Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA.................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À INTRADERMOTERAPIA....................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA INTRADERMOTERAPIA............................................................. 15
CAPÍTULO 3
PROTOCOLOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE INTRADERMOTERAPIA ...................................... 33
CAPÍTULO 4
CLASSIFICAÇÃO DE GORDURA LOCALIZADA........................................................................... 51
UNIDADE II
PREENCHIMENTO FACIAL...................................................................................................................... 54
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AO PREENCHIMENTO FACIAL............................................................................ 54
CAPÍTULO 2
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE PREENCHEDORES..................................................................... 61
UNIDADE III
TOXINA BOTULÍNICA.............................................................................................................................. 68
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À TOXINA BOTULÍNICA....................................................................................... 68
CAPÍTULO 2
TIPOS DE TOXINA BOTULÍNICA.................................................................................................. 72
CAPÍTULO 3
ANATOMIA.............................................................................................................................. 76
CAPÍTULO 4
RESULTADOS DE APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA............................................................... 80
UNIDADE IV
PRESCRIÇÃO BIOMÉDICA..................................................................................................................... 88
CAPÍTULO 1
RESOLUÇÕES DO BIOMÉDICO ESTETA..................................................................................... 88
UNIDADE V
FARMACOLOGIA BÁSICA...................................................................................................................... 94
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA........................................................................................... 94
CAPÍTULO 2
MEDICAMENTOS................................................................................................................... 100
CAPÍTULO 3
FARMACOCINÉTICA – PARTE II............................................................................................... 105
REFERÊNCIA................................................................................................................................... 111
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Esta sem dúvida é a apostila mais aguardada pelos alunos de pós-graduação da
Biomedicina Estética. A partir da Resolução que habilitou os profissionais biomédicos
a entrar na área dos procedimentos injetáveis, esta apostila disponibilizará a vocês
alunos conhecimentos sobre a farmacologia das medicações como sua forma de uso,
via de administração, tipos de medicamentos, entre outros, para isso será estudado os
princípios básicos da farmacologia para então ser aplicado nos procedimentos que mais
será utilizado na prática clínica, como por exemplo: intradermoterapia ou mesoterapia,
preenchimento facial e aplicação de toxina botulínica. Sendo que as mesmas também
serão estudas meticulosamente nesta apostila.
A partir disso, o aluno poderá então ter conhecimento teórico e domínio sobre as técnicas
exigidas pelo conselho federal de biomedicina na área de estética, poderá saber quais
medicações deve ser usadas para uma finalidade específica, seja para rejuvenescimento,
gordura localizada ou celulite e o porquê disso.
Objetivos
»» Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico
das técnicas de intradermoterapia, aplicação de toxina botulínica e
preenchimento facial.
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS UNIDADE I
INTRADERMOTERAPIA
CAPÍTULO 1
Introdução à Intradermoterapia
»» 1960 → Prof. Bordet pede ao Dr. Pistor que ensine Mesoterapia aos
estudantes de Medicina Veterinária, isso vai até 1965, quando Bordet
toma a liderança do ensinamento para os alunos ( LE COZ, 2012);
10
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
»» 1978 → Pistor faz uma conferência nos EUA, em Nova York (LE COZ,
2012);
»» 1992 a 2002 → Drs Pistor e Le Coz viajam juntos pelo mundo para difundir
a mesoterapia e ensiná-la aos médicos da América do Sul, Europa e África
( LE COZ, 2012);
11
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
É interessante ressaltar que, antes da mesoterapia ser aceita como uma modalidade
de tratamento estético, a intradermoterapia era utilizada no tratamento de diversas
patologias, principalmente para dores e reumatismo (KALIL, 2006). Michel Pistor,
médico francês, em 1952 foi o primeiro a relatar a utilização da mesoterapia com injeções
de procaína próxima à orelha de pacientes com deficiência auditiva para melhorar a
audição, embora essa tenha sido restaurada por um curto período. Foi relatado melhoria
nas articulações, zumbido e eczema na região tratada (ROTUNDA;KOLODNEY, 2006;
PISTOR, 1964).
Desde então, a intradermoterapia vem se tornando cada vez mais popular no ramo
estético, principalmente por sua extensa finalidade, pois a mesma pode ser usada para
tratamento de rejuvenescimento facial, flacidez, hidrolipodistrofia, ginoide, alopecia,
redução de medidas e emagrecimento (DUNCAN; ROTUNDA, 2011; ROTUNDA,2009).
12
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
13
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Dessa forma, é evidente que as injeções intradérmicas se difundem por via sanguínea.
Assim, concluiu-se que a difusão de um produto em intradermoterapia depende da
profundidade a que é injetado. Esta diferença pode ser ilustrada com curvas de eliminação:
o caminho intradérmica superficial teria uma curva de eliminação monoexponencial,
enquanto que o caminho intradérmica mais profunda iria ter uma curva biexponencial
(eliminação inicial mais rápido, correspondendo a uma injeção intravenosa, seguida de
eliminação mais lenta no reservatório derme) (MREJEN,1992).
Por muito tempo, a base de cada mistura foi a procaína. Atualmente, além da
procaína utilizamos hoje com muita frequência lidocaína ou soro fisiológico
como solvente de base. (LE COZ, 2012). Na hora da mistura das medicações na
mesoterapia é importante saber que estas precisam ser preparadas em uma
ordem precisa de pH para evitar flóculo. (LE COZ,2012)
14
CAPÍTULO 2
Medicamentos utilizados na
intradermoterapia
Medicações
Em 2012, saiu a Resolução nº 4.302 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) proibindo o uso de alguns extratos vegetais isolados ou associados com outras
substâncias, são eles:
1. chá verde;
2. centella asiática;
3. ginkgo biloba;
4. melilotus;
5. castanha-da-Índia;
6. dente-de-leão;
7. sinetrol;
8. ayslim;
9. girassol
1. anestésicos / paticolíticos;
3. lipolíticos;
15
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Anestésicos / paticolíticos
Na grande maioria dos protocolos de intradermoterapia, os anestésicos, preferencialmente
utilizados para minimizar a dor do procedimento, são lidocaína a 1% (para as condições
agudas) ou procaína a 1% (para condições crônicas) sem epinefrina. Na França, drogas
como buflomedil (vasodilatador) e pentoxifilina também são utilizados, pois se acredita
que podem aumentar a microcirculação no tecido local, e facilitar a eliminação de resíduos
metabólicos. (ADELSON, 2005).
Em estudos com animais, pentoxifilina tem sido demonstrado que possuem efeito
anti-hiperalgésico. Ervas como alcachofra, ginko biloba, melilotus também são
utilizados para melhorar a circulação local. (VALE et al,2004).
É um anestésico local de pH neutro (6,0-7,5) mais potente que a procaína com potência
de 60 a 75 minutos, apresenta um período de latência menor que a procaína sendo mais
estável entre todos os anestésicos conhecidos. É uma amida. Existem várias diluições
de lidocaína na mesoterapia, sendo a mais encontrada e utilizada a de 1%. Um estudo
sobre as reações secundárias com 2.839 pessoas que aplicaram injeções de mistura
contendo lidocaína não mostrou nenhum choque anafilático ou vagal (CAHIER,1990).
Apesar da sua grande utilização na prática clínica, a lidocaína pode apresentar alguns
efeitos adversos, tais como: reações locais de origem alérgica ou citotóxicas, dores,
edemas, neurite e dermatite e eczematoide.
16
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Segundo Mrejen (1992), haveria uma terceira circulação no corpo humano, além da
sanguínea e a linfática. Existiria uma circulação que ocorreria entre o plasma e o líquido
intersticial, mais especificamente na substância fundamental amorfa da derme.
Minoxidil
17
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Medicamentos lipolíticos
São aqueles medicamentos que por meio de diferentes mecanismos de ação, possuem
a capacidade de quebrar a gordura localizada. Estimulando a lipólise e/ou inibindo a
lipogênese no nosso organismo (RIBEIRO, 2010).
