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Língua Portuguesa – PM/PA

Aula 01
Profa. Beatriz de Assis

Aula 01
Língua Portuguesa
Concordância verbal: regra geral, sujeito simples, sujeito composto, casos
especiais.
Professora: Beatriz de Assis Oliveira

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Olá, amigos e futuros servidores!

Na aula 01, estudaremos as regras gerais de concordância verbal,


sujeito simples, sujeito composto e casos especiais.

Resolveremos, também, várias questões de concurso.

Excelente trabalho a todos!!!

Aula 01

Concordância verbal .......................................................................... 4


Sujeito Simples ................................................................................. 4
Sujeito Composto ............................................................................. .4
Casos Especiais ................................................................................ 5
Sujeito composto posposto ao verbo ................................................... 5
Sujeito composto constituído por núcleos em gradação ......................... 5
Núcleos do sujeito composto ligados pela conjunção ou ....................... 6

Núcleos do sujeito composto ligados pela preposição com .................... 6

Quando os núcleos do sujeito composto são verbos no infinitivo ............ 7

Quando núcleos do sujeito composto estão determinados pelos pronomes


cada ou nenhum ....................................................................................... 7

Sujeito composto seguido de aposto resumitivo ................................... 7

Sujeito composto com núcleos sinônimos ............................................ 7

Circunstâncias especiais de concordância verbal ................................... 8

Sujeito ligado por nem... nem, um e outro (...), nem um nem outro
(...), um ou outro(...) ............................................................................. 8

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Sujeito formado pelas locuções cada um ou cada qual ...................... 9

Sujeito formado por locução pronominal com pronome pessoal – qual de


nós/qual de nós ....................................................................................... 9

Sujeito formado por pronome relativo – um dos (...) que ................. 10

Sujeito formado com a locução mais de um (...) ............................... 10

Pronome de tratamento................................................................... 11

Pronome relativo quem ................................................................. 11

Pronome relativo que .................................................................... 12

Núcleo do sujeito partitivo, coletivo ou percentual ............................. 12

Sujeito formado por nomes pluralícios .............................................. 13

Sujeito oracional ........................................................................... 14

Sujeito oracional – verbos impessoais .............................................. 14

Verbo ser ..................................................................................... 14

Haja vista ..................................................................................... 16

Partícula apassivadora .................................................................... 19

Exercícios ..................................................................................... 19

Lista de questões comentadas ......................................................... 21

Lista de questões .......................................................................... 64

Gabarito ....................................................................................... 86

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Concordância Verbal

Como regra geral, o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito ao qual
se refere.

Sujeito Simples

O sujeito simples apresenta apenas um núcleo ligado ao verbo. Observe o


trecho abaixo:

Minha mãe era boa criatura. Quando lhe morreu o marido, Pedro de
Albuquerque Santiago, contava trinta e um anos de idade, e podia voltar a
Itajaí.
Machado de Assis

Repare que, em Minha mãe era boa criatura, o verbo era concorda com o
sujeito minha mãe. Núcleo do sujeito – mãe. Dessa maneira, temos sujeito
simples, pois o verbo está ligado a apenas um núcleo.

Sujeito Composto

Neste caso, há mais de um núcleo do sujeito. Assim, o verbo ficará


no plural e prevalecerá a pessoa de número mais baixo.

A prova e o gabarito foram divulgados.


3ª pes. + 3ª pes. = 3ª pes. do plural (eles)

Eu e tu seremos convocados.
1ª pes. + 2ª pes. = 1ª pes. do plural (nós)

Serás tu ou ele o eleito?


2ª pes. + 3ª pes. = 2ª pes. do plural (vós)

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Alguns escritores usam a 3ª pessoa do plural em


vez de “vós” (2ª pessoa do plural), contrariando a
norma culta da língua (silepse de pessoa).

Juro que tu e tua mulher me pagam. (Coelho Neto)

Casos especiais

Sujeito composto posposto ao verbo

Neste caso, o verbo irá para o plural ou concordará com o núcleo mais próximo.

À cerimônia, compareceram/compareceu o ministro e seus assessores.

Sujeito composto constituído por núcleos em gradação

Quando o sujeito é constituído por núcleos em gradação, o verbo concordará


com o núcleo mais próximo ou ficará no plural.

Dias, horas, minuto, segundo parece/parecem uma eternidade quando


realizamos uma tarefa difícil.

Convém lembrar que a gradação deve conter sucessão de substantivos e não


poderá ocorrer conjunção entre os dois últimos termos. Observe:

A gargalhada, o sorriso, a felicidade fez com que o garoto se sentisse muito


bem. Sujeito composto (gradação) verbo singular

Se houver conjunção, o verbo ficará no plural.

A gargalhada, o sorriso e a felicidade fizeram com que o garoto se sentisse


muito radiante. Conjunção aditiva

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Núcleos do sujeito composto ligados pela conjunção ou

 Se houver exclusão, o verbo concordará com o núcleo mais próximo.

João ou Pedro se elegerá presidente.

 Se não houver exclusão, o verbo irá para o plural e concordará com a


pessoa gramatical predominante.

A baixa umidade ou o calor excessivo prejudicam o atleta.

 Agora, se a conjunção ou exercer função retificativa, o verbo concordará


com o núcleo mais próximo.

O aluno ou os alunos resolveram todas as questões.

Núcleos do sujeito composto ligados pela preposição com

Neste caso, o verbo ficará preferencialmente no plural. Caso queira realçar o


núcleo singular, o verbo poderá vir no singular. Então, vejamos:

O juiz com os servidores fizeram/fez inúmeras decisões.

Agora, no caso de o núcleo preposicionado vir separado por vírgulas, o verbo


deverá concordar com o primeiro núcleo da oração, uma vez que teremos
sujeito simples:

O juiz, com os servidores, fez inúmeras decisões.


Quando os núcleos do sujeito composto são verbos no infinitivo

O verbo ficará sempre no singular.

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Estudar e perseverar é essencial para a aprovação!!!

Agora, se os infinitivos vierem determinados por artigo, o verbo ficará no plural.


Vejamos:

O andar e o caminhar trazem benefícios à saúde.

Quando os núcleos do sujeito composto estão determinados pelos


pronomes cada ou nenhum

O verbo ficará no singular, concordando com o pronome cada ou nenhum.

Cada matéria, cada aula tem seu valor.

Nenhum candidato, nenhum professor não esquecerá que persistência é


essencial para atingir a vitória.

Sujeito composto seguido de aposto resumitivo

Quando houver sujeito composto e aposto resumitivo, o verbo concordará com


o aposto.

Livros, música, estudo, tudo o deixava feliz!


Sujeito composto aposto resumitivo

Sujeito composto com núcleos sinônimos

O verbo poderá concordar com o núcleo mais próximo ou ficar no plural.


Alegria e felicidade marcou/marcaram a passagem do ano.
Núcleos sinônimos

Circunstâncias especiais de concordância verbal

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Há casos em que a flexão do verbo dependerá de circunstâncias específicas


independente do sujeito. Iremos analisar cada caso em separado. Vejamos.

Sujeito ligado por nem... nem, um e outro (...), nem um nem outro (...),
um ou outro (...)

O sujeito composto formado pelas locuções nem... nem..., um e outro ou nem


um nem outro, seguidas ou não de substantivo, leva o verbo para o singular ou
para o plural.

Um e outro candidato passará/passarão no concurso.


Nem um nem outro recurso foi/foram aceito(s).
Nem o autor nem o leitor sabia/sabiam a resposta.

 Se houver reciprocidade, o verbo ficará no plural.

Nem João nem Pedro se olharam na cerimônia.

 Se houver exclusão e o sujeito for constituído pelas locuções nem um


nem outro e nem... nem..., o verbo ficará no singular.

Nem um nem outro adversário vencerá a disputa.

 Se a locução nem... nem vier acompanhada de substantivo no plural o


verbo ficará, obrigatoriamente, no plural.

Nem professores nem diretores conseguiram dissipar a bagunça.

Como a locução um ou outro, seguida ou


não de substantivo, tem caráter excludente,
o verbo ficará, necessariamente, no
singular.

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Um ou outro candidato passará na prova.

Sujeito formado pelas locuções cada um ou cada qual

Neste caso, o verbo ficará sempre no singular.

Cada um dos estudantes fará seu trabalho.


Cada qual cumprirá sua obrigação.

Convém salientar que as locuções acima


destacadas podem vir ou não acompanhadas de
substantivo.

Sujeito formado por locução pronominal com pronome pessoal – qual


de nós/quais de nós

Como regra geral, o verbo concorda com o sujeito ao qual se refere. Assim, nos
casos em que houver sujeito pronominal com pronome pessoal, o verbo
concordará com o núcleo do sujeito (pronome qual/quais).

 Com o núcleo no singular, temos:

Qual de vocês encontrou a resposta correta?

Nenhum de nós conseguiu entender o fato.

Com o núcleo no singular, o verbo ficará no singular.

 Com o núcleo no plural, o verbo poderá concordar tanto com o núcleo do


sujeito (3ª pessoa do plural) quanto com o pronome pessoal. Vejamos
alguns exemplos:

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Muitos de nós receberão/receberemos o devido reconhecimento.

Poucos de nós colherão/colheremos os resultados pretendidos sem esforço.

Sujeito formado por pronome relativo – um dos (...) que

Neste caso, o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Vou explicar


detalhadamente. Observe:

João foi um dos alunos que mais estudou/estudaram para o exame.

Quando usamos o verbo no singular, damos ênfase na ação de João. No plural,


valorizamos o conjunto a que ele pertence.

Sujeito formado com a locução mais de um (...)

Sujeito formado com a locução mais de um, seguida ou não de substantivo, o


verbo ficará no singular. O verbo só flexionará na 3ª pessoa do plural se
houver reciprocidade ou, então, repetição da locução.

Mais de um candidato foi aprovado na prova.

Mais de um adversário se provocaram. (reciprocidade)

Mais de uma questão, mais de um texto facilitaram a prova. (repetição da


locução)

Pronome de tratamento

Os pronomes de tratamento recebem concordância especial. Apesar de serem


de segunda pessoa, o verbo ficará sempre na 3ª pessoa do singular, o

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pronome possessivo será o de 3ª pessoa e o adjetivo concordará com o


sexo da pessoa de quem se refere.

Vossa é um pronome de 2ª pessoa. Se refere


a pessoa com quem se fala.
Sua é pronome de 3ª pessoa. Se refere a
pessoa de quem se fala.

3ª pessoa
Vossa Excelência foi generosa com seus servidores.
O adjetivo está no feminino caracterizando uma mulher.
Refere-se à pessoa com quem se fala.

3ª pessoa
Sua Excelência será homenageado por sua dedicação ao trabalho.
O adjetivo está no masculino demonstrando falar de um homem.
Refere-se à pessoa de quem se fala.

Pronome relativo quem

Se o sujeito for o pronome relativo quem, teremos as seguintes opções:

 O verbo ficará na 3ª pessoa do singular, concordando com o pronome


relativo quem:

Não serão os alunos quem pagará os materiais danificados.

 O verbo concordará com o antecedente do pronome quem:

Não serão os alunos quem pagarão os materiais danificados.

Pronome relativo que

Neste caso, sendo o pronome relativo sujeito, o verbo concordará com o


antecedente dele. Observe:

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Não serão os alunos que pagarão os materiais danificados.

Núcleo do sujeito partitivo, coletivo ou percentual

Quando o núcleo do sujeito for partitivo, coletivo ou percentual, acompanhado


por expressão determinante, o verbo poderá concordar tanto com o núcleo
quanto com o determinante, se houver.

Alguns exemplos:

A maioria fez todas as questões propostas.

A maioria dos alunos fez/fizeram as questões propostas.

Um por cento significa muito em certas ocasiões.

Cinco por cento da classe compareceu/compareceram ao simulado.

Um bando de animais passou/passaram por aqui.

 Caso a ação verbal só puder ser atribuída ao total dos seres, o verbo
ficará, preferencialmente, no singular.

Um bando de pássaros comeu as frutas.

 No caso de o percentual vir precedido de artigo ou pronome, o verbo


concordará apenas com o numeral. Vejamos:

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Os cinco por cento da classe compareceram ao simulado.

Aqueles dez por cento dos presentes fizeram os exercícios.

Sujeito formado por nomes próprios pluralícios

Nomes pluralícios são substantivos somente usados no plural.

Se o sujeito for constituído por nomes pluralícios e estiver precedido por artigo
plural, o verbo ficará na 3ª pessoa do plural. Já em casos em que o nome
pluralício venha sem artigo ou com artigo no singular, o verbo ficará na 3ª
pessoa do singular. Observe alguns exemplos:

Minas Gerais produz queijo de qualidade.

Os Estados Unidos exportam muitos produtos para diversas nações.

Estados Unidos exporta muitos produtos para diversas nações.

O Amazonas anuncia construção de abatedouros de animais.

 Segundo Evanildo Bechara, com o verbo ser, o verbo poderá concordar


tanto com o sujeito quanto com o predicado.

 Com títulos de obras, se o título estiver no plural, poderá o verbo ficar no


singular ou no plural.

Os Sertões eternizaram Euclides da Cunha.

Os Sertões (o romance) eternizou Euclides da Cunha.  Observe que, nesse


caso, o verbo ficou no singular concordando com o termo implícito o romance.

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 Com o verbo ser, o verbo poderá tanto concordar com o sujeito quanto
com o predicativo.

Os Sertões é/são uma obra de Euclides da Cunha.

Sujeito oracional

É aquele que tem como sujeito uma oração. O verbo fica no singular.

Custou-me aprender todo o conteúdo.


Or. Subord. subst. subjetiva

Sujeito oracional – verbos impessoais

Verbos impessoais são aqueles que não possui sujeito. Caso forme uma locução
verbal, transmitirá sua impessoalidade ao seu auxiliar. Fica sempre na terceira
pessoa do singular.

