Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Edição e Distribuição:
Dedicatória
i
ii
Índice
iv
Dicas para os líderes dos
Pequenos Grupos
1
2. Oração e liderança eficazes.
✦ Orar diariamente pelos membros do seu grupo transforma o seu relaciona-
mento com eles. Eles o reconhecerão e seguirão a sua liderança, espontanea-
mente.
✦ Se você orar diariamente, sentirá o seu próprio coração cheio de amor e paciên-
cia por eles.
✦ Ore por todos os eventos do seu grupo – seja um culto, uma festa de aniversário
ou um jogo de futebol. Esteja pronto para testemunhar em qualquer circuns-
tância!
✦ Tempo gasto “afiando o machado” para cortar as árvores não é tempo perdido.
Uma hora gasta em oração fará com que uma hora de trabalho renda mais que
uma centena delas sem oração. Desenvolva uma disciplina de oração!
✦ Queremos ver uma geração de intercessores? Então precisamos ensinar as cri-
anças a orar! Não deixe as crianças da célula indiferentes no momento da ora-
ção!
✦ Todo líder precisa ser cheio do Espírito Santo! Busque poder e ousadia! Todos
querem estar perto de quem está perto de Deus!
✦ Faça um livro de oração! Registre nele os pedidos e as respostas de oração.
Ore com ele em cada encontro do grupo.
✦ Experimente fazer uma lista de alvos de oração do seu grupo. Entregue uma
cópia para cada membro e ore nos encontros por cada pedido da lista.
✦ Ore para que Deus manifeste sinais. Isto fortalece a fé dos irmãos a atrai os
não-cristãos.
✦ Qualquer cristão pode ser um “homem de oração”, mas você precisa se tornar
um “homem de orações respondidas”.
✦ Crie um relógio de oração na sua célula. Cada pessoa ora numa determinada
hora e, no final, liga para o irmão que deve orar a hora seguinte.
✦ Grupos eficazes fazem mais que orar, suprem, de maneira prática, as necessida-
des dos irmãos.
3. Nada de centralização.
✦ Delegue funções e responsabilidades para cada membro de seu grupo, mesmo
que seja algo bem simples. Isto produz compromisso e seriedade entre todos.
✦ Dê varias oportunidades às pessoas do seu grupo. Não rotule ou desista de
alguém só porque falhou em trazer lanche no último encontro.
✦ Acredite nas pessoas! Delegue responsabilidades para cada membro! Quando
nos sentimos úteis, nos comprometemos mais. As pessoas aprendem fazendo;
por isso, envolva todos os membros nas atividades do grupo.
2
✦ Não seja um super controlador, nem um super protetor! Permita que os mem-
bros façam experimentações. Dê a eles liberdade de errar, enquanto apren-
dem.
✦ Seja cauteloso para não se sobrecarregar com excesso de atividades! Zele para
que os membros também estejam se dedicando a apenas um trabalho de cada
vez na igreja.
✦ O líder deve ser um facilitador; ou seja, alguém que faz o grupo acontecer; e não
um chefe controlador que sufoca.
7. Preste contas.
✦ Você tem preenchido regularmente o relatório sobre o andamento do seu
grupo?
✦ Você participa dos cursos e treinamentos proporcionados por sua comunidade
de fé?
✦ Um líder independente está fora da visão.
Teste modelos de relatórios. Por que será que os líderes, aparentemente,
não gostam de preencher relatórios? Será por que não consideram importantes
os números? Os números são frios, mas são importantes, pois expressam uma
realidade que gera estrutura .
5
8. Nunca desista de ninguém.
✦ A maioria das pessoas se converte aos poucos – gradualmente. Não desista se
alguém parece retroceder. Crie um ambiente de liberdade e aceitação e a pes-
soa acabará se firmando.
✦ Não permita membros ociosos em seu grupo. Se há alguém assim, desafie-o a
mudar. Se resistir, exorte-o. Seja firme e não desista de fazer de cada membro
um ministro.
✦ Sempre teremos irmãos desanimados entre nós. Conforte-os e seja sensível às
suas dificuldades. Dê a eles uma palavra de ânimo; não permita que eles per-
cam a esperança.
✦ Os irmãos mais fracos devem ser carregados pelos fortes. Os membros devem
dar-lhes a mão, passo a passo, amá-los e conduzi-los até que se fortaleçam no
Senhor.
✦ Jesus disse que o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Caro líder, você é um
pastor em seu grupo. Ame os seus membros a ponto de se dar por eles.