Sabe-se que a quebra de gordura estocada nos adipócitos é regulada pelos receptores
α-2 e β-receptores, na superfície da célula adipocitária. A lipólise ocorre por hormônios,
incluindo estrógeno ou estimulantes químicos, incluindo a cafeína, por exemplo.
A atividade do β -receptor aumenta a lipólise. Já a atividade do receptor α-2 inibe o
β-receptor. Por isso, a ativação β-adrenérgica e a inibição α-2 adrenérgica aumentam a
lipólise nos adipócitos (MATARASSO; PFEIFFER, 2005).
Devido a isso, deve ser orientado para a paciente tanto durante como após o tratamento
estético permanecer com a reeducação alimentar e a prática de exercício físico, para
assim manter por mais tempo os resultados da intradermotrapia. Não obstante, estudos
já salientaram que o desoxicolato de sódio também é capaz de levar o adipócito a morte
celular por apoptose e necrose (MATARASSO; PFEIFFER, 2005; JAYASINGHE et al,
2013; SCHULLER-PETROVIC et al,2008 ).
Sua ingestão pode contribuir para o aumento da perda de peso e para a manutenção
do mesmo, por meio da oxidação da gordura e termogênese (DUNCAN, 2007). Seu efeito
19
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
A teofilina, outra metilxantina, tem taxa de permeação cutânea inferior à cafeína, baixa
solubilidade em água e efeitos secundários marcantes, mas o ácido teofilino acético, um
derivado da teofilina, é hidrossolúvel e seguro para uso tópico (RIBEIRO, 2010).
Além disso, aumenta a termogênese e a oxidação das gorduras (maior metabolização dos
ácidos graxos). Geralmente utilizada nas hidrolipodistrofias, mas favorece claramente
os hematomas. É preferível, portanto, injetá-la em subcutânea com dose baixa, diluída
(MORI et al, 2009).
No entanto, pode ser visto este composto em aplicações intradérmicas (para gordura
localizada) e intramuscular (melhora o desempenho físico, pois ativa o metabolismo)
também (MORI et al, 2009).
20
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Pentoxifilina (pH-7,0)
Como já falado no tópico dos venotróficos, esta xantina apresenta efeito benéfico na
microcirculação por inibir a agregação plaquetária, melhorar a deformidade dos
eritrócitos diminuindo a viscosidade do sangue e por apresentar efeito vasodilatador
sobre os capilares (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Indicada para tratamentos com gordura localizada e celulite. As reações adversas que
pode apresentar são urticária e prurido no local da aplicação, mas regride ao término
do tratamento (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Aminofilina (pH-9,0)
Esta última xantina apresentada também tem ação lipolítica aumentando a produção
de AMPc e consequentemente quebrando os triglicérides em ácidos graxos e glicerol.
Inibem a produção de prostaglandinas e liberação de histamina e leucotrienos diminuindo
o processo inflamatório. Também é indicado para tratamento de celulite (GUIRRO;
GUIRRO, 2007).
É indicado para tratamento com gordura localizada, nas mulheres: quadril e coxa;
homens: região lateral do tronco (RASCOVSKI, 2000). Não deve exceder dose máxima
de 10 mg/mL por sessão (RASCOVSKI, 2000).
As reações locais podem ser ardor no momento da aplicação e por ter uma ação
vasodilatadora podem ocorrer hematomas. É contraindicado para pacientes com
hipersensibilidade à ioimbina, hipertensão ou problemas cardíacos. Essa medicação
apresenta complicações na maioria dos pacientes, muitos relatam sentir reações como
calafrios e náuseas por 3 horas após a aplicação, geralmente recomenda-se ao paciente
não se alimentar por 2 horas antes de aplicar este composto (RASCOVSKI, 2000).
Responsável por transportar os ácidos graxos livres do citosol para as mitocôndrias para
assim serem oxidados. Além disso, pode ser usado via intradérmica e intramuscular. As
reações causadas podem ser ardor no local da aplicação (KEDE; SABATOVICH, 2009;
RIBEIRO, 2010).
Mesoglicano (pH-7,0)
22
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
O desoxicolato de sódio é um sal biliar solúvel em água que promove a lise celular, levando
a redução do tecido adiposo subcutâneo (ROTUNDA et al, 2004), além disso, também
tem sido mostrado na redução de lipomas (ROTUNDA et al, 2005). No intestino, ele é
capaz de emulsificar a gordura proveniente da alimentação, sendo também um produto
metabólico de bactérias intestinas (JAYASINGHE et al, 2013). Brown (2006) discutiu o
possível papel do desoxicolato de sódio no tecido adiposo.
Ele sugeriu que este composto dentro do tecido subcutâneo poderia desempenhar
quatro diferentes formas, a micela, vesículas e/ou monômeros e cristais. Deste modo,
o desoxicolato de sódio em forma de vesículas e/ou monômeros leva à necrose celular,
quando na forma de micela, poderia resultar na mobilização da saída da gordura
dos adipócitos, e por fim, na forma de cristal poderia ser prejudicial ás células, isso
dependeria da sua concentração (BROWN, 2006). Matarasso (2009) relata que a
associação de desoxicolato de sódio com vasodilatadores resulta em uma rápida
absorção do desoxicolato de sódio para dentro da célula.
Sua aplicação deve ser subcutânea. Se aplicado via intraderme, causa necrose, 5% dos
pacientes têm chances de formação de nódulos doloridos, sua duração persiste de
7-15 dias. As reações comuns da aplicação deste composto são vermelhidão, prurido,
inchaço (até 5 dias), leve incomodo no local, este incomodo é persistente durante todo
o tratamento (BROWN, 2006).
23
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Figura 1. Após duas sessões de intradermoterapia com o protocolo desoxicolato de sódio, L-carnitina, buflomedil,
lidocaína, cafeína, houve uma redução de 13 cm na circunferência abdominal total.
Figura 2. Complicações com desoxicolato de sódio após má conduta na aplicação ─ Necrose tecidual.
Fonte: <http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2012/08/mulheres-feridas-ao-eliminar-gordura-em-clinica-ficam-sem-
medicamento.html>. Acesso: 14 set. 2015.
Eutróficos
São responsáveis por melhorar o tecido conjuntivo, desse modo, agem estimulando as
produções de fibras colágenas reorganizam às já existentes e contribuem também para
a formação da matriz extracelular deste tecido (LE COZ, 2012).
Fatores de crescimento
O ácido alfa-lipóico apresenta dupla solubilidade (em água e em gordura ─ lípides), dessa
forma consegue penetrar facilmente em todas as partes e estruturas da célula protegendo-a
contra a ação dos radicais livres. Por ser um elemento sintetizado naturalmente pelo
organismo o ácido alfa-lipóico exerce diversas funções no organismo, dentre as quais
podem ser citadas: regulação do metabolismo lipídico e carbônico, ação lipotrópica, ação
anti-inflamatória, atuando como: antioxidante metabólico por controle de radicais livres.
E, restituição das funções mitocondriais devido à atividade antioxidante e por fazer parte
do complexo de enzimas presentes nesta categoria (PERRICONE, 2001).
»» redução da inflamação;
Aplicação ponto a ponto ou retroinjeção uma vez por semana durante seis semanas a
depender da avaliação/ anamnese.
O ácido glicólico apresenta ação ceratolítica por diminuir a coesão de corneócitos por
interferência na formação de ligações iônicas, destruindo a proteína que une um corneócito
a outro. Além disso, atua na síntese de glicosaminoglicano e outras substâncias da matriz
intracelular da derme (HERNANDEZ; FRESNEL, 1999).
Glucosaminoglicanos (GAG)
Gel amorfo constituído por condroitin sulfato, queratan sulfato, heparan sulfato e
dermatan sulfato. Apresenta forte agregação às proteínas de ligação, é uma estrutura
organizada e estimula a síntese de matriz extracelular, promove efeito esponja na derme
(CHORILLI et al, 2007).
como flacidez facial e corporal, mesolifting facial e estria, por apresentar poder hidratante,
cicatrizante e hidroscópico (CHORILLI et al, 2007; HERREROS,2011).
