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Língua Portuguesa – PM/PA

Aula 05
Profa. Beatriz de Assis

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Língua Portuguesa
Colocação Pronominal
Professora: Beatriz de Assis Oliveira

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Olá, Vencedor!!!

Estudaremos nesta lição a sintaxe da colocação pronominal.

Força, foco e fé!!!

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Sintaxe da Colocação ......................................................................... 3


Próclise .............................................................................................. 4
Mesóclise ........................................................................................... 6

Ênclise ............................................................................................... 6

Pronomes oblíquos nas locuções verbais ........................................... 7

Exercícios com gabarito comentado .................................................. 9


Lista de exercícios ........................................................................... 33
Gabarito .......................................................................................... 51

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Sintaxe da colocação pronominal

É a posição que o pronome pode ocupar na oração.

O pronome pode ocupar três posições:

 Próclise: pronome anteposto ao verbo.

Nunca se esqueça de que tem de estudar.

 Mesóclise: pronome intercalado ao verbo.

Planejar-se-ão os conteúdos que deverão ser estudados.

 Ênclise: pronome posposto ao verbo.

A mãe apareceu avisando-lhe sobre as notícias da família.

Próclise

Como regra geral, o pronome poderá vir


antes ou depois do verbo, desde que não
inicie a oração.

As provas se iniciaram no dia 18 deste mês.

As provas iniciaram-se no dia 18 deste mês.

Contudo, há alguns fatores determinantes da próclise:

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 Quando houver algumas palavras específicas que exercem fator de


atração:

 Negação:

Não se preocupe! Tudo dará certo!

É corriqueiro as palavras negativas


atraírem o pronome até para antes do
verbo.

Você me não venha com mais conteúdo para estudar.

 Advérbios e geral:

Antigamente se usavam roupas mais elegantes.

Se ocorrer uma pausa mais acentuada após


o advérbio, a próclise é obrigatória.

Antigamente, usavam-se roupas mais elegantes.

 Pronomes demonstrativos:

Aquilo me deixou muito triste.

 Pronomes indefinidos:

Ninguém te contou sobre os fatos!

 Conjunções subordinativas e pronomes relativos:

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É necessário que se lembre de levar todos os itens listados.

A próclise é obrigatória, também, quando a conjunção integrante que estiver


implícita.

É necessário se lembre de levar todos os itens listados.

 Nas orações interrogativas, exclamativas ou optativas, usa-se a


próclise:

Deus te abençoe, meu filho!

 Com o verbo no gerúndio, precedido de preposição “em”:

Em se tratando de livros, comprei os melhores.

 Com infinitivo pessoal flexionado, regido de preposição:

A situação levou-os a se posicionarem sobre as manifestações.

Mesóclise

A mesóclise é empregada exclusivamente com verbos no futuro do presente ou


futuro do pretérito, nos casos em que a próclise não seja obrigatória.

Convém lembrar que, em alguns casos, além da mesóclise, pode também ser
usada a próclise.

Os professores tratar-me-ão sempre com respeito.

Os professores me tratarão sempre com respeito.

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Ênclise

 Se o verbo estiver no início da oração, usa-se a ênclise:

Solicita-se urgência na execução da tarefa.

 Usa-se a ênclise nas orações imperativas:

Diga-nos o que aconteceu.

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 Com verbo no infinitivo pessoal (não flexionado), precedido de preposição


“a”.

O rapaz sempre está pronto a atendê-la.

Com verbos no gerúndio e no infinitivo,


tanto a ênclise quanto a próclise podem
ser usadas, mesmo que haja palavras
que exerçam fator de atração.

O inspetor recomendou não machucá-lo.

Pronomes oblíquos nas locuções verbais

 Quando o verbo estiver no infinitivo ou no gerúndio:

 Se não houver fator de atração, o pronome poderá ficar antes do auxiliar,


depois do auxiliar ou depois do principal, sempre ligado por hífen.

Ana te deseja entregar os presentes.

Ana deseja-te entregar os presentes.

Ana deseja entregar-te os presentes.

 Se houver fator de atração, o pronome poderá ficar antes do auxiliar ou


depois do principal.

Ana não te deseja entregar os presentes.

Ana não deseja entregar-te os presentes.


 Com verbo no particípio:

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 Quando não houver palavra atrativa, usa-se o pronome antes ou depois do


verbo auxiliar.

Convém lembrar que não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

Haviam-me convidado para o evento.

Eles me haviam convidado para o evento.

 Quando houver palavra atrativa, usa-se o sempre pronome antes do verbo


auxiliar.

Eles nunca me haviam convidado para o evento.

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Lista das questões comentadas


1. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2016) Acerca dos aspectos
linguísticos e das ideias do trecho abaixo, julgue o item seguinte.

“O Objetivo do referido projeto é o de ir até a população que normalmente


não tem acesso à Defensoria Pública. ‘Nós chegamos de forma humanizada
até essas pessoas em situação de rua. Com esse trabalho nós estamos
garantindo seu aceso à justiça e aos direitos para que consigam se
beneficiar de outras políticas públicas’, explica a coordenadora do
Departamento de Atividade Psicossocial.”

Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se


beneficiar”, fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal
“beneficiar” — escrevendo-se beneficiar-se.

Comentário:

A questão traz a colocação pronominal com verbo no infinitivo.

Estudamos que, com verbos no infinitivo, poderá ocorrer a ênclise ou a próclise.

Resposta: C

2. (AOCP/Prefeitura de Angra dos Reis–RJ/Agente Administrativo/2015)

Como o celular influencia no comportamento das formigas?


Por Heverton Paulo

Podemos afirmar com toda certeza que, hoje em dia, o celular é para as
pessoas o que a água é para uma planta: completamente essencial. O aparelho
eletrônico tornou-se quase um “membro” extra de indivíduos de toda e

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qualquer faixa etária, sexo, ou escolaridade. Para enviar mensagens, fazer


ligações, ouvir música e assistir vídeos, acessar a internet, tirar fotos e até se
localizar em algum lugar – GPS –, o celular é usado para quase tudo que se
possa imaginar.
Entretanto, já parou para pensar que esse aparelho, aparentemente inofensivo,
também pode afetar a sua saúde? Pois saiba que a radiação (mesmo que
mínima) e as ondas magnéticas emitidas por um telefone celular podem alterar
o cérebro de uma pessoa.
Segundo um estudo norte-americano conduzido pela Doutora Nora Volkow, em
2009, reuniu 47 voluntários que tiveram dois celulares desligados colocados em
cada orelha e, logo depois, seus cérebros foram escaneados usando o método
PET scan. Depois desse um segundo escaneamento foi feito, mas dessa vez
com o celular da orelha direita ligado e com uma chamada ativa durante 50
minutos.
Constatou-se que a área perto da antena do celular sofreu um aumento de 7%
em consumo de glicose em relação ao escaneamento anterior, se tornando um
pouco mais ativa. Como a ligação era sem áudio, a área do cérebro que
apresentou atividade no segundo escaneamento não estava relacionado com o
interlocutor pensando ou conversando com uma pessoa do outro lado da linha.
Que as ondas do celular podem afetar mesmo que minimamente o cérebro
humano, isso já foi comprovado cientificamente. Mas será que o
aparelho também pode afetar animais? Bem, as formigas parecem provar que
sim, segundo um recente vídeo que está viralizando nas redes sociais.
O vídeo mostra um iPhone no chão com uma certa ‘multidão’ de formigas ao
redor dele. O comportamento dos insetinhos é aparentemente normal, correndo
confusas e desordenadas. Entretanto, assim que o celular recebe uma ligação e
começa a tocar, algo incrível acontece: as formigas imediatamente, como que
comandadas por um ser invisível, entram em uma formação circular e começam
a rodear o celular organizada e metodicamente, de maneira veloz e precisa.
Não existe uma explicação 100% concreta de tal fenômeno, mas algumas
teorias fazem sentido. Segundo o site Ciência Hoje, as formigas possuem
partículas magnéticas em suas antenas, que as fazem seguir caminhos de

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acordo com a orientação magnética da Terra. O sinal do iPhone teria interferido


nesse sistema, confundido os insetos e fazendo com que eles agisse da maneira
vista no vídeo.
Texto adaptado. Fonte: http://www.ultracurioso.com.br/como-o-
celular-influencia-no-comportamento-das-formigas/

“Constatou-se que a área perto da antena do celular sofreu um aumento de


7% em consumo de glicose em relação ao escaneamento anterior, se
tornando um pouco mais ativa.” Considere as regras gramaticais da língua
padrão culta e assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a
respeito da colocação pronominal e do verbo que se encontra em destaque.

a) O pronome está em posição de mesóclise.


b) O pronome está em posição de ênclise.
c) Por estar após a vírgula e iniciando a oração, o pronome deveria estar após
o verbo.
d) O verbo, por estar no gerúndio, jamais poderia iniciar a oração.
e) Esse uso é facultativo na língua escrita.

