionais. categoria, uma forma viável de começar é
com um protótipo ou piloto que permitirá a
Fonte: “Robotics & cognitive automation: familiarização de maneira básica a essa
General overview”, Deloitte Development solução. Comece identificando as tarefas que
LLC, 2017 se encaixam na RPA. Na maioria das vezes,
esses quick-wins existem em um Centro de
A RPA não só poupa horas dos profissionais Serviços Compartilhados ou nos processos já
envolvidos nessas tarefas, o que acarreta terceirizados e podem incluir:
redução de custos, como também fornece
uma série de outras vantagens. Por exemplo,  Tarefas com potencial de terceirização,
trabalhar sem intervalos de descanso (24x7) como reconciliações, processamento de
em tarefas que geralmente requerem que o reclamações, gerenciamento de
pessoal de finanças trabalhe durante a noite devoluções, processamento de inventário,
e aos finais de semana para atender aos suporte a desktop e monitoramento de
prazos, economizando assim em horas rede.
extras.
 Tarefas do front office, como
Além disso, a RPA é geralmente mais precisa; gerenciamento de pedidos de venda,
algumas empresas relataram a eliminação monitoramento de preços da concorrência
completa de retrabalho. Essa confiabilidade é e engajamento com o cliente.
assegurada pela criação de um rastro de
auditoria que identifica quaisquer falhas  Tarefas do middle office, como
potenciais. Com isso, muitas organizações acompanhamento de tendências e geração
criam um sistema de monitoramento que de relatórios.
permite a um integrante da equipe de
finanças “supervisionar” um time de robôs  Tarefas do back office, como reconciliação
em tempo real. de dados e integração de programas.

A RPA diferencia-se de outras  Tarefas de serviços compartilhados, como


implementações por redistribuir o tempo do folha de pagamento, admissão e
talento humano. Ela permite aos robôs gerenciamento de benefícios em Recursos
realizarem aquilo que fazem tão bem, Humanos (RH), gerenciamento de pastas e
deixando o time de finanças com tempo livre arquivos, monitoramento de
para focar em atividades de maior valor infraestrutura/programas e gerenciamento
agregado. Por exemplo, um centro de de usuários/diretórios em Tecnologia da
Informação (TI).

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  26


Assuntos emergentes no mercado

Uma consideração importante: engaje o dono


do processo no piloto da RPA, porque é ele
que possui o conhecimento detalhado das
atividades e será peça-chave na programação
do robô – isso sem mencionar a necessidade
de comprovar o valor da RPA.

A promessa e suas armadilhas

O futuro é promissor, mas isso não quer dizer


que os robôs farão tudo. Conforme a RPA e
outras tecnologias surgem e a transformação
digital avança, os CFOs terão de pensar
cuidadosamente sobre quais competências
humanas eles querem contratar e treinar.

À medida que a RPA prolifera e adquire novas


capacidades, torna-se necessário ter uma
equipe de finanças focada em como aplicar o
crescente arsenal de capacidades digitais às
finanças e a outras necessidades mais amplas
do negócio. Ou seja, a RPA não é uma
tecnologia pronta depois de implementada,
mas sim uma capacidade que precisa ser
continuamente gerenciada.

Os CFOs já têm consciência de que, em um


ambiente de negócios cada vez mais
dinâmico, o sucesso depende de treinar,
reciclar e redistribuir continuamente o seu
talento humano. O mesmo vale para os robôs
que ampliam crescentemente o trabalho da
equipe de finanças: na aquisição e no
desinvestimento de negócios, na mudança
para Enterprise Resource Planning (ERP) novo
e outros sistemas de TI de larga escala, na
mudança ou evolução dos processos. Os robôs
irão requerer uma reprogramação frequente
para entregar o maior valor possível.

Talvez eles nunca venham a se equiparar à


inteligência do C-3PO de “Star Wars”, mas
definitivamente parecem prestes a se
tornarem membros indispensáveis do
departamento de finanças.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  27


Assuntos emergentes no mercado

Gestão Integrada de Riscos: um Desafio


para as Empresas em 2017 e 2018
Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

A
função de gestão de riscos desdobra-se  Conselhos de administração e comitês de
em uma série de atividades específicas, auditoria e riscos acompanham com
que se complementam para que eles atenção a evolução da segurança
sejam devidamente monitorados, cibernética em seus mercados - 72% dos
controlados e mitigados. A pesquisa de 2017 respondentes do estudo afirmaram
da Deloitte, “Os Cinco Pilares dos Riscos gerenciar riscos de segurança da
Empresariais - Como Gerenciá-los em um informação.
Cenário Econômico e de Negócios Desafiador”,
indica que as empresas entrevistadas Maiores informações estão disponíveis ao
monitoram um número maior de riscos em baixar o documento no relatório completo da
relação à edição anterior da pesquisa, pesquisa
realizada em 2015. O estudo reforça o (https://www2.deloitte.com/content/dam/Delo
conceito de que processos estruturados para a itte/br/Documents/risk/Pesquisa_Riscos--
gestão de riscos são fundamentais para .pdf).
assegurar a conformidade das empresas
diante de um momento complexo na economia Em sintonia com as novas estratégias
e nos negócios. Os principais resultados da corporativas de integração dos riscos
pesquisa demonstram que as empresas estão empresariais da governança e com a
priorizando os pontos abaixo: possibilidade de contágio entre os diversos
riscos da entidade, o Conselho Monetário
 Fluxo de caixa, resultados e aspectos de Nacional emitiu em 2017 a Resolução
conformidade contábil, fiscal e tributária nº 4.557, de Gestão Integrada de Riscos. Tal
estão no topo da lista dos riscos Resolução estipula os critérios mínimos para o
gerenciados. estabelecimento de estruturas de
gerenciamento integrado de riscos e de capital
 Os esforços das empresas estão também pelas instituições que compõem o Sistema
voltados para aspectos regulamentares e Financeiro Nacional. Além de se alinhar às
componentes éticos. melhores práticas e aos padrões internacionais
para supervisão, governança e gestão de risco
 Em tempos de recursos escassos, a gestão do sistema bancário, o normativo é o primeiro
dos riscos operacionais é um dos principais a utilizar o critério de proporcionalidade para
instrumentos para a otimização contínua fins de regulação prudencial, conforme a
de custos, a melhoria da eficiência e da segmentação definida pela Resolução
rentabilidade e o alinhamento à estratégia nº 4.553/2017. Com essa diferenciação, as
corporativa. O impacto da aderência a um instituições com menor grau de importância
comportamento ético e do controle de sistêmica e perfis de atuação menos
práticas de não conformidade sobre a complexos estão sujeitas a exigências
operação e os resultados são aspectos que menores, sem prejuízo do necessário grau de
ganham relevância. prudência nas suas gestões de riscos e de
capital.
 Os riscos de reputação e imagem estão no
topo da preocupação das empresas em Um dos principais objetivos da Resolução é a
relação aos riscos estratégicos, reflexo da consolidação do aprimoramento do arcabouço
correlação direta entre a sua regulatório, para que a gestão de riscos ocorra
materialização e a perda de valor da de forma integrada, promovendo a
empresa. consolidação dos normativos e a ampliação do
escopo dos requisitos que devem ser

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  28


Assuntos emergentes no mercado

atendidos nas estruturas de gerenciamento Entre os avanços propostos pela Resolução,


dos riscos operacional, de mercado, de destaca-se a obrigatoriedade da indicação de
crédito, de liquidez e de capital das um diretor para gerenciamento de riscos
instituições financeiras. Dessa forma, a (CRO), responsável pela implementação da
identificação, a mensuração, a avaliação, o estrutura integrada de gestão e pela
monitoramento, o reporte, o controle e a constituição de um comitê de riscos. Cabem
mitigação dos efeitos adversos devem ser ao CRO a avaliação da adequação dessa
feitos com base nas interações entre as estrutura e a implementação dos testes de
estresse. Estão previstas também atribuições
diversas fontes de risco. Ademais, são
específicas para o Conselho de Administração
aperfeiçoados os mecanismos de governança,
(CA) das instituições, com o objetivo de
introduz-se uma melhor especificação dos
reforçar sua responsabilidade nas deliberações
critérios para a aplicação dos testes de
e decisões relativas à gestão de riscos.
estresse e determinam-se os princípios
mínimos para a Gestão de Continuidade de Os aspectos relevantes abordados na referida
Negócios. Resolução estão ilustrados abaixo:

Independentemente do segmento de atuação, Um dos principais documentos adotados pela


uma empresa de capital aberto é considerada Instrução nº 480 é o Formulário de
aberta ou fechada conforme os valores Referência, um modelo de registro que reúne
mobiliários de sua emissão estejam ou não todas as informações referentes ao emissor,
admitidos à negociação no mercado de como atividades, fatores de risco,
valores. Para isso, as empresas precisam ter e administração, estrutura de capital, dados
manter um registro de emissora perante a financeiros, comentários dos administradores
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A sobre esses dados, valores mobiliários
Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de emitidos e operações com partes relacionadas,
2009, e suas alterações posteriores, e que deve ser arquivado e atualizado
estabelece as condições para esse registro e regularmente na CVM.
relaciona uma série de informações, periódicas
e eventuais, que devem ser disponibilizadas
para os acionistas e enviadas à CVM.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  29


Assuntos emergentes no mercado

Além de arquivá-lo no momento do registro,


as companhias precisam entregar o
Formulário de Referência atualizado
anualmente em até cinco meses após a data
de encerramento do exercício social. O
Formulário deve ser entregue novamente na
data do pedido de registro de oferta pública de
distribuição de valores mobiliários e, ainda, ter
os campos específicos atualizados sempre que
necessário na hipótese da ocorrência de
alguns fatos citados na norma. Com o
Formulário de Referência, as empresas de
capital aberto têm o desafio de entender mais
sobre riscos, o que engloba o processo de
gerenciamento e a fluidez da informação.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  30


Assuntos emergentes no mercado

As Principais Novidades de Governança


Corporativa
Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

A
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)  Prazo de entrega do informe aumentado de
editou, em 8 de junho de 2017, a seis para sete meses após o final do
Instrução CVM nº 586, uma alteração exercício social, com o intuito de conceder
da Instrução CVM nº 480, que dispõe aos emissores mais tempo para a
sobre o registro de emissores de valores preparação deste documento.
mobiliários admitidos à negociação em
mercados regulamentados.  Exclusão da obrigatoriedade da atualização
do informe no momento da apresentação
A principal novidade trazida pela Instrução de pedido de registro de oferta pública
CVM nº 586 consiste na incorporação à para evitar a divulgação de informações
Instrução CVM nº 480 do dever das não sujeitas à diligência da instituição líder
companhias de divulgar informações sobre a da oferta.
aplicação das práticas de governança
previstas no Código Brasileiro de Governança  Redução da abrangência das informações
Corporativa – Companhias Abertas. A regra prestadas sobre a estrutura administrativa
aplica-se aos emissores registrados na do emissor no item 12.1 do Formulário de
categoria A cujas ações ou certificados de Referência, que passa a requerer as
depósito de ações sejam admitidos à informações relativas ao conselho de
negociação em bolsas de valores. administração, aos órgãos e aos comitês
permanentes que se reportam ao conselho
O Código Brasileiro de Governança de administração e à diretoria estatutária.
Corporativa – Companhias Abertas segue o
modelo “pratique ou explique” e foi elaborado A Lei das Estatais trouxe também um grande
pelas 11 entidades de mercado que integram avanço na governança corporativa para as
o Grupo de Trabalho Interagentes. O Código empresas de gestão pública. Pouco mais de
contém um conjunto de práticas um ano após a publicação da Lei de
recomendadas e aborda questões-chave de Responsabilidade das Estatais (Lei nº 13.303,
governança, como estrutura acionária, de 30 de junho de 2016), percebe-se,
composição da administração e controles sobretudo entre as companhias de grande
internos. porte, uma mobilização quanto ao
cumprimento das novas regras, o que tem
O modelo “pratique ou explique” reconhece promovido uma mudança cultural nesse
que não há uma referência única de segmento.
governança, além de gerar uma reflexão e
autoavaliação das companhias sobre suas Embora a Lei estabeleça o prazo de 24 meses
próprias práticas. para implementação, praticamente todas as
estatais de grande porte encontram-se
A assimilação do Código à Instrução nº 480 adaptadas às novas exigências já em 2017,
prevê o dever das empresas de esclarecer e principalmente no que se refere às regras para
explicar aos investidores o seu grau de nomeação de diretores e membros nos
aderência às práticas, de forma completa, conselhos de administração. O principal
verdadeira, consistente e sem induzi-los a benefício é o ganho de transparência nas
erro. Caberá aos próprios investidores avaliar indicações para os cargos de dirigentes e
se a estrutura de governança é adequada ou conselheiros das estatais. Os requisitos
não, com base nessas informações. previstos para ocupantes de cargos de
diretoria e conselhos não impedem as
Entre as alterações realizadas destacam-se: indicações políticas, mas garantem que os
indicados tenham experiência técnica

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  31


Assuntos emergentes no mercado

compatível com o cargo. A implementação da Abertas. Adicionalmente, a Lei Anticorrupção


Lei facilita que investidores de outros países prevê, no Art. 7º, algumas considerações
possam aportar recursos no Brasil, já que adicionais para atenuar sanções, como: “a
reduz o risco em relação ao nosso mercado, existência de mecanismos e procedimentos
demonstra transparência das informações e internos de integridade, auditoria e incentivo à
apresenta uma estrutura de governança mais denúncia de irregularidades e a aplicação
robusta, o que favorece o desenvolvimento de efetiva de códigos de ética e de conduta no
projetos de infraestrutura. Outro aspecto âmbito da pessoa jurídica”.
importante da Lei é o fortalecimento da função
de conformidade, com exigência de reporte ao Diante de um cenário em que o medo de
diretor-presidente e com autonomia de acesso retaliação é o principal motivo de não reporte
direto ao conselho de administração. de condutas antiéticas dentro das
organizações, um plano de comunicação
Com os aprimoramentos dos pilares da adequado, que expõe o objetivo do canal de
governança corporativa no Brasil, percebeu-se denúncias e seu modelo de funcionamento -
em 2017 o aumento da implementação e do operado de forma independente por uma
uso do canal de denúncias nas empresas. empresa especializada em gestão de riscos e
Diversas regulamentações setoriais fraudes - contribui para o engajamento dos
demandam a existência e a operação seus colaboradores.
adequada de um canal de denúncias, como a
Resolução nº 3.456 do Conselho Monetário
Nacional (CMN), a Lei das Estatais (Lei
nº 13.303) e o Novo Código Brasileiro de
Governança Corporativa - Companhias

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  32


Assuntos emergentes no mercado

Programa de Integridade
Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

E
m um cenário de constantes As recentes tendências nacionais e
mudanças de gestão e de aumento da internacionais indicam um aumento em
complexidade dos riscos e das processos administrativos e penais,

E
regulamentações nacionais e investigações internas e externas, aplicações
internacionais, o programa de ética e de multas de fiscalizadores e protagonismo da
conformidade tende a se tornar cada vez mais mídia relacionada às violações de
dinâmico, complexo, estratégico e flexível, conformidade para as empresas em todos os
sem perder, no entanto, a sua essência e o segmentos econômicos.
aculturamento da conduta ética dos
colaboradores, representantes e fornecedores. Reguladores de todo o mundo ampliam seu
alcance de atuação para além das suas
No Brasil, as iniciativas empresariais em jurisdições, enquanto os promotores públicos
relação ao desenvolvimento de um programa se tornam mais presentes em suas
de ética e conformidade devem estar investigações e na aplicação de multas.
integralmente embasadas e adequadas às
exigências nacionais da Lei nº 12.846/2013 Nesse sentido, percebe-se que reguladores,
(também conhecida como Lei Anticorrupção) e fiscalizadores, clientes, colaboradores,
do Decreto nº 8.420/2015. Esses decretos fornecedores e o entorno social da empresa
estabelecem a adoção de um conjunto de consideram a “cultura da conduta ética e do
mecanismos e procedimentos internos de cumprimento” mais importante hoje do que no
integridade, auditoria e incentivo à denúncia passado.
de irregularidades, além da aplicação efetiva
de códigos de ética e de conduta, de políticas O programa global de ética e conformidade de
e de diretrizes com o objetivo de detectar e uma organização pode ter como base uma
sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos série de direcionadores internacionalmente
ilícitos praticados contra a administração reconhecidos, tais como a US Federal
pública. No âmbito internacional, entram a lei Sentencing Guideline e o Committee of
federal norte-americana contra corrupção Sponsoring Organizations of the Treadway
Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) e a lei Commission (COSO), e engloba tanto a
britânica Bribery Act (UKBA). conformidade ética operacional quanto os
riscos de conformidade legais e regulatórios.
Um programa de ética e conformidade refere-
se a um enfoque centralizado e coordenado Coibir decisões não conformes e fazer
entre várias unidades de negócios dentro de negócios de acordo com a ética empresarial
uma organização. Trata-se de uma abordagem são os alicerces atuais da sustentabilidade das
programática, construída a partir da visão dos empresas no mundo dos negócio
membros dos conselhos e dos comitês até os
gestores operacionais, e suportada sobre os
riscos específicos enfrentados pela
organização.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  33


Assuntos emergentes no mercado

Programa de Compliance para Entidades


Financeiras
Por Gustavo Lucena, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte

O
Conselho Monetário Nacional (CMN) A política de conformidade deverá ser
aprovou a Resolução nº 4.595/2017, aprovada pelo Conselho de Administração da
que “estabelece a obrigatoriedade de instituição (ou pela Diretoria, caso a

E
implementação e manutenção de instituição não tenha Conselho de
política de conformidade (compliance) nas Administração constituído), o qual terá
instituições financeiras e demais instituições também diversas responsabilidades
autorizadas a funcionar pelo Banco Central”. relacionadas à gestão e à implementação da
política de conformidade.
Essa Resolução está em linha com as
diretrizes da Basileia que abordam a As instituições sujeitas à Resolução devem
existência de quatro linhas de defesa, sendo manter à disposição do Banco Central: (i) a
compliance, gestão de riscos, auditoria interna documentação relativa à política de
e empresa de auditoria independente. Com a conformidade aprovada pelo Conselho de
recente Resolução o CMN regula a atividade Administração (ou pela Diretoria, caso não
de compliance, completando, assim, a criação haja Conselho de Administração constituído);
das regulamentações de todas as linhas de e, pelo prazo mínimo de cinco anos, (ii) os
defesa citadas em Basileia. relatórios contendo o sumário dos resultados
das atividades relacionadas à função de
O principal objetivo da política de conformidade e suas principais conclusões,
conformidade é assegurar o efetivo recomendações e providências tomadas pela
gerenciamento do risco de conformidade, Administração da instituição.
entendido como a possibilidade de a
instituição sofrer perdas ou danos decorrentes Neste contexto, o regulador e fiscalizador
de falhas na observância da legislação e espera que uma entidade financeira possua
regulação a ela aplicáveis. Além disso, a um programa efetivo de compliance
política de conformidade deverá ser permitindo um adequado nível de antecipação,
compatível com a natureza, o porte, a supervisão, controle e reporte dos riscos de
complexidade, a estrutura, o perfil de risco e o conformidade (interno e externo). O objetivo
modelo de negócio de cada instituição, principal é reforçar a capacidade de resposta
devendo ser implementada até 31 de da organização aos temas de compliance,
dezembro de 2017, cita a Resolução. preservar o valor da companhia, fazer
negócios em compliance e assessorar a Alta
A Resolução estabelece alguns parâmetros Administração a não tomar decisões em não
mínimos que a política de conformidade compliance.
deverá definir, como o objetivo e o escopo da
função de conformidade, a divisão clara das
responsabilidades das pessoas envolvidas para
evitar possíveis conflitos de interesses
(principalmente com as áreas de negócios da
instituição) e os procedimentos para
coordenar as atividades da função de
conformidade com as das funções de
gerenciamento de risco e da auditoria interna.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  34


Assuntos emergentes no mercado

Faz-se necessária uma gestão do custo de observância buscando uma sinergia de atividades
entre as linhas de defesa da organização, como exemplificado abaixo:

Para janeiro de 2018, então, espera-se que as entidades financeiras possuam uma estrutura
compatível com a natureza, o porte, a complexidade, a estrutura, o perfil de risco e o modelo
de negócio, porém não esquecendo os norteadores da Resolução ilustrados a seguir:

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  35


Assuntos emergentes no mercado

IFRS 17 - Contratos de Seguro


Por Carlos Claro, sócio da área de Audit and Assurance da Deloitte, com foco na Indústria
Financeira

Introdução e conceitos A principal alteração proveniente dessa


norma, mas não a única, refere-se à

E
m 18 de maio de 2017, o International mensuração dos contratos de seguro. A
Accounting Standards Board (IASB) IFRS 17 requer que a companhia que emita
emitiu a publicação final da IFRS 17 - contratos de seguro registre em seus balanços
Contratos de Seguros (Insurance a soma de:
Contracts), que estabelece os princípios para o
reconhecimento, a mensuração, a  Fluxos de caixa de cumprimento –
apresentação e a divulgação dos contratos de representados pelas estimativas atuais dos
seguro. montantes que a companhia seguradora
espera coletar de prêmios e do pagamento
Essa norma é o resultado de um projeto de sinistros, benefícios e despesas,
iniciado em abril de 2017 pelo International incluindo os ajustes para refletir o valor do
Accounting Standard Committee, órgão dinheiro no tempo e os riscos desses fluxos
predecessor do IASB. O IASB completou a de caixa.
Fase I desse projeto quando as IFRS foram
emitidas em março de 2004. No entanto, a  Margem do serviço contratual –
IFRS 4 pretendia ser apenas uma solução representada pelo lucro a apropriar ao
provisória para permitir que as companhias longo do período de vigência da cobertura
seguradoras usassem uma ampla variedade do contrato de seguro (lucro não ganho).
de práticas contábeis enquanto aguardavam a As perdas de contratos onerosos são
conclusão de uma norma mais abrangente e reconhecidas imediatamente.
robusta. As diferenças de práticas contábeis
entre jurisdições e de produtos tornaram difícil Para refletir melhor as mudanças nas
para os investidores e os analistas obrigações de seguro e nos riscos, a IFRS 17
entenderem e compararem as demonstrações requer que a companhia seguradora atualize
financeiras das companhias seguradoras, seus os fluxos de caixa de cumprimento em cada
desempenhos e suas exposições a riscos. A data de fechamento de balanço com
Fase II desse projeto foi desenhada para estimativas atuais consistentes com as
abordar essas preocupações e resultou nessa informações de mercado.
nova norma, que substitui a IFRS 4.
As mudanças nas obrigações com os contratos
O objetivo dessa norma é assegurar que uma de seguros decorrentes transformações no
companhia seguradora forneça informações ambiente econômico, como variações nas
relevantes que representem fielmente os taxas de juros, são refletidas nas
direitos e as obrigações dos contratos de demonstrações financeiras da companhia
seguro emitidos pela empresa. O IASB seguradora em tempo hábil.
desenvolveu essa norma para eliminar
inconsistências e fraquezas nas práticas O modelo geral estabelecido pela norma na
contábeis existentes, fornecendo uma mensuração dos contratos de seguro é a
estrutura baseada em um princípio contábil abordagem por módulos (building block
único para contabilizar todos os tipos de approach); contudo, devido à diversidade dos
contratos de seguro detidos por uma contratos de seguros, essa norma introduz
seguradora, incluindo contratos de resseguro. outras abordagens que simplificam e/ou
Essa norma também especifica os modificam o modelo geral, a saber:
requerimentos de apresentação e divulgação
 Abordagem de Alocação de Prêmio
com o intuito de aprimorar a comparabilidade
(Premium Allocation Approach) – modelo
das informações financeiras das companhias
simplificado permitido para contratos de
seguradoras.
curta duração (um ano ou menos).

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  36


Assuntos emergentes no mercado

 Abordagem de Taxa Variável (Variable Fee financeiro e atuarial, além do departamento


Approach) – modelo modificado aplicado de tecnologia da informação, para a avaliação
aos contratos com componente de dos impactos nos sistemas de dados. Poderá
participação em que os segurados recebem haver ainda a necessidade de desenvolver
uma parcela substancial do retorno dos novos sistemas, bem como revisar a forma de
itens subjacentes. obtenção, gerenciamento e análise dos dados.

Para a mensuração dos contratos de seguros, Disposições transitórias


a companhia seguradora deve primeiramente
identificar as carteiras de contratos de As companhias seguradoras devem aplicar a
seguros. Uma carteira é um grupo de IFRS 17 para períodos anuais de relatórios
contratos sujeitos a riscos similares e iniciados em ou após 1º de janeiro de 2021.
gerenciados conjuntamente. Para todos os Se uma entidade decidir aplicar a IFRS 17
contratos de seguro de uma mesma carteira, antecipadamente, deve divulgar esse fato. A
a companhia deve dividi-los em: aplicação antecipada é permitida para as
entidades que já aplicam a IFRS 9 -
 Contratos que são onerosos no Instrumentos Financeiros e a IFRS 15 -
reconhecimento inicial, se algum. Receita de Contrato com Cliente.

 Contratos que não têm riscos de se A IFRS 17 deve ser aplicada pelas empresas
tornarem onerosos no reconhecimento retrospectivamente, a menos que seja
inicial, se algum. impraticável; nesse caso, as entidades têm a
opção de usar a abordagem retrospectiva
 Contratos remanescentes na carteira, se modificada ou a abordagem do valor justo.
algum.
Na data da aplicação inicial da norma, as
A companhia seguradora deve segregar as entidades que já aplicam a IFRS 9 podem
carteiras de contratos de resseguro que detém redesignar e reclassificar retrospectivamente
de forma semelhante aos contratos de seguro os ativos financeiros mantidos em relação a
por ela emitidos. atividades relacionadas aos contratos dentro
do escopo dessa norma. As companhias
Impactos para as companhias seguradoras podem optar por não
seguradoras reapresentar a IFRS 9, sendo a diferença
entre o valor contábil anterior desses ativos
A implementação da IFRS 17 exigirá um
financeiros e o valor contábil na data da
esforço substancial das companhias
aplicação inicial reconhecida no patrimônio
seguradoras, pois os aspectos envolvidos são
líquido de abertura na data da aplicação
muito complexos e abrangentes e apresentam
inicial. Qualquer reapresentação de períodos
um grande desafio para a maioria delas. Isso
anteriores deve refletir todos os
demandará não só recursos financeiros, como
requerimentos da IFRS 9.
também de pessoas, na coordenação e na
gestão desse projeto. Foi concedida uma isenção temporária da
aplicação da IFRS 9 para as companhias
Na prática, essa implementação trará
seguradoras, diferindo sua aplicação para
mudanças significativas nas estruturas
quando da adoção inicial da IFRS 17.
operacionais das companhias seguradoras,
com impacto nos negócios, processos e
controles internos. Serão incluídos nesses
processos os departamentos contábil,

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  37


Assuntos emergentes no mercado

Os Principais Impactos da Instrução


CVM nº 577 para a Indústria de Fundos
de Investimento
Por Marcelo Teixeira, sócio da área de Audit and Assurance da Deloitte, com foco na
Indústria Financeira

 Valor econômico determinado por

A
empresas independentes especializadas,
adoção da Instrução nº 577/2016 da para os valores mobiliários de companhias
Comissão de Valores Mobiliários sem mercado ativo em bolsa ou em
(CVM) coloca vários desafios aos mercado de balcão organizado, para os
gestores e administradores de fundos fundos de investimento constituídos sob a
de investimento no que se refere à avaliação forma de condomínio fechado de prazo de
de ativos ao valor justo, isso porque incorpora duração igual ou superior a cinco anos,
os critérios estabelecidos no pronunciamento desde que previsto no regulamento do
técnico 46 do Comitê de Pronunciamentos fundo.
Contábeis (CPC 46 – Mensuração a Valor
Justo), tanto para os ativos da carteira do As exceções, quanto à avaliação do valor justo
fundo como para aqueles integrantes da anteriormente mencionada, foram eliminadas
carteira de fundos de investimento investidos. pela Instrução CVM nº 577/2016, a qual
dispõe que os ativos integrantes da carteira
Apesar de a Instrução CVM nº 438/2006 dos fundos de investimento devem ser
determinar igualmente a avaliação dos ativos avaliados diariamente pelo valor justo, sendo:
ao valor justo, ainda existiam situações
• Nível 1 - Preço cotado em mercado ativo
relativas aos critérios de avaliação de ativos
(ao qual o fundo possa ter acesso) para
de renda variável sem negociação que
ativos idênticos na data da mensuração
permitiam os seguintes critérios:
(evidência mais confiável).
a) Custo de aquisição;
• Nível 2 – O administrador do fundo deve
fazer uso de outras informações
b) Última cotação disponível;
observáveis para o ativo em questão,
fazendo-se ajustes nessa informação de
c) Último valor patrimonial do título
acordo com fatores específicos
divulgado à CVM; ou
relacionados ao ativo (Nível 2). Outras
d) Valor líquido provável de realização obtido informações observáveis podem incluir:
mediante adoção de técnica ou modelo de
a) Preços cotados para ativos ou passivos
precificação.
similares em mercados ativos;
Assim sendo, os investimentos diretos e
b) Preços cotados para ativos ou passivos
indiretos em ações de companhias fechadas
idênticos ou similares em mercados que
(por exemplo) podiam ser mantidos ao:
não sejam ativos;

 Custo de aquisição; c) Informações, exceto preços cotados, que


sejam observáveis para o ativo, como:
 Valor patrimonial;
c.1) Taxas de juros e curvas de
 Valor da última cotação disponível,
rendimento observáveis em
conforme permitido pela Instrução CVM
intervalos comumente cotados;
nº 438;
c.2) Volatilidades implícitas;
 Valor líquido provável de realização obtido
mediante adoção de técnica ou modelo de c.3) Spreads de crédito;
precificação; e

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  38


Assuntos emergentes no mercado

d) Outras fontes de informações, desde que investimento em cotas de fundo de


aceitas pelo mercado. investimento que adquiram investimentos em
cotas de fundos de investimento imobiliários,
• Nível 3 - Dados não observáveis devem ser fundos de investimento em direitos creditórios
utilizados para mensurar o valor justo na e fundos de investimento em participações
medida em que dados observáveis que possam ser avaliados ao valor justo em
relevantes não estejam disponíveis, período/data-base diferente da data-base de
admitindo, assim, situações em que haja emissão das demonstrações financeiras do
pouca ou nenhuma atividade de mercado fundo.
para o ativo ou passivo na data de
mensuração (Nível 3). Apresentamos a seguir um resumo das
principais mudanças nos capítulos de
Essa questão da alteração do critério de avaliação de ativos entre a ICVM nº 438/2006
avaliação ao valor justo, conforme a Instrução e a ICVM nº 577/2016:
CVM nº 577/2016, também é especialmente
relevante para determinados fundos de

Instrução CVM nº 438/2006, Instrução CVM nº 577/2016


alterada pela ICVM
nº 465/2008

CAPÍTULO 1 - Normas Básicas, SEÇÃO 2 - Critérios de Avaliação e Apropriação Contábil

1. Disposições 1 – Os ativos integrantes das 1 – Os ativos integrantes da carteira


Gerais carteiras dos fundos de dos fundos de investimento devem ser
investimento devem ser registrados avaliados diariamente pelo valor justo,
pelo valor efetivamente contratado reconhecendo-se contabilmente a
ou pago, e ajustados, diariamente, valorização ou a desvalorização em
ao valor de mercado, contrapartida à adequada conta de
reconhecendo-se contabilmente a receita ou despesa, no resultado do
valorização ou a desvalorização em período. O valor justo do ativo não
contrapartida à adequada conta de deve ser ajustado para refletir custos
receita ou despesa, no resultado do de transação.
período.
2 – O administrador deve utilizar
2 – Considera-se preço de mercado técnicas de mensuração apropriadas
o valor que se pode obter com a para as circunstâncias e para as quais
negociação do título ou valor dados suficientes estão disponíveis a
mobiliário em um mercado ativo, fim de determinar o valor justo,
em que comprador e vendedor maximizando o uso de dados
sejam independentes, sem que observáveis relevantes e minimizando
corresponda a uma transação o uso de dados não observáveis.
compulsória ou decorrente de um
processo de liquidação. Por sua vez, 3 - O preço cotado em mercado ativo
define-se mercado como aquele em (no qual o fundo possa ter acesso)
que o ativo é negociado de maneira para ativos idênticos na data da
habitual e frequente, devendo ser mensuração (Nível 1) oferece a
selecionado, entre os eventuais evidência mais confiável do valor justo
mercados disponíveis, aquele em e deve ser utilizado sem ajuste para
que ocorrer o maior volume de mensurar o valor justo sempre que
negociações do ativo. disponível.

