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Harrell
CAPITULO V: A
TEORIA DA LUZ
.U.
A
U.
V.
.
R.X
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CAPITULO V © Thomaz. W.M. Harrell
1. A LUZ
O Espectro Eletromagnético e o
Espectro Visível
O que conhecemos por LUZ representa apenas uma pequena
parte - menos de uma vigésima parte - do total de energia eletro-
magnética existente no universo e que chamamos de espectro ele-
tromagnético . Como se sabe, o espectro eletromagnético é com-
posto de uma grande variedade de ondas de energia que vão
desde os raios gama, e raios x até ondas de rádio e TV. ( ver Fig
5.3.)
A parte visível do espectro eletromagnético é a que mais nos
interessa na fotografia e portanto quando falarmos de luz estare-
mos nos referindo ao espectro visível (Fig.5.2.) assim como a
uma pequena faixa da luz ultra-violeta e infra-vermelha que embora
invisíveis afetam o filme e os processos fotográficos em geral.
De maneira muito elementar podemos dizer que aquilo que
chamaremos aqui da teoria da luz tange nessa pequena faixa de
energia eletromagnética para a qual os nossos órgãos receptores
(olhos) são sensíveis. Também é de se notar que as outras formas
de energia conforme o seu comprimento de onda tem a sua própria
nomenclatura e não recebem mais o nome de luz. Estas vão dos Fig 5.2 O ESPECTRO VISÍVEL
raios cósmicos até as onda longas de rádio e T.V.
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Na pagina anterior vimos que o espectro visível se coloca apro- minui em proporção á
ximadamente no centro do especto eletromagnécito e que ele abran- densidade do meio que
ge as radiações com comprimento de onda entre 400 e 700 ela atravessa).
nanometros (nm). Cada radiação dentro destas faixas corresponde A melhor maneira
a uma cor do espectro. Visualmente, quando percebemos de se fazer a descrição
acombinação de radiações de todas as faixas a sensação é de luz de uma onda de luz é de
branca. Veremos o fenômeno da cor em maior detalhe um pouco trazermos à tona a lem-
mais adiante neste capitulo. brança de uma curva
2. AS CARACTERISTICAS DA LUZ sinoidal. Este tipo de
curva deve ser mais do
A luz visível possui diversas características pelas quais que conhecido por to-
podemos descreve-la . Entre estas qualidades as mais importantes Fig. 5.5 O Comprimento de Onda é a medida
dos que ja olharam na da crista de uma onda para a outra
para a nossa discussão são: comprimento de onda e frequencia , tela de um TWMH
assim como a sua intensidade, e temperatura em graus kelivin. osciloscópio. (Fig. 5-4).
Vejamos estas caracteristicas mais detalhadamente: Estas ondas se com-
portam de uma forma análoga ou semelhante às ondas do mar. As
a. Comprimento de Onda e Frequencia ondas do mar como todos sabem tem altos e baixos e viajam numa
determinada direção (geralmente do mar afora para a costa). O
Embora estajamos acostumados a descrever a luz como sen- comprimento de onda da luz é a medida que separa a crista de uma
do composta de raios esta onda da outra . (veja Fig. 5-5). A fequencia é determinada em ter-
é na realidade Composta mos de quantas cristas passam por um ponto num determinado tem-
de ONDAS ELETROMAG- po. Por exemplo se temos um poste no mar o número de ondas que
NÉTICAS que se propa- batem nele durante um minuto, seria a frequencia.
gam em linha reta do seu No tocante à luz estas medidas são extremamente pequenas
ponto de origem no espaço e são utilizadas termos especiais para descreve-las como;
à incrível velocidade de MICRONS (u) e MILIMICRONS (mu). Nanometros (nm) que é equi-
299,796 km por segundo. valente a um milimicron (mu) ou 10-6 mm.