Comentário:

Não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

Convém, também, lembrar que se emprega a


ênclise quando a oração reduzida se iniciar por verbo no gerúndio.

Diante o exposto, a alternativa correta é a letra C.

Resposta: C

3. (Cespe/TJDFT/Analista Judiciário/2015) A respeito das estruturas


linguísticas do texto precedente, julgue o item subsequente.

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“Art. 3º. Define-se como meta permanente do Viver Direito a gestão


ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas
ecologicamente eficientes, que visem poupar matéria-prima, água e energia,
bem como enfatizem a reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da
paz social, com base no desenvolvimento do ser humano e na preservação da
vida.”

O deslocamento da partícula “se", em “Define-se", para o início do período —


escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto.

Comentário:

Nunca se inicia um período com pronome oblíquo


átono. Dessa maneira, o deslocamento da
partícula “se” para o início do período prejudicaria,
sim, a correção gramatical do texto.

Resposta: C

4. (Cespe/TJDFT/Analista Judiciário/2015) Acerca dos aspectos linguísticos


do texto apresentado, julgue o item seguinte.

“E, movidos pela empatia com os mais fracos nas relações sociais e familiares,
buscam ajudar a restabelecer a linguagem de respeito entre os membros da
comunidade familiar, propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm
coesa e saudável.”

Em “que a mantêm coesa e saudável”, o deslocamento do pronome “a" para


logo após a forma verbal “mantêm" prejudicaria a correção gramatical do
período.

Comentário:

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Os pronomes relativos mantêm fator de próclise, ou seja, atraem o pronome


oblíquo átono para antes do verbo.
Dessa maneira, o deslocamento do pronome “a” para logo após a forma verbal
“mantêm” prejudicaria, de fato, a correção gramatical do período.

Resposta: C

5. (Cespe/MEC/Nível Superior/2015) Julgue o seguinte item, referentes


às ideias e às estruturas linguísticas do texto.

A vitória da beleza brasileira

A universitária Amanda, de 20 anos de idade, é a primeira negra eleita miss DF.


A modelo, que representou o Núcleo Bandeirante, quase desistiu do mundo da
moda, pois exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os
traços. Amanda recusou-se e foi consagrada naquela que seria a última
tentativa de ser modelo.
Correio Braziliense, 13/7/2015, capa (com adaptações).

Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso o pronome “se",


em “Amanda recusou-se" (l. 4), fosse deslocado para imediatamente antes
da forma verbal “recusou": Amanda se recusou.

Comentário:

Quando não houver fator de próclise, o


pronome oblíquo poderá tanto ser
empregado antes como depois do verbo,
sem prejuízo para correção gramatical do texto.

Resposta: C

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6. (Cespe/DEPEN/Agente e Técnico/2015) Em relação às ideias e às


estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se segue.

É preciso compreender que o preso conserva os demais direitos (educação,


integridade física, segurança, saúde, assistência jurídica, trabalho e outros)
adquiridos como cidadão, uma vez que a perda temporária do direito de
liberdade em decorrência dos efeitos de sentença penal refere-se tão somente à
liberdade de ir e vir. Isso, geralmente, não é o que ocorre.
O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde muito mais do que
sua liberdade. Perde sua dignidade, é submetido a humilhação e acaba se
sentindo um nada.
Internet: www.ifg.jusbrasil.com.br (com adaptações).

A correção gramatical do texto seria preservada, caso o trecho “O que se


constata”, no início do segundo parágrafo, fosse reescrito da seguinte forma:
O que constata-se.

Comentário:

Mais uma questão envolvendo o pronome relativo com fator de próclise.


Percebeu como as questões se repetem?!

Estudamos que o pronome relativo é fator de próclise. Dessa maneira, a


correção gramatical da frase não seria mantida caso se empregasse a ênclise.

Resposta: E

7. (Cespe/MPU/Analista Judiciário/2015) Julgue o item que se segue, a


respeito das estruturas linguísticas do trecho.

“Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que


serão coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do

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titular da ação penal, isto é, a opinio delicti. É com base nos elementos
apurados no inquérito que o promotor de justiça, convencido da existência de
justa causa para a ação penal, oferece a denúncia, encerrando a fase
administrativa da persecução penal.”

Em “Evidencia-se”, o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser


tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal
— Se evidencia.

Comentário:

Convém repetir!!!

Nunca se inicia um período com pronome oblíquo


átono. Dessa maneira, o deslocamento da
partícula “se” para o início do período prejudicaria,
sim, a correção gramatical do texto.

Resposta: E

8. (Cespe/FUB/Analista/2015) A respeito das ideias e das estruturas


linguísticas do texto acima, julgue o item subsecutivo.

Um estudo da Universidade da Califórnia, em Davis – EUA, mostra que a


curiosidade é importante no aprendizado. Imagens dos cérebros de
universitários revelaram que ela estimula a atividade cerebral do hormônio
dopamina, que parece fortalecer a memória das pessoas. A dopamina está
ligada à sensação de recompensa, o que sugere que a curiosidade estimula os
mesmos circuitos neurais ativados por uma guloseima ou uma droga. Na média,
os alunos testados deram 35 respostas corretas a 50 perguntas acerca de
temas que os deixavam curiosos e 27 de 50 questões sobre assuntos que não
os atraíam. Estimular a curiosidade ajuda a aprender.

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Planeta, dez/2014, p. 14 (com adaptações).

Em um uso mais formal da língua, as regras de colocação pronominal do


padrão culto permitem que o pronome átono em “que não os atraíam” (l. 8)
seja também utilizado depois do verbo, sob a forma de nos, ligada ao verbo
por um hífen.

Comentário:

São fatores de próclise palavras de sentido negativo. Dessa maneira, no caso


em tela, as regras de colocação pronominal do padrão culto não permitem o
emprego da ênclise.

Resposta: E

9. (Cespe/TER–GO/Técnico Judiciário/2015) Com referência às estruturas


linguísticas do texto, julgue o item a seguir.

“A ele se somavam dois membros efetivos e dois substitutos, sorteados dentre


os ministros do STF, além de dois efetivos e dois substitutos, sorteados dentre
os desembargadores da Corte de Apelação do DF.”

A correção gramatical do texto seria preservada caso se pospusesse o


pronome “se" à forma verbal “somavam", da seguinte forma: somavam-se.

Comentário:

Estudamos que, quando não houver fator de próclise, a ênclise poderá ocorrer.
Assim, para o caso em tela, tanto o pronome pode ser locado antes da forma
verbal somavam quanto depois.

Resposta: C

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10. (AOCP/UFS/Técnico em Segurança do Trabalho/2014)

Homenagem ao fracasso
Marcelo Gleiser

Numa sociedade em que o sucesso é almejado e festejado acima de tudo, onde


estrelas, milionários e campeões são os ídolos de todos, o fracasso é visto como
algo embaraçoso e constrangedor, que a gente evita a todo custo e, quando
não tem jeito, esconde dos outros. Talvez não devesse ser assim.
Semana passada, li um ensaio sobre o fracasso no “New York Times” de autoria
de Costica Bradatan, que ensina religião comparada em uma universidade nos
EUA. Inspirado por Bradatan, resolvi apresentar minha própria homenagem ao
fracasso.
Fracassamos quando tentamos fazer algo. Só isso já mostra o valor do
fracasso, representando nosso esforço. Não fracassar é bem pior, pois
representa a inércia ou, pior, o medo de tentar. Na ciência ou nas artes, não
fracassar significa não criar. Todo poeta, todo pintor, todo cientista coleciona
um número bem maior de fracassos do que de sucessos. São frases que não
funcionam, traços que não convencem, hipóteses que falham. O físico Richard
Feynman famosamente disse que cientistas passam a maior parte de seu tempo
enchendo a lata de lixo com ideias erradas. Pois é. Mas sem os erros não vamos
em frente. O sucesso é filho do fracasso.
Tem gente que acha que gênio é aquele cara que nunca fracassa, para quem
tudo dá certo, meio que magicamente. Nada disso. Todo gênio passa pelas
dores do processo criativo, pelos inevitáveis fracassos e becos sem saída, até
chegar a uma solução que funcione. Talvez seja por isso que o autor Irving
Stone tenha chamado seu romance sobre a vida de Michelangelo de “A Agonia e
o Êxtase”. Ambos são partes do processo criativo, a agonia vinda do fracasso, o
êxtase do senso de alcançar um objetivo, de ter criado algo que ninguém criou,
algo de novo.