3 – Na ausência de mercado de 4 – Em situações nas quais o


negociação para um determinado administrador julgar que o preço
ativo, sua contabilização deve ser cotado não representa o valor justo do

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  39


Assuntos emergentes no mercado

Instrução CVM nº 438/2006, Instrução CVM nº 577/2016


alterada pela ICVM
nº 465/2008

feita utilizando-se um dos seguintes ativo na data da mensuração, admite-


critérios: se, excepcionalmente, ajuste no preço
cotado em mercado ativo para ativo
a) Pelo valor que se pode obter idêntico. Pode ser o caso, por
com a negociação de outro exemplo, quando da ocorrência de
ativo de, no mínimo, natureza, eventos significativos após o
prazo, risco e indexadores fechamento do mercado em que o
similares; ativo é transacionado, mas antes da
b) Pelo valor presente dos fluxos data de mensuração.
de caixa futuros a serem 5 – Na impossibilidade do uso de preço
obtidos, ajustados com base na cotado (não ajustado) em mercado
taxa de juros vigente no ativo, o administrador do fundo deve
mercado, na data da fazer uso de outras informações
demonstração contábil; ou observáveis para o ativo em questão,
c) Pelo valor líquido de realização fazendo-se ajustes nessa informação
obtido por técnica ou modelo de acordo com fatores específicos
matemático-estatístico de relacionados ao ativo (Nível 2). Outras
precificação. informações observáveis podem
incluir:
a) Preços cotados para ativos ou
passivos similares em mercados
ativos;
b) Preços cotados para ativos ou
passivos idênticos ou similares em
mercados que não sejam ativos;
c) Informações, exceto preços cotados,
que sejam observáveis para o ativo,
como:
c.1) taxas de juros e curvas de
rendimento observáveis em
intervalos comumente cotados;
c.2) volatilidades implícitas;
c.3) spreads de crédito;
d) outras fontes de informações, desde
que aceitas pelo mercado.
6 – Dados não observáveis devem ser
utilizados para mensurar o valor justo
na medida em que dados observáveis
relevantes não estejam disponíveis,
admitindo assim situações em que
haja pouca ou nenhuma atividade de
mercado para o ativo ou passivo na
data de mensuração (Nível 3).
Contudo, o objetivo da mensuração do
valor justo permanece o mesmo, ou
seja, um preço de saída na data de
mensuração do ponto de vista de um
participante do mercado que detém o
ativo ou deve o passivo. Portanto,

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  40


Assuntos emergentes no mercado

Instrução CVM nº 438/2006, Instrução CVM nº 577/2016


alterada pela ICVM
nº 465/2008

dados não observáveis refletem as


premissas que os participantes do
mercado utilizariam ao precificar o
ativo ou o passivo, incluindo premissas
sobre risco.
7 – Para situações não tratadas
neste Plano Contábil, o
administrador do fundo deve
utilizar o pronunciamento técnico
46 do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC 46 - Mensuração a
Valor Justo), que trata dos
critérios e conceitos para a
determinação do valor justo.

2. Ativos de 1 – Os ativos de renda fixa 1 – Os ativos de renda fixa integrantes


Renda Fixa integrantes das carteiras dos fundos da carteira dos fundos de investimento
de investimento devem ser devem ser inicialmente registrados
registrados pelo valor efetivamente pelo valor justo e classificados nas
pago, inclusive corretagens e seguintes categorias:
emolumentos, e classificados nas
seguintes categorias: a) Ativos para negociação; e

a) Ativos para negociação; e b) Ativos mantidos até o vencimento.

b) Ativos mantidos até o 2 – A melhor evidência do valor justo


vencimento. de um instrumento financeiro no
reconhecimento inicial é normalmente
o preço de transação. Se o
administrador avaliar que o preço de
transação do instrumento financeiro é
diferente do valor justo no
reconhecimento inicial, a diferença
entre o valor justo e o preço de
transação deve ser reconhecida no
resultado do período, no ato da
transação.
3 – Para os ativos classificados como
mantidos até o vencimento, ao valor
justo no reconhecimento inicial devem
ser adicionados os custos de
transação.
Nota: critérios de apuração do valor
justo são definidos no CAPÍTULO 1 -
Normas Básicas, SEÇÃO 2 - Critérios
de Avaliação e Apropriação Contábil -
1. Disposições Gerais.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  41


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Instrução CVM nº 438/2006, Instrução CVM nº 577/2016


alterada pela ICVM
nº 465/2008

3. Ativos de 1 – Os ativos de renda variável 1 – Os ativos de renda variável


Renda integrantes da carteira do fundo de integrantes da carteira do fundo de
Variável investimento devem ser registrados investimento devem ser inicialmente
pelo valor efetivamente pago, registrados e avaliados, diariamente,
inclusive corretagens e pelo valor justo, computando-se a
emolumentos, e ajustados, valorização ou desvalorização na
diariamente, pelo valor de mercado, adequada conta de receita ou despesa
observando-se o estipulado no item no resultado do período.
1.2.2.6.
2 - A melhor evidência do valor justo
2 - Entende-se por custo de de um instrumento financeiro no
aquisição o preço de compra do reconhecimento inicial é normalmente
título no exercício em curso ou valor o preço de transação. Se o
de avaliação do último balanço administrador avaliar que o preço de
patrimonial do fundo. transação do instrumento financeiro é
diferente do valor justo no
3 - A avaliação dos ativos de renda reconhecimento inicial, a diferença
variável deve ser feita utilizando-se entre o valor justo e o preço de
a última cotação diária de transação deve ser reconhecida no
fechamento do mercado em que o resultado do período, no ato da
ativo apresentar maior liquidez, transação.
desde que tenha sido negociado
pelo menos uma vez nos últimos 90 3 – Os ativos de renda variável devem
(noventa) dias. ser classificados como ativos para
negociação.
4 - Na hipótese de ativos sem
negociação nos últimos 90 4 - A avaliação dos ativos de renda
(noventa) dias, o valor do título variável, para os quais exista mercado
deverá ser avaliado pelo menor ativo e líquido (Nível 1), deve ser feita
entre os seguintes valores: utilizando-se a cotação diária de
fechamento do mercado em que o
a) Custo de aquisição; ativo apresentar maior liquidez.
b) Última cotação disponível; Nota: critérios de apuração do valor
c) Último valor patrimonial do justo são definidos no CAPÍTULO 1 -
título divulgado à CVM; ou Normas Básicas, SEÇÃO 2 - Critérios
de Avaliação e Apropriação Contábil –
d) Valor líquido provável de 1. Disposições Gerais.
realização obtido mediante
adoção de técnica ou modelo de
precificação.
5 - O administrador, em qualquer
hipótese, deverá ajustar a avaliação
dos ativos componentes da carteira
do fundo sempre que houver
indicação de perdas prováveis na
realização do seu valor.
6 - Os fundos de investimento
constituídos sob a forma de
condomínio fechado de prazo de
duração igual ou superior a 5
(cinco) anos poderão adotar o valor
econômico determinado por
empresa independente

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  42


Assuntos emergentes no mercado

Instrução CVM nº 438/2006, Instrução CVM nº 577/2016


alterada pela ICVM
nº 465/2008

especializada, para os valores


mobiliários de companhias sem
mercado ativo em bolsa ou em
mercado de balcão organizado.
7 - A utilização da faculdade
prevista no item anterior está
condicionada à previsão no
regulamento do fundo ou
deliberação em assembleia geral de
cotistas de que:
a) O administrador assuma a
responsabilidade perante a CVM
e os cotistas pelos critérios,
valores e premissas utilizados
na avaliação econômica
adotada pelo fundo;
b) A taxa de administração seja
cobrada com base no custo
histórico dos investimentos e a
taxa de performance, quando
houver, somente seja paga
quando da realização integral
das aplicações do fundo;
c) Uma vez adotado determinado
critério e metodologia de
avaliação para determinado
valor mobiliário, este seja
regularmente utilizado ao longo
dos exercícios sociais
subsequentes; e
d) Sempre que houver alteração
significativa nas premissas que
embasam a avaliação
econômica, esta deve ser
revista e os efeitos refletidos
contabilmente, devendo o
regulamento do fundo dispor
sobre a periodicidade mínima
de avaliação.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  43


Assuntos emergentes no mercado

Outras alterações relevantes Ofício Circular nº 1/2017/CVM/SIN/SNC


implementadas pela ICVM nº 577/2016 - Em 20 de julho de 2017, a CVM emitiu o
quando da elaboração e apresentação das Ofício Circular nº 1/2017/CVM/SIN/SNC, que
demonstrações financeiras: dispõe sobre a interpretação do disposto no
artigo 56, I, “b”, da Instrução CVM nº 555/14.
Análise de sensibilidade: Conforme disposto Esse artigo esclarece que o valor da cota de
no CAPÍTULO 1 - Normas Básicas, SEÇÃO 3 - fundos de investimento deve ser calculado e
Informações Contábeis, a Instrução CVM divulgado “para fundos que não ofereçam
nº 577/2016 passa a requerer a divulgação da liquidez diária a seus cotistas, em
análise de sensibilidade para cada tipo de risco periodicidade compatível com a liquidez do
de mercado ao qual o fundo está exposto no fundo, desde que expressamente previsto em
final do período contábil, em consonância com seu regulamento”. No entanto, conforme a
as diretrizes das normas aplicáveis às Instrução CVM nº 577/16, os ativos
companhias abertas que tratam da integrantes das carteiras dos fundos de
evidenciação de instrumentos financeiros. investimento devem ser avaliados diariamente
pelo valor justo. Neste contexto, o Ofício
A Instrução CVM nº 475, de 17 de dezembro anteriormente mencionado esclareceu que os
de 2008, dispõe a respeito da apresentação de referidos dispositivos devem ser tomados em
informações sobre instrumentos financeiros conjunto e que o cálculo do valor justo dos
em notas explicativas e sobre a divulgação do ativos da carteira dos fundos alcançados pelo
quadro demonstrativo de análise de artigo 56, I, “b” da Instrução CVM
sensibilidade. No seu artigo 3º - § 2º a nº 555/2014 pode ocorrer em periodicidade
referida norma define a utilização de três compatível com a referida liquidez.
cenários: (I) uma situação considerada
provável pela Administração; (II) uma Esse entendimento refere-se exclusivamente à
situação com deterioração mínima de 25%; e não necessidade do cálculo diário do valor
(III) uma situação com deterioração mínima justo da carteira desses fundos para fins de
de 50%. atendimento ao dispositivo mencionado,
ressalvadas as situações e os eventos que
Demonstrações financeiras relativas aos requeiram o ajuste a valor justo da carteira
eventos de Incorporação, Fusão, Cisão, desses fundos, quando a data de tais
Transformação e Encerramento de Atividade: situações e eventos for diferente da data de
As demonstrações financeiras relativas aos liquidez do fundo, assim como o cálculo e a
eventos, com exceção do evento de divulgação do valor da cota e do patrimônio
encerramento das atividades, devem ser líquido.
elaboradas pelo administrador tomando-se por
base a posição patrimonial do fundo no Da mesma forma, deverão ser calculados o
momento imediatamente anterior ao da valor justo dos ativos do fundo, o valor da
ocorrência do evento. cota e do patrimônio líquido do fundo na data-
base de apresentação das demonstrações
financeiras relativas ao encerramento do seu
exercício social, assim como a apresentação
das demonstrações financeiras de eventos de
incorporação, fusão, cisão ou transformação.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  44


Assuntos emergentes no mercado

Os Principais Impactos das Instruções


CVM nº 578 e nº 579 – Fundo de
Investimento em Participação
Por Marcelo Teixeira, sócio da área de Audit and Assurance da Deloitte, com foco na
Indústria Financeira

A
adoção da Instrução nº 578/2016 da ativos e critérios para fins de avaliação dos
Comissão de Valores Mobiliários ativos no balanço de abertura.
(CVM) coloca vários desafios aos
gestores e administradores de Fundos Apresentamos a seguir um resumo das
de Investimento em Participações (FIPs) no principais alterações da ICVM nº 578:
que se refere à classificação do tipo de FIP,
como entidade de investimento e/ou outros
FIPs, adaptação dos critérios de avaliação dos

Assunto ICVM nº 391 ICVM nº 578

Classificação do FIP Não existia referida classificação na Art. 40, XII - O gestor deverá
como Entidade de norma. fornecer as informações
Investimento (Valor necessárias para que o
administrador determine se o
Justo) ou Não -
fundo se enquadra ou não como
Outros Fundos de entidade de investimento, nos
Investimento em termos da regulamentação
Participações (Método contábil específica (Arts. 4º, 5º e
de Equivalência 7º da ICVM nº 579).
Patrimonial (MEP))

Aplicação em Não existia previsão expressa na Possibilidade de investir 33% do


debêntures simples norma com limite de exposição. capital subscrito em debêntures
simples, conforme as condições
estabelecidas no Art. 11 da ICVM
nº 578.

Adiantamento para Não existia previsão na norma. Permitido o Adiantamento para


Futuro Aumento de Futuro Aumento de Capital nas
Capital companhias investidas, conforme
condições estabelecidas no Art. 5º
da ICVM nº 578.

Alocação de recursos Vedado conforme o Art. 35 da ICVM Possibilidade de os FIPs Capital


no exterior nº 391. Semente e Empresas Emergentes
investirem 20% do capital
subscrito em ativos no exterior e,
para os FIPs Multiestratégia, esse
percentual será de 100%,
conforme condições estabelecidas
nos Arts. 11, 12 (enquadramento)
e 18 (FIP Multiestratégia) da ICVM
nº 578, respectivamente.

Empréstimos Vedado conforme o Art. 35 da ICVM Possibilidade de o FIP contrair


nº 391. empréstimos, limitados ao
montante de 30% de seus ativos,
conforme as condições
estabelecidas no Art. 10º da ICVM
nº 578.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  45


Assuntos emergentes no mercado

Assunto ICVM nº 391 ICVM nº 578

Extinção dos FICFIPs Permitido pela ICVM nº 391. Não existe previsão na norma para
esta modalidade, sendo permitido
um FIP investir em cotas de outros
fundos da mesma categoria.

Divulgação de Prazo para divulgação de Os prazos para divulgação de


informações informações semestrais e anuais de informações semestrais e anuais
60 e 120 dias, respectivamente. foram alterados de 60 e 120 dias,
respectivamente, para 150 dias.

Admissão de classes Permitido pela ICVM nº 391 (exceto Autorização de uma ou mais
de cotas para o FIP-IE). classes de cotas com direitos
econômico-financeiros distintos,
dependendo do investidor.

Responsabilidades do Existiam responsabilidades na ICVM Ampliação das responsabilidades e


gestor nº 391. obrigações do gestor, conforme as
condições estabelecidas na ICVM
nº 578, principalmente quanto ao
Art. 40 (Obrigações do Gestor).

Categorias de Fundo Normatizado por mais de uma Consolidação e padronização de


de Investimento em Instrução. conceitos e procedimentos dos
Participações assuntos das normas vigentes em
uma única norma (ICVM nº 578).

Capital Semente, Não existia previsão dessas Classificações criadas com o


Empresas classificações na norma. propósito de flexibilizar a
Emergentes, FIP- composição das carteiras e
destinação dos recursos do FIP,
IE/FIP-PD&I e
conforme as condições
Multiestratégia estabelecidas nos Arts. 15, 16, 17
e 18 da ICVM nº 578.

Apresentamos a seguir as principais • Demonstrações do resultado e do resultado


mudanças contábeis introduzidas pela abrangente do exercício.
ICVM nº 579:
• Demonstração das mutações do patrimônio
Framework - A Instrução CVM nº 579 altera líquido.
o formato de apresentação das demonstrações
financeiras a partir dos exercícios iniciados em • Demonstração dos fluxos de caixa.
ou após 1º de janeiro de 2017, passando a
exigir a apresentação do conjunto completo • Notas explicativas - são parte integrante
das demonstrações financeiras a seguir (Art. das demonstrações financeiras.
16):
As demonstrações financeiras devem exprimir
• Demonstração da posição financeira. com fidedignidade e clareza a situação do
patrimônio do fundo e as mutações ocorridas
no exercício.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  46


Assuntos emergentes no mercado

As demonstrações financeiras devem ser Os principais critérios para fins de


comparativas com o período anterior, sendo classificação são:
vedada a apresentação de período
comparativo no exercício da adoção inicial da I – Obtenham recursos de um ou mais
ICVM nº 579 (Art. 26). investidores com o propósito de atribuir o
desenvolvimento e a gestão de uma carteira
Regras de transição - Conforme a ICVM de investimento a um gestor qualificado que
nº 579 - Arts. 26 e 27, a Instrução deve ser possua plena discricionariedade na
aplicada prospectivamente, sendo vedada a representação e na tomada de decisão com as
apresentação de período comparativo na sua entidades investidas, não sendo obrigado a
adoção inicial para aqueles fundos que consultar os cotistas para essas decisões,
apresentarem alteração do critério de tampouco indicar os cotistas ou partes a eles
avaliação em decorrência da adoção da ligadas como representantes nas entidades
norma. O ajuste da adoção inicial deve ser investidas;
efetuado no balanço de abertura em
contrapartida à rubrica específica do II – Comprometam-se com os investidores
patrimônio líquido. com o objetivo de investir os recursos
unicamente com o propósito de retorno por
A Instrução CVM nº 579 entra em vigor na meio de apreciação do capital investido, renda
data de sua publicação, aplicando-se aos ou ambos;
períodos contábeis iniciados em ou após 1º de
janeiro de 2017.
III – Substancialmente mensurem e avaliem o
desempenho de seus investimentos, para fins
Classificação dos FIPs como Entidade de
de modelo de gestão, com base no valor
Investimento ou Não - As Instruções CVM
justo; e
nº 578 e nº 579 classificam os FIPs entre duas
categorias, cabendo ao administrador
IV – Definam nos seus regulamentos
classificar os FIPs como segue:
estratégias objetivas e claras a serem
 Entidade de Investimento (Valor Justo) utilizadas para o desinvestimento, assim como
a atribuição do gestor de propor e realizar,
Os FIPs classificados como entidade de dentro do prazo estabelecido na estratégia, o
investimento avaliam seus ativos ao valor desinvestimento, a fim de maximizar o retorno
justo (com base nos critérios do para os cotistas.
pronunciamento contábil CPC 46 -
Mensuração a Valor Justo). Parágrafo único. Não caracterizam
desatendimento ao disposto no inciso I os
 Outros Fundos de Investimento em casos em que os cotistas deliberem sobre
Participações (MEP). propostas encaminhadas pelo gestor, por meio
de comitê de investimento, em relação às
decisões inerentes à composição da carteira
Os FIPs classificados como não entidade de
do fundo.
investimento, ou seja, Outros Fundos de
Investimento em Participações, avaliam
seus ativos ao valor patrimonial, pelo O administrador deve adicionalmente
método de equivalência patrimonial, e são considerar a existência das seguintes
requeridas a avaliação/revisão para fins de características típicas de entidade de
impairment do ágio na aquisição dos investimento:
investimentos.
 Possuir mais de um investimento, direta ou
indiretamente;

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  47


Assuntos emergentes no mercado

 Ter mais de um cotista, direta ou  Possuir investimento em entidades nas


indiretamente; quais os cotistas não possuíam nenhuma
relação societária, direta ou indiretamente,
 Ter cotistas que não influenciam ou não previamente ao investimento do fundo.
participam da administração das entidades
investidas ou não sejam partes ligadas aos
administradores dessas entidades; e

Apresentamos a seguir um resumo comparativo das principais mudanças nas normas


contábeis dos FIPs:

Assunto FIP – Entidade de Investimento FIP – Outros Fundos de


(Valor Justo) Investimento em Participação
(MEP)

Reconhecimento  Valor justo  Valor justo


inicial
Os conceitos que fundamentam os
procedimentos utilizados para
contabilizar a aquisição de
controlada (CPC 15) devem ser
também adotados para
contabilizar a aquisição de
investimento em coligada ou em
empreendimento controlado em
conjunto.

Mensuração  Valor justo.  Método de Equivalência


subsequente  Custo - enquanto o valor justo Patrimonial (MEP).
de um investimento não puder  Ágio fundamentado em
ser mensurado de forma rentabilidade futura ou ganho
confiável. por compra vantajosa
(reconhecimento inicial).
Requer divulgação obrigatória:
 Avaliação do valor recuperável
 Motivos da não possibilidade de (Teste de Impairment).
mensuração a valor justo.
 Resumo da demonstração
financeira condensada das
investidas avaliadas ao custo.

Ponto de atenção  O valor justo dos investimentos  Necessidade de as investidas


deve refletir as condições de estarem adaptadas às mesmas
mercado na data de sua práticas contábeis do FIP.
mensuração.  As demonstrações financeiras
 O valor justo deve ser das entidades investidas,
mensurado: utilizadas para aplicação do MEP,
o No reconhecimento inicial. devem ser levantadas na mesma
o Na apresentação das data das demonstrações
demonstrações financeiras. financeiras do fundo.
o Sempre que o patrimônio  Defasagem máxima das
líquido do FIP for divulgado demonstrações financeiras das
ao mercado (ICVM nº 579 - investidas utilizadas no MEP é de
Art. 3º - § 1º). dois meses da data-base das
o Sempre que houver eventos demonstrações financeiras do
ou alterações de condições FIP.
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  48
Assuntos emergentes no mercado

Assunto FIP – Entidade de Investimento FIP – Outros Fundos de


(Valor Justo) Investimento em Participação
(MEP)

que possam afetar  As demonstrações financeiras


materialmente o valor justo das investidas com defasagem
do investimento. para a data-base do fundo
 A mensuração do valor justo devem ser ajustadas pelos
deve ser estabelecida em bases impactos contábeis de eventos e
consistentes e passíveis de transações significativos que
verificação. ocorrerem no período de
 Necessidade de laudo de defasagem para a data-base das
avaliação a valor justo na data demonstrações financeiras do
de transição para a nova norma, fundo.
no caso de FIPs que não
mensuravam seus investimentos
a valor justo.

Dividendos As distribuições de lucro declaradas As distribuições de lucro


e provisionadas pelas investidas declaradas e provisionadas pelas
devem ser reconhecidas como investidas reduzem o valor
receita. contábil do investimento no fundo.

Mudança de categoria de FIP


O fundo de investimento que se desqualifique como entidade de investimento ou que se torne
entidade de investimento deve contabilizar a mudança em sua condição prospectivamente a partir
da data em que a mudança tiver ocorrido.

Regras de transição em caso de mudança na mensuração dos ativos pela adoção inicial
da ICVM nº 579

 Aplicação prospectiva sem apresentação do período comparativo, aplicável aos fundos que
adotem critério de avaliação para as companhias investidas distinto daquele estipulado
nesta Instrução CVM nº 579.
 Os ajustes no saldo de abertura serão feitos em conta do patrimônio líquido.
 Nota explicativa obrigatória contendo:
o As principais mudanças e os ajustes nos saldos de abertura.
o A conciliação do patrimônio líquido de abertura originalmente apresentado e o
patrimônio de abertura ajustado.
 Aplicável aos períodos contábeis iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017.

Mensuração do investimento em cotas de fundos de investimento – outros investimentos

 Possibilidade de utilizar o valor da cota mais recente divulgada pelo fundo investido, desde
que esta represente o valor justo dos investimentos na data de reporte do fundo
investidor.
 O valor da cota do fundo investido deve ser ajustado em decorrência dos efeitos de
mudança de condições e eventos significativos que ocorrerem entre a data a que se refere
o valor da cota do fundo investido e a data de reporte do fundo investidor.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  49


Regulamentações
específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  50


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Comissão de Valores Mobiliários (CVM): de plataforma eletrônica de investimento


regulamentações emitidas em 2017 e participativo e altera dispositivos da Instrução
2016 (que não estavam disponíveis CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, da
quando da elaboração do Guia de 2016) Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de
2009, da Instrução CVM nº 510, de 5 de
Instrução CVM nº 591, dezembro de 2011, e da Instrução CVM
de 26 de outubro de 2017 nº 541, de 20 de dezembro de 2013.

Altera a Instrução CVM nº 308, de 14 de maio Esta Instrução regulamenta a oferta pública
de 1999. de distribuição de valores mobiliários de
emissão de empresas de pequeno porte,
Entre diversas alterações, como por exemplo a especificamente o chamado crowdfunding,
definição dos deveres e das responsabilidades com proteção do investidor e segurança
dos administradores da entidade auditada no jurídica para as plataformas eletrônicas de
relacionamento com os auditores investimento participativo, autorizadas a
independentes e exame de qualificação funcionar pela CVM.
técnica, destacamos a obrigatoriedade da
comunicação dos principais assuntos de Instrução CVM nº 587,
auditoria nos relatórios do auditor para todas de 29 de julho de 2017
as entidades registradas ou supervisionadas
pela CVM, requerimento este que já era válido Altera dispositivos da Instrução CVM nº 459,
para as companhias listadas em bolsa. de 17 de setembro de 2007, e da Instrução
CVM nº 555, de 17 de dezembro de 2014.
Instrução CVM nº 590,
de 21 de setembro de 2017 A alteração deve-se à adequação das
Instruções CVM que têm algum impacto
Altera dispositivos da Instrução CVM nº 358, devido a regulamentações editadas pelo
de 3 de janeiro de 2002, e da Instrução CVM Conselho Nacional de Seguros Privados.
nº 461, de 23 de outubro de 2007.
Instrução CVM nº 586,
Traz novas regras sobre a divulgação de fatos de 8 de junho de 2017
relevantes e sobre a negociação de valores
mobiliários por administradores e pessoas Altera e acrescenta dispositivos à Instrução
ligadas, entre outros assuntos. CVM nº 480, de 7 de dezembro de 2009.

Instrução CVM nº 589, Com o objetivo de trazer maior transparência


de 18 de agosto de 2017 ao mercado de capitais, a Instrução traz um
aumento relevante no volume de informações
Altera dispositivos da Instrução CVM nº 578, referentes a aspectos de governança
de 30 de agosto de 2016, que havia corporativa e compliance que são
extinguido a categoria de FIC-FIP. Concede disponibilizadas no formulário de referência.
assim, de forma excepcional, a sua
manutenção para o já existente FIC-FIPs. Instrução CVM nº 585,
de 5 de abril de 2017
Instrução CVM nº 588,
de 13 de julho de 2017 Altera e acrescenta dispositivos à Instrução
CVM nº 332, de 4 de abril de 2000, à
Dispõe sobre a oferta pública de distribuição Instrução CVM nº 476, de 16 de janeiro de
de valores mobiliários de emissão de 2009, à Instrução CVM nº 480, de 7 de
sociedades empresárias de pequeno porte dezembro de 2009, e à Instrução CVM nº 494,
realizada com dispensa de registro por meio de 20 de abril de 2011.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  51


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

O objetivo desta Instrução é aprimorar o como agente fiduciário. O agente fiduciário


acesso de emissores estrangeiros ao mercado tem o dever de enviar relatório anual à CVM,
brasileiro através da introdução de novas descrevendo fatos relevantes ocorridos
regras para ofertas, registros e negociações referentes ao valor mobiliário em período de
de Brazilian Depositary Receipts (“BDR”), bem até quatro meses e mantido por período de
como altera regras aplicáveis à manutenção três anos. Por fim, no caso de inadimplemento
de registro de companhia aberta de emissores de quaisquer condições da emissão, o agente
estrangeiros perante a CVM. fiduciário deve usar de toda e qualquer
medida prevista em lei ou na escritura de
Instrução CVM nº 584, emissão ou no termo de securitização de
de 22 de março de 2017 direitos creditórios para proteger direitos ou
defender os interesses dos titulares dos
Dispõe sobre o programa de distribuição de valores mobiliários.
valores mobiliários e altera e acrescenta
dispositivos à Instrução CVM nº 400, de 29 de Outras regulamentações da CVM
dezembro de 2003, e à Instrução CVM nº 480,
de 7 de dezembro de 2009. Durante os exercícios de 2017 e 2016 (que
não estavam disponíveis quando da
A principal vantagem do programa de elaboração do Guia de 2016), a CVM emitiu
distribuição é antecipar a análise de diversas deliberações, entre outros assuntos,
documentos e informações exigidos pela CVM, em sua maioria com o objetivo de aprovar os
o que confere ao emissor um melhor pronunciamentos, as interpretações e as
aproveitamento de eventuais oportunidades orientações técnicos emitidos pelo CPC.
no mercado, sem ter de passar pelo processo Adicionalmente, relacionamos a seguir o
de registro de oferta pública, que pode ser resumo dos principais Ofícios-Circulares
incompatível com a volatilidade do mercado e emitidos pela CVM no período anteriormente
as necessidades do emissor. mencionado:

Assim, o documento aprimora as regras Superintendência de Relações com


relacionadas a programas de distribuição de Investidores Institucionais
valores mobiliários, em que somente podem
ser ofertadas, no âmbito do programa de Ofício-Circular CVM/SIN nº 03/17,
distribuição, notas promissórias e debêntures de 4 de julho de 2017
simples, com ou sem garantia, e sem cláusula
de permuta por ações ou outros valores Lançamento de nova arquitetura de
mobiliários. disponibilização de dados de fundos de
investimento, por ora limitada a Balancetes
Instrução CVM nº 583, Mensais e Dados Cadastrais.
de 20 de dezembro de 2016
Ofício-Circular CVM/SIN nº 02/17,
Dispõe sobre o exercício da função de agente de 5 de junho de 2017
fiduciário, através da revogação da Instrução
nº 28/83 e da Nota Explicativa nº 27/83, bem Ofício-Circular com orientações relativas à
como a alteração dos dispositivos das entrada em vigor do Sistema de Gestão de
Instruções nº 400/03, nº 414/04, nº 476/09, Fundos Estruturados.
nº 480/09, nº 510/11 e nº 566/15.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 01/17,
Entre as alterações, observa-se que apenas as de 6 de abril de 2017
instituições financeiras previamente
autorizadas pelo BACEN, que tenham a Esclarecimento sobre o novo Sistema de
custódia de bens de terceiros ou Gestão de Fundos Estruturados.
administração destes, podem ser nomeadas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  52


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Ofício-Circular CVM/SIN nº 09/16, Superintendência de Relações com o Mercado


de 30 de dezembro de 2016 e Intermediários e Superintendência de
Relações com Investidores Institucionais
Esclarecimentos acerca do envio de informações
periódicas de Fundos de Investimento em Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 03/17,
Participação (FIPs), conforme o Art. 46 da de 28 de julho de 2017
Instrução CVM nº 578/16.
Ofício-Circular dando publicidade da última
Ofício-Circular CVM/SIN nº 08/16, versão da lista do Grupo de Ação Financeira
de 16 de dezembro de 2016 contra a Lavagem de Dinheiro e o
Financiamento de Terrorismo (GAFI/FATF),
Apresenta o padrão XML a ser utilizado por que aponta as jurisdições com deficiências
representantes de Investidores Não Residentes estratégicas de prevenção à lavagem de
para envio de informações periódicas semestrais. dinheiro e do financiamento do terrorismo.

Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 02/17,


Superintendência de Relações com o Mercado
de 5 de maio de 2017
e Intermediários
Ofício-Circular de comunicação aos diretores
Ofício-Circular CVM/SMI nº 02/17,
responsáveis pela Instrução CVM nº 301/99
de 21 de agosto de 2017
acerca de comunicados publicados pelo Grupo
de Ação Financeira contra a Lavagem de
Orientações sobre: (i) o pedido de registro de
Dinheiro e o Financiamento de Terrorismo
plataforma eletrônica de investimento
(GAFI/FATF).
participativo; e (ii) o envio de relatório anual
com as ofertas realizadas nessa plataforma. Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 01/17,
de 30 de janeiro de 2017
Ofício-Circular CVM/SMI nº 01/17,
de 24 de janeiro de 2017 Orienta sobre a Instrução CVM nº 582, que
alterou a Instrução CVM nº 555. Os
Informa os agentes autônomos de administradores de fundos de investimentos
investimentos sobre a não obrigatoriedade de que pretendam atuar como escrituradores de
envio de declaração negativa ao COAF cotas devem solicitar autorização, até 22 de
(Instrução CVM nº 301, Art. 7º-A). maio de 2017, para atuar como escrituradores
de valores mobiliários em conformidade com
Superintendência de Relações com Empresas as regras previstas na Instrução CVM nº 543.
Ofício-Circular CVM/SEP nº 03/17, Ofício-Circular CVM/SMI/SIN nº 05/16,
de 7 de julho de 2017 de 25 de novembro de 2016
Atualização do Sistema Empresas.Net versão Ofício-Circular de comunicação aos diretores
11. responsáveis pela Instrução CVM nº 301/99
Ofício-Circular CVM/SEP nº 02/17, acerca de comunicados publicados pelo Grupo
de 7 de junho de 2017 de Ação Financeira contra a Lavagem de
Dinheiro e o Financiamento de Terrorismo
Atualização do Sistema Empresas.Net. (GAFI/FATF).

Ofício-Circular CVM/SEP nº 01/17,


de 23 de fevereiro de 2017

Orientações gerais sobre procedimentos a


serem observados pelas companhias abertas,
estrangeiras e incentivadas.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  53


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Superintendência de Registro de Valores Resolução nº 4.605,


Mobiliários de 19 de outubro de 2017

Ofício-Circular CVM/SRE nº 02/17, Define procedimentos para as instituições


de 17 de julho de 2017 financeiras contratarem operações de crédito
no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal
Orientações sobre o envio de documentos à
de que trata a Lei Complementar nº 159, de
CVM previstos pela Instrução CVM nº 588/17
19 de maio de 2017.
(ofertas de crowdfunding).

Ofício-Circular CVM/SRE nº 01/17, Resolução nº 4.604,


de 6 de março de 2017 de 19 de outubro de 2017

Orientações gerais sobre procedimentos a Altera a Resolução nº 3.922, de 25 de


serem observados pelos emissores e novembro de 2010, que dispõe sobre as
intermediários em ofertas públicas de valores aplicações dos recursos dos regimes próprios
mobiliários. de previdência social instituídos pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Conselho Monetário Nacional (CMN) e Municípios.
Banco Central do Brasil (BCB): principais
regulamentações do setor emitidas em Resolução nº 4.603,
2017 e 2016 (que não estavam disponíveis de 19 de outubro de 2017
quando da elaboração do Guia de 2016)
Ajusta normas aplicáveis aos créditos de
Resoluções investimento, ao desconto de Duplicata Rural
(DR) e de Nota Promissória Rural (NPR), ao
Resolução nº 4.607, Programa Nacional de Apoio ao Médio
de 19 de outubro de 2017 Produtor Rural (Pronamp), ao Fundo de
Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e ao
Altera a Resolução nº 2.844, de 29 de junho Programa de Garantia da Atividade
de 2001, para excluir dos limites de exposição Agropecuária (Proagro).
por cliente as operações de crédito e de
arrendamento mercantil, os créditos Resolução nº 4.602,
decorrentes de operações com derivativos de 28 de setembro de 2017
perante a União e a parcela das operações de
crédito por ela garantida. Altera a Resolução nº 4.520, de 16 de
setembro de 2016, que estabelece diretrizes
Resolução nº 4.606, para a aquisição de papel-moeda e moeda
de 19 de outubro de 2017 metálica destinados ao serviço do meio
circulante.
Dispõe sobre a metodologia facultativa
simplificada para apuração do requerimento Resolução nº 4.601,
mínimo de Patrimônio de Referência de 28 de setembro de 2017
Simplificado (PRS5), os requisitos para opção
por essa metodologia e os requisitos Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)
adicionais para a estrutura simplificada de para o quarto trimestre de 2017.
gerenciamento contínuo de riscos.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  54


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução nº 4.600, Resolução nº 4.595,


de 25 de setembro de 2017 de 28 de agosto de 2017

Define a metodologia de cálculo da Taxa de Dispõe sobre a política de conformidade


Longo Prazo (TLP) e da correspondente taxa (compliance) das instituições financeiras e
de juros prefixada, de que trata a Lei demais instituições autorizadas a funcionar
nº 13.483, de 21 de setembro de 2017. pelo Banco Central do Brasil.

Resolução nº 4.599, Resolução nº 4.593,


de 13 de setembro de 2017 de 28 de agosto de 2017

Altera a Resolução nº 4.596, de 28 de agosto Dispõe sobre o registro e o depósito


de 2017, que dispõe sobre empréstimos ou centralizado de ativos financeiros e valores
adiantamentos vedados às instituições mobiliários por parte de instituições
financeiras e às demais instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem
Brasil. como sobre a prestação de serviços de
custódia de ativos financeiros.
Resolução nº 4.598,
de 29 de setembro de 2017 Resolução nº 4.592,
de 25 de julho de 2017
Dispõe sobre a emissão de Letras Imobiliárias
Garantidas por parte das instituições Ajusta as normas do crédito rural.
financeiras que especifica.
Resolução nº 4.591,
Resolução nº 4.597, de 25 de julho de 2017
de 28 de agosto de 2017
Faculta a renegociação de operações de
Ajusta normas do crédito rural. crédito rural de custeio e de investimento
contratadas por produtores rurais que tiveram
Resolução nº 4.596, prejuízos em decorrência de seca ou estiagem
de 28 de agosto de 2017 em municípios da área de atuação da
Superintendência de Desenvolvimento do
Dispõe sobre empréstimos ou adiantamentos Nordeste (Sudene).
vedados às instituições financeiras e às
demais instituições autorizadas a funcionar Resolução nº 4.590,
pelo Banco Central do Brasil. de 29 de junho de 2017 (Revogada)

Resolução nº 4.594, Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)


de 28 de agosto de 2017 para o terceiro trimestre de 2017.

Revoga disposições relacionadas ao Resolução nº 4.589,


credenciamento e à autorização, pelo Banco de 29 de junho de 2017
Central do Brasil, de operações de crédito
externo de órgãos e entidades da Define limite de exposição e limite global
Administração Federal, dos Estados, do anual de crédito aos órgãos e às entidades do
Distrito Federal e dos Municípios, e à captação setor público, a serem observados pelas
de recursos externos por bancos estaduais e instituições financeiras e demais instituições
agências de fomento. autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  55


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução nº 4.588, Resolução nº 4.583,


de 29 de junho de 2017 de 29 de junho de 2017

Dispõe sobre a atividade de auditoria interna Ajusta normas gerais do crédito rural de
nas instituições financeiras e demais custeio, comercialização e industrialização, e
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco altera regras de subdirecionamento dos
Central do Brasil. recursos captados por meio da emissão da
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), a
Resolução nº 4.587, serem aplicadas a partir de 1º de julho de
de 29 de junho de 2017 2017.

Ajusta os procedimentos que devem ser Resolução nº 4.584,


utilizados pelas instituições financeiras e as de 29 de junho de 2017
disposições sobre as informações que devem
ser fornecidas pelo mutuário nos Ajusta as normas do Programa Nacional de
financiamentos contratados com recursos Fortalecimento da Agricultura Familiar
controlados. (Pronaf) e do Programa de Garantia de Preços
para a Agricultura Familiar (PGPAF).
Resolução nº 4.586,
de 29 de junho de 2017 Resolução nº 4.582,
de 29 de junho de 2017
Ajusta as normas do Crédito Rural e do
Programa de Garantia da Atividade Fixa a meta para a inflação e seu intervalo de
Agropecuária (Proagro) para simplificar o tolerância para os anos 2019 e 2020.
método de definição do preço de referência
considerado no cálculo de cobertura do Resolução nº 4.580,
Proagro; para admitir a concessão de crédito de 7 de junho de 2017
rural e o enquadramento no Proagro de cesta
de hortícolas; para instituir alíquota de Ajusta normas do crédito rural para
adicional diferenciada para cultivo de frutas balanceamento dos percentuais de
temperadas com proteção contra granizo; e subdirecionamento de recursos à vista;
para ajustar as regras de início de vigência do redirecionamento de fonte de recursos para
Proagro. atividades comerciais e industriais de produtos
agrícolas; fixação de limites de financiamento
Resolução nº 4.585, com recursos obrigatórios para regime de
de 29 de junho de 2017 integração e para cooperativas de produção;
alteração das condições de obrigatoriedade de
Define procedimentos de salvaguarda às informação das coordenadas geodésicas;
instituições financeiras para fins das alteração de prazos das operações de custeio
renegociações contratuais a serem firmadas agrícola; e revogação da vedação de
ao amparo do Art. 2º da Lei Complementar concessão de crédito rural a taxas inferiores
nº 156, de 28 de dezembro de 2016, e das às praticadas nos financiamentos com
Resoluções nº 4.556, de 23 de fevereiro de recursos obrigatórios.
2017, e nº 4.566, de 27 de abril de 2017.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  56


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução nº 4.581, Resolução nº 4.568,


de 7 de junho de 2017 de 26 de maio de 2017

Altera as regras de subdirecionamento dos Altera a Resolução nº 4.565, de 27 de abril de


recursos captados por meio de emissão da 2017, para autorizar a renegociação de
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e operações de crédito rural de custeio e de
introduz outros ajustes nas Seções 6 e 7 do investimento contratadas por produtores
Manual de Crédito Rural (MCR). rurais que tiveram prejuízos em decorrência
de seca ou estiagem em municípios da área de
Resolução nº 4.579, atuação da Superintendência de
de 7 de junho de 2017 Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Reduz o percentual de direcionamento para Resolução nº 4.567,


aplicação em crédito rural dos recursos de 27 de abril de 2017
captados na forma de Poupança Rural
(MCR 6-4) de 74% para 65% e eleva o Dispõe sobre a remessa de informações
percentual do encaixe obrigatório de 15,5% relativas aos integrantes do grupo de controle
para 21%. e aos administradores das instituições
financeiras e das demais instituições
Resolução nº 4.570, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
de 26 de maio de 2017 Brasil e sobre a disponibilização de canal para
comunicação de indícios de ilicitude
Altera a Resolução nº 4.454, de 17 de relacionados às atividades da instituição.
dezembro de 2015, que dispõe sobre auditoria
cooperativa no segmento de cooperativas de Resolução nº 4.566,
crédito. de 27 de abril de 2017

Resolução nº 4.571, Altera o § 4º dos Arts. 9º-N e 9º-S da


de 26 de maio de 2017 Resolução nº 2.827, de 30 de março de 2001.

Dispõe sobre o Sistema de Informações de Resolução nº 4.565,


Créditos (SCR). de 27 de abril de 2017

Resolução nº 4.569, Autoriza a renegociação de operações de


de 26 de maio de 2017 crédito rural de custeio e de investimento
contratadas por produtores rurais que tiveram
Dispõe sobre o depósito de garantias no prejuízos em decorrência de seca ou estiagem
exterior para aplicações de investidores não em municípios do Estado de Minas Gerais
residentes no Brasil nos mercados financeiro e compreendidos na área de atuação da
de capitais no País, cursadas no âmbito de Superintendência de Desenvolvimento do
câmaras e de prestadores de serviços de Nordeste (Sudene).
compensação e de liquidação, e altera a
Resolução nº 4.373, de 29 de setembro de Resolução nº 4.564,
2014. de 31 de março de 2017

Revoga o Art. 9º-W e altera a redação do Art.


9º-Y da Resolução nº 2.827, de 30 de março
de 2001.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  57


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução nº 4.563, Resolução nº 4.558,


de 31 de março de 2017 de 23 de fevereiro de 2017

Altera o inciso X do § 1º do Art. 9º e Disciplina a cobrança de encargos por parte


acrescenta o Art. 9º-AB à Resolução nº 2.827, das instituições financeiras e das sociedades
de 30 de março de 2001, ampliando o limite de arrendamento mercantil nas situações de
de crédito para empresas estaduais de energia atraso de pagamentos de obrigações por
elétrica e autorizando a contratação de novas clientes.
operações de crédito por Estados, Distrito
Federal e municípios. Resolução nº 4.557,
de 23 de fevereiro de 2017
Resolução nº 4.562,
de 31 de março de 2017 Dispõe sobre a estrutura de gerenciamento de
riscos e a estrutura de gerenciamento de
Ajusta normas de financiamento com recursos capital.
do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira
(Funcafé). Resolução nº 4.556,
de 23 de fevereiro de 2017
Resolução nº 4.561,
de 31 de março de 2017 Altera os Arts. 9º-N, 9º-S e 9º-Z da Resolução
nº 2.827, de 30 de março de 2001, com a
Define os encargos financeiros e o bônus de finalidade de manter as autorizações de
adimplência dos financiamentos realizados ao descontingenciamento de crédito às
amparo de recursos dos Fundos renegociações de que trata o Art. 2º da Lei
Constitucionais de Financiamento do Norte Complementar nº 156, de 28 de dezembro de
(FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO), 2016.
para o período de 1º de abril a 31 de
dezembro de 2017, e dá outras providências. Resolução nº 4.555,
de 16 de fevereiro de 2017
Resolução nº 4.560,
de 31 de março de 2017 Altera o Regulamento anexo à Resolução
nº 3.932, de 16 de dezembro de 2010, que
Altera a Resolução nº 4.171, de 20 de consolida as normas sobre direcionamento dos
dezembro de 2012, que estabelece critérios, recursos captados em depósitos de poupança
condições e prazos para a concessão de pelas entidades integrantes do Sistema
financiamentos ao amparo de recursos do Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Fundo de Desenvolvimento da Amazônia
(FDA), do Fundo de Desenvolvimento do Resolução nº 4.554,
Nordeste (FDNE) e do Fundo de de 3 de fevereiro de 2017
Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO),
entre outras condições. Altera a Resolução nº 4.532, de 24 de
novembro de 2016, para autorizar a
Resolução nº 4.559, renegociação de operações de crédito rural
de 30 de março de 2017 (Revogada) destinadas à cultura do milho, contratadas em
2016, com vencimento em 2017.
Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)
para o segundo trimestre de 2017.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  58


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução nº 4.553, Resolução nº 4.548,


de 30 de janeiro de 2017 de 21 de dezembro de 2016 (Revogada)

Estabelece a segmentação do conjunto das Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)
instituições financeiras e demais instituições para o primeiro trimestre de 2017.
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil para fins de aplicação proporcional da Resolução nº 4.547,
regulação prudencial. de 21 de dezembro de 2016

Resolução nº 4.552, Ajusta as normas do Programa de Garantia da


de 26 de janeiro de 2017 Atividade Agropecuária (Proagro) e do
Programa de Garantia da Atividade
Disciplina a utilização de repasse Agropecuária da Agricultura Familiar (Proagro
interfinanceiro para fins de cumprimento das Mais), de que trata o Capítulo 16 (Programa
exigibilidades do crédito rural e altera de Garantia da Atividade Agropecuária -
condições para a realização de Depósito Proagro) do Manual de Crédito Rural (MCR).
Interfinanceiro Vinculado ao Crédito Rural
(DIR) entre instituições financeiras integrantes Resolução nº 4.546,
de sistemas cooperativos. de 21 de dezembro de 2016

Resolução nº 4.551, Autoriza o cumprimento, com operações de


de 26 de janeiro de 2017 investimento rural, do subdirecionamento a
taxas favorecidas da Letra de Crédito do
Revoga a Circular nº 37, de 3 de maio de Agronegócio (LCA), disciplinado nas Seções 6
1966, que dispõe sobre as condições para e 7 do Manual de Crédito Rural (MCR).
manutenção, em instituições financeiras
privadas, de contas de depósito de titularidade Resolução nº 4.545,
de entidades e repartições públicas federais e de 21 de dezembro de 2016
de sociedades de economia mista não
bancárias de controle da União. Autoriza a composição de dívidas por meio da
contratação de operação de crédito para
Resolução nº 4.549, liquidação de operações contratadas por
de 26 de janeiro de 2017 produtores rurais ao amparo do Art. 1º da Lei
nº 12.096, de 24 de novembro de 2009, ou do
Dispõe sobre o financiamento do saldo Art. 4º da Lei nº 12.409, de 25 de maio de
devedor da fatura de cartão de crédito e de 2011.
demais instrumentos de pagamento
pós-pagos. Resolução nº 4.544,
de 21 de dezembro de 2016
Resolução nº 4.550,
de 26 de janeiro de 2017 Ajusta as normas do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Altera a Resolução nº 4.537, de 24 de (Pronaf) e do Programa de Garantia de Preços
novembro de 2016, que dispõe sobre para a Agricultura Familiar (PGPAF).
direcionamento dos recursos captados em
depósitos de poupança pelas entidades
integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança
e Empréstimo (SBPE).

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  59


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução nº 4.543, requerimento de capital mediante abordagem


de 21 de dezembro de 2016 padronizada (RWACPAD), de que trata a
Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013.
Altera a Resolução nº 4.171, de 20 de
dezembro de 2012, que estabelece critérios, Circular nº 3.851,
condições e prazos para a concessão de de 9 de outubro de 2017
financiamentos ao amparo dos recursos do
Fundo de Desenvolvimento da Amazônia Altera tarifas do Sistema de Transferência de
(FDA), do Fundo de Desenvolvimento do Reservas (STR), de que trata o Anexo II do
Nordeste (FDNE) e do Fundo de Regulamento anexo à Circular nº 3.100, de 28
de março de 2002.
Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO),
entre outras condições.
Circular nº 3.850,
de 26 de setembro de 2017
Resolução nº 4.542,
de 21 de dezembro de 2016
Dispõe sobre procedimento para o cálculo da
taxa de juros “Jm” de que trata o Art. 2º da
Define os encargos financeiros e o bônus de
Resolução nº 4.600, de 25 de setembro de
adimplência dos financiamentos realizados ao
2017.
amparo de recursos dos Fundos
Constitucionais de Financiamento do Norte Circular nº 3.849,
(FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO), de 18 de setembro de 2017
para o período de 1º de janeiro a 31 de março
de 2017, e dá outras providências. Altera as Circulares nº 3.644, de 4 de março
de 2013, nº 3.748, de 27 de fevereiro de
Circulares 2015, e nº 3.809, de 25 de agosto de 2016.

Circular nº 3.854, Circular nº 3.848,


de 26 de outubro de 2017 de 18 de setembro de 2017

Altera o Regulamento anexo à Circular Estabelece os procedimentos para o cálculo


nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, no que dos Fatores de Ponderação de Risco (FPRs)
diz respeito ao prazo-limite para a aplicáveis às exposições a títulos de
implantação da liquidação centralizada para os securitização para fins de apuração do
arranjos sujeitos a essa forma de liquidação. requerimento de capital mediante abordagem
padronizada (RWAcpad), de que trata a
Circular nº 3.853,
Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013.
de 18 de outubro de 2017
Circular nº 3.847,
Institui tarifa sobre as operações realizadas
de 13 de setembro de 2017
pelas instituições financeiras no âmbito do
Convênio de Pagamentos e Créditos Dispõe sobre a suspensão dos registros de
Recíprocos (CCR). operações com a Venezuela, no âmbito do
Convênio de Pagamentos e Créditos
Circular nº 3.852,
Recíprocos (CCR).
de 17 de outubro de 2017
Circular nº 3.845,
Altera a Circular nº 3.848, de 18 de setembro
de 13 de setembro de 2017
de 2017, que estabelece os procedimentos
para o cálculo dos Fatores de Ponderação de Altera a Circular nº 3.691, de 16 de dezembro
Risco (FPRs) aplicáveis às exposições a títulos de 2013, que dispõe sobre o mercado de
de securitização para fins de apuração do câmbio, e dá outras providências.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  60


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Circular nº 3.846, Circular nº 3.839,


de 13 de setembro de 2017 de 28 de julho de 2017

Estabelece procedimentos e parâmetros Altera a Circular nº 3.461, de 24 de julho de


relativos ao Processo Interno de Avaliação da 2009, que consolida as regras sobre os
Adequação de Capital (Icaap). procedimentos a serem adotados na
prevenção e no combate às atividades
Circular nº 3.844, relacionadas com os crimes previstos na Lei
de 30 de agosto de 2017 nº 9.613, de 3 de março de 1998.

Circular nº 3.838,
Altera a Circular nº 3.689, de 16 de dezembro
de 27 de julho de 2017
de 2013, que regulamenta, no âmbito do
Banco Central do Brasil, as disposições sobre Altera o Regulamento anexo à Circular
o capital estrangeiro no País e sobre o capital nº 3.057, de 31 de agosto de 2001, que
brasileiro no exterior. disciplina o funcionamento dos sistemas
operados pelas câmaras e pelos prestadores
Circular nº 3.843, de serviços de compensação e de liquidação
de 23 de agosto de 2017 integrantes do Sistema de Pagamentos
Brasileiro e dá outras providências.
Altera o Regulamento anexo à Circular
nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, no que Circular nº 3.837,
diz respeito ao prazo-limite para a de 27 de julho de 2017
implantação da liquidação centralizada para os
arranjos sujeitos a essa forma de liquidação. Altera a Circular nº 3.689, de 16 de dezembro
de 2013, que regulamenta, no âmbito do
Circular nº 3.842, Banco Central do Brasil, as disposições sobre
de 27 de julho de 2017 o capital estrangeiro no País e sobre o capital
brasileiro no exterior.
Altera o Regulamento anexo à Circular
Circular nº 3.836,
nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, para
de 21 de julho de 2017
segregar a implantação da liquidação
centralizada e excluir a liberação de crédito Altera a Circular nº 3.093, de 1º de março de
relacionada a fluxo financeiro futuro da 2002, que trata do encaixe obrigatório sobre
mencionada liquidação centralizada. recursos de depósitos de poupança.

Circular nº 3.841, Circular nº 3.835,


de 27 de julho de 2017 de 14 de julho de 2017

Altera a Circular nº 3.749, de 5 de março de Revoga as Circulares nº 3.655, de 27 de


2015, que estabelece a metodologia de cálculo março de 2013, e nº 3.755, de 28 de maio de
e dispõe sobre a divulgação de informações do 2015.
indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR).
Circular nº 3.834,
de 26 de maio de 2017
Circular nº 3.840,
de 18 de julho de 2017 Altera a Circular nº 3.644, de 4 de março de
2013, que estabelece os procedimentos para o
Divulga a amostra de que trata o Art. 1º da cálculo da parcela relativa dos ativos
Resolução nº 3.354, de 31 de março de 2006, ponderados pelo risco sujeita ao cálculo do
para fins de cálculo da Taxa Básica Financeira requerimento de capital mediante abordagem
(TBF) e da Taxa Referencial (TR). padronizada (RWAcpad).

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  61


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Circular nº 3.833, Circular nº 3.828,


de 17 de maio de 2017 de 15 de fevereiro de 2017

Dispõe sobre critérios, procedimentos e regras Altera a Circular nº 3.747, de 27 de fevereiro


contábeis aplicáveis às instituições de de 2015, que dispõe sobre as condições para
pagamento. registro das informações a respeito das
garantias constituídas sobre imóveis, nos
Circular nº 3.832, termos da Resolução nº 4.088, de 24 de maio
de 11 de maio de 2017 (Revogada) de 2012, relativas às operações de crédito que
especifica.
Dispõe sobre o pagamento das operações de
exportação com a Venezuela, no âmbito do Circular nº 3.827,
Convênio de Pagamentos e Créditos de 30 de janeiro de 2017
Recíprocos (CCR) da Associação Latino-
-Americana de Integração (Aladi). Altera e divulga o Regulamento do Comitê de
Estabilidade Financeira (Comef).
Circular nº 3.831,
de 13 de abril de 2017 Circular nº 3.826,
de 26 de janeiro de 2017
Dispõe sobre os procedimentos operacionais
no âmbito do Banco Central do Brasil Altera a Circular nº 3.749, de 5 de março de
relacionados ao Regime Especial de 2015, que estabelece a metodologia de cálculo
Regularização Cambial e Tributária (RERCT), e dispõe sobre a divulgação de informações do
de que tratam a Lei nº 13.254, de 13 de indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR).
janeiro de 2016, e a Lei nº 13.428, de 30 de
março de 2017, e altera anexo da Circular Circular nº 3.824,
nº 3.690, de 16 de dezembro de 2013. de 26 de janeiro de 2017

Circular nº 3.830, Altera a Circular nº 3.683, de 4 de novembro


de 29 de março de 2017 de 2013, que dispõe sobre instituições de
pagamento e prestação de serviços de
Altera a Circular nº 3.624, de 6 de fevereiro pagamentos.
de 2013, que estabelece períodos de entrega
da declaração de Capitais Brasileiros no Circular nº 3.825,
Exterior (CBE). de 26 de janeiro de 2017

Circular nº 3.829, Altera a Circular nº 3.691, de 16 de dezembro


de 9 de março de 2017 de 2013, para ajustar a regulamentação
cambial ao disposto na Lei nº 13.017, de 21
Altera a Circular nº 3.691, de 16 de dezembro de julho de 2014, a qual alterou o valor das
de 2013, a fim de permitir a utilização de operações de câmbio que não necessitam de
assinaturas eletrônicas em contratos de contrato de câmbio para até US$10.000,00.
câmbio em qualquer formato admitido pelas
partes como válido e aceito pela pessoa a
quem for oposto o documento.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  62


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Circular nº 3.823, Circular nº 3.819,


de 24 de janeiro de 2017 de 14 de dezembro de 2016

Altera a Circular nº 3.632, de 21 de fevereiro Dispõe sobre procedimentos contábeis


de 2013, que define e consolida as regras do aplicáveis às instituições em regime de
recolhimento compulsório sobre recursos à liquidação extrajudicial na elaboração,
vista; a Circular nº 3.655, de 27 de março de remessa e divulgação de demonstrações
2013, que define e consolida as regras da financeiras.
exigibilidade adicional sobre depósitos; a
Circular nº 3.569, de 22 de dezembro de Circular nº 3.818,
2011, que define as regras do recolhimento de 14 de dezembro de 2016
compulsório sobre recursos a prazo; a Circular
nº 3.090, de 1º de março de 2002, que Dispõe sobre os critérios e procedimentos
redefine as regras do recolhimento para reconhecimento contábil e mensuração
compulsório sobre recursos de depósitos e de dos componentes do ativo intangível e sobre o
garantias realizadas; e a Circular nº 3.745, de ativo diferido das administradoras de
23 de janeiro de 2015, que dispõe sobre o consórcio e das instituições de pagamento.
cumprimento da exigibilidade de recolhimento
Circular nº 3.817,
compulsório sobre recursos à vista de que
de 14 de dezembro de 2016
trata a Circular nº 3.632, de 2013; e revoga
as Circulares nº 3.548, de 8 de julho de 2011,
Dispõe sobre os critérios e procedimentos
nº 3.619, de 18 de dezembro de 2012,
para reconhecimento e registro contábil dos
nº 3.659, de 25 de junho de 2013, e
componentes do ativo imobilizado de uso das
nº 3.745, de 23 de janeiro de 2015, bem
administradoras de consórcio e das
como outros dispositivos que especifica.
instituições de pagamento.
Circular nº 3.822,
Circular nº 3.816,
de 20 de janeiro de 2017
de 14 de dezembro de 2016
Altera disposições inseridas pela Circular
Dispõe sobre o registro contábil dos efeitos
nº 3.814, de 7 de dezembro de 2016, e na
das variações cambiais resultantes da
Circular nº 3.689, de 16 de dezembro de
conversão de demonstrações financeiras de
2013, que regulamenta, no âmbito do Banco
dependências e de investimentos em coligada
Central do Brasil, as disposições sobre o
ou controlada no exterior.
capital estrangeiro no País e sobre o capital
brasileiro no exterior. Circular nº 3.815,
de 7 de dezembro de 2016
Circular nº 3.821,
de 20 de janeiro de 2017 (Revogada) Altera o Regulamento anexo à Circular
nº 3.682, de 4 de novembro de 2013, que
Divulga a amostra de que trata o Art. 1º da
disciplina a prestação de serviço de
Resolução nº 3.354, de 31 de março de 2006,
pagamento no âmbito dos arranjos de
para fins de cálculo da Taxa Básica Financeira
pagamentos integrantes do Sistema de
(TBF) e da Taxa Referencial (TR).
Pagamentos Brasileiro (SPB), estabelece os
critérios segundo os quais os arranjos de
Circular nº 3.820,
pagamento não integrarão o SPB e dá outras
de 14 de dezembro de 2016
providências.
Dispõe sobre critérios e procedimentos
contábeis aplicáveis às administradoras de
consórcio em regime de liquidação
extrajudicial.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  63


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Circular nº 3.814, Instrução Previc nº 6,


de 14 de dezembro de 2016 de 29 de maio de 2017

Altera a Circular nº 3.689, de 16 de dezembro Estabelece procedimentos para certificação e


de 2013, que regulamenta, no âmbito do habilitação de dirigentes das entidades
Banco Central do Brasil, as disposições sobre fechadas de previdência complementar.
o capital estrangeiro no País e sobre o capital
brasileiro no exterior. Instrução Previc nº 5,
de 29 de maio de 2017
Conselho Nacional de Previdência
Complementar (CNPC) - principais Dispõe sobre o enquadramento das entidades
regulamentações do setor emitidas em fechadas de previdência complementar como
2017 e 2016 (que não estavam disponíveis Entidades Sistemicamente Importantes (ESI)
quando da elaboração do Guia de 2016) e dá outras providências.

Resolução CNPC nº 24, Instrução Previc nº 12,


de 24 de novembro de 2016 de 13 de outubro de 2017

Dispõe sobre submassas nos planos de Altera a redação do Art. 4º da Instrução Previc
benefícios operados pelas entidades fechadas nº 10, de 27 de setembro de 2017.
de previdência complementar.
Instrução Previc nº 36,
Superintendência Nacional de Previdência de 20 de dezembro de 2016
Complementar (PREVIC) - principais
regulamentações do setor emitidas em Altera a Instrução Previc nº 27, de 4 de abril
2017 e 2016 (que não estavam disponíveis de 2016, que dispõe sobre os elementos
quando da elaboração do Guia de 2016) mínimos que devem constar na Nota Técnica
Atuarial de que trata o Art. 18, § 2º, da Lei
Instruções Complementar nº 109, de 29 de maio de
2001, e dá outras providências.
Instrução Previc nº 10,
de 27 de setembro de 2017 Instrução Previc nº 35,
de 2 de dezembro de 2016
Define as obrigações das EFPCs relativas ao
envio de documentos e informações atuariais Altera a Instrução Previc n° 28, de 12 de maio
à Previc. de 2016.

Instrução Previc nº 9, Portarias


de 20 de junho de 2017
Portaria Previc nº 50.028,
Altera a Instrução MPS/SPC nº 34, de 24 de de 15 de dezembro de 2016
setembro de 2009.
Dispõe sobre reconhecimento de instituições
Instrução Previc nº 7, certificadoras autônomas pela Previc, para fins
de 29 de maio de 2017 do processo de Habilitação de Dirigentes.

Dispõe sobre a Supervisão Permanente no


âmbito das Entidades Sistemicamente
Importantes.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  64


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Portaria Previc n° 571, Resolução CNSP nº 348,


de 8 de dezembro de 2016 de 25 de setembro de 2017

Divulga a relação dos 321 dirigentes Altera e consolida as regras de funcionamento


habilitados pela Diretoria de Análise Técnica - e os critérios para operação da cobertura por
Ditec da Superintendência Nacional de sobrevivência oferecida em plano de seguro
Previdência Complementar – Previc, no de pessoas e dá outras providências.
período compreendido entre 1º e 30 de
novembro de 2016, conforme o previsto no Resolução CNSP nº 347,
Art. 16, inciso II, da Instrução Previc nº 28, de 22 de setembro de 2017
de 12 de maio de 2016.
Altera os artigos 32 a 36 do Anexo I da
Portaria Previc nº 549, Resolução CNSP nº 346/2017, que dispõe
de 22 de novembro de 2016 sobre o Regimento Interno da SUSEP.