9. Invista em relacionamentos.
✦ Enfatize o compartilhamento transparente em seu grupo. O visitante pode ser
tocado, se ele puder perceber que não somos perfeitos, mas apenas perdoa-
dos.
✦ Uma pesquisa feita com os que estão fora da igreja mostrou que 70% deles
saíram porque sentiam que ninguém se importava com eles. O amor é a chave
para ganhar e consolidar!
✦ Conhecer-se mutuamente e compartilhar as necessidades tem que ser alvos
primordiais dos pequenos grupos. Em uma atmosfera de aconchego e amor, os
visitantes serão impactados.
✦ Estimule os membros a se convidarem mutuamente para almoços, jantares e
lanches nas casas uns dos outros. Isto aumenta os vínculos do grupo.
✦ Estabeleça um “parceiro de oração” para cada novo convertido no seu grupo,
ou seja, um irmão mais velho para cuidar dele e consolidá-lo. Os parceiros de
oração devem se falar freqüentemente e orar juntos.
✦ Você não está adicionando membros, mas multiplicando discípulos. Priorize o
compromisso na vida do grupo. Sem compromisso não é possível um grupo
saudável e forte.
✦ Valorize o momento do lanche. Ele pode ser a chave para consolidar o visitante.
Estimule alguém a ficar em função do visitante nesse momento.
✦ Você está comprometido com os membros do grupo, da mesma forma como
espera que eles estejam com você? O compromisso é base da expansão!
6
✦ Anime os membros a se edificarem mutuamente por meio dos dons espirituais
que Deus distribuiu a cada um deles.
✦ Oficialmente um pequeno grupo se encontra uma vez por semana. Mas, o
grupo, em si, é um estilo de vida. Os vínculos acontecem durante toda a
semana toda. Não queremos grupos grandes sem vidas transformadas! Quali-
dade é mais importante que quantidade.
Quando Jesus esteve aqui na Terra fez uma tremenda diferença na vida de
milhares de pessoas. Penso que Ele começou a fazer algo especial em sua própria
família, mesmo que seus irmãos tenham demorado a perceber. Após ser tentado
no deserto, Jesus foi batizado por João e uma voz do céu testificou sua paterni-
dade divina: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mateus 3.17), o
povo estava, então, diante do Filho de Deus feito homem.
O Mestre começou seu ministério e a primeira providência foi treinar e capa-
citar um grupo pequeno. Ele escolheu homens simples e os fez “pescadores de
homens”. Como Jesus ensinou? Por meio de seu exemplo pessoal. Ele conhecia
absolutamente tudo sobre a Palavra de Deus e praticava os ensinamentos nela
contidos, por isso mesmo, ensinou o que a Palavra de Deus ensinava. Ele trouxe a
linguagem bíblica para a realidade de seus seguidores. Algumas vezes eles preci-
saram de uma explicação mais detalhada, mas, na maioria das vezes, eles O com-
preendiam de imediato. Linguagem simples e acessível, rica em ilustrações, em
história (parábolas) do cotidiano. Tudo o que Jesus falou, ele vivenciou e, já sabe-
mos que uma “gota de exemplo, vale mais que uma tonelada de palavras”. Jesus
amou aquelas pessoas, compadeceu-se delas, curou suas enfermidades e
ensinou-lhes um caminho sobremodo excelente.
O povo judeu acreditava que o local de adoração era o Templo. Que a cidade
para adoração era Jerusalém e, que o dia para tal culto era o sábado. Jesus mos-
trou que TODO o tempo é tempo de louvar e adorar a Deus, que NÓS somos o
templo do Espírito Santo de Deus.
Mas como Jesus ensinou que pastoreio mútuo, trabalho relacional é mais
importante que o templo, mais importante que a sinagogas?
1. Com trabalho duro e em constante oração – Jesus suou a camisa. No Novo tes-
tamento aprendemos que o próximo deve ser amado como amamos a nós
mesmos. Jesus pregou e ensinou por meio de seu exemplo pessoal. Ele teve
compaixão da multidão; ele curou os doentes, amou e cuidou das crianças; etc.
Jesus orou diariamente, e muito, pedindo ao Pai Celeste força e orientação
para fazer a sua vontade.
A mudança começa de cima para baixo. Acredite, a mudança começa na vida
do pastor, pois se o líder maior e todos os demais pastores não tiverem a visão
de uma igreja onde pastoreio mútuo é essencial para um crescimento espiri-
7
tual e numérico, provavelmente a implantação dos grupos pequenos não irá
adiante.