 Verbo haver com sentido de existir, ocorrer ou acontecer:

Havia ainda poucas vagas. (= existir)

Devia haver ainda poucas vagas. (= existir)

Não se esqueça que os verbos existir,


ocorrer e acontecer são verbos pessoais, ou
seja, têm sujeito e com ele concorda.

Existiam ainda poucas vagas.


Sujeito

 Verbos que indicam fenômenos da natureza:

Trovejou muito à noite.

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Se verbos que indicam fenômenos da natureza


vieram em sentido conotativo, terão sujeito e com
ele concordará.

Choveram confetes no carnaval.


sujeito

Amanheci meio adoentada. (Sujeito elíptico = eu)

Choviam questões mal resolvidas.


sujeito

 Haver, fazer, ser, estar e ir indicando tempo decorrido ou fenômeno


meteorológico:

Há muitos dias que não a vejo!

Faz dias frios no Rio Grande do Sul.

Fazia anos que não o via.

Está muito quente nesses últimos dias.

 Dar, soar e bater são verbos pessoais.

Deram dez horas no relógio da sala.


sujeito

O relógio da sala deu dez horas.


sujeito

Verbo ser

Normalmente, o verbo ser concorda com o sujeito ao qual se refere.

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 Casos obrigatórios: quando o sujeito for substantivo ou pronome pessoal


que designe pessoa.

Nós somos amigos.

 Agora, se a frase contiver um pronome pessoal, o verbo ser concordará


com ele, indiferente se for sujeito ou predicativo.

O estudante és tu.
Predicativo do sujeito
sujeito

Tu és o estudante.

 O verbo ser acompanhado de expressão indicativa de horas, data ou


distância concordará com o numeral. Em caso de ser numeral composto,
com o primeiro numeral.

Seriam nove horas da manhã.

 O verbo ser concordará com o predicativo quando for substantivo ou


pronome que designe pessoa.

O capitão és tu.

 Na indicação de datas, temos:

 O verbo ser concorda com o numeral:

Amanhã, são vinte e três de dezembro.

 Se houver a palavra dia, o verbo ser concordará com ela:

Amanhã, é dia vinte e três de dezembro.

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 O verbo ser poderá ficar no singular, concordando com a palavra


subtendida dia:

Amanhã, é (dia) vinte e três de dezembro.

 O verbo ser concordará com o predicativo quando for quantidade: muito,


pouco, mais, menos...

Duas horas de estudo é pouco para fazer uma boa prova.

Talvez quatro horas por dia é mais do que suficiente.

 O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for partitivo:


a maioria, o resto, a maior parte...

O resto eram questões mais difíceis.

 Com sujeito pronomes interrogativos, o verbo ser concordará com o


predicativo:

Que são falácias?

O que seriam aqueles vultos?

O Verbo ser ficará no singular ou no plural:

 Com sujeito pronome indefinido tudo ou nada.

Nada é/são tumultos.

Tudo é/são amores conquistados.

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 Quando o sujeito tem núcleo no singular e o predicativo é coisa no plural:

O amor é/são ilusões.

 Quando o sujeito for um pronome demonstrativo: isto, isso, aquilo, o.

Isso era/eram brinquedos para doação.

Não podemos deixar de ver alguns casos.


Costumam cair em prova. Então, muita
atenção!

 É que, como locução de realce, é invariável.

Vocês é que não entenderam a questão.

Observe que a expressão é que pode ser retirada, sem prejuízo para a correção
gramatical e a semântica do texto.

 O verbo ser pode ser usado somente para enfatizar. Nesse caso, o verbo
é impessoal e fica invariável.

As questões são muito é difíceis.

Haja vista

Há alguns detalhes importantes que devemos salientar:

Vista é um substantivo e será sempre usado no feminino.

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Haja vista a confusão, o casal foi embora.

Haja(m) vista as brigas, o casal foi embora.  Neste caso, a flexão do verbo
é facultativa.

Não confundir com haja visto. Haja visto só existirá como tempo composto do
verbo ver. Observe:

Espero que o rapaz haja visto a resolução das questões. (= tenha visto)

Partícula apassivadora (voz passiva sintética)

A voz passiva se faz de duas formas distintas:

 Voz passiva sintética: verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto


+ partícula se. E o que era objeto direto passa a ser sujeito. Assim, o
verbo poderá ficar no singular ou no plural, concordando com esse
sujeito;

 Voz passiva analítica: verbo ser + particípio do verbo transitivo direto.

Vendem-se belas fotografias.


V.T.D. + P.A. sujeito

Ao passar a oração da voz passiva sintética para a passiva analítica, teremos:

Belas fotografias são vendidas.


Sujeito loc. Verbal

Comentam-se por aí fatos estranhos.


V.T.D. + P.A. sujeito

Fatos estranhos são comentados por aí.


Sujeito loc. Verbal

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Tratavam-se bem as crianças naquela escola.


V.T.D. + P.A. sujeito

As crianças eram tratadas bem naquela escola.


Sujeito loc. Verbal

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Lista das questões comentadas


1. (CAIP–IMES/DAE de São Caetano do Sul – SP/Analista
Administrativo/2015) A concordância está INCORRETAMENE empregada em:

a) É necessária a atuação mais incisiva junto à população.


b) É proibido entrar neste local sem a devida autorização.
c) Fazem dois meses que trabalho aos sábados.
d) Havia duas senhoras e um rapaz procurando por você.

Comentário:

A alternativa, com construção inadequada quanto ao uso do padrão culto da


linguagem, é a letra C.

O verbo fazer, indicando tempo decorrido ou


fenômeno meteorológico, constitui uma oração
sem sujeito. Assim, o verbo fica na terceira
pessoa do singular. Veja:

Faz dias frios no Rio Grande do Sul.

Fazia anos que não o via.

Está muito quente nesses últimos dias.

Diante o exposto, o correto seria: Faz dois meses que trabalho aos sábados.

Resposta: C

2. (AOCP/EBSERH/Enfermeiro/2015) Texto para a questão.

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Para coibir falsificações, remédios devem ganhar “RG" até o final de 2016
Débora Nogueira - Do UOL - 23/07/2015

A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve. A partir do


final de 2016, deve começar a valer a lei de rastreabilidade dos medicamentos,
que determina que cada caixinha será rastreável a partir de um código 2D (em
duas dimensões). Estima-se que um a cada cinco medicamentos vendidos no
Brasil seja falsificado, segundo a OMS.
Essa espécie de “RG dos remédios" servirá para que as agências regulatórias
como a Anvisa possam saber o caminho que um medicamento faz, desde o
momento da fabricação até a comercialização. O consumidor também terá parte
nisso: será possível verificar a partir do código da caixa se o remédio é
verdadeiro. As indústrias farmacêuticas que operam no Brasil devem ter três
lotes testes rastreáveis até dezembro de 2015 e todo o sistema implantado até
dezembro de 2016.
Porém, há uma disputa em jogo que pode levar o prazo de adequação para só
depois de 2025. As informações sobre o consumo de medicamentos de todos os
brasileiros, e portanto as informações de demanda e vendas, são muito
valiosas.
Hoje, a indústria farmacêutica gasta um grande valor para obter informações
sobre a venda de remédios para poder definir estratégias de marketing e a
atuação dos representantes de laboratórios junto aos médicos (que podem até
ganhar dinheiro e viagens pelo número de prescrições). Existem empresas que
pagam farmácias para obter dados de médicos, números de vendas etc. e,
então, os vendem à indústria.
Com a lei, aprovada em 2009, toda essa informação seria passada para o
governo. Mas a regulamentação feita pela Anvisa em 2013 não explicita como
seriam armazenadas essas informações e quem teria acesso a elas. Apenas fica
determinado que a indústria é responsável pela segurança da cadeia desde a
saída da fábrica até chegar ao consumidor final.
As redes de drogarias e farmácias, representadas pela Abrafarma (Associação
Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), criticam o fato das farmácias

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terem de reportar cada venda às farmacêuticas. Com a lei da rastreabilidade,


cada modificação de lugar do medicamento (da fábrica para a farmácia e
farmácia para o consumidor) deve ser informada. “Isto é um verdadeiro
absurdo contra a privacidade da informação prevista na Constituição. Com
todas essas informações à mão, fabricantes poderão alijar empresas, manipular
preços e dominar a concorrência", afirmou o presidente executivo da
Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, em nota.
Além disso, as redes de farmácias pedem um prazo maior. “Mais de 180 mil
estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se
adequar tecnologicamente. Será uma complexa operação logística", disse.
Há um projeto de lei em tramitação no Senado que pede alterações no envio de
informações sobre os medicamentos e propõe um prazo maior para adequação.
No projeto, do senador Humberto Costa (PT), é proposto que cada membro da
cadeia tenha seu próprio banco de dados, acessível pelo Sistema Nacional de
Controle de Medicamentos – para que o governo federal construa seu próprio
banco de dados para armazenar e consultar todas as movimentações dos
medicamentos. Junto a essa demanda, o senador pede mais 10 anos após a
aprovação da lei para que todos se adequem, ou seja, o rastreamento só
passaria a valer a partir de 2025. O senador afirmou que o prazo de dez anos
pode não ser necessário e que o projeto de lei pode ser modificado antes de ser
colocado em votação.
A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), que reúne 55
empresas farmacêuticas que respondem por mais de 50% dos medicamentos
comercializados no Brasil, afirma estar preparada para se adequar à lei e
produzir cerca de 4 bilhões de caixinhas por ano com o código individual para o
rastreamento. “Já estamos preparados para cumprir as diretrizes. A lei de
rastreabilidade é muito importante não só para evitar a falsificação mas
também para aumentar a transparência ao longo da cadeia farmacêutica com o
recolhimento correto de tributos e o combate ao roubo de cargas", afirmou o
diretor de assuntos econômicos da Interfarma, Marcelo Liebhardt.
Segundo a Anvisa, a adaptação não deve encarecer o produto final: “a
implantação do rastreamento de medicamentos promove um retorno

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significativo na redução de custos de produção, de controles e gerenciamento


de estoques, evitando perdas e impulsionando o processo produtivo e de
disponibilização de produtos".
Texto adaptado. Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-
noticias/...

Em “Estima-se que um a cada cinco medicamentos vendidos no Brasil seja


falsificado",

a) “seja falsificado" deveria estar no plural para concordar com “cinco


medicamentos".
b) “seja falsificado" está no singular para concordar com “Brasil".
c) “seja falsificado" está no singular para concordar com “um".
d) o verbo “Estima-se" deveria estar no plural, pois o sujeito é indeterminado.
e) “vendidos" deveria estar no singular para concordar com “medicamento",
termo que está elíptico após o termo “um".

Comentário:

A alternativa C está correta. O sujeito da locução verbal seja falsificado é um.

Convém aqui analisar o sujeito da forma verbal estima-se.

Vimos que verbos transitivos diretos mais a partícula “se” constituem a voz
passiva sintética.

Assim, na frase:

Estima-se que um a cada cinco medicamentos vendidos no Brasil ...


V.T.D. P.A. Sujeito oracional

Temos um sujeito oracional. Repare:

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Que um a cada cinco medicamento vendidos no Brasil seja falsifico é


estimado.

Na alternativa E, podemos observar, claramente, que o adjetivo vendidos


concorda com o antecedente (medicamentos).

Resposta: C

3. (AOCP/EBSERVH/Médio – Radiologia e Diagnóstico por Imagem/2015)


Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito das
palavras em destaque no excerto a seguir.

“Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e


rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à metade da
população mundial...”

a) São verbos conjugados no tempo presente do indicativo e se encontram no


plural para concordar com “Os aquíferos”.
b) Os verbos “concentram” e “abastecem” se encontram no pretérito do
indicativo e têm, respectivamente, os seguintes sujeitos pospostos: água,
nascentes e rios.
c) O verbo “são” se encontra no plural para concordar com o sujeito “nascentes
e rios”.
d) O verbo “são” tem como objeto direto o que segue: “responsáveis
atualmente por fornecer água potável à metade da população mundial”.
e) São verbos conjugados no presente do subjuntivo e remetem ao sujeito
“água potável”.

Comentário:

Observe a frase:

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Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e


rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à metade da
população mundial...

O sujeito das formas verbais concentram, abastecem e são é “aquíferos”, e


esses verbos estão conjugados na terceira pessoa do plural do presente do
indicativo.

A alternativa A está correta.