Dispõe sobre o horário de funcionamento e Resolução CNSP nº 346,


atendimento ao público, a jornada de de 2 de maio de 2017
trabalho, o controle da frequência e a
compensação de horas dos servidores da Dispõe sobre o Regimento Interno da SUSEP.
Superintendência Nacional de Previdência
Resolução CNSP nº 345,
Complementar (Previc).
de 2 de maio de 2017
Conselho Nacional de Seguros Privados
Dispõe sobre as coberturas passíveis de serem
(CNSP) e Superintendência de Seguros
oferecidas a entidades fechadas de
Privados (SUSEP) - principais
previdência complementar por sociedades
regulamentações do setor emitidas em
seguradoras autorizadas a operar em seguro
2017 e 2016 (que não estavam disponíveis
de pessoas e sobre os correspondentes planos
quando da elaboração do Guia de 2016)
de seguro ou de pecúlio.
Resoluções
Resolução CNSP nº 344,
Resolução CNSP nº 350, de 26 de dezembro de 2016
de 25 de setembro de 2017
Dispõe sobre o Seguro Rural e o Fundo de
Dispõe sobre as operações de aceite de Estabilidade do Seguro Rural - FESR, de sua
retrocessão por sociedades seguradoras e sua administração e controle por seu gestor, e dá
intermediação e dá outras providências. outras providências.

Resolução CNSP nº 349,


de 25 de setembro de 2017

Altera e consolida as regras de funcionamento


e os critérios para operação da cobertura por
sobrevivência oferecida em plano de
previdência complementar aberta e dá outras
providências.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  65


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução CNSP nº 343, fórmulas dispostas nos anexos I a VII da


de 26 de dezembro de 2016 Circular, observada a matriz de correlação
do anexo VIII da Circular, e o capital de
Altera as Resoluções: risco de subscrição das sociedades de
capitalização será calculado a partir dos
CNSP nº 321/2015, sobre os seguintes fatores de risco e das fórmulas dispostas
assuntos: nos anexos IX a XII da Circular, observada
a matriz de correlação do anexo XIII da
 A definição do patrimônio líquido ajustado
Circular.
(PLA): patrimônio líquido contábil ou
patrimônio social contábil, conforme o  Dos Critérios Mínimos para a Estimação
caso, ajustado por adições e exclusões, dos Fluxos de Caixa - No cálculo do capital
para apurar, mais qualitativa e de risco de mercado não deverão ser
estritamente, os recursos disponíveis que considerados fluxos de caixa relativos a: d)
possibilitem às supervisionadas imóveis e fundos de investimento
executarem suas atividades diante de imobiliários, exceto aqueles que atenderem
oscilações e situações adversas, devendo aos requisitos enumerados no § 2º do
ser líquido de ativos de elevado nível de artigo 64 desta Resolução, e os fluxos de
subjetividade de valoração ou que já caixa utilizados para apuração do capital
garantam atividades financeiras similares, de risco de mercado deverão ser
e de outros ativos cuja natureza seja estimados, no mínimo, quando do
considerada pelo órgão regulador como fechamento dos balanços de junho e
imprópria para resguardar sua solvência. dezembro.

 A Designação: As supervisionadas que não  Do Patrimônio Líquido Ajustado - A SUSEP


possuem Comitê de Auditoria deverão publicará instruções complementares para
designar um diretor estatutário que não o cálculo dos ajustes. E o disposto nos
contrarie as regras de acúmulo de funções artigos 67, 68 e 69 da Circular não será
estabelecidas nas normas vigentes para aplicado em caso de insuficiência de PLA
responder pelo acompanhamento, pela em relação ao capital mínimo requerido,
supervisão e pelo cumprimento das normas apurada no exercício de 2018, decorrente
e dos procedimentos de auditoria contábil exclusivamente das deduções mencionadas
independente previstos na regulamentação no caput, não ensejando nesse período as
em vigor. sanções e demais medidas administrativas
previstas.
 Dos Capitais de Risco Baseados nos Riscos
de Subscrição, Crédito, Operacional e  Do Capital Mínimo Requerido e do Plano de
Mercado - As seguradoras que, na data de Regularização de Solvência - liquidez em
início de vigência desta Resolução, já relação ao Capital de Risco (CR): situação
utilizavam os fatores reduzidos de risco caracterizada quando a supervisionada
constantes dos anexos I e II para cálculo apresentar montante de ativos líquidos, em
do capital de risco de subscrição terão excesso à necessidade de cobertura das
prazo de adaptação, a ser definido pela provisões técnicas, superior a 20% do CR,
SUSEP, para adequação aos novos critérios deduzido deste o valor do superávit de
estabelecidos na forma do caput. fluxos de prêmios/contribuições não
registrados apurado no Teste de
 Dos Capitais de Risco Baseados nos Riscos
Adequação de Passivos (TAP), limitado ao
de Subscrição - O capital de risco de
efeito no CR da parcela de risco de
subscrição das seguradoras e EAPC será
mercado relativa aos fluxos de prêmios e
calculado a partir dos fatores de risco e das
contribuições não registradas.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  66


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

 Do Plano de Regularização de Solvência - O Circular SUSEP nº 558,


PRS sujeitar-se-á à deliberação da de 27 de setembro de 2017
Diretoria de Supervisão de Solvência da
SUSEP, que resultará em sua aprovação ou Altera os prazos de recadastramento para os
rejeição, devendo ser notificada pela corretores de seguros e para as sociedades
Coordenação Geral competente e, no caso corretoras.
de rejeição, confirmada pelo Conselho
Diretor da SUSEP.  O período de recadastramento para as
sociedades corretoras será de 1º de
 Do Comitê de Auditoria - As março a 30 de agosto de 2018,
supervisionadas que tenham apresentado repetindo-se a cada três anos.
no encerramento dos dois últimos
exercícios sociais patrimônio líquido  O período de recadastramento para os
superior a R$500.000.000,00 ou Provisões corretores de seguros será de 1º de
Técnicas em montante superior a junho a 15 de dezembro de 2017,
R$700.000.000,00 deverão constituir repetindo-se a cada três anos.
órgão estatutário denominado “Comitê de
Auditoria”, até 31 de março do exercício
subsequente. E no caso de supervisionadas
Circular SUSEP nº 557,
participantes de conglomerado financeiro
de 18 de julho de 2017
ou grupo segurador, as condições previstas
no caput serão aplicáveis considerando a Revoga a Circular SUSEP nº 368, de 1º de
soma dos patrimônios líquidos ou das julho de 2008, e a Circular SUSEP nº 493, de
Provisões Técnicas de cada uma das 8 de agosto de 2014, que estabelece regras
supervisionadas participantes do para estruturação e envio da nota técnica
conglomerado financeiro ou grupo atuarial da carteira de automóveis e dá outras
segurador. providências; e dispõe sobre a Nota Técnica
Atuarial de Carteira que deverá ser
Resolução CNSP nº 342,
encaminhada quando do início de operação
de 26 de dezembro de 2016
em ramos de seguro e dá outras providências,
respectivamente.
Altera dispositivos da Resolução CNSP nº 332,
de 9 de dezembro de 2015, que dispõe sobre
Circular SUSEP nº 556,
o seguinte tema: Das condições tarifárias, os
de 10 de julho de 2017
prêmios tarifários por categoria e os
percentuais de repasse dos prêmios tarifários Dispõe sobre o Manual do Diretor Fiscal.
arrecadados, na forma da legislação vigente.
Circular SUSEP nº 555,
Circulares de 6 de julho de 2017

Circular SUSEP nº 559, Dispõe sobre o Manual do Interventor.


de 26 de outubro de 2017
Circular SUSEP nº 554,
Estabelece as regras básicas para a de 21 de junho de 2017
comercialização do Seguro de
Responsabilidade Civil de Hangares e Altera a Circular SUSEP nº 535, de 28 de abril
Operações Aeroportuárias, e disponibiliza, no de 2016, que estabelece a codificação dos
endereço eletrônico da SUSEP, as condições ramos de seguro e dispõe sobre a classificação
contratuais do Plano Padronizado desse das coberturas contidas em planos de seguro,
seguro. para fins de contabilização. Os registros dos
endossos e dos avisos de sinistros de ramos
em runoff poderão ser migrados até o final de

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  67


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

2017 para os ramos definidos, de acordo com dirigidos às sociedades seguradoras, empresas
a tabela de alocação dos ramos em runoff. E de capitalização, resseguradores locais,
os planos de seguro compostos relativos aos admitidos ou eventuais, às entidades abertas
Ramos Automóvel – Casco (0531) e Seguro de previdência complementar e às empresas
Auto Popular (0526) poderão oferecer em regime especial, mediante sua realização
exclusivamente, como coberturas agregadas, através da disponibilização na subseção
as coberturas relativas aos Ramos Assistência “Documentos para o Mercado”, na seção
e Outras Coberturas – Auto (0542), Acidentes “Informações ao Mercado” no sítio eletrônico
Pessoais de Passageiros – APP (0520) e oficial da Superintendência de Seguros
Responsabilidade Civil Facultativa Veículos – Privados (SUSEP) na Internet
RCFV (0553). (www.susep.gov.br), e dá outras providências.

Circular SUSEP nº 553, Circular SUSEP nº 548,


de 23 de maio de 2017 de 15 de março de 2017

Estabelece diretrizes gerais aplicáveis aos Altera a Circular SUSEP nº 328, de 13 de julho
seguros de responsabilidade civil de diretores de 2006, que dispõe sobre a remuneração de
e administradores de pessoas jurídicas liquidante, interventor, diretor fiscal e
(seguro de RCD&O) e dá outras providências. assistente em exercício nas sociedades
seguradoras, de capitalização e em entidades
Circular SUSEP nº 552, abertas de previdência complementar,
de 17 de maio de 2017 submetidas a um dos regimes especiais.
Houve inclusão do parágrafo: A condução dos
Dispõe sobre o recadastramento dos regimes especiais de Intervenção ou Direção
corretores de seguros, capitalização e Fiscal caberá a servidores ativos ou inativos
previdência complementar aberta, pessoas da SUSEP ou de outros órgãos da
físicas ou jurídicas e suas dependências. Administração Pública Federal Direta, suas
Autarquias e Fundações instituídas pelo Poder
Circular SUSEP nº 551,
Público Federal ou, ainda, Empresas Públicas
de 17 de maio de 2017
ou Sociedades de Economia Mista, bem como
os aposentados dessas entidades.
Dispõe sobre a emissão e distribuição das
carteiras de identidade profissional de
Circular SUSEP nº 547,
corretores de seguros.
de 23 de fevereiro de 2017
Circular SUSEP nº 550,
Dispõe sobre o Termo de Compromisso de
de 10 de maio de 2017
Ajustamento de Conduta (TCAC) no âmbito
das atividades relacionadas aos mercados de
Altera a Circular SUSEP nº 535, de 28 de abril
seguros, capitalização, previdência
de 2016, que estabelece a codificação dos
complementar aberta, resseguros e
ramos de seguro e dispõe sobre a classificação
corretagem de seguros.
das coberturas contidas em planos de seguro,
para fins de contabilização – Inclusão do
grupo de ramos 22 – Pessoas EFPC.

Circular SUSEP nº 549,


de 26 de abril de 2017

Estabelece, na forma do parágrafo único do


Art. 109 da Resolução CNSP nº 243/2011, o
procedimento para intimação, por meio de
equipamento de transmissão remota nos
Processos Administrativos Sancionadores
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  68
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Circular SUSEP nº 546, Lucro Líquido - Considera-se


de 23 de fevereiro de 2017 supervisionada recém-constituída aquela
cujo número de exercícios sociais
Suspende os efeitos da Circular SUSEP encerrados seja inferior a cinco, e a
n° 541, de 17 de outubro de 2016, que administração da sociedade supervisionada
estabelece diretrizes gerais aplicáveis aos é responsável pela avaliação, no mínimo
seguros de responsabilidade civil de diretores por ocasião do levantamento das
e administradores de pessoas jurídicas demonstrações financeiras, das
(seguro de RC D & O). possibilidades de realização dos créditos.

Circular SUSEP nº 545,  Da Estrutura Conceitual para Elaboração e


de 27 de janeiro de 2017 Divulgação de Relatório Contábil-
financeiro:
Estabelece critérios adicionais para oferta
preferencial de riscos aos resseguradores o Da Redução ao Valor Recuperável de
locais, em atendimento ao disposto no caput Ativos - As supervisionadas que não
do artigo 15 da Resolução CNSP nº 168, de 17 tiverem elaborado os estudos não se
de dezembro de 2007, referente à oferta eximem de realizar o teste de
preferencial a resseguradores locais de ao recuperabilidade sobre os créditos,
menos 40% de sua cessão de resseguro a quando aplicável, pelas normas
cada contrato automático ou facultativo. contábeis referendadas pela SUSEP e,
quando não houver o estudo técnico de
Circular SUSEP nº 544, que trata o Art. 167, o montante da
de 27 de dezembro de 2016 redução de que trata o caput
corresponderá à totalidade dos valores
Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis
a receber de determinado devedor,
a serem observadas pelas sociedades
independentemente de existirem outros
seguradoras, sociedades de capitalização,
valores a vencer desse mesmo devedor.
entidades abertas de previdência
complementar e resseguradores locais sobre o Dos Tributos – Aprova aplicação
os seguintes assuntos: integral das disposições e dos critérios
estabelecidos na interpretação técnica
 Da escrituração - A contabilização pela
ICPC 19.
vigência do risco deverá obedecer ao
período definido para cada cobertura o Do Limite de Ativo de Benefício
fornecida, e o lapso temporal entre a data Definido, Requisitos de Custeio
de assunção do risco através do (Funding) Mínimo e sua Interação –
representante de seguros e a data de Aprova aplicação integral das
registro do prêmio pela supervisionada não disposições e dos critérios estabelecidos
poderá ultrapassar o final do mês civil na interpretação técnica ICPC 20.
subsequente.
o Das Revisões de Documentos Emitidos
 Das demonstrações financeiras - Deverão pelo Comitê de Pronunciamentos
remeter à SUSEP, até 15 de março, apenas Contábeis - Aplicam-se integralmente
as cópias legíveis em meio digital dos as disposições e os critérios
exemplares publicados relativos às estabelecidos nas Revisões de
demonstrações financeiras referentes ao Pronunciamentos Técnicos nºs 1, 2, 3,
período de 1º de janeiro a 31 de 4, 5, 6, 7 e 8 emitidas pelo CPC.
dezembro.

 Dos Créditos Tributários, Prejuízo Fiscal e


Base Negativa de Contribuição Social sobre

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  69


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Circular SUSEP nº 543,  saldamento e opção de conversão em


de 22 de dezembro de 2016 renda deverão ser baseadas na experiência
observada pela seguradora, EAPC ou
Altera a Circular SUSEP nº 517, de 30 de julho ressegurador local, ou na de mercado,
de 2015, sobre os seguintes temas: quando não houver experiência própria,
limitada ao período máximo de cinco anos.
 Das Provisões de Prêmios: A Provisão de E caso o resultado final do TAP seja
Prêmios Não Ganhos (PPNG) deverá ser positivo e haja operações de resseguro
constituída para a cobertura dos valores a relacionadas às obrigações que geraram a
pagar relativos a sinistros e despesas a necessidade de constituição da Provisão
ocorrer, ao longo dos prazos a decorrer, Complementar de Cobertura (PCC), a
referentes aos riscos assumidos na data- supervisionada deverá efetuar o cálculo do
base de cálculo, obedecidos os seguintes TAP também para os respectivos ativos de
critérios: II - a base de cálculo resseguro, de forma análoga aos
corresponde ao valor do prêmio comercial, procedimentos aplicáveis às provisões
em moeda nacional, incluindo as operações técnicas. A seguradora, a EAPC ou o
de cosseguro aceito, bruto das operações ressegurador local deverá divulgar em nota
de resseguro e líquido das operações de explicativa às demonstrações financeiras
cosseguro cedido. os métodos, os procedimentos, as
premissas e os pressupostos utilizados na
 Das Provisões para Resgates: O fato
elaboração do TAP, bem como o valor do
gerador da constituição da provisão é o
efeito monetário resultante do dispositivo
mesmo fato gerador da contabilização das
previsto no § 2º do Art. 52.
receitas das operações de capitalização
definido pelas normas contábeis.  Dos Depósitos Judiciais Redutores: As
supervisionadas poderão deduzir da
 Do Teste de Adequação de Passivos (TAP):
necessidade de cobertura das suas
A definição - Dos produtos de acumulação:
provisões técnicas por ativos garantidores
produtos baseados na acumulação de
as parcelas dos depósitos judiciais
recursos, sem definição prévia do valor do
relacionadas às provisões técnicas. O valor
benefício contratado.
da parcela descrita no caput não poderá
exceder o montante da obrigação pendente
 Dos produtos de benefício definido:
de liquidação correspondente, líquido do
produtos em que o valor do benefício
ativo de resseguro ou retrocessão redutor.
contratado é previamente estabelecido.
 Dos Custos de Aquisição Diferidos
 Da Apuração do Resultado do TAP: As
Redutores: As seguradoras, as EAPCs e os
estimativas correntes dos fluxos de caixa
resseguradores locais poderão deduzir da
deverão considerar todos os riscos
necessidade de cobertura das suas
assumidos até a data-base do teste, sendo
provisões técnicas por ativos garantidores
brutas de resseguro para as seguradoras e
os custos de aquisição diferidos referentes
Entidades Abertas de Previdências
às despesas efetivamente liquidadas
Complementares (EAPCs) ou Sociedade
diretamente relacionadas ao valor de cada
Seguradora autorizada a instituir planos de
prêmio comercial registrado e diferidas
previdência complementar aberta e de
individualmente de acordo com a vigência
retrocessão para os resseguradores locais.
do respectivo risco abrangido pela PPNG
As premissas relacionadas a despesas,
constituída.
resgates, persistência, portabilidade,
seguro prolongado, benefício prolongado,

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  70


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

 Dos Pronunciamentos Técnicos Elaborados Orientações


pelo Instituto Brasileiro de Atuária (IBA): A
SUSEP adota o pronunciamento técnico Provisões Técnicas: Provisões Técnicas,
“CPA-004 – Provisão de Excedente atualizado: Agosto de 2017
Técnico” elaborado pelo IBA, no que não
contrariar os normativos aplicáveis, com a As orientações contidas no documento de
seguinte observação: O conceito de registro contábil das operações de resseguro
“despesas redutoras” apresentado no item que possuíam relação direta com esse
4 do pronunciamento citado no caput não documento (reavaliação de prêmio estimado
tem relação com o conceito de ativos prospectivo, fato gerador da Provisão de
redutores da necessidade de cobertura das Sinistros a Liquidar (PSL) de contratos
provisões técnicas, referindo-se apenas ao proporcionais, adiantamento de recuperação
processo de definição das receitas e de sinistros, diferimento dos prêmios de
despesas que devem impactar a apuração resseguro, apropriação integral do prêmio de
do excedente técnico. reintegração, Provisão de Excedentes Técnicos
(PET) – comissão escalonada e participação
Circular SUSEP nº 542, nos lucros) foram incorporadas, já
de 6 de dezembro de 2016 considerando os ajustes discutidos e
apresentados na Comissão Contábil e na
Determina critérios adicionais para Comissão Conjunta, e incorporando alguns
atendimento ao disposto no § 4º do Art. 14 da esclarecimentos adicionais.
Resolução CNSP nº 168, de 17 de dezembro
de 2007, referentes ao tratamento a ser dado Provisões Técnicas: Ativos redutores,
pela sociedade seguradora ou pelo atualizado: Agosto de 2017
ressegurador local à formalização contratual e
ao prêmio correspondente a cada contrato  No item 3.2.1 - Contratos Automáticos Não
automático ou facultativo. Proporcionais - foi reforçado que para os
ativos de resseguro de PPNG (total,
Instruções incluindo parcelas redutoras e não
redutoras) referentes a contratos
Instrução SUSEP nº 85, automáticos não proporcionais devem ser
de 8 de agosto de 2017 aplicados os mesmos conceitos do cálculo
da PPNG dos resseguradores (conforme já
Dispõe sobre a divulgação no sítio eletrônico esclarecido na resposta à pergunta nº 6), e
da SUSEP das decisões de primeira instância foram incluídos os mesmos exemplos que
proferidas no âmbito dos processos constam no documento de orientações
administrativos sancionadores. sobre provisões técnicas.

Instrução SUSEP nº 84,  As orientações contidas no documento de


de 5 de abril de 2017 registro contábil das operações de
resseguro que possuíam relação direta com
Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos esse documento foram incorporadas, já
créditos não quitados de órgãos e entidades considerando os ajustes discutidos e
federais - Cadin, de acordo com a Lei apresentados na Comissão Contábil e na
nº 10.522/2002. Comissão Conjunta.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  71


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Provisões Técnicas: Memórias de Cálculo das  Rodízio da firma de auditoria contábil


Análises da Coordenação de Monitoramento de independente: as diferenças entre as
Provisões Técnicas (COPRA), atualizado: normas de rodízio de auditoria
Agosto de 2017 independente entre diversos órgãos
reguladores. Foi proposto que o assunto
Publicação de novo documento contendo as fosse rediscutido.
memórias de cálculo das análises realizadas
pela COPRA.  Extinção dos Custos Iniciais de Contratação
(CICs) e atualização da orientação de
Ativos: Vinculação de Imóveis, Custos de Aquisição Diferíveis (CADs).
atualizado: Setembro de 2016 Devido à recente alteração da norma de
provisões técnicas, extinguiu-se a
Desde 12 de maio de 2016 (entrada em vigor possibilidade de os CICs dos novos
da Resolução CMN nº 4.444/2015) não são contratos emitidos a partir de 1º de janeiro
mais aceitas novas vinculações de imóveis de 2018 serem abatidos da PPNG
como ativos garantidores das Provisões constituída pelas supervisionadas. Nesse
Técnicas, e os imóveis que já estavam sentido, passaram a existir duas opções de
vinculados só serão aceitos como ativos contabilização dos CICs: ativação e
garantidores até 2 de novembro de 2017. diferimento pelo prazo de vigência do
Nenhum imóvel será considerado ativo risco, se forem atendidas as exigências da
garantidor a partir de 3 de novembro de 2017, orientação de CAD, ou apropriação direta
conforme determinado no Art. 31 do ao resultado como despesa do período em
regulamento da Resolução CMN que forem incorridos.
nº 4.444/2015.
Agência Nacional de Saúde Suplementar
Normas significativas em discussão (ANS) -principais regulamentações do
setor emitidas em 2017 e 2016 (que não
 Revisão do CPC 11. Aplicação da IFRS 9
estavam disponíveis quando da elaboração do
em conjunto com a IFRS 4.
Guia de 2016)

 Novos Pronunciamentos do CPC e a


Resoluções
Revisão 12 - Revisão de Pronunciamentos
Técnicos do CPC: Resolução Normativa nº 427,
de 26 de setembro de 2017
o Revogação do CPC 38 - Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Altera a Resolução Normativa (RN) nº 392, de
Mensuração (será substituído pelo 9 de dezembro de 2015, que dispõe sobre
CPC 48). Em breve, será colocada em aceitação, registro, vinculação, custódia,
audiência pública a Revisão nº 12, que movimentação e limites de alocação e de
irá prever que o CPC 38 permanecerá concentração na aplicação dos ativos
em vigor para as entidades emissoras garantidores das operadoras no âmbito do
de contratos de seguro apenas no caso sistema de saúde suplementar, e revoga a RN
de adoção da isenção temporária. nº 278, de 17 de novembro de 2011, que
institui o programa de conformidade
o Revogação do CPC 30 (R1) - Receitas
regulatória e dá outras providências.
(será substituído pelo CPC 47). Foi
solicitado aos representantes da Conforme inclusão dos seguintes itens: não
comissão que façam um levantamento seguem a proporção de um para um de que
dos impactos da sua adoção, sobretudo trata o caput os débitos do ressarcimento ao
no que diz respeito à receita sobre SUS dos Avisos de Beneficiários Identificados
serviços oferecidos em paralelo à (ABI) notificados e ainda sem a emissão das
cobertura de seguros. respectivas Guias de Recolhimento da União

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  72


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

(GRUs) pela ANS, cujo cálculo do valor a ser Conforme inclusão dos seguintes itens: III -
lastreado deverá ser feito conforme a seguinte relativas ao depósito: a) órgão jurisdicional à
fórmula: % histórico de cobrança (hc) x ABI disposição do qual foi efetuado o depósito;
notificados e ainda sem a emissão das b) número do processo judicial; c) tipo da
respectivas GRUs x (1 - Índice de Efetivo ação judicial; d) valor do depósito; e e) data
Pagamento ao Ressarcimento ao SUS), em do depósito.
que: b) o Índice de Efetivo Pagamento ao
Ressarcimento ao SUS corresponderá ao  Quando se tratar de Taxa de Saúde
percentual de efetivo pagamento Suplementar por plano de assistência à
administrativo das dívidas das operadoras de saúde (TPS), entre as informações
planos de saúde com o ressarcimento ao SUS, relativas ao débito, deverão ser
sendo divulgado mensalmente pela ANS em especificados os trimestres englobados
seu sítio institucional na Internet pelo depósito judicial, ou, se for o caso, a
(www.ans.gov.br) e calculado a partir da opção por cota única.
seguinte fórmula: (valores pagos + valores
 Quando se tratar de Taxas de Saúde
em parcelamento)/valores cobrados, sendo:
Suplementar por Atos (Taxas de Saúde
Suplementar por Registro de Produto
1. Valores pagos: correspondem à soma de
(TRP), Alteração de Dados de Operadora
valores originais de GRUs efetivamente
(TAO), Alteração de Dados de Produto
quitadas pelas operadoras, seja por meio
(TAP) ou Reajuste de Contraprestação
de pagamento direto ou conversão em
Pecuniária (TRC)), entre as informações
renda.
relativas ao débito, para os casos de novas
2. Valores em parcelamento: correspondem solicitações, deverão ser especificadas as
à soma de valores originais das GRUs que quantidades pretendidas de atos.
compõem parcelamentos deferidos.  Para depósitos referentes a débitos já
homologados, deverá ser especificado
3. Valores cobrados: correspondem à soma
ainda, caso o débito já esteja inscrito em
de valores originais das GRUs de
Dívida Ativa, o número da Certidão de
ressarcimento ao SUS.
Dívida Ativa (CDA).
Para fins de cálculo do Índice de Efetivo Resolução Normativa nº 425,
Pagamento ao Ressarcimento ao SUS, previsto de 20 de julho de 2017
na alínea “b” do § 2º do Art. 2º, os valores
relacionados a impedimentos judiciais ou Regulamenta o Programa de Regularização de
suspensos por depósito judicial não serão Débitos não Tributários (PRD) com a Agência
considerados no numerador. Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
instituído pela Medida Provisória nº 780, de 19
de maio de 2017.

Resolução Normativa nº 426, Resolução Normativa nº 424,


de 28 de agosto de 2017 de 27 de junho de 2017

Altera a Resolução Normativa (RN) nº 351, de Dispõe sobre critérios para a realização de
16 de junho de 2014, que define critérios para junta médica ou odontológica formada para
a suspensão da exigibilidade de créditos da dirimir divergência técnico-assistencial sobre
Agência Nacional de Saúde Suplementar procedimento ou evento em saúde a ser
(ANS) pelo depósito judicial de seu montante coberto pelas operadoras de planos de
integral diretamente comunicado à ANS pela assistência à saúde.
operadora de planos de saúde depositante.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  73


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução Normativa nº 423, Resolução Normativa nº 422,


de 16 de maio de 2017 de 26 de abril de 2017

Altera a Resolução Normativa (RN) nº 386, de Altera a Resolução Normativa nº 103, de 17


9 de outubro de 2015, que dispõe sobre o de junho de 2005, que dispõe sobre o
Programa de Qualificação de Operadoras. lançamento da Taxa de Saúde Suplementar,
instituída pela Lei nº 9.961, de 28 de janeiro
Conforme inclusão dos seguintes itens: - Dos de 2000, regulamenta o processo
Índices de Desempenho da Dimensão: Altera administrativo fiscal no âmbito da Agência
os percentuais do Índice de Desempenho de Nacional de Saúde Suplementar e dá outras
Saúde Suplementar (IDSS) da operadora, o providências.
qual é calculado a partir do somatório dos
índices de desempenho da dimensão de forma Conforme inclusão dos seguintes itens:
ponderada, sendo: I – 30% para a dimensão
da qualidade em atenção à saúde; II – 30%  Da Comunicação dos Atos: A intimação
para a dimensão de garantia de acesso; III – realizar-se-á: por via postal, remetida para
30% para a dimensão de sustentabilidade no os endereços constantes no cadastro de
mercado; e IV – 10% para a dimensão de operadoras da ANS, cuja entrega será
gestão de processos e regulação. comprovada pelo Aviso de Recebimento
(AR) ou documento equivalente, emitido
 Das Disposições Finais: A operadora pelo serviço postal, e devidamente
deverá divulgar o resultado do IDSS geral assinado; pessoalmente, pelo servidor a
e de cada uma das dimensões do Programa quem for conferida tal atribuição,
em seu sítio institucional na internet, no comprovando-se pelo ciente do intimado,
prazo máximo de 30 dias, contado da data seu representante ou preposto ou, no caso
de divulgação dos resultados pela ANS, a de sua ausência ou de recusa de aposição
partir do ano-base 2017, a ser processado de assinatura, pela declaração expressa de
e divulgado em 2018, contendo, no quem proceder à intimação; por meio
mínimo: I - o resultado do IDSS e suas eletrônico, conforme regulamentação
dimensões mais recentes, como divulgado editada pela ANS; por qualquer outro meio
pela ANS, e o respectivo ano avaliado em que assegure a certeza da ciência do
idêntico destaque; e II – o link do intimado, do seu representante ou
Programa no Portal da ANS. Os resultados preposto; ou por edital, a ser publicado
do IDSS a que se refere o caput deverão uma única vez no Diário Oficial da União,
ser mantidos no sítio institucional da quando restarem frustrados os meios de
operadora na internet até que sejam intimação previstos neste artigo ou quando
substituídos pelos resultados da divulgação registrada no cadastro da ANS a invalidade
do ano seguinte. do endereço, ou, ainda, no caso de
interessados indeterminados,
 O descumprimento do disposto no Art. desconhecidos ou com domicílio indefinido.
21-A sujeitará a operadora às sanções
administrativas cabíveis previstas nos Arts.  Da Fase Litigiosa do Processo
40 e 74-C da RN nº 124, de 30 de março Administrativo Fiscal: Esgotado o prazo de
de 2006, que dispõem sobre a aplicação de cobrança administrativa sem que tenha
penalidades para as infrações à legislação sido pago o crédito tributário, a Gerência
dos planos privados de assistência à saúde de Finanças (GEFIN) declarará o sujeito
(entrou em vigor na data de publicação). passivo devedor remisso e encaminhará o
processo à Procuradoria Federal com a ANS
para inscrição em dívida ativa e
ajuizamento da execução fiscal.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  74