Essa associação XADN é indicada para flacidez por melhorar a hidratação da pele, o
uso intradérmico, e em estrias devido a ação anti-inflamatória do condoritin, melhora
a cicatrização, uso por retroinjeção. É contraindicado para pessoas que tem alergia aos
componentes da fórmula (HERREROS, 2011).
Colágeno (1%)
Quando aplicado por via injetável exerce o eritema de preenchimento em locais no qual
as fibras de colágeno e elastina estão danificadas como em estrias, sulcos e regiões que
apresentam flacidez (MACIEL; OLIVEIRA,2011; KEDE; SABATOVICH, 2009).
DMAE (3%)
Deve ser injetado uma vez por semana ponto a ponto, em todo o rosto, mesmo ao redor
dos olhos e pálpebras superiores e inferiores e pescoço. O efeito lifting dura em torno de
3-4horas, no entanto, há efeito acumulativo com o uso (PERRICONE, 2001).
Elastina (1%)
A elastina é uma das proteínas que formam as fibras do organismo. Sendo indicada
para flacidez corporal e facial e estrias, apresenta grande poder hidratante e nutritivo
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
O mesmo não deve ser aplicado em pessoas que apresentam alergia aos componentes
da fórmula e aos salicilatos e seus derivados (KEDE; SABATOVICH, 2009). DMAE está
citado nos artigos científicos para uso tópico na sua forma base (líquida).
Por sua ação na biossíntese do colágeno e por seu efeito redutor de radicais livres,
a possibilidade de liberar doses farmacológicas de ácido L-ascórbico via percutânea
apresenta-se como uma interessante e importante terapêutica (PERRICONE, 2001).
Benefício:
30
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Hialuronidase (pH-5,5)
É uma enzima proteolítica. Este produto parece poder ser degradado pela aplicação de
antisséptico alcoólico. Concedeu-se a ele uma responsabilidade de “descompartimentação”
na celulite. Atribui-se a esse produto propriedades de estimulação dos fibroblastos.
No entanto, ele pode causar reações locais intensas imediatas ou retardadas. É capaz
de mudar a permeabilidade do tecido conjuntivo, diminuir edema, seu uso pode
ser intradérmico para celulite ou subcutâneo para gordura localizada (CHORILLI
et al, 2007).
As reações que pode vir a causar são processos alérgicos (eritema, prurido, vermelhidão)
até depois da 4ª aplicação.
200UTR = 0,7mL
31
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Ácido tranexâmico
Age nos compostos que atuam na diferenciação dos melanócitos inibindo-os e assim
evitando a formação de mais células produtoras de melanina.
Ácido kójico
Tripeptídeo – 41
32
CAPÍTULO 3
Protocolos e técnicas de aplicação
de intradermoterapia
Despigmentante
Aplicação intradérmica por toda a extensão da mancha a ser tratada, adicionar 0,1mL
por ponto durante 12 semanas, sendo realizada 1x/semana.
»» Lidocaína 8mg.
»» Elastina 1% 2 mL.
»» Lidocaína 1% 2mL.
»» DMAE 3%/2mL.
33
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» Glucosamina 20%/4mL.
Flacidez corporal
»» DMAE 3%/2mL.
Flacidez facial I
»» DMAE 3%/2mL.
»» Lidocaína 1%/2mL.
Flacidez facial II
»» DMAE 2,5%.
»» Lidocaína 1%.
Rejuvenescimento facial I
»» DMAE 7%.
»» Lidocaína 2%.
Rejuvenescimento facial II
»» IGF.
34
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
»» TGP2.
»» EGF.
»» Ácido Mandélico.
»» Ácido Kójico.
»» GAG.
Estria vermelha
»» IGF.
»» Vit. C 20%.
»» Glicerinol.
»» Lidocaína 1%.
Estria branca
Mescla I
»» IGF.
»» Vit. C.
Mescla II
»» Buflomedil 1%.
»» Silicium P 3%.
»» Lidocaína 1% .
35
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Lacidez corporal
Mescla I
»» Colágeno 2%.
»» IGF.
»» TGF.
Mescla II
»» DMAE 2,5%.
»» Polidocanol 0,5%.
»» Lidocaína 1%.
»» GAG 17,2%.
Celulite
»» Cafeína 50 mg/2mL.
»» Mesoglicana.
»» Lidocaína 2% .
Celulite grau II
»» Ioimbina 0,5%.
»» Buflomedil 1%.
»» Crisina 100mcg.
»» L-carnitina 30%.
»» Lidocaína 10%.
36
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
»» Desoxicolato 122mg.
»» Pentoxifilina 2%.
»» Crisina 100mcg.
»» Lidocaína 1%.
Mescla I
»» Cafeína 100mg/2mL.
»» Bbuflomedil 10mg/2mL.
»» Lidocaína 1%.
Mescla II
»» Cafeína 10mg/2mL.
»» Lidocaína 1%.
»» Aminofilina 40mg/2mL.
Intramuscular – emagrecimento
»» Aminofilina 20mg.
»» Furosemida 5mg.
»» Lidocaína 40 mg.
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» Inositol 100mg.
Emagrecimento grau I
Mescla I
»» L-ornitina 150mg.
»» L-fenilalanina 50mg.
»» Lidocaína 10 mg.
Mescla II
»» L-cornitina 600mg.
»» L-ornitina 150mg.
»» L-fenialanina 2,5%
»» Lidocaína 2%.
Mescla III
»» Lidocaína 1% 2mL.
Outras técnicas conhecidas e utilizadas na aplicação são as técnicas, ponto por ponto,
descrita pela primeira vez por Pistor, a qual envolve a aplicação da mescla no volume
de 0,02 a 0,05mL perpendicular a pele (4 mm de profundidade) com uma distância de
1 a 2 cm entre os pontos. Sendo injeções com pouco volume sempre perpendicular a
pele em um profundidade precisa na derme profunda, distanciando em torno de 1 a 2
cm, como relatado acima, esta técnica é usada principalmente para redução da gordura
localizada (ADELSON, 2005).
39
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Figura 3. Ângulos de inserção da agulha segundo a via de administração: intramuscular (IM), subcutânea (SC) e
intradérmica (ID).
SC
IV
IM ID
IM – INTRAMUSCULAR
SC – SUBCUTÂNEA
IV – INTRAVENOSA
ID – INTRADÉRMICA
Intraepidérmica
40
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Além das tradicionais agulhas e seringas para o tratamento, também podem ser utilizadas
sofisticadas pistolas de mesoterapia. Essas pistolas possuem injetores eletrônicos
de múltiplos pontos que permitem a quantificação do volume e da profundidade da
aplicação. A desvantagem no uso da pistola está na dificuldade de esterilização de
todo o conjunto, uma vez que somente a agulha é descartável (HERREROS et al, 2011;
ROHRICH et al, 2005).
»» músculo plastima;
»» músculo prócero;
»» zona da testa;
Intradérmica
41
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
poucos pelos, possui pouca pigmentação e pouca vascularização, por exemplo: face (LE
COZ, 2012).
42
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/350077/>acesso16/09/15
Hipodérmica – subcutânea
Absorção é lenta, por meio dos capilares ocorre de forma contínua e segura. As regiões
de aplicação podem ser, por exemplo: braço (apresenta velocidade média de absorção da
medicação), abdome e flancos (velocidade rápida), perna e subglúteo (velocidade lenta).
O local da aplicação deve ser revezado quando for aplicado por período indeterminado
(LE COZ, 2012).
»» infecções inespecíficas;
43
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» lesão de nervos;
Intramuscular – IM
»» deltoide – de 2 a 3 ml;
»» glúteo – de 4 a 5 ml;
44
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
A B
C D
5mL 5 mL
45
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Nesta aplicação o Biomédico (a) Esteta deve tomar cuidado com o nervo fêmuro-cutâneo.