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O fracasso garante nossa humildade ao confrontarmos os desafios da vida. Se


tivéssemos sempre sucesso, como entender os que fracassam? Nisso, o
fracasso é essencial para a empatia, tão importante na convivência social.
Gosto sempre de dizer que os melhores professores são os que tiveram que
trabalhar mais quando alunos. Esse esforço extra dimensiona a dificuldade que
as pessoas podem ter quando tentam aprender algo de novo, fazendo do
professor uma pessoa mais empática e, assim, mais eficiente. Sem o fracasso,
teríamos apenas os vencedores, impacientes em ensinar os menos habilidosos o
que para eles foi tão fácil de entender ou atingir.
Claro, sendo os humanos do jeito que são, a vaidade pessoal muitas vezes
obscurece a memória dos fracassos passados; isso é típico daqueles mais
arrogantes, que escondem seus fracassos e dificuldades por trás de uma
máscara de sucesso. Se o fracasso fosse mais aceito socialmente, existiriam
menos pessoas arrogantes no mundo.
Não poderia terminar sem mencionar o fracasso final a que todos nos
submetemos, a falha do nosso corpo ao encontrarmos a morte. Desse fracasso
ninguém escapa, mesmo que existam muitos que acreditem numa espécie de
permanência incorpórea após a morte. De minha parte, sabendo desse fracasso
inevitável, me apego ao seu irmão mais palatável, o que vem das várias
tentativas de viver a vida o mais intensamente possível. O fracasso tem gosto
de vida.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/12/
1388789-homenagem-ao-fracasso.shtml

“Não poderia terminar sem mencionar o fracasso final a que


todos nos submetemos...”

A próclise do pronome destacado ocorre pela atração:

a) da forma verbal submetemos.


b) do pronome indefinido todos.
c) da locução verbal poderia terminar.
d) do substantivo fracasso.

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e) do advérbio de negação não.

Comentário:

Os pronomes, de modo geral, exercem atração


dos pronomes oblíquos átonos.

Assim, a próclise do pronome destacado ocorre pela atração do pronome


indefinido todos.

Resposta: B

11. (AOCP/UFGB/Técnico em Informática/2014)

Uma epidemia silenciosa


No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia e a tendência é
de crescimento entre jovens.
Mônica Tarantino

A morte do músico Champignon (Luiz Carlos Leão Duarte Junior, 35)m ex-
baixista da banda Charlie Brown Jr, registrada pela polícia como suicídio, abriu
espaço para o tema nas primeiras páginas dos jornais, no noticiário da tevê,
nas redes sociais.
O interesse no caso de Champignon, entretanto, está muito aquém da
mobilização e das providências urgentes que o tema suscita. Suicídio é um
problema de saúde pública a ser encarado como tal.
No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia. Segundo a
Organização Mundial de Saúde, a tendência é de crescimento dessas mortes
entre os jovens, especialmente nos países em desenvolvimento. Nos últimos
vinte anos, o suicídio cresceu 30% entre os brasileiros com idades de 15 a 29
anos, tornando-se a terceira principal causa de morte de pessoas em plena vida
produtiva no País (acidentes e homicídios precedem). No mundo, cerca de um

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milhão de pessoas morrem anualmente por essa causa. A OMS estima que
haverá 1,5 milhão de vidas perdidas por suicídio em 2020, representado 2,4%
de todas as mortes.
Em muitos países, programas de prevenção do suicídio passaram a fazer parte
das políticas de saúde pública. Na Inglaterra, o número de mortes por suicídio
está caindo em consequência de um amplo programa de tratamento de
depressão. Ações semelhantes protegem vidas nos Estados Unidos. Um dos
focos desses programas é diagnosticar precocemente doenças mentais. De
acordo com uma recente revisão de 31 artigos científicos sobre suicídio, mais
de 90% das pessoas que se mataram tinham algum transtorno mental como
depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência de álcool ou outras
drogas.
No Brasil, porém, persiste a falta de políticas públicas para prevenção do
suicídio, com o agravo da passagem do tempo e do aumento e do aumento
populacional. Em 2006, o governo formou um grupo de estudos para traçar as
diretrizes de um plano nacional de prevenção do suicídio, prometido para este
ano. O que temos até então é um manual destinado a profissionais da saúde. O
nome do documento é Prevenção do Suicídio Manual dirigido a profissionais das
equipes de saúde mental.
Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate.
“Nossa resposta não pode ser o silêncio. Nossas chances de chegar às pessoas
que precisam de ajuda dependem da visibilidade”, disse-me o psiquiatra
Humberto Corrêa para um artigo sobre suicídio publicado pela corajosa revista
Planeta (Suicídio aumenta no Brasil, mas isso poderia ser evitado, edição 421,
Outubro de 2007). “Uma das nossas tarefas é convencer donas de casa, pais,
educadores, jornalistas, publicitários, líderes comunitários e formadores de
opinião de que o debate sobre o suicídio não é uma questão moral ou religiosa,
mas um assunto de saúde pública e que pode ser prevenido. Aceitar essa ideia
é o primeiro passo para poupar milhares de vidas”, alertava o especialista.
Penso nos casos ocorridos no meu círculo de relações e de eu nunca esqueci.
No primeiro ano da escola de jornalismo, um colega de sala, Zé Luiz, se matou
bebendo querosene. Tinha 18 anos, era inteligente, crítico, um tanto irônico. Há

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alguns anos, o filho adolescente de um amigo pulou pela janela, deixando-o


perplexo por nunca ter visto qualquer sinal de que isso poderia acontecer.
Também se matou, aos 20 anos, a filha de um jornalista e socióloga com quem
trabalhei, A história virou filme pelas mãos de sua irmã Petra Costa. Lançado
em 2012, “Elena” é um mergulho profundo nas memórias, sentimentos e
questionamentos, enfim, em toda complexidade e perpetuidade do suicídio de
uma pessoa amada. Mais recentemente, me admiro com a coragem de uma
amiga próxima em busca do equilíbrio após o suicídio inesperado do
companheiro. Sim, prevenir o suicídio é um assunto que interessa. Danem-se
os tabus.

http://www.istoe.com.br/colunas-e-
blogs/coluna/324253_UMA+EPIDEMIA+SILENCIOSA. (Adaptado.)
Assinale a alternativa cuja colocação pronominal NÃO está de acordo com a
norma padrão.

a) “Mais recentemente, me admiro...”


b) “No Brasil, estima-se que 25 pessoas...”
c) “...da visibilidade”, disse-me o psiquiatra...”
d) “...90% das pessoas que se mataram...”
e) “Danem-se os tabus.”

Comentário:

Não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

Dessa maneira, na frase: Mais


recentemente, me admiro..., o correto seria: Mais recentemente, admiro-me...

Resposta: A

12. (Cespe/TJ–SE/Técnico Judiciário/2014) Com relação às ideias e


estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que segue.

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“Tecnologia para essa empreitada os chineses têm. Dinheiro, também. E


motivação política, isso então nem se fala. A missão Shenzhou VII, por
exemplo, aproveitou a onda ufanista da Olimpíada. Mais: o seu lançamento
comemorou os cinquenta e nove anos da chegada do Partido Comunista ao
poder.”

No segmento “isso então nem se fala”, a posição do pronome “se” justifica-se


pela presença de palavra de sentido negativo.

Comentário:

Estudamos que as palavras de sentido negativo exercem fator de atração.


