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Harrell
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CAPITULO VII: O FILME © Thomaz. W.M. Harrell
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A FOTOGRAFIA © Thomaz. W.M. Harrell
A Estrutura de um Filme
Fig 7.3
Ao lado vemos a estrutura de um filme em cores antes e ( Reproduzido de ficha técnica com permissão da Fujilm )
depois da revelação. (Informação Técnica Fujifilm)
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pretendem ter as suas fotos publicadas em revistas ou publicidade. uso de filmes reversíveis inclui a preparação de slides para
Ainda, existe um setor que produz audio visuais ou apresentações e aprsentações audio visuais ou CROMOS para impressão em co-
utiliza as fotografias num projetor. Dentistas, médicos e empresários res. Na televisão as reportagens eram filmadas com película cine-
estão entre este público que depende do filme positivo em cores matográfica positiva antes do vídeo ser inventado. As equipes sai-
denominado de “slide”. am para filmar, voltavam com as matérias e estas eram reveladas
(frequentemente na própria emissora) para depois serem coloca-
FILMES EM PRETO E BRANCO das no tele-cine para teledifusão. O filme positivo, ou reversível tam-
O filme preto e branco não possui corantes sendo que a sua bém é conhecido como CROMO por seu nome ser dirivado do filme
composição é unicamente de prata sensível. Hoje os filmes preto e Kodachrome da Kodak. Hoje porém filmes de todas as maracas cuja
branco são panchromáticos ou seja são sensíveis a todas as cores denominação termina em “chrome” indica tratar-se de um filme
e as traduzem para diferentes tons de cinza. revesível. Por isto temos além de Kodachrome, Fujichrome,
Agfachrome, Ilfrochorme e assim por diante. Por outro lado tudo que
FILMES COLORIDOS termina em “color” indica um filme negativo colorido.
Um filme colorido pode ser tanto do tipo negativo ou positivo FILMES NEGATIVOS
(reversível) e se diferencia de um filme preto e branco em que a sua
emulsão é composta de ao menos três camadas diferentes, cada Um negataivo é um filme que produz uma imagem inverida
uma com um corante para captar aproximadamente um terço do es- dos valores luminosos de uma cena. Os valores mais escuros de
pectro visível (Ver fig.3.25.) O processo é muito parecido ao pro- uma cena parecerão mais claros num negativo e os malores mais
cesso gráfico de impressão em cores. A teoria como já vimos ante- calros parecerão mais escuros daí que a cena é dita de invertida ou
riormente, é que o espectro visível pode ser dividido em três cores “negativa”. Nos filmes negativos coloridos a inversão também existe
primárias das quais podem ser em relação as cores portanto um objeto que aparece como azul no
reproduzidas todas as outras co- Fig 7.6 negativo é na realidade vermelho na vida real e é assim que será na
res. cópia positiva.
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2. GRANULAÇÃO dois pontos mostrará as partes escuras de uma cena como preto
total (sem nenhum detalhe) Da mesma forma, dois pontos de super-
Este termo refere-se exposição produziriam altas luzes completamente lavadas (sem ne-
aos grãos de prata metálica nhum detalhe).
que constituem a imagem.
Existem diversos fatores que 4. CONTRASTE
afetam a granulação de um fil- Uma emulsão contrastada representa uma cena com menos
me. Já mencionamos por tons de cinza do que uma emulsão de baixo contraste. Em fi lmes
exemplo que filmes muito sen- coloridos as emulsões contrastadas apresentam cores ricas e
síveis possuem estrutura gra- saturadas com poucos tons intermediários. As emulsões de baixo
nular maior. Mas o fator contraste por outro lado repesentam a cena com cores suaves e tons
granulação também pode ser sutis de pastel. O exemplo abaixo deve servir para ilustrar a diferen-
afetado pela revelação do fil- ça entre uma cena com muito contraste e com pouco contraste
me ou por temperaturas mais
Fig. 7.9 Fotografia Granulada e de 5. DEFINIÇÃO
alto contrase elevadas nas soluções. De for-
ma geral a granulação é uma A definição ou resolução de uma emulsão é determinada pela
característica de todos os filmes. em certos casos uma estrutura gra- sua capacidade de registrar um certo número de linhas por milimetro.
nular maior possui um certo apelo, sobre tudo em cenas de realismo Alguns fabricantes publicam esta informação em forma de
que imitam um estilo documentário. O grão também se torna mais graficoschamadas de curvas de tranferência de modulação (M.T.
evidente quando o filme é submetido a maiores níveis de ampliação.