Podendo causar, abscessos, nódulos e dores.
Figura 8. Ilustração da área proposta para a injeção intramuscular na região anterolateral da coxa, utilizando-se a
metade distal do quadrilátero (área hachurada) como local de escolha para a aplicação desta injeção (IM).
Fonte:ROCHA ET AL.,2002.
46
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Figura 9. Ilustração da área preconizada pela literatura para realização da injeção IM na região ântero-lateral da coxa.
47
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
II. Para gordura localizada usa-se a de 30G ½ 13mm (aplicação SC) (amarela).
Figura 10. Ilustração das agulhas usadas na intradermoterapia e seus respectivos tamanhos.
Produtos
As ampolas devem ser abertas no último momento, pois alguns produtos são degradáveis
pela luz. É imprudente até mesmo perigoso, preparar misturas com antecedência.
Além disso, é proibido pela ANIVSA. Desse modo, opte por comprar kits de ampolas
separadas e não mesclas já prontas (LE COZ, 2012).
Se caso assim não fizer, a mistura pode turvar, e o composto não fará efeito podendo
gerar efeito colateral na maioria das vezes (LE COZ, 2012; ADELSON, 2005).
48
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Aplicação
Não injetar uma quantidade muito grande por ponto, pois isso pode provocar dor e
nódulos que demoram a desaparecerem.
Técnicas
Em determinados casos a injeção pode causar dor ao paciente, isso pode estar relacionado
às seguintes fatores:
É interessante sempre ficar observando seu paciente para perceber a feição dele, caso o
paciente demonstre estar sentido dor é indicado mudar o movimento.
Além disso, não se deve repetir as sessões de maneira muito aproximada. Isso é inútil (o
efeito benéfico da sessão precedente é diminuído) e, as vezes, perigoso (multiplicação
dos hematomas). ─ Não se deve aplicar em cima de hematoma (LE COZ, 2012).
49
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
50
CAPÍTULO 4
Classificação de gordura localizada
Hiperlipodistrofia
A gordura corporal tem um papel fundamental nas reservas energéticas do ser humano,
equilibrando a temperatura e homeostase corporal, transporte de vitaminas lipossolúveis
e proteção de órgãos vitais contra choques. Além disso, é sabido que o tecido adiposo é o
principal reservatório energético do corpo (XAVIER; PETRI, 2009).
Contudo, é interessante frisar que as mulheres que estão no período de mudanças como
a menopausa ou que já passaram, tendem a apresentar taxas hormonais baixas, o que
interfere no acúmulo, metabolismo e consequentemente disposição da gordura corporal,
que muitas vezes torna-se uma gordura de aspecto androide e não mais ginoide.
Figura 13. Desenho mostrando as regiões que acometem maior quantidade de gordura localizada na mulher
(pera ─ ginoide) e no homem (maçã ─ androide).
51
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
»» genéticos/ hormonais;
»» qualidade de vida.
»» medidas de circunferência;
Quadro 1. Valores de comprimento de circunferência abdominal considerados como risco para doenças
associadas à obesidade.
52
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
modo, conseguimos propor de forma decrescente as partes do corpo dos homens e das
mulheres que apresentam um gasto energético maior durante o exercício físico (LE
COZ, 2012; BORGES, 2006; GARCIA et. al, 2006). Ou seja, no homem, durante o
exercício físico o gasto energético começa maior no abdome > tronco > braços > pernas,
enquanto que na mulher o maior gasto energético começa nos braços > tronco > pernas.
Lembrando que é muito importante nós como biomédicos pedirmos os últimos exames
laboratoriais do paciente e ver se esse paciente está apto para fazer o tratamento em
questão, ou se ele é um paciente que apresenta uma das contraindicações como já
citado acima.
53
PREENCHIMENTO FACIAL UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Introdução ao preenchimento facial
História
A partir do século XIX foi possível a realização de procedimentos cirúrgicos devido ao
desenvolvimento de anestesia local e geral, o que deu origem a procedimentos estéticos
cada vez mais invasivos. No século XX, a gordura tornou-se o preenchedor mais comum
da época, principalmente após pacientes sofrerem grandes traumas, no entanto, a
mesma não tinha efeito duradouro. Nos anos de 1970, a cosmética estava no seu auge,
assim, estudos estavam sendo desenvolvidos com base na produção do colágeno bovino,
isso porque, nesse momento o mundo já se dava conta de que o envelhecimento era um
processo natural e cronológico, não obstante, retardá-lo, traria grandes promessas à
pesquisa como também ao setor financeiro (PECK; PECK, 1970; WATSON et al, 1983).
Anatomia e indicação
Para que possamos entender a indicação e técnica de aplicação de um preenchimento
é essencial enterdermos primeiramente a anatomia da face. Para isso, precisamos
54
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
saber os principais músculos e regiões que serão e poderão ser aplicados o preenchedor
pelo biomédico(a) esteta. Lembrando que, este é um curso de especialização modo
básico, devido a isso, vamos ensinar na teoria o preenchimento do terço inferior apenas.
Pois, essa região é mais indicada para aprendizagem da manipulação dos preenchedores.
Além disso, essa regição supracitada é a mais comumente relatada em cursos de
pós-graduação.
SOBOTTA, Johannes et al.. Sobotta atlas de anatomia humana. 23. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 3 v.
»» comissuras orais;
A partir da experiência adquirida pelo biomédico(a) esteta após sua formação e prática
com vivência no dia a dia, ele poderá se tornar capaz de realizar outras técnicas com
ÁCIDO HIALURÔNICO, como:
»» cicatrizes de acne;
»» aumento de mento;
»» linhas glabelares;
56
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
Figura 16. Foto ilustrativa das regiões de aplicação de preenchimento com ácido hialurônico, nível básico e
avançado, para indicação do Biomédico Esteta.
Envelhecimento
Para se usar de maneira apropriada o ácido hialurônico, para maximizar o seu efeito
cosmético e ao mesmo tempo minimizar o risco de complicações, o biomédico(a) esteta
deve ter um entendimento amplo da estética da face e das mudanças que ocorrem com
o envelhecimento.
57
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
»» região inferior da face com formato quadrado com uma razão mais
equilibrida entre as partes superior e inferior;
Contudo, a estética se realiza pela harmonia e o equilíbrio da face que existe em toda
grande forma, tamanho e configurações das partes individuais, desse modo, devemos
considerar e entender essas mudanças que a face sofre com o passar do tempo.
58
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
59
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
a um achatamento e perda de volume dos lábios com menor área vermelha aparente
(GLOGAU, 2002).
»» rugas estáticas;
60
CAPÍTULO 2
Técnicas de aplicação de preenchedores
Tipos de preenchedores
Existe uma vasta quantidade e marcas de substâncias denominadas preenchedores
hoje no mercado. Como substâncias biodegradáveis e não permanentes ou também
não biodegradáveis e permanentes. Os preenchedores mais tradicionais são os
biodegradáveis, ou seja, aqueles que podem ser absorvidos e excretados pelo organismo
em um determinado tempo, geralmente curto. Sabe-se que por mais que estas
substâncias apresentem reações de hipersensibilidade, elas têm segurança comprovada
(GLADSTONE; CARRUTHERS, 2005).
Ácido Hialurônico
O ácido hialurôico aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) em 2003,
representa um grande avanço na história dos preenchedores. Isso porque esta substância
é gerada por fermentação bacteriana e também de crista de galos, não existindo a
necessidade de testes alérgicos. Este é um preenchedor versátil e parece ter efeito mais
prolongado que o próprio colágeno.
61
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
Já os géis de AH conhecidos como hilanos, são géis químicos, conectados por ligações
covalentes, como também hidrogéis, pois são inchados com 95% do seu peso por
água, sendo lentamente absorvidos no tecido com o passar dos meses (BOWMMAN;
NARINS, 2005).