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução Normativa nº 421, Resolução Normativa nº 418,


de 24 de março de 2017 de 28 de dezembro de 2016

Altera a Resolução Normativa (RN) n.º 405,  Altera os Anexos da Resolução Normativa
de 9 de maio de 2016, que dispõe sobre o (RN) nº 290, de 27 de fevereiro de 2012,
Programa de Qualificação dos Prestadores de que dispõe sobre o Plano de Contas Padrão
Serviço na Saúde Suplementar – QUALISS. para as operadoras de planos de
assistência à saúde, e altera a RN nº 173,
Resolução Normativa nº 420, de 10 de julho de 2008, que dispõe sobre a
de 15 de fevereiro de 2017 versão XML (Extensible Markup Language)
do Documento de Informações Periódicas
Altera a Resolução Normativa nº 364, de 11 das Operadoras de Planos de Assistência à
de dezembro de 2014, que dispõe sobre a Saúde (DIOPS/ANS).
definição de índice de reajuste pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a ser Conforme inclusão do seguinte item: Art. 4º -
aplicado pelas operadoras de planos de Fica dispensada, para o exercício de 2016, a
assistência à saúde aos seus prestadores de apresentação de nota explicativa nas
serviços de atenção à saúde em situações demonstrações financeiras, que constava do
específicas. item 9.1.1 do Capítulo I – Normas Gerais,
incluído no Anexo da RN nº 290, de 2012,
Conforme inclusão do seguinte item: - Ao pela RN nº 390, de 2 de dezembro de 2015.
índice de reajuste definido pela ANS será
aplicado um Fator de Qualidade a ser descrito Resolução Normativa nº 417,
através de Instrução Normativa: Para os de 23 de dezembro de 2016
profissionais de saúde, serão utilizados, na
composição do Fator de Qualidade, critérios Dispõe sobre o Plano de Recuperação
estabelecidos pela ANS, em parceria com os Assistencial e sobre o regime especial de
Conselhos Profissionais e/ou as associações de Direção Técnica, no âmbito do mercado de
âmbito nacional representativas de categoria saúde suplementar, e dá outras providências
profissional da área de saúde ou de (revoga a RN nº 256, de 2011).
especialidades da área de saúde, em grupo a
ser constituído para este fim. Resolução Normativa nº 416,
de 23 de dezembro de 2016
Resolução Normativa nº 419,
de 28 de dezembro de 2016 Dispõe sobre o Monitoramento do Risco
Assistencial sobre as operadoras de planos de
Altera a Resolução Normativa nº 392, de 9 de assistência à saúde.
dezembro de 2015, que dispõe sobre
aceitação, registro, vinculação, custódia,
movimentação e diversificação dos ativos
garantidores das operadoras no âmbito do
sistema de saúde suplementar e dá outras
providências.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  75


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

Resolução Normativa nº 415, aceitação, registro, vinculação, custódia,


de 29 de novembro de 2016 movimentação e limites de alocação e de
concentração na aplicação dos ativos
Altera o Regimento Interno da Agência garantidores das operadoras no âmbito do
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), sistema de saúde suplementar e dá outras
instituído pela Resolução Normativa (RN) providências.
nº 197, de 16 de julho de 2009, a RN nº 198,
de 16 de julho de 2009 (revogou a RN nº 278, Instrução Normativa nº 53/DIOPE,
de 2011). de 14 de março de 2017

Instruções Altera a Instrução Normativa nº 52, de 21 de


setembro de 2016, da Diretoria de Normas e
Instrução Normativa nº 53/DIPRO, Habilitação das Operadoras (DIOPE), que
de 20 de julho de 2017 dispõe sobre comunicação eletrônica entre a
Diretoria de Normas e Habilitação das
Regulamenta a visita técnico-assistencial para Operadoras (DIOPE) e as operadoras de plano
identificação de anormalidades assistenciais privado de assistência à saúde.
nas operadoras de planos de assistência à
saúde. Instrução Normativa nº 67/DIDES,
de 10 de março de 2017
Instrução Normativa nº 68/DIDES,
de 16 de maio de 2017 Regulamenta o monitoramento periódico para
verificar o cumprimento da Resolução
Altera a Instrução Normativa nº 60, de 9 de Normativa nº 389, de 26 de novembro de
outubro de 2015, da Diretoria de 2015, que dispõe sobre a transparência das
Desenvolvimento Setorial (DIDES), que informações no âmbito da saúde suplementar,
detalha a Resolução Normativa nº 386, de 9 estabelece a obrigatoriedade da
de outubro de 2015, a qual dispõe sobre o disponibilização do conteúdo mínimo
Programa de Qualificação de Operadoras e dá obrigatório de informações referentes aos
outras providências. planos privados de saúde no Brasil e dá outras
providências.
Instrução Normativa nº 15/DIFIS,
de 26 de abril de 2017 Instrução Normativa nº 3/Diretoria Colegiada,
de 10 de março de 2017
Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a
Diretoria de Fiscalização (DIFIS) e as Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a
operadoras de planos privados de assistência Coordenadoria de Recursos da Diretoria
à saúde. Colegiada (COREC) e as operadoras de planos
privados de assistência à saúde.
Instrução Normativa nº 54/DIOPE,
de 10 de abril de 2017 Instrução Normativa nº 66/DIDES,
de 15 de fevereiro de 2017
Estabelece hipótese de autorização prévia
anual para movimentação da carteira de Altera a Instrução Normativa nº 63, de 25 de
títulos e valores mobiliários, conforme previsto outubro de 2016, que dispõe sobre a
no Art. 13 da Resolução Normativa nº 392, de regulamentação dos parágrafos do artigo 7º
9 de dezembro de 2015, que dispõe sobre da Resolução Normativa nº 364, de 11 de

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  76


Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras

dezembro de 2014, que trata sobre o Fator de Instrução Normativa nº 50/DIPRO,


Qualidade a ser aplicado ao índice de reajuste de 23 de dezembro de 2016
definido pela ANS para profissionais de saúde,
laboratórios, clínicas e outros Regulamenta a Resolução Normativa nº 417,
estabelecimentos de saúde não hospitalares. de 22 de dezembro de 2016, para dispor, em
especial, sobre o Plano de Recuperação
Instrução Normativa nº 65/DIDES, Assistencial, sobre o regime especial de
de 13 de fevereiro de 2017 Direção Técnica e sobre o Programa de
Saneamento Assistencial no curso do regime
Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a especial de Direção Técnica, e revoga a
Diretoria de Desenvolvimento Setorial Instrução Normativa nº 33, de 6 de julho de
(DIDES) e as operadoras de planos privados 2011, da Diretoria de Normas e Habilitação
de assistência à saúde. dos Produtos (DIPRO).

Instrução Normativa nº 51/DIPRO, Instrução Normativa nº 49/DIPRO,


de 30 de janeiro de 2017 de 23 de dezembro de 2016

Regulamenta os Arts. 4º e 22 da Resolução Dispõe sobre as medidas administrativas


Normativa nº 171, de 29 de abril de 2008, decorrentes da avaliação das operadoras de
dispondo sobre as rotinas e o procedimento de planos de assistência à saúde no
solicitação e autorização para aplicação de Monitoramento do Risco Assistencial, a que se
reajuste das contraprestações pecuniárias dos refere a Resolução Normativa nº 416, de 22
planos individuais e familiares de assistência de dezembro de 2016.
suplementar à saúde que tenham sido
contratados após 1º de janeiro de 1999 ou
adaptados à Lei nº 9.656, de 3 de junho de
1998.

Instrução Normativa nº 52/DIPRO,


de 23 de janeiro de 2017

Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a


Diretoria de Normas e Habilitação dos
Produtos (DIPRO) e as operadoras de planos
privados de assistência à saúde.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  77


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  78


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Medida Provisória nº 806/2017 resgate de cotas, em decorrência do


término do prazo de duração ou do
O Governo brasileiro, em 30 de outubro de encerramento do fundo, se ocorridos em
2017, editou a Medida Provisória (“MP”) data anterior.
nº 806, prevendo novas regras de tributação
das aplicações em fundos de investimento e As taxas de IRRF a serem aplicadas
das operações em bolsa de valores, de seguem a tabela regressiva de 22,5% a
mercadorias e de futuros. 15%, dependendo da natureza do
investimento.
Tais alterações, sumariamente conforme a
própria exposição de motivos dessa MP,  Cisão, incorporação, fusão ou
objetivam “reduzir as distorções existentes transformação dos Fundos de Investimento
entre as aplicações em fundos de investimento
e aumentar a arrecadação federal por meio da A partir de 1º de janeiro de 2018, esses
tributação dos rendimentos acumulados pelas eventos serão considerados distribuição de
carteiras de fundos de investimento rendimentos aos cotistas e serão objeto de
constituídos sob a forma de condomínio incidência de IRRF.
fechado, os quais se caracterizam pelo
pequeno número de cotistas e forte  Fundo de Investimento em Participações
planejamento tributário.” (FIP)

Em suma, foram previstas as seguintes Foram previstas alterações conceituais


alterações: equiparando o conceito de FIP ao que está
regulamentado pela Comissão de Valores
 Fundos de investimento fechados Mobiliários (CVM).

A MP define como fundos na forma de Com essa alteração, aqueles fundos que se
condomínio fechado apenas aqueles que equiparam ao conceito trazido pela MP
não admitem resgate de cotas durante o manterão a sua tributação de 15% de
prazo de sua duração. Foi previsto que tais IRRF, com base na Lei nº 11.312, de 27 de
fundos (na forma de condomínio fechado) junho de 2006. Já os fundos que não se
passaram a ficar sujeitos à retenção de enquadram como entidades de FIPs devem
IRRF pela metodologia de “come-cotas”. ser equiparados às pessoas jurídicas para
Excepcionalmente, para o ano-calendário fins de tributação por exercerem atividades
2018, para fins de Imposto de Renda próprias de holding, devendo aqueles FIPs
Retido na Fonte (IRRF) esses rendimentos que não se qualificarem como entidades de
serão considerados pagos ou creditados investimento e que não tenham sido
em 31 de maio de 2018. distribuídos aos cotistas até 2 de janeiro de
2018 ficarem sujeitos à incidência do IRRF
A partir de 1º de junho de 2018, a a 15% e ser considerados pagos ou
incidência do IRRF sobre os rendimentos creditados aos seus cotistas em 2 de
auferidos por qualquer beneficiário, janeiro de 2018.
incluídas as pessoas jurídicas isentas, nas
aplicações em fundos de investimento ou A MP revogou a disposição que previa que,
em fundos de investimento em cotas no caso de Fundo de Empresas Emergentes
(constituídos sob a forma de condomínio e de FIP, os fundos deveriam ter a carteira
fechado) ocorrerá no último dia útil dos composta por 67% das ações de
meses de maio e novembro de cada ano, sociedades anônimas, debêntures
ou no momento da amortização ou do conversíveis em ações e bônus de

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  79


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

subscrição. Desse modo, passou a Receita Federal disciplina a tributação de


prevalecer a disposição da CVM nº 578, remessa ao exterior em arrendamento de
segundo a qual são consideradas FIPs as aeronaves – IN nº 1.664/16
entidades que detenham 90% dos
investimentos em ações ou em ativos A Receita Federal editou a Instrução
conversíveis em ações de sociedades Normativa – IN nº 1.664, de 11 de outubro de
anônimas ou Ltda. 2016, visando esclarecer a alíquota aplicável
sobre pagamentos remetidos ao exterior a
 FIP – Alienação de participações título de contraprestação de arrendamento de
aeronaves estrangeiras.
Ainda, foi inserido que, para fins de
apuração do IRRF, os recursos obtidos Foi estabelecido que, no caso de remessa ao
pelos FIPs na alienação de qualquer exterior, a título de pagamento de
investimento serão considerados como arrendamento de aeronave efetuado por
distribuídos aos cotistas, empresa de transporte aéreo público regular,
independentemente do tratamento previsto a alíquota será reduzida a zero até 2022,
no regulamento a ser dado a esses inclusive no caso de ser destinada a país com
recursos. Dessa forma, sob a alienação de tributação favorecida, em observância à regra
investimentos detidos pelos FIPs esses do § 3º do Art. 6º da IN RFB nº 1.455, de
valores devem ser considerados como 2014.
distribuídos e tributados pelo IRRF para o
montante que superar o capital Por outro lado, no caso de remessa para o
integralizado nos fundos. exterior a título de pagamento de
arrendamento de aeronave efetuado pelas
 Fundos de Investimento Imobiliário (FII) demais empresas, deve ser observada a regra
prevista no Art. 2º da IN RFB nº 1.455, de
O “come-cotas” também passará a ser 2014, que também estabelece alíquota zero.
aplicado aos investimentos em FII. Entretanto, no caso de a remessa destinar-se
a país com tributação favorecida, a alíquota
 Fundos de Investimento em Ações (FIA) e incidente é de 25%.
Fundos de Investimento em Direitos
Creditórios (FIDC) Ainda, a IN nº 1.664 disciplinou que a
responsabilidade pela retenção e pelo
Os créditos relativos a FIDC e FIA não recolhimento do imposto de renda incidente
foram alterados pela MP nº 806/2017. sobre o ganho de capital em operações de
incorporação de ações que envolvam valores
As alterações terão vigência a partir de janeiro
mobiliários de titularidade de investidores
de 2018 se essa MP for convertida em Lei
estrangeiros é da empresa incorporadora no
durante o ano-calendário 2017. Caso
Brasil.
contrário, tais alterações dependerão da
conversão dessa MP em Lei no ano-calendário
2018, com efeitos a serem regulamentados
pela própria Lei.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  80


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Regulamentação do procedimento O requerimento deverá ser apresentado à RFB


amigável no âmbito de Convenções e mediante utilização do Formulário de
Acordos Internacionais para evitar a Requerimento de Instauração de
dupla tributação – IN nº 1.669/16 Procedimento previsto no Anexo I da
respectiva IN.
A Receita Federal do Brasil (RFB) editou a
Instrução Normativa (IN) nº 1.669, de 9 de Caso o procedimento amigável envolva crédito
novembro de 2016, visando regulamentar o tributário passível de restituição, o requerente
procedimento amigável a ser aplicado pelos deverá apresentar pedido de restituição do
contribuintes em sede de Convenções e de crédito mediante utilização do formulário
Acordos Internacionais destinados a evitar a constante no Anexo III.
dupla tributação da renda de que o Brasil seja
signatário. Por fim, na hipótese de chegar-se a uma
solução, ainda que parcial, a RFB emitirá
O Brasil detém diversos Acordos destinados a despacho de implementação conferindo
evitar a dupla tributação (ADT); nesses validade à solução encontrada.
Acordos, usualmente, há a previsão de
procedimento formal para ser adotado na Alterações da tributação dos resultados
hipótese de ocorrerem medidas, provocadas auferidos no exterior – IN nº 1.674/2016
pelo Brasil ou pelo outro país signatário, que
possam acarretar um confronto com o A Receita Federal publicou a IN nº 1.674, de
respectivo ADT. 28 de novembro de 2016, alterando a IN
nº 1.520/2014, que regulamenta a tributação
Neste contexto, essa IN veio estabelecer de lucros no exterior.
regulamentação específica para esse processo
de consulta. A IN nº 1.674/2016 previu que a investidora
domiciliada no Brasil poderá tributar o lucro de
De acordo com o disposto na mencionada sua coligada, domiciliada no exterior, pelo
IN nº 1.669/2016, o contribuinte pode dar regime de caixa, independentemente da
início ao requerimento quando considerar que existência dos seguintes fatores:
medidas tomadas pelos Estados Contratantes
conduzem, em relação ao requerente, à (i) A coligada esteja sujeita a regime de
tributação em dissonância com o ADT de que subtributação;
os Estados sejam signatários.
(ii) A coligada esteja localizada em país ou
Vale dizer que esse procedimento pode ser dependência com tributação favorecida,
composto por duas fases, alternativamente: ou seja beneficiária de regime fiscal
privilegiado, de que tratam os Arts. 24 e
a) fase unilateral, na qual a RFB recebe e 24-A da Lei nº 9.430, de 1996; e
efetua a análise interna do requerimento
e, se possível, finaliza o procedimento; ou (iii) A coligada seja controlada, direta ou
indiretamente, por pessoa jurídica
b) fase bilateral, na qual a RFB aciona o submetida a tratamento tributário de
outro Estado Contratante para buscar uma subtributação.
solução para o caso.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  81


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Conforme disposto na mencionada IN, essa trata o § 17 do Art. 74 da Lei nº 9.430, de


opção de tributação dos resultados auferidos 1996, calculada sobre o valor do débito objeto
no exterior, por meio do regime de caixa, é de declaração de compensação não
irretratável e será manifestada na ECF, não homologada, e de outras penalidades cabíveis.
sendo admissível retificação futura, e não se
aplica às hipóteses em que a pessoa jurídica Declaração País-a-país (Country by
coligada domiciliada no Brasil é equiparada à country report) – IN nº 1.681/2016
controladora.
Em 28 de dezembro de 2016, a RFB editou a
Por fim, a IN nº 1.674/2016 dispôs também IN nº 1.681 instituindo as regras para que as
que os saldos referentes ao Resultado pessoas jurídicas, pertencentes a grupos
Positivo, ou Negativo, auferido em investida multinacionais, divulguem informações
(coligada ou controlada) domiciliada no relativas ao Grupo Multinacional a que
exterior serão controlados, especificamente, pertencem, por meio da Declaração País-a-
em subconta auxiliar, e tal valor será revertido país.
da subconta auxiliar no ano-calendário
seguinte. Anteriormente a tal redação havia a Essa IN entrou em vigor a partir de janeiro de
interpretação de que as subcontas 2017 e a Declaração País-a-país deve ter sido
permaneceriam com os saldos históricos dos incluída na Escrituração Contábil Fiscal (ECF),
Resultados Positivos ou Negativos dos relativa ao ano-calendário 2016, entregue até
investimentos em investidas domiciliadas no o último dia útil de julho de 2017.
exterior.
De acordo com as disposições dessa IN, estão
Alteração das regras de ressarcimento de obrigadas à entrega da Declaração País-a-país
créditos de PIS/COFINS e IPI as empresas que:
relacionados à exportação – IN nº
(i) sejam controladoras finais de grupo
1.675/2016
multinacional; ou
A IN nº 1.675, de 29 de novembro de 2016,
(ii) sejam entidade substituta, na hipótese de
efetuou alterações na IN nº 1.060/2010, que
o controlador final do grupo multinacional
prevê regras para o ressarcimento de créditos
ser residente para fins tributários no
de PIS/COFINS e IPI vinculados à receita de
exterior, e verificar-se pelo menos uma
exportação.
das seguintes condições:
Entre as alterações destacamos que houve
 caso o controlador final do grupo
modificação do requisito para liberação de
multinacional não seja obrigado a
50% do valor do ressarcimento, em até 30
entregar a Declaração País-a-país em
dias do Pedido de Ressarcimento. Atualmente,
sua jurisdição;
a pessoa jurídica deverá comprovar que, no
ano-calendário anterior, exportou valor igual
 caso a jurisdição do controlador final
ou superior a 10% de sua receita bruta total
possua acordo internacional com o
de venda de bens e serviços (antes era 30%).
Brasil, mas não possua Acordo de
Autoridades Competentes com o País
Adicionalmente, também ficou consignada na
até o prazo final de entrega da
IN nº 1.675/2016 a previsão de que, no caso
Declaração País-a-país; ou
de haver irregularidades (como débitos
existentes) superiores a 30% do valor
 caso tenha ocorrido falha sistêmica da
solicitado, poderá ser exigido o valor
jurisdição de residência para fins
indevidamente ressarcido pela RFB, sem
tributários do controlador final.
prejuízo da aplicação da multa isolada de que

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  82


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Estiveram dispensadas da entrega da Estabelecimento da obrigatoriedade de


Declaração País-a-país as entidades identificação do beneficiário final (pessoa
integrantes de grupos multinacionais cuja natural) - IN nº 1.684/2016
receita total anual, relativa ao ano-calendário
2015, foi inferior a R$2,3 bilhões ou €750 A RFB publicou a IN nº 1.684, em 29 de
milhões, conforme refletido nas dezembro de 2016, com o objetivo de que
demonstrações financeiras consolidadas do todas as pessoas jurídicas, a partir do
controlador final. cadastro do CNPJ, passem a identificar o
beneficiário final, pessoa natural, em um
Excepcionalmente estiveram dispensadas da intuito precípuo de compartilhamento mútuo
entrega da Declaração País-a-País entregue de informações em nível mundial.
em 2017, relativamente ao ano-calendário
2016, as pessoas jurídicas pertencentes a Segundo informações divulgadas pela Receita
grupos multinacionais cujo período societário Federal, essa norma foi criada após estudos
da pessoa jurídica controladora final diverge da Estratégia Nacional de Combate à
de janeiro a dezembro de 2016. Corrupção e à Lavagem de Dinheiro
(ENCCLA), que constataram a dificuldade de
Todavia, em ambos os casos de dispensa, as autoridades policiais e judiciais em identificar
pessoas jurídicas pertencentes a grupos os beneficiários finais das empresas.
multinacionais foram obrigadas a identificar a
qual Grupo Multinacional pertencem, qual a Com a edição dessa IN, a partir de 1º de
razão social da Pessoa Jurídica Controladora janeiro de 2017, os novos CNPJs devem
Final e qual o Tax Identification Number (TIN) identificar o beneficiário final pessoa natural,
da Controladora Final, equivalente ao código mesmo que este se encontre fora do país.
CNPJ no Brasil, no Bloco W da ECF do ano- Para as pessoas jurídicas já existentes o prazo
calendário 2016. para prestar essa informação é até 31 de
dezembro de 2018.
Alteração do conceito de regime fiscal
privilegiado para empresas situadas na Todavia, ficou consignado nessa IN que, caso
Áustria as pessoas jurídicas já existentes até o final
de 2016 promovam alterações cadastrais a
A RFB editou a IN nº 1.683, de 29 de partir de 1º de julho de 2017, deverão
dezembro de 2016, alterando o disposto na IN informar o beneficiário final no cadastro do
nº 1.037/2010 para esclarecer que serão CNPJ, nos termos previstos pelo Art. 52 da IN
consideradas como regime fiscal privilegiado nº 1.684/2016.
as pessoas jurídicas situadas na Áustria
constituídas sob a forma de holding company A penalidade prevista pela não informação do
que não exerçam atividade econômica beneficiário final corresponde ao disposto no
substantiva. Art. 29 da IN nº 1.634/2016, segundo o qual
poderá ser baixada de ofício a inscrição no
Anteriormente à edição dessa IN CNPJ da entidade se o contribuinte não tiver
nº 1.683/2016, a RFB havia publicado a IN regularizado a sua situação no prazo de 60
nº 1.658/2016 dispondo que seriam dias contado da data da publicação da
consideradas como regime fiscal privilegiado intimação.
todas as pessoas jurídicas situadas na Áustria
constituídas sob a forma de holding company.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  83


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Encerramento de benefícios fiscais em Publicação da Instrução Normativa


2016 e não renovação para 2017 em nº 1.700/2017
diante
Em 14 de março de 2017, a RFB publicou a IN
Até o final do ano-calendário 2016 foram nº 1.700/2017, revogando a IN
vigentes benefícios fiscais de cinco setores nº 1.515/2014.
econômicos, os quais não foram renovados
para o ano-calendário 2017 e subsequentes; A IN nº 1.515/2014, entre outras disposições,
são eles: regulamentava os efeitos da Lei
nº 12.973/2014, que pôs fim ao Regime
(i) crédito presumido de PIS/COFINS para Tributário de Transição (RTT) e disciplinava o
importadores ou produtores de álcool; procedimento a ser adotado quanto ao cálculo
de Adoção Inicial para as empresas detentoras
(ii) Regime Especial de Incentivos para o de ajustes de RTT até 31 de dezembro de
Desenvolvimento de Infraestrutura da 2014 (ou até 31 de dezembro de 2013 para
Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, aquelas pessoas jurídicas que fizeram a
Nordeste e Centro-Oeste (Repenec); adoção antecipada da Adoção Inicial).

(iii) incentivos de PIS/COFINS e IPI para Em linhas gerais, a IN nº 1.700/2017 não


implantação de rede banda larga; promoveu alterações significativas quanto à
redação anterior da IN nº 1.515/2014, mas
(iv) dedução do IRPJ sobre a aquisição de promoveu a consolidação de uma quantidade
Vale Cultura; e expressiva de regras fiscais relacionadas à
apuração do IRPJ e da CSLL.
(v) desoneração das alíquotas de PIS/COFINS
de jornais e periódicos. Tal como a anterior IN nº 1.515/2014, a IN
nº 1.700/2017 trouxe em seus dispositivos
Percentual de presunção da receita de
previsão de como as empresas detentoras de
juros e multa – lucro presumido -
Adoção Inicial devem proceder para a
atividade imobiliária
demonstração dos saldos de Adoção Inicial
nas respectivas subcontas.
A RFB, por meio da Solução de Consulta nº 41
COSIT, de 19 de janeiro de 2017, manifestou
Todavia, houve uma inovação, com a inserção
entendimento de que para fins de apuração da
da alínea “m” no Anexo VIII referente à
base de cálculo do IRPJ, pela sistemática do
“Utilização de Subcontas de Adoção Inicial –
lucro presumido, será aplicado o percentual de
Diferença na Depreciação Acumulada”.
8%, de que trata o Art. 15 da Lei
nº 9.249/1995, às receitas de juros e multa Essa alínea “m” permitiu que o contribuinte
de mora decorrentes do atraso no pagamento deixasse de fazer os ajustes de Adoção Inicial
de prestações. nas apurações do IRPJ e da CSLL
subsequentes a 1º de janeiro de 2015¹,
Essas receitas auferidas devem ser relativas à
relativamente àqueles que adicionavam a
comercialização de imóveis e recebidas por
depreciação contábil e excluíam a depreciação
pessoa jurídica que explore atividade
com base nas taxas “fiscais” (disposta pela IN
imobiliária, referentes a loteamento de
nº 162/1998), via ajuste de RTT, até 31 de
terrenos, incorporação imobiliária, construção
dezembro de 2014; todavia, não possibilitou à
de prédios destinados à venda, bem como à
Sociedade deixar de ter o controle de
venda de imóveis construídos ou adquiridos
subcontas com a respectiva demonstração da
para a revenda, desde que esses acréscimos
realização dos saldos de Adoção Inicial.
sejam apurados por meio de índices ou
coeficientes previstos em contrato.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  84


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Em outras palavras, essa alínea “m” permitiu (i) Gratificações pagas a administradores:
que o contribuinte deixasse de adicionar o Dedutibilidade das gratificações pagas a
valor da realização da adoção inicial, calculado dirigentes na base de cálculo da CSLL. No
pelo valor diferido até 31 de dezembro de Anexo I da IN nº 1.700/2015 foi
2014 dividido pela vida útil remanescente estabelecido que o pagamento de
contábil do bem, na apuração do IRPJ e da gratificações e/ou participação nos
CSLL. Todavia, não dispensou o controle da resultados a administradores é dedutível
evidenciação de tais saldos em subcontas de para fins de CSLL, permanecendo, tão
Adoção Inicial. somente, o reconhecimento da
indedutibilidade para fins de IRPJ.
A IN nº 1.700/2017 também revogou a IN
nº 162/1998, que fixava o prazo de vida útil e (ii) Aluguéis: Dedutibilidade, para fins de
a taxa de depreciação dos bens que relaciona CSLL, dos valores de aluguéis que não
e passou a dispor os prazos conforme o Anexo atenderem às condições do caput do Art.
III da mencionada IN nº 1.700/2017. 71 da Lei nº 4.506, de 1964, da parcela
que exceder ao preço ou valor de
Ainda, a IN nº 1.700/2017 dispôs em seus mercado dos aluguéis pagos a sócios ou
Anexos I e II tabelas sumárias de dirigentes de empresas e a seus parentes
determinados itens que devem ser ajustados ou dependentes, permanecendo a
nas apurações do IRPJ e da CSLL e quais as indedutibilidade para fins de IRPJ.
suas respectivas aplicabilidades para o
imposto de renda e a contribuição social. (iii) Despesas de propaganda: Dedutibilidade
das despesas de propaganda que não
Esses Anexos I e II trouxeram uma clara atendam às condições previstas no Art.
tendência da RFB a reconhecer que, para 54 da Lei nº 4.506, de 1964, para fins de
aqueles casos em que não há uma previsão CSLL e indedutibilidade para fins de IRPJ.
expressa de indedutibilidade para fins de
CSLL, tal ajuste não é aplicável, afastando a (iv) Royalties: Dedutibilidade dos valores de
interpretação de que o Art. 57 da Lei royalties e assistência técnica, científica e
nº 8.981/1995 prevê tratamento equivalente administrativa para fins de CSLL e
de base de cálculo do IRPJ para a CSLL e não indedutibilidade, nos casos em que
de sistemática de apuração. Trazemos a determina², para fins de IRPJ, entre eles
seguir os principais exemplos constantes nos o limite de dedutibilidade de até 5% do
Anexos I e II: valor da receita líquida de vendas de
produtos patenteados.

¹
A data de 1º de janeiro de 2015 para realização dos saldos de Adoção Inicial é aplicável para as pessoas jurídicas que
não fizeram a antecipação dos efeitos da Adoção Inicial para 1º de janeiro de 2014.
²
As regras de dedutibilidade para fins de IRPJ estão previstas:
(i) nos Arts. 52 e 71, caput, alínea “a”, e parágrafo único, alíneas “c” a “g”, da Lei nº 4.506, de 1964;
(ii) no Art. 50 da Lei nº 8.383, de 1991;
(iii) no Art. 74, caput, da Lei nº 3.470, de 1958;
(iv) no Art. 12 da Lei nº 4.131, de 1962; e
(v) no Art. 6º do Decreto-Lei nº 1.730, de 1979.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  85


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Majoração da alíquota do IOF em Conforme informações divulgadas no site da


operações específicas – Decreto Receita Federal, a EFD-Reinf tem por objetivo
nº 9.017/2017 substituir a GFIP referente às informações
tributárias previdenciárias prestadas nesses
Em 30 de março de 2017 foi publicado o instrumentos e que não estão contempladas
Decreto nº 9.017, instituindo o acréscimo da no eSocial; em um momento posterior, o
alíquota adicional de 0,38% do IOF incidente intuito é que a EFD-Reinf substitua também a
sobre determinadas operações de crédito; a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido
seguir destacamos as principais, cujas na Fonte (DIRF).
operações estavam à alíquota zero
anteriormente, vejamos: A EFD-Reinf contém todas as retenções do
contribuinte sem relação com o trabalho, bem
(i) operações em que figure como tomadora como as informações sobre a receita bruta
cooperativa, observado o disposto no Art. para a apuração das contribuições
45, inciso I; previdenciárias substituídas.

(ii) operações ligadas à exportação, bem Entre as informações prestadas através da


como de amparo à produção ou estímulo EFD-Reinf, destacam-se aquelas associadas:
à exportação;
 aos serviços tomados/prestados mediante
(iii) operações relativas a empréstimo de cessão de mão de obra ou empreitada (Art.
título público, quando esse permanecer 31 da Lei nº 8.212/91);
custodiado no Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (SELIC) e servir  às retenções na fonte (IR, CSLL, COFINS e
de garantia prestada a terceiro na PIS/PASEP) incidentes sobre os
execução de serviços e obras públicas; pagamentos diversos efetuados a pessoas
físicas e jurídicas;
(iv) operações relativas à transferência de
bens objeto de alienação fiduciária, com  às empresas que se sujeitam à CPRB
sub-rogação de terceiro nos direitos e nas (conforme a Lei nº 12.546/2011);
obrigações do devedor, desde que
mantidas todas as condições financeiras  à comercialização da produção e à
do contrato original; apuração da contribuição previdenciária
substituída pelas agroindústrias e pelos
(v) operações relativas ao adiantamento demais produtores rurais pessoa jurídica; e
sobre o valor de resgate de apólice de
seguro de vida individual e de título de  aos recursos recebidos/repassados para
capitalização; e associação desportiva de equipe de futebol
e entidades promotoras de evento
(vi) operações resultantes de repasse de profissional.
recursos de fundo ou programa do
Governo Federal vinculado à emissão A EFD- Reinf terá a sua vigência:
pública de valores mobiliários, etc.
 a partir de 1º de janeiro de 2018, caso o
EFD-Reinf – Retenções na Fonte (IR, faturamento da pessoa jurídica no ano
CSLL, COFINS e PIS/PASEP) 2016 tenha sido superior a R$78 milhões;
ou
A Instrução Normativa RBF nº 1.701, de 14 de
março de 2017, instituiu a Escrituração Fiscal  a partir de 1º de julho de 2018, caso o
Digital de Retenções e outras Informações faturamento da pessoa jurídica no ano
Fiscais (EFD-Reinf). 2016 tenha sido de até R$78 milhões.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  86


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

O prazo mensal de envio será até o dia 20 do  declaração de que os bens, recursos, ou
mês subsequente, exceto para as entidades direitos decorrem de atividade econômica
promotoras de espetáculos desportivos, que lícita.
deverão transmitir as informações
relacionadas ao evento no prazo de até dois A adesão ao RERCT dar-se-á pelo atendimento
dias úteis após a sua realização. das seguintes condições:

Por fim, destacamos que a RFB publicou, em (i) apresentação de Declaração de


11 de setembro de 2017, Nota Técnica Regularização Cambial e Tributária
informando que o evento da EFD-Reinf que (Dercat), em formato eletrônico;
colherá informações a respeito de Retenções
na Fonte, denominado “R-2070 - Retenções (ii) pagamento integral do imposto sobre a
na Fonte - IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP”, não renda à alíquota de 15% incidente sobre
estará disponível para o início da primeira o valor total em real dos recursos objeto
entrada em produção, em janeiro de 2018. de regularização; e
Dessa forma, apenas esse Registro não será
(iii) pagamento integral da multa de
informado a partir de janeiro de 2018; os
regularização em percentual de 135% do
demais deverão ser transmitidos nos moldes
imposto sobre a renda apurado.
previstos no Manual.