Hoje, a nova tecnologia de grãos “T” está revolucionando a fotogra-
fia e trazendo altos níveis de resolução a filmes profissionais e ama-
dores. O resultado é que as pessoas podem utilizar filmes de maior
sensibilidade com estrutura granular de filmes de sensibilidade bai-
xa.
3. LATITUDE DE EXPOSIÇÃO
Este termo descreve a capacidade de uma emulsão de re-
gistrar detalhes em condições de super-exposição e sub-exposição
. Normalmente filmes negativos tem mais latitude de exposição que
os filmes reversíveis. Um filme negativo por exemplo pode tolerar
diferenças de exposição de até quatro pontos em quanto que um
filme reversível não podetolerar mais do que dois diafragmas. O que Fig. 7.10 Cena fotografada com filme de contrase normal
isto significa na prática? Um filme reversível com sub-exposição de comparada com outra feita em filme de muito contrase
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OS FORMATOS
Formato 6 x 8 cm
(formato médio)
Formato 6 x 6 cm
(formato médio)
Formato 4,5 x 6 cm
(formato médio)
Formato 6 x 7 cm
(formato médio)
Um tipo de filme que se encontra em sua própria categoria e quanto ao enquadramento, iluminação, disposição dos objetos e uma
que prometeu revoluciaonar a fotografia é o filme Polaroid. O filme série de outros fatores antes de fazer a fotografia definitiva. A polaroid
poraroid é um filme instantâneo ou seja ele fornece cópias em pou- já experimentou com a possibilidade de cópias gigantes e colocou
cos segundos depois da exposição. A ideia é genial e o concéito é equipamentos carissimos nas mãos de artistas e fotografos na ten-
absolutamente revolucionário. O Dr. Land inventor do processo tativa de encontrar novas
POLARIOD entre milhares de outras invençoes lutou durante anos para aplicações para o seu
tornar o seu processo viável e acessível. A forma por ele encontrada processo mas o custo
foi de criar um filme que produzia uma cópia fotográfica dentro da por cópia ainda é muito
câmara em lugar de um negativo. No processo Polaroid portanto alto para se justificar. A
filme e cópia são uma só. A fotografia é tirada e a luz sensibiliza o introdução da fotografia
filme/papel/emulsão. digital representa uma
No processo manual, uma lingueta é puxada e isto causa a séria ameaça para a fo-
ruptura de involucros contendo os reagentes que precipitam a reve- tografia polariod que
lação em apenas alguns segundos a uma temperatura ambiente de está literalmente empur-
28 graus. rando esse processo
No processo automático um motor puxa a pose pelo proces- para o esquecimento.
so e a fotografia pronta sai da câmara em instantes.
Lançado ha mais de 30 anos, este processo continua no mer-
cado embora se encontre hoje em pleno declinio.
Os maiores problemas com o processo Polaroid são que o
fotógrafo tem sómente uma cópia da foto e não ha processo simples Fig. 7.13
para se fazer ampliações ou outras cópias das mesmas. O segundo Camara polarioid evidenciando a preocupação por
problema é que o filme é muito caro. um design moderno e inovador assim como facili-
Apesear dessas severas limitações o processo conquistou dade de uso por parte de amadores. Esta tem sido
uma boa fatia do mercado. Entre os profissionais ele ganhou adep- uma das caracteristica da empresa que hoje se vê
tos que utilizam o filme em suas câmaras para fazer “provas”.A pró- em apuros devido a fotografia digital..