62
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
Como observado, mais de um tipo de restylane pode ser usado no mesmo local, isso irá
depender do grau de profundidade da ruga, sulco ou prega como apresentado na figura
X abaixo, podendo ser usado com os preenchedores em conjunto ou separadamente.
Figura 17. Camada superficial da pele que demonstra a linha, ruga e sulco/prega da face.
Técnica
1. após remover maquiagem, a área deve ser limpa com clorexidina 0,5%;
63
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
2. se você preferir deixar seu paciente deitado em uma maca, é útil, demarcar,
as linhas de expressão antes de deita-lo com um lápis de maquiagem,
por exemplo, pois ao deitar as linhas podem sumir; no entanto, antes de
aplicar o preenchedor deve-se remover a marca do lápis;
Figura 18. Agulha indicada para aplicação do ácido hialurônico: 30G (mesma usada na intradermoterapia).
64
PREENCHIMENTO FACIAL │ UNIDADE II
A técnica das punturas seriadas é a mais fácil tecnicamente (pois a ponta da agulha não
se move durante a injeção) e é a preferida dos iniciantes. Para esta técnica a agulha entra
na pele até a profundidade desejada, deposita uma pequena quantidade do produto
e é retirada. Injeções individuais deste tipo funcionam bem para cicatrizes de acne,
enquanto as sucessivas podem dimunuir rugas.
Para você saber se está na derme média, quando for aplicar um preenchedor
próprio para essa área, é só observar se o contono da seringa fica visível, quando
você injeta, mas não a sua cor.
Guie o seu tratamento, sabendo que para materiais (ácido hialurônico) mais
finos, deve se atentar a parâmetros visuais e para materiais mais espessos
deve se atentar a parâmetros táteis. A resistência deve ser sentida, na derme
profunda.
As técnicas em leque e com aplicação cruzada são apenas variações da técnica retrógrada,
geralmente ela é usada quando se preenche com maior quantidade de material e em
maior profundidade. Caso ocorra erro ao injetar o material no plano profundo as
rugas não são corrigidas, mas o erro é visível. Já quando o erro ocorre na superfície
do tecido os defeitos são passíveis de correção, no entanto, a superfície pode ficar com
irregularidades.
65
UNIDADE II │ PREENCHIMENTO FACIAL
Não há uma sequência na técnica de aplicação de ácido hialurônico labial, vai depender
da preferência pessoal, no entanto, muitos profissionais começam pelo canto direito do
lábio inferior.
»» Expectativas realisticas?
O paciente que for fazer o preenchimento facial não deve tomar aspirina por pelo
menos 8 dias, vitamina E, anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) por pelo menos
cinco dias antes do tratamento. Suspender os fitoterápicos a base de cumarina e Gingko
biloba. Já, a aplicação de Arnica montana, no local da aplicação no pré-procedimento
parece reduzir o surgimento de equimoses, por mais que ainda não tenha evidências
científicas. Além disso, fotos do pré-procedimento e do pós de ângulos frontal, oblíquo
e perfil são extremamente importantes para a satisfação do paciente.
67
TOXINA BOTULÍNICA UNIDADE III
CAPÍTULO 1
Introdução à toxina botulínica
Envelhecimento e atuação da
toxina botulínica
O envelhecimento é um processo natural que o organismo passa durante o seu clico de
vida, ocasionando alterações fisiológicas e funcionais nos órgãos, tecidos e sistemas.
Um dos primeiros órgãos a denunciar que um determinado organismo está envelhecendo
é a pele, causando em muitas pessoas incomodo e queda na autoestima. As características
de uma pele envelhecida denunciam a idade e até os mesmos hábitos de vida de uma
pessoa, pois as regiões que apresentam os primeiros sinais do envelhecimento são
justamente aquelas que ficam mais expostas, tais como: face, pescoço e colo. Essas regiões
além de sofrerem com o envelhecimento cronológico também são afetadas por fatores
epigenéticos, como o sol (BIOT et al, 2012).
Introdução e História
O uso da neurotoxina botulínica tipo A foi originado em 1970, como uma alternativa
não cirúrgica, primeiramente usada para o tratamento do estrabismo. A partir daí, a
68
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
lista de utilizações médicas para essa toxina em questão foi crescendo rapidamente.
Como técnica estética ela foi averiguada após o tratamento de blefaroespasmo, que se
observou pela primeira vez a diminuição das rugas (BERRY;STANEK, 2012).
A história da neurotoxina botulínica tipo A começou entre 1817 a 1822 com o alemão
Justinus Kerner, que denominou a toxina como “sausage poison”, por observar a
presença dessa toxina em salsichas, enlatados e produtos com carnes mal preparadas.
Meio século depois, seu compatriota Muller Latinised, denominou a doença como
botulismo proveniente de “botulus” = salsicha. No entanto, a bactéria causadora
dessa doença, Clostridium botulinum só foi cultivada pela primeira vez, em 1897
por Van Ermengen (ERBGUTH, 2004; VAN ERMENGEN,1897). Em 1949, foi
descoberto o mecanismo de ação mais conhecido atualmente na área da estética,
proveniente dessa toxina, o bloqueio neuromuscular (BURGEN; DICKENS;ZATMAN,
1949).
Taxonomia e fisiologia
Clostridium botulinum é uma bactéria gram positiva, anaeróbica. Apresenta-se em
forma de bacilo e forma esporos, o qual produz uma potente exotoxina, direcionada
neurologicamente. Existem oito tipos sorológicos de exotoxina, que são reconhecidos
com base na especificidade antigênica de cada exotoxina. Estes oito tipos sorológicos são:
A, B,C1,C2,D,E,F e G. No entanto, somente os sorotipos A e B são as formas disponíveis
comercialmente, sendo a toxina botulínica do tipo A (mais potente). Devido a isso, ela foi
utilizada primeiramente para fins terapêuticos e somente anos mais tarde foi utilizada
na estética. Já a neurotoxina tipo B é indicada para tratar distúrbios neurológicos,
principalmente (PECORA; FILHO, 2012). Ademais, apresentam funções semelhantes
e são antigenicamente diferentes, o que permite que aqueles poucos pacientes que
desenvolverem anticorpos, ainda podem se beneficiar com o tratamento da outra
neurotoxina (BERRY; STANEK, 2012).
69
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
A neurotoxina é formada por duas cadeias, uma leve que possui 50 KDa (kilo daltons)
e uma pesada constituída por 100 KDa, elas são unidas por uma ponte de dissulfeto.
Quando a toxina botulínica encontra-se na forma ativa (150 KDa) ela é envolvida por
um complexo proteico constituído por hemaglutininas e não hemaglutininas (proteínas
não tóxicas). Essas proteínas protegem a neurotoxina do ataque do suco gástrico
quando a toxina encontra-se em algum alimento contaminado ocasionando, portanto o
botulismo. (PECORA; FILHO, 2012).
70
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
A ligação entre a toxina e o neurônio alvo ocorre por meio de uma ligação altamente
específica entre a cadeia pesada e os receptores que ficam expostos na superfície do
neurônio durante a liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica (PEROCA;
FILHO, 2012). É interessante ressaltar que o receptor da toxina botulínica varia
dependendo do sorotipo injetado, quando injetado o sorotipo A o receptor é a proteína
SV2, quando injetado o B, o receptor é a sinaptotagmina.
Além disso, a toxina apresenta efeitos indiretos sobre o SNC por não ultrapassar a
barreira hematoencefálica, que são: inibição reflexa, reversão das alterações da inibição
recíproca, da inibição intracortical e de potenciais evocados somatossensoriais (DE
MAIO,2011).
71
CAPÍTULO 2
Tipos de toxina botulínica
1. massa molar;
3. altas doses;
De acordo com os princípios de Fick, quanto menor a massa molecular, maior será o
raio de difusão de uma substância. Com isso, complexos de neurotoxinas com peso
molecular baixo possuem maior raio de difusão quando comparados a complexos que
possuem um peso molecular elevado (Beylot, 2009). Entretanto, esse conceito não é
compartilhado por todos os pesquisadores, uma vez que outros cientistas abordam
que se houver diferença na difusão será por conta da dose e volume inapropriados
(PICKETT, DODD, RZANY,2008; PICKETT,2009; WOHLFARTH,2008).