Fora do espaço a velociade UM MICRON (u) EQUVALE A UM MILESIMO DE UM MILIMETRO. ( u = 1/
da luz é menor devido à re- 1OOOmm)
sistência encontrada com UM MILIMICRON OU NANOMETRO EQUIVALE A UM MILHONÉSIMO DE UM mm
meios físicos como o ar o (mu = 1/000000mm)
vidro ou a água ( a regra diz Fig. 5.4 As ondas de luz se movem
numa determinada direção de forma
que a velocidade da luz di-
rectilínea. TWMH
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As ilustrações 5.3. e 5.4. mostram a direção das ondas de seu comprimento de onda mas a ESCALA KELVIN DE TEMPERA-
luz e a forma com que é feita a medida do seu comprimento de onda. TURA DE LUZ . Na escala Kelvin a luz branca fica por volta dos 5.
1
Na figuras 5-1 e 5.2. vemos que sómente as frequencias entre 400 500 graus (Luz do sol ao meio dia). O conhecimento da temperatura
e 700 nm (Nanómetros) são visiveis ao olho humano sendo que as de uma fonte de luz é de inestimável utilidade na fotografia pois fil-
outras, desde os raios gamma até as ondas de rádio e T.V. são total- mes, câmaras de video, luzes de estúdio, etc. são calibrados para
mente imperceptiveis a nossa visão. Esta faixa entre 400 e 700 nm fontes de luz em Grauz Kelvin. Norlmalmente os filmes são balance-
constitui o espectro vísível. ados ou para luz dia (5.500 0K) ou para luz de estúdio (quartzo-
halôgeno) (3.200 0K).
b. Intensidade O conçeito de "temperatura" da luz procede do fato que esta
Já vimos que a luz é uma forma de energia como as outras medida é derivada do aquecimento de um instrumento de laborató-
formas de radiação do espectro eletromagnético. Normalmente a rio chamado de corpo preto. Quando o corpo preto é aquecido a
luz é associada à inacandêscencia ou seja por estar em intensa uma temperatura de 5.500 graus ele produz luz com as mesmas
atividade molecular, uma fonte de luz emite calor ao mesmo tempo carracteristicas da luz do dia ou seja aquilo que nos conhecemos
que emite luz . O sol e o fogo são os melhores exemplos de fontes por luz branca. De forma geral pode-se afirmar que as temperaturas
naturais de luz que emitem calor . Sabemos que o sol está em cons- para cima de 5.500 oK (daylight ou luz dia ) tendem para o azul e as
tante e violenta ebulição. O resultado desta ebulição emite calor e que se encontram para baixo tendem para o vermelho.
luz. Normalmente quanto maior a atividade maior é a quantia de luz É por isto que na
emitida. As lâmpads elétricas recebem energia eletrica e isso faz tabela 5.8. a luz do ceu Fig 5.6
Kelvinometro Gossen herdado do fotógrafo
incandecer um filamento metalico no seu interior. Esse filamento é tem uma temperatura de alemão Josef Franz Helm.
feito de tungstênio, um metal que queima ou incandesce dento de 18.000 graus Kelvin e a
um vácuo, com muita estabilidade de onde vem o termo "luz de luz de vela apenas
tungstênio" ou lâmpadas incandecentes. 1.500K. Ao conhecermos Foto:TWMH
Na fotografia, o termo intensidade diz respeito ao a temperatura de uma fon-
fluxo luminoso emitido por uma fonte que atinge uma determinada te de luz podemos deter-
area ou que é refleitdo por sua superficie. Para medirmos a intensi- minar com bastante pre-
dade da luz são utilizados instrumentos de medição chamados de cisão qual será o resulta-
fotômetros ( Veja As Unidades Fotomêtricas ). do que será obtido no fil-
me.
c. Temperatura da Cor Os instrumentos
Na discussão sobre comprimento de onda vimos que a essa utilizados para medir a
caracteristica determina a cor da luz (Veja a ilustração 5.2 , O es- temperatura da luz emiti-
pectro visível). Em matéria de fotografia porém a escala utilizada para da por uma fonte seja ela
descrever a cor produzida por uma determinada fonte de luz não é o o sol ou luzes de estúdio
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White Balance:
O procedimento que ficou conhecido como “tirar o branco” ou White Balace
diz respeito à regulagem da temperatura em graus Kelvin para uma deter-
Fig. 5.7 Algumas fontes de luz e suas respectivas temperaturas minada fonte de luz mediante o uso de filtros na câmara. Acima vemos
situações típicas com diferentes regulagens de filtros. uma adequada para
a fonte de luz e uma iadequada para essa fonte.