Resposta: A

4. (AOCP/UFS/Fisioterapeuta/2014) O fragmento em que a concordância


verbal NÃO está de acordo com a norma padrão é:

Sobre a origem de tudo


Marcelo Gleiser

Volta e meia retorno ao tema da origem de tudo, que inevitavelmente leva a


reflexões em que as fronteiras entre ciência e religião meio que se misturam.
Sabemos que as primeiras narrativas de criação do mundo vêm de textos
religiosos, os mitos de criação. O Gênesis, primeiro livro da bíblia, é um
exemplo deles, se bem que é importante lembrar que não é o único.
Talvez seja surpreendente, especialmente para as pessoas de fé, que a ciência
moderna tenha algo a dizer sobre o assunto. E não há dúvida que o progresso
da cosmologia e da astronomia levaram a um conhecimento sem precedentes
da história cósmica, que hoje sabemos teve um começo há aproximadamente
13,8 bilhões de anos. Tal como você e eu, o Universo também tem uma data de
nascimento.
A questão complica se persistimos com essa analogia: você e eu tivemos pais
que nos geraram. Existe uma continuidade nessa história, que podemos traçar

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até a primeira entidade viva. Lá, nos deparamos com um dilema: como surgiu a
primeira entidade viva, se nada vivo havia para gerá-la? Presumivelmente, a
vida veio da não vida, a partir de reações químicas entre as moléculas que
existiam na Terra primordial. E o Universo? Como surgiu se nada existia antes?
A situação aqui é ainda mais complexa, visto que o Universo inclui tudo o que
existe. Como que tudo pode vir do nada? A prerrogativa da ciência é criar
explicações sem intervenção divina. No caso da origem cósmica, explicações
científicas encontram desafios conceituais enormes.
Isso não significa que nos resta apenas a opção religiosa como solução da
origem cósmica. Significa que precisamos criar um novo modo de explicação
científica para lidar com ela.
Para dar conta da origem do Universo, os modelos que temos hoje combinam
os dois pilares da física do século 20, a teoria da relatividade geral de Einstein,
que explica a gravidade como produto da curvatura do espaço, e a mecânica
quântica, que descreve o comportamento dos átomos. A combinação é
inevitável, dado que, nos seus primórdios, o Universo inteiro era pequeno o
bastante para ser dominado por efeitos quânticos. Modelos da origem cósmica
usam a bizarrice dos efeitos quânticos para explicar o que parece ser
inexplicável.
Por exemplo, da mesma forma que um núcleo radioativo decai
espontaneamente, o Cosmo por inteiro pode ter surgido duma flutuação
aleatória de energia, uma bolha de espaço que emergiu do “nada”, que
chamamos de vácuo. O interessante é que essa bolha seria uma flutuação de
energia zero, devido a uma compensação entre a energia positiva da matéria e
a negativa da gravidade. Por isso que muitos físicos, como Stephen Hawking e
Lawrence Krauss, falam que o Universo veio do “nada”. E declaram que a
questão está resolvida. O que é um absurdo. O nada da física é uma entidade
bem complexa.
Esse é apenas um modelo, que pressupõe uma série de conceitos e
extrapolações para fazer sentido: espaço, tempo, energia, leis naturais. Como
tal, está longe de ser uma solução para a questão da origem de tudo. Não me
parece que a ciência, tal como é formulada hoje, pode resolver de vez a

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questão da origem cósmica. Para tal, precisaria descrever suas próprias


origens, abranger uma teoria das teorias. O infinito e seu oposto, o nada, são
conceitos essenciais; mas é muito fácil nos perdermos nos seus labirintos
metafísicos.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/12/1385
521-sobre-a-origem-de-tudo.shtml.

a) “...pressupõe uma série de conceitos e extrapolações para fazer sentido...”


b) “...o progresso da cosmologia e da astronomia levaram a um conhecimento
sem precedentes...”
c) “Modelos da origem cósmica usam a bizarrice dos efeitos quânticos para
explicar o que parece ser inexplicável.”
d) “A prerrogativa da ciência é criar explicações sem intervenção divina.”
e) “Existe uma continuidade nessa história, que podemos traçar até a primeira
entidade viva.”

Comentário:

A letra C contém fragmento em que a concordância verbal NÃO está de


acordo com a norma padrão. Repare:

...o progresso da cosmologia e da astronomia levaram a um conhecimento


sem precedentes...

O sujeito da forma verbal levaram é o progresso. Dessa maneira, o verbo


deveria estar no singular e, não, no plural.

Resposta: B

5. (AOCP/Prefeitura de Camaçari – BA/Fisioterapeuta/2014)

Falência múltipla

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Lya Luft

Um jornalista comentou recentemente num programa de televisão que pediu a


um médico seu amigo um diagnóstico do que está ocorrendo no Brasil:
infecção, virose? A resposta foi perfeita: “Falência múltipla dos órgãos”. Nada
mais acertado. Há quase dez anos realizo aqui na coluna minhas passeatas:
estas páginas são minha avenida, as palavras são cartazes. Falo em relações
humanas e seus dramas, porém mais frequentemente nas coisas inaceitáveis
na nossa vida pública. Esgotei a paciência dos leitores reclamando da péssima
educação — milhares de alunos sem escola ou abrigados em galpões e salinhas
de fundo de igrejas, para chegarem aos 9, 10 anos sem saber ler nem escrever.
Professores desesperados tentando ensinar sem material básico, sem estrutura,
salários vergonhosos, estímulo nenhum. Universidades cujo nível é
seguidamente baixado: em lugar de darem boas escolas a todas as crianças e
jovens para que possam entrar em excelentes universidades por mérito e
esforço, oferecem-lhes favorecimentos prejudiciais.
Tenho clamado contra o horror da saúde pública, mulheres parindo e velhos
morrendo em colchonetes no corredor, consultas para doenças graves
marcadas para vários meses depois, médicos exaustos trabalhando além dos
seus limites, tentando salvar vidas e confortar os pacientes, sem condições
mínimas de higiene, sem aparelhamento e com salário humilhante.
Em lugar de importarmos não sei quantos mil médicos estrangeiros, quem sabe
vamos ser sensatos e oferecer condições e salários decentes aos médicos
brasileiros que querem cuidar de nós?
Tenho reclamado das condições de transporte, como no recente artigo “Três
senhoras sentadas”: transporte caro para o calamitoso serviço oferecido. “Nos
tratam como animais”, reclamou um usuário já idoso. A segurança inexiste,
somos mortos ao acaso em nossas ruas, e se procuramos não sair de casa à
noite somos fuzilados por um bando na frente de casa às 10 da manhã.
E, quando nossa tolerância ou resignação chegou ao limite, brota essa onda
humana de busca de dignidade para todos. Não se trata apenas de centavos em
passagens, mas de respeito.

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As vozes dizem NÃO: não aos ônibus sujos e estragados, impontuais,


motoristas sobrecarregados; não às escolas fechadas ou em ruínas; não aos
professores e médicos impotentes, estradas intransitáveis, medo dentro e fora
de casa. Não a um ensino em que a palavra “excelência” chega a parecer abuso
ou ironia. Não ao mercado persa de favores e cargos em que transformam
nossa política, não aos corruptos às vezes condenados ocupando altos cargos,
não ao absurdo número de partidos confusos.
As reclamações da multidão nas ruas são tão variadas quanto nossas mazelas:
por onde começar? Talvez pelo prático, e imediato, sem planos mirabolantes.
Algo há de se poder fazer: não creio que políticos e governo tenham sido
apanhados desprevenidos, por mais que estivessem alienados em torres de
marfim.
Infelizmente todo movimento de massas provoca e abriga sem querer grupos
violentos e anárquicos: que isso não nos prejudique nem invalide nossas
reivindicações.
Não sei como isso vai acabar: espero que transformando o Brasil num lugar
melhor para viver. Quase com atraso, a voz das ruas quer lisura, ética, ações,
cumprimento de deveres, realização dos mais básicos conceitos de decência e
responsabilidade cívica, que andavam trocados por ganância monetária ou
ânsia eleitoreira.
Que sobrevenham ordem e paz. Que depois desse chamado à consciência de
quem lidera e governa não se absolvam os mensaleiros, não se deixem pessoas
medíocres ou de ética duvidosa em altos cargos, acabem as gigantescas
negociatas meio secretas, e se apliquem decentemente somas que poderão
salvar vidas, educar jovens, abrir horizontes.
Sou totalmente contrária a qualquer violência, mas este povo chegou ao
extremo de sua tolerância, percebeu que tem poder, não quer mais ser
enganado e explorado: que não se destrua nada, mas se abram horizontes
reais de melhoria e contentamento.
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/lya-luft/

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O fragmento em que é possível haver uma concordância verbal diferente da


apresentada é:

a) “...mas se abram horizontes reais...”


b) “...acabem as gigantescas negociatas...”
c) “Que sobrevenham ordem e paz.”
d) “...não aos corruptos às vezes condenados...”
e) “...não se absolvam os mensaleiros...”

Comentário:

Como regra geral, o verbo concorda, em número e pessoa, com o sujeito ao


qual ser refere.

Contudo, há uma particularidade quando o verbo vem anteposto ao sujeito


composto. Pode ocorrer a concordância atrativa ou a lógica.

Dessa maneira, na frase: Que sobrevenham ordem e paz, o verbo pode


concordar com o termo mais próximo (ordem) ou com os dois núcleos do
sujeito composto (ordem e paz).

Há, assim, neste caso, fragmento em que é possível haver uma concordância
verbal diferente da apresentada.

Resposta: C

6. (AOCP/Colégio Pedro II/ Analista de Tecnologia da Informação/2013)

Prezados Senhores,

Desde maio de 2000, o filósofo Olavo de Carvalho tem escrito semanalmente


artigos para o jornal O Globo e para a revista Época, nos quais tem abordado,

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de forma cristalina e muitas vezes contundente, sempre com impressionantes


inteligência e erudição, temas fundamentais para o homem moderno, e
principalmente pontos cruciais da história e da política nacional e internacional.
Olavo tem sido um dos poucos se não o único intelectual brasileiro a analisar os
problemas e a história do pensamento nacional por um ângulo que não seja o
esquerdista, normalmente unilateral e engessado pelos dogmas marxistas. Se
seu texto só tivesse essa única qualidade, já mereceria nosso louvor, ou no
mínimo nossa atenção. Mas Olavo tem sido uma “vox clamantis in deserto”. Em
vez de encetar diálogos honestos e dignos, como convêm a todo intelectual
digno do nome, seus artigos tem sido solenemente ignorados pela inteligência
esquerdista, por motivos que podemos detectar, mas que não vêm ao caso
agora. E, para nossa surpresa, justamente a revista Época, que vinha
possibilitando a um número expressivo de leitores a oportunidade de ler os
excelentes textos de O. de Carvalho, parece ter decidido impor-lhe o mesmo
silêncio com que nossa inteligência tem “reagido” aos seus textos, vetando-lhe
o artigo que seria publicado na edição de 03/11. Não podemos aceitar que
uma revista prestigiosa como a Época, que vinha demonstrando ser imparcial e
aberta às diversas tendências e enfoques de análise jornalística e intelectual,
venha perpetrar tal censura (essa é a palavra) a um de seus mais importantes
articulistas. Ressalte-se o fato de que na Época (e também em O Globo) os
textos de Olavo saem (ou saíam?) sempre na sessão “Opinião”, o que exime a
revista de qualquer responsabilidade ou compromisso com as ideias do
articulista. Ainda assim seu último texto foi proibido. O que (ou quem) levou
Época a tal decisão? Reconhecemos que os editores (e os donos) de um veículo
de imprensa devem ter autonomia para decidir o que publicar, mas nos causa
espécie o fato de um articulista acima da média ser sumariamente censurado,
sobretudo nesse país em que a palavra “censura” se tornou um verdadeiro
anátema, principalmente nos meios esquerdistas. Manifesto aqui o meu repúdio
à censura imposta por Época ao filósofo Olavo de Carvalho, na esperança de
que não percamos o privilégio e a oportunidade de ler, nessa conceituada
revista, os textos de um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve. Pois não

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será outro o requisito que diferencia um veículo de imprensa dos demais se não
a imparcialidade.
Marcos Grillo/RJ
mgrillo@vento.com.br
Adaptado de http://www.olavodecarvalho.org/textos/

Considerando as normas gramaticais, assinale a alternativa correta quanto ao


que se afirma.

a) Em “... que não vêm ao caso agora....”, a expressão destacada deve ser
substituída por “vem”.
b) Em “... seus artigos tem sido solenemente...”, a expressão destacada
deve ser substituída por “têm”.
c) Em “Olavo de Carvalho tem escrito...” a expressão destacada deve ser
substituída por “têm”.
d) Em “...Ressalta-se o fato de...”, a expressão destacada pode ser
substituía por “Se ressalta”
e) Em “... vetando-lhe o artigo...” a expressão destacada pode ser substituía
por “lhe vetando”.

Comentário:

Em nossa língua pátria, há alguns acentos que são diferenciais, ou seja, eles
são usados para diferenciar a 3ª pessoa do singular da 3ª pessoa do plural.

Nas alternativas A, B e C, encontramos exemplos desse acento.

Repare:

... seus artigos tem sido solenemente ignorados pela inteligência esquerdista,
por motivos que podemos detectar, mas que não vêm ao caso agora.

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Na alternativa A, temos: motivos que não vêm ao caso. Percebemos que o


sujeito da forma verbal vêm é “motivos”, sujeito simples e plural.

Não há possibilidade de emprego da forma “vem”, pois trata da forma singular


do verbo.

Na alternativa B, temos: ... seus artigos tem sido solenemente...”. Perceba que
o verbo foi empregado no singular – tem. Assim, a expressão destacada deve
ser substituída por “têm”, concordando com o sujeito plural (seus artigos).

Já, na alternativa C, a substituição fica inadequada, pois a forma verbal têm é


plural. E, no caso em tela, temos sujeito singular (Olavo de Carvalho).

As alternativas D e E trazem caso de colocação pronominal.

Como regra, não se inicia oração com pronome átono. Assim, a substituição de
“...Ressalta-se o fato de...” por “Se ressalta” acarretaria erro gramatical.

Também, em “... vetando-lhe o artigo...”, a expressão destacada não pode ser


substituía por “lhe vetando”. Repare que o pronome ficaria no início da oração,
uma vez que temos uma oração reduzida de gerúndio.

Diante o exposto, a alternativa que contém a informação correta é a letra B.

Resposta: B

7. (FGV/IBGE/Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas/2016)

TEXTO 5 - Diploma superior é privilégio de apenas 13%

Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de brasileiros acima de 25


anos, mais de metade da população (57,5%) tem no máximo o ensino médio

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completo, sendo que 32% não completaram o ensino fundamental. Uma


graduação universitária é privilégio de apenas 13,1% das pessoas (contra
12,6% em 2013).
Os números também chamam atenção para a necessidade de se aprimorar o
ensino nas escolas públicas, que são frequentadas por 76,9% dos alunos
brasileiros (contra 75,7% em 2013). Mas a frequência escolar como um todo
vêm aumentando, e tem seu maior patamar entre crianças de 6 a 14 anos:
98,5% nesta faixa etária estão na escola.
Quando se contempla a população como um todo, o número médio de anos de
estudo escolar é de 7,7. Aqui também há disparidades regionais: o Sudeste
apresenta a maior média, de 8,4 anos, enquanto Norte e Nordeste registraram
o menor tempo médio na escola, 7,2 e 6,6 anos, respectivamente.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultado
s_pnad_jc_ab

TEXTO 7 - Trabalho infantil volta a subir


Após sete quedas sucessivas de 2005 para cá, o número de crianças
trabalhando no país voltou a aumentar. Em 2014, subiu para 554 mil o número
de crianças nas idades entre 5 e 13 anos que trabalham, quase 50 mil a mais
que em 2013.
No Brasil, o trabalho até os 13 anos é ilegal. Setenta mil dessas crianças têm de
5 a 9 anos, um aumento de 15,5% em relação ao ano anterior. Em 2005,
porém, o número de crianças em situação de trabalho infantil era quase o triplo
do número atual, chegando a 1,6 milhão.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultado
s_pnad_jc_ab

TEXTO 8 - Computadores em casa têm primeira queda Depois de anos de


aumento vertiginoso, o número de residências com computador teve a primeira
leve queda em 2014, de 49,5% para 49,2%.
O índice ainda é impressionante quando se considera o patamar de 2001 –
quando 12,6% dos domicílios tinham computadores.