2. Ele escolheu, treinou e capacitou seus líderes – Jesus escolheu seus doze
mais próximos para discipular, ensinar pessoalmente. Depois ampliou o
número para setenta ao enviá-los de dois em dois e, finalmente, os cento e vinte
no cenáculo.
3. Jesus viveu com seus discípulos uma fase de protótipo – Antes de recrutar
mais gente, Jesus trabalhou apenas com um grupo pequeno: seus discípulos.
E aqui vale ressaltar que não há mágica no número 12. Um grupo pequeno
pode ser iniciado com 3, 5 , 7 ou mais pessoas. Pode ser iniciado por interesse
em comum, por afinidade ou por proximidade geográfica.
Antes de implantar uma nova metodologia de trabalho, faça um teste. Escolha
alguns líderes e durante alguns meses trabalhe com eles a nova estratégia. Não
imponha, deixe o Espírito Santo de Deus agir livremente. Sempre que possível
acate sugestões, mude o que for necessário, estabeleça um modelo que atenda
a necessidade de seu grupo.
4. A visão é fundamental, mas os valores devem se ensinados em primeiro lugar
– Jesus ensinou valores. E que valores! Amor, bondade, humildade, mansidão,
serviço, fidelidade.
Não adianta ficarmos falando da visão de uma igreja com grupos pequenos
sem antes não afirmarmos e reafirmamos os seus valores. Muitos ouvem falar
que a igreja do Novo Testamento funcionava nas casas e “torcem o nariz”. Não
queremos este modelo, não queremos que nossa privacidade seja invadida.
Mas por que encontros nas casas? Por quê encontros de grupos pequenos?
É tão bom ser mais um na multidão... Assim não me comprometo. Falar muito
da visão antes de viver os valores cria uma expectativa que leva à frustração.
Não prometa antes de poder cumprir.
5. Não mudando as estruturas antes da hora – Jesus ensinou, demonstrou, viveu.
Depois fez a mudança. Ele pregou em casas (quando curou o aleijado levado
pelos quatro amigos), pregou nos montes, dentro de um barco.
Muitos pastores entusiasmam-se com algo novo e saem correndo para mudar
tudo. Acabam com os programas na igreja e frustram crianças, adolescentes,
jovens, adultos e terceira idade. Na maioria das igrejas o maior medo é: os
ministérios vão acabar? Os coros vão acabar? Com a estrutura dos grupos
pequenos delineada e implantada esse medo passará. Algumas estruturas
serão fortalecidas e, sim, outras deixarão de existir. “Como alguém tira um osso
seco de um cachorro? Mostrando a ele um suculento bife.” O exemplo pode ser
forte, mas deixa claro que apesar de existir algo melhor em vista não queremos
abrir mão do que já conquistamos. “Seguro morreu de velho.” “Mas quem não
arrisca não petisca.” A seqüência ideal dos acontecimentos deve ser: Valores
Visão Estratégia Estrutura. (Ministério Igreja Em Células do Brasil)
8
6. Não desprezando e nem descartando quem ainda não entendeu e nem se
comprometeu com pastoreio mútuo e evangelismo por amizade – Jesus não
menosprezou e nem desprezou a ninguém. Desde doutores da lei até os mais
humildes ele ensinou com amor, com respeito, aceitando-os apesar e por suas
limitações.
Alguns líderes não conseguem passar a visão e quando seus liderados não a
entendem eles os menosprezam, os deixam de lado. Alguns fazem com que os
liderados se sintam como se fossem de segunda categoria; isso não é justo,
nem bíblico. “Não por força, nem por violência.” O Espírito Santo convence por
meio do amor, da tolerância e serviço e não por meio da arrogância presun-
çosa.
7. Antes de começar, planeje – Nada de mudanças radicais sem planejamento
estratégico. Quem falha em planejar, planeja falhar. – Sabemos que hoje, mui-
tas igrejas estão preocupadas com mega templos e não temos absolutamente
nada contra isso, desde que estas igrejas também estejam investindo em pes-
soas, em vidas.
A igreja de Atos 2 era capaz de “vencer a perseguição, penetrar o mundo, pre-
parar os santos, mudar a sociedade, adorar a Deus, edificar a si mesma, treinar
líderes”. Mas como isso era possível?
Com a presença de Cristo. Atos 2.17-21 e Atos 2. 25-28.