72
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Basicamente qualquer principio proteico não humano pode agir com antígeno,
provocando a criação de anticorpos. Outro fator que deve ser levado em conta quando
estamos analisando a antigenicidade da toxina é a quantidade de neurotoxina inativa
presente no frasco, porque apesar de não apresentar efeito terapêutico, ela possui a
capacidade de induzir a criação de anticorpos neutralizantes. Além disso, aplicações
frequentes com curtos intervalos entre uma sessão e outra (Exemplo: 1 mês), com
dosagens superiores a 200 U (unidades) e injeções intravenosas acidentais também
ocasionam a formação de anticorpos neutralizantes (DRESSLER; HALLETT, 2006).
Toxina de qualquer marca deve sempre ser reconstituída em uma solução de cloreto
de sódio (NaCL) a 0,9% sem preservativo (soro fisiológico - SF 0,9%) estéril. Algumas
marcas são mais sensíveis a fortes diluições e ao turbilhonamento do frasco, pois pode
provocar à fixação de toxina ativa no frasco, ocasionando perda da sua potência (FILHO;
PECORA, 2012).
73
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Para outros tipos de aplicações, como ocorre no caso dos tratamentos de hiperidrose
ou neuralgia pós-herpética, é indicado realizar uma reconstituição em 2mL de SF 0,9%,
porque neste tipo de tratamento é preconizado que a toxina atinja uma maior dispersão
(FILHO; PECORA, 2012).
74
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
75
CAPÍTULO 3
Anatomia
Tipos de Indivíduos
Muitos indivíduos podem apresentar padrões musculares variados na face, podendo ser
um grupo muscular hipercinético e outro cinético, desse modo, cada região necessitará
de um tratamento específico (DE MAIO, 2011).
»» Músculo levantador:
›› Músculo frontal.
»» Músculos abaixadores:
›› Músculo corrugador;
›› Músculo prócero;
O Músculo frontal origina-se na gálea óssea frontal, e se insere nas fibras do prócero,
corrugador e orbicular do olho. O modo de contração desse músculo varia entre as
pessoas, existem os que contraem de forma igual e outros que contrai de forma desigual.
Lembrando que nos pacientes calvos a contração da musculatura é perceptível, desse
modo, deve-se aplicar na área sem o cabelo (FAGIEN,1999).
Os pontos devem ser marcados ao longo das linhas transversais da fronte. Em geral, utiliza-se
pontos de 1 a 3 unidades adicionadas a intervalos de 1,5 cm através do meio da testa, a um
mínimo de 2 cm acima da parte superior da sobrancelhas. Já pacientes que apresentam
ptose de sobrancelhas ou ptose da pálpebra superior, aplicar 3 cm acima, mas as vezes a
melhor opção é não tratar o músculo frontal(CARRUTHERS; CARRUTHERS, 2001);
›› ausência de expressão;
77
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
O tratamento da aplicação de toxina botulínica na região frontal faz total diferença para
o rejuvenescimento e para a prevenção do envelhecimento precoce tanto em homens
quanto em mulheres, no entanto, este deve vir sempre acompanhado ao tratamento da
aplicação na região glabelar, o que permite um resultado mais natural e suave na face
(MESKI, 2012). Depois de aplicada a toxina botulínica, em até 15 dias podemos esperar
os resultados que podem ser obtidos pela sua ação. Desse modo, deve-se tomar cuidado
com a reaplicação de toxina antes do tempo na região tratada.
A aplicação deve ser feita 1 cm acima da margem óssea supraorbital, para se evitar
complicações. Já no prócero, aplica-se de 2 a 8 U em um único ponto central, em uma
linha média, abaixo da linha da junção dos supercíclios (MESKI,2012).
78
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
É importante saber diferenciar as rugas das linhas que formam no sorriso pela contração
dos músculos zigmáticos que elevam a região malar. Isso porque o excesso de toxina
neste local pode indicar um efeito artificial e, em homens pode causar aspecto feminino
(WIEDER; MOY, 1998).
Envelhecimento e mímica
A musculatura da face deve ser analisada com um conjunto de forças vetoriais que
atuam de forma sinérgica e antagônica. Desse modo, deve-se ter cuidado, por exemplo,
com a cauda do supercílio que poderá ser cada vez mais elevada quanto mais fraca
for à força de ação da porção temporal depressora do músculo orbicular do olho ou
quanto mais fortes forem as fibras laterais do músculo frontal. Contudo, essa força
de ação resultante pode ser modificada com o tempo, no processo de envelhecimento
(DE MAIO, 2011).
79
CAPÍTULO 4
Resultados de aplicação da
toxina botulínica
Técnicas de aplicações
As toxinas mais utilizadas na prática clínica são o Botox® e o Dysport®. Segundo os
fabricantes o tempo de uso destes compostos é de 24h e 8h após aberto, respectivamente,
no entanto, sabe-se que na prática clínica a toxina botulínica normalmente é armazenada
no refrigerador por dias até semanas. Com o passar do tempo, tende a diminuir sua
eficácia e aumentar o risco de contaminação (DE MAIO, 2011).
Fronte
80
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Padrão total
É o mais frequente, apresentam rugas (rítides) horizontais por toda a região frontal sendo
que avançam lateralmente além das linhas mediopupilares, até o final da cauda das dos
supercílios. Sugere-se ponto de aplicação ao longo de toda a musculatura, com doses
maiores na região central e menores na região lateral (Figura X) (BRAZ; SAKUMA, 2010).
Figura 21. Padrão total de contração do músculo frontal A) Anatomia B) Paciente em contração máxima C)
Sugestão de distribuição dos pontos de aplicação da toxina.
Fonte:<http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/79/Estudo-piloto-dos-padroes-de-contracao-do-musculo-frontal > .
Acesso: 21 nov.2015.
Padrão Médial
Figura 22. Padrão medial de contração do músculo frontal A) Anatomia B) Paciente em contração máxima C)
Sugestão de distribuição dos pontos de aplicação da toxina.
Fonte:<http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/79/Estudo-piloto-dos-padroes-de-contracao-do-musculo-frontal >.
Acesso em: 21 nov. 2015
81
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Padrão lateral
Figura 23. Padrão lateral de contração do músculo frontal A) Anatomia B) Paciente em contração máxima C)
Sugestão de distribuição dos pontos de aplicação da toxina.
Fonte:<http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/79/Estudo-piloto-dos-padroes-de-contracao-do-musculo-frontal >.
Acesso em :21 nov. 2015
Glabela
Normalmente esta é a primeira região a ser tratada com a toxina botulínica. O paciente
deve fazer a contração dos músculos corrugador e prócero, fazendo uma feição enfurecida,
por exemplo. O objetivo é reduzir as linhas verticais proporcionadas pelos músculos
corrugadores e as linhas horizontais originadas pelo músculo prócero. As possíveis
complicações são: ptose palpebral e alargamento entre as sobrancelhas. A injeção
deve ser feita profundamente, sem contato com o periósteo (DE MAIO, 2011; AVRAM
et al, 2008).
Figura 24. Forçando os corrugadores.
82
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
O paciente deve fazer a contração do orbicular dos olhos, sorrindo por exemplo.
Estas rugas são estáticas e dinâmicas localizando na parte lateral da pálpebra inferior.
São injetados superficialmente. A injeção na pálpebra inferior deve ser feita com
cautela para evitar resultados indesejáveis, como ressecamento ocular, lagoftalmo
(incapacidade total ou parcial da pálpebra fechar) e aparecimento de bolsas palpebrais.
As complicações podem ser: equimoses e hematomas (DE MAIO, 2011; AVRAM
et al, 2008).