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Mas a interrupção na tendência de crescimento é vista como um reflexo do


aumento de uso da internet no celular. A posse de aparelhos de telefonia móvel
segue em franca ascensão: hoje, 136,6 milhões de brasileiros (ou 77,9% das
pessoas acima de 10 anos) têm telefone celular, um crescimento de 4,9% em
relação a 2013.
Outro reflexo dessa expansão é a redução de telefones fixos em casa. Entre
2001 e 2014, a proporção de domicílios com linha fixa caiu 25,5 pontos
percentuais.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_result
ados_pnad_jc_ab

TEXTO 9 - Água e luz avançam, saneamento deixa a desejar


Do total de domicílios no país, 85,4% têm abastecimento de água e 99,7% têm
iluminação elétrica, mas apenas 63,5% têm rede coletora de esgoto, índice
praticamente igual ao de 2013 (63,4%).
As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste (41,1%) e no Centro-
Oeste (46,5%). De um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram a
contar com esgoto, mas esse número não acompanha o aumento geral do
número de residências no país: de 2013 para 2014, o número de domicílios
brasileiros aumentou em 1,9 milhão, passando a um total de 67 milhões.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultado
s_pnad_jc_ab

A concordância verbal que mostra um caso idêntico a “Água e luz avançam” é:

a) “As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste (41,1%) e no


Centro-Oeste (46,5%)” (Texto 9);
b) “De um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram a contar com
esgoto” (Texto 9);
c) “Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola” (Texto 5);
d) “o número de residências com computador teve a primeira leve queda em
2014, de 49,5% para 49,2%” (Texto 8);

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e) “o número de crianças em situação de trabalho infantil era quase o triplo do


número atual” (Texto 7).

Comentário:

Primeiramente, vamos analisar a frase: Água e luz avançam...

Na frase em tela, temos sujeito composto (água e luz) e verbo no plural,


concordando com o sujeito.

A partir do exposto acima, vamos procurar a alternativa que contenha sujeito


composto.

 As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste (41,1%) e no


Centro-Oeste (46,5%).

Sujeito simples: as piores médias;


Núcleo do sujeito: médias;
Verbo: estão.

Nesta frase, há sujeito simples plural

 De um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram a contar com


esgoto.

Quando o núcleo do sujeito for partitivo, coletivo


ou percentual, acompanhado por expressão
determinante, o verbo poderá concordar tanto
com o núcleo quanto com o determinante, se houver.

No caso em tela, o verbo concordou com o especificador: de casas.

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 Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola.

Sujeito composto: Norte e Nordeste;


Núcleo do sujeito: Norte; Nordeste;

Neste caso, a forma verbal registraram está no plural, concordando com o


sujeito composto.

 ... o número de residências com computador teve a primeira leve queda em


2014, de 49,5% para 49,2%.

Sujeito simples: o número de residências com computador;


Núcleo do sujeito: número;
Verbo: teve.

O sujeito está no singular, concordando com o sujeito simples singular.

 ... o número de crianças em situação de trabalho infantil era quase o triplo


do número atual.

Sujeito simples: o número de crianças em situação de trabalho infantil;


Núcleo do sujeito: número;
Verbo: era.

Neste caso, o verbo está no singular, concordando com o sujeito simples


singular

Resposta: C

8. (FCC/TRF–3ªRegião/Analista Judiciário/2016) A respeito da


concordância verbal, é correto afirmar:

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a) Em "A aquisição de novas obras devem trazer benefícios a todos os


frequentadores", a concordância está correta por se tratar de expressão
partitiva.
b) Em "Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus", a concordância está
correta, uma vez que o núcleo do sujeito é "cerca".
c) Na frase "Hão de se garantir as condições necessárias à conservação das
obras de arte", o verbo "haver" deveria estar no singular, uma vez que é
impessoal.
d) Em "Acredita-se que 25% da população frequentem ambientes culturais", a
concordância está correta, uma vez que a porcentagem é o núcleo do
segmento nominal.
e) Na frase "A maioria das pessoas não frequentam o museu", o verbo
encontra-se no plural por concordar com "pessoas", ainda que pudesse, no
singular, concordar com "maioria".

Comentário:

Vamos analisar cada alternativa:

 A aquisição de novas obras devem trazer benefícios a todos os


frequentadores.

A concordância está inadequada. O sujeito está no singular, e o verbo no plural.

Sujeito simples singular: a aquisição de novas obras;


Núcleo do sujeito: aquisição;

 Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus.

A alternativa está incorreta. O sujeito da oração é: cerca de 60 museus, e o


núcleo do sujeito: museus.

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 Hão de se garantir as condições necessárias à conservação das obras de


arte.

Na frase em tela, temos a locução verbal hão de se garantir. O verbo “haver”,


no caso, é um auxiliar. Assim, não há impessoalidade. O verbo principal é
“garantir”.

 Acredita-se que 25% da população frequentem ambientes culturais.

A concordância está correta. No caso em referência, temos sujeito oracional:


que 25% da população frequentem ambientes culturais.

Dessa maneira, o verbo está no singular, concordando com o sujeito oracional


e, não, com a porcentagem.

 A maioria das pessoas não frequentam/frequenta o museu.

Quando o núcleo do sujeito for partitivo,


coletivo ou percentual, acompanhado por
expressão determinante, o verbo poderá
concordar tanto com o núcleo quanto com o determinante, se houver.

A alternativa E está correta.

Resposta: E

9. (FGV/Prefeitura de Cuiabá–MT/Auditor Fiscal Tributário da Receita


Municipal) Assinale a opção que indica o erro de norma culta presente no
fragmento acima.

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“De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de
Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita
cidadã, e não só voltada aos vestibulares”.

a) O uso inadequado do acento grave em “às principais críticas”.


b) O erro de concordância na forma verbal “se ouve”.
c) O emprego incoerente do vocábulo “sim”, entre vírgulas.
d) O erro de concordância no emprego do vocábulo “muito”.
e) O mau uso da forma “aos” em lugar de “para os”.

Comentário:

Como regra geral, o verbo concorda, em pessoa e


número, com o sujeito ao qual se refere.

Observe a frase: ... principais críticas que se ouve hoje ...

Aqui temos caso de passiva sintética. Se passarmos a frase para a passiva


analítica, perceberemos claramente que há inadequação de concordância.
Repare:

As principais Críticas são ouvidas.

Dessa maneira, há erro de concordância verbal na forma verbal “se ouve”.

Resposta: B

10. (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/Auditor/2016) No texto, a passagem


“somos nós que financiamos” pode ser reescrita com o pronome “quem”,
assim: somos nós quem financiamos ou financia. Note que, neste caso, com
o pronome “quem”, podemos ter duas formas de concordância. Marque a

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opção em podemos ter outra forma de concordância verbal também aceita


pela gramática normativa:

a) A maioria do povo votou conscientemente.


b) Quais de nós se manifestaram a favor do projeto?
c) Houve vários apoios ao projeto contra a corrupção.
d) Devem-se punir corruptos e corruptores.

Comentário:

Vimos que, quando o núcleo do sujeito for partitivo, coletivo ou percentual,


acompanhado por expressão determinante, o verbo poderá concordar tanto
com o núcleo quanto com o determinante, se houver.

Contudo, precisamos ter atenção!!! Na alternativa A, há possibilidade de


concordar com o núcleo do sujeito partitivo ou com o determinante. Mas, nos
dois casos, prevalece o singular. Assim, o verbo só poderá ficar no singular.

Sujeito formado por locução


pronominal com pronome pessoal –
qual de nós/quais de nós: Como regra
geral, o verbo concorda com o sujeito ao qual se refere. Assim, nos casos em
que houver sujeito pronominal com pronome pessoal, o verbo concordará com
o núcleo do sujeito (pronome qual/quais).

Com o núcleo no plural, o verbo poderá concordar tanto com o núcleo do


sujeito (3ª pessoa do plural) quanto com o pronome pessoal. Vejamos
alguns exemplos:

Quais de nós se manifestaram/nos manifestamos a favor do projeto?

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Dessa maneira, a alternativa B contém a frase com duas possibilidades de


concordância.

Na alternativa C, foi empregado o verbo haver no sentido de existir, assim, é


impessoal; não tem sujeito e fica na terceira pessoa do singular. Dessa
maneira, não há outra possibilidade de concordância.

Em: Devem-se punir corruptos e corruptores, percebemos que, apesar de o


sujeito estar anteposto ao sujeito e poder concordar com o núcleo mais próximo
do sujeito composto, os núcleos estão no plural. Dessa maneira, concordar com
os dois núcleos ou com o mais próximo não muda a flexão (plural/singular) do
verbo.

Resposta: B

11. (UFMT/TJ–MT/Analista Judiciário/2016) Leia as frases abaixo.

I - Enquanto houver leitores, haverá livros.


II - Mais de um terço dos jovens no Brasil nunca desliga o celular.
III - Vossa Senhoria tomou posse de seu mandato em dia auspicioso.
IV - Hoje são 08 de março, dia da mulher.

Sobre a concordância verbal empregada nas frases, assinale a


afirmativa INCORRETA.

a) Em II, o verbo desligar deveria ser pluralizado visto que a expressão mais
de é indicativa de plural.
b) O verbo haver no sentido de existir flexiona-se somente na 3ª pessoa do
singular, como ocorre em I.
c) Com pronomes de tratamento, a concordância verbal se dá na 3ª pessoa;
em III, no singular, pois o pronome está no singular.

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d) Em IV, o verbo ser concorda com o numeral, mas também poderia concordar
com a palavra dia, subentendida antes do numeral.

Comentário:

A alternativa A está incorreta. Observe a frase:

Mais de um terço dos jovens no Brasil nunca desliga o celular.

No caso em tela, o verbo concorda com o numeral (1/3). Assim, permanece


no singular.

Resposta: A

12. (NC-UFPR/COPEL/Contador/2016) Assinale a alternativa em que os


verbos sublinhados estão corretamente flexionados quanto à concordância
verbal:

a) Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente a nova edição do


relatório Smoke-free movies(Filmes sem cigarro), em que recomenda que os
filmes que exibem imagens de pessoas fumando deveria receber
classificação indicativa para adultos.
b) Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis países europeus, que
alcançaram bilheterias elevadas (incluindo alemães, ingleses e
italianos), continha cenas de pessoas fumando em filmes classificados para
menores de 18 anos.
c) Para ela, a indústria do tabaco está usando a “telona” como uma espécie de
última fronteira para anúncios, mensagens subliminares e patrocínios, já que
uma série de medidas em diversos países passou a restringir a publicidade
do tabaco.
d) E 90% dos filmes argentinos também exibiu imagens de fumo em filmes
para jovens.

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e) Os especialistas da organização citam estudos que mostram que quatro em


cada dez crianças começa a fumar depois de ver atores famosos dando suas
“pitadas” nos filmes.

Comentário:

A questão traz caso de concordância verbal. Vamos analisar cada frase. O


exercício é extremamente saudável para nosso aprendizado.

Vejamos:

 Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente a nova edição


do relatório Smoke-free movies(Filmes sem cigarro), em que recomenda
que os filmes que exibem imagens de pessoas fumando deveria receber
classificação indicativa para adultos.

O sujeito do verbo sublinhado no trecho acima é imagens de pessoas


fumando. Núcleo do sujeito: imagens.

Dessa maneira, a forma verbal em destaque deveria estar no plural.

 Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis países europeus,


que alcançaram bilheterias elevadas (incluindo alemães, ingleses e
italianos), continha cenas de pessoas fumando em filmes classificados
para menores de 18 anos.

Cuidado com os termos que intercalam sujeito e


predicado. Isso pode te levar a erro, pelo fato de o
sujeito estar longe do seu verbo.

Repare que o sujeito da forma verbal continha é “os filmes”: ... os filmes
produzidos em seis países europeus continham cenas de pessoas fumando...

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A alternativa está incorreta.

 Para ela, a indústria do tabaco está usando a “telona” como uma espécie
de última fronteira para anúncios, mensagens subliminares e patrocínios,
já que uma série de medidas em diversos países passou a restringir a
publicidade do tabaco.

A alternativa está correta. O verbo está no singular, concordando com o núcleo


do sujeito. Observe:

... já que uma série de medidas em diversos países passou a restringir a


publicidade do tabaco.

 E 90% dos filmes argentinos também exibiu imagens de fumo em filmes


para jovens.

A alternativa E está incorreta. O núcleo do sujeito é numeral plural. Assim, o


verbo deverá concordar com ele.