A idéia de encontros nas casas não é nada nova. Foi assim que a igreja primi-
tiva começou. A Bíblia relata algumas casas que foram usadas para encontros
de cristãos:
✦ A casa de Jason em Tessalônica foi usada com este propósito. Atos 17.5
✦ A casa de Tício, o Justo, situada estrategicamente do outro lado da sinagoga
(com a qual Paulo rompeu) em Corinto era um local de encontro. Atos 18.7
✦ A casa de Felipe em Cesareia parece ter sido um lugar onde visitantes, como
Paulo e seus companheiros e peregrinos como Ágabo eram bem-vindos. Atos
21.8
✦ A casa de Lídia em Filipos era tanto um local de encontro como um local para
hospedar Paulo. Atos 16.40
✦ Áquila e Priscila parecem ter mantido uma igreja em sua casa onde quer que
eles morassem, seja em Corinto, seja em Roma. Romanos 16.3-5, Atos 18.3
✦ A casa do carcereiro de Filipos era usada como um centro evangelístico depois
de sua conversão dramática. Atos 16
✦ Toda a família de Estéfanes foi batizada pelo próprio Paulo e ele aparente-
mente usava essa casa para o serviço dos santos. 1 Coríntios 1.16, 16.15
✦ A sala superior de uma casa pertencente à mãe de Marcos em Jerusalém foi o
primeiro local de encontros da igreja. Atos 12.12
9
✦ A casa de Filemon também foi citada como local de encontro de cristãos. File-
mon 1.2
Não deveria causar surpresa, em nossos dias, que a “igreja nas casas”
torne-se um fator crucial no crescimento da fé cristã.1
1 Relação das casas sugerida por Michael Green, Evangelism in the Early Crurch – Hodder & Stoughton:
London, 1970.
10
camadas, levando a sua igreja à rocha (o firme fundamento – Deus) para refazer
valores, prioridades e práticas.
3. Cristianismo é viver na presença e da presença de Deus e não de práticas.
Na igreja institucional vive-se na prática como se estivesse vivendo na teo-
logia. As práticas devem refletir os ensinamentos bíblicos.
11
Os Itens do Roteiro
• Tempo de reconhecer a PRESENÇA de Cristo
• Tempo para orar e refletir no PROPÓSITO do encontro
• Tempo da PALAVRA de Deus
• Tempo de vivenciar o PODER edificador de Cristo
• Quebra-gelo
PRESENÇA DE CRISTO
Com a melhor das intenções, há o perigo de que um grupo se torne o
grupo-de quem-resolve-problemas-espirituais em vez de ser um grupo edificado
por Cristo. A Bíblia claramente diz: “Onde estiver dois ou três reunidos em meu
nome, ali estarei eu”.
No primeiro grupo, todos querem apresentar suas habilidades, querem se
sobressair, falar mais, saber mais, conhecer mais da Bíblia ou do assunto abor-
dado. No segundo grupo a preocupação é diferente: busca-se a presença de
Cristo, Sua orientação, Sua sabedoria e os recursos de Deus.
Jesus quer abençoar e edificar a sua célula, a vida de cada um.
Alguns pontos importantes a serem considerados:
1.Como Jesus vai resolver o problema?
2. Qual é o problema?
3. Aonde Jesus vai resolvê-lo?
4. Quando Ele vai resolver?
5. Será que o problema é realmente tão grande quanto achamos? Como
Deus vê o nosso problema?
Confiar na Presença de Cristo em nosso encontro é:
• Submissão a Cristo, mesmo que as minhas feridas e necessidades pare-
çam enormes.
• Ouvir o que Deus está falando por meio de sua Palavra.
• Ser submisso às orientações das autoridades constituídas por Deus em
nossa comunidade de fé.
• Permitir o agir de Deus em nossa vida. Permitir que Ele nos molde de
acordo com a Sua vontade.
OS CÂNTICOS
Talvez a pergunta seja: Tudo isso é a Presença de Cristo em nosso encontro?
Certamente. Jesus está presente e quer nos edificar. Podemos entrar em Sua Pre-
sença, porque quando Jesus morreu na cruz o véu foi rasgado e Ele nos deu livre
12
acesso ao Pai. Os cânticos “abrem as portas” dos nossos corações para permitir a
ação de Deus. Sabemos que o louvor liberta e por meio de cânticos de louvor, de
adoração, de gratidão podemos elevar nossa mente e coração ao Pai, nos afas-
tando dos problemas, deixando, ainda que momentaneamente nossas ansieda-
des, angústias e preocupações de lado.