Dessa maneira, a alternativa está correta.

Resposta: C

13. (Cespe/ICMBIO/Nível Médio/2014) Julgue os próximos itens, relativos às


ideias e às estruturas linguísticas do trecho abaixo.

“Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se destacou entre os
colegas. Chegava a voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação.”

Na oração “ele se destacou entre os colegas”, é obrigatório o uso do


pronome “se” em posição pré-verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo
elemento que o antecede.

Comentário:

Os pronomes pessoais do caso reto não exercem fator de atração. Assim, o


pronome oblíquo, no caso em tele, tanto pode ser empregado antes como
depois da forma verbal destacou.

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Resposta: E

14. (Cespe/ICMBIO/Nível Médio/2014) Com relação aos aspectos


linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item subsequente.

“Isso subverte a forma de se tratar a relação entre o ser humano e o meio


ambiente no cerne de um processo educativo. Não se trata de educar o ser
humano para o domínio e a apropriação da natureza, mas de educar a
humanidade para ser capaz de trocar e de aprender com ela.”

O pronome átono “se”, em “não se trata”, poderia, opcionalmente, ocorrer


após o verbo, escrevendo-se não trata-se, sem comprometer a fidelidade do
texto à norma da língua na modalidade escrita formal.

Comentário:

Repetindo!!!

Palavras em sentido negativo exercem fator de


atração. Dessa maneira, a próclise é
obrigatória.
Resposta: E

15. (Cespe/TJ–SE/Técnico Judiciário/2014) Com relação às ideias e


estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.

“Tecnologia para essas empreitadas os chineses têm. Dinheiro, também. E


motivação política, isso nem se fala.”

No segmento “isso então nem se fala”, a posição do pronome “se” justifica-se


pela presença de palavra de sentido negativo.

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Comentário:

Estudamos que as palavras com sentido negativo exercem fator de atração.


Assim, para o caso em tela, empregou-se a próclise devido à atração exercida
pela palavra de sentido negativo (nem).

Resposta: C

16. (Cespe/ICMBIO/Técnico/2014) Acerca de aspectos estruturais do texto


acima e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.

Construímos coisas o tempo todo, mas como saberemos quanto tempo vão
durar? Se construirmos depósitos para resíduos nucleares, precisaremos ter
certeza de que os contêineres vão resistir até que o material dentro deles não
mais seja perigoso. E, se não quisermos encher o planeta de lixo, é bom
sabermos quanto tempo leva para que plásticos e outros materiais se
decomponham. A única forma de termos certeza é submetendo esses materiais
a testes de estresse por cerca de 100 mil anos para ver como reagem. Então,
poderíamos aprender a construir coisas que realmente duram – ou que se
decompõem de uma forma “verde”. Experimentos submeteriam materiais ao
desgaste e a ataques químicos, como variações de alcalinidade, e, ainda,
alterariam a temperatura ambiente para simular em laboratórios de que
dispomos atualmente, por exemplo, não se pode prever como será o
desempenho da bateria de um carro elétrico nos próximos quinze anos. As
simulações de computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de
substituir experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos
adotar cautela extra ao construirmos coisas que precisam durar.
Kristin Persson. Como os materiais se decompõem? In: Science Amercan Brasil,
ad.2013 (com adapatação).

Em “se decompõem” (l.8-9) e “se pode” (l.12), o pronome “se” poderia ser
posposto à forma verbal — decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para
a correção gramatical do texto

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Comentário:

Na frase: ... que se decompõem, o pronome que exerce fator de atração.


Assim, a próclise é obrigatória.

Também na frase: ... não se pode prever, há o advérbio de negação que atrai
o pronome para antes do verbo.

Diante o exposto, nas duas ocorrências, a próclise é obrigatória.

Resposta: E

17. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) No que se


refere aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

“À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece uma repetição de


construções. As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios
com plantas semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes
até localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto,
esconde-se o estilo de cada morador, que se revela não apenas em detalhes
decorativos, mas em modificações nas plantas e na função dos cômodos.”

Nas estruturas “que se repetem” e “que se revela”, o pronome “se” poderia


ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto, para
imediatamente após as formas verbais “repetem” e “revela” — que
repetem-se e que revela-se, respectivamente.

Comentário:

Um dos fatores de atração do pronome é o pronome relativo. Dessa maneira,


tanto em que se repetem e quanto em que se revela a próclise é obrigatória.

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Resposta: E

18. (Cespe/CADE/Nível Superior/2014) Julgue o próximo item, a respeito de


aspectos linguísticos do texto de David Juhnow.

“Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos


econômicos sem solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano – igual
à da Síria, país devastado pela guerra.”

Em “começam a se parecer”, o pronome “se” poderia ser deslocado para


imediatamente após a forma verbal “parecer”, escrevendo-se começam a
parecer-se.

Comentário:

Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal, o


emprego da próclise ou da ênclise será facultativo.

Resposta: C

19. (Cespe/CADE/Nível Médio/2014) Acerca das ideias desenvolvidas no


texto e das estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o item.

“Permanece inquietante a questão de formar a criança e o jovem para valores


que ainda constituem o ideal do nosso tão sofrido bípede implume. O malogro
da educação liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria
afligido um projeto de educação totalitária.”

No trecho “nos teria afligido um projeto de educação totalitária”, o pronome


“nos” poderia ser corretamente empregado imediatamente após a forma
verbal “teria”, escrevendo-se teria-nos.

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Comentário:

Emprega-se a mesóclise quando o verbo está no


futuro do presente ou futuro do pretérito do
indicativo e não há, antes do verbo, palavra que
justifique o uso da próclise.

Assim, para o caso em tela, o pronome “nos” não poderia ser empregado
imediatamente após a forma verbal “teria”.

Resposta: E

20. (OACP/Colégio Pedro II/Assistente de Administração/2013)

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904.

Meu caro Nabuco,

Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e


você expressou a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe
agradeci é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que possa dizer
tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se a melhor parte da minha vida e aqui
estou eu só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é
grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados
que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há
imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada.
Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria um grande favor;
primeiro, porque não acharia a ninguém que melhor me ajudasse a morrer;
segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e
eu não tenho nenhum. Os meus são os amigos, e verdadeiramente são os
melhores; mas a vida os dispersa, no espaço, nas preocupações do espírito e na
própria carreira que a cada um cabe. Aqui me fco por ora na mesma casa, no

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mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo lembra-me a minha


meiga Carolina.
Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-
la. Irei vê-la, ela me esperará.
Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a
dias depois do falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas
posso falar deste fundo golpe.
Até outra e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que,
pelo afeto e sinceridade, chegou à hora dos melhores remédios. Aceite este
abraço do triste amigo velho.
Machado de Assis
Adaptado de
http://bagagemclandestina.blogspot.com.br/2008/08/meu- caro-
nabuco.html

Considerando as normas gramaticais, assinale a alternativa correta.

a) Em “... com que lhe agradeci...”, a expressão destacada pode ser substituída
por “agradeci-lhe”.
b) Em “... chegou-lhe a notícia...”, a expressão destacada pode ser substituída
por “lhe chegou”.
c) Em “Foi-se a melhor parte...”, a expressão destacada pode ser substituía por
“Se foi”.
d) Em “... recebi-a dias depois do falecimento...” a expressão destacada pode
ser substituía por “a recebi”.
e) Em “Tudo lembra-me a minha...” a expressão destacada pode ser substituída
por “me lembra”.

Comentário:

Os pronomes, de modo geral, exercem atração


dos pronomes oblíquos átonos.

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Assim, na frase: Tudo lembra-me a minha..., a próclise do pronome me ocorre


pela atração do pronome indefinido tudo.

A alternativa correta é a letra E.