Resposta: C

13. (FCC/TRT–14ª Região/Analista Judiciário/2016)

Revolução

Notícias de homens processados nos Estados Unidos por assédio sexual quando
só o que fizeram foi uma gracinha ou um gesto são vistas aqui como muito
escândalo por pouca coisa e mais uma prova da hipocrisia americana em
matéria de sexo. A hipocrisia existe, mas o aparente exagero tem a ver com a
luta da mulher americana para mudar um quadro de pressupostos e tabus tão
machistas lá quanto em qualquer país latino, e que só nos parece exagerada

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porque ainda não chegou aqui com a mesma força. As mulheres americanas
não estão mais para brincadeira, em nenhum sentido.
A definição de estupro é a grande questão atual. Discute-se, por exemplo, o
que chamam de date rape, que não é o ataque sexual de um estranho ou sexo
à força, mas o programa entre namorados ou conhecidos que acaba em sexo
com o consentimento relutante da mulher. Ou seja, sedução também pode ser
estupro. Isso não é apenas uma novidade, é uma revolução. O homem que se
criou convencido de que a mulher resiste apenas para não parecer “fácil" não
está preparado para aceitar que a insistência, a promessa e a chantagem
sentimental ou profissional são etapas numa escalada em que o uso da força,
se tudo o mais falhar, está implícito. E que muitas vezes ele está estuprando
quem pensava estar convencionalmente conquistando. No dia em que o homem
brasileiro aceitar isso, a revolução estará feita e só teremos de dar graças a
Deus por ela não ser retroativa.
A verdadeira questão para as mulheres americanas é que o homem pode
recorrer a tudo na sociedade − desde a moral dominante até as estruturas
corporativas e de poder − para seduzi-las, que toda essa civilização é no fundo
um álibi montado para o estupro, e que elas só contam com um “não"
desacreditado para se defender. Estão certas.
(VERISSIMO, Luis Fernando. Sexo na cabeça. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2002, p. 143)

As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na


frase:

a) A muitos poderá parecer um excesso as lutas travadas pelas mulheres


americanas contra a prática de graves atitudes machistas.
b) Acaba por se constituir numa grande hipocrisia as atitudes de quem se diz
reger por determinada moral e pratica outra, inteiramente diversa.
c) É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito quando,
em suas práticas amorosas, impõem às mulheres o que as humilha e as
desonra.

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d) Couberam às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos


machistas, travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que
as vitimam.
e) A maioria dos homens não costuma levar a sério o “não” que, saindo das
bocas das namoradas, ressoam como se fosse tão somente uma fingida
evasiva.

Comentário:

 A muitos poderá parecer um excesso as lutas travadas pelas mulheres


americanas contra a prática de graves atitudes machistas.

As lutas travadas poderão...

A alternativa está incorreta.

 Acaba por se constituir numa grande hipocrisia as atitudes de quem se diz


reger por determinada moral e pratica outra, inteiramente diversa.

As atitudes acabam....

A alternativa está incorreta.

 É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito quando,


em suas práticas amorosas, impõem às mulheres o que as humilha e as
desonra.

A alternativa C respeita as regras de concordância verbal.

 Couberam às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos


machistas, travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que
as vitimam.

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Travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que as vitimam
coube...

A alternativa está incorreta.

 A maioria dos homens não costuma levar a sério o “não” que, saindo das
bocas das namoradas, ressoam como se fosse tão somente uma fingida
evasiva.

O “não” ressoa...

A alternativa está incorreta.

Resposta: C

14. (Cespe/MPU/Analista/2015) “Até Montesquieu, não eram identificadas


com clareza as esferas de abrangência dos poderes políticos: ‘só se concebia
sua união nas mãos de um só ou, então, sua separação; ninguém se arriscava a
apresentar, sob a forma de sistema coerente, as consequências de conceitos
diversos’.”

Julgue o item subsequente, relativo à estrutura linguística do trecho acima.

A flexão plural em “eram identificadas” decorre da concordância com o


sujeito dessa forma verbal: “as esferas de abrangência dos poderes
políticos”.

Comentário:

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Aqui, temos um caso de sujeito posposto ao verbo. Chamamos também de


ordem inversa. Uma boa alternativa é passar a frase para a ordem direta.
Vamos lá?!

... não eram identificadas com clareza as esferas de abrangência dos poderes
políticos...

É o mesmo que:

... as esferas de abrangência dos poderes políticos não eram identificadas com
clareza...

Sujeito da oração: as esferas de abrangência dos poderes políticos.

Resposta: C

15. (Cespe/MPU/Técnico/2015) Em relação às ideias e às estruturas


linguísticas do texto, julgue o item a seguir.

”É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 12.737/2012)
trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de ‘invasão de dispositivo
informático’, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático alheio,
conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de
mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou
informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo, ou
instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.”

A forma verbal “trouxe” está no singular porque tem de concordar com “Lei”.

Comentário:

Aqui, há um pegadinha!!! Tomemos muito cuidado!!!

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... o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 12.737/2012) trouxe para o
ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo informático”...

Na frase, o art. 154-A do Código Penal é o sujeito do verbo trouxe. O que


está entre parênteses é um aposto explicativo e, não, sujeito.

Resposta: E

16. (Cespe/AUFC/Controle Externo/Auditoria Governamental/2015)

Com os avanços das tecnologias informáticas, atividades como ir ao banco,


assistir a filmes, fazer compras, acompanhar processos judiciais, estudar a
distância e solicitar serviços passaram a ser realizadas até mesmo a partir de
um simples smartphone. A tecnologia alterou a noção de tempo, distância e
espaço e produziu grandes impactos que afetam a forma com que cada um se
relaciona, trabalha, produz, se comunica e se diverte. Não é à toa que,
paralelamente ao mundo real, há um mundo representado virtualmente — o
denominado ciberespaço — com código e linguagem próprios, mas que se
inter-relaciona — e muito — com o mundo real. Hoje, essa relação de
interdependência entre os mundos real e virtual é tão forte que se torna difícil
pensar na existência de um sem o outro. A administração pública também está
cada vez mais imersa nesse mundo. Tanto que o uso da tecnologia tem
permitido a expansão e a melhoria dos serviços oferecidos à sociedade e
alterado a forma como o governo trabalha e se relaciona com o público.
Inovação tecnológica, dados abertos e big data: um novo
momento para o exercício do controle social. In: Revista do
Tribunal de Contas da União, ano 46, n.º 131, set.–dez./2014, p.
9. Internet: <http://portal2.tcu.gov.br>(comadaptações).

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item


a seguir.

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Tanto a forma verbal “passaram” quanto o adjetivo “próprios” estão flexionados


no plural por concordar com termos compostos, ou seja, termos com mais de
um núcleo.

Comentário:

O verbo só irá para o plural quando o sujeito for composto ou quando o sujeito
for simples e plural.

Vamos, então, identificar o sujeito da oração:

... atividades como ir ao banco, assistir a filmes, fazer compras,


acompanhar processos judiciais, estudar a distância e solicitar
serviços passaram a ser realizadas até mesmo a partir de um
simples smartphone.

A que se refere a forma verbal passaram? A atividades.

Observe que, se retirarmos o texto em destaque, conseguimos ver claramente


a relação de concordância verbo/sujeito.

Não há, assim, com concordância com termos composto e, sim, com termo
plural.

Já no segundo trecho, temos:

... o denominado ciberespaço — com código e linguagem próprios,...

Percebemos, nessa oração, que o adjetivo próprios qualifica os dois


substantivos código e linguagem.

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Convém, aqui, salientar que, nesse caso, o adjetivo poderia concordar com os
dois substantivos ou apenas com o mais próximo.

Diante o exposto, a alternativa está errada, pois a forma verbal passaram


está no plural, concordando com sujeito simples e plural.

Resposta: E

17. (Cespe/Telebras/Cargo 3/2015) No que se refere às estruturas


linguísticas e às ideias do trecho abaixo, julgue o item seguinte.

“A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da


privatização do Sistema TELEBRAS –, monopólio estatal verticalmente integrado
e organizado m diversas subsidiárias, que prestava serviços por meio de uma
rede de telecomunicações interligada, em todo o território nacional.”
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de
telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br>
(com adaptações).

Comentário:

A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam preservados se,


no primeiro parágrafo, todas as vírgulas fossem eliminadas, e a forma verbal
“prestava” fosse substituída por prestavam.

Na questão, temos: que prestava serviços...

No caso, o quê é um pronome relativo e tem como referente Sistema


TELEBRAS. Assim, temos:

... o Sistema TELEBRAS prestava serviços...


Verbo

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Núcleo do sujeito simples, singular

O sujeito do verbo prestar é Sistema TELEBRAS, sujeito simples e no singular.

Diante o exposto, não há possibilidade de o verbo ficar no plural.

Resposta: E

18. (Cespe/CGE-PI/Auditor Governamental/2015) Acerca das ideias e das


estruturas linguísticas do trecho abaixo, julgue o item a seguir.

“Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e contrito? Que
prato seria aquele que, olhos revirados para cima, mastigação estoica, e
expressão de quem cumpria dever penosíssimo, um casal comia, entre goles de
um substância esverdeada e viscosa que lentamente se decantava – para
grande prejuízo de sua já emética aparência – numa jarra suspeitosa?”

Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “comia”


poderia ser flexionada no plural.

Comentário:

Convém salientar, mais uma vez, que é caso de concordância facultativa


quando há coletivo partitivo, percentual ou fracionário.

Assim, em frases com construção com a expressão a maior parte de, o


verbo pode tanto concordar com a expressão a maior parte de quanto
concordar com o substantivo que a acompanha. Dessa maneira, na frase: Por
que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e contrito?, o verbo
comer tanto pode ser usado no singular, concordando com o coletivo partitivo,
quanto no plural, concordando com o substantivo plural pessoas.

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Resposta: C

19. (Cespe/TER-GO/Analista Judiciário/2015) Julgue o item que se segue,


acerca das estruturas linguísticas do trecho.

“Podiam votar os cidadãos com mais de vinte e um anos de idade que tivessem
se alistado conforme determinação legal. Mas o que, exatamente, significava
isso? Em 1894, na primeira eleição para presidente da República, votaram
2,2% da população. Tudo indica que, apesar de a Republica ter abolido o
critério censitário e adotado o voto direto, a participação popular continuou
sendo muito baixa em virtude, principalmente, da proibição do voto dos
analfabetos e das mulheres.”

O trecho “votaram 2,2% da população" poderia, sem prejuízo gramatical ou


de sentido para o texto, ser reescrito da seguinte forma: 2,2% da população
votou.

Comentário:

O caso em tela traz o sujeito como número percentual. Vamos relembrar,


então, a regra?!

Quando o sujeito for numeral percentual, devemos ficar atentos quanto à


posição do numeral em relação ao verbo.

Se o verbo vier posposto ao numeral, poderá concordar com o numeral ou com


o termo que segue. Observe:

65% do povo exige/exigem satisfação.

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Mas atenção!!! Quando houver determinante, só haverá uma forma de


concordância:

Os 65% do povo exigem satisfação.

Resposta: C

20. (Cespe/TJ-CE/Técnico/2015)

O Poder Executivo tomou a correta decisão de vetar na íntegra a lei que


volta a relaxar os controles para a criação de municípios devido ao efeito
devastador que essa lei, caso vigore, causará nas contas públicas, já
abaladas.
Criar novas prefeituras significa aumentar a pressão por aumento dos
repasses de estados e da União. Ou seja, mais gastos públicos. O passado
mostra que a maioria das mais de mil novas cidades não consegue arcar
com o custo dos incontáveis empregos públicos e de estruturas surgidas do
nada, apenas devido à mudança de status do distrito para município.
O Globo, 5/3/2014 (com adaptações).

A correção gramatical e o sentido do texto acima seriam preservados caso se


substituísse:

a) “significa” (l. 5) por significam.


b) “consegue” (l. 8) por conseguem.
c) “à mudança” (l. 10) por as mudanças.
d) “vetar” (l. 1) por vetarem.
e) “causará” (l. 4) por causarão.

Comentário:

Criar novas prefeituras significa aumentar a pressão ...

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Nesse caso, o verbo significa concorda com o sujeito oracional criar novas
prefeituras. Dessa maneira, o verbo não poderá ser flexionado no plural.

A alternativa A está incorreta.

Em: O passado que a maioria das mais de mil novas cidades não consegue
arcar com o custo dos incontáveis empregos públicos..., temos sujeito partitivo
seguido de palavra plural. Dessa maneira, há suas possibilidades de
concordância: singular, concordando com a expressão a maioria de; e plural,
concordando com o substantivo plural cidades.

A alternativa B está correta.

Na frase:... apenas, devido à mudança de status..., devido a é uma locução


prepositiva. Assim, ocorre a preposição a. Dessa maneira, a substituição de à
mudança por as mudanças contraria a norma culta, uma vez que há a
preposição a exigida pela palavra devido e também o artigo as. Dessa
maneira, correto seria: às mudanças.

A alternativa C está incorreta.

... de vetar na íntegra a lei constitui um complemento nominal oracional. Seria


o mesmo que dizer: de a ler ser vetada. Não há possibilidade, assim, de usar o
verbo no plural.

A alternativa D está incorreta.

Em: ... que essa lei, caso vigore, causará nas contas públicas..., temos o verbo
causará modificando o substantivo lei, caracterizando, assim, o sujeito da
oração. Dessa forma, não há possibilidade de usar o verbo no plural, uma vez
que o sujeito é simples e está no singular.

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A alternativa E está incorreta.

Resposta: B

21. (Esaf/ANAC/Analista Administrativo/2016) Assinale a opção


correspondente a erro gramatical inserido no texto.

A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e passou a


produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de pequena e
média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil, Europa e Estados
Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espaço que era do Boeing
737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e Fokker 100. A companhia
brasileira é hoje a terceira maior indústria aeronáutica do mundo, com filiais
em vários países, inclusive na (5) China.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
em:13/12/2015. (com adaptações).
a) é destaque
b) densidades
c) bastante
d) ocupou
e) inclusive na

Comentário:

O número 4 corresponde ao item incorreto. Veja por quê!

Como regra geral, o verbo concorda em número e


pessoa com o sujeito ao qual se refere.

Na frase:

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Os modelos 190 e 195 ocupou o espaço que era do Boeing 737.300,


737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e Fokker 100.

Temos sujeito plural (modelos) e verbo no singular (ocupou). Dessa


maneira, há erro de concordância verbal.

Esta questão foi fácil, não é mesmo?!

O correto seria: Os modelos 190 e 195 ocuparam o espaço que era do


Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e Fokker 100.