O PROPÓSITO
Ray Stedman em seu livro Igreja Corpo Vivo de Cristo, diz: “A igreja primitiva
se valia de um duplo testemunho como meio de alcançar e impressionar um mundo
cínico e incrédulo: Kerigma (proclamação, anúncio) e Koinonia (comunhão). Era a
combinação destes dois testemunhos que tornou o testemunho da igreja tão poderoso
e eficiente. A igreja atual tem conseguido se livrar da Koinonia quase que por completo,
reduzindo o testemunho a kerigma (proclamação)”.
Você deve pensar: “Mas o evangelismo é o mais importante para o cresci-
mento da igreja!” É fato que o evangelismo é importante, mas é preciso que haja
também comunhão, relacionamento. O ser humano carece de relacionamentos e
muitos se aproximam de uma comunidade de fé em busca de relacionamentos –
com Deus, com o próximo.
O propósito da vida em comunhão é desenvolver relacionamentos e anun-
ciar a salvação àqueles que ainda não conhecem a Jesus (evangelismo). Por isso
mesmo, ao encontrar esse item em um roteiro ele não deve ser menosprezado.
O item diz que devemos orar em favor dos amigos, parentes, colegas de trabalho,
de escola, vizinhos afim de que eles venham a conhecer e aceitar a salvação que
só é encontrada em Cristo Jesus.
A PALAVRA
“O Novo Testamento coloca uma ênfase substancial sobre as necessidades que
os cristãos têm de conhecer uns aos outros, confessar pecados uns aos outros, repreen-
der, exortar, admoestar uns aos outros, ministrar uns aos outros com a palavra, pelos
cânticos e pela oração, a fim de compreender com todos os santos, como diz Paulo,
qual é a largura, comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo
que excede todo o conhecimento”. (Efésios 3.18,19) Ray Stedman
Compartilhar a Palavra de Deus traz conforto, traz respostas, traz paz, traz
orientação...
O apóstolo Paulo nunca escondeu seu pensamento de como uma igreja
deveria funcionar e ele jamais se desviou de sua opinião de que a igreja é uma
grande família – a família de Deus, muito além de uma instituição religiosa ou
pessoal. Deus nos fez integrantes de sua família, enviando-nos “O Espírito de Seu
Filho aos nossos corações, que clama Abba, Pai!” Ele nos chama para entrarmos
13
num relacionamento real uns com os outros para que amemos “uns aos outros
com amor fraternal ”(Romanos 12.10).
A verdade contida na morte de Jesus na cruz do Calvário nos mostra de
forma dramática até que ponto Deus chegou para nos libertar. “Deus nos amou
de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê,
não pereça, mas tenha a vida eterna.”. (João 3.16)
Deus derramou Seu Espírito (Romanos 12.10) porque nos ama e Jesus pro-
meteu o consolador.
A Palavra de Deus diz: “Deus tomou aqueles que eram de pouca importân-
cia e os transformou em algo majestoso (1 Coríntios 1.26-30)”.
O momento da Palavra no encontro é para enriquecimento e crescimento na
graça e no conhecimento. Não é um tempo reservado para estudo bíblico (este
devem ser realizados na Escola Bíblica, nos grupos de estudinhos, etc.), mas
compartilhar e aperfeiçoar a Palavra em nossas vidas.
E os visitantes? O que fazer com eles? Quando em seu encontro o número de
visitantes não crentes for grande, ou o visitante demonstrar total falta de conheci-
mento do assunto, explique e demonstre na prática que mesmo sem conhecer a
Bíblia é possível conversar sobre um texto bíblico e ser edificado pela mensagem
da Palavra de Deus. Sem “achismos” o visitante pode contribuir com sua opinião
e com sua maneira de encarar a vida.
“Meditar na Palavra de Deus é um ótimo antídoto contra a fofoca santa, que
pode acontecer quando estamos em célula, quando visitamos socialmente um
irmão ou quando conversamos pelos corredores do templo. A Bíblia nos aconse-
lha claramente a fugirmos destas situações. Não use a desculpa da oração para
contar algo que lhe foi confidenciado”.
O PODER
No roteiro este item é o momento de orar em favor uns dos outros; apresen-
tar a Deus necessidades, ansiedades, dificuldades; motivos de gratidão; de louvor
e de adoração.
No encontro do pequeno grupo este deve ser o momento para:
✦ “Integração: comunidade é como uma salada em que a diversidade é integrada
num sabor distinto, mas muito agradável.”