Resposta: E

21. (AOCP/INES/Assistente de Alunos/2013)

Monteiro Lobato?
Não com o nosso dinheiro

Leando Narloch
1.§ O movimento negro me odeia. Desde que mostrei, com o livro Guia do
Politicamente Incorreto da História do Brasil, que Zumbi mantinha escravos no
Quilombo de Palmares, os ativistas das cotas não estão contentes comigo. Do
lado de cá, eu também me irrito com boa parte do que eles defendem. Mas,
existe um ponto em que eu preciso concordar com eles: a polêmica dos livros
do Monteiro Lobato.
2.§ Se você acaba de despertar de um coma, o que aconteceu foi que, em
2010, o Conselho Nacional de Educação decidiu impedir a distribuição do
livro Caçadas de Pedrinho em bibliotecas públicas. Disseram que esse clássico
da literatura infantil era racista por causa de frases como “Tia Anastácia trepou
que nem uma macaca de carvão” ou “Não vai escapar ninguém, nem Tia
Anastácia, que tem carne preta”. Muita gente esperneou contra a decisão,
afirmando que se tratava de um exagero, uma patrulha ideológica e um ato de
censura contra um dos maiores autores brasileiros.
3.§ É verdade que é preciso entender a época de Monteiro Lobato, quando o
racismo era regra não só entre brancos, mas mesmo entre africanos. Até
Gandhi, o líder mundial do bom-mocismo, escreveu e repetiu frases igualmente
racistas nos 20 e poucos anos que viveu na África do Sul.

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4.§ A questão, porém, é outra: o governo deve investir em obras que


parecem preconceituosas a parte da população? O Conselho Nacional de
Educação não defendeu a proibição dos livros de Monteiro Lobato: foi contra
apenas a distribuição bancada pelo governo. Pois bem: o Ministério da
Educação deve gastar seu disputado dinheiro com esses livros? Eu acredito que
não.
5.§ Os negros que pagam impostos e os outros contribuintes que consideram
Monteiro Lobato racista não devem ser obrigados a bancar edições do escritor.
É mais ou menos essa a posição do economista Walter Williams, um dos
principais intelectuais libertários dos EUA. Defensor da ideia de que o Estado
deve se meter o mínimo possível na vida, nas escolhas e no bolso das pessoas,
esse economista negro prega a liberdade de se fazer o que quiser desde que
isso não implique violência a terceiros. Se um grupo quiser, por exemplo, criar
um clube de tênis só para brancos, ou só para negros, tudo bem – desde que
não use verba pública e não tente proibir manifestações de repúdio. Se tiver
verba pública, não pode discriminar.
6.§ Para libertários como Williams, ninguém, nem o governo, tem o direito de
ameaçar ou praticar violência contra indivíduos pacíficos. Não é correto
ameaçar um indivíduo de prisão por sonegação fiscal se ele não topar contribuir
com essa ou aquela prática do governo. Um grupo de políticos que defende uma
guerra com o Iraque não deve obrigar os cidadãos a contribuir para essa
guerra. Do mesmo modo, se uma turma acredita ter uma boa ideia ao criar
uma universidade, um estádio de futebol ou um festival de curtas-metragens,
essa ideia deixa de ser boa quando implica a ameaça contra aqueles que não
querem contribuir.
7.§ Nada impede, é claro, que os autores dessas ideias tentem convencer as
pessoas de que seus projetos merecem contribuições. É o que fazem há séculos
as melhores universidades americanas, as instituições de caridade, alguns tipos
de fundos de investimento e, há poucos anos, os sites de crowdfunding, o
“financiamento coletivo”. Nada impede, também, que os admiradores de
Monteiro Lobato se organizem, reúnam doações e publiquem quantas edições
quiserem das ótimas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

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Revista Superinteressante, edição 312, de dezembro de 2012.

Leia os fragmentos abaixo, extraídos do texto e alterados quanto à


colocação pronominal. Em seguida, assinale a alternativa correta.

I. Defensor da ideia de que o Estado deve meter-se... (5.§)


II. O movimento negro odeia-me. (1.§)
III. Do lado de cá, eu também irrito-me... (1.§)
IV. ...os admiradores de Monteiro Lobato organizem-se... (7.§)
V. ...afirmando que tratava-se de um exagero... (2.§)

As colocações corretas são:

a) Apenas I, II e IV.
b) Apenas I, IV e V.
c) Apenas II, III e IV.
d) Apenas II, III e V.
e) Apenas III, IV e V.

Comentário:

Os itens I, II e IV estão corretos.

No item III, temos:

Do lado de cá, eu também irrito-me... (1.§)

Repare que há a presença do advérbio também. Sabemos que os advérbios


atraem os pronomes para próximo deles. Dessa maneira, o correto seria:

Do lado de cá, eu também me irrito...

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Por sua vez, no item V, temos a conjunção que.

Convém aqui salientar que as conjunções exercem atração do pronome


oblíquo átono.

Na frase: ...afirmando que tratava-se de um exagero... (2.§), o pronome foi


mal empregado.

O correto seria: ...afirmando que se tratava de um exagero... (2.§).

Resposta: A

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Lista de questões sem comentário

1. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2016) Acerca dos aspectos


linguísticos e das ideias do trecho abaixo, julgue o item seguinte.

“O Objetivo do referido projeto é o de ir até a população que normalmente


não tem acesso à Defensoria Pública. ‘Nós chegamos de forma humanizada
até essas pessoas em situação de rua. Com esse trabalho nós estamos
garantindo seu aceso à justiça e aos direitos para que consigam se
beneficiar de outras políticas públicas’, explica a coordenadora do
Departamento de Atividade Psicossocial.”

Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se


beneficiar”, fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal
“beneficiar” — escrevendo-se beneficiar-se.

2. (AOCP/Prefeitura de Angra dos Reis–RJ/Agente Administrativo/2015)

Como o celular influencia no comportamento das formigas?


Por Heverton Paulo

Podemos afirmar com toda certeza que, hoje em dia, o celular é para as
pessoas o que a água é para uma planta: completamente essencial. O aparelho
eletrônico tornou-se quase um “membro” extra de indivíduos de toda e
qualquer faixa etária, sexo, ou escolaridade. Para enviar mensagens, fazer
ligações, ouvir música e assistir vídeos, acessar a internet, tirar fotos e até se
localizar em algum lugar – GPS –, o celular é usado para quase tudo que se
possa imaginar.
Entretanto, já parou para pensar que esse aparelho, aparentemente inofensivo,
também pode afetar a sua saúde? Pois saiba que a radiação (mesmo que
mínima) e as ondas magnéticas emitidas por um telefone celular podem alterar
o cérebro de uma pessoa.

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Segundo um estudo norte-americano conduzido pela Doutora Nora Volkow, em


2009, reuniu 47 voluntários que tiveram dois celulares desligados colocados em
cada orelha e, logo depois, seus cérebros foram escaneados usando o método
PET scan. Depois desse um segundo escaneamento foi feito, mas dessa vez
com o celular da orelha direita ligado e com uma chamada ativa durante 50
minutos.
Constatou-se que a área perto da antena do celular sofreu um aumento de 7%
em consumo de glicose em relação ao escaneamento anterior, se tornando um
pouco mais ativa. Como a ligação era sem áudio, a área do cérebro que
apresentou atividade no segundo escaneamento não estava relacionado com o
interlocutor pensando ou conversando com uma pessoa do outro lado da linha.
Que as ondas do celular podem afetar mesmo que minimamente o cérebro
humano, isso já foi comprovado cientificamente. Mas será que o
aparelho também pode afetar animais? Bem, as formigas parecem provar que
sim, segundo um recente vídeo que está viralizando nas redes sociais.
O vídeo mostra um iPhone no chão com uma certa ‘multidão’ de formigas ao
redor dele. O comportamento dos insetinhos é aparentemente normal, correndo
confusas e desordenadas. Entretanto, assim que o celular recebe uma ligação e
começa a tocar, algo incrível acontece: as formigas imediatamente, como que
comandadas por um ser invisível, entram em uma formação circular e começam
a rodear o celular organizada e metodicamente, de maneira veloz e precisa.
Não existe uma explicação 100% concreta de tal fenômeno, mas algumas
teorias fazem sentido. Segundo o site Ciência Hoje, as formigas possuem
partículas magnéticas em suas antenas, que as fazem seguir caminhos de
acordo com a orientação magnética da Terra. O sinal do iPhone teria interferido
nesse sistema, confundido os insetos e fazendo com que eles agisse da maneira
vista no vídeo.
Texto adaptado. Fonte: http://www.ultracurioso.com.br/como-o-
celular-influencia-no-comportamento-das-formigas/

“Constatou-se que a área perto da antena do celular sofreu um aumento de


7% em consumo de glicose em relação ao escaneamento anterior, se
tornando um pouco mais ativa.” Considere as regras gramaticais da língua

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padrão culta e assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a


respeito da colocação pronominal e do verbo que se encontra em destaque.

a) O pronome está em posição de mesóclise.


b) O pronome está em posição de ênclise.
c) Por estar após a vírgula e iniciando a oração, o pronome deveria estar após
o verbo.
d) O verbo, por estar no gerúndio, jamais poderia iniciar a oração.
e) Esse uso é facultativo na língua escrita.