Resposta: D

22. (Esaf/ANAC/Analista Administrativo/2016) Assinale a opção em que a


substituição sugerida provoca erro gramatical e/ou incoerência textual.

Terceiro maior mercado de aviação do mundo, o Brasil deu um salto de 17


posições no ranking de segurança operacional da aviação civil em relação à
ultima auditoria realizada pela Organização de Aviação Civil Internacional
(OACI). Em 2009, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) obteve
aprovação de 87,6% e passou a ocupar a 21ª posição nessa avaliação.
Hoje está em quarto lugar. O Universal Safety Oversight Audit Programme –
Continuous Monitorin Approach (USOAP CMA) tem como objetivo promover
a segurança operacional da aviação global por meio de auditorias e missões
presenciais regulares nos sistemas de vigilância de segurança em todos os
191 na sede da ANAC, em Brasília, recentemente. Esses resultados
demonstram o empenho dos servidores da Agência na regulação e
gerenciamento da segurança operacional. Vale lembrar que a Agência
Nacional de Aviação Civil (ANAC) também obteve bom desempenho na
auditoria do Universal Security Audit Program (USAP), programa similar da
OACI direcionado à área de security (segurança contra atos de interferência
ilícita), alcançando 97% na avaliação.

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http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1981&sICD_O
RIGEM=29. Acesso em 13/12/2015 (com adaptações).

a) "deu um salto" (l. 1> obteve um avanço


b) "nessa avaliação" (l. 6) > nesse ranking
c) "tem como objetivo" (l.8) > objetivam
d) "empenho" (l. 11) > esforço
e) "desempenho" (l. 14) > resultado

Comentário:

A alternativa C está incorreta. A substituição sugerida acarreta erro de


concordância verbal.

Repare:

O Universal Safety Oversight Audit Programme – Continuous Monitorin


Approach (USOAP CMA) tem como objetivo promover a segurança
operacional da aviação global...

O sujeito está no singular. Assim, obrigatoriamente o verbo concordar com


ele em número e pessoa:

 tem como objetivo = objetiva.

Resposta: C

23. (Esaf/ANAC/Técnico Administrativo/2016) Assinale o trecho inteiramente


correto quanto às regras de concordância e regência da modalidade escrita
formal da língua portuguesa.

Trechos adaptados de “Estudo dos determinantes dos preços das

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companhias aéreas no mercado brasileiro”, de Alessando V. Marques de


Oliveira. Acesso em: 17/12/2015.

a) Os preços nos mercados aéreos são, em geral, mais vulneráveis à variáveis


macroeconômicas, como taxa de câmbio, do que à mudanças na composição
da estrutura de mercado, como o número de incumbentes, por exemplo.
b) Reformas regulatórias que visem arrefecer a competição em períodos de
crise econômica devem estar atentas para a eficácia dessas medidas, e não
para os mecanismos regulatórios criados.
c) Entender a formação de preços para promover ao devido acompanhamento
econômico é um dos papéis de grande importância ao qual cabem à
autoridade regulatória.
d) Essa atitude é também fundamental no planejamento do setor, como no
caso dos estudos de demanda por aeroportos, por exemplo, que atualmente
não pode prescindirem da variável preço.
e) Sugerem-se de que estudos das práticas de precificação faça parte da rotina
do acompanhamento regulatório.

Comentário:

Vamos lá!!!!

Na alternativa A, temos erro de crase: Vulneráveis à variáveis/à mudanças. A


crase é empregada quando houve a preposição “a” e o artigo feminino “a”. No
caso em tela, não temos o artigo. Assim, não há possibilidade de ocorrer o
acento indicativo de crase nos dois casos.

Na alternativa B, o trecho inteiramente está correto quanto às regras de


concordância e regência da modalidade escrita formal da língua portuguesa .

Na alternativa C, temos o verbo promover, que é verbo transitivo direto.


Assim, não pede preposição “a”.

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Dessa forma, o correto seria: Entender a formação de preços para promover o


devido acompanhamento econômico é um dos papéis de grande importância
ao qual cabem à autoridade regulatória.

Na alternativa D, há erro de concordância verbal. Repare:

Essa atitude é também fundamental no planejamento do setor, como no caso


dos estudos de demanda por aeroportos, por exemplo, que atualmente não
pode prescindirem da variável preço.

Estudos de demanda por aeroportos não podem... o quê? Prescindir da variável


preço.

Entendeu?

 Sujeito plural: estudos de demanda por aeroportos;


 verbo transitivo direto: podem;
 oração subordinada substantiva objetiva direta: prescindir da variável preço.

A alternativa E está errada. Veja:

Sugerem-se de que estudos das práticas de precificação faça parte da rotina


do acompanhamento regulatório.

Sugerir é verbo transitivo direto. Assim, não aceita preposição. Também há erro
quanto à concordância verbal.

Observe:

Que estudos das práticas de precificação faça parte da rotina do


acompanhamento regulatório é sugerido.

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Assim, o correto seria: Sugere-se que estudos das práticas de precificação faça
parte da rotina do acompanhamento regulatório.

Resposta: B

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Lista de questões

1. (CAIP–IMES/DAE de São Caetano do Sul – SP/Analista


Administrativo/2015) A concordância está INCORRETAMENE empregada em:

a) É necessária a atuação mais incisiva junto à população.


b) É proibido entrar neste local sem a devida autorização.
c) Fazem dois meses que trabalho aos sábados.
d) Havia duas senhoras e um rapaz procurando por você.

2. (AOCP/EBSERH/Enfermeiro/2015) Texto para a questão.

Para coibir falsificações, remédios devem ganhar “RG" até o final de 2016
Débora Nogueira - Do UOL - 23/07/2015

A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve. A partir do


final de 2016, deve começar a valer a lei de rastreabilidade dos medicamentos,
que determina que cada caixinha será rastreável a partir de um código 2D (em
duas dimensões). Estima-se que um a cada cinco medicamentos vendidos no
Brasil seja falsificado, segundo a OMS.
Essa espécie de “RG dos remédios" servirá para que as agências regulatórias
como a Anvisa possam saber o caminho que um medicamento faz, desde o
momento da fabricação até a comercialização. O consumidor também terá parte
nisso: será possível verificar a partir do código da caixa se o remédio é
verdadeiro. As indústrias farmacêuticas que operam no Brasil devem ter três
lotes testes rastreáveis até dezembro de 2015 e todo o sistema implantado até
dezembro de 2016.
Porém, há uma disputa em jogo que pode levar o prazo de adequação para só
depois de 2025. As informações sobre o consumo de medicamentos de todos os
brasileiros, e portanto as informações de demanda e vendas, são muito
valiosas.

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Hoje, a indústria farmacêutica gasta um grande valor para obter informações


sobre a venda de remédios para poder definir estratégias de marketing e a
atuação dos representantes de laboratórios junto aos médicos (que podem até
ganhar dinheiro e viagens pelo número de prescrições). Existem empresas que
pagam farmácias para obter dados de médicos, números de vendas etc. e,
então, os vendem à indústria.
Com a lei, aprovada em 2009, toda essa informação seria passada para o
governo. Mas a regulamentação feita pela Anvisa em 2013 não explicita como
seriam armazenadas essas informações e quem teria acesso a elas. Apenas fica
determinado que a indústria é responsável pela segurança da cadeia desde a
saída da fábrica até chegar ao consumidor final.
As redes de drogarias e farmácias, representadas pela Abrafarma (Associação
Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), criticam o fato das farmácias
terem de reportar cada venda às farmacêuticas. Com a lei da rastreabilidade,
cada modificação de lugar do medicamento (da fábrica para a farmácia e
farmácia para o consumidor) deve ser informada. “Isto é um verdadeiro
absurdo contra a privacidade da informação prevista na Constituição. Com
todas essas informações à mão, fabricantes poderão alijar empresas, manipular
preços e dominar a concorrência", afirmou o presidente executivo da
Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, em nota.
Além disso, as redes de farmácias pedem um prazo maior. “Mais de 180 mil
estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se
adequar tecnologicamente. Será uma complexa operação logística", disse.
Há um projeto de lei em tramitação no Senado que pede alterações no envio de
informações sobre os medicamentos e propõe um prazo maior para adequação.
No projeto, do senador Humberto Costa (PT), é proposto que cada membro da
cadeia tenha seu próprio banco de dados, acessível pelo Sistema Nacional de
Controle de Medicamentos – para que o governo federal construa seu próprio
banco de dados para armazenar e consultar todas as movimentações dos
medicamentos. Junto a essa demanda, o senador pede mais 10 anos após a
aprovação da lei para que todos se adequem, ou seja, o rastreamento só
passaria a valer a partir de 2025. O senador afirmou que o prazo de dez anos

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pode não ser necessário e que o projeto de lei pode ser modificado antes de ser
colocado em votação.
A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), que reúne 55
empresas farmacêuticas que respondem por mais de 50% dos medicamentos
comercializados no Brasil, afirma estar preparada para se adequar à lei e
produzir cerca de 4 bilhões de caixinhas por ano com o código individual para o
rastreamento. “Já estamos preparados para cumprir as diretrizes. A lei de
rastreabilidade é muito importante não só para evitar a falsificação mas
também para aumentar a transparência ao longo da cadeia farmacêutica com o
recolhimento correto de tributos e o combate ao roubo de cargas", afirmou o
diretor de assuntos econômicos da Interfarma, Marcelo Liebhardt.
Segundo a Anvisa, a adaptação não deve encarecer o produto final: “a
implantação do rastreamento de medicamentos promove um retorno
significativo na redução de custos de produção, de controles e gerenciamento
de estoques, evitando perdas e impulsionando o processo produtivo e de
disponibilização de produtos".
Texto adaptado. Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-
noticias/...

Em “Estima-se que um a cada cinco medicamentos vendidos no Brasil seja


falsificado",

a) “seja falsificado" deveria estar no plural para concordar com “cinco


medicamentos".
b) “seja falsificado" está no singular para concordar com “Brasil".
c) “seja falsificado" está no singular para concordar com “um".
d) o verbo “Estima-se" deveria estar no plural, pois o sujeito é indeterminado.
e) “vendidos" deveria estar no singular para concordar com “medicamento",
termo que está elíptico após o termo “um".

3. (AOCP/EBSERVH/Médio – Radiologia e Diagnóstico por Imagem/2015)


Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito das
palavras em destaque no excerto a seguir.

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“Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e


rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à metade da
população mundial...”

a) São verbos conjugados no tempo presente do indicativo e se encontram no


plural para concordar com “Os aquíferos”.
b) Os verbos “concentram” e “abastecem” se encontram no pretérito do
indicativo e têm, respectivamente, os seguintes sujeitos pospostos: água,
nascentes e rios.
c) O verbo “são” se encontra no plural para concordar com o sujeito
“nascentes e rios”.
d) O verbo “são” tem como objeto direto o que segue: “responsáveis
atualmente por fornecer água potável à metade da população mundial”.
e) São verbos conjugados no presente do subjuntivo e remetem ao sujeito
“água potável”.

4. (AOCP/UFS/Fisioterapeuta/2014) O fragmento em que a concordância


verbal NÃO está de acordo com a norma padrão é:

Sobre a origem de tudo


Marcelo Gleiser

Volta e meia retorno ao tema da origem de tudo, que inevitavelmente leva a


reflexões em que as fronteiras entre ciência e religião meio que se misturam.
Sabemos que as primeiras narrativas de criação do mundo vêm de textos
religiosos, os mitos de criação. O Gênesis, primeiro livro da bíblia, é um
exemplo deles, se bem que é importante lembrar que não é o único.
Talvez seja surpreendente, especialmente para as pessoas de fé, que a ciência
moderna tenha algo a dizer sobre o assunto. E não há dúvida que o progresso
da cosmologia e da astronomia levaram a um conhecimento sem precedentes
da história cósmica, que hoje sabemos teve um começo há aproximadamente

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13,8 bilhões de anos. Tal como você e eu, o Universo também tem uma data de
nascimento.
A questão complica se persistimos com essa analogia: você e eu tivemos pais
que nos geraram. Existe uma continuidade nessa história, que podemos traçar
até a primeira entidade viva. Lá, nos deparamos com um dilema: como surgiu a
primeira entidade viva, se nada vivo havia para gerá-la? Presumivelmente, a
vida veio da não vida, a partir de reações químicas entre as moléculas que
existiam na Terra primordial. E o Universo? Como surgiu se nada existia antes?
A situação aqui é ainda mais complexa, visto que o Universo inclui tudo o que
existe. Como que tudo pode vir do nada? A prerrogativa da ciência é criar
explicações sem intervenção divina. No caso da origem cósmica, explicações
científicas encontram desafios conceituais enormes.
Isso não significa que nos resta apenas a opção religiosa como solução da
origem cósmica. Significa que precisamos criar um novo modo de explicação
científica para lidar com ela.
Para dar conta da origem do Universo, os modelos que temos hoje combinam
os dois pilares da física do século 20, a teoria da relatividade geral de Einstein,
que explica a gravidade como produto da curvatura do espaço, e a mecânica
quântica, que descreve o comportamento dos átomos. A combinação é
inevitável, dado que, nos seus primórdios, o Universo inteiro era pequeno o
bastante para ser dominado por efeitos quânticos. Modelos da origem cósmica
usam a bizarrice dos efeitos quânticos para explicar o que parece ser
inexplicável.
Por exemplo, da mesma forma que um núcleo radioativo decai
espontaneamente, o Cosmo por inteiro pode ter surgido duma flutuação
aleatória de energia, uma bolha de espaço que emergiu do “nada”, que
chamamos de vácuo. O interessante é que essa bolha seria uma flutuação de
energia zero, devido a uma compensação entre a energia positiva da matéria e
a negativa da gravidade. Por isso que muitos físicos, como Stephen Hawking e
Lawrence Krauss, falam que o Universo veio do “nada”. E declaram que a
questão está resolvida. O que é um absurdo. O nada da física é uma entidade
bem complexa.