✦ Confissão “assumo que sou um pecador e confesso os pecados”. Esta confissão
deve ser apresentada aos irmãos se for para edificação. Exemplo: alguém se
indispôs com um dos membros do grupo, confessa, se arrepende e pede per-
dão.
✦ Unidade: “decisões” na comunidade são alcançadas por consenso, todos são
líderes em potencial. Exemplo: passeio em dia de feriado. Todos podem ir?
14
Onde? Todos têm condições de chegar até o local? Podem levar o que foi solici-
tado?
✦ Comunidade: é uma realidade divina. Deus nos transformou em uma família.
Podemos compartilhar nossas necessidades, anseios, nossas alegrias, etc.
✦ Cura: Deus pode curar nossas emoções físicas e espirituais.
✦ Segurança: temos em nosso grupo responsabilidade ilimitada uns para com os
outros. O sentimento que deve imperar é: “nunca me senti tão desnudado, mas
também nunca me senti tão seguro”. Esta segurança advém da confiança de
que nossa família ao compartilhar problemas e dificuldades tratará o assunto
com o devido respeito e sigilo.
Poderíamos falar horas a respeito deste item, mas cremos que já deu para
se ter uma noção do quanto é importante estarmos, não apenas orando uns em
favor dos outros, mas nos colocando como verdadeiros intercessores (sofrendo
com quem sofre e alegrando com quem se alegra).
Uma frase muita conhecida deixa bem clara a necessidade de oração e
busca do poder de Deus: “Nenhuma oração, nenhum poder. Pouca oração, pouco
poder. Muita oração, muito poder” Quando oramos estamos nos comunicando
com Deus e Ele gosta de falar conosco e que ouçamos a sua voz. Priorize a ora-
ção. Não deixe que os momentos de oração se percam.
CONCLUSÃO
Quando esses itens são desenvolvidos naturalmente durante o encontro,
não sendo considerados uma imposição, é porque já foi assimilada a importância
de cada um deles. O roteiro é um norteador. Durante o encontro compartilhamos
o texto bíblico, assuntos contemporâneos, conversamos a respeito, esclarecemos
dúvidas, enfim, vivenciamos a Palavra de Deus e o seu amor demonstrado a nós
na pessoa maravilhosa de Jesus Cristo.
QUEBRA-GELO
Este é um momento à parte no encontro de um determinado grupo. Dinâmi-
cas chamadas de quebra-gelo têm como principal motivação “enturmar” quem
está fora do grupo ou diminuir a distância inicial quando da implantação de uma
célula. Por que chamamos de quebra-gelo? Por que é assim que deve acontecer:
calor humano derretendo o gelo, criando vínculos, estabelecendo relacionamen-
tos. Na formação de um grupo o quebra-gelo serve para conhecermos melhor uns
aos outros. Neste momento são importantes brincadeiras, conversas, perguntas
cujas respostas sejam curtas e objetivas. Exemplo: qual a sua cor preferida? E a
comida que você mais gosta? Como se sente ao se defrontar com um elefante
vestido de roupas de bolinhas coloridas?
15
No caminhar do grupo o quebra-gelo funciona como uma maneira agradável
de começar o encontro e pode, inclusive, estar relacionado com o tema bíblico a
ser compartilhado.
O quebra-gelo também pode ser usado quando as pessoas estão vivendo
momentos específicos: alegria por conquistas pessoais; tristeza devido à perda
de um ente querido... É preciso que o líder seja sensível ao Espírito Santo de Deus
para adotar um direcionamento diferente daquele sugerido pelo roteiro.
16
alguns instantes, do local do encontro, de maneira a não tomar conhecimento do
que se passa nele. O líder ou facilitador esconde então o objeto.
Procedimento: A um sinal do líder ou facilitador, os participantes entram nova-
mente no local do encontro e começam a procurar o objeto. À medida que cada
qual vai vendo o objeto, diz baixinho ao líder ou facilitador onde ele está, senta e
permanece calado. Prossegue-se desta maneira até restar apenas um partici-
pante que não viu o objeto. Este pagará uma prenda (falar um versículo, cantar
um cântico).
7. Posicione-se à porta do local do encontro. Quando você abrir a porta todos
deverão, ao mesmo tempo, falar um versículo bíblico, quando você fechar a
porta eles deverão cantar cânticos de louvor. Vá aumentando o ritmo de abrir e
fechar a porta.
8. Providencie com a devida antecedência sementes de alguns diferentes tipos de
grãos. Providencie também pratinhos plásticos e algodão.