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c) Cor: As Cores Primárias do Espectro. As cores primárias do espectro visível são portanto: Vermelho, Ver-
de e Azul.
Torna-se necessário tornarmos mais clara a discussão
das cores em relação a luz. Nas páginas anteriores vimos que a luz Vermelho = R (Red)
é apenas uma das formas de energia dentro do espectro eletro- Verde = G (Geen)
magnético. Vimos também que sómente a faixa entre 400 e 700 Azul = B (Blue)
nanometros é visível ao olho humano e que cada comprimento de
onda determina a cor da luz. Por exemplo podemos ver que luz por O sistema fundamentado nas cores primárias é a base de
volta dos 400nm se aproxima mais do azul ou do violeta. Do outro muitos processos de reprodução das cores incluindo a fotografia
lado está a luz que se aproxima do vermelho por estar associada ao
infraverfmelho cuja faixa do espectro está bem próxima dos 700nm.
Ficou evidente também que não é prático descrever a cor de Fig 5.10 A luz branca
uma determinada fonte de luz por seu comprimento de onda ou faixa pode ser recomposta
no espectro embora isto seja possível. Em lugar disto o método a partir das tres cores
utilizado é o sistema de temperatura da primárias (velmelho,
cor em Graus Kelvin. Esse sistema nos verde e azul ). Esta
eloquente imagem
da uma forma muito precisa de determi- mostra três feixes de luz
nar a cor de uma fonte de luz. (Infelizmente o azul fica
quase invisível ) sendo
utilizados para formar
Devemos lambrar igualmente, luz branca no ponto de
que aquilo que chamamos de luz (me- sua convergência.
lhor dizer luz branca) é na realidade uma
mistura de todas as faixas do espectro
entre 400 e 700 nanometros (nm). Este
fato jà foi comprovado por Newton com
brilhandte simplicidade ao decompor a positiva e a televisão. Este sistema é conhecido como o sistema
luz branca por meio de um prisma. (ver RGB ou Sistema Aditivo de Cores. Toda a teoria da fotografia em
fig 5.9 ) O mais importante de tudo isto Fig. 5.9 Luz branca (aqui vista cores é fundamentada no princípio da decomposição da luz em
é que ao decompor a luz tornou-se evi- como um feixe azulado por es- tres cores primárias e suas complementares.
dente que com sómente três cores é pos- tar sendo projetada encima de
sível criar ou recompor todas as outras um fundo preto) sendo decom-
cores. Estas três cores recebem por posta nas cores do arco iris ao
transpassar um prisma.
este motivo o nome de cores primárias.
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d). O Processo Aditivo e O Processo Subtrativo; das tres cores complementares dá preto (ausência de luz -processo
Acabamos de mencionar que além das cores primárias exis- subtrativo).
tem as suas complementares. As cores complemetares recebem Na Fig 5.12 por exemplo, vemos que os filtros são muito efi-
esse nome porque são produzidas pela complementação de duas cazes para bloquear ou absorver cores de determinadas faixas e
das cores primárias. Se projetarmos as três cores primárias numa transmitir outras. No primeiro exemplo (1.), um filtro de cor MAGENTA
tela (ver Fig. 5.10), as cores complemetares aparecerão onde duas bloqueia o VERDE e transmite o AZUL e o VERMELHO. No segun-
cores primárias se sobrepõem No ponto onde as três cores primá- do exemplo (2.), o filtro AMARELO bloqueia sómente o AZUL e
rias convergem, haverá luz branca. permite a passagem do VERMELHO e do VERDE. Já o filtro CIANO
As cores complementares produzidas são o amarelo onde o (3.) permite a passagem do AZUL e do VERDE mas bloqueia o VER-
azul e o verde conicidem, o magenta onde o azul e o vermelho se MELHO.
complementam, e ciano onde o amarelo e o azul se complemenam. Si no lugar dos filtros complementares fossem usados filtros
Este é chamado de sistema ou processo aditivo de cores . primários sómente uma cor poderia passar pois o VERMELHO blo-
Por outro lado se três filtros de cores complementares forem queia tanto o AZUL como o VERDE. O VERDE absorve tanto o
vistos contra uma luz branca estes formarão as cores primárias em AZUL quanto o VERMELHO e o AZUL corta o VERDEe o VERME-
seus diferentes pontos de conicidência. Onde as três complementa- LHO. Vemos portanto que um controle completo das cores é possí-
res se tocam haverá total bloqueio da luz. Haverá portanto preto. vel mediante o uso dos filtros.
este sistema é chamado do processo subtrativo de cores.