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Esse é apenas um modelo, que pressupõe uma série de conceitos e


extrapolações para fazer sentido: espaço, tempo, energia, leis naturais. Como
tal, está longe de ser uma solução para a questão da origem de tudo. Não me
parece que a ciência, tal como é formulada hoje, pode resolver de vez a
questão da origem cósmica. Para tal, precisaria descrever suas próprias
origens, abranger uma teoria das teorias. O infinito e seu oposto, o nada, são
conceitos essenciais; mas é muito fácil nos perdermos nos seus labirintos
metafísicos.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/12/1385
521-sobre-a-origem-de-tudo.shtml.

a) “...pressupõe uma série de conceitos e extrapolações para fazer sentido...”


b) “...o progresso da cosmologia e da astronomia levaram a um conhecimento
sem precedentes...”
c) “Modelos da origem cósmica usam a bizarrice dos efeitos quânticos para
explicar o que parece ser inexplicável.”
d) “A prerrogativa da ciência é criar explicações sem intervenção divina.”
e) “Existe uma continuidade nessa história, que podemos traçar até a primeira
entidade viva.”

5. (AOCP/Prefeitura de Camaçari – BA/Fisioterapeuta/2014)

Falência múltipla
Lya Luft

Um jornalista comentou recentemente num programa de televisão que pediu a


um médico seu amigo um diagnóstico do que está ocorrendo no Brasil:
infecção, virose? A resposta foi perfeita: “Falência múltipla dos órgãos”. Nada
mais acertado. Há quase dez anos realizo aqui na coluna minhas passeatas:
estas páginas são minha avenida, as palavras são cartazes. Falo em relações
humanas e seus dramas, porém mais frequentemente nas coisas inaceitáveis
na nossa vida pública. Esgotei a paciência dos leitores reclamando da péssima

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educação — milhares de alunos sem escola ou abrigados em galpões e salinhas


de fundo de igrejas, para chegarem aos 9, 10 anos sem saber ler nem escrever.
Professores desesperados tentando ensinar sem material básico, sem estrutura,
salários vergonhosos, estímulo nenhum. Universidades cujo nível é
seguidamente baixado: em lugar de darem boas escolas a todas as crianças e
jovens para que possam entrar em excelentes universidades por mérito e
esforço, oferecem-lhes favorecimentos prejudiciais.
Tenho clamado contra o horror da saúde pública, mulheres parindo e velhos
morrendo em colchonetes no corredor, consultas para doenças graves
marcadas para vários meses depois, médicos exaustos trabalhando além dos
seus limites, tentando salvar vidas e confortar os pacientes, sem condições
mínimas de higiene, sem aparelhamento e com salário humilhante.
Em lugar de importarmos não sei quantos mil médicos estrangeiros, quem sabe
vamos ser sensatos e oferecer condições e salários decentes aos médicos
brasileiros que querem cuidar de nós?
Tenho reclamado das condições de transporte, como no recente artigo “Três
senhoras sentadas”: transporte caro para o calamitoso serviço oferecido. “Nos
tratam como animais”, reclamou um usuário já idoso. A segurança inexiste,
somos mortos ao acaso em nossas ruas, e se procuramos não sair de casa à
noite somos fuzilados por um bando na frente de casa às 10 da manhã.
E, quando nossa tolerância ou resignação chegou ao limite, brota essa onda
humana de busca de dignidade para todos. Não se trata apenas de centavos em
passagens, mas de respeito.
As vozes dizem NÃO: não aos ônibus sujos e estragados, impontuais,
motoristas sobrecarregados; não às escolas fechadas ou em ruínas; não aos
professores e médicos impotentes, estradas intransitáveis, medo dentro e fora
de casa. Não a um ensino em que a palavra “excelência” chega a parecer abuso
ou ironia. Não ao mercado persa de favores e cargos em que transformam
nossa política, não aos corruptos às vezes condenados ocupando altos cargos,
não ao absurdo número de partidos confusos.
As reclamações da multidão nas ruas são tão variadas quanto nossas mazelas:
por onde começar? Talvez pelo prático, e imediato, sem planos mirabolantes.

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Algo há de se poder fazer: não creio que políticos e governo tenham sido
apanhados desprevenidos, por mais que estivessem alienados em torres de
marfim.
Infelizmente todo movimento de massas provoca e abriga sem querer grupos
violentos e anárquicos: que isso não nos prejudique nem invalide nossas
reivindicações.
Não sei como isso vai acabar: espero que transformando o Brasil num lugar
melhor para viver. Quase com atraso, a voz das ruas quer lisura, ética, ações,
cumprimento de deveres, realização dos mais básicos conceitos de decência e
responsabilidade cívica, que andavam trocados por ganância monetária ou
ânsia eleitoreira.
Que sobrevenham ordem e paz. Que depois desse chamado à consciência de
quem lidera e governa não se absolvam os mensaleiros, não se deixem pessoas
medíocres ou de ética duvidosa em altos cargos, acabem as gigantescas
negociatas meio secretas, e se apliquem decentemente somas que poderão
salvar vidas, educar jovens, abrir horizontes.
Sou totalmente contrária a qualquer violência, mas este povo chegou ao
extremo de sua tolerância, percebeu que tem poder, não quer mais ser
enganado e explorado: que não se destrua nada, mas se abram horizontes
reais de melhoria e contentamento.
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/lya-luft/

O fragmento em que é possível haver uma concordância verbal diferente da


apresentada é:

a) “...mas se abram horizontes reais...”


b) “...acabem as gigantescas negociatas...”
c) “Que sobrevenham ordem e paz.”
d) “...não aos corruptos às vezes condenados...”
e) “...não se absolvam os mensaleiros...”

6. (AOCP/Colégio Pedro II/ Analista de Tecnologia da Informação/2013)

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Prezados Senhores,

Desde maio de 2000, o filósofo Olavo de Carvalho tem escrito semanalmente


artigos para o jornal O Globo e para a revista Época, nos quais tem abordado,
de forma cristalina e muitas vezes contundente, sempre com impressionantes
inteligência e erudição, temas fundamentais para o homem moderno, e
principalmente pontos cruciais da história e da política nacional e internacional.
Olavo tem sido um dos poucos se não o único intelectual brasileiro a analisar os
problemas e a história do pensamento nacional por um ângulo que não seja o
esquerdista, normalmente unilateral e engessado pelos dogmas marxistas. Se
seu texto só tivesse essa única qualidade, já mereceria nosso louvor, ou no
mínimo nossa atenção. Mas Olavo tem sido uma “vox clamantis in deserto”. Em
vez de encetar diálogos honestos e dignos, como convêm a todo intelectual
digno do nome, seus artigos tem sido solenemente ignorados pela inteligência
esquerdista, por motivos que podemos detectar, mas que não vêm ao caso
agora. E, para nossa surpresa, justamente a revista Época, que vinha
possibilitando a um número expressivo de leitores a oportunidade de ler os
excelentes textos de O. de Carvalho, parece ter decidido impor-lhe o mesmo
silêncio com que nossa inteligência tem “reagido” aos seus textos, vetando-lhe
o artigo que seria publicado na edição de 03/11. Não podemos aceitar que
uma revista prestigiosa como a Época, que vinha demonstrando ser imparcial e
aberta às diversas tendências e enfoques de análise jornalística e intelectual,
venha perpetrar tal censura (essa é a palavra) a um de seus mais importantes
articulistas. Ressalte-se o fato de que na Época (e também em O Globo) os
textos de Olavo saem (ou saíam?) sempre na sessão “Opinião”, o que exime a
revista de qualquer responsabilidade ou compromisso com as ideias do
articulista. Ainda assim seu último texto foi proibido. O que (ou quem) levou
Época a tal decisão? Reconhecemos que os editores (e os donos) de um veículo
de imprensa devem ter autonomia para decidir o que publicar, mas nos causa
espécie o fato de um articulista acima da média ser sumariamente censurado,
sobretudo nesse país em que a palavra “censura” se tornou um verdadeiro
anátema, principalmente nos meios esquerdistas. Manifesto aqui o meu repúdio

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à censura imposta por Época ao filósofo Olavo de Carvalho, na esperança de


que não percamos o privilégio e a oportunidade de ler, nessa conceituada
revista, os textos de um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve. Pois não
será outro o requisito que diferencia um veículo de imprensa dos demais se não
a imparcialidade.
Marcos Grillo/RJ
mgrillo@vento.com.br
Adaptado de http://www.olavodecarvalho.org/textos/

Considerando as normas gramaticais, assinale a alternativa correta quanto ao


que se afirma.

a) Em “... que não vêm ao caso agora....”, a expressão destacada deve ser
substituída por “vem”.
b) Em “... seus artigos tem sido solenemente...”, a expressão destacada deve
ser substituída por “têm”.
c) Em “Olavo de Carvalho tem escrito...” a expressão destacada deve ser
substituída por “têm”.
d) Em “...Ressalta-se o fato de...”, a expressão destacada pode ser substituía
por “Se ressalta”.
e) Em “... vetando-lhe o artigo...” a expressão destacada pode ser substituía
por “lhe vetando”.

7. (FGV/IBGE/Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas/2016)

TEXTO 5 - Diploma superior é privilégio de apenas 13%

Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de brasileiros acima de 25


anos, mais de metade da população (57,5%) tem no máximo o ensino médio
completo, sendo que 32% não completaram o ensino fundamental. Uma
graduação universitária é privilégio de apenas 13,1% das pessoas (contra
12,6% em 2013).

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Os números também chamam atenção para a necessidade de se aprimorar o


ensino nas escolas públicas, que são frequentadas por 76,9% dos alunos
brasileiros (contra 75,7% em 2013). Mas a frequência escolar como um todo
vêm aumentando, e tem seu maior patamar entre crianças de 6 a 14 anos:
98,5% nesta faixa etária estão na escola.
Quando se contempla a população como um todo, o número médio de anos de
estudo escolar é de 7,7. Aqui também há disparidades regionais: o Sudeste
apresenta a maior média, de 8,4 anos, enquanto Norte e Nordeste registraram
o menor tempo médio na escola, 7,2 e 6,6 anos, respectivamente.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultado
s_pnad_jc_ab

TEXTO 7 - Trabalho infantil volta a subir


Após sete quedas sucessivas de 2005 para cá, o número de crianças
trabalhando no país voltou a aumentar. Em 2014, subiu para 554 mil o número
de crianças nas idades entre 5 e 13 anos que trabalham, quase 50 mil a mais
que em 2013.
No Brasil, o trabalho até os 13 anos é ilegal. Setenta mil dessas crianças têm de
5 a 9 anos, um aumento de 15,5% em relação ao ano anterior. Em 2005,
porém, o número de crianças em situação de trabalho infantil era quase o triplo
do número atual, chegando a 1,6 milhão.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultado
s_pnad_jc_ab

TEXTO 8 - Computadores em casa têm primeira queda Depois de anos de


aumento vertiginoso, o número de residências com computador teve a primeira
leve queda em 2014, de 49,5% para 49,2%.
O índice ainda é impressionante quando se considera o patamar de 2001 –
quando 12,6% dos domicílios tinham computadores.
Mas a interrupção na tendência de crescimento é vista como um reflexo do
aumento de uso da internet no celular. A posse de aparelhos de telefonia móvel
segue em franca ascensão: hoje, 136,6 milhões de brasileiros (ou 77,9% das

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pessoas acima de 10 anos) têm telefone celular, um crescimento de 4,9% em


relação a 2013.
Outro reflexo dessa expansão é a redução de telefones fixos em casa. Entre
2001 e 2014, a proporção de domicílios com linha fixa caiu 25,5 pontos
percentuais.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_result
ados_pnad_jc_ab

TEXTO 9 - Água e luz avançam, saneamento deixa a desejar


Do total de domicílios no país, 85,4% têm abastecimento de água e 99,7% têm
iluminação elétrica, mas apenas 63,5% têm rede coletora de esgoto, índice
praticamente igual ao de 2013 (63,4%).
As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste (41,1%) e no Centro-
Oeste (46,5%). De um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram a
contar com esgoto, mas esse número não acompanha o aumento geral do
número de residências no país: de 2013 para 2014, o número de domicílios
brasileiros aumentou em 1,9 milhão, passando a um total de 67 milhões.
Fonte:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultado
s_pnad_jc_ab

A concordância verbal que mostra um caso idêntico a “Água e luz avançam” é:

a) “As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste (41,1%) e no


Centro-Oeste (46,5%)” (Texto 9);
b) “De um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram a contar com
esgoto” (Texto 9);
c) “Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola” (Texto 5);
d) “o número de residências com computador teve a primeira leve queda em
2014, de 49,5% para 49,2%” (Texto 8);
e) “o número de crianças em situação de trabalho infantil era quase o triplo do
número atual” (Texto 7).

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8. (FCC/TRF–3ªRegião/Analista Judiciário/2016) A respeito da


concordância verbal, é correto afirmar:

a) Em "A aquisição de novas obras devem trazer benefícios a todos os


frequentadores", a concordância está correta por se tratar de expressão
partitiva.
b) Em "Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus", a concordância está
correta, uma vez que o núcleo do sujeito é "cerca".
c) Na frase "Hão de se garantir as condições necessárias à conservação das
obras de arte", o verbo "haver" deveria estar no singular, uma vez que é
impessoal.
d) Em "Acredita-se que 25% da população frequentem ambientes culturais", a
concordância está correta, uma vez que a porcentagem é o núcleo do
segmento nominal.
e) Na frase "A maioria das pessoas não frequentam o museu", o verbo
encontra-se no plural por concordar com "pessoas", ainda que pudesse, no
singular, concordar com "maioria".

9. (FGV/Prefeitura de Cuiabá–MT/Auditor Fiscal Tributário da Receita


Municipal) Assinale a opção que indica o erro de norma culta presente no
fragmento acima.