3. (Cespe/TJDFT/Analista Judiciário/2015) A respeito das estruturas


linguísticas do texto precedente, julgue o item subsequente.

“Art. 3º. Define-se como meta permanente do Viver Direito a gestão


ambientalmente saudável, caracterizada pela adoção de práticas
ecologicamente eficientes, que visem poupar matéria-prima, água e energia,
bem como enfatizem a reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da
paz social, com base no desenvolvimento do ser humano e na preservação da
vida.”

O deslocamento da partícula “se", em “Define-se", para o início do período —


escrevendo-se Se define — prejudicaria a correção gramatical do texto.

4. (Cespe/TJDFT/Analista Judiciário/2015) Acerca dos aspectos linguísticos


do texto apresentado, julgue o item seguinte.

“E, movidos pela empatia com os mais fracos nas relações sociais e familiares,
buscam ajudar a restabelecer a linguagem de respeito entre os membros da
comunidade familiar, propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm
coesa e saudável.”

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Em “que a mantêm coesa e saudável”, o deslocamento do pronome “a" para


logo após a forma verbal “mantêm" prejudicaria a correção gramatical do
período.

5. (Cespe/MEC/Nível Superior/2015) Julgue o seguinte item, referentes


às ideias e às estruturas linguísticas do texto.

A vitória da beleza brasileira

A universitária Amanda, de 20 anos de idade, é a primeira negra eleita miss DF.


A modelo, que representou o Núcleo Bandeirante, quase desistiu do mundo da
moda, pois exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os
traços. Amanda recusou-se e foi consagrada naquela que seria a última
tentativa de ser modelo.
Correio Braziliense, 13/7/2015, capa (com adaptações).

Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso o pronome “se",


em “Amanda recusou-se" (l. 4), fosse deslocado para imediatamente antes
da forma verbal “recusou": Amanda se recusou.

6. (Cespe/DEPEN/Agente e Técnico/2015) Em relação às ideias e às


estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se segue.

É preciso compreender que o preso conserva os demais direitos (educação,


integridade física, segurança, saúde, assistência jurídica, trabalho e outros)
adquiridos como cidadão, uma vez que a perda temporária do direito de
liberdade em decorrência dos efeitos de sentença penal refere-se tão somente à
liberdade de ir e vir. Isso, geralmente, não é o que ocorre.
O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde muito mais do que
sua liberdade. Perde sua dignidade, é submetido a humilhação e acaba se
sentindo um nada.

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Internet: www.ifg.jusbrasil.com.br (com adaptações).

A correção gramatical do texto seria preservada, caso o trecho “O que se


constata”, no início do segundo parágrafo, fosse reescrito da seguinte forma:
O que constata-se.

7. (Cespe/MPU/Analista Judiciário/2015) Julgue o item que se segue, a


respeito das estruturas linguísticas do trecho.

“Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que


serão coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do
titular da ação penal, isto é, a opinio delicti. É com base nos elementos
apurados no inquérito que o promotor de justiça, convencido da existência de
justa causa para a ação penal, oferece a denúncia, encerrando a fase
administrativa da persecução penal.”

Em “Evidencia-se”, o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser


tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal
— Se evidencia.

8. (Cespe/FUB/Analista/2015) A respeito das ideias e das estruturas


linguísticas do texto acima, julgue o item subsecutivo.

Um estudo da Universidade da Califórnia, em Davis – EUA, mostra que a


curiosidade é importante no aprendizado. Imagens dos cérebros de
universitários revelaram que ela estimula a atividade cerebral do hormônio
dopamina, que parece fortalecer a memória das pessoas. A dopamina está
ligada à sensação de recompensa, o que sugere que a curiosidade estimula os
mesmos circuitos neurais ativados por uma guloseima ou uma droga. Na média,
os alunos testados deram 35 respostas corretas a 50 perguntas acerca de
temas que os deixavam curiosos e 27 de 50 questões sobre assuntos que não
os atraíam. Estimular a curiosidade ajuda a aprender.

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Planeta, dez/2014, p. 14 (com adaptações).

Em um uso mais formal da língua, as regras de colocação pronominal do


padrão culto permitem que o pronome átono em “que não os atraíam” (l. 8)
seja também utilizado depois do verbo, sob a forma de nos, ligada ao verbo
por um hífen.

9. (Cespe/TER–GO/Técnico Judiciário/2015) Com referência às estruturas


linguísticas do texto, julgue o item a seguir.

“A ele se somavam dois membros efetivos e dois substitutos, sorteados dentre


os ministros do STF, além de dois efetivos e dois substitutos, sorteados dentre
os desembargadores da Corte de Apelação do DF.”

A correção gramatical do texto seria preservada caso se pospusesse o


pronome “se" à forma verbal “somavam", da seguinte forma: somavam-se.

10. (AOCP/UFS/Técnico em Segurança do Trabalho/2014)

Homenagem ao fracasso
Marcelo Gleiser

Numa sociedade em que o sucesso é almejado e festejado acima de tudo, onde


estrelas, milionários e campeões são os ídolos de todos, o fracasso é visto como
algo embaraçoso e constrangedor, que a gente evita a todo custo e, quando
não tem jeito, esconde dos outros. Talvez não devesse ser assim.
Semana passada, li um ensaio sobre o fracasso no “New York Times” de autoria
de Costica Bradatan, que ensina religião comparada em uma universidade nos
EUA. Inspirado por Bradatan, resolvi apresentar minha própria homenagem ao
fracasso.
Fracassamos quando tentamos fazer algo. Só isso já mostra o valor do
fracasso, representando nosso esforço. Não fracassar é bem pior, pois

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representa a inércia ou, pior, o medo de tentar. Na ciência ou nas artes, não
fracassar significa não criar. Todo poeta, todo pintor, todo cientista coleciona
um número bem maior de fracassos do que de sucessos. São frases que não
funcionam, traços que não convencem, hipóteses que falham. O físico Richard
Feynman famosamente disse que cientistas passam a maior parte de seu tempo
enchendo a lata de lixo com ideias erradas. Pois é. Mas sem os erros não vamos
em frente. O sucesso é filho do fracasso.
Tem gente que acha que gênio é aquele cara que nunca fracassa, para quem
tudo dá certo, meio que magicamente. Nada disso. Todo gênio passa pelas
dores do processo criativo, pelos inevitáveis fracassos e becos sem saída, até
chegar a uma solução que funcione. Talvez seja por isso que o autor Irving
Stone tenha chamado seu romance sobre a vida de Michelangelo de “A Agonia e
o Êxtase”. Ambos são partes do processo criativo, a agonia vinda do fracasso, o
êxtase do senso de alcançar um objetivo, de ter criado algo que ninguém criou,
algo de novo.
O fracasso garante nossa humildade ao confrontarmos os desafios da vida. Se
tivéssemos sempre sucesso, como entender os que fracassam? Nisso, o
fracasso é essencial para a empatia, tão importante na convivência social.
Gosto sempre de dizer que os melhores professores são os que tiveram que
trabalhar mais quando alunos. Esse esforço extra dimensiona a dificuldade que
as pessoas podem ter quando tentam aprender algo de novo, fazendo do
professor uma pessoa mais empática e, assim, mais eficiente. Sem o fracasso,
teríamos apenas os vencedores, impacientes em ensinar os menos habilidosos o
que para eles foi tão fácil de entender ou atingir.
Claro, sendo os humanos do jeito que são, a vaidade pessoal muitas vezes
obscurece a memória dos fracassos passados; isso é típico daqueles mais
arrogantes, que escondem seus fracassos e dificuldades por trás de uma
máscara de sucesso. Se o fracasso fosse mais aceito socialmente, existiriam
menos pessoas arrogantes no mundo.
Não poderia terminar sem mencionar o fracasso final a que todos nos
submetemos, a falha do nosso corpo ao encontrarmos a morte. Desse fracasso
ninguém escapa, mesmo que existam muitos que acreditem numa espécie de

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permanência incorpórea após a morte. De minha parte, sabendo desse fracasso


inevitável, me apego ao seu irmão mais palatável, o que vem das várias
tentativas de viver a vida o mais intensamente possível. O fracasso tem gosto
de vida.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/12/
1388789-homenagem-ao-fracasso.shtml

“Não poderia terminar sem mencionar o fracasso final a que


todos nos submetemos...”