Se pensarmos um pouco a respetio das origens dos nomes Fig. 5.12 Luz passando por filtros complementares e sendo
destes processos será bastante fácil lembrar a sua função. No pro-
cesso aditivo as cores primárias combinam ou somam para criar as
cores complementares. As três cores primárias combinadas em
quantias iguais dão luz branca (uma soma de todas as cores- pro- 1.
cesso aditivo).
Por outro lado, as cores complementares cancelam ou sub-
traem das cores primárias. Uma combinação de quantias iguais
2.
Fig 5.11 O processo
aditivo de cores. As
cores primárias do
espectro visível quando
3.
VELMELHO AZUL
TWMH
VERDE TWMH
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Onde duas cores primarias coincidem cria- Onde duas das cores complementares se
se uma cor complementar. No ponto de sobrepõem cria-se uma cor primária. No
Fig. 5.13. O
convergência das três ha soma portanto ponto de convergência das três não há
processo
luz branca que é o produto das três. passagem de luz portanto a cor é preta.
aditivo (cores TWMH
primárias) e o
processo
subtrativo (cores complemen-
tares).
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2. O COMPORTAMENTO DA LUZ: Fig. 5.15. REFLEXAO E ABSORÇÃO DA LUZ: O livro vermelho absor-
Vëlocidade, Refração, Reflexão , Absorção e Dispersão. ve a luz nas faixas azul e verde e reflete sómente o vermelho.
TWMH
a) Velocidade.
afetada de forma proporcional à densidade do meio pelo qual ela
Já vimos que no espaço a luz se propaga de forma livre,
passa.
rectilinea e em altissima velocidade (386,000 km segundo). Mas
quando a luz atinge outros meios transparentes ou opacos ela viaja
b) Refração:
mais devagar e pode mudar a sua trajetoria A velocidade da luz é
Em meios mais densos como a agua ou o vidro os raios de
luz podem sofrer os efeitos da REFRAÇAO. Quando a luz é refrata-
da ela é dobrada ou desviada de sua trajetória . (ver fig 5.15.)
c) Reflexão:
Placa de vidro
A luz também pode ser REFLETIDA. Qualquer objeto que
se inteponha na trajetoria da luz a não ser que seja absolutamente
preto ou tranparente irá refeltir uma parte dessa luz. Vemos no exem-
plo acima (Fig. 5.16) que a cor de um objeto absorve certas faixas
do espectro e reflete outras. O livro absorve as faixas verde e azul e
reflete unicamente o vermelho.
FIG. 5.14. REFRAÇÃO:
A luz ao passar pelo vidro (ou outro meio transparente) é refratada (dobrada d) Absorção:
ou desviada) de acordo com a densidade do meio e do ângulo de incidência. O exemplo do livro serve para exemplificar a absosrção da
TWMH luz. O livro nos parece vermelho porque ele repele a faixa vermelha
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do espectro. Por incrível que pareça um objeto preto age como um é que a luz seria quatro vezes menos. Isto pode ser fácilmente veri-
buraco negro pois absorve toda a luz que recebe. Já um objeto ficado com o uso de um fotometro. Na fotografia da Fig. 5.18., ve-
branco não absorve nada e reflete todas as faixas do espectro. mos que o fotómetro colocado a 5cm da vela da uma leitura bastante
alta para um filme ISO 100; f22. Já a uma distância de aproximada-
TWMH
mente 15cm a leitura caiu bastante para f8 ou seja quase nove vezes
menos. A 30cm a leitura ja está indicando f2.8 ou seja quase 64
vezes menos luz do que a 5cm.
d) As Unidades Fotométricas
O sistema utilizado para medir a quantidade ou intensidade
de luz existente é os sistema conhecido como Unidades Fotométricas.