“De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de
Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita
cidadã, e não só voltada aos vestibulares”.

a) O uso inadequado do acento grave em “às principais críticas”.


b) O erro de concordância na forma verbal “se ouve”.
c) O emprego incoerente do vocábulo “sim”, entre vírgulas.
d) O erro de concordância no emprego do vocábulo “muito”.
e) O mau uso da forma “aos” em lugar de “para os”.

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10. (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/Auditor/2016) No texto, a passagem


“somos nós que financiamos” pode ser reescrita com o pronome “quem”,
assim: somos nós quem financiamos ou financia. Note que, neste caso, com
o pronome “quem”, podemos ter duas formas de concordância. Marque a
opção em podemos ter outra forma de concordância verbal também aceita
pela gramática normativa:

a) A maioria do povo votou conscientemente.


b) Quais de nós se manifestaram a favor do projeto?
c) Houve vários apoios ao projeto contra a corrupção.
d) Devem-se punir corruptos e corruptores.

11. (UFMT/TJ–MT/Analista Judiciário/2016) Leia as frases abaixo.

I - Enquanto houver leitores, haverá livros.


II - Mais de um terço dos jovens no Brasil nunca desliga o celular.
III - Vossa Senhoria tomou posse de seu mandato em dia auspicioso.
IV - Hoje são 08 de março, dia da mulher.

Sobre a concordância verbal empregada nas frases, assinale a


afirmativa INCORRETA.

a) Em II, o verbo desligar deveria ser pluralizado visto que a expressão mais
de é indicativa de plural.
b) O verbo haver no sentido de existir flexiona-se somente na 3ª pessoa do
singular, como ocorre em I.
c) Com pronomes de tratamento, a concordância verbal se dá na 3ª pessoa;
em III, no singular, pois o pronome está no singular.
d) Em IV, o verbo ser concorda com o numeral, mas também poderia concordar
com a palavra dia, subentendida antes do numeral.

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12. (NC-UFPR/COPEL/Contador/2016) Assinale a alternativa em que os


verbos sublinhados estão corretamente flexionados quanto à concordância
verbal:

a) Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente a nova edição do


relatório Smoke-free movies(Filmes sem cigarro), em que recomenda que os
filmes que exibem imagens de pessoas fumando deveria receber
classificação indicativa para adultos.
b) Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis países europeus, que
alcançaram bilheterias elevadas (incluindo alemães, ingleses e
italianos), continha cenas de pessoas fumando em filmes classificados para
menores de 18 anos.
c) Para ela, a indústria do tabaco está usando a “telona” como uma espécie de
última fronteira para anúncios, mensagens subliminares e patrocínios, já que
uma série de medidas em diversos países passou a restringir a publicidade
do tabaco.
d) E 90% dos filmes argentinos também exibiu imagens de fumo em filmes
para jovens.
e) Os especialistas da organização citam estudos que mostram que quatro em
cada dez crianças começa a fumar depois de ver atores famosos dando suas
“pitadas” nos filmes.

13. (FCC/TRT–14ª Região/Analista Judiciário/2016)

Revolução

Notícias de homens processados nos Estados Unidos por assédio sexual quando
só o que fizeram foi uma gracinha ou um gesto são vistas aqui como muito
escândalo por pouca coisa e mais uma prova da hipocrisia americana em
matéria de sexo. A hipocrisia existe, mas o aparente exagero tem a ver com a
luta da mulher americana para mudar um quadro de pressupostos e tabus tão
machistas lá quanto em qualquer país latino, e que só nos parece exagerada

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porque ainda não chegou aqui com a mesma força. As mulheres americanas
não estão mais para brincadeira, em nenhum sentido.
A definição de estupro é a grande questão atual. Discute-se, por exemplo, o
que chamam de date rape, que não é o ataque sexual de um estranho ou sexo
à força, mas o programa entre namorados ou conhecidos que acaba em sexo
com o consentimento relutante da mulher. Ou seja, sedução também pode ser
estupro. Isso não é apenas uma novidade, é uma revolução. O homem que se
criou convencido de que a mulher resiste apenas para não parecer “fácil" não
está preparado para aceitar que a insistência, a promessa e a chantagem
sentimental ou profissional são etapas numa escalada em que o uso da força,
se tudo o mais falhar, está implícito. E que muitas vezes ele está estuprando
quem pensava estar convencionalmente conquistando. No dia em que o homem
brasileiro aceitar isso, a revolução estará feita e só teremos de dar graças a
Deus por ela não ser retroativa.
A verdadeira questão para as mulheres americanas é que o homem pode
recorrer a tudo na sociedade − desde a moral dominante até as estruturas
corporativas e de poder − para seduzi-las, que toda essa civilização é no fundo
um álibi montado para o estupro, e que elas só contam com um “não"
desacreditado para se defender. Estão certas.
(VERISSIMO, Luis Fernando. Sexo na cabeça. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2002, p. 143)

As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na


frase:

a) A muitos poderá parecer um excesso as lutas travadas pelas mulheres


americanas contra a prática de graves atitudes machistas.
b) Acaba por se constituir numa grande hipocrisia as atitudes de quem se diz
reger por determinada moral e pratica outra, inteiramente diversa.
c) É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito quando,
em suas práticas amorosas, impõem às mulheres o que as humilha e as
desonra.

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d) Couberam às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos


machistas, travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que
as vitimam.
e) A maioria dos homens não costuma levar a sério o “não” que, saindo das
bocas das namoradas, ressoam como se fosse tão somente uma fingida
evasiva.

14. (Cespe/MPU/Analista/2015) “Até Montesquieu, não eram identificadas


com clareza as esferas de abrangência dos poderes políticos: ‘só se concebia
sua união nas mãos de um só ou, então, sua separação; ninguém se arriscava a
apresentar, sob a forma de sistema coerente, as consequências de conceitos
diversos’.”

Julgue o item subsequente, relativo à estrutura linguística do trecho acima.

A flexão plural em “eram identificadas” decorre da concordância com o


sujeito dessa forma verbal: “as esferas de abrangência dos poderes
políticos”.

15. (Cespe/MPU/Técnico/2015) Em relação às ideias e às estruturas


linguísticas do texto, julgue o item a seguir.

”É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 12.737/2012)
trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de ‘invasão de dispositivo
informático’, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático alheio,
conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de
mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou
informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo, ou
instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.”

A forma verbal “trouxe” está no singular porque tem de concordar com “Lei”.

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16. (Cespe/AUFC/Controle Externo/Auditoria Governamental/2015)

Com os avanços das tecnologias informáticas, atividades como ir ao banco,


assistir a filmes, fazer compras, acompanhar processos judiciais, estudar a
distância e solicitar serviços passaram a ser realizadas até mesmo a partir de
um simples smartphone. A tecnologia alterou a noção de tempo, distância e
espaço e produziu grandes impactos que afetam a forma com que cada um se
relaciona, trabalha, produz, se comunica e se diverte. Não é à toa que,
paralelamente ao mundo real, há um mundo representado virtualmente — o
denominado ciberespaço — com código e linguagem próprios, mas que se
inter-relaciona — e muito — com o mundo real. Hoje, essa relação de
interdependência entre os mundos real e virtual é tão forte que se torna difícil
pensar na existência de um sem o outro. A administração pública também está
cada vez mais imersa nesse mundo. Tanto que o uso da tecnologia tem
permitido a expansão e a melhoria dos serviços oferecidos à sociedade e
alterado a forma como o governo trabalha e se relaciona com o público.
Inovação tecnológica, dados abertos e big data: um novo
momento para o exercício do controle social. In: Revista do
Tribunal de Contas da União, ano 46, n.º 131, set.–dez./2014, p.
9. Internet: <http://portal2.tcu.gov.br>(comadaptações).

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item


a seguir.

Tanto a forma verbal “passaram” quanto o adjetivo “próprios” estão flexionados


no plural por concordar com termos compostos, ou seja, termos com mais de
um núcleo.

17. (Cespe/Telebras/Cargo 3/2015) No que se refere às estruturas


linguísticas e às ideias do trecho abaixo, julgue o item seguinte.

“A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da


privatização do Sistema TELEBRAS –, monopólio estatal verticalmente integrado

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e organizado m diversas subsidiárias, que prestava serviços por meio de uma


rede de telecomunicações interligada, em todo o território nacional.”
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de
telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br>
(com adaptações).

18. (Cespe/CGE-PI/Auditor Governamental/2015) Acerca das ideias e das


estruturas linguísticas do trecho abaixo, julgue o item a seguir.

“Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e contrito? Que
prato seria aquele que, olhos revirados para cima, mastigação estoica, e
expressão de quem cumpria dever penosíssimo, um casal comia, entre goles de
um substância esverdeada e viscosa que lentamente se decantava – para
grande prejuízo de sua já emética aparência – numa jarra suspeitosa?”

Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “comia”


poderia ser flexionada no plural.

19. (Cespe/TER-GO/Analista Judiciário/2015) Julgue o item que se segue,


acerca das estruturas linguísticas do trecho.

“Podiam votar os cidadãos com mais de vinte e um anos de idade que tivessem
se alistado conforme determinação legal. Mas o que, exatamente, significava
isso? Em 1894, na primeira eleição para presidente da República, votaram
2,2% da população. Tudo indica que, apesar de a Republica ter abolido o
critério censitário e adotado o voto direto, a participação popular continuou
sendo muito baixa em virtude, principalmente, da proibição do voto dos
analfabetos e das mulheres.”

O trecho “votaram 2,2% da população" poderia, sem prejuízo gramatical ou


de sentido para o texto, ser reescrito da seguinte forma: 2,2% da população
votou.

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20. (Cespe/TJ-CE/Técnico/2015)

O Poder Executivo tomou a correta decisão de vetar na íntegra a lei que


volta a relaxar os controles para a criação de municípios devido ao efeito
devastador que essa lei, caso vigore, causará nas contas públicas, já
abaladas.
Criar novas prefeituras significa aumentar a pressão por aumento dos
repasses de estados e da União. Ou seja, mais gastos públicos. O passado
mostra que a maioria das mais de mil novas cidades não consegue arcar
com o custo dos incontáveis empregos públicos e de estruturas surgidas do
nada, apenas devido à mudança de status do distrito para município.
O Globo, 5/3/2014 (com adaptações).

A correção gramatical e o sentido do texto acima seriam preservados caso se


substituísse:

a) “significa” (l. 5) por significam.


b) “consegue” (l. 8) por conseguem.
c) “à mudança” (l. 10) por as mudanças.
d) “vetar” (l. 1) por vetarem.
e) “causará” (l. 4) por causarão.

21. (Esaf/ANAC/Analista Administrativo/2016) Assinale a opção


correspondente a erro gramatical inserido no texto.

A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e passou a


produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de pequena e
média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil, Europa e Estados
Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espaço que era do Boeing
737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e Fokker 100. A companhia
brasileira é hoje a terceira maior indústria aeronáutica do mundo, com filiais
em vários países, inclusive na (5) China.

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<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
em:13/12/2015. (com adaptações)
a) é destaque
b) densidades
c) bastante
d) ocupou
e) inclusive na

22. (Esaf/ANAC/Analista Administrativo/2016) Assinale a opção em que a


substituição sugerida provoca erro gramatical e/ou incoerência textual.

Terceiro maior mercado de aviação do mundo, o Brasil deu um salto de 17


posições no ranking de segurança operacional da aviação civil em relação à
ultima auditoria realizada pela Organização de Aviação Civil Internacional
(OACI). Em 2009, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) obteve
aprovação de 87,6% e passou a ocupar a 21ª posição nessa avaliação.
Hoje está em quarto lugar. O Universal Safety Oversight Audit Programme –
Continuous Monitorin Approach (USOAP CMA) tem como objetivo promover
a segurança operacional da aviação global por meio de auditorias e missões
presenciais regulares nos sistemas de vigilância de segurança em todos os
191 na sede da ANAC, em Brasília, recentemente. Esses resultados
demonstram o empenho dos servidores da Agência na regulação e
gerenciamento da segurança operacional. Vale lembrar que a Agência
Nacional de Aviação Civil (ANAC) também obteve bom desempenho na
auditoria do Universal Security Audit Program (USAP), programa similar da
OACI direcionado à área de security (segurança contra atos de interferência
ilícita), alcançando 97% na avaliação.
http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1981&sICD_O
RIGEM=29. Acesso em 13/12/2015 (com adaptações).

a) "deu um salto" (l. 1> obteve um avanço


b) "nessa avaliação" (l. 6) > nesse ranking
c) "tem como objetivo" (l.8) > objetivam
d) "empenho" (l. 11) > esforço

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e) "desempenho" (l. 14) > resultado

23. (Esaf/ANAC/Técnico Administrativo/2016) Assinale o trecho inteiramente


correto quanto às regras de concordância e regência da modalidade escrita
formal da língua portuguesa.

Trechos adaptados de “Estudo dos determinantes dos preços das


companhias aéreas no mercado brasileiro”, de Alessando V. Marques de
Oliveira. Acesso em: 17/12/2015.

a) Os preços nos mercados aéreos são, em geral, mais vulneráveis à variáveis


macroeconômicas, como taxa de câmbio, do que à mudanças na composição
da estrutura de mercado, como o número de incumbentes, por exemplo.
b) Reformas regulatórias que visem arrefecer a competição em períodos de
crise econômica devem estar atentas para a eficácia dessas medidas, e não
para os mecanismos regulatórios criados.
c) Entender a formação de preços para promover ao devido acompanhamento
econômico é um dos papéis de grande importância ao qual cabem à
autoridade regulatória.
d) Essa atitude é também fundamental no planejamento do setor, como no
caso dos estudos de demanda por aeroportos, por exemplo, que atualmente
não pode prescindirem da variável preço.
e) Sugerem-se de que estudos das práticas de precificação faça parte da rotina
do acompanhamento regulatório.

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Gabarito

1. C
2. C
3. A
4. B
5. C
6. B
7. C
8. E
9. B
10. B
11. A
12. C
13. C
14. C
15. E
16. E
17. E
18. C
19. C
20. B
21. D
22. C
23. B

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