Regulamentando a Lei nº 13.428, foi editada a


Prorrogação de prazo para a entrega do
IN nº 1.704, em 31 de março de 2017,
RERCT
estabelecendo como data-limite para adesão
Em 30 de março de 2017, foi publicada a Lei ao RERCT até 31 de julho de 2017. O
nº 13.428, para reabrir o prazo para a entrega pagamento integral do imposto e da multa,
do RERCT pelo prazo de 120 dias. mencionados nos itens (ii) e (iii) acima,
poderá ser efetuado até o último dia útil do
O RERCT visa à declaração voluntária de prazo para entrega do RERCT, qual seja: até o
recursos, bens ou direitos de origem lícita, não dia 31 de julho de 2017.
declarados ou declarados com omissão ou
incorreção, remetidos ou mantidos no Remessas a título de pagamento de Frete
exterior, ou repatriados por residentes ou Internacional ADI nº 04/2017
domiciliados no país, existentes em data
A RFB editou o Ato Declaratório Interpretativo
anterior a 30 de junho de 2016.
(ADI) nº 04, de 13 de abril de 2017, prevendo
O RERCT é aplicável aos residentes ou que os rendimentos pagos, creditados,
domiciliados no Brasil em 31 de dezembro de entregues, empregados ou remetidos por
2014, e a declaração deverá conter: fonte situada no Brasil a pessoas jurídicas
residentes no exterior pela exploração de
 identificação do declarante; serviços de transporte internacional serão
tributados conforme Acordo ou Convenção
 identificação dos bens, recursos, ou para evitar a dupla tributação de renda.
direitos a serem regularizados;
Com esse ADI, não deverá haver incidência de
 valor, em real, dos bens, recursos, ou IRRF sobre serviços de transporte
direitos; e internacional quando houver acordo para
evitar a dupla tributação.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  87


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Não aplicabilidade da informação das Os créditos de Prejuízo Fiscal e Base de


remessas de juros de empréstimos no Cálculo Negativa de CSLL que podem ser
Siscoserv IN nº 1.707/2017 utilizados são aqueles apurados até 31 de
dezembro de 2015 e declarados até 29 de
Foi publicada a IN nº 1.707, de 17 de abril de julho de 2016, próprios ou de empresas
2017, para esclarecer que não deverão ser controladora e controlada, de forma direta ou
informados no Siscoserv (obrigação instituída indireta.
por meio da IN nº 1.277, de 28 de junho de
2012) os valores dos juros decorrentes das As liquidações dos débitos poderão ser
operações de empréstimos e financiamentos efetuadas, a depender da opção escolhida pelo
realizadas entre residentes ou domiciliados no contribuinte, com redução de multa e juros,
Brasil e residentes ou domiciliados no exterior. com percentuais que variam de 25% a 70%
de redução de multa e com percentuais que
Ainda, esclarece a mencionada IN variam de 50% a 90% de redução de juros,
nº 1.707/2017 que não devem ser aplicadas conforme as previsões a seguir:
multas pela não informação dos juros
atrelados a empréstimos, ainda que em Dívida total igual ou inferior a R$15 milhões
relação aos anos-calendário anteriores.
1 - Pagamento à vista e em espécie de, no
Parcelamento de débitos federais - PERT mínimo, 20% do valor da dívida consolidada,
sem redução, em cinco parcelas, vencíveis de
Foi instituído, em 2017, o Programa Especial agosto a dezembro de 2017, e do restante
de Regularização Tributária (PERT), para com utilização de créditos de prejuízo fiscal e
parcelamento de débitos federais detidos por base de cálculo negativa da CSLL, ou com
pessoa física ou jurídica, de direito público ou outros créditos próprios relativos a tributo
privado, no âmbito da Secretaria da Fazenda administrado pela RFB, podendo ser parcelado
Federal e/ou da Procuradoria-Geral da o saldo remanescente em até cinco anos.
Fazenda.
2 - Pagamento da dívida consolidada em até
Tal parcelamento está disposto na Lei 120 prestações mensais e sucessivas,
nº 13.496, de 24 de outubro de 2017, e calculadas mediante a aplicação dos seguintes
regulamentado pela IN nº 1.711, de 16 de percentuais mínimos sobre o valor da dívida
junho de 2017. consolidada:

A adesão ao PERT ocorrerá por meio de a) da 1ª à 12ª prestação: 0,4%;


requerimento efetuado até o dia 14 de
novembro de 2017, para os débitos b) da 13ª à 24ª prestação: 0,5%;
inadimplidos até 30 de abril de 2017,
abrangendo inclusive aqueles débitos objeto c) da 25ª à 36ª prestação: 0,6%; e
de parcelamentos anteriores rescindidos ou
ativos, em discussão administrativa ou d) da 37ª prestação em diante: percentual
judicial, ou provenientes de lançamentos de correspondente ao saldo remanescente,
ofício efetuados. em até 84 prestações mensais e
sucessivas.
Os débitos abrangidos pelo PERT poderão ser
liquidados por meio da escolha do 3 - Pagamento à vista e em espécie de, no
contribuinte, com base na seleção de uma das mínimo, 5% do valor da dívida consolidada,
alternativas previstas pela legislação, sem redução, em cinco parcelas mensais e
permitindo, inclusive, a utilização de créditos sucessivas, vencíveis de agosto a dezembro
de Prejuízo Fiscal e Base de Cálculo Negativa de 2017, e o restante:
de CSLL, ou de outros créditos próprios
relativos a tributo administrado pela RFB.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  88


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

a) liquidado integralmente em janeiro de Já no caso da opção prevista no item 3 acima,


2018, em parcela única, com redução de o valor equivalente à antecipação será quitado
90% dos juros de mora e de 70% das da seguinte forma:
multas de mora, de ofício ou isoladas;
a) até 14 de novembro de 2017, o valor
b) parcelado em até 145 parcelas mensais e equivalente a 3% da dívida consolidada
sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de sem reduções, referente às parcelas de
2018, com redução de 80% dos juros de agosto, setembro e outubro de 2017;
mora e de 50% das multas de mora, de
ofício ou isoladas; ou b) até o último dia útil de novembro de 2017,
o valor equivalente a 1% da dívida
c) parcelado em até 175 parcelas mensais e consolidada sem reduções, referente à
sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de parcela de novembro de 2017; e
2018, com redução de 50% dos juros de
mora e de 25% das multas de mora, de c) até o último dia útil de dezembro de 2017,
ofício ou isoladas, sendo cada parcela o valor equivalente a 1% da dívida
calculada com base no valor consolidada sem reduções, referente à
correspondente a 1% da receita bruta da parcela de dezembro de 2017.
pessoa jurídica, referente ao mês
imediatamente anterior ao do pagamento, Dívida total superior a R$15 milhões
não podendo ser inferior a 1/175 do total
As alternativas para quitação do débito a ser
da dívida consolidada.
parcelado são equivalentes. O item que se
4 - Pagamento em espécie de, no mínimo, altera é que, para as dívidas com valores
24% da dívida consolidada em 24 prestações superiores a R$15 milhões, o item 3
mensais e sucessivas e liquidação do restante corresponde à antecipação de 20% e não de
com a utilização de créditos de prejuízo fiscal 5% do valor da dívida, sem reduções.
e base de cálculo negativa da CSLL ou com
Ainda, para os requerimentos de adesão
outros créditos próprios relativos aos tributos
realizados até 14 de novembro de 2017, os
administrados pela RFB.
sujeitos passivos deverão recolher, em 2017,
Ainda, para os requerimentos de adesão no caso das opções previstas nos itens 1 e 3
realizados até 14 de novembro de 2017, os acima:
sujeitos passivos deverão recolher, em 2017,
a) até 14 de novembro de 2017, o valor
no caso da opção prevista no item 1 acima, o
equivalente a 12% da dívida consolidada
valor correspondente à antecipação a ser
sem reduções, referente às parcelas de
quitado da seguinte forma:
agosto, setembro e outubro de 2017;
a) até 14 de novembro de 2017, o valor
b) até o último dia útil de novembro de 2017,
equivalente a 3% da dívida consolidada
o valor equivalente a 4% da dívida
sem reduções, referente às parcelas de
consolidada sem reduções, referente à
agosto, setembro e outubro de 2017;
parcela de novembro de 2017; e
b) até o último dia útil de novembro de 2017,
c) até o último dia útil de dezembro de 2017,
o valor equivalente a 1% da dívida
o valor equivalente a 4% da dívida
consolidada sem reduções, referente à
consolidada sem reduções, referente à
parcela de novembro de 2017; e
parcela de dezembro de 2017.
c) até o último dia útil de dezembro de 2017,
o valor equivalente a 1% da dívida
consolidada sem reduções, referente à
parcela de dezembro de 2017.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  89


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Compensação de IRRF sobre rendimentos via PERT, considerando que a retificação e o


financeiros - IN nº 1.720/2017 cancelamento da Declaração de Compensação
estão sujeitos à análise da RFB.
A RFB publicou a IN nº 1.720, datada de 20
de julho de 2017, alterando a IN Estabelecimento da obrigatoriedade de
nº 1.585/2015, que dispõe sobre o imposto de emissão de documento fiscal pelas
renda incidente sobre os rendimentos e concessionárias operadoras de rodovia -
ganhos líquidos auferidos nos mercados IN nº 1.731/2017
financeiros e de capitais.
A partir de 1º de janeiro de 2018, com a
Foi estabelecido que as pessoas jurídicas edição da IN nº 1.731, de 22 de agosto de
tributadas com base no lucro real podem 2017, foi instituída a obrigatoriedade da
deduzir o Imposto sobre a Renda Retido na emissão e do armazenamento eletrônico de
Fonte (IRRF) no período de apuração em que documento fiscal relativo ao serviço prestado
ocorrer a retenção do imposto mesmo que pelas pessoas jurídicas que aufiram receita de
parte dos rendimentos sobre os quais incidiu o prestação de serviços públicos de
imposto tenha sido computada em períodos concessionárias operadoras de rodovias
anteriores em observância ao regime de mediante a cobrança de pedágio.
competência.
O documento fiscal deverá ser impresso em
A IN dispõe, ainda, que as pessoas jurídicas equipamento e software, homologados pela
tributadas com base no lucro presumido ou Secretaria de Finanças do município onde se
arbitrado somente devem adicionar os localiza a praça de pedágio, ou, se houver
rendimentos auferidos em um fundo de concordância por parte daquele município, a
investimento à medida que esses rendimentos homologação poderá ser efetivada pela
se submetam à incidência do IRRF. Secretaria de Finanças do município onde se
localiza a sede da concessionária.
Ato Declaratório Interpretativo nº 05 –
Débitos a serem parcelados via PERT Esse software deverá ser instalado:

A RFB editou o Ato Declaratório Interpretativo (i) em cada cabine de arrecadação nas
nº 05, de 17 de agosto de 2017, prevendo praças de pedágio, para a emissão do
que os débitos a serem consolidados no documento fiscal no momento da passagem
Parcelamento PERT não se aplicam aos débitos do veículo e do pagamento do pedágio; e
que haviam sido compensados via
PER/DCOMP, ainda que sob condição (ii) em cada dispositivo de sistema de livre
resolutória de sua ulterior homologação. passagem de veículos, hipótese em que é
facultada a emissão do documento fiscal de
Segundo interpretação do Ato Declaratório forma consolidada.
Interpretativo, a retificação e o cancelamento
da declaração de compensação estão sujeitos Se o documento fiscal relativo ao serviço
à admissibilidade e ao deferimento pela prestado pela concessionária não for emitido
Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos na forma prevista acima, deverá esta emitir
termos dos Arts. 106 a 113 da Instrução documento fiscal equivalente, que deverá
Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de conter, no mínimo:
2017.
(i) identificação do estabelecimento emissor
Dessa forma, o que se pretendeu evitar com o no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
Ato Declaratório Interpretativo é que as (CNPJ);
pessoas jurídicas cancelassem PER/DCOMPs
referentes a débitos já compensados para que (ii) número sequencial do documento;
migrassem esses débitos para o parcelamento

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  90


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

(iii) placa do veículo; Detalhamento da Receita Recebida pelo


Regime de Caixa da EFD-Contribuições,
(iv) descrição dos serviços objeto da no caso de a pessoa jurídica ser optante
operação, ainda que resumida ou por pela apuração da Contribuição para o
códigos; PIS/Pasep e da COFINS pelo regime de
caixa.
(v) local, data, horário e valor da operação;
Definição da base de cálculo do ganho de
(vi) valor dos tributos, discriminados na forma capital – venda fracionada – IN
prevista no Art. 1º da Lei nº 12.741, de 8 nº 1.732/2017
de dezembro de 2012; e
A RFB editou a IN nº 1.732, de 25 de agosto
(vii) número de eixos para fins de cobrança. de 2017, prevendo que, para fins de cômputo
do ganho de capital, na hipótese de alienação
Ainda, a concessionária deverá incluir o
em partes do mesmo bem ou direito, a partir
número de inscrição no CNPJ ou no Cadastro
da segunda operação, desde que realizada até
de Pessoas Físicas (CPF) do tomador de
o final do ano-calendário seguinte ao da
serviço ou do consumidor, quando este o
primeira operação, ele deve ser somado aos
solicitar.
ganhos auferidos nas operações anteriores,
para fins de apuração do imposto na forma
Esses documentos fiscais deverão ser
prevista no Art. 21 da IN nº 1.455/2014,
discriminados na Escrituração Fiscal Digital da
deduzindo-se o montante do imposto pago
Contribuição para os Programas de Integração
nas operações anteriores.
Social e de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PIS/Pasep), da Contribuição
Para esse fim, considera-se integrante do
para o Financiamento da Seguridade Social
mesmo bem ou direito o conjunto de ações ou
(COFINS) e da Contribuição Previdenciária
cotas de uma mesma pessoa jurídica.
sobre a Receita Bruta (CPRB) - EFD-
Contribuições. Ainda, essa IN dispõe que deverá ser
observado o disposto em convenção para
Por fim, devem as concessionárias registrar,
evitar a dupla tributação e prevenir a evasão
nas escriturações digitais, conta analítica
fiscal em relação aos impostos sobre a renda
contábil de receita de pedágio, de acordo com
existentes no Brasil e no país de residência do
o Plano de Contas do Manual de Contabilidade
alienante.
do Serviço Público de Exploração da
Infraestrutura Rodoviária Federal, definido Redução do benefício do Reintegra de 3%
pela Agência Nacional de Transportes para 2% no ano 2018
Terrestres (ANTT).
O Decreto nº 9.148, de 28 de agosto de 2017,
Cada conta analítica deverá conter: alterou o Decreto nº 8.415/2015, que
regulamenta a aplicação do Regime Especial
(i) COD_CTA (código de conta analítica
de Reintegração de Valores Tributários para as
contábil debitada/creditada) do registro
Empresas Exportadoras (Reintegra), tendo a
A170: Complemento do Documento -
alteração previsto a diminuição do benefício
Itens do Documento da EFD-
do Reintegra de 3% para 2%, entre 1º de
Contribuições; ou
janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2018.
(ii) COD_CTA (código da conta analítica
contábil representativa da receita
recebida) do registro F525: Composição
da Receita Escriturada no período -

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  91


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Instituição de formulário digital para (ii) das disposições do Art. 6º da Resolução


Pedido de Acompanhamento de do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Destruição de Bens – Ato Declaratório nº 4.512, de 28 de julho de 2016,
COFIS nº 67/2017 relativas ao reconhecimento contábil da
Provisão Passiva para Garantias
A RFB, por meio do Ato Declaratório COFIS Financeiras Prestadas: a RFB previu a
nº 67, datado de 11 de outubro de 2017, neutralidade desse ajuste para fins de
instituiu formulário digital para o Pedido de IRPJ/CSLL, devendo ser adicionados ou
Acompanhamento de Destruição de Bens. excluídos os efeitos relacionados à
Provisão Passiva para Garantias
A utilização desse formulário tem como Financeiras Prestadas; e
objetivo padronizar e facilitar a solicitação de
acompanhamento fiscal de destruição de bens, (iii) das disposições da Resolução do Conselho
como condição para se tratar dedutíveis, na Monetário Nacional (CMN) nº 4.524, de
apuração do imposto de renda e da 29 de setembro de 2016, relativas ao
contribuição social, as baixas de estoque por reconhecimento dos efeitos das variações
destruição de bens obsoletos, invendáveis ou cambiais resultantes da conversão de
danificados. transações em moeda estrangeira e de
demonstrações financeiras de investidas
Conforme o disposto no Art. 291 do no exterior e às operações de hedge de
Regulamento do Imposto de Renda (RIR), variação cambial de investimentos no
Decreto nº 3.000/1999, esse formulário digital exterior: a RFB previu a neutralidade
será disponibilizado em formato pdf no sítio da desse ajuste para fins de IRPJ/CSLL
Receita Federal do Brasil na internet referente às instituições financeiras e
http://www.receita.fazenda.gov.br, sob o demais entidades autorizadas a funcionar
diretório “Serviços para a empresa”. no que tange ao efeito da variação
cambial dos investimentos no exterior.
Receita Federal regulamenta efeitos
fiscais para novas normas contábeis - Início do prazo prescricional para
IN nº 1.753/2017 satisfação de crédito tributário –
suspensão da liminar - STJ
A Receita Federal editou a IN nº 1.753, em 30
de outubro de 2017, dispondo sobre o O STJ, em sede do julgamento dos Embargos
tratamento fiscal a ser atribuído para as de Divergência EAREsp nº 407940, manifestou
seguintes alterações nos procedimentos entendimento jurisprudencial de que,
contábeis promulgados após a edição da Lei revogada, suspensa ou cassada a medida
nº 12.973/2014: liminar ou denegada a ordem pelo juiz ou pelo
tribunal, nada impede a Fazenda Nacional de
(i) da Revisão de Pronunciamentos Técnicos
obter a satisfação do crédito tributário,
nº 09, divulgada em 22 de dezembro de
retomando-se o curso do prazo prescricional,
2016 pelo Comitê de Pronunciamentos
ainda que pendente exame de recurso sem
Contábeis (CPC): a RFB previu que a
eficácia suspensiva, conforme o Art. 151 do
pessoa jurídica que utilizar taxa de
Código Tributário Nacional (CTN).
câmbio diversa da publicada no Banco
Central do Brasil, na elaboração de suas Dessa forma, ficou definido que o início do
demonstrações financeiras, e optar pelo prazo de prescrição tributária para a Fazenda
regime de competência da variação é contado após a revogação da liminar que
cambial deverá fazer os ajustes na suspendeu a exigibilidade do crédito tributário.
apuração do IRPJ/CSLL para tributar o
efeito da variação cambial com base nas
taxas cambiais publicadas pelo Banco
Central;

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  92


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Fiscalização Eletrônica – Estudos de


Caso
Por Marcelo Natale e Gustavo Rotta, sócios da área de Consultoria Tributária da Deloitte,
com colaboração de Renato Crespo e Stela Fonseca, gerentes da área de Consultoria
Tributária da Deloitte

A
atuação da Receita Federal do Brasil (ii) Do desenvolvimento de ferramentas
(RFB) tem se tornado mais célere e tecnológicas por parte da RFB que
ampla nos últimos anos, em virtude da viabilizam a fiscalização célere e efetiva,
informatização. trazendo, inclusive, cruzamentos
eletrônicos realizados de forma
Esse processo de informatização é decorrente, automatizada.
essencialmente, dos seguintes fatores:
Em decorrência dessa informatização e do
(i) Da consolidação do processo de investimento interno da RFB, o processo de
instituição de obrigações acessórias a fiscalização tem sido aperfeiçoado, o que pode
serem transmitidas pelos contribuintes ser constatado pela evolução do grau de
via internet, em formato digital; e aderência das Autuações Fiscais:

Fonte: Plano Anual de Fiscalização 2017.

No ano 2016 a quantidade de fiscalizações Veja quadro demonstrativo da evolução da


julgadas improcedentes foi inferior a 0,1% do fiscalização realizada a distância, ao longo dos
total lançado e autuado pela RFB. anos:

Um dado relevante é que, no decorrer dos


anos, houve uma redução significativa das
auditorias realizadas in loco, que representam
apenas 2,7% do total, enquanto as auditorias
por meio eletrônico, realizadas a partir da
revisão das declarações, representaram
97,3% das fiscalizações em 2016, com
crescimento de quase 10% nesse último ano
de 2016.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  93


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Fonte: Compilação do Plano Anual de Fiscalização 2014 a 2017.

Esse processo de informatização foi acentuado Neste contexto, considerando a celeridade no


desde 2007, como parte do Programa de processamento de informações eletrônicas e a
Aceleração do Crescimento do Governo previsão legal de aplicação de multa por
Federal (PAC 2007-2010), quando a RFB criou informação incorreta em obrigações
o ambiente do Sistema Público de Informação acessórias, trazemos a seguir resultados
Digital (SPED). importantes decorrentes de casos práticos de
fiscalizações eletrônicas nos últimos anos.
Esse ambiente tem por objetivo instituir
obrigações acessórias que passaram a ter os Destacamos alguns casos em que a atuação
seus dados divulgados de forma ampla às do Fisco foi fundamentada essencialmente no
esferas federais, estaduais ou municipais. cruzamento de obrigações acessórias:

Ainda, com o objetivo inicial de aumentar a (i) Armazém-geral (remessa e retorno)


precisão das informações providas mas
também com finalidade arrecadatória, foi Contextualização: O contribuinte realizava
editada em 2013 a Lei nº 12.873. Ela passou operações com armazém-geral destinando as
a majorar a penalidade pela informação mercadorias para posterior venda a cliente.
incorreta, inconsistente ou omitida equivalente
a 3% do valor das transações comerciais ou Apesar da desoneração das operações (não
das operações financeiras no caso de omissão, incidência) de remessa para armazém-geral, a
inexatidão ou incorreção das informações nas legislação determina o retorno real ou
obrigações acessórias do ambiente SPED. simbólico dos itens.

Essa penalidade pode trazer grandes Na prática, o contribuinte, quando da venda,


consequências para os contribuintes quanto à não realizava o retorno real ou simbólico da
autuação por informação incorreta nos últimos mercadoria, emitindo a nota fiscal com a
anos, o que também foi acompanhado por um informação de que a mercadoria estava saindo
crescimento nas fiscalizações atreladas às de seu estabelecimento para o destinatário
informações providas nas obrigações final diretamente, sem prévio retorno
acessórias. simbólico para o estabelecimento da
sociedade.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  94


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Procedimento adotado pelo Fisco: Foi  identificação automática de divergência dos


identificada automaticamente a divergência saldos; e
dos saldos de estoques, gerando intimação
para apresentação de documentos e  intimação para apresentação de
justificativa das diferenças. documentos e justificativa das diferenças.

Resultado da Fiscalização: Na autuação o Fisco Resultado da Fiscalização: Na autuação o Fisco


presumiu a realização de operação sem considerou a ECD “imprestável” e efetuou o
emissão de notas fiscais. arbitramento do lucro.

(ii) Não escrituração de documentos (iv) Informações incorretas, inexatas ou


fiscais omitidas na ECF

Contextualização: O contribuinte não possuía Contextualização: O contribuinte não efetuou


sistemas, processos e controles rígidos para o preenchimento da ECF de forma consistente
recebimento, escrituração e guarda de e “razoável”.
arquivos XML (notas fiscais).
Procedimento adotado pelo Fisco: A
A Legislação do Estado de São Paulo prevê a fiscalização que inicialmente tinha por objetivo
penalidade de 10% do valor da operação pela a avaliação de uma reestruturação societária
não escrituração de documento fiscal, identificou em sua base que a ECF não tinha
independentemente da quitação do principal. informações suficientes.

Procedimento adotado pelo Fisco: O fiscal O fiscal intimou o contribuinte a apresentar as


pesquisou os XMLs emitidos contra o informações completas e este, por sua vez,
estabelecimento do contribuinte em São Paulo retificou a escrituração dentro do prazo
e fez o cruzamento desses dados com o SPED estabelecido em intimação.
fiscal.
Resultado da Fiscalização: Autuação por
Resultado da Fiscalização: Autuação sobre as omissão de informações na ECF com valores
notas fiscais não escrituradas no SPED fiscal. determinados através da comparação das
informações da ECF original x ECF retificadora
(iii) Divergência entre o total de receitas apresentada pelo contribuinte (redução da
informadas na DIPJ (Ficha 07A) versus o penalidade em 50% pelo fato de o
total das receitas mensais informadas na contribuinte ter cumprido o prazo estabelecido
DACON (Saldos Acumulados) pela fiscalização).

Contextualização: O contribuinte não adotava (v) Ganho de capital de não residente


procedimentos de revisão e validação de
obrigações acessórias. Além disso, durante o Contextualização: O Contribuinte realizou
próprio ano-calendário, o contribuinte realizou operação de compra de uma empresa no
algumas mudanças em seu Plano de Contas Brasil, cujo acionista está sediado no exterior.
Contábil e ERP.
A empresa efetuou o pagamento via DARF do
Procedimento adotado pelo Fisco: Foi efetuado ganho de capital do não residente, porém
o cruzamento eletrônico entre as informações deixou de efetuar a entrega das obrigações
presentes na DIPJ (Receitas Tributadas – acessórias (DCTF e DIRF) relacionadas a essa
Ficha 07A) x DACON (Fichas 7A/B e 17A/B), operação.
resultando em:

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  95


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Procedimento adotado pelo Fisco: Por meio do


código de pagamento do DARF, o Fisco
identificou a necessidade de entrega das
obrigações acessórias.

Resultado da Fiscalização: Autuação pela não


entrega das obrigações acessórias e
necessidade de o contribuinte entregar as
obrigações acessórias.

(vi) Realização dos cálculos de preços de


transferência

Contextualização: Durante processo de


fiscalização de preços de transferência foram
solicitadas várias informações contábeis e
fiscais, tais como compras, vendas, ordens de
produção, inventários, cadastros, custos, etc.

Procedimento adotado pelo Fisco: O Fisco


efetuou o confronto dos ajustes calculados
pelo contribuinte com os ajustes obtidos pelo
fiscal, bem como o confronto entre as
quantidades movimentadas em estoque com
as quantidades vendidas, utilizando como
base as informações de vendas, os livros de
inventário e a tabela do Siscomex.

Resultado da Fiscalização: Na autuação o Fisco


presumiu a existência de vendas sem emissão
de notas fiscais por conta das diferenças
apuradas entre a movimentação de estoque e
as saídas dos produtos.

1
Especificamente para a ECF a penalidade de 3% aplica-se sobre o valor omitido, inexato ou incorreto, sem
qualquer menção a ‘transação comercial ou operação financeira’.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  96


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Assuntos relativos aos tributos indiretos (RE 574706, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA,
Tribunal Pleno, julgado em 15 de março de
Exclusão do ICMS da base de cálculo do 2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-223
PIS e da COFINS DIVULG 29-09-2017 PUBLIC 02-10-2017)

Em março de 2017, o STF decidiu que a A discussão sobre a exclusão do ICMS da base
inclusão do ICMS na base de cálculo da de cálculo do PIS e da COFINS foi considerada
contribuição para o PIS e da COFINS é como “repercussão geral” pelo STF e, caso
inconstitucional, uma vez que não constitui o seja objeto de Súmula Vinculante, o Judiciário
conceito de faturamento, conforme ementa e a Receita Federal do Brasil ficarão obrigados
abaixo: a seguir esse entendimento para todos os
contribuintes.
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
REPERCUSSÃO GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS Essa linha de raciocínio também pode ser
NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. aplicada para excluir o ISS da base de cálculo
DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO das citadas contribuições, embora não tenha
ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO sido abordado na citada ação judicial.
CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO. 1.
Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada Em novembro de 2017, a Fazenda Nacional
mercadoria ou serviço e a correspondente apresentou embargos de declaração
cadeia, adota-se o sistema de apuração requerendo, entre outros, o esclarecimento do
contábil. O montante de ICMS a recolher é conceito de “receita bruta” e a modulação dos
apurado mês a mês, considerando-se o total efeitos da decisão, que ainda não foi
de créditos decorrentes de aquisições e o total apreciada. Ou seja, o STF ainda poderá indicar
de débitos gerados nas saídas de mercadorias um prazo para que a decisão favorável possa
ou serviços: análise contábil ou escritural do ser aplicada aos contribuintes, incluindo
ICMS. 2. A análise jurídica do princípio da não aqueles que tenham ação em andamento.
cumulatividade aplicado ao ICMS há de
atentar ao disposto no Art. 155, § 2º, inc. I, Lei Complementar nº 157/2016 –
da Constituição da República, cumprindo-se o alterações significativas para o ISS
princípio da não cumulatividade a cada
operação. 3. O regime da não cumulatividade A Lei Complementar (LC) nº 157/2016,
impõe concluir, conquanto se tenha a publicada em 30 de dezembro de 2016, altera
escrituração da parcela ainda a se compensar a Lei Complementar nº 116/2003 trazendo
do ICMS, não se incluir todo ele na definição mudanças significativas acerca do ISS, como o
de faturamento aproveitado por este Supremo local de incidência do imposto, alíquota
Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base mínima para tributação e inclusão de serviços
de cálculo para incidência do PIS e da no rol dos tributáveis.
COFINS. 3. Se o Art. 3º, § 2º, inc. I, in fine,
Em regra, o ISS é devido no local do
da Lei nº 9.718/1998 excluiu da base de
estabelecimento prestador ou, na falta do
cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS
estabelecimento, no local do domicílio do
transferido integralmente para os Estados,
prestador, com exceção dos serviços
deve ser enfatizado que não há como se
elencados no Art. 3º da LC nº 116/2003, que
excluir a transferência parcial decorrente do
foi alterada para inclusão dos seguintes
regime de não cumulatividade em
serviços, em que o imposto será devido no
determinado momento da dinâmica das
local:
operações. 4. Recurso provido para excluir o
ICMS da base de cálculo da contribuição ao
PIS e da COFINS.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  97


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

“XII - do florestamento, reflorestamento, 1.04 - Elaboração de programas de


semeadura, adubação, reparação de solo, computadores, inclusive de jogos eletrônicos,
plantio, silagem, colheita, corte, independentemente da arquitetura construtiva
descascamento de árvores, silvicultura, da máquina em que o programa será
exploração florestal e serviços congêneres executado, incluindo tablets, smartphones e
indissociáveis da formação, manutenção e congêneres.
colheita de florestas para quaisquer fins e por
quaisquer meios; 1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva,
de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto
XVI - dos bens, dos semoventes ou do por meio da internet, respeitada a imunidade
domicílio das pessoas vigiados, segurados ou de livros, jornais e periódicos (exceto a
monitorados, no caso dos serviços descritos distribuição de conteúdos pelas prestadoras de
no subitem 11.02 da lista anexa; Serviço de Acesso Condicionado, de que trata
a Lei nº 12.485, de 12 de setembro de 2011,
XIX - do Município onde está sendo executado sujeita ao ICMS).
o transporte, no caso dos serviços descritos
pelo item 16 da lista anexa; 6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e
congêneres.
XXIII - do domicílio do tomador dos serviços
dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09; (Partes 7.16 - Florestamento, reflorestamento,
mantidas) semeadura, adubação, reparação de solo,
plantio, silagem, colheita, corte e
XXIV - do domicílio do tomador do serviço no descascamento de árvores, silvicultura,
caso dos serviços prestados pelas exploração florestal e dos serviços congêneres
administradoras de cartão de crédito ou débito indissociáveis da formação, manutenção e
e demais descritos no subitem 15.01; colheita de florestas, para quaisquer fins e por
quaisquer meios.
XXV - do domicílio do tomador dos serviços
dos subitens 10.04 e 15.09.” 11.02 - Vigilância, segurança ou
monitoramento de bens, pessoas e
A nova LC dispõe ainda que a alíquota mínima semoventes.
do ISS é de 2%, não podendo ser objeto de
concessão de qualquer benefício que resulte, 13.05 - Composição gráfica, inclusive
direta ou indiretamente, em carga tributária confecção de impressos gráficos,
menor que a decorrente da aplicação da fotocomposição, clicheria, zincografia,
alíquota mínima citada, exceto para os litografia e fotolitografia, exceto se destinados
serviços a que se referem os subitens 7.02, a posterior operação de comercialização ou
7.05 e 16.01 da lista. industrialização, ainda que incorporados, de
qualquer forma, a outra mercadoria que deva
Por fim, foram incluídos alguns serviços na ser objeto de posterior circulação, tais como
lista anexa à LC nº 116/2016 e que ficarão bulas, rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos,
sujeitos à incidência do ISS, quais sejam: embalagens e manuais técnicos e de
instrução, quando ficarão sujeitos ao ICMS.
“1.03 - Processamento, armazenamento ou
hospedagem de dados, textos, imagens, 14.05 - Restauração, recondicionamento,
vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e acondicionamento, pintura, beneficiamento,
sistemas de informação, entre outros lavagem, secagem, tingimento,
formatos, e congêneres. galvanoplastia, anodização, corte, recorte,
plastificação, costura, acabamento, polimento
e congêneres de objetos quaisquer.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  98


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

14.14 - Guincho intramunicipal, guindaste e nas importações realizadas por meio de site
içamento. ou de plataforma eletrônica que efetue a
venda ou a disponibilização, ainda que por
16.01 - Serviços de transporte coletivo intermédio de pagamento periódico, de bens e
municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e mercadorias digitais mediante transferência
aquaviário de passageiros. eletrônica de dados, na unidade federada
onde é domiciliado ou estabelecido o
16.02 - Outros serviços de transporte de adquirente do bem ou da mercadoria digital.
natureza municipal.
O contribuinte do ICMS, nessas ocasiões, será
17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros a pessoa jurídica detentora de site ou de
materiais de propaganda e publicidade, em plataforma eletrônica que realize a venda ou a
qualquer meio (exceto em livros, jornais, disponibilização, ainda que por intermédio de
periódicos e nas modalidades de serviços de pagamento periódico, de bens e mercadorias
radiodifusão sonora e de sons e imagens de digitais mediante transferência eletrônica de
recepção livre e gratuita). dados, devendo inscrever-se nas unidades
federadas em que praticar as saídas internas
25.02 - Translado intramunicipal e cremação
ou de importação destinadas a consumidor
de corpos e partes de corpos cadavéricos.
final. Para tanto, deverá ainda emitir a Nota
Fiscal Eletrônica (“NF-e”), modelo 55, para
25.05 - Cessão de uso de espaços em
suportar a operação.
cemitérios para sepultamento.”
Ressaltamos que o Convênio entra em vigor
Para os serviços de streaming ainda há
em 1º de abril de 2018, mas ainda há
bastante discussão sobre se devem ser
inúmeras discussões sobre o tema, uma vez
enquadrados no fato gerador do ISS, nos
que há correntes doutrinárias que defendem
termos da Lei Complementar nº 157, ou do
que esse tipo de operação com software,
ICMS, nos termos do Convênio ICMS
mesmo que não customizável, não constitui
nº 106/2017. Desse modo, a guerra fiscal
efetivamente circulação de mercadoria, uma
entre os Estados e Municípios pela tributação
vez que não haveria, nesses casos, a
dos citados serviços ainda não acabou e essa
transferência da propriedade intelectual, mas
problemática ainda está carente de definições.
tão somente uma licença ou cessão de uso,
Os softwares padronizados e o Convênio devendo ser tributável pelo ISS, como dispõe
ICMS nº 106/2017 a Lei Complementar nº 157/2016.