A unidade fotométrica internacional hoje é o lux mas também se
utiliza muito a medida anglo-saxônica conhecida como pé vela
(footcandle), ( Ver figura 5.18.). Apesar disto,,poucos fotometros hoje Fig. 5.18. As unidades fotometricas : O Pé Vela e o Lux são medidas realizadas
são calibrados para medir a luz em qualquer um desses dois siste- com a luz emitida por uma vela especial fabricada sob condições muito rigorosas.
mas. O Pé Vela equivale ao fluxo luminoso recebido por uma seperficie com um pé
A maioria dos fotometros de hoje registram a luz em unida- qudrado à distância de um pé. O lux representa o fluxo luminoso de um metro
des chamdas de Valores de Exposição ou E.V. (Exposure Value). quadrado a um metro de distância. O fluxo luminoso recebido por essas
superfícies equivalem a um pé vela e um lux respectivamente.
Estes valores vão de -8 até 24 . Para termos uma ideia de como TWMH
este sistema funciona uma cena ilumiada ao meio dia num dia
ensolarado, teria um E.V. de entre 7 e 8. Apontar o fotometro direta- e) Fotometros
mente para o por de sol daria um valor de 17 e um valor de -2 iria
requerer uma exposição de mais de 1 minuto para cada fotograma Como já dizemos o fotometro é o principal; instrumento utili-
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intensidade que variam muito (e que extrapolam os limites do meio). de tratar-se de uma fotografia feita em “contraluz” - o detalha na sobmbras é de
O sistema de zonas simplifica essa enorme gama de valores redu- maravilhar. Adams desenvolveu a sua técnica duarnte incontaveis anos de experi-
mentação principalmente em campo pois apesar de ter produzido notáveis retra-
zindo-os a dez valores chamados de“zonas”. Esses valores vão do tos e fotografias comerciais ele é sem dúvida o maior fotógrafo paisagista de todos
preto total ao branco total. (Ver fig. 5.24.) Zero é o valor de preto total os tempos.
(sem detalhe), e X (dez) é o branco total (sem detalhe). Os valores
entre I e IX representam as gradações tonais de branco texturizado
ao cinza escuro. O trabalho do fotógrafo é colocar as diferentes
luminâncias da cena dentro de cada uma dessas zonas. O que
fazer quando o alcance dinâmico da cena ultrapassa essas zonas
ou se o assunto é de tão baixo contraste que não possui a gama
toda? Ao verificar que esta situação existe (depois de medir todas
as zonas da cena) o fotôgrafo irá expor o filme para um determinado
tipo de revelação. Esse procedimento permite “comprimir” os valo-
res muito extensos para que caibam dentro da escala ou “expandir” VIII
valores para obter uma escala maior quando o assunto é debaixo
contraste. O tipo de revelaçào a ser aplicada recebe a nomenclarutra V
N (para normal) N+1 para aumentar o contraste, N-1 para baixar o
contraste podendo ir até N+2 ou N-2. Essa combinação exposição /
revelação permite controlar as mais diversas situações e faz do sis-
tema de zonas uma versátil ferramenta para controle da fotografia
criativa. Embora criado para a fotografia em preto e branco Adams
soube adaptar as técnicas para a fotografia em cores e para diapo-
I
sitivos.
IV
FIG.5.23
VII
IX
A direita, temos um exemplo tirado da página 54 do livro O Negativo de
Ansel Adams. Vê-se uma cena fotografada em contraluz com os diversos valores
de diferentes zonas da cena. Note-se que são utilizados algarismos romanos para
III
designar as diferentes zonas para evitar confusão com outros tipos de medidas
principalmente os valores EV do fotômetro.Escolhemos este exemplo entre cente-
nas de outras fotografias produzidas por Adams porque ele mesmo o escolheu
para ilustrar em seu livro a extraordinária capacidade de registrar detalhe nas
sombras que a sua técnica era capaz de proporcionar. É bom salientar que apsear
( 1.) ANSEL ADAMS THE NEGATIVE. LIittle, Brown and Co. Boston Mass. 1982
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