Ensine como plantar as sementes no algodão. Incentive as crianças a plantar e
a cuidar das sementes durante a semana e trazê-las para mostrar seu desen-
volvimento no próximo encontro.
9. Você crê que Jesus pode realizar, ainda hoje, milagres como este? Já presen-
ciou um milagre?
Que milagre você gostaria de pedir a Deus hoje?
10. Elabore uma lista com as 5 prioridades de sua vida:
1............................................. 2.............................................
3............................................. 4.............................................
5.............................................
11. Qual a pessoa de sua família que você mais gosta? Por quê?
Distribua papel e lápis de cor e dê tempo aos participantes para fazer uma
caricatura da pessoa que eles mais gostam ressaltam suas qualidades no
desenho.
Por exemplo: se a pessoa é boa ouvinte, desenhá-la com um ouvido
ENORME...
12. Você precisará de pedaços de papel e canetas para anotar os resultados.
Teste:
Você vai ao Shopping com os amigos. Como se prepara?
1) Coloca um tênis, calça jeans e mochila.
2) Só vai se tiver roupa de marca.
3) Não vai com os amigos, só com a família.
No shopping você:
1) Compra um lanche e divide com os amigos.
2) Nem come nada para não ter que dividir.
3) Compartilha o lanche com todos, em sua família é assim.
No cinema você:
17
1) Mostra as cenas que o estão empolgando.
2) Comenta o filme inteiro atrapalhando os demais.
3) Liga o celular e conta para quem está em casa o que está assistindo.
Na lanchonete, você:
1) Compra o lanche e não oferece para ninguém.
2) Compra tudo o que vê pela frente, mas não divide.
3) Pergunta se todos podem comprar lanches e divide as despesas.
Observe suas próprias respostas, pois elas dizem muito ao seu respeito. Caso
elas demonstram egoísmo e individualismo, peça perdão a Deus e comece
agora mesmo a ter atitudes mais altruístas.
13. Escolha um dos participantes do grupo, que deverá se afastar enquanto os
demais escolhem um determinado objeto para ser descoberto ou “adivi-
nhado” pelo que se afastou.
Chame de volta o participante que se distanciou. Com a simples pergunta
“como prefere”, feita a cada um dos demais, terá de acertar o objeto. Se o
objeto for, por exemplo,um lápis, ao perguntar “como prefere?”, os outros res-
ponderão: apontado, preto, colorido, com a ponta fina, etc.
14. Distribua pequenos pedaços ou balas de chocolate para os participantes.
Peça-lhes para saborear o doce e pensar em uma frase que possam dizer
sobre o amor de Jesus por nós.
15. Você precisará de um lenço ou um pedaço de tecido que servirá de venda
para os olhos.
Os participantes formam um círculo, ficando um deles no centro com os olhos
vendados. O líder da brincadeira caminha ao redor do circula e toda vez que
tocar em alguém, aquele que foi tocado perguntará: “quem fala?” Quem esti-
ver no centro, com os olhos vendados, tentará acertar o nome do participante
que falou. Se não acertar, passa a ocupar o lugar dele e ele passa para o cen-
tro do círculo.Mas, se reconhecer a voz e pronunciar corretamente o nome do
companheiro. Mantém-se em seu lugar e a brincadeira recomeça.
16. Distribua folhas de papel sulfite para todas as crianças. Peça-lhes para dese-
nhar seus três melhores amigos e em seguida desenhar ou escrever o que eles
precisam que Deus faça em suas vidas. Exemplo: Marco Antônio – salvação
(desenho de cruz), Mariana – ficar curada (desenho de uma ambulância), etc.
17. Distribua revistas usadas para que os participantes possam procurar figuras
de pessoas ou animais. Dê-lhes tempo para recortar duas ou três de sua pre-
ferência. Em seguida, eles deverão desenhar em volta das figuras maneiras de
como aquecê-las.
Você precisará também de lápis, folhas de papel sulfite e tesoura.
18. Complete as palavras abaixo com alguns dos títulos ou nomes de JESUS:
E....a .... o ....l
....a ....v......d....r
18
F...l.... o de D....u....
S....e....h....r
A ....i.....g.....
A ....i....n....a
.... x....m....l....
..... a .....e....d....t....
E...e...n...