Foi publicado em 5 de outubro de 2017 o NF-e 4.0


Convênio nº 106/2017, que disciplina os
A Nota Técnica 2016.002 v.1.40 trouxe
procedimentos de cobrança do ICMS incidente
alterações ao layout da Nota Fiscal Eletrônica,
nas operações com bens e mercadorias
que irá entrar em sua versão 4.0.
digitais, tais como softwares, programas,
jogos eletrônicos, aplicativos, arquivos
Para tanto, as empresas deverão cumprir com
eletrônicos e congêneres, que sejam
os prazos de implementação da nova versão,
padronizados, ainda que tenham sido ou
que são:
possam ser adaptados, comercializadas por
meio de transferência eletrônica de dados.  Ambiente de homologação – 3 de julho de
2017.
Concede ainda isenção nas citadas operações
anteriores à saída destinada ao consumidor  Ambiente de produção – 6 de novembro de
final, ocasião em que o ICMS saídas internas e 2017.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  99


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Entre as inúmeras mudanças técnicas, Não foram, todavia, revogados os convênios


podemos ressaltar as seguintes: que tratam de energia elétrica, combustíveis e
lubrificantes, sistema de venda porta a porta e
 Campo de forma de pagamento: forma de veículos automotores cujas operações sejam
pagamento utilizada pelo cliente de forma efetuadas por meio de faturamento direto
mais detalhada, com as seguintes opções: para consumidor, em face da sua
“dinheiro”, “cartão de crédito”, “cartão de peculiaridade.
débito” ou “cheque”.
Visualiza-se que o principal objetivo do
 Campo Indicador de presença: inserção da Convênio é uniformizar os procedimentos e
opção 5 (operação presencial, fora do centralizar as informações concernentes ao
estabelecimento, utilizada no caso de ICMS devido por substituição tributária, sendo
venda ambulante). as principais novidades:

 Campo Informações do transporte:  O regime de substituição tributária nas


inserção de mais duas modalidades de operações interestaduais dependerá de
frete: “transporte próprio por conta do acordo específico celebrado pelas unidades
remetente” e “transporte próprio por conta federadas interessadas e, a critério da
do destinatário”. unidade federada de destino, dependerá,
ainda, de ato do Poder Executivo para
 Rastreabilidade de produtos: inserção de internalizar o acordo.
informações mais detalhadas, como
detalhamento do produto, número de lote,  O regime de substituição tributária não se
quantidade do produto, data de fabricação aplica às transferências interestaduais
e data de validade. promovidas entre estabelecimentos do
remetente, exceto quando o destinatário
 Código ANVISA: código ANVISA para for estabelecimento varejista.
medicamentos.
 Nas hipóteses de inaplicabilidade da
 Alteração nas regras de validação. substituição tributária, deverá ser
informado no campo “Informações
Ressaltamos que em 2 de abril de 2018 o
Complementares” do documento fiscal que
layout 3.1 será desativado e as empresas só
acobertar a operação o embasamento legal
poderão emitir a NFe no layout 4.0.
para não aplicação do regime.
Convênio ICMS nº 52/2017 e a
 Estabelecimento de regras para fixação da
uniformização do ICMS-ST
MVA.
Foi publicado em 28 de abril de 2017 o
 O contribuinte remetente que promover
Convênio ICMS nº 52/2017, que dispõe sobre
operações interestaduais com bens e
as normas gerais aplicadas aos regimes de
mercadorias especificadas em convênio ou
substituição tributária e de antecipação do
protocolo que disponha sobre o regime de
ICMS com encerramento de tributação,
substituição tributária será o responsável,
relativos às operações subsequentes,
na condição de sujeito passivo por
instituídas por convênios ou protocolos
substituição, pela retenção e pelo
firmados entre os Estados e o Distrito Federal.
recolhimento do ICMS relativo às
operações subsequentes devido à unidade
Desse modo, os Convênios que até então
federada de destino, mesmo que o imposto
discorriam sobre o ICMS-ST foram revogados,
tenha sido retido anteriormente, salvo
quais sejam: Convênio ICMS nº 81/93,
disposição em contrário prevista na
nº 70/97, nº 35/11, nº 92/15 e nº 149/15.
legislação da unidade destinatária.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  100


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

 O imposto devido por substituição


tributária integra a correspondente base de
cálculo, inclusive na hipótese de
recolhimento do imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna da
unidade federada de destino e a alíquota
interestadual.

 Possibilidade de ressarcimento pelo


contribuinte mediante emissão de NF-e
exclusiva para esse fim, em nome de
qualquer estabelecimento fornecedor,
inscrito como substituto tributário, do
ICMS-ST já recolhido anteriormente nas
operações interestaduais com bens e
mercadorias já alcançadas pelo regime de
substituição tributária, que deverá ser
previamente autorizado pelo órgão
fazendário do Estado do contribuinte.

 Dever de as unidades federadas revisarem


os convênios e protocolos que tratam do
regime de substituição tributária do ICMS
relativo às operações subsequentes,
vigentes na data de publicação desse
Convênio, a fim de reduzir o número de
acordos por segmento.

O citado Convênio terá vigência: a partir de 1º


de maio de 2017 em relação à necessidade de
diminuição dos convênios e protocolos por
segmento; em relação à obrigatoriedade do
CEST: 1º de julho de 2017 para a indústria e
o importador, 1º de outubro de 2017 para o
atacadista e 1º de abril de 2018 para os
demais segmentos econômicos; e 1º de
janeiro de 2018 para os demais dispositivos.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  101


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Reforma Trabalhista – Lei


nº 13.467/2017
Por Fernando Azar, sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte, com colaboração de
Rodrigo Madureira, gerente da área de Consultoria Tributária da Deloitte

S
ancionada em 13 de julho de 2017  regramento de honorários de sucumbência
pelo presidente Michel Temer, a e danos extrapatrimoniais;
Reforma Trabalhista entrou em vigor
em 11 de novembro de 2017, tendo  adesão de cláusula de arbitragem para
como objetivo central a valorização da empregados não hipossuficientes; e
negociação coletiva e a adequação da
legislação perante as novas relações de  elaboração de termo de quitação anual
trabalho. entre empregados e empregadores, entre
outros.
Entre as disposições da nova lei, além dos
diversos artigos incluídos, alterados ou As alterações advindas da Reforma
revogados na Consolidação das Leis do Trabalhista, além de possibilitarem
Trabalho (CLT), que é o principal instrumento negociações mais flexíveis entre empregados
legal trabalhista brasileiro, também houve e empregadores em diversos aspectos, não
alteração no texto normativo de outras leis modificam os direitos fundamentais dos
que norteiam as relações de trabalho, tais trabalhadores, tais como salário mínimo,
como a Lei nº 6.019/1974 (Temporários e seguro desemprego, Fundo de Garantia do
Terceirização), Lei nº 8.036/1990 (FGTS) e Lei Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário, férias e
nº 8.212/1991 (INSS). respectivo 1/3 constitucional, licença-
maternidade e paternidade, hora extra de no
As mudanças abarcadas pela nova lei
mínimo 50% e aviso prévio proporcional.
impactam diretamente o dia a dia das
empresas e dos empregados, além dos Outro aspecto relevante refere-se à crescente
sindicatos, fiscais do trabalho e operadores do mobilização digital no universo corporativo. A
direito, que precisam se adaptar frente à nova Reforma Trabalhista tende a corroborar a
realidade. Destacamos abaixo as principais mudança da relação entre profissionais e
alterações decorrentes da Lei nº 13.467/2017: empresas, exigindo mais inovação e
flexibilidade de ambas as partes. Desde a
 prevalência do negociado sobre o
contratação, por exemplo, aspectos atinentes
legislado;
a jornada de trabalho, possibilidade de
redução do horário intrajornada ou até mesmo
 adesão facultativa da contribuição sindical
adoção de trabalho via home office serão tão
por empregados e empregadores;
importantes quanto o pacote de remuneração
 possibilidade de extinção do contrato de ofertado.
trabalho por mútuo acordo; Perante todas as regras e inovações trazidas,
ainda que sujeitas a aprimoramentos, é
 não obrigatoriedade da homologação no
importante que as empresas acompanhem os
sindicato representativo da categoria;
posicionamentos que serão adotados pelo
judiciário, para que as implementações de
 regulamentação do teletrabalho (home
eventuais oportunidades decorrentes da Lei
office) e do trabalho intermitente;
nº 13.467/2017 sejam adotadas com maior
 possibilidade de fracionamento das férias segurança jurídica.
em até três períodos;

 definição de preposto não empregado para


audiência de julgamento;

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  102


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Assuntos tributários sobre questões A plataforma de produção restrita do eSocial


trabalhistas e previdenciárias já está à disposição dos empregadores desde
1º de agosto de 2017. A utilização do
Publicada a versão 2.4 do leiaute do ambiente de testes é uma importante
eSocial ferramenta colocada à disposição das
empresas, permitindo o aperfeiçoamento dos
Em 15 de setembro de 2017, o Comitê Gestor sistemas internos para o atendimento a essa
do eSocial publicou no Diário Oficial da União obrigação fiscal.
(DOU), por meio da Resolução CG-eSocial
nº 11/2017, a versão 2.4 do leiaute do A plataforma de produção restrita do eSocial
eSocial. já está à disposição dos empregadores desde
1º de agosto de 2017. A utilização do
A nova versão do eSocial abrange algumas ambiente de testes é uma importante
melhorias e correções, além das alterações ferramenta colocada à disposição das
trabalhistas trazidas pela Lei nº 13.467, de 13 empresas, permitindo o aperfeiçoamento dos
de julho de 2017, mais conhecida como sistemas internos para o atendimento a essa
“Reforma Trabalhista”. obrigação fiscal.

Entre as modificações realizadas nesse novo A versão 2.4, com as principais alterações
leiaute, destacamos as seguintes: efetuadas nos leiautes, nas tabelas e nas
regras de validação, está disponível no
(i) Informações acerca da interação do
seguinte endereço eletrônico: <
eSocial com a EFD-Reinf.
http://portal.esocial.gov.br/manuais >.

(ii) Melhores detalhamentos das condições


A seguir, o cronograma de início do envio dos
para acesso ao sistema e informações
eventos do eSocial:
técnicas (resumo, estrutura dos registros,
regras de envio e formato XML).  Janeiro de 2018: Implantação do eSocial
obrigatório para os empregadores e
(iii) Alterações em parametrizações de alguns
contribuintes com faturamento no ano
eventos em decorrência da aplicação da
2016 acima de R$78.000.000,00.
Lei nº 13.467/2017, por exemplo:
 Julho de 2018: Implantação do eSocial
a) Evento S-2299 – alteração da
obrigatório para os demais empregadores e
validação, incluindo a rescisão
contribuintes.
contratual por acordo entre as partes;
Publicação da Instrução Normativa RFB
b) Evento S-1210 – inserção dos campos
nº 1.730/2017
referentes ao pagamento de férias
com informação de categoria, data de Em 15 de agosto de 2017, a Receita Federal
início e quantidade de dias; do Brasil (RFB) publicou a Instrução
Normativa (IN) nº 1.730/2017, alterando a IN
c) Eventos S-2200 e S-2206 – alteração
RFB nº 925/2009.
e inclusão de informações referentes
ao contrato em tempo parcial; e A IN nº 1.730/2017 trouxe algumas alterações
na forma como as microempresas e empresas
d) Evento S-2260 – criado para
de pequeno porte, optantes pelo sistema
informação de prestação de trabalho
tributário “Simples Nacional” e que exercem
intermitente.
as atividades tributadas na forma prevista nos

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  103


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Anexos IV e V da Lei Complementar


nº 123/2006 (cuja alíquota comum do
“Simples Nacional” não contempla a
Contribuição Previdenciária Patronal (CPP),
que deverá ser recolhida segundo a legislação
prevista para os demais contribuintes),
deverão efetuar as declarações das
informações em Guia de Recolhimento do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações à Previdência Social (GFIP).

Em suma, a IN nº 1.730/2017 determinou os


seguintes critérios para os recolhimentos das
contribuições previdenciárias devidas pelas
microempresas e empresas de pequeno porte:

(i) Até a competência maio de 2016, a GPS


gerada pelo SEFIP deverá ser
desprezada, e os valores de INSS
efetivamente devidos (incluindo a
incidência sobre o aviso prévio
indenizado e 13º salário indenizado)
deverão ser preenchidos manualmente
na GPS e recolhidos.

(ii) A partir de junho de 2016, a GPS gerada


pelo SEFIP poderá ser utilizada para o
recolhimento do INSS, não devendo ser
computada no cálculo da contribuição
devida a incidência sobre o aviso prévio
indenizado.

Para efeito de informação em GFIP, ocorreram


as seguintes alterações:

(i) Até a competência maio de 2016, os


valores de aviso prévio indenizado
deverão ser informados na competência
em que o empregado for desligado,
somadas as demais verbas rescisórias, e
deverão compor a base de cálculo das
contribuições previdenciárias.

(ii) A partir de junho de 2016, o aviso prévio


indenizado não deverá compor a base de
cálculo das contribuições previdenciárias,
exceto na base de cálculo das
contribuições incidentes sobre o 13º
salário, pelo valor correspondente a 1/12
do valor do aviso prévio indenizado.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  104


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

A Lei Complementar nº 160/2017 e a


“Guerra Fiscal”
Por Douglas Lopes, sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte,
com colaboração de Vanessa Teixeira, gerente da área de
Consultoria Tributária da Deloitte

A
pós inúmeras discussões acerca da incentivos concedidos que não cumpram com
“guerra fiscal” e de como solucioná- a citada exigência. Essa informação será
la, foi publicada em 8 de agosto de publicada no Portal Nacional da Transparência
2017 a Lei Complementar nº 160. Tributária instituído pelo CONFAZ.
Essa Lei dispõe sobre convênio que
permite aos Estados e ao Distrito Federal Desse modo, em 180 dias da publicação da
deliberarem sobre a remissão dos créditos citada Lei será editado um convênio para
tributários, constituídos ou não, decorrentes convalidar esses incentivos. Tal convênio
das isenções, dos incentivos e dos benefícios deverá ser aprovado e ratificado com o
fiscais ou financeiro-fiscais instituídos fora do quórum reduzido de 2/3 dos Estados, sendo
âmbito do Conselho Nacional de Política 1/3 de cada Região. Não será mais necessário
Fazendária (CONFAZ), e a reinstituição das que um Estado obtenha concordância unânime
respectivas isenções, incentivos e benefícios de todos os membros do CONFAZ para
fiscais ou financeiro-fiscais. conceder um incentivo fiscal, como dispunha a
Lei Complementar nº 24/75.
Para tanto, os Estados deverão publicar em
seus respectivos diários oficiais a relação de A concessão de novos incentivos fiscais, bem
todos os atos normativos relativos aos como a prorrogação dos incentivos vigentes
benefícios concedidos de forma irregular e que forem devidamente ratificados por meio
apresentar a documentação comprobatória do Convênio, só poderão ter vigência por um
correspondente aos seus respectivos atos prazo máximo de 15 anos, em virtude do
concessivos, sob pena de revogação dos setor de negócios beneficiado:

Até 15 anos Atividades agropecuária e industrial, inclusive agroindustrial, e investimento


em infraestrutura rodoviária, aquaviária, ferroviária, portuária, aeroportuária
e de transporte urbano

Até 8 anos Manutenção ou incremento das atividades portuária e aeroportuária


vinculadas ao comércio internacional, incluída a operação subsequente à da
importação, praticada pelo contribuinte importador

Até 5 anos Manutenção ou incremento das atividades comerciais, desde que o


beneficiário seja o real remetente da mercadoria

Até 3 anos Operações e prestações interestaduais com produtos agropecuários e


extrativos vegetais in natura

Até 1 ano Demais setores

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  105


Assuntos tributários
Principais temas editados em 2017

Após a edição do Convênio, os Estados adquirida de fornecedor com benefício


poderão revogar ou modificar internamente os irregular perante o CONFAZ e cujo benefício
benefícios fiscais vigentes antes do termo final seja convalidado na sistemática apresentada
de fruição. Todavia, essa alteração não poderá pela Lei Complementar nº 160/2017 serão
resultar em um incentivo fiscal em valor canceladas e os créditos fiscais perdoados.
superior ao concedido anteriormente. Porém, aqueles que deixaram de apropriar o
crédito correspondente ao incentivo fiscal não
Há ainda a possibilidade de extensão dos podem aproveitá-lo de forma extemporânea.
benefícios convalidados pelo Convênio a
outros contribuintes estabelecidos em seu Por outro lado, considerando que a concessão
território, sob as mesmas condições e nos dos benefícios fiscais pode ser convalidada
prazos-limite de fruição; ou de adesão, por pelo CONFAZ de forma mais simples do que a
outros Estados, dos incentivos válidos sistemática anterior, não poderá mais haver
concedidos por outra Unidade Federada da restrição aos créditos decorrentes da aquisição
mesma Região. de mercadorias beneficiadas com incentivos
estaduais válidos.
Além da convalidação dos benefícios fiscais
concedidos pelos Estados, a citada Lei Perante o exposto, a nova Lei Complementar
Complementar dispõe em seu Art. 5º que o representa um marco em relação à “guerra
perdão dos créditos tributários relacionados a fiscal” e à concessão de benefícios no âmbito
incentivos concedidos fora do âmbito do do ICMS e traz uma maior segurança jurídica
CONFAZ e devidamente validados pelo aos contribuintes diante do processo mais
Convênio a ser editado afasta as penalidades simples e transparente de aprovação dos
do Art. 8º da Lei Complementar nº 24/1975 e incentivos fiscais.
é retroativo à data original de concessão do
benefício fiscal. Entretanto, ficam vedadas a
restituição e a compensação de tributo, assim
como a apropriação de crédito extemporâneo
por sujeito passivo.

Isso significa que as autuações realizadas com


base em glosa de crédito de mercadoria

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  106


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  107


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Os projetos individuais do Financial Accounting Status: deliberações iniciais.


Standards Board (FASB) e do International
Accounting Standards Board (IASB), estão O Board decidiu o seguinte relacionado à
apresentados nas próximas páginas, refletindo mensuração inicial:
as revisões de agendas e cronogramas do
FASB e IASB e o progresso ocorrido nesses 1. Existem três categorias de mensurações
projetos desde a emissão da última iniciais:
publicação.
a) Preço de entrada
Projetos Individuais do FASB
b) Preço de saída
Estrutura Conceitual – Elementos
c) Fluxos de caixa futuros estimados.
Status: deliberações iniciais.
2. O preço de saída é apropriado como um
O objetivo do projeto é desenvolver uma valor contábil inicial de um ativo quando a
estrutura conceitual aprimorada que forneça mensuração subsequente do ativo será
uma base sólida para o desenvolvimento pelo preço de saída.
futuro de padrões contábeis. Essa estrutura é
3. Para as transações nas quais algo
essencial para cumprir o objetivo do Board de
diferente de caixa é trocado, a
desenvolver padrões baseados em princípios,
mensuração inicial de um ativo pode ser
internamente consistentes e que levem a
baseada no preço de saída do ativo
relatórios financeiros que forneçam
transferido.
informações que os provedores de capital
precisam para tomar decisões. A nova
4. O objetivo geral na identificação dos
estrutura do FASB se baseará na estrutura
custos a serem incluídos no valor contábil
existente.
inicial de um ativo pelo preço de entrada
deve ser a captura dos custos incorridos
O Board discutiu as definições de receitas e
para levar o bem à localização e às
despesas, que estão atualmente definidas no
condições necessárias para que ele seja
FASB Concepts Statement nº 6, Elementos
capaz de operar.
das Demonstrações Financeiras, e a relação
dessas definições com as definições de ganhos
5. As seguintes categorias ajudam a
e perdas. O Board apresentou as seguintes
identificar os tipos de custos que devem
tendências tentativas e reações às definições:
ser incluídos em um valor contábil inicial
consistente com o objetivo descrito no
 Manter a frase “ou outras atividades” nas
item 4:
definições de receitas e despesas para
garantir que os termos sejam
a) Taxas impostas pelo governo.
suficientemente inclusivos.
b) Custos de serviços relacionados à
 Excluir a frase “executando” das definições
aquisição do ativo e preparação do
de trabalho como melhoria.
ativo para uso.
 Não remover a frase “que constitui as
c) Custos para participar no mercado do
operações principais ou centrais da
ativo.
entidade” nas definições neste momento.

Próximos passos: o staff continuará a


desenvolver conceitos relacionados a
elementos das demonstrações financeiras.

Estrutura Conceitual – Mensuração


Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  108
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

6. Os ganhos e as perdas em hedges de contábeis individuais e avaliar os requisitos de


fluxo de caixa não fazem parte do preço divulgação existentes. Uma divulgação que
de entrada dos ativos nem um custo a ser pode ser considerada pelo FASB não será
incluído nos valores contábeis iniciais de automaticamente requerida. Esse processo
ativos com base no objetivo e nas envolve o FASB e seu staff a avaliar os custos,
categorias descritos nos itens 4 e 5, as consequências negativas e os benefícios
respectivamente. associados a cada potencial divulgação no
nível padrão de forma contínua.
O Board direcionou o staff a desenvolver um
plano de projeto revisado para abordar os Próximos passos: o staff planeja continuar a
elementos das demonstrações financeiras deliberar questões relacionadas ao processo
(que atualmente estão definidos no FASB de decisão do Board. Além disso, o Board
Concepts Statement nº 6, Elementos das deliberará sobre a materialidade no contexto
Demonstrações Financeiras) em simultâneo da Estrutura Conceitual e do FASB Accounting
com conceitos de apresentação e medição. Standards Codification.

Próximos passos: o staff continuará a Distinguindo Passivo de Patrimônio


desenvolver conceitos relacionados ao Líquido (Incluindo Dívidas Convertíveis)
estabelecimento de padrões para a
determinação da mensuração. Status: deliberações iniciais.

Estrutura Conceitual - Apresentação O Board decidiu adicionar à sua agenda um


projeto sobre distinção dos passivos e do
Status: deliberações sobre o exposure draft. patrimônio líquido com o objetivo de melhorar
a compreensão e reduzir a complexidade (sem
Em 11 de agosto de 2016, o Board emitiu o perda de informações para os usuários) que
capítulo FASB Concepts Statement nº 8, se concentraria na indexação e liquidação (no
Estrutura Conceitual para Relatórios contexto da exceção do escopo derivado),
Financeiros - Capítulo 7, Apresentação. O dívida convertível, divulgações e ganhos por
prazo para recebimento de cartas-comentários ação.
foi 9 de novembro de 2016.
Próximos passos: o Board instruiu o staff a
Em reunião ocorrida no dia 3 de maio de pesquisar e elaborar um plano técnico que se
2017, o Board discutiu o projeto geral e concentrasse na indexação e liquidação (no
adicionou à sua agenda técnica um projeto contexto da exceção do escopo do derivativo),
sobre elementos. O Board também discutiu os dívida convertível, divulgações e ganhos por
comentários recebidos das cartas-comentários ação.
no capítulo proposto da FASB Concepts
Statement sobre apresentação. Seguros: Melhorias Específicas para a
Contabilização de Contratos de Longa
Próximos passos: o Board começará as Duração
delibações no capítulo proposto em uma
próxima reunião. Status: deliberações sobre o exposure draft.

Estrutura de Apresentação – Processo de O objetivo do projeto é melhorar e simplificar


Decisão do Board os requisitos das demonstrações financeiras
para contratos de longa duração emitidos por
Status: deliberações sobre o exposure draft. seguradoras, proporcionando aos usuários das
demonstrações financeiras informações úteis
O Processo de Decisão do Board destina-se a sobre montantes, tempestividade e incerteza
auxiliar o FASB na identificação de divulgações dos fluxos de caixa relacionados com
a serem consideradas no estabelecimento de contratos de longa duração.
requisitos de divulgação para padrões
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  109
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Em reunião ocorrida em 4 de outubro de Em reunião ocorrida em 11 de outubro de


2017, o Board discutiu temas como 2017, o Board realizou as seguintes decisões:
participação em contratos de seguro, custos
de aquisição diferidos e transição, entre Escopo de receita
outros.
1. Certas transações entre participantes
Próximos passos: os próximos tópicos que colaborativos que não estão relacionados
serão discutidos nas futuras reuniões do Board a vendas a terceiros fora da colaboração
são benefícios de risco de mercado, podem resultar em receita sob o Tópico
apresentação e divulgação e data efetiva. 606.

Melhorias na Codificação 2. O Tópico 606 deve ser aplicado às


unidades contábeis identificadas quando o
Status: período de comentários do exposure participante colaborativo é um cliente (no
draft. contexto da unidade contábil).

O objetivo deste projeto é fornecer 3. Quando as unidades contábeis


atualizações e melhorias regularmente ao identificadas entre participantes
FASB Accounting Standards Codification com colaborativos são consideradas dentro do
base nos comentários recebidos das partes escopo do Tópico 606, uma entidade é
interessadas. obrigada a aplicar todo o modelo contábil
no Tópico 606, incluindo requisitos de
Em 3 de outubro de 2017, o Board emitiu a reconhecimento, mensuração e
proposta de Accounting Standards Update, divulgação.
Melhorias de Codificação.
4. Uma entidade está impedida de
Próximos passos: o Board considerará o apresentar uma transação com um
feedback recebido nas Atualizações Propostas participante colaborativo como receita se
de Padrões Contábeis em uma próxima não atender ao escopo a ser contabilizado
reunião. no Tópico 606.

Arranjos Colaborativos – Melhorias O Board decidiu tentativamente não fornecer


Direcionadas orientação de implementação adicional para
esclarecer os conceitos do Tópico 606 de
Status: deliberações iniciais. transferência de controle e cliente no contexto
de acordos colaborativos. No entanto, o Board
O objetivo deste projeto é realizar melhorias
solicitou ao staff que discuta a necessidade de
direcionadas para a orientação no Tópico 808,
orientação de implementação com as partes
Arranjos Colaborativos, para esclarecer
interessadas.
quando as transações entre os participantes
em um acordo colaborativo estão dentro do Unidade contábil
escopo da orientação de receita. O projeto
também inclui pesquisas sobre um potencial O Board decidiu expandir o escopo do projeto
modelo de “não receita” que melhoraria e para abordar a orientação para a unidade
alinharia o relatório financeiro de transações contábil no Tópico 808 para ser consistente
que não estão dentro do escopo da orientação com a orientação de produtos ou serviços
de receita. distintos no Tópico 606.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  110


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Modelo de “não receita” Melhorias Direcionadas de Consolidação


para Orientação de Partes Relacionadas
O Board solicitou ao staff que discuta um para Entidades de Interesse Variável
modelo “não receita” com as partes
interessadas para obter feedback sobre os Status: deliberações sobre o exposure draft.
potenciais impactos do modelo na prática
atual e para discutir possíveis desafios Após o Board ter decidido adicionar à sua
operacionais com a aplicação do referido agenda técnica um projeto sobre
modelo. reorganização de consolidação e melhorias
direcionadas em sua reunião de 2 de
Próximos passos: o Board direcionou o staff a novembro de 2016, o Board direcionou o staff
realizar reuniões com várias partes a pesquisar questões relacionadas à aplicação
interessadas para discutir o modelo proposto do modelo de entidade de interesse variável
de “não receita”. Na próxima reunião, o staff (VIE) às entidades sob controle comum. O
planeja apresentar ao Board os resultados de staff pesquisou alternativas que reduziriam o
discussões com as partes interessadas e custo e a complexidade de aplicar a
também discutir transição, data efetiva e orientação, mantendo informações úteis para
custo/benefício. os usuários das demonstrações financeiras.