pria Polaroid e outros fabricantes produzem “backs” (chassis) que
açeitam este tipo de filme e encaixam numa diversidade de câma-
ras profissionais. Desta forma o fotógrafo pode fazer uma série de
ensaios que podem ser analizados por ele e pelos diretores de arte
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CONSIDERAÇÕES SOBRA REVELAÇÃO DE FILMES tipo de processamento pois isto implica na alteração das a planilhas
de produção e reajuste das máquinas. Quem deseja fazer uma reve-
REVELAÇÃO NORMAL lação especial no seu filme deve estar preparado para fazê-lo ele
próprio ou pagar caro para um laboratório. Outro aspecto é que são
Todo fabricante faz testes exaustivos para determinar as me- cada vez menos os laboratórios que oferecem revelação para filmes
lhores condições para a revelação do seus filmes. Seguir estes pro- em preto e branco. Quem trabalha com filme preto e branco deve ter
cedimentos é sem dúvida o melhor caminho para se obter ótimos um laboratorista ou fazer a sua própria revelação. Para atender a
resultados. Hoje os laboratórios comerciais tanto os mini-laboratóri- demanda de quem gosta de fotografia em preto e branco, a Kodak
os quanto os convencionais, estão estruturados para seguir essas seguida por outros fabricantes lançou filmes que podem ser revela-
normas de forma satisfatória. Quanto a isso, não ha mistério. Todos dos no processo colorido mas produzem negativos em preto e bran-
os fabricantes publicam formulas para a revelação de seus filmes. co. Este tipo de filme é chamado genericamente de Preto e Branco
CN (Color Negative) ou seja pode (e deve) ser revelado nos quími-
REVELAÇÃO MANUAL cos do mini lab. É necessária uma palavra de cautela. Não é por ser
Existem ainda algumas boas razões para se fazer uma reve- preto e branco que pode ser revelado com os quimicos para preto e
lação manualmente. A primeira é geralmente relacionada com rapi- branco.
dez. Muitos fotógrafos não querem ou não podem esperar por um Ainda outro motivo para fazer a revelação manualmente é quan-
processamento comercial que pode demorar várias horas, dias ou do não existe outra forma de revelar um filme a não ser de forma
semanas. Outra razão pode ser o maior controle sobre o processo artesanal. Li nos anais de Humberto Mauro como os cineastas mi-
além da satisfação de revelar os seus próprios filmes. neiros revelavam os seus filmes na calada da noite e os lavavam
Há ainda outras situações; por exemplo quando o fotógrafo dentro dos rios. Não muito tempo depois recebí uma encomenda de
deseja alterar a revelação do seu filme para modificar a sensibilida- uma firma alemã para fotografar numa região remota no deserto de
de. Isto é feito modificando o tempo da revelação ou “puxando” o Baja California e não podendo esperar para ver os resultados mon-
processamento. Puxar na realidade é um termo mal aplicado ao pro- tamos um sistema de revelação portátil em campo. Para isto, potes
cesso pois vem do inglês “push” que significa empurrar ou forçar. Na de plástico e saquinhos comprados numa sorveteria na pequena ci-
realidade é isto que está sendo feito; a revelação do filme é forçada dade de Guaymas serviram de recipientes. Usamos um ebulidor,
dando mais tempo do que o recomendado pelo fabricante. O resul- uma banheira de plastico redonda, água filtrada e um kit da Kodak.
tado é que o filme ganha em sensibilidade mas corre-se o risco de Revelavamos a noite no banheiro do pequeno hotel onde ficamos.
contraste demasiadamente alto e a possibilidade de velar quimica- Dessa forma, foi possível obter ótimos resultados a centenas de qui-
mente o filme*. Os laboratórios comerciais resistem a fazer este lômetros de qualquer laboratório. Assim de manhã ja sabiamos dos
resultados e podiamos continurar com outros trabalhos. Hoje isto
* Véu químico. Quando um filme é revelado com temeperaturas acima do não seria necessário pois poderiamos recorrer a equipamentos di-
recomendado ou por temos maiores corre-se o risco de velar o filme quimica- gitais que nessa época não existiam. A firma alemã que encomen-
mente. O efeito é semelhante ao de ter deixado o filme exposto à luz. dou o trabalho ficou feliz com os diapositivos.
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Fig 7.7 25
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TABELA DE
100
SENSIBILDADES ISO
125
160
ISO 200
400
800
1.600
I N T E R N AT I O N A L 3.200
STANDARDS ORGANIZATION 6.400
80