83
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
Fonte: <http://www.portaldepaulinia.com.br/saude/beleza/26633-veja-a-tecnica-que-elimina-as-rugas-ao-redor-dos-olhos.
html> .Acesso em: 21 nov. 2015.
Avaliação Clínica
A avaliação clínica é primordial para o sucesso do tratamento, desse modo, o exame
da função da musculatura facial é feito pela observação do paciente em repouso, com
verificação do tônus muscular, da simetria, de contrações e espasmos musculares e
das linhas e expressão facial, incluindo sulco nasogeniano. A função motora também é
testada. Deve solicitar ao paciente que eleve os supercílios, feche os olhos firmemente,
mostre os dentes, contraia os lábios entre outras expressões/mímicas (DE MAIO, 2011).
Contraindicações
Pacientes com esclerose lateral amioatrófica, Miastenia gravis, Esclerose múltipla,
e Síndrome de Eaton Lambert todas estas patologias apresentam transmissão
neuromuscular que podem se agravar em contato com a toxina botulínica (DE MAIO,
2011). Pacientes que apresentam hipersensibilidade ou alergia à classe de toxina
botulínica ou seus incipientes (DE MAIO, 2011).
84
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Além disso, o profissional deve ter cuidado com pacientes dismórficos, pois esses são
excessivamente preocupados com defeitos reais ou imaginários. Desse modo, cabe ao
profissional que irá realizar a aplicação esclarecer todos os possíveis resultados do
procedimento, ainda mais quando sabe que o mesmo não será atingido (DE MAIO, 2011).
Até o presente momento não foram publicados dados confiáveis sobre efeitos teratogênicos
da toxina botulínica em humanos, mesmo assim devemos evitar tratamentos com
mulheres grávidas, lactantes ou pacientes em tratamentos oncológicos (DE MAIO, 2011;
AVRAM et al, 2008).
Equimoses
Cefaleia
A toxina botulínica pode induzir cefaleia em alguns casos, principalmente quando aplicado
na região frontal, com etiologia desconhecida, podendo durar até quatro semanas sendo
necessário a administração de analgésicos(FILHO; PECORA, 2012).
Muscular
A toxina botulínica em excesso pode acarretar em perda de expressão facial, paralisia
muscular incompleta, paralisia de músculos inadequados por dispersão da toxina para
grupos musculares indesejados (FILHO; PECORA, 2012).
Ptose palpebral
Pode ocorrer dispersão da toxina botulínica por meio forame orbital, com acometimento
do músculo levantador da pálpebra superior, levando ao aparecimento de ptose palpebral
entre 2 a 10 dias. Para evitar essa complicação deve-se respeitar a distância de 1 cm da
margem óssea orbital superior, assim como evitar a injeção muito baixa na lateral do
85
UNIDADE III │ TOXINA BOTULÍNICA
nariz, com dispersão da toxina por meio do septo orbital e acometimento do músculo
levantados da pálpebra superior. Esse evento geralmente desaparece por volta de um
mês. O que pode melhorar e antecipar o estímulo da musculatura é carboxiterapia,
eletroestimulação no local da ptose. Colírio de Tartarato de Brimonidina 0,2%, e
agonista alfa-adrenérgico, que estimula o músculo Müller também ajuda (1 gota no
olho acometido a cada 8 horas) (FILHO; PECORA, 2012).
Figura 28. Ptose palpebral à esquerda após aplicação de toxina botulínica A para tratamento de espasmo hemifacial.
Ptose de sobrancelha
Ocorre geralmente com altas doses nos pontos da região frontal. Nessa região a aplicação
da toxina botulínica deve ser de 2,5 cm acima da sobrancelha, mantendo sempre alguma
atividade do músculo frontal diminuindo o aspecto de congelamento, lembrando que
os pontos devem ser sempre entre as linhas hemipupilares (FILHO; PECORA, 2012).
Sinal mefisto
Quando o paciente apresenta a sobrancelha com aspecto demoníaco. A correção desse
evento indesejado se faz com aplicação posterior de 1 ou 2 U de toxina botulínica
(Botox®) nas fibras laterais da região frontal (FILHO; PECORA, 2012).
Figura 29. Sinal Mefisto, sobrancelha arqueada com aspecto demoníaco. Excesso de ponto na linha mediopupilar.
86
TOXINA BOTULÍNICA │ UNIDADE III
Bunny Lines
Diplopia
87
PRESCRIÇÃO BIOMÉDICA UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
Resoluções do biomédico esteta
Resolução biomédica
A partir da resolução no 241, de 29 de maio de 2014, dispõe ao Biomédico(a) Esteta
a regulamentação da prescrição para fins estéticos. Este documento foi um marco
histórico na vida e na carreira do profissional biomédico(a), visto como um divisor de
águas, uma vez que esse profissional agora, por sua vez, torna-se mais independente
na realização e evolução de seus tratamentos, dando a liberdade para conduzir o seu
paciente em tratamentos diversificados e diferenciados, desde procedimentos clínicos
injetáveis e/ou formulados como, tratamentos home care, seja estes orais, tópicos,
fitoterápicos, entre outros como serão vistos a seguir.
IV. fitoterápicos;
89
UNIDADE IV │ PRESCRIÇÃO BIOMÉDICA
90
PRESCRIÇÃO BIOMÉDICA │ UNIDADE IV
Fitoterápicos
91
UNIDADE IV │ PRESCRIÇÃO BIOMÉDICA
Sais minerais
Zinco (imunidade).
Fe (transporte de Oxigênio).
Ca e P (contração muscular).
I (regula tireoide).
Mn (crescimento).
Mg (metabolismo energético).
92
PRESCRIÇÃO BIOMÉDICA │ UNIDADE IV
93
FARMACOLOGIA BÁSICA UNIDADE V
CAPÍTULO 1
Introdução à farmacologia
94
FARMACOLOGIA BÁSICA │ UNIDADE V
Dose letal: leva o organismo a falência (morte) generalizada (DALE et al, 2007).
Dose máxima: maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos
(KATZUNG, 2003; DALE et al, 2007).
Dose mínima: menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos
(eficácia) (KATZUNG, 2003; DALE et al ,2007).
Dose tóxica: maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos (KATZUNG, 2003).
Dose: quantidade a ser administrada de uma vez a fim de produzir efeitos terapêuticos
(KATZUNG, 2003; DALE et al,2007).
Efeito colateral: efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco.
Esse termo deve ser distinguido de efeito adverso, pois um fármaco pode causar outros
efeitos benéficos além do principal (KATZUNG, 2003; DALE et al, 2007).
Catártico: purgante mais enérgico que o laxante e menos drástico (LEITE, 2009;
SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
Droga vegetal: planta ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem,
podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada (LEITE, 2009; SCHULZ;
HANSEL; TYLER, 2002).
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UNIDADE V │ FARMACOLOGIA BÁSICA
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FARMACOLOGIA BÁSICA │ UNIDADE V
Planta medicinal: espécie vegetal designada pelo seu nome científico e/ou popular
utilizada com finalidades terapêuticas (LEITE, 2009; SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
99
CAPÍTULO 2
Medicamentos
Tipos de medicamento
A maioria dos medicamentos é composta por várias substâncias. A parte fundamental
corresponde a um ou vários princípios ativos, que são as substâncias responsáveis pelos
efeitos benéficos. As demais partes, que constituem o resto do conteúdo do medicamento,
correspondem aos excipientes, substâncias de natureza diversa, cuja função consiste
em servir de suporte aos princípios ativos, proporcionar a sua adequada conservação e
facilitar a sua administração.
Os medicamentos podem ter diversas origens como, por exemplo, natural, vegetal,
animal e até microbiano. Hoje em dia é comum processarmos em laboratórios os
compostos para purificarmos as amostrar de contaminantes isolando seus princípios
ativos o que dá maior eficácia e segurança na sua administração. Mas isso não
impossibilita de utilizar os compostos da forma como são encontrados na natureza.