Reorganização de Consolidação e Em reunião realizada no dia 8 de maio de


Melhorias Direcionadas 2017, o Board discutiu assuntos como
determinação se um controle comum existe,
Status: período de comentários do exposure aplicação do modelo VIE em uma entidade
draft. que não mais pode aplicar a alternativa
contábil de companhia privada, data de
O objetivo deste projeto é reorganizar a vigência e transição.
orientação no Tópico 810, Consolidação. O
Board identificou pelas partes interessadas Próximos passos: o Board considerará o
que o Tópico 810, da forma atualmente feedback recebido sobre as Atualizações
organizada, é difícil de navegar e é Propostas de Padrões Contábeis em uma
reorganizado na orientação ao profissional reunião futura.
para auxiliar os profissionais e preparadores
em sua aplicação. Além disso, algumas partes Contabilidade do Cliente para Custos de
interessadas indicaram que existem certos Implementação Incorridos em um
termos e conceitos que são excessivamente Arranjo de Computação na Nuvem que é
complexos e poderiam ser esclarecidos. Considerado um Contrato de Serviço

Em reunião realizada no dia 21 de junho de Status: deliberações iniciais.


2017, o Board confirmou sua decisão sobre os
requisitos de transição, decidiu que os Em abril de 2015, o FASB emitiu o Accounting
benefícios das alterações na atualização Standards Update 2015-05, que fornece
proposta justificariam os custos relacionados e orientação sobre a contabilização de taxas
decidiu que o período de comentários para a pagas em um arranjo de computação em
atualização proposta deve ser de 75 dias. nuvem (também conhecido como um arranjo
de hospedagem). A premissa geral dessa
Próximos passos: o Board considerará o orientação é que uma entidade deve avaliar
feedback recebido sobre as Atualizações um arranjo de computação em nuvem para
Propostas de Padrões Contábeis em uma determinar se o arranjo fornece à entidade o
reunião futura. controle de uma licença para o software de
uso interno.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  111


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Em cartas-comentários sobre o exposure draft aquisições de ativos e de negócios em vez de


que resultaram no Update 2015-05, várias abordar diferenças na contabilização de
partes interessadas expressaram vendas ou desreconhecimento de ativos e de
preocupações sobre o alcance das alterações e negócios. Foi decidido também que o projeto
solicitaram orientação adicional sobre a se concentraria em certas áreas dentro dos
contabilização dos custos de implementação modelos de aquisição, especificamente a
associados aos arranjos de computação em contabilização de custos de transação,
nuvem que não atendam aos critérios listados pesquisa e desenvolvimento de processos e
anteriormente e, portanto, são considerados consideração contingente.
contratos de serviço. As partes interessadas
expuseram que, sem orientação explícita, a O Board também recomendou que o staff
diversidade na prática continuaria em relação considerasse se certas exceções na
à contabilização desses custos de contabilização de combinações de negócios
implementação. Os custos de implementação deveriam ser estendidas à contabilização de
incluem a configuração e outras taxas iniciais aquisições de ativos, incluindo a reavaliação
para obter o arranjo pronto para uso. Outros de determinados contratos (como
custos de implementação podem incluir arrendamentos) e as exceções de mensuração
treinamento, criação ou instalação de uma associadas aos direitos adquiridos, ativos de
interface, reconfiguração de sistemas indenização e arrendamentos.
existentes e reformatação de dados. As
entidades analisaram diferentes áreas da Próximos passos: o staff irá realizar uma
Codificação para obter orientações sobre como pesquisa para ser apresentada ao Board
contabilizar esses outros custos de durante as deliberações.
implementação incorridos em um arranjo de
Melhorias na Contabilização de
computação em nuvem que é considerado um
Pagamentos Baseados em Ações para
contrato de serviço porque atualmente não há
Não Empregados
orientação explícita sobre eles.
Status: deliberações sobre o exposure draft.
Próximos passos: o Emerging Issues Task
Force (EITF) irá discutir a questão na reunião
O objetivo do projeto é reduzir o custo e a
de 12 de outubro de 2017.
complexidade e melhorar a contabilização da
concessão de pagamentos baseados em ações
Melhorias de Contabilização para
para não empregados emitidos por empresas
Aquisição de Ativos e Combinação de
públicas e privadas.
Negócios (Fase 3 da Definição do Projeto
de Negócios)
Em reunião ocorrida no dia 30 de novembro
de 2016, o Board discutiu os comentários
Status: deliberações iniciais.
recebidos de revisores externos e concordou
O objetivo deste projeto (Fase 3) é melhorar a em reter os requisitos de transição
contabilização de aquisições de ativos e previamente acordados pelo Board e em
combinações de negócios alinhando a solicitar feedback sobre a operacionalidade
contabilização do reconhecimento e dos requisitos através da exposição e para
desreconhecimento de ativos e negócios. postergar a discussão sobre a interação da
data efetiva com o Tópico 606, Receita de
Em reunião realizada no dia 2 de agosto de Contratos com Clientes, até a exposição das
2017, o Board decidiu que o projeto deveria alterações propostas.
abordar as diferenças na contabilização de

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  112


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

O Board decidiu exigir o uso do termo Próximos passos: o Board irá considerar os
contratual como um item para a mensuração feedbacks recebidos sobre as Atualizações
de transações de pagamentos baseados em Propostas de Padrões Contábeis em uma
ações para não empregados. O Board também reunião futura.
concluiu que recebeu informações e análises
suficientes sobre as próximas emendas Correções e Melhorias Técnicas
propostas sobre o tema para tomar uma
decisão sobre as questões apresentadas e que Status: deliberações sobre o exposure draft.
os benefícios esperados justificam os custos
O objetivo deste projeto é fornecer
relacionados.
atualizações regulares e melhorias ao FASB
Próximos passos: o Board irá considerar os Accounting Standards Codification com base
feedbacks recebidos sobre as Atualizações em reações das partes interessadas.
Propostas de Padrões Contábeis em uma
Próximos passos: o Board irá considerar os
reunião futura.
feedbacks recebidos sobre as Atualizações
Reconhecimento de Receita de Propostas de Padrões Contábeis em uma
Subvenções e Contratos por Entidades reunião futura.
sem Fins Lucrativos
Estrutura de Divulgação – Revisão de
Status: período de comentários do exposure Divulgação: Planos de Benefícios
draft. Definidos

O objetivo deste projeto é melhorar e clarificar Status: deliberações sobre o exposure draft.
a orientação existente sobre o reconhecimento
O objetivo e foco primário da Estrutura de
de receita de subvenções e contratos por
Divulgação é melhorar a eficácia das
entidades sem fins lucrativos.
divulgações em notas explicativas das
Em reunião realizada no dia 7 de junho de demonstrações financeiras comunicando
2017, o Board discutiu: (1) comentários de claramente a informação que é mais
revisores externos sobre um rascunho das importante para os usuários das
Atualizações Propostas de Padrões Contábeis demonstrações financeiras de cada entidade.
para esclarecer o escopo e a orientação Alcançar o objetivo de melhorar a eficácia
contábil no Tópico 958, Entidades sem Fins exigirá o desenvolvimento de uma estrutura
Lucrativos, para as contribuições recebidas e que promova decisões consistentes sobre os
as contribuições feitas; e (2) quaisquer requisitos de divulgação pelo Board e o
questões restantes, incluindo custos e exercício apropriado do poder discricionário
benefícios, e tomou as seguintes decisões: o por parte da entidade.
Board decidiu remover a frase “evento futuro
Em reunião realizada no dia 13 de julho de
e incerto” da definição de uma condição
2016, o Board discutiu um resumo dos
imposta pelo doador e que o prazo para o
comentários recebidos sobre as Atualizações
período de comentários deve ser de 90 dias a
Propostas de Padrões Contábeis – Benefícios -
partir da data de emissão da atualização
Benefícios de Aposentadoria - Planos de
proposta.
Benefícios Definidos - Geral (Subtópico 715-
O staff elaborará uma proposta de 20): Mudanças nos Requisitos de Divulgação
Atualizações de Padrões Contábeis para para Planos de Benefícios Definidos. O Board
votação. não tomou decisões técnicas; no entanto,
orientou o staff a realizar pesquisas sobre
aspectos específicos da atualização proposta.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  113


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Próximos passos: o staff planeja realizar Estrutura de Divulgação – Revisão de


pesquisas sobre aspectos específicos da Divulgação: Estoques
atualização proposta.
Status: deliberações sobre o exposure draft.
Estrutura de Divulgação – Revisão de
Divulgação: Mensuração do Valor Justo Em reunião realizada no dia 21 de junho de
2017, o Board discutiu um resumo dos
Status: deliberações sobre o exposure draft. comentários recebidos sobre as Atualizações
Propostas de Padrões Contábeis – Estoques
Em reunião realizada no dia 1º de junho de (Tópico 330), Estrutura de Divulgação:
2016, o Board analisou um resumo dos Mudanças nos Requisitos de Divulgação para
comentários recebidos sobre as Atualizações os Estoques. Nenhuma decisão técnica foi
Propostas de Padrões Contábeis, Mensuração tomada nessa reunião.
do Valor Justo (Tópico 820), Estrutura de
Divulgação - Mudanças nos Requisitos de Próximos passos: conforme solicitado pelo
Divulgação para a Mensuração do Valor Justo. Board, o staff realizará pesquisas adicionais
O staff planeja realizar atividades de sobre os requerimentos de divulgação
divulgação com investidores e outros usuários propostos para mudanças no saldo do
de demonstrações financeiras na atualização estoque. O Board também solicitou ao staff
proposta. O Board não tomou nenhuma que considerasse a aplicação dessas
decisão técnica. divulgações propostas às companhias cujo
negócio seja de fabricação e venda em
Próximos passos: o staff planeja realizar atacado e as necessidades dos usuários das
atividades de divulgação com investidores e demonstrações financeiras nessas indústrias.
outros usuários de demonstrações financeiras O staff apresentará um plano para
na atualização proposta. deliberações coletivamente com os outros
projetos em uma reunião futura.
Estrutura de Divulgação – Revisão de
Divulgação: Impostos sobre o Lucro Estrutura de Divulgação – Divulgação:
Reportes Intermediários
Status: deliberações sobre o exposure draft.
Status: deliberações iniciais.
Em reunião realizada no dia 25 de janeiro de
2017, o Board discutiu um resumo dos Em reunião ocorrida em 7 de janeiro de 2015,
comentários recebidos sobre as Atualizações o Board continuou as deliberações acerca do
Propostas de Padrões Contábeis – Impostos FASB Concepts Statement, Estrutura
sobre o Lucro (Tópico 740), Estrutura de Conceitual para Relatórios Financeiros –
Divulgação: Mudanças nos Requisitos de Capítulo 8: Notas Explicativas às
Divulgação para os Impostos sobre o Lucro. Demonstrações Financeiras, com foco nos
Nenhuma decisão técnica foi tomada nessa relatórios intermediários. Como um próximo
reunião. passo em suas deliberações, o Board
direcionou o staff a analisar como a Estrutura
Próximos passos: em 6 de junho de 2017, o Conceitual proposta afetaria as divulgações
Board irá se reunir com o Investor Advisory intermediárias existentes relacionadas à
Committee para discutir a apresentação do mensuração do valor justo e ao
projeto de padrões. Após a reunião, o staff irá reconhecimento de receita no Tópico 270,
desenvolver e apresentar um plano para Relatórios Interinos.
deliberações.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  114


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Próximos passos: em uma reunião futura, o Em reunião realizada no dia 8 de junho de


Board discutirá uma análise do staff de 2016, o Board deliberou sobre temas como
requisitos de divulgação que devem ser escopo, divulgações e restrições.
incluídos no Tópico 270, que considera o
feedback recebido do FASB Concepts Próximos passos: o Board irá continuar as
Statement, Estrutura Conceitual para deliberações em uma próxima reunião.
Relatórios Financeiros – Capítulo 8: Notas
Explicativas às Demonstrações Financeiras. Relatório de Desempenho Financeiro -
Desagregação de Informações de
Estrutura de Divulgação – Divulgação: Desempenho
Processo de Decisão da Entidade
Status: deliberações iniciais.
Status: deliberações sobre o exposure draft.
O objetivo deste projeto é melhorar a utilidade
Em reunião ocorrida no dia 14 de dezembro para tomada de decisão da demonstração do
de 2016, o Board revisou um sumário dos resultado através da desagregação da
comentários recebidos nas Atualizações informação de desempenho.
Propostas de Padrões Contábeis, Notas
Explicativas às Demonstrações Financeiras Em reunião realizada no dia 20 de setembro
(Tópico 235): Avaliando se as Divulgações São de 2017, o Board decidiu adicionar um projeto
Materiais, e as alterações propostas ao FASB à agenda técnica para se concentrar na
Concepts Statement, Estrutura Conceitual desagregação das informações de
para Relatórios Financeiros – Capítulo 3: desempenho, seja através da apresentação na
Características Qualitativas de Demonstrações demonstração do resultado ou divulgação nas
Financeiras Úteis. O Board também discutiu os notas explicativas. O Board decidiu basear o
objetivos para uma reunião pública sobre a projeto em desagregação das linhas funcionais
estrutura de divulgação. em componentes naturais.

Próximos passos: em 6 de junho de 2017, o Próximos passos: o staff elaborará um plano


Board irá se reunir com o Investor Advisory de projeto para discussão em uma reunião
Committee para discutir a divulgação do futura.
projeto. Após essa reunião, o staff irá produzir
Reporte de Segmentos
e apresentar um plano para deliberação.
Status: deliberações iniciais.
Divulgações por Entidades Comerciais
sobre Assistência Governamental
O objetivo deste projeto é realizar melhorias
nos critérios de agregação de segmentos e
Status: deliberações sobre o exposure draft.
divulgações para fornecer aos usuários
O objetivo deste projeto é desenvolver informações mais úteis para a decisão sobre
requisitos de divulgação sobre assistência os segmentos reportáveis de uma entidade
governamental que aprimorem o conteúdo, a pública.
qualidade e a comparabilidade de informações
Em reunião realizada no dia 20 de setembro
financeiras e demonstrações financeiras e que
de 2017, o Board decidiu adicionar um projeto
respondam às questões emergentes no
à agenda técnica sobre relatórios de segmento
ambiente econômico e financeiro no qual as
que se concentrará em melhorias nos critérios
entidades operam.
de agregação de segmentos e requisitos de
divulgação.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  115


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Para os critérios de agregação de segmentos, Simplificação da Classificação de Dívida


o Board decidiu que poderia: no Balanço

1. Mover os limites do segmento reportável Status: norma final.


para ser parte da orientação de
agregação, ou seja, desenvolver um limite O objetivo deste projeto é fornecer
claro para a agregação. orientações que irão reduzir o custo e a
complexidade da determinação da
2. Remover os critérios de agregação, mas classificação da dívida entre circulante e não
reter a orientação do limite prático. circulante.

O Board direcionou o staff a realizar atividades Em reunião ocorrida em 13 de setembro de


adicionais com empresas públicas de médio e 2017, o Board finalizou as deliberações acerca
pequeno portes para entender o efeito das do Accounting Standards Update, Dívida
alternativas acima. (Tópico 470): Simplificação da Classificação de
Dívida em um Balanço Classificado (Circulante
Para os requerimentos de divulgação de versus Não Circulante).
segmentos, foram consideradas três
alternativas. O Board poderia: Entre outras, o Board realizou as seguintes
decisões:
1. Adicionar peças individuais de informações
de segmento à lista de divulgações O Board confirmou as alterações propostas de
requeridas. que a dívida e outros instrumentos dentro do
escopo do Accounting Standards Update final
2. Exigir as divulgações no Tópico 280, devem ser classificados como passivos não
Reporte de Segmentos, a serem circulantes em um balanço classificado se um
reportadas em uma tabela. dos seguintes critérios for cumprido a partir
da data do balanço:
3. Exigir uma tabela de informações
regularmente revisadas baseada em como 1. O passivo é contratualmente obrigado a
elas se relacionam com as linhas nas ser liquidado em mais de um ano (ou ciclo
demonstrações financeiras. operacional, se for mais) após a data do
balanço.
Os membros do Board expressaram
preferência pelas alternativas 1 e 2, mas 2. A entidade possui um direito contratual de
solicitaram ao staff que realizasse uma diferir a liquidação do passivo por pelo
pesquisa adicional para entender o custo de menos um ano (ou ciclo operacional, se
implementar todas essas abordagens. for mais) após a data do balanço.

Próximos passos: o staff elaborará um plano Próximos passos: o Board direcionou o staff a
de projeto que incorpore os feedbacks do realizar um rascunho do Accounting Standards
Board para avaliar os próximos passos. Update final para votação.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  116


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Sumário das principais atualizações de normas norte-americanas


(Accounting Standard Updates (ASU))

Emitidas em 2017

Referência Título Vigência


ASU 2017-13 Reconhecimento de Receita (Tópico 605), Receita de Contratos
com Clientes (Tópico 606), Arrendamentos (Tópico 840) e
Vide ASU 2017-13 para as
Arrendamentos (Tópico 842): Emendas aos Parágrafos da SEC de
diferentes datas de vigência
Acordo com o Staff Announcement de 20 de Julho de 2017 e
Rescisão de Comentários Prévios
ASU 2017-12 Derivativos e Hedging (Tópico 815): Melhorias Direcionadas para Períodos anuais que iniciam
a Contabilização de Atividades de Hedging após 15 de dezembro de 2018
ASU 2017-11 Lucro por Ação (Tópico 260); Distinguindo Passivos do
Patrimônio Líquido (Tópico 480); Derivativos e Hedging (Tópico
815): (Parte I) Contabilização de Determinados Instrumentos
Financeiros com Recursos de Down Round, (Parte II) Períodos anuais que iniciam
Substituição do Diferimento Indefinido por Instrumentos após 15 de dezembro de 2018
Financeiros Obrigatórios e Resgatáveis de Certas Entidades Não
Públicas e Determinados Interesses de Não Controladores com
uma Exceção de Escopo
ASU 2017-10 Disposições de Concessão de Serviços (Tópico 853):
Períodos anuais que iniciam
Determinando o Cliente dos Serviços de Operação (um Consenso
após 15 de dezembro de 2017
da Força-tarefa de Assuntos Emergentes do FASB)
ASU 2017-09 Compensação – Compensação de Ações (Tópico 718): Escopo da Períodos anuais que iniciam
Contabilidade de Modificação após 15 de dezembro de 2017
ASU 2017-08 Recebíveis - Taxas Não Reembolsáveis e Outros Custos
Períodos anuais que iniciam
(Subtópico 310-20): Amortização de Prêmio em Títulos de Dívida
após 15 de dezembro de 2018
Exigíveis Comprados
ASU 2017-07 Compensação - Benefícios de Aposentadoria (Tópico 715):
Períodos anuais que iniciam
Melhorando a Apresentação do Custo da Previdência Líquida
após 15 de dezembro de 2017
Periódica e do Custo do Benefício Pós-aposentadoria Líquido
ASU 2017-06 Contabilidade do Plano: Planos de Pensão de Benefício Definido
(Tópico 960), Planos de Pensão de Contribuição Definida (Tópico
Períodos anuais que iniciam
962), Planos de Benefícios de Saúde e Bem-estar (Tópico 965):
após 15 de dezembro de 2018
Plano de Benefício do Funcionário (um Consenso da Força-tarefa
de Assuntos Emergentes)
ASU 2017-05 Outras Receitas - Ganhos e Perdas do Desreconhecimento de
Ativos Não Financeiros (Subtópico 610-20): Esclarecimento do Períodos anuais que iniciam
Escopo da Orientação de Desreconhecimento de Ativos e após 15 de dezembro de 2017
Contabilização de Vendas Parciais de Ativos Não Financeiros
ASU 2017-04 Intangíveis - Ágio e Outros (Tópico 350): Simplificando o Teste Períodos anuais que iniciam
de Impairment após 15 de dezembro de 2019
ASU 2017-03 Alterações Contábeis e Correções de Erros (Tópico 250) e
Investimentos - Método de Equivalência Patrimonial e Joint
Ventures (Tópico 323): Emendas aos Parágrafos da SEC, de Vide ASU 2017-03 para as
Acordo com os Staff Announcements nas Reuniões do EITF de 22 diferentes datas de vigência
de Setembro de 2016 e de 17 de Novembro de 2016 (SEC
Update)
ASU 2017-02 Entidades sem Fins Lucrativos - Consolidação (Subtópico 958-
810): Esclarecer quando uma Entidade sem Fins Lucrativos que é Períodos anuais que iniciam
um Sócio Geral ou um Sócio Limitado Deve Consolidar uma após 15 de dezembro de 2016
Parceria Limitada com Fins Lucrativos ou uma Entidade Similar
ASU 2017-01 Combinações de Negócios (Tópico 805): Clarificando a Definição Períodos anuais que iniciam
de um Negócio após 15 de dezembro de 2017

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  117


Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas

Emitidas em 2016

Referência Título Vigência


Correções Técnicas e Melhorias para o Tópico 606, Receita de Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-20
Contratos com Clientes após 15 de dezembro de 2016
Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-19 Correções Técnicas e Melhorias
após 15 de dezembro de 2016
Demonstração dos Fluxos de Caixa (Tópico 230): Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-18
Caixa Restrito após 15 de dezembro de 2017
Consolidação (Tópico 810): Participações Detidas por Meio de Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-17
Partes Relacionadas que Estão sob Controle Comum após 15 de dezembro de 2016
Imposto sobre a Renda (Tópico 740): Transferências de Ativos Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-16
entre Intraentidades após 15 de dezembro de 2017
Demonstração dos Fluxos de Caixa (Tópico 230): Classificação de Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-15
Certos Recebimentos e Pagamentos em Caixa após 15 de dezembro de 2017
Entidades sem Fins Lucrativos (Tópico 958): Apresentação das Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-14
Demonstrações Financeiras das Entidades sem Fins Lucrativos após 15 de dezembro de 2017
Instrumentos Financeiros - Perdas de Créditos (Tópico 326): Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-13
Mensuração das Perdas de Créditos em Instrumentos Financeiros após 15 de dezembro de 2019
As considerações dessa
Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606): atualização afetam a
ASU 2016-12
Melhorias de Âmbito Restrito e Expedientes Práticos orientação do ASU 2014-09,
que ainda não é efetiva
Reconhecimento de Receita (Tópico 605) e Derivativos e Hedging
(Tópico 815): Revogação da Orientação Emitida pela SEC Devido
ASU 2016-11 Válido desde sua emissão
à Atualização das Normas Contábeis 2014-09 e 2014-16
Conforme os Anúncios do Staff em 3 de Março de 2016
As considerações dessa
Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606): Identificando atualização afetam a
ASU 2016-10
Obrigações de Performance e Licenciamento orientação do ASU 2014-09,
que ainda não é efetiva
Compensação - Compensação em Ações (Tópico 718): Melhorias
Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-09 na Contabilização de Pagamento com Base em Ações de
após 15 de dezembro de 2016
Empregados
As considerações dessa
Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606): Considerações atualização afetam a
ASU 2016-08
sobre Principal versus Agente orientação do ASU 2014-09,
que ainda não é efetiva
Investimentos - Método de Equivalência e Empreendimentos em
Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-07 Conjunto (Tópico 323): Simplificando a Transição para a
após 15 de dezembro de 2016
Contabilização Via Método de Equivalência
Derivativos e Hedging (Tópico 815): Opções de Venda e Compra Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-06
Contingentes em Títulos de Dívida após 15 de dezembro de 2016
Derivativos e Hedging (Tópico 815): Efeito da Renovação de
Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-05 Contrato de Derivativo em Relações de Hedge Accounting já
após 15 de dezembro de 2016
Existente
Passivos - Extinção de Passivos (Subtópico 405-20):
Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-04 Reconhecimento de Quebra para Certos Produtos Armazenados
após 15 de dezembro de 2017
Pagos Antecipadamente
Intangíveis - Ágio e Outros (Tópico 350)
Combinação de Negócios (Tópico 805)
ASU 2016-03 Válido desde sua emissão
Consolidação (Tópico 810)
Derivativos e Hedging (Tópico 815)
Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-02 Arrendamentos (Tópico 842)
após 15 de dezembro de 2018
Instrumentos Financeiros - Termos Gerais
Períodos anuais que iniciam
ASU 2016-01 (Subtópico 825-10): Reconhecimento e
após 15 de dezembro de 2017
Mensuração de Ativos e Passivos Financeiros

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  118


Índices de mercado
2017 e 2016

Índices de mercado
2017 e 2016

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  119


Índices de mercado
2017 e 2016

Taxas de câmbio (Fonte: BACEN)

Dólar norte-americano x real

2017 2016

Compra Venda Médio Compra Venda Médio


Janeiro 3,1264 3,1270 3,1966 4,0422 4,0428 4,0524
Fevereiro 3,0987 3,0993 3,1042 3,9790 3,9796 3,9737
Março 3,1678 3,1684 3,1279 3,5583 3,5589 3,7039
Abril 3,1978 3,1984 3,1362 3,4502 3,4508 3,5658
Maio 3,2431 3,2437 3,2095 3,5945 3,5951 3,5393
Junho 3,3076 3,3082 3,2954 3,2092 3,2098 3,4245
Julho 3,1301 3,1307 3,2061 3,2384 3,2390 3,2756
Agosto 3,1465 3,1471 3,1509 3,2397 3,2403 3,2097
Setembro 3,1674 3,1680 3,1348 3,2456 3,2462 3,2564
Outubro 3,2763 3,2769 3,1912 3,1805 3,1811 3,1858
Novembro (*) (*) (*) 3,3961 3,3967 3,3420
Dezembro (*) (*) (*) 3,2585 3,2591 3,3523

Euro x real

2017 2016

Compra Venda Médio Compra Venda Médio


Janeiro 3,3743 3,3759 3,3944 4,3805 4,3824 4,4010
Fevereiro 3,2741 3,2753 3,3060 4,3224 4,3234 4,4034
Março 3,3883 3,3896 3,3447 4,0529 4,0539 4,1213
Abril 3,4834 3,4850 3,3624 3,9470 3,9484 4,0470
Maio 3,6436 3,6449 3,5513 4,0018 4,0039 4,0029
Junho 3,7736 3,7750 3,7036 3,5401 3,5414 3,8468
Julho 3,7010 3,7027 3,6934 3,6163 3,6183 3,6228
Agosto 3,7415 3,7435 3,7225 3,6103 3,6116 3,5974
Setembro 3,7410 3,7430 3,7330 3,6474 3,6484 3,6520
Outubro 3,8126 3,8140 3,7500 3,4798 3,4811 3,5106
Novembro (*) (*) (*) 3,5988 3,6002 3,6000
Dezembro (*) (*) (*) 3,4374 3,4384 3,5333

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  120


Índices de mercado
2017 e 2016

Índices de inflação

Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)

2017 2016
Mês Ano 12 meses Mês Ano 12 meses
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Janeiro 0,64 0,64 6,65 1,14 1,14 10,96
Fevereiro 0,08 0,72 5,38 1,29 2,44 12,09
Março 0,01 0,73 4,86 0,51 2,97 11,57
Abril (1,10) (0,38) 3,37 0,33 3,31 10,64
Maio (0,93) (1,30) 1,57 0,82 4,15 11,09
Junho (0,67) (1,97) (0,78) 1,69 5,91 12,22
Julho (0,72) (2,67) (1,66) 0,18 6,10 11,65
Agosto 0,10 (2,57) (1,71) 0,15 6,26 11,51
Setembro 0,47 (2,12) (1,45) 0,20 6,48 10,68
Outubro 0,20 (1,92) (1,41) 0,16 6,65 8,80
Novembro (*) (*) (*) (0,03) 6,62 7,14
Dezembro (*) (*) (*) 0,54 7,17 7,17

Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)

2017 2016
Mês Ano 12 meses Mês Ano 12 meses
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Janeiro 0,43 0,43 6,02 1,53 1,53 11,65
Fevereiro 0,06 0,49 5,26 0,79 2,33 11,93
Março (0,38) 0,11 4,41 0,43 2,78 11,07
Abril (1,24) (1,13) 2,74 0,36 3,15 10,46
Maio (0,51) (1,64) 1,07 1,13 4,32 11,26
Junho (0,96) (2,58) (1,51) 1,63 6,02 12,32
Julho (0,30) (2,87) (1,42) (0,39) 5,61 11,23
Agosto 0,24 (2,64) (1,61) 0,43 6,07 11,27
Setembro 0,62 (2,04) (1,04) 0,03 6,10 9,74
Outubro 0,10 (1,94) (1,07) 0,13 6,24 7,99
Novembro (*) (*) (*) 0,05 6,29 6,77
Dezembro (*) (*) (*) 0,83 7,18 7,18

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  121


Índices de mercado
2017 e 2016

Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna/


Fundação Getúlio Vargas (IPC - DI/FGV)

2017 2016
Mês Ano 12 meses Mês Ano 12 meses
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Janeiro 0,69 0,69 5,05 1,78 1,78 10,59
Fevereiro 0,31 1,00 4,58 0,76 2,55 10,36
Março 0,47 1,48 4,55 0,50 3,07 9,37
Abril 0,12 1,60 4,17 0,49 3,57 9,24
Maio 0,52 2,13 4,04 0,64 4,23 9,15
Junho (0,32) 1,80 3,44 0,26 4,51 8,55
Julho 0,38 2,19 3,45 0,37 4,89 8,38
Agosto 0,13 2,32 3,25 0,32 5,23 8,48
Setembro (0,02) 2,30 3,16 0,07 5,30 8,11
Outubro 0,33 2,64 3,15 0,34 5,66 7,65
Novembro (*) (*) (*) 0,17 5,84 6,19
Dezembro (*) (*) (*) 0,33 6,77 6,77

Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (INPC/IBGE)

2017 2016
Mês Ano 12 meses Mês Ano 12 meses
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Janeiro 0,42 0,42 5,44 1,51 1,51 11,31
Fevereiro 0,24 0,66 4,69 0,95 2,47 11,08
Março 0,32 0,98 4,57 0,44 2,93 9,91
Abril 0,08 1,06 3,99 0,64 3,58 9,83
Maio 0,36 1,43 3,35 0,98 4,60 9,82
Junho (0,30) 1,12 2,56 0,47 5,09 9,49
Julho 0,17 1,30 2,08 0,64 5,76 9,56
Agosto (0,03) 1,27 1,73 0,31 6,09 9,62
Setembro (0,02) 1,24 1,63 0,08 6,18 9,15
Outubro 0,37 1,62 1,83 0,17 6,36 8,50
Novembro (*) (*) (*) 0,07 6,43 7,39
Dezembro (*) (*) (*) 0,14 6,58 6,58

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  122


Índices de mercado
2017 e 2016

Taxas de juros

Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)

TJLP (% ao ano)
2013 2014 2015 2016 2017
Janeiro 5,00 5,00 5,50 7,50 7,50
Fevereiro 5,00 5,00 5,50 7,50 7,50
Março 5,00 5,00 5,50 7,50 7,50
Abril 5,00 5,00 6,00 7,50 7,00
Maio 5,00 5,00 6,00 7,50 7,00
Junho 5,00 5,00 6,00 7,50 7,00
Julho 5,00 5,00 6,50 7,50 7,00
Agosto 5,00 5,00 6,50 7,50 7,00
Setembro 5,00 5,00 6,50 7,50 7,00
Outubro 5,00 5,00 7,00 7,50 7,00
Novembro 5,00 5,00 7,00 7,50 7,00
Dezembro 5,00 5,00 7,00 7,50 7,00

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)

SELIC (% ao ano)
2013 2014 2015 2016 2017
Janeiro 7,25 10,50 12,25 14,25 13,75
Fevereiro 7,25 10,75 12,25 14,25 13,00
Março 7,25 10,75 12,75 14,25 12,25
Abril 7,50 11,00 12,75 14,25 11,25
Maio 8,00 11,00 13,25 14,25 11,25
Junho 8,00 11,00 13,75 14,25 10,25
Julho 8,50 11,00 14,25 14,25 10,25
Agosto 9,00 11,00 14,25 14,25 9,25
Setembro 9,00 11,00 14,25 14,25 8,25
Outubro 9,50 11,25 14,25 14,00 8,25
Novembro 10,00 11,25 14,25 14,00 (*)
Dezembro 10,00 11,75 14,25 13,75 (*)

(*) Dados públicos não disponíveis até a data de preparação deste material.

Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2017  123


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