M....n.... a....g....m
S....c...i......í ....c.....o
Emanuel, amigo, exemplo,mensagem, sacrifício, eterno, sacerdote, aliança,
Senhor, Filho de Deus, salvador
O nome de Jesus é considerado um nome sem igual. Sabem por quê? Porque
Jesus, o Filho amado de Deus, veio a este mundo como homem, viveu, foi tentado,
não pecou, morreu em uma cruz em favor dos pecados de toda a humanidade e ao
terceiro dia ressuscitou! Jesus vive! Ele voltará! O que nós podemos fazer para
demonstrar que honramos a Jesus? Ter uma vida cristã que agrada a Deus. É difícil?
Claro que sim. Mas nós podemos recorrer a Jesus e Ele mesmo nos auxiliará.
19. Que palavras conseguem criar com as letras da palavra SOCORRO?
E com as letras da palavra REFÚGIO? E se unir as letras das duas palavras,
que novas palavras surgirão? Anote-as em um pedaço de papel.
20. Você precisará de uma sacola ou bolsa que não seja transparente. Dentro dela
uma Bíblia. Pergunte aos participantes qual o tesouro de Deus para nós?
A maioria deve responder a salvação. Então pergunte: Qual a carta de amor
eu Deus escreveu para nós?
21. Com uma tesoura em mãos, peça um dos participantes do encontro para ser
um voluntário para um novo corte de cabelos. È quase certo que ninguém
acertará. Pergunte-lhes o motivo da recusa (ou da aceitação, caso haja
alguma). Diga-lhes: Tenho aqui o instrumento para o corte de cabelos.
Por que não querem permitir que eu o faça? Porque não estou apto para tal
função, não é mesmo? Então para qual função estou preparado (a)? Dê-lhes
oportunidade para compartilhar e em seguida ore agradecendo a Deus por
suas profissões.
22. Escreva em uma cartolina ou em uma grande folha de papel um versículo
bíblico não muito conhecido. Escreva também a referência. Recorte os peda-
ços de cartolina e improvise um quebra-cabeça. Dê oportunidade aos partici-
pantes para montar o quebra-cabeça e em seguida incentive-os a memorizar
o texto.
23. Se for possível, faça uma sequência de exercícios simples, tais como polichinelo,
pular em um pé só, dar uma corridinha pelo local do encontro ou ainda, providencie
uma bola e brigue de rebater.
19
24. Distribua pedaços de papel colorido para os participantes do encontro.
Dê-lhes também lápis de cor, giz de cera ou canetinhas. Peça-lhes para con-
feccionar um pequeno cartão onde desenharão e escreverão palavras de moti-
vação para o amigo do lado. Mas atenção: certifique-se que cada participante
receba um cartão. Depois deixe-os compartilhar as mensagens recebidas.
25. Formem duplas. Um de frente para o outro brinquem de “espelho”. Procedam
da seguinte maneira: Um dos parceiros da dupla faz algum gesto e o outro
copia. Depois inverta. Tente reproduzir os gestos o mais fielmente possível.
Pegue um espelho e mostre o reflexo dos participantes, um por vez. Orem
agradecendo a Deus pela maneira como Ele nos criou.
INSTITUINDO UM RELÓGIO
Todo bom encontro deve ter início, meio e fim. Quando nos encontramos é
bom sermos objetivos. Nossa sugestão é que os tempos sugeridos em cada item
do roteiro sejam seguidos, durante algum tempo, para que todos os envolvidos no
encontro saibam que ele não é longo e tem um fim provei-
toso. Quando convidamos alguém. É confortável poder
dizer que nosso encontro ou reunião tem uma duração
pré-estabelecida. Assim, ao término da reunião, na hora do
lanche, todos podem optar entre sair mais cedo ou ficar
mais um pouco.
20
Roteiro
01 Com uma missão.
1. Devocional (5 min)
2. Quebra-gelo (5 min)
Você precisará de uma bandeira do Brasil (de qualquer tamanho). Converse
com os participantes sobre as cores da bandeira e o que cada uma delas significa.
Pergunte-lhes: O Brasil é um país missionário? Em sua opinião o que o qualifica
como tal?
Você tem vocação para missionário? Qual a mensagem gostaria de levar
para alguém? Por quê?
Compartilhando
1. Qual trabalho você está desempenhando em sua comunidade de fé? Você o tem
desempenhado como uma verdadeira missão?
2. O que você entende por missão?
3. Jesus cumpriu a sua missão. Ele foi obediente ao pai Celeste. Você tem perse-
verado na missão para a qual Deus o chamou?
4. Compartilhe uma experiência vivenciada por você durante o exercício da sua
missão.
23