No entanto, a manipulação do princípio ativo em laboratório tem a capacidade de
tornar-se menos ou mais potente ou então, com mais ou menos efeitos colaterais.
Vejamos abaixo, os tipos de medicamentos existentes hoje em dia no mercado:
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FARMACOLOGIA BÁSICA │ UNIDADE V
Medicamento similar: vendido sobre uma marca comercial. As embalagens não contêm
a frase medicamento genérico. É similar ao medicamento de referência, diferindo
somente em tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem,
excipientes e veículos. Esse é mais barato. E as farmácias ao comprar um, acabam
ganhando da distribuidora outros dois, assim, representam lucro certo (FUCHES,2000;
ALMEIDA,2005; FUCHES,2004).
Pastosos: normalmente de uso tópico ─ géis, cremes, pomadas etc. (KATZUNG, 2003;
DALE et al,2007; CRAIG, ROBERT, STITZEL.,2005; GRAHAME, ARONSON,2004;
LA MATTINA; GOLAN, 2009).
Farmacocinética
Todos os fármacos devem satisfazer certas exigências de efetividade clínica. Como por
exemplo, atravessar barreiras fisiológicas para proteger o organismo de patógenos.
Na farmacocinética observamos a absorção, distribuição, metabolização e excreção do
fármaco, combatendo, por muitas vezes o processo patológico no paciente. A absorção
pode ocorrer por meio de vários mecanismos que exploram ou rompem estas barreiras
fisiológicas, que geralmente são as membranas celulares. Já distribuição ocorre por vasos
sanguíneos ou linfáticos, alcançando então os órgãos-alvos, mas para que isso ocorra é
necessário o fármaco apresentar uma concentração apropriada e essa posteriormente
101
UNIDADE V │ FARMACOLOGIA BÁSICA
Absorção
O fármaco pode atravessar as membranas celulares por meio de difusão simples que
não envolve energia nem proteínas carreadoras, difusão facilitada, ou seja, quando
não há necessidade de energia, mas neste caso há presença de proteínas carreadoras,
transporte ativo, neste caso, há necessidade de geração de ATP e proteínas carreadoras,
produzindo gradiente de iônico. Com isso, o fármaco, internaliza no interior celular
sendo então liberada da proteína da membrana. Além desses tipos demonstrados
acima de absorção, o fármaco pode ligar-se a receptores específicos, e então ocorre a
chamada, endocitose, a qual a membrana celular forma uma vesícula internalizando
fármaco para a célula (LA MATTINA; GOLAN, 2009).
Ao contrário da maioria das regiões anatômicas, o sistema nervoso central (SNC), está
protegido pela barreira hematoencefálica que impede a difusão passiva de substâncias
estranhas, dessa forma, só fármacos pequenos e hidrofóbicos ou então os fármacos que
conseguem utilizar as proteínas de transportes existentes na barreira hematoencefálica
são os que conseguem penetrar nas estruturas centrais (LA MATTINA; GOLAN, 2009).
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FARMACOLOGIA BÁSICA │ UNIDADE V
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CAPÍTULO 3
Farmacocinética – parte II
Vias de administração
É o caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com as barreiras do nosso
organismo. A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma
droga, isso vai depender das circunstâncias, condições do paciente, aceitabilidade,
necessidade, doença, entre outras condições. Além disso, a mesma droga, dependendo
da via de administração pode produzir diferentes resultados no organismo
(GODIN, 1995).
Administração tópica
A administração tópica possui efeito local e sua aplicação é realizada diretamente onde
se deseja sua ação. Abaixo estão listados os tipos de aplicações tópicas.
Colírios: este tipo de aplicação tópica atua sobre a conjuntiva (DALE et al., 2007);
Intranasal: para esta via de administração tópica o spray é a forma mais utilizada
para descongestionantes nasais (DALE et al, 2007);
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UNIDADE V │ FARMACOLOGIA BÁSICA
Administração enteral
São as vias oral, sublingual e retal. Apresentam efeito sistêmico, não local, via trato digestivo.
Neste tipo de administração oral, as drogas podem ser tomadas pelo paciente no
formato de cápsulas, comprimidos, pós ou em gotas. Esses fármacos estão sujeitos ao
metabolismo de primeira passagem no fígado. Nesse processo, as enzimas hepáticas
podem inativar uma fração do fármaco. Desse modo, fármacos orais, devem apresentar
concentrações suficientes para conseguirem chegar até o órgão-alvo e desempenharem
o respectivo papel (ALMEIDA, 2005; FUCHES, 2004; ELOIR, COLAB, 2004;
GODIN,1995). Essa via não é indicada para aqueles pacientes que apresentem náuseas,
vômitos ou dificuldade em engolir.
Na administração sublingual, ocorre rápida absorção, os níveis séricos são mais altos, não
chega a ocorrer efeito de primeira passagem como na administração oral. Passa para a
circulação sistêmica direto, não cai no estômago, ou seja, não tem contato com alimentos
nem com o suco gástrico, entretanto não são todos os medicamentos que podem ser
administrados dessa maneira (CRAIG; ROBERT; STITZEL, 2005; DALE et al, 2007;
GRAHAME, ARONSON, 2004; FUCHES,2000; ALMEIDA,2005; FUCHES,2004).
Este tipo de administração é muito útil. Pois, não há microvilosidades no reto como
no intestino, possuindo desse modo, poucas regiões de absorção, fazendo com que a
absorção do fármaco seja mais lenta. Diminuindo o efeito de primeira passagem no
fígado por exemplo.
Administração parenteral
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FARMACOLOGIA BÁSICA │ UNIDADE V
Ao mesmo tempo, essa via também apresenta vantagem, como a velocidade de início
de ação ( ELOIR, COLAB, 2004; GODIN,1995; PRATT ;TAYLOR, 1990; LA MATTINA;
GOLAN, 2009).
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UNIDADE V │ FARMACOLOGIA BÁSICA
Farmacodinâmica
A farmacodinâmica pode ser resumida na ligação entre o ligante (fármaco) com seu
receptor no respectivo tecido para gerar a resposta, sendo ambos de concentrações
proporcionais (HARRIS; GOLAN,2009).
Agonistas
Antagonistas
É uma molécula que inibe a ação de um agonista, mas que não exerce nenhum efeito na
ausência do agonista (HARRIS; GOLAN, 2009).
Os antagonistas podem ser divididos com base na sua ligação a um sítio do receptor
para o agonista (antagonistasdos receptores) ou interrupção da sinalização do complexo
agonista ─ receptor por outros meios (antagonistas sem receptores). Os antagonistas
dos receptores podem ligar-se ao sítio do agonista (ativo) ou a um sítio alostérico no
receptor; em ambos os casos, eles não afetam a atividade basal do receptor (isto é, a
atividade do receptor na ausência do agonista). Os antagonistas dos receptores no sítio
do agonista (ativo) impedem a ligação do agonista ao receptor.
Quando o agonista compete com o ligante pela sua ligação ao sítio agonista, é denominado
antagonista competitivo; a presença de altas concentrações do agonista pode superar o
antagonismo competitivo.
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FARMACOLOGIA BÁSICA │ UNIDADE V
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Para (não) finalizar
A área da estética é uma área que sempre se renova e se atualiza desse modo, nós
profissionais da área da saúde que atuamos com o paciente precisamos sempre estar
à frente dos mesmos. A renovação faz parte do aprendizado e conhecimento trazendo
segurança não só para nós, mas também conforto para nosso cliente.
A cada ano que passa novos princípios ativos surgem no mercado com um propósito
novo para atuação, seja como injetável, cosmético, oral, tópico, e nós biomédicos como
profissionais habilitados na prescrição temos o dever de indicarmos sempre o padrão
ouro aos nossos pacientes/clientes. Contudo, o aprimoramento de novas técnicas,
atualizações em palestras, livros, especializações e afins é de extrema importância ao
profissional que almeja sucesso e crescimento em sua carreira.
110
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