A próclise do pronome destacado ocorre pela atração:

a) da forma verbal submetemos.


b) do pronome indefinido todos.
c) da locução verbal poderia terminar.
d) do substantivo fracasso.
e) do advérbio de negação não.

11. (AOCP/UFGB/Técnico em Informática/2014)

Uma epidemia silenciosa


No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia e a tendência é
de crescimento entre jovens.
Mônica Tarantino

A morte do músico Champignon (Luiz Carlos Leão Duarte Junior, 35)m ex-
baixista da banda Charlie Brown Jr, registrada pela polícia como suicídio, abriu
espaço para o tema nas primeiras páginas dos jornais, no noticiário da tevê,
nas redes sociais.
O interesse no caso de Champignon, entretanto, está muito aquém da
mobilização e das providências urgentes que o tema suscita. Suicídio é um
problema de saúde pública a ser encarado como tal.

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No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia. Segundo a


Organização Mundial de Saúde, a tendência é de crescimento dessas mortes
entre os jovens, especialmente nos países em desenvolvimento. Nos últimos
vinte anos, o suicídio cresceu 30% entre os brasileiros com idades de 15 a 29
anos, tornando-se a terceira principal causa de morte de pessoas em plena vida
produtiva no País (acidentes e homicídios precedem). No mundo, cerca de um
milhão de pessoas morrem anualmente por essa causa. A OMS estima que
haverá 1,5 milhão de vidas perdidas por suicídio em 2020, representado 2,4%
de todas as mortes.
Em muitos países, programas de prevenção do suicídio passaram a fazer parte
das políticas de saúde pública. Na Inglaterra, o número de mortes por suicídio
está caindo em consequência de um amplo programa de tratamento de
depressão. Ações semelhantes protegem vidas nos Estados Unidos. Um dos
focos desses programas é diagnosticar precocemente doenças mentais. De
acordo com uma recente revisão de 31 artigos científicos sobre suicídio, mais
de 90% das pessoas que se mataram tinham algum transtorno mental como
depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência de álcool ou outras
drogas.
No Brasil, porém, persiste a falta de políticas públicas para prevenção do
suicídio, com o agravo da passagem do tempo e do aumento e do aumento
populacional. Em 2006, o governo formou um grupo de estudos para traçar as
diretrizes de um plano nacional de prevenção do suicídio, prometido para este
ano. O que temos até então é um manual destinado a profissionais da saúde. O
nome do documento é Prevenção do Suicídio Manual dirigido a profissionais das
equipes de saúde mental.
Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate.
“Nossa resposta não pode ser o silêncio. Nossas chances de chegar às pessoas
que precisam de ajuda dependem da visibilidade”, disse-me o psiquiatra
Humberto Corrêa para um artigo sobre suicídio publicado pela corajosa revista
Planeta (Suicídio aumenta no Brasil, mas isso poderia ser evitado, edição 421,
Outubro de 2007). “Uma das nossas tarefas é convencer donas de casa, pais,
educadores, jornalistas, publicitários, líderes comunitários e formadores de

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opinião de que o debate sobre o suicídio não é uma questão moral ou religiosa,
mas um assunto de saúde pública e que pode ser prevenido. Aceitar essa ideia
é o primeiro passo para poupar milhares de vidas”, alertava o especialista.
Penso nos casos ocorridos no meu círculo de relações e de eu nunca esqueci.
No primeiro ano da escola de jornalismo, um colega de sala, Zé Luiz, se matou
bebendo querosene. Tinha 18 anos, era inteligente, crítico, um tanto irônico. Há
alguns anos, o filho adolescente de um amigo pulou pela janela, deixando-o
perplexo por nunca ter visto qualquer sinal de que isso poderia acontecer.
Também se matou, aos 20 anos, a filha de um jornalista e socióloga com quem
trabalhei, A história virou filme pelas mãos de sua irmã Petra Costa. Lançado
em 2012, “Elena” é um mergulho profundo nas memórias, sentimentos e
questionamentos, enfim, em toda complexidade e perpetuidade do suicídio de
uma pessoa amada. Mais recentemente, me admiro com a coragem de uma
amiga próxima em busca do equilíbrio após o suicídio inesperado do
companheiro. Sim, prevenir o suicídio é um assunto que interessa. Danem-se
os tabus.

http://www.istoe.com.br/colunas-e-
blogs/coluna/324253_UMA+EPIDEMIA+SILENCIOSA. (Adaptado.)
Assinale a alternativa cuja colocação pronominal NÃO está de acordo com a
norma padrão.

a) “Mais recentemente, me admiro...”


b) “No Brasil, estima-se que 25 pessoas...”
c) “...da visibilidade”, disse-me o psiquiatra...”
d) “...90% das pessoas que se mataram...”
e) “Danem-se os tabus.”

12. (Cespe/TJ–SE/Técnico Judiciário/2014) Com relação às ideias e


estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que segue.

“Tecnologia para essa empreitada os chineses têm. Dinheiro, também. E


motivação política, isso então nem se fala. A missão Shenzhou VII, por

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exemplo, aproveitou a onda ufanista da Olimpíada. Mais: o seu lançamento


comemorou os cinquenta e nove anos da chegada do Partido Comunista ao
poder.”

No segmento “isso então nem se fala”, a posição do pronome “se” justifica-se


pela presença de palavra de sentido negativo.

13. (Cespe/ICMBIO/Nível Médio/2014) Julgue os próximos itens, relativos às


ideias e às estruturas linguísticas do trecho abaixo.

“Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se destacou entre os
colegas. Chegava a voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação.”

Na oração “ele se destacou entre os colegas”, é obrigatório o uso do


pronome “se” em posição pré-verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo
elemento que o antecede.

14. (Cespe/ICMBIO/Nível Médio/2014) Com relação aos aspectos


linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item subsequente.

“Isso subverte a forma de se tratar a relação entre o ser humano e o meio


ambiente no cerne de um processo educativo. Não se trata de educar o ser
humano para o domínio e a apropriação da natureza, mas de educar a
humanidade para ser capaz de trocar e de aprender com ela.”

O pronome átono “se”, em “não se trata”, poderia, opcionalmente, ocorrer


após o verbo, escrevendo-se não trata-se, sem comprometer a fidelidade do
texto à norma da língua na modalidade escrita formal.

15. (Cespe/TJ–SE/Técnico Judiciário/2014) Com relação às ideias e


estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.

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“Tecnologia para essas empreitadas os chineses têm. Dinheiro, também. E


motivação política, isso nem se fala.”

No segmento “isso então nem se fala”, a posição do pronome “se” justifica-se


pela presença de palavra de sentido negativo.

16. (Cespe/ICMBIO/Técnico/2014) Acerca de aspectos estruturais do texto


acima e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.

Construímos coisas o tempo todo, mas como saberemos quanto tempo vão
durar? Se construirmos depósitos para resíduos nucleares, precisaremos ter
certeza de que os contêineres vão resistir até que o material dentro deles não
mais seja perigoso. E, se não quisermos encher o planeta de lixo, é bom
sabermos quanto tempo leva para que plásticos e outros materiais se
decomponham. A única forma de termos certeza é submetendo esses materiais
a testes de estresse por cerca de 100 mil anos para ver como reagem. Então,
poderíamos aprender a construir coisas que realmente duram – ou que se
decompõem de uma forma “verde”. Experimentos submeteriam materiais ao
desgaste e a ataques químicos, como variações de alcalinidade, e, ainda,
alterariam a temperatura ambiente para simular em laboratórios de que
dispomos atualmente, por exemplo, não se pode prever como será o
desempenho da bateria de um carro elétrico nos próximos quinze anos. As
simulações de computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de
substituir experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos
adotar cautela extra ao construirmos coisas que precisam durar.
Kristin Persson. Como os materiais se decompõem? In: Science Amercan Brasil,
ad.2013 (com adapatação).

Em “se decompõem” (l.8-9) e “se pode” (l.12), o pronome “se” poderia ser
posposto à forma verbal — decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para
a correção gramatical do texto

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17. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) No que se


refere aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

“À primeira vista, o Plano Piloto de Brasília parece uma repetição de


construções. As quadras, distribuídas simetricamente pelas asas, têm prédios
com plantas semelhantes, que se repetem a cada quadradinho, muitas vezes
até localizados de forma análoga. Dentro dos apartamentos, entretanto,
esconde-se o estilo de cada morador, que se revela não apenas em detalhes
decorativos, mas em modificações nas plantas e na função dos cômodos.”

Nas estruturas “que se repetem” e “que se revela”, o pronome “se” poderia


ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto, para
imediatamente após as formas verbais “repetem” e “revela” — que
repetem-se e que revela-se, respectivamente.

18. (Cespe/CADE/Nível Superior/2014) Julgue o próximo item, a respeito de


aspectos linguísticos do texto de David Juhnow.

“Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos


econômicos sem solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano – igual
à da Síria, país devastado pela guerra.”

Em “começam a se parecer”, o pronome “se” poderia ser deslocado para


imediatamente após a forma verbal “parecer”, escrevendo-se começam a
parecer-se.

19. (Cespe/CADE/Nível Médio/2014) Acerca das ideias desenvolvidas no


texto e das estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o item.

“Permanece inquietante a questão de formar a criança e o jovem para valores


que ainda constituem o ideal do nosso tão sofrido bípede implume. O malogro

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da educação liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria


afligido um projeto de educação totalitária.”

No trecho “nos teria afligido um projeto de educação totalitária”, o pronome


“nos” poderia ser corretamente empregado imediatamente após a forma
verbal “teria”, escrevendo-se teria-nos.

20. (OACP/Colégio Pedro II/Assistente de Administração/2013)

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904.

Meu caro Nabuco,

Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e


você expressou a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe
agradeci é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que possa dizer
tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se a melhor parte da minha vida e aqui
estou eu só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é
grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados
que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há
imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada.
Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria um grande favor;
primeiro, porque não acharia a ninguém que melhor me ajudasse a morrer;
segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e
eu não tenho nenhum. Os meus são os amigos, e verdadeiramente são os
melhores; mas a vida os dispersa, no espaço, nas preocupações do espírito e na
própria carreira que a cada um cabe. Aqui me fco por ora na mesma casa, no
mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo lembra-me a minha
meiga Carolina.
Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-
la. Irei vê-la, ela me esperará.

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Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a
dias depois do falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas
posso falar deste fundo golpe.
Até outra e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que,
pelo afeto e sinceridade, chegou à hora dos melhores remédios. Aceite este
abraço do triste amigo velho.
Machado de Assis
Adaptado de
http://bagagemclandestina.blogspot.com.br/2008/08/meu- caro-
nabuco.html

Considerando as normas gramaticais, assinale a alternativa correta.

a) Em “... com que lhe agradeci...”, a expressão destacada pode ser substituída
por “agradeci-lhe”.
b) Em “... chegou-lhe a notícia...”, a expressão destacada pode ser substituída
por “lhe chegou”.
c) Em “Foi-se a melhor parte...”, a expressão destacada pode ser substituía por
“Se foi”.
d) Em “... recebi-a dias depois do falecimento...” a expressão destacada pode
ser substituía por “a recebi”.
e) Em “Tudo lembra-me a minha...” a expressão destacada pode ser substituída
por “me lembra”.

21. (AOCP/INES/Assistente de Alunos/2013)

Monteiro Lobato?
Não com o nosso dinheiro

Leando Narloch
1.§ O movimento negro me odeia. Desde que mostrei, com o livro Guia do
Politicamente Incorreto da História do Brasil, que Zumbi mantinha escravos no
Quilombo de Palmares, os ativistas das cotas não estão contentes comigo. Do
lado de cá, eu também me irrito com boa parte do que eles defendem. Mas,

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existe um ponto em que eu preciso concordar com eles: a polêmica dos livros
do Monteiro Lobato.
2.§ Se você acaba de despertar de um coma, o que aconteceu foi que, em
2010, o Conselho Nacional de Educação decidiu impedir a distribuição do
livro Caçadas de Pedrinho em bibliotecas públicas. Disseram que esse clássico
da literatura infantil era racista por causa de frases como “Tia Anastácia trepou
que nem uma macaca de carvão” ou “Não vai escapar ninguém, nem Tia
Anastácia, que tem carne preta”. Muita gente esperneou contra a decisão,
afirmando que se tratava de um exagero, uma patrulha ideológica e um ato de
censura contra um dos maiores autores brasileiros.
3.§ É verdade que é preciso entender a época de Monteiro Lobato, quando o
racismo era regra não só entre brancos, mas mesmo entre africanos. Até
Gandhi, o líder mundial do bom-mocismo, escreveu e repetiu frases igualmente
racistas nos 20 e poucos anos que viveu na África do Sul.
4.§ A questão, porém, é outra: o governo deve investir em obras que
parecem preconceituosas a parte da população? O Conselho Nacional de
Educação não defendeu a proibição dos livros de Monteiro Lobato: foi contra
apenas a distribuição bancada pelo governo. Pois bem: o Ministério da
Educação deve gastar seu disputado dinheiro com esses livros? Eu acredito que
não.
5.§ Os negros que pagam impostos e os outros contribuintes que consideram
Monteiro Lobato racista não devem ser obrigados a bancar edições do escritor.
É mais ou menos essa a posição do economista Walter Williams, um dos
principais intelectuais libertários dos EUA. Defensor da ideia de que o Estado
deve se meter o mínimo possível na vida, nas escolhas e no bolso das pessoas,
esse economista negro prega a liberdade de se fazer o que quiser desde que
isso não implique violência a terceiros. Se um grupo quiser, por exemplo, criar
um clube de tênis só para brancos, ou só para negros, tudo bem – desde que
não use verba pública e não tente proibir manifestações de repúdio. Se tiver
verba pública, não pode discriminar.
6.§ Para libertários como Williams, ninguém, nem o governo, tem o direito de
ameaçar ou praticar violência contra indivíduos pacíficos. Não é correto

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ameaçar um indivíduo de prisão por sonegação fiscal se ele não topar contribuir
com essa ou aquela prática do governo. Um grupo de políticos que defende uma
guerra com o Iraque não deve obrigar os cidadãos a contribuir para essa
guerra. Do mesmo modo, se uma turma acredita ter uma boa ideia ao criar
uma universidade, um estádio de futebol ou um festival de curtas-metragens,
essa ideia deixa de ser boa quando implica a ameaça contra aqueles que não
querem contribuir.
7.§ Nada impede, é claro, que os autores dessas ideias tentem convencer as
pessoas de que seus projetos merecem contribuições. É o que fazem há séculos
as melhores universidades americanas, as instituições de caridade, alguns tipos
de fundos de investimento e, há poucos anos, os sites de crowdfunding, o
“financiamento coletivo”. Nada impede, também, que os admiradores de
Monteiro Lobato se organizem, reúnam doações e publiquem quantas edições
quiserem das ótimas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Revista Superinteressante, edição 312, de dezembro de 2012.

Leia os fragmentos abaixo, extraídos do texto e alterados quanto à


colocação pronominal. Em seguida, assinale a alternativa correta.

I. Defensor da ideia de que o Estado deve meter-se... (5.§)


II. O movimento negro odeia-me. (1.§)
III. Do lado de cá, eu também irrito-me... (1.§)
IV. ...os admiradores de Monteiro Lobato organizem-se... (7.§)
V. ...afirmando que tratava-se de um exagero... (2.§)

As colocações corretas são:

a) Apenas I, II e IV.
b) Apenas I, IV e V.
c) Apenas II, III e IV.
d) Apenas II, III e V.
e) Apenas III, IV e V.

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Gabarito das questões

1. C
2. C
3. C
4. C
5. C
6. E
7. E
8. E
9. C
10. B
11. A
12. C
13. E
14. E
15. C
16. E
17. E
18. C
19. E
20. E